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    SONORIZAODE TEMPLOSO novo sistema de udio do

    Santurio Dom Bosco, em BrasliaAO VIVOChili Peppers no Brasil e a

    gravao do novo DVD de Djavan

    ISOLAMENTO ACSTICOTransmission Loss e Sound TransmissionClass em mais uma etapa do projeto

    Ano XXV - janeiro/2014 n268 - R$ 13,00 - www.musitec.com.br

    UDIO FUTEBOL CLUBETudo sobre o som da grande festa delanamento da nova camisa da seleo

    Os raiders do Circuito Banco do Brasil Show de luzes no evento da NikeCorrigindo imperfeies e atenuando sombras com difusoresUZ&

    CENA

    SISTEMASDESONORIZA

    O

    PARTE9Oinciod

    osconsoles

    demixagem

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    ISSN 1414-2821udio Msica & TecnologiaAno XXV N 268 / janeiro de 2014Fundador: Slon do Valle

    Direo geral: Lucinda Diniz [email protected] jornalstica: Marcio TeixeiraConsultoria de PA:Carlos Pedruzzi

    COLABORARAM NESTA EDIOAlexandre Guimares, Cristiano Moura,Daniel Raizer, Enrico De Paoli, Lo Miranda,Lucas Ramos, Luciano Alves, Omid Brgin eRenato Muoz.

    REDAOMarcio Teixeira - [email protected] Sabatinelli - [email protected]@[email protected] DE ARTE E DIAGRAMAOClient By - clientby.com.br

    Frederico Ado e Caio Csar

    AssinaturasKarla [email protected]

    Distribuio: Eric Brito

    PublicidadeMnica [email protected]

    Impresso: Ediouro Grfica e Editora Ltda.

    udio Msica & Tecnologia uma publicao mensal da EditoraMsica & Tecnologia Ltda,CGC 86936028/0001-50Insc. mun. 01644696Insc. est. 84907529Periodicidade Mensal

    ASSINATURASEst. Jacarepagu, 7655 Sl. 704/705Jacarepagu Rio de Janeiro RJCEP: 22753-900Tel/Fax: (21) 2436-1825 (21) 3079-2745

    (21) 3435-0521Banco BradescoAg. 1804-0 - c/c: 23011-1

    Website: www.musitec.com.br

    Distribuio exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 907Rio de Janeiro - RJ - Cep 20563-900

    No permitida a reproduo total ouparcial das matrias publicadas nesta revista.

    AM&T no se responsabiliza pelas opiniesde seus colaboradores e nem pelo contedodos anncios veiculados.4 | udio msica e tecnologia

    Antes de qualquer coisa, feliz ano novo, caro leitor! Que voc tenha um 2014cheio de alegrias, realizaes e, claro, udio de primeira qualidade. E esperoque o seu Natal tambm tenha sido aquele Natal, de amor e unio. Fim deano bom, n?

    Nessa primeira udio Msica & Tecnologia do ano, so muitos os desta-ques. Pra comear, como voc j pde ver em nossa foto capa, apresen-tamos uma matria bem completa sobre a sonorizao da festa de lana-mento da nova camisa que a Nike produziu para a seleo brasileira. E,

    sim, ser essa a veste canarinho no principal evento do nosso calendrionesse ano: a Copa do Mundo! A festa, em si, reuniu vrios dos principaisartistas populares do nosso pas, e, sendo assim, envolveu muita respon-sabilidade no quesito som. Na matria voc ver cada detalhe tcnico

    deste evento que, tomara, tenha dado sorte a Neymar & cia.

    Outros dois textos sobre shows presentes nessa AM&T 268 levam a vocinformaes sobre a gravao do novo DVD de Djavan, baseado em seultimo disco, Rua dos Amores, e sobre a mais recente passagem dos RedHot Chili Peppers pelo pas. Comandada por Flea e Anthony Kiedis, a banda,que surgiu fazendo um punk funk e que sempre teve um jeito de grupo de

    humor, hoje, mais madura, toca para milhares em grandes eventos por todoo mundo. E para tocar seu som elaborado, cheio de detalhes, a banda contacom uma grande estrutura. Para saber mais, claro, s ler a matria.

    O novo sistema de udio do Santurio Dom Bosco, em Brasilia, nas palavrasdo prprio responsvel por ele, o consultor em udio e acstica Alexan-dre Guimares, tambm um dos destaques desta edio, que tambmapresenta aos leitores a nova seo udio no Brasil. No novo espao, que

    em sua estreia aborda a vida e a obra do mito Norival Reis, voc sempreencontrar pers de prossionais fundamentais para o udio nacional. lersempre para conhecer cada vez mais sobre a histria do nosso som, quesegue sendo escrita a cada dia.

    J no caderno Luz & Cenaas atraes so a iluminao tanto da festada nova camisa do time de Felipo quanto do Circuito Banco do Brasil,

    festival que rodou por algumas capitais no s com os Chili Peppers, mastambm com outros grandes artistas, do quilate de Joss Stone, SimpleMinds, Skank e Jota Quest. Na seo Direo de Fotografia Para Vdeo,dicas de como usar difusores para corrigir imperfeies e atenuar som-bras. Em Media Composer o tema o User Profile e tudo de positivo queele permite ao usurio do editor no-linear.

    Bom ano! Boa leitura!

    EDITORIAL

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    udio no BrasilNorival ReisMarcio Teixeira

    Ao Vivo: Rua dos AmoresEm turn de seu mais recente lbum,Djavan grava DVDRodrigo Sabatinelli

    Plug-insSuperTap Delay Muito almda repetio sonoraCristiano Moura

    Notcias do FrontAs Partes de um Sistema de Sonorizao

    (Parte 9): Consoles de mixagem O incioRenato Muoz

    direo de fotografia para vdeoCorrigindo imperfeies e atenuandosombras com difusorespor Lo Miranda

    media composerUser Profile O Media Composer do seu jeitopor Cristiano Moura

    eventoSeleo Iluminada: Nike lananova camisa da seleosob show de luzes

    por Rodrigo Sabatinelli

    Vestindo a camisa do BrasilEm alto e bom som, eventoda Nike lana camisa queseleo brasileira usarna Copa do MundoRodrigo Sabatinelli

    Circuito Banco do BrasilFestival tem riders variadospara receber atraes comoChili Peppers e Joss Stonepor Rodrigo Sabatinelli

    editorial 2novos produtos 10

    Em CasaEquipamentos para um Home Studio: Microfones(Parte 4) Mais tipos e modelos popularesLucas Ramos

    Red Hot Chili Peppers no BrasilBanda californiana traz grande estruturapara shows no pasRodrigo Sabatinelli

    O Som do SanturioEm detalhes, o novo sistema de udio doSanturio Dom Bosco, em BrasliaAlexandre Guimares

    Pro ToolsPartitura no Pro Tools 11: Exatamente para qu?Daniel Raizer

    udio e AcsticaProjeto de Isolamento: O Transmission Loss ea Sound Transmission Class

    Omid Brgin

    SonarO Piano Roll do Sonar X2 (Parte 2)Luciano Alves

    Lugar de VerdadeMonitores de Estdio Eles no so um enfeiteEnrico De Paoli

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    notcias de mercado 6ndice de anunciantes 95

    Nova

    seo

    P R O D U T O S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2

    E M F O C O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4

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    nacionais de pr-udio e showbusiness aindatm muito a evoluir

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    NOTCIASDEMERCADO

    No mercado desde 1975, a tradicional Mil Sons uma rede delojas fundada em Porto Alegre-RS. Atualmente com 16 unida-des, presentes em seis estados (Rio Grande o Sul, Santa Cata-

    rina, So Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraba),a empresa recentemente inovou ao abrir uma loja exclusivade udio e iluminao prossional onde h uma tcnica de

    estdio para a realizao de testes de produtos, alm contarcom espao para workshops e especialistas de produtos dosmercados de udio e luz disposio dos clientes.

    Um destes especialistas Rafael Siqueira, que antes de in-

    gressar na Mil Sons j era cliente e esteve frente de al-guns treinamentos de cordas para os funcionrios da em-presa (Rafael endorsee DAddario/Planet Waves e artista

    Ibanez Guitars). A diretoria me perguntou o que eu achavada ideia de abrir uma loja de udio. Achei timo, pois o mer-cado de udio carecia de um lugar no s com equipamentosde qualidade, mas com o diferencial do material humano,

    arma. Ento, fui convidado para ser o primeiro especialista

    em produtos da empresa, que queria contar com prossionais que soubessem falar a lngua do cliente que trabalha com udio,

    acrescenta o especialista, pontuando que embora haja vendedores na loja, toda a parte de suporte e assessoria feita por ele.

    No entanto, para aceitar o desao, Rafael argumentou com a diretoria que a loja, inaugurada dia 14 de agosto do ano passado,

    precisava ter diferenciais, como a tcnica de estdio, para teste de produtos. Aqui, quando o cliente est em dvida na comprade um microfone, abrimos uma sesso de Pro Tools e gravamos todos que ele quiser, para depois fazer comparaes e com-prar o que mais lhe agrada. Queremos ser referncia no atendimento. Temos visitado estdios para fazer baterias de testes

    de produtos, destaca, reforando que outra necessidade seria trabalhar com produtos diferenciados. Trazer os microfonesda Violet foi o primeiro passo para ter produtos exclusivos, e espero que esta seja a primeira de muitas marcas que tenhamosexclusividade, concluiu. Segundo Rafael, a nova loja j conta com clientes de todo o Brasil.

    MIL SONS INOVA EM SUA MAIS RECENTE LOJA

    Workshops como o de bateria de Renato Siqueira,com participao de Rafael ( direita), so atraesda Mil Sons udio & Iluminao Profissional

    Tcnica de estdio, espao para workshops e especialistas de produtos so diferenciais

    Divu

    lgao

    ESTDIO BOOM SOUND DESIGN INICIA ATIVIDADESFoi inaugurado recentemente, em Curitiba, o estdio Boom Sound Design, que, de acordo com sua direo, capaz de servir como

    base para trabalhos que vo desde produes at mixagens para cinema em 5.1. Apesar de estar no incio de suas atividades, o

    Boom Sound Design que conta com uma mesa Solid State Lo-

    gic Matrix, uma das poucas encontradas no Brasil, e uma sala de

    gravao projetada pelo fsico Geraldo Cavalcante j possui um

    currculo que inclui a gravao de um jingle da nova propaganda deNatal da Coca-Cola, interpretada pelo cantor Daniel.

    frente do estdio e da produtora Boom Sound Design est

    o msico, produtor musical e engenheiro de udio Lucas Pe-

    reira, formado pelo Musicians Institute, de Los Angeles, e

    que voltou ao Brasil com o intuito, segundo ele, de abrir um

    espao baseado na excelncia tcnica com a qual teve conta-

    to nos EUA. "Meu objetivo foi criar um ambiente que unisse

    o melhor do mundo digital ao melhor do mundo analgico. A

    ideia ter um altssimo padro de qualidade para gravaes e

    produes", explica Pereira. Mais informaes sobre o estdio

    podem ser obtidas em www.boomsounddesign.com.Sala de gravao do Boom Sound Design:projeto do fsico Geraldo Cavalcante

    D

    ivulgao

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    NOTCIASDEMERCADO

    OPMAT A NOVA DISTRIBUIDORA DAAMERICANA QSC NO BRASILNo m do ano passado, a OPMAT Materiais Servios Im-

    portao e Exportao Ltda. assumiu a distribuio nacio-

    nal das caixas ativas, passivas e amplicadores da norte-

    -americana QSC. A OPMAT, que parte do Grupo OP, desde

    sua fundao at hoje trabalha na rea de prestao de

    servio de sonorizao, iluminao, geradores e estruturas

    para eventos. A empresa j funcionava na rea comercial

    de vendas de materiais em paralelo com a Only Entreteni-

    mentos, fundada em 2001 na cidade de Trememb-SP.

    Com a necessidade de buscar novos horizontes, tecnolo-

    gias e parcerias, a OPMAT foi em busca de empresas que

    pudessem atender s necessidades do mercado, destaca a

    direo da companhia, por meio de comunicado ocial. Foi

    assim que conhecemos uma empresa estruturada no mercado internacional e, acima de tudo, preocupada em criar no s equipa-

    mentos, mas tambm solues. Ainda de acordo com o comunicado, graas experincia tcnica e de mercado de um dos scios,

    Osvaldo de Almeida, foi possvel negociar uma grande parceria. No estamos apenas preocupados em trazer equipamentos,

    mas tambm oferecer assistncia tcnica, reparos e peas de reposio. Esperamos, com isso, colocar a marca QSC no mercado

    brasileiro altura do que ela representa no mercado internacional.

    Lulu Santos, Aline Barros, Michel Tel, Diogo Nogueira, Chitozinho & Xoror e Paula Fernandes so os nomes que fazem

    parte do cast da Shure no Brasil. A empresa, que divulgou a lista em dezembro passado, uma das maiores fabricantes de

    microfones do mundo e conta com um histrico de mais de 80 anos em inovao de udio.

    Mas que produtos da fabricante cada um destes artistas usa? Lulu Santos, por exemplo, leva aos shows o microfone

    para vocal KSM9, de diafragma duplo, o sistema sem o UHF-R e o transmissor wireless UR1, para a guitarra. Aline

    Barros, por sua vez, conta com o mic Shure Beta 87C, o sistema sem o UHF-R e o de monitorao in-ear PSM 900. A

    lista da consagrada dupla sertaneja Chitozinho & Xoror inclui os mics UR2/Beta 58 e SM 87A para vocais e Beta 52A,

    Beta 98AMP/C, SM57-LC e SM81-LC para bateria, entre outros equipamentos, enquanto que nas apresentaes de Dio-

    go Nogueira esto, entre outros, o mic UR2/KSM9 BK para vocal, kit de mics para bateria DMK 57-52 e modelos Beta

    181C e SM81-LC para o mesmo instrumento.

    Nos shows do fenmeno Michel Tel, alm dos

    sistemas sem o da marca e in-ears, entre ou-

    tros itens que esto nos sets de praticamente

    todos os endorsees, so usados o UR2/KSM9

    BK para o vocal principal e mics como o Beta

    181C, Beta 52 e SM81-LC para a captao da

    bateria. Fechando a lista de "quem usa o que",

    nas performances de Paula Fernandes esto,

    entre outros itens da Shure, o mic UR2/KSM9

    SL, para o vocal da cantora, e os SM27-SC,

    SM57-LC e Beta 98AMP/C, para a bateria.

    Mais informaes sobre cada artista e seus

    equipamentos podem ser conferidas em

    www.shure.com.br.

    SHURE DIVULGA SEU CAST DE ARTISTAS NACIONAIS

    Diogo Nogueira no palco: um dos artistas

    nacionais a integrar o cast da Shure

    A caixa ativa K12, da QSC: no Brasil via OPMAT

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    NOVOSPRODUTOS

    SYNTH CASIO XW-G1 J DISPONVEL

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    Recm-chegado ao Brasil, o NS DAddario/Planet Waves, fruto de uma parceria entre as duas marcas e projetado a partir de uma co-

    laborao com Ned Steinberger, considerado o menor anador clip-on disponvel. Graas ao seu software, o equipamento promete

    ecincia e preciso maiores do que as vericadas por produtos do mesmo tipo lanados anteriormente.

    O NS pode ser posicionado na parte traseira da cabea do instrumento, o que permite ao msico

    enxerg-lo o tempo todo, enquanto o equipamento ca distante dos olhares da plateia. A fabri-

    cante Planet Waves tambm arma que o design do mecanismo de clip-on tambm passou por

    ajustes, e que agora seu uso se d de forma ainda mais confortvel.Quanto ao software, a com-

    panhia informa que ele agora permite um reconhecimento mais rpido das notas e proporciona

    uma anao com mais preciso. J o pequeno display apresenta o nome da nota, sendo que na cor

    vermelha quando a mesma no est devidamente anada e em verde quando est ok. O item tambm

    oferece um metrnomo, que sempre pode ser til.

    www.planetwaves.com

    www.musical-express.com.br

    BEHRINGER LANA O ULTRALINK ULM100USBA Behringer acaba de apresentar ao mercado o novo ULM100USB, da srie de sistemas de microfones sem o USB

    Ultralink, que busca permitir ao usurio muito mais mobilidade no palco ou auditrio. Verstil e fcil de usar, ele

    indicado para prossionais ou iniciantes e proporciona um som de alta qualidade graas ao seu transmissor embu-tido, que opera na faixa de licena livre de 2,4 GHz. O receptor pode ser conectado diretamente ao seu PC/ MAC

    atravs da porta USB do computador.

    Entre outras caractersticas do equipamento esto cpsula do microfone de alta qualidade para aplicaes vocais

    dedicadas, maior gama de sensibilidade de udio, emparelhamento automtico, botes de volume para cima e para

    baixo integrados no microfone de mo, modo de interface digital de udio analgico/USB dupla com deteco auto-

    mtica e dongle receptor alimentado atravs de interface USB, tudo em uma estrutura robusta, que garante a vida

    longa do equipamento.

    www.behringer.com

    www.proshows.com.br

    PRECISO DESTAQUE EM NOVO MICROAFINADOR

    J est nas prateleiras, reais e virtuais, o sintetizador Casio XW-G1, que tem

    como diferencial uma interface que permite controle em tempo real, o que, se-

    gundo a fabricante, signica um conceito inteiramente novo quando o assunto

    criao de trilhas. O equipamento, que possui um sequenciador de 16 passos e

    um looper, permite a alterao de notas e da velocidade em real time. Atravs

    de uma funo de corrente possvel que os autores de trilhas misturem at 99

    padres musicais para reproduzi-los em loop.

    Vale ainda destacar que o Casio XW-G1 conta com 766 formas de onda sintetiza-

    das, 701 formas de onda de bateria e 20 variaes de club beats, 100 frases pr-denidas, funo Arpeggio e tecla multifuncional, que

    faz o usurio ser capaz de atribuir vrias funes e frases ao teclado. O synth pesa pouco mais que 5 kg, possui 61 teclas e conta com

    uma bateria que garante seu funcionamento por cerca de 35 horas.

    www.casio.com

    www.izzomusical.com.br

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    CABEOTE VALVULADO BUGERA 1960 INFINIUMFO cabeote valvulado 1960 Innium 150 W RMS, da Bugera, chega apresentando uma vasta gama de opes de timbres e um

    ganho que, segundo a fabricante, capaz de enlouquecer qualquer cabea. Conta com as clssicas vlvulas EL34 e ECC83,

    que proporcionam um tom bem caracterstico e ganho das altas hi-gain. O som quente valvulado vem do pr-amplicador estilovintage, tpico dos anos 1980. De acordo com a Bugera, o complemento adequado ca por conta da caixa 412H-BKE, tambm

    estilo vintage, indicada para todos os cabeotes valvulados da marca.

    Vale ainda destacar que o 1960 Innium 150 W RMS possui dois canais de

    pr-amplicador com quatro jacks de entrada que atuam separadamente, em

    paralelo ou por cascateamento, conectando aos timbres dos anos 1960, 1970

    e 1980. O controle de volume master conta com separador ps-fase com

    sistema bypass e o loop de efeitos tem chave de nvel dedicada e tambm

    funo by-pass. O produto apresenta chave de impedncia (4, 8 e 16 ohms).

    www.bugera-amps.com

    www.proshows.com.br

    Novidade da Audio-Technica no Brasil, o Sistema 10 uma sistema sem o verstil indicado para instalaes, turns, msicos, apre-

    sentadores e ambientes exigentes. Voltado para quem precisa de muita frequncia operando simultaneamente e para quem utiliza o

    transmissor perto da base, o Sistema 10 livre do efeito compander, e assim mantm a integridade do udio.

    Com montagem robusta, o sistema conta com um receptor digital em for-

    mato tabletop com display de ID que emite comunicao em micro-ondas

    na faixa de 2.4 GHz sem interferncias de frequncia. O equipamento, que

    permite uso de at oito sistemas simultneos compatveis com todos os ca-

    nais, conta com conectores de sada tipo XLR e 1/4 balanceados com controle

    de nvel para uso com diversos equipamentos de udio. Diferentes conguraes

    esto disponveis, com os transmissores de mo ATW1102 e body packs de cabea

    ATW 1101/H, cabea (no) ATW 1101/H92, o microfone de lapela ATW 1101/G

    tipo headset e de instrumentos musicais ATW 1101/G.

    SOM LMPIDO D O TOM NO SISTEMA 10 DA AUDIO-TECNHICA

    VERSO 2 DO PLUG-IN PARA VOZES NECTARA Izotope, companhia responsvel pelo Ozone (plug-ins de masterizao) e pelo RX3 (software de restaurao de udio) colocou

    no mercado a mais recente verso do Nectar, seu plug-in para processamento vocal. O Nectar 2 disponibiliza ao usurio 11 pro-

    cessadores originais, com direito a equalizador, de-esser, controle de saturao e respirao, correode pitch. Entre os efeitos esto um novo reverb do plate reverb estreo EMT 140 e efeitos de modula-

    o e distoro, alm de um harmonizador (gera harmonias automaticamente no tom desejado) que

    tambm torna possvel ao usurio tocar harmonias customizadas a partir de um controlador MIDI.

    O Nectar 2 tambm dotado de uma biblioteca formada por mais de 150 presets,

    que podem ser acessados facilmente, uma vez que esto separados por gnero

    e estilo. Por meio destes presets ca mais fcil especialmente para quem est

    comeando agora a mexer com produo deixar os vocais do jeito que se deseja.

    O Nectar 2 e sua Production Suite so encontrados nos formatos AAX ( 64 bits),

    RTAS/AudioSuite, VST, VST 3 e Audio Unit.

    www.izotope.com

    www.audio-technica.com

    www.proshows.com.br

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    Norival Reis

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    UDIO NO BRASIL | Marcio Teixeira

    Comea nesta edio a seoudio no

    Brasil. Nela, voc encontrar pros-

    sionais que zeram e fazem a histria

    do udio em nosso pas. Alguns mais

    conhecidos, outros nem tanto, mas to-

    dos de grande importncia para a arte

    que a nossa razo de ser.

    Aproveite!

    No dia 24 de maro de 1924, emAngra dos Reis, nascia Norival Reis,

    nome que virou lenda no udio

    brasileiro, e no por falta de moti-

    vos. Tcnico de som, cavaquinhistade mo cheia, produtor, arranjador,

    compositor... Norival transitou com

    desenvoltura por diversas reas da

    arte sonora nacional, deixando suamarca indelvel na histria.

    Foi para o Rio de Janeiro aos 14 anos, crescendo entre

    os subrbios de Madureira e Oswaldo Cruz, Norival,ainda novo, passou a frequentar os sambas da Portelae do Imprio Serrano. O amor pela msica j era uma

    realidade. Tanto que, na dcada de 1940, j atuava

    como compositor. Aos 21 anos, em 1945, comps sua

    primeira marcha,At Vestida, e em seguida, O Baro.Em 1951, outra obra que veio tona foi Hoje ou Ama-

    nh, samba feito em parceria com Ruthinaldo Silva e

    interpretado pela dupla Joel e Gacho. J em 53, Eli-

    zeth Cardoso colocou sua voz marcante em Nem Res-ta a Saudade, parceria de Norival com Irani Oliveira.

    Composies suas tambm foram gravadas por artis-

    tas como Bezerra da Silva, Marlene, Ruy Rey, ngelaMaria, Clara Nunes e Jamelo, entre muitos outros.

    O UDIO

    No m da dcada de 1960, Vav da Portela (um

    apelido de Norival que pegou a ponto de virar

    samba na voz de Paulinho da Viola) era membro

    da ala dos compositores da escola de Madureira,

    sendo, inclusive, co-autor de sambas-enredo con-sagrados, como Ilu Ay, Terra da Vida, de 1972,

    Macunama, Heri de Nossa Gente, de 1975, eHoje Tem Marmelada, de 1980. Diversos boleros,

    marchinhas e sambas-canes tambm integramseu menu de composies, mas, de fato, ser

    um inspirado autor no era suciente para ele. O

    udio era uma paixo bem antiga.

    Quando comeou a trabalhar na Colmbia do Brasil

    (selo da Bhyington & Companhia, que representava aColumbia americana no pas), Norival tinha 17 anos. L,

    tirava ciscos da cera em que eram gravados os discos ecolocava a matriz na estufa, o que lhe rendeu o apelidode Cisco. Papai comeou a gravar mais ou menos na

    dcada de 40, com som para cinema, recorda a lha,

    Maria Alice, irm do tambm engenheiro de som Luiz

    Carlos Torquato Reis. Entre os lmes sobre os quais h

    registros de trabalhos de Norival esto Genival deMorte (1956), Tem Boi na Linha (1957), S Naquela

    Base(1960), Quero Essa Mulher Assim Mesmo(1963)eAs Aventuras de Chico Valente(1968).

    Vav, que tambm atuou na Continental, onde cou

    por 26 anos, gravou com monstros sagrados comoFrancisco Alves, Slvio Caldas, Elizeth Cardoso, Emi-

    linha Borba e Angela Maria. No entanto, falava com

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    carinho especial dos trabalhos feitos com as orques-

    tras Tabajara e do maestro Radams Gnattali. Eu

    gostava muito de brincar durante as gravaes, o

    que desagradava alguns poucos cantores. As brinca-

    deiras, porm, em lugar de atrapalhar, davam mais

    rapidez s gravaes, por descontrarem os artistas,

    disse Norival ao jornal O Globo, em maio de 1990.

    Entre os lbuns em que trabalhou como tcnico esto

    Viva a Brotolndia(1961), de Elis Regina, Fuga ComMorgana(1962), de Morgana, Samba, Canto Livre deum Povo, de Ederaldo Gentil (1975), Cartola(1976),Grupo Chapu de Palha(1977) e Escrete Do Samba3(1977), do Conjunto Exploso Do Samba. Entre os

    trabalhos que produziu esto Folha Morta (1977), deJamelo, e Madrugada 1:30(1969), do Tema 3.

    CRIATIVIDADE E ATITUDE

    No quesito tcnica, Norival obteve grande desta-

    que por ter sido um pioneiro da gravao com c-

    mara de eco no Brasil. Eu no sei como ele fez. Mas

    sei que o povo gostou, diz a flha, bem-humorada.

    A histria a seguinte: em 1951, nas sesses do

    baio Delicado, de Waldir Azevedo, Norival Reis, en-to tcnico da Continental, desenvolveu uma cmara

    de eco rudimentar, que, na realidade, consistia em

    uma caixa de som e um microfone instalados em um

    banheiro desativado que fcava ao lado do estdio. O

    som, depois de ecoar nas paredes do banheiro, era

    captado pelo microfone e somado ao som da m-

    sica. Diz-se que o resultado fez tanto sucesso que

    Norival at recebeu cartas do exterior perguntando

    qual era a marca do equipamento utilizado. Cheio de

    humor, ele dizia que era Celite, nome da tradicional

    fabricante de louas para banheiro.

    O mesmo recurso tcnico voltou a ser utilizado por

    Norival Reis na fantasmagrica cano Sistema Ner-

    voso, gravada por Orlando Correia tambm em 1951

    (segundo Vav, a primeira faixa feita no Brasil a con-

    tar com sonoplastia), no foxtrote Bom dia, Mister Eco,

    registrado em 1952 pelo grupo vocal Trio Madrigal, e

    em msicas de Dick Farney, Emilinha Borba, Marlene,

    entre diversos outros artistas. Na clssica O Samba

    Bom Assim, de autoria de Norival e Hlio Nascimento e

    interpretada por Jamelo, outra inovao. Gravei uma

    pista inteira de rudos da Avenida Rio Branco e montei

    com a gravao do estdio, recordou o tcnico em ma-

    tria do jornal ltima Horade fevereiro de 1977.

    Eu gostava muito de ler revista estrangeira e fcava

    sabendo das novidades que surgiam l fora. Eu queria

    fazer as coisas [que via nas revistas], mas os donos

    das gravadoras no estavam interessados em investir.

    Nossas condies de trabalho eram bastante precrias,

    mas eu nem queria saber. Eu queria mesmo era con-

    seguir efeitos de melhor qualidade. A eu saa fazendo

    tentativas e consegui alguma coisa, acrescentou.

    Norival, quando chegava, no tinha pra ningum.

    Tinha uma simpatia contagiante e era extremamente

    musical. Era de uma escola de tcnicos que coloca-

    va a msica em primeiro lugar, sempre priorizando o

    sentimento, afrma Nivaldo Duarte, tcnico de som

    que, como disse com suas prprias palavras, foi o

    aluno que melhor aproveitou as aulas de Norival Reis.

    Antigamente, no havia perifricos como hoje. No

    podamos equalizar instrumento por instrumento. Nahora de gravar, era muito importante, por exemplo,

    saber posicionar o microfone perfeitamente. Norival

    sabia e conseguia grandes feitos. Sou muito grato a

    ele. Meu mestre, concluiu, emocionado.

    Norival Reis faleceu em 2001, no Rio de Janeiro,

    aos 77 anos. Em 2004, no carnaval, a Tradio

    desfilou ao som de Contos de Areia: o ABC dos

    Orixs, parceria de Vav e Ded da Portela e que

    havia sido o samba da escola de ambos em 1984

    ano em que a agremiao se sagrou campe

    pela ltima vez.

    Viva a Brotolndia, primeiro lbum de

    Elis Regina: um dos muitos produtos

    fonogrcos que contaram com o

    talento de Norival Reis

    UDIO NO BRASIL

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    AO VIVO | Rodrigo Sabatinelli

    RUA DOS

    A M O R E SAO V IVO

    Em turn de seu mais recente

    lbum, indicado ao Grammy

    Latino, Djavan grava DVD

    Durante todo o ano de 2013, o cantor e composi-tor Djavan rodou o pas com seu mais novo espe-

    tculo, Rua dos Amores, homnimo do CD gravado

    e mixado pelo engenheiro Marcelo Saboia e mas-

    terizado por Carlos Freitas.

    Indicado ao Grammy Latino nas categorias Me-

    lhor Cano Brasileira e Melhor Engenharia de

    Som Para um lbum, o disco, como j era de

    esperar, ganhou amadurecimento na estrada e,

    nos dias 8 e 9 do ms de novembro passado, no

    palco do HSBC Brasil, em So Paulo, rendeu nova

    gravao, que em breve ser transformada em

    CD e DVD.

    Na ocasio, Saboia, que desde a estreia da turn

    est frente do PA de Djavan, contou com Gui-

    lherme Medeiros para o registro do material. A

    unidade mvel utilizada no trabalho, dentre outros

    equipamentos necessrios para sua realizao, foi

    cedida pela Gabisom. Em entrevista AM&T, Sa-

    boia e Guilherme contaram um pouco sobre o pro-

    jeto, que, at o fechamento desta edio, estava

    sendo fnalizado por Saboia no estdio particular

    do prprio Djavan, no Rio de Janeiro.

    NEUMANN, SHURE, AKG e

    SENNHEISER JUNTOS NA

    CAPTAO

    Marcelo Saboia:Trabalhei com cerca de 60 ca-

    nais. No bumbo da bateria usei um Shure Beta 52

    Os engenheiros Marcelo Saboia e GuilhermeMedeiros foram responsveis pela operao doPA e pela gravao do novo DVD de Djavan

    Divulgao

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    e um Beta 91; na caixa, um AKG C414 e um Shu-re SM57; no contratempo, dois Neumann KM 184;

    nos tons, quatro Sennheiser MD 421; no prato de

    conduo, novamente, um 184, e, nos overs, dois

    NM 87. Para a voz de Djavan, usei dois Sennhei-

    ser EM3732/II, e nas vozes de Marcelo Mariano,

    Glauton, Calazans e Bala, bem como na flauta e

    no sax soprano que tambm recebeu um 421 ,

    fiquei com os Shure SM58.

    USANDO E ABUSANDO DO

    ARSENAL DA GABI

    Guilherme: Para a gravao do material, usamos

    diversos pr-amplifcadores, tais como Neve, Mi-

    das, ATI e Avalon, todos fornecidos pela Gabisom.

    A voz de Djavan, por exemplo, foi esplitada em

    dois canais, que receberam processamento de um

    Neve 1073 e de um Avalon 737, alm de um pouco

    de compresso. As guitarra e os violes do msico,

    bem como os demais instrumentos usados por sua

    banda outras guitarras, teclados e sopros , tam-

    bm passaram pelos 1073, enquanto peas da ba-

    teria, como bumbo e caixa, por exemplo, passarampelos [Neve] 9098.

    CONVITE CERTO NA HORA CERTA

    Guilherme: Saboia gravou, em estdio, o CD

    Rua dos Amores, e, em seguida, Djavan o convi-

    dou para operar o PA da turn. Como desde ento

    ele passou a desempenhar essa funo, na hora

    de escolher um engenheiro para gravar o CD e o

    DVD do show, acabou me indicando. Fiquei muito

    feliz com o convite, pois Djavan conhe-

    cido por ser exigente com a sonoridade de

    seus trabalhos e Saboia havia concorrido ao

    Grammy Latino pela engenharia deste dis-

    co. Portanto, ser indicado por ele [Saboia] e,

    depois do trabalho, ver Djavan feliz ao ouvir

    somente a cpia de monitor da gravao que

    fiz foi realmente muito bacana.

    Eu sabia da responsabilidade, pois era o

    nico elemento novo no show, que estava

    ensaiado e muito bem tocado pela banda,

    um verdadeiro dream team, composto por

    Carlos Bala na bateria, Marcelo Mariano no baixo,

    Torcuato Mariano na guitarra, Paulo Calazans e

    Glauton Campelo nos teclados e Marcelo Martins

    e Jess Sadock nos metais. Para a gravao, Sa-

    boia me pediu ateno especial com os microfo-

    nes de ambincia, que, por conta disso, foram

    cuidadosamente posicionados.

    No detalhe, alguns dos perifricosusados na gravao

    Divulgao

    Djavan e o Sennheiser EM3732: microfonesegue na estrada com cantor

    MarcosHermes

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    Saboia:Em alguns dos DVDs que gravei e mixei tive

    problemas com o vazamento do PA nos microfones

    de ambincia. Ento, era impossvel aproveitar, na

    mix, as reaes dessas plateias. Hoje, todas as ve-

    zes em que sou chamado para mixar um DVD, gosto

    de fazer a gravao. Nunca o PA. Mas, como nesse

    caso estou nele [o PA], sei o que preciso para no

    estragar a captao dos ambientes.

    Para evitar outros tipos de

    vazamentos, [Carlos] Mar-

    tau, que cuida dos monito-

    res de Djavan e sua ban-

    da, teve que substituir as

    caixas de cho dos tecla-

    dos e da guitarra por fones

    de ouvido. Alm disso, ele

    usou uma placa de acrlico

    para isolar a bateria dos

    demais instrumentos.

    PA MAIS BAIXO

    DO QUE DE

    COSTUME

    Saboia: Tive que traba-

    lhar com o PA mais baixo

    e fazer muita dinmica

    para aproveitar ao m-

    ximo a reao da plateia

    nos microfones de am-

    biente. Ouvi, por conta disso, algumas crticas,

    mas quando o DVD estiver pronto, quem criticou

    vai compreender. Realmente, esse procedimento

    muito delicado, pois tenho que, como engenhei-

    ro de PA, empolgar o pblico com presso sonora,

    mas acredito que encontrei um bom meio-termo.

    Quando comeamos a mixar o disco no estdio do

    Djavan, tive essa certeza.

    Djavan e Guilherme Medeiros: msicoficou feliz com o resultado assim queouviu a cpia de monitor da gravao

    Marcelo Saboia, com o console ao fundo: segundo o engenheiro, foi precisoaproveitar ao mximo a reao da plateia nos microfones de ambiente

    TomazViola

    AO VIVO

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    MUITO ALM DAREPETIO SONORA

    SUPERTAP DELAY

    PLUG-INS | Cristiano MouraPLUG-INS | Cristiano Moura

    O SuperTap Delay um produto extremamente verstil que

    permite ao usurio ir muito alm de uma simples repetio de

    um som. Ao total, possvel regular at seis delays com equa-

    lizao independente, com feedback e modulao numa inter-

    face que permite ajustes de forma muito interessante. Neste

    artigo veremos um pouco mais sobre cada setor deste plug-in.

    AJUSTANDO A POSIO NO ESPAO

    Como dito anteriormente, possvel ter at seis delays, re-

    presentados pelos crculos coloridos no grco do lado es-

    querdo superior da figura 1. A seta da imagem representa

    o sinal original/direto, e, ao clicar e arrastar qualquer um

    dos crculos, o usurio pode congurar o ganho ou panora-

    ma do delay em questo. Quanto mais para cima, maior o

    ganho. Esquerda e direita representam a posio do delay

    no espao estereofnico.

    Repare que os controles gain e rotate logo abaixo do gr-

    co esto alterados em conjunto com o mesmo, pois repre-

    sentam a mesma informao. Uma vantagem destes contro-

    les poder digitar um valor especco com um duplo click.

    AJUSTANDO A UNIDADE DEMEDIDA DE TEMPO BSICA

    O SuperTap necessita de um ponto de partida para funcio-

    nar, pois todas as repeties so interaes de um mesmo

    valor inicial. O mais comum ajustar este valor de acordo

    com o andamento da msica em questo. Caso a msica

    tenha sido gravada com um click ou tenha sido alinhada

    com o grid e andamento do DAW (Pro Tools, Cubase, Sonar,

    Logic Pro etc.), basta mudar da opo manual para auto

    no parmetro sync, indicado na figura 2. Caso negativo,

    o jeito deixar em manual e digitar diretamente no campo

    BPM o andamento aproximado.

    Agora, a funo mais interessante do SuperTap Delay, na

    minha opinio, o uso do TapPad. Se o mode estiver re-

    gulado para Tempo, como na gura 2, ele funciona como

    um Tap Tempo convencional, que dene um andamento de

    acordo com os clicks no mouse. Porm, se estiver regulado

    para Pattern, o usurio pode fazer um tap de um pa-

    dro rtmico e alcanar imediatamente o que deseja sem

    regular absolutamente nada mais. Experimente e repare

    que, diferentemente da primeira opo, a cada click/tap

    um delay ajustado imediatamente abaixo.

    ENTENDENDO O GRID EREGULANDO O ATRASO

    At este momento no regulamos o eco/delay em si. Istoporque primeiro precisamos regular o Grid, que interage

    diretamente com os ecos, que, na realidade, so valores

    relativos unidade de medida do Grid. Ou seja, primeiro

    o usurio regula o grid (figura 3) para apenas depois re-

    gular o atraso de cada delay. E o clculo ser feito como

    o da tabela na figura 4. Ou seja, quanto mais o controle

    do delay estiver para a direita, maior ser o atraso.

    Figura 1 Grfico interativo para

    ajustes de ganho e pan

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    Cristiano Moura produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos oficiais em Pro Tools, Waves, Sibelius

    e os treinamentos em mixagem na ProClass. Tambm professor da UFRJ, onde ministra as disciplinas Edio de Trilha Sonora, Gra-

    vao e Mixagem de udio e Elementos da Linguagem Musical. Email: [email protected]

    Caso o usurio queira ajustar o atraso livremente, basta

    desmarcar a opo Snap, esquerda do Grid, e, por lti-

    mo, tambm possvel visualizar as informaes em mili-

    segundos com o controle direita do Grid. Com os atrasos

    denidos, pode-se aumentar a quantidade de repeties

    de cada um deles ajustando o parmetro feedback.

    EQUALIZANDO ECOS

    No lado direito da interface temos uma sesso indepen-

    dente de equalizao que permite ao usurio fazer com

    que cada eco tenha um timbre diferente do outro. Umaabordagem muito utilizada deste recurso ativar um

    ltro passa-baixa para que as frequncias mais altas

    (agudos) dos ecos sejam suavizadas.

    INTERAGINDO COM AFINAO

    O SuperTap tambm possui uma sesso de modulao

    que altera a anao do material sonoro. Uma das ideias

    com este recurso criar uma sutil diferena entre os

    ecos, a m de enriquecer ainda mais a composio de-

    les, mas um recurso que, se usado com valores mais

    expressivos, abre mil e uma possibilidades. Para um ini-ciante, a melhor maneira de explor-lo usando os pre-

    sets e observando como a modulao foi regulada.

    Na modulao, temos dois parmetros bsicos que fun-

    cionam de maneira similar com outros efeitos, como o

    Chorus, Flanger e Phaser. Rate a velocidade desta mo-

    dulao/oscilao da anao, e o Depth regula o quo

    agressivo deve ser esta mudana de anao.

    PLUG-INS

    Figura 2 Ajuste de andamento com o DAW

    Figura 3 Grid

    CONCLUSO

    No menospreze o visual mais antigo do SuperTap. um

    processador de delay muito poderoso que oferece uma

    interface e uma maneira de regular muito interessante.

    Serve para criar ecos simples, dobras articiais em vozes

    e violo, pode se transformar num Chorus muito denso, e

    a relao do Grid com o BPM da sesso faz dele um exce-

    lente candidato para trabalhar com msica eletrnica ou

    qualquer outro estilo de msica em que os ecos sincroni-

    zados com elementos sonoros sejam explorados.

    Obrigado pela leitura, e no deixe de enviar suas suges-

    tes para os prximos artigos.

    Abraos!

    Figura 4 Tabela de clculo do atraso

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    NOTCIAS DO FRONT | Renato Muoz

    pouco!) que se utilizava ao vivo no fnal da dcada de

    1950 e em quase toda a dcada de 1960 eram equipamen-

    tos oriundos das rdios ou dos estdios (que, por sua vez,

    tambm eram muito simples).

    Com os consoles de mixagem tambm no foi diferente.

    Na verdade, neste incio dos sistemas de sonorizao no

    havia o que podemos chamar de consoles o que existia

    eram pequenos mixers bem rudimentares, nem de longe

    parecidos com o que temos hoje em dia.

    Esqueam equalizadores, faders, inserts, uma grande

    quantidade de canais ou qualquer coisa a mais do que um

    pr-amplifcador, um knob para o controle de volume e uma

    sada mono. O mximo que podemos dizer de bom deste

    equipamento que ele era fcil de ser carregado!

    claro que neste perodo no existiam mesas de monitor

    simplesmente porque no havia sistemas de monitorao. Na

    verdade, demorou um bom tempo at chegarmos neste pon-

    to (veremos mais adiante como foi este desenvolvimento).

    At ento, tudo era bem simples, para no dizer rudimentar.

    Sempre me pergunto o que deve passar pela cabea de ar-tistas como Rolling Stones, Paul McCartney, Bob Dylan, Eric

    Depois de escrever um artigo falando sobre mixagem para a

    televiso (AM&T 267), volto aos meus textos sobre as partes

    de um sistema de sonorizao, dando ento sequncia de

    onde paramos da ltima vez. Neste artigo falarei sobre osconsoles de mixagem, suas funes e aplicaes.

    No a primeira e certamente no ser a ltima vez que em

    que falo sobre consoles de mixagem (provavelmente este o

    tpico sobre o qual eu mais escrevi). Existem alguns artigos

    anteriores sobre este assunto, porm agora entrarei em alguns

    detalhes nos quais ainda no havia me aprofundado tanto.

    Como veremos, podemos encontrar no mercado uma de-

    zena de marcas, modelos, tamanhos e preos de consoles

    de mixagem, assim como diversas e diferentes aplicaes.

    Porm, neste artigo focarei mais nos consoles encontradosem sistemas de sonorizao (PA e monitor).

    Falarei um pouco do que eu vejo no dia a dia na estrada, das

    difculdades que eu vejo que as pessoas ainda tm com este

    equipamento ou as boas solues encontradas por alguns tc-

    nicos que conseguem tirar o mximo destas ferramentas, que

    so o corao dos sistemas de sonorizao ou monitorao.

    Como a grande maioria dos equipamentos nos primeirossistemas de sonorizao, quase tudo (na verdade, muito

    As Partes deum Sistema de

    Sonorizao(Parte 9)

    CONSOLES DE MIXAGEM O INCIO

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    Clapton ou alguns nacionais como Roberto e Erasmo Carlos,

    que comearam suas carreiras na dcada de 1960 e esto

    at hoje fazendo shows.

    Gostaria de saber o que eles pensam dos sistemas de so-norizao daquela poca em relao aos que existem hoje

    em dia. Quais eram as difculdades e as peculiaridades

    daquela poca? Ser que era mais fcil quando no existia

    quase nada e tambm no se podia esperar muita coisa?

    Existem imagens de programas de

    televiso ou de shows daquela poca

    em que olhamos para o palco e no

    vemos nada alm dos amplifcadores

    de guitarra e baixo, pouqussimos

    microfones e s! Nada de caixa de

    monitor. Como ser que os msicos,principalmente os cantores, faziam

    para se ouvir e serem ouvidos?

    Tudo bem que estamos falando de

    uma poca em que ningum, msi-

    cos ou plateia, tinha algum tipo de

    referncia sonora para fazer com-

    paraes de qualidade. Os prprios discos lanados na

    poca no representavam nenhum padro excepcional

    de qualidade sonora.

    Bom, como j vimos, no existiam muitos canais (nos mi-

    xers), mesmo porque podemos imaginar que no era to

    fcil assim conseguir muitos microfones de qualidade para

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    NOTCIAS DO FRONT

    serem utilizados ao vivo, alm de todos os cabos e cone-

    xes que deveriam ser feitas.

    Uma imagem que pode vir nossa cabea uma bateria

    com um microfone de over, um no bumbo e um entre a

    caixa e o contratempo, um no amplicador de guitarra e

    outro no amplicador de baixo e um ltimo mic para a voz

    principal. Este era o setup comum que vamos ao vivo.

    Basicamente, o que acontecia que o console, com todas

    as suas limitaes, captava o que era possvel e mandava

    este som para o tambm limitado sistema de sonorizao.

    Como no havia sistema de monitorao, tambm no ha-

    via nem tcnico, nem console exclusivo para esta aplicao.

    Durante muito tempo a mixagem para o sistema era feita

    do palco mesmo. O conceito que estamos acostumados a

    ver hoje em dia, com dois consoles independentes um

    para o PA e outro para o monitor , demorou cerca de 15

    anos, no nal dos anos 1970, para ser amplamente utili-

    zado. Aqui, no Brasil, pode ter demorado um pouco mais,

    porm esta congurao se tornou padro mundial.

    Levando-se em considerao os limites tcnicos dos pri-

    mrdios dos shows na dcada de 1960 e comeo da d-

    cada de 1970, podemos entender quo precrias eram

    estas produes. Sempre que vejo vdeos de bandas

    importantes desta poca (com toda a precariedade

    que j conhecemos), fico me perguntando como seriam

    as produes mais simples.

    Neste perodo no havia fabricantes de equipamentos de

    udio com produtos voltados especicamente para o mer-

    cado de sonorizao. Algumas marcas que esto no mer-

    cado at hoje s foram surgir com certa solidez no nal

    da dcada de 1970. Antes disto, tudo era feito com muita

    improvisao e limitao.

    Estamos falando de uma poca em que quase todos os

    equipamentos de udio eram valvulados os transistori-

    zados, s emplacaram no mercado no nal da dcada de

    1970. Estamos falando de equipamentos frgeis, com pou-

    ca mobilidade e com a necessidade de um conhecimento

    tcnico bem apurado para serem utilizados.

    Desde o mais bsico, como pedestais, garras ou cabeamen-

    to, at o mais importante, como os consoles, tudo era mui-to primrio. Tudo vinha dos estdios de gravao e tinha

    que ser adaptado para os shows (no sou especialista em

    iluminao, porm ca bvio que o pessoal da luz passou

    pelo mesmo tipo de problema).

    Estou aqui o tempo todo falando do problema da limitao dos

    equipamentos de udio neste perodo, porm um outro tipo

    de limitao podia ser muito sentida: uma grande limitao

    tcnica ou at mesmo a ausncia de pessoas preparadas para

    trabalharem nas produes tcnicas dos eventos musicais.

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    NOTCIAS DO FRONT

    Sempre temos em comparao os estdios. Pois bem neste

    perodo os estdios possuam excelentes tcnicos, mas que

    tinham seu conhecimento limitado s situaes totalmente

    controladas dentro de um estdio de gravao, que naquelapoca pareciam hospitais, onde quase todos trabalhavam

    de jalecos e seguiam regras especcas de gravao.

    Os tcnicos de estdio daqueles tempos eram tratados

    como verdadeiros cientistas, que possuam um conheci-

    mento muito superior ao das outras pessoas quando se tra-

    tava do seu trabalho. Eles tinham total controle sobre os

    (poucos) equipamentos que existiam. Devia ser muito difcil

    convencer algum deles a se aventurar fazendo um show.

    O que aconteceu foi que alguns entusiastas comea-

    ram a montar pequenos sistemas de sonori-zao (se que podemos dar este nome), e

    eles mesmos, com todas as limitaes imagi-

    nveis, comearam a operar estes sistemas.

    Alguns com algum conhecimento, outros sa-

    bendo nada ou quase nada do assunto, come-

    aram uma indstria.

    Como vimos, o incio tinha tudo para dar erra-

    do, e deu. Entre o comeo da dcada de 1960 e

    meados da dcada de 1970, podemos dizer que

    pouca coisa ao vivo funcionava de uma maneira

    minimamente decente (estou falando aqui prin-

    cipalmente em relao aos equipamentos).

    Os consoles eram realmente o ponto fraco de

    qualquer sistema, isto porque no existiam

    consoles! O seu surgimento

    e consolidao no mercado

    demoraram um tempo muito

    grande, levando-se em con-

    siderao toda a sua impor-

    tncia. At chegarmos ao que

    temos hoje em dia, houve

    muito improviso e superao.

    Agora temos diversas marcas

    e modelos de consoles que

    so capazes de fazer uma

    grande quantidade de tarefas

    ao mesmo tempo. Os consoles de mixagem usados nos

    sistemas de sonorizao ainda so primas bem prximas

    das utilizadas em estdios. Hoje, algumas marcas quetinham grande tradio somente nos estdio arriscam os

    primeiros passos ao vivo!

    Nos prximos dois artigos falarei mais especicamente dos

    consoles de mixagem tanto para o PA quanto para o moni-

    tor: como se desenvolveram, quais as suas caractersticas

    mais importantes e, principalmente, como foi feita a transi-

    o dos sistemas analgicos para os digitais.

    Renato Muoz formado em Comunicao Social e atua como instrutor do IATEC e tcnico de gravao e PA. Iniciou sua carrei-

    ra em 1990 e desde 2003 trabalha com o Skank. E-mail: [email protected]

    34 | udio msica e tecnologia

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    35/100udio msica e tecnologia | 35

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    36/100

    Condensador de cpsula pequena

    $ $$ $$$

    AKG Perception 170 AKG C1000 AKG C451

    Audio-Technica AT2021 Audio-Technica Pro 37 Mojave Audio MA-101fet

    CAD GXL 1200BP Audix ADX51 Neumann KM 184

    Electro-Voice PL37 Rde M3 Sennheiser e914

    Shure PG81 Shure SM94 Shure SM 81

    36 | udio msica e tecnologia

    Na edio passada comeamos a falar dos diferentes ti-

    pos de microfones necessrios para um home studio, lis-

    tando as caractersticas de cada tipo, assim como alguns

    modelos populares de cada. Mas como h muitos micro-

    fones, no deu para falar de todos os tipos, e por issons continuamos nessa misso na edio desse ms.

    Ento vamos l!

    Ns j falamos dos microfones condensadores de cpsula

    grande, dinmicos e dinmicos para instrumentos graves.

    O quarto tipo de microfone a ser mencionado o conden-

    sador de cpsula pequena, que muito popular para gra-

    vaes em estreo (e por isso so vendidos muitas vezes

    em pares), alm de instrumentos com presena forte de

    agudos (como pratos de bateria).

    Para poder apresentar um maior nmero de modelos emtrs faixas de preo distintas (barato, mdio e caro), lis-

    tarei somente o fabricante e modelo de cada microfone,

    sem citar as especicaes. Mas esses dados podem ser

    encontrados facilmente nos sites dos fabricantes (que eu

    tambm listarei no nal). Eu tambm vou manter os ps

    no cho e citarei somente microfones com preo listado

    at no mximo US$ 1.000 (preo nos EUA).

    CONDENSADOR DE CPSULA PEQUENA

    H muitos modelos diferentes de microfones condensa-

    dores de cpsula pequena, pois so muito populares nagravao de instrumentos, especialmente aqueles com

    forte presena de agudos. H modelos conhecidos, como

    o AKG C1000 ou o Neumann KM 184. Mas como a maio-

    ria dos equipamentos de udio, h

    cada vez mais modelos de baixo

    custo, mas com boa qualidade.

    Dos modelos mais em conta, eu

    gosto do Audix ADX51, assim como

    do M3, da Rde. Mas os meus pre-

    diletos so o C451, da AKG, e o KM

    184, da Neumann. So mais caros,

    mas valem o preo!

    MICROFONE DE FITA

    Os microfones de ta eram muito utilizados nas dcadas de

    1930, 40 e 50, mas caram em desuso por sua fragilidade

    e tambm pela inveno do microfone condensador, que

    era mais robusto e tinha resposta de freqncia mais am-

    pla. Mas os microfones de ta nunca saram completamente

    do cenrio, pois geram gravaes aveludadas e com uma

    sonoridade muito natural e orgnica. Porm, somente os

    estdios de grande porte e com alto investimento tinham

    condies de comprar e manter tais microfones.

    EQUIPAMENTOS PARA

    UM HOME STUDIOMICROFONES (PARTE 4): TIPOS E MODELOS POPULARES

    EM CASA | Lucas Ramos

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    37/100udio msica e tecnologia | 37

    Felizmente, isso tudo mudou, e os microfones de ta volta-ram com tudo (e com preos baixos!). Hoje em dia, quase

    todo fabricante de microfones tem pelo menos um modelo

    de ta, o que signica que o preo foi reduzido considera-velmente. possvel encontrar um bom modelo pelo preo

    de um condensador de cpsula grande, e, por isso, muitos

    home studios esto adquirindo um para poder ter um pouco

    do som de veludo que os microfones de ta oferecem.

    Eu gosto muito dos clssicos, como toda a linha Royer e

    os da AEA. Mas recentemente conheci os microfones da em-

    presa australiana Beesneez e quei bastante impressionado.

    MICROFONE VALVULADO

    Os microfones valvulados so muito populares, mas

    muitas vezes as pessoas nem sabem porque... S

    gostam porque valvulado e ponto. At porque so

    geralmente mais bonitos visualmente devido ao seu

    tamanho. Mas os microfones valvulados tm caracters-

    ticas muito fortes, que podem funcionar muito bem ou

    no. A distoro harmnica criada pela vlvula produz

    um som mais ardido, com forte presena dos agudos.

    E dependendo da qualidade do microfone (e do seu gos-

    to, claro), essa distoro pode ser linda e excitan-

    te, ou excessiva e acabar esmagadora.

    Como eu j disse, quei bastante impressionado com a

    linha de microfones da Beesneez, e o modelo valvulado

    chamado Shelise muito interessante. A linha de micro-

    fones da empresa ADK tambm sensacional. Mas eu te-

    nho um apego ao MA-200, da Mojave Audio, que oferece

    um custo-benefcio impressionante.

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    38/100

    Microfone de fita

    $ $$ $$$

    Avantone CR-14 Cascade C77 AEA R84

    Cascade Fat Head MXL R77 Audio-Technica AT4080

    Golden Age R1 MKII Peluso R14 Beesneez Judas

    MXL 990 sE Electronics Voodoo VR1 Blue Woodpecker

    Nady RSM-5 Shinybox 46MXL Royer R-101

    38 | udio msica e tecnologia

    FORA DE SRIE

    Agora eu vou falar de alguns tipos de microfones que

    so fora do comum e que no devem ser sua primeira

    escolha para compra. Mas dependendo da situao (e

    do seu oramento), esses microfones oferecem uma so-

    noridade inigualvel.

    - Yamaha Subkick

    H muitos anos, engenheiros de gravao sacricavam

    seus monitores Yamaha NS-10 para extrair um falante

    (woofer) e utiliz-lo como um microfone. O resultado

    era uma capao capaz de estender at os subgraves

    (abaixo de 40 Hz) que os microfones normalmente no

    conseguiam captar. Utilizava-se, ento, o falante como

    microfone para captar esses subgraves e somar com o

    sinal de um microfone de bumbo normal uma combi-

    nao capaz de gerar bumbos gigantes.

    Para facilitar a vida das pessoas,

    a Yamaha lanou um microfone

    com caractersticas similares s do

    falante da NS-10, e o chamou de

    Subkick. A aparncia lembra umacaixa de bateria, mas no se en-

    gane: uma maravilha para dar

    aquele peso a mais a um bumbo.

    - Placid Audio Copperphone

    A maioria dos fabricantes de microfones gostam de se

    gabar pela ampla extenso da resposta de frequncia

    de seus microfones. Porm, a empresa Placid Audio foi

    diretamente na contramo e lanou um microfone

    com resposta de frequncia propositalmente limitada(200-3.000 Hz)! A ideia recriar a sonoridade de gra-

    vaes muito antigas (estilo rdio AM antigo), sem o

    uso de processadores, o que gera um timbre mais macio

    e natural. um luxo, mas se for algo que voc utilize

    com frequncia, pode valer a pena, pois no to caro.

    - PZM

    Os microfones PZM so microfones esquisitos e no

    muito populares em estdios, muito menos em home

    studios. Porm, eles tm suas vantagens, especialmenteo fato de minimizarem as diferenas de fase entre o som

    direto e as reexes da sala. Isso signica que os sons

    captados chegam com um menor tempo entre eles, o

    que gera uma gravao mais encorpada (especialmen-

    te nos graves e mdio-graves).

    E apesar de no serem to populares nos estdios

    de menor porte, eles tm uma utilidade enorme

    em salas pequenas como microfones ambientes ou

    de overhead de bateria. Isso porque eles minimi-

    zam as diferenas de fase entre o som direto e as

    reflexes na sala, e como as salas de gravao dos

    home studios geralmente tm mais reflexes do

    que o ideal, esse tipo de microfone se torna ainda

    mais eficiente.

    O PZM original fabricado pela empresa Crown (in-

    clusive, eles so os nicos que podem chamar seus

    microfones de PZM, pois detm a marca registrada),

    mas hoje em dia h diversos modelos de diversas

    marcas diferentes, porm sob o nome de Boundary

    Microphone, e no PZM.

    Ms que vem tem mais... At l!

    EM CASA

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    39/100

    Microfone de fita

    $ $$ $$$

    ADK Hamburg AKG Perception 820 ADK Area 51 TT

    Behringer T-1 Avantone CV-12 Beesneez Shelise

    CAD Trion 8000 MXL V97i Mojave Audio MA-200

    KAM R3 Rde K2 MXL Genesis II

    MXL 9000 Studio Projects T3 Pearlman TM 2

    udio msica e tecnologia | 39

    AEA - www.ribbonmics.com

    ADK - www.adkmicrophones.com

    AKG - www.akg.com

    Avantone - www.avantonepro.com

    Audix - www.audix.com

    Beesneez - www.beesneezmicropho-

    nes.co.au

    Behringer - www.behringer.com

    Blue - www.bluemic.com

    CAD - www.cadaudio.com

    Cascade - www.cascademicrophones.

    com

    DPA - www.dpamicrophones.com

    Electro-Voice - www.electrovoice.com

    Golden Age - www.goldenagemusic.

    mamutweb.com

    KAM - www.kaminstruments.com

    Mojave Audio - www.mojaveaudio.com

    MXL - www.mxlmics.com

    Nady - www.nady.com

    Neumann - www.neumann.com

    Pearlman - www.pearlmanmicropho-

    nes.com

    Peluso - www.pelusomicrophonelab.

    com

    Placid Audio - www.placidaudio.com

    Rde - www.rodemic.com

    Royer - www.royerlabs.com

    SE Electronics - www.seelectronics.

    com

    Sennheiser - www.sennheiser.com

    Shinybox - www.shinybox.com

    Shure - www.shure.com

    Studio Projects - www.studioprojectsu-

    sa.com

    Yamaha - www.yamaha.com

    LISTA DE SITES DE

    FABRICANTES

    Lucas Ramos tricolor de corao, engenheiro de udio, produtor musical e professor do IATEC.

    Formado em Engenharia de udio pela SAE (School of Audio Engineering), dispe de certificaes

    oficiais como Pro Tools Certified Operator, Apple Logic Certified Trainer e Ableton Live Certified

    Trainer. E-mail: [email protected]

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    40/10040 | udio msica e tecnologia

    CAPA | Rodrigo Sabatinelli

    Vestindoacamisa

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    41/100udio msica e tecnologia | 41

    do BrasilEm alto e bom som, evento

    da Nike lana camisa que

    seleo brasileira usar na

    Copa do Mundo

    Ivete Sangalo, Thiagui-

    nho, Naldo, Marcelo D2 e

    Anitta foram os artistas esco-

    lhidos pela Nike para a apresentao

    ao pblico da camisa ocial que a Seleo

    Brasileira ir vestir na to aguardada Copa do

    Mundo do Brasil, que comea em junho. O quinteto

    fez parte do megaevento, realizado no dia 24 de novem-

    bro, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

    Sonorizada pela locadora carioca Mac Audio, a festa reu-

    niu milhares de pessoas na areia da praia. frente da

    sonorizao esteve o engenheiro Alexandre Rabao, que

    atualmente trabalha com o cantor e compositor Lulu San-

    tos e que, na ocasio, operou o PA de todas as atraes.

    VERTEC NO LINE E NORTON NOS DELAYS

    O sistema disponibilizado pela locadora foi o line array

    Vertec, da JBL. Cada uma de suas torres principais contou

    com 12 elementos 4889 DPDA complementados por quatro

    4888 DPDA. Acompanhando o sistema estiveram mais 16

    caixas de subgraves Norton, modelo SB 221, sendo oito por

    lado, e mais dois elementos 4888 DPDA no front ll.

    Por se tratar de uma praia, com longa extenso a ser

    coberta pelo sistema, fez-se necessria a instalao

    de torres de delay. Ao todo, foram colocadas seis uni-

    dades, havendo, em cada uma delas, 12 elementos

    Norton LS3 e nove caixas de subgraves SB118. Como

    a house mix estava posicionada a 65 metros do palco,

    a primeira torre de delay cou a 15 metros de distn-

    cia dela, a 80 metros do palco. E a cada 80 metros de

    distncia uma nova torre fazia a cobertura.

    O Vertec um sistema muito eciente, bom para sefazer ao vivo em uma rea livre, pois suas caixas, ain-

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    42/10042 | udio msica e tecnologia

    da que em poucas unidades, con-

    seguem promover uma cobertura

    ampla de reas relativamente

    grandes sem que o engenhei-

    ro tenha que aceler-las. Hoje

    mesmo trabalhei com bastante

    folga. E por estar dividido em trs

    sinais diferentes para cada uma

    de suas torres, sendo um para

    as 4888 e dois para as 4889, me

    ofereceu uma resposta bastante

    homognea, disse Rabao.

    Para no dizer que o sistema chegou pronto em suas

    mos, Rabao contou que mexeu um pouco em seu

    alinhamento. Segundo ele, o PA, alinhado por Fred

    Coelho, estava perfeito e as modicaes somenteforam feitas por conta de seu gosto.

    Tirei um pouquinho de grave e considerei todo o res-

    tante do line. J nas torres de delay o corte foi mais

    radical. Delas, reduzi ao mximo as baixas frequn-

    cias, que so muito perigosas, principalmente por

    embolar o som que sobra para o pblico que est

    atrs delas. Sendo assim, com os graves controlados,

    conseguimos manter essas caixas falando somente

    para quem estivesse frente delas, ou seja, mais

    distantes do palco que elas, explicou, acrescentan-

    do que os subs que complementavam o line principal

    formavam um arco eletrnico, com correo de tem-

    po entre os elementos, o que dava uma cobertura

    mais homognea na primeira rea da plateia.

    DIGICO NA HOUSEMIX

    O engenheiro, encarregado de mixar sozinho todo o

    evento, teve sua disposio na house mix um conso-

    le DiGiCo SD7. Esta mesa, de acordo com ele, foi uti-

    lizada para gerenciar todas as entradas banda, can-

    tores, DJ, trilhas, MC Virtual... e enviar uma mix L/R

    para o Meyer Galileo 616, que, por sua vez, gerenciou

    PA, subs, front ll e delays. Pela primeira vez diante do

    modelo, j que na estrada com Lulu Santos ele utiliza

    a SD8, Rabao era s elogios. E, entre um artista eoutro, fazia seus comentrios sobre o equipamento.

    Essa mesa nos d a possibilidade de trabalhar com at

    256 canais de processamento digital, divididos entre ca-

    nais de entrada, auxiliares, solos e grupos, alm de nos

    oferecer 48 mquinas de efeito. Podemos, por exemplo,

    congur-la para 200 canais de entrada, 36 auxiliares

    e outros 20 buses diversos. impressionante, pois [a

    mesa] parece no ter m, disse.

    Mesmo encantado com a SD7, Rabao fez questo

    de lembrar que a SD8, com a qual viaja, ainda umaeciente opo, principalmente para eventos corpo-

    CAPA

    No detalhe, o line array Vertec,disponibilizado pela Mac Audio para o evento

    RodrigoSabatinelli

    Os delays fizeram o complemento da

    rea do evento, a Praia do Flamengo

    RodrigoSabatinelli

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    43/100udio msica e tecnologia | 43

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    44/10044 | udio msica e tecnologia

    rativos, como os que eventualmente faz com Lulu.

    Ela compacta, tem 24 faders, cabe em qualquer

    house mix. E a mesa que escolhi para cair na es-

    trada, no ?, comentou a respeito do equipamento,

    fornecido pela locadora Loudness, de So Paulo.

    SHURE, SENNHEISER E AKG NO PALCO

    Com o input list do show nas mos, Rabao fez ques-

    to de descrever cada um dos 56 canais utilizados.

    Na bateria, por exemplo, ele trabalhou com microfo-

    nes Shure e Sennheiser. O bumbo, por exemplo, re-

    cebeu um Beta 52, enquanto a caixa cou com dois

    SM 57, um na esteira e outro em sua parte superior.

    O Shure SM 81 foi destinado ao contratempo e aos

    overs, enquanto os Sennheiser E604 serviram a tons

    e surdo do instrumento.

    Os Sennheiser E609 foram usados para captar as

    guitarras. J os teclados e as programaes foram

    levadas ao PA por meio de direct boxes. Na percus-

    so, dois SM 57 captaram as congas e os timbales,

    dois SM 58 cuidaram dos tambores, um AKG D 112

    captou o surdo e os SM 81 caram com os efeitos.

    Nos metais, trombone e trompete receberam, res-

    pectivamente, um DPA 4099 e um SM 58.

    As vozes de Ivete Sangalo, Thiaguinho, Naldo, Anit-

    ta, Marcelo D2 e Emicida foram captadas por mi-

    crofones sem o Shure SM 58 UR, que, em verses

    com o, tambm serviram aos backing vocals. Na

    apresentao de Thiaguinho, foram usados seis ca-

    nais de Pro Tools contendo alguns efeitos e bases,

    alm de cavaco, violo, baixo e tant, tocados por

    msicos que acompanham o cantor na estrada. Na

    de Naldo, que levou seu guitarrista e um DJ, um

    Sennheiser E609 serviu para captar o amplicador

    do instrumento do msico.

    POUCO PROCESSAMENTO NAS VOZESRabao contou que, apesar de ter toda a liberdade para

    mixar o evento, economizou no processamento de vo-

    zes. Para elas, foram usados o mnimo possvel de peri-

    fricos. No mximo, um equalizador, um reverber e um

    compressor, mas tudo bem discreto, de leve, revelou.

    Como no havia trabalhado anteriormente com es-

    ses artistas, o engenheiro achou que a medida foi

    essencial e, como o prprio disse, o colocou numa

    espcie de zona de segurana, da qual pde traba-

    lhar sem correr riscos. O compressor, por exemplo,estava ali, insertado, para ser acionado somente em

    caso de grande necessidade, explicou.

    Mas se vozes seguiam para o PA praticamente ats, a

    bateria seguia um caminho distinto. De acordo com

    Rabao, todas as peas do instrumento, organizadas

    em um subgrupo, passavam por um processador

    Audio Enhancer, da prpria DiGiCo. Ele esquentou,

    saturou, mexeu com frequncias, ofereceu sub-har-

    mnicos... Enm, foi bastante til. Porm, o utilizei

    com muito carinho, anal de contas, como contei, a

    bateria foi separada em um subgrupo, explicou.

    Alm do Audio Enhancer, usei, na caixa da bateria

    e tambm no baixo, o DigiTube, um simulador de

    vlvula saturada, muito bacana, que, a exemplo

    CAPA

    s subs SB118 complementaram o

    istema de sonorizao principal

    O engenheiro Alexandre Rabao, responsvel pela

    operao do PA, e a SD7, usada por ele no trabalho

    RodrigoSabatinelli

    RodrigoSabatinelli

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    45/100udio msica e tecnologia | 45

    do outro processador, esquenta bas-

    tante o som das peas nas quais in-

    sertado, completou.

    MONITORAO EM BOAS MOS

    Se Rabao foi o coringa do PA, nos

    monitores o desao da operao cou

    a cargo de Marcio Werderits. Respon-

    svel por cuidar de todos os artistas

    do evento, exceto o cantor Thiaguinho,

    ele utilizou, de dentro de um container,

    um console Soundcraft Vi6, monitores

    Meyer USM 100 P e in-ears Shure PSM

    900, e fez, segundo Rabao, seu traba-

    lho com tranquilidade.

    A responsabilidade foi passada e o trabalho foi feito

    com muita competncia. Existia a diculdade, claro

    [de operar monitores para artistas com os quais o tc-

    nico nunca trabalhou], mas com bom senso chegamos

    l. Por conta da cenograa, a mesa de monitor cou

    fora do palco, em um container. Isso foi mais uma di-

    culdade superada pelo Marcio, elogiou Rabao.

    Thiaguinho foi praticamente o nico artista que

    contou com uma estrutura pessoal maior no even-

    to. Ele trouxe um tcnico para cuidar dos monito-

    Artistas no palco, jogadores no alto: evento, sonorizado pela

    Mac Audio, reuniu milhares de pessoas no Rio de Janeiro

  • 7/25/2019 268 Jan 2014

    46/100

    Ivete Sangalo, bem como todos os demais cantores,

    utilizou um microfone sem fio Shure SM 58 UR

    46 | udio msica e tecnologia

    res e outro profssional para dar um suporte ge-

    ral. Esse cara foi ao palco, montou tudo, auxiliou

    a passagem de monitor, depois passou na house

    mix, me sugeriu umas coisas, deu um toque sobre

    a voz do Thiaguinho, sobre o nvel do pandeiro em

    relao base etc., mas, na hora do show, fomos

    ns quem assumimos a responsabilidade, disse.

    Ainda de acordo com o engenheiro, alm de Mar-

    cio, outro profissional foi diretamente responsvel

    pelo sucesso do evento: Marcelo Roldo. Segundo

    Rabao, com o auxlio do software WinRadio, o

    tcnico da Mac Audio

    gerenciou a rede sem

    fio da festa, que con-

    tava com cerca de

    25 sistemas, entre

    fones e microfones,

    trabalhando durantetodo o dia.

    TUDO EM CASA,NUMA BOA, SEMPROBLEMAS

    A tranquilidade com

    que Rabao operava

    o PA do evento era

    curiosa, mas tinha

    uma explicao: a

    intimidade profissional do

    engenheiro com os msicos

    que integram Os Parmegia-

    nos, banda base do evento,

    formada por Thiago Silva na

    bateria, Sido Santos no bai-

    xo, Fernando Vidal na gui-

    tarra, Rodrigo Tavares nos

    teclados e programaes,

    Marlon Sette no trombone,

    Diogo Gomes no trompete e

    Thais e Darelly nos backing

    vocals, todos regidos por

    Pretinho da Serrinha, que

    tocou cavaquinho.

    Muitos desses msicos eu

    j conhecia do trabalho que

    fiz com Seu Jorge. Alguns

    deles, na poca em que tra-

    balhamos juntos, faziam parte de sua banda. En-

    to, por conhecer a maneira de cada um tocar,

    economizei um bom tempo de passagem de som,

    por exemplo. O mesmo posso dizer do Marcio,

    que cuidou dos monitores tambm j conhecendo

    os msicos, explicou.

    Sobre os ventos e a chuva, que por alguns instan-

    tes passaram pelo evento, Rabao foi direto. A

    chuva comeou na hora do show. Emicida subiu ao

    palco e ela caiu. Mas, logo em seguida, parou e os

    ventos voltaram. Na verdade, um problema deu

    lugar ao outro, mas j vivi situaes piores, na es-

    trada, e ali contornei numa boa, encerrou.

    CAPA

    A chuva que caiu logo no incio do evento, quando o rapperEmicida subiu ao palco, no atrapalhou o trabalho de Rabao,

    acostumado com interferncias do gnero

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    Red Hot Chili Peppers no Brasil

    EVENTO | Rodrigo Sabatinelli

    Banda californiana traz grandeestrutura para shows no pas

    Em sua mais recente passagem pelo Brasil, reali-

    zada em novembro do ano passado, o grupo Red

    Hot Chili Peppers trouxe de volta da turn de seu

    mais recente disco, Im With You, a trs palcos

    distintos. No dia 2 de novembro, iniciando os tra-

    balhos por terras brasileiras, Anthony Kiedis & cia.

    desembarcaram no Centro de Eventos Mega Spa-

    ce, em Belo Horizonte. No dia 7, tocaram na Are-

    na Anhembi, em So Paulo, e, por m, no dia 9,

    chegaram Cidade dos Atletas, no Rio de Janeiro.

    As apresentaes, que se deram por conta do Circui-

    to Banco do Brasil, evento que tambm reuniu ban-

    das como Yeah Yeah Yeahs, O Rappa e Tits, entre

    outros, foram sonorizadas pela Gabisom.

    Nosso parceiro de viagem foi der Moura, tcnico

    de sistemas da locadora. Com trnsito livre pelos

    corredores do evento, ele nos contou detalhes da

    estrutura que viaja com o Red Hot, e, claro, falou,

    com riqueza de informaes, sobre os sistemas utili-

    zados pela locadora nestas apresentaes.

    SONORIZAO COMV-DOSC E VTX

    Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o sistema

    utilizado pela banda foi o V-Dosc, da LAcoustic,

    EduardoMagalhe

    s

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    composto por 15 elementos em cada torre prin-

    cipal e 12 elementos em cada torre comple-

    mentar, alm dos subs SB218, presentes em 16

    unidades por lado, e SB28, presentes em oito

    unidades, ao centro.

    Em So Paulo, o sistema usado foi o VTX, da

    JBL, composto por 18 elementos em cada torre

    principal e 14 em cada torre complementar, alm

    de subs VTX G28, presentes em 12 unidades por

    lado e oito ao centro.

    Alm dos sistemas de PA, trabalhamos, nas trs

    praas, com torres de delay, que auxiliaram a so-

    norizao. Em Belo Horizonte, contamos com duas

    torres, tendo em cada uma delas nove elementos

    LAcoustic Kudo. No Rio de Janeiro, contamos com

    quatro torres, tambm tendo em cada uma delas

    nove elementos Kudo. J em So Paulo, trabalha-

    mos com duas torres, tambm compostas por nove

    elementos, sendo estes JBL Vertec, disse der.

    No palco, alm de um console Midas H3000 e dos

    monitores EAW MicroWedge e Rat Sound, que a

    banda carrega em todas as suas viagens, foram

    vistos microfones como os Audix OM7 e D6, usa-

    dos, respectivamente, na voz principal e no bum-

    bo da bateria; Shure Beta 98, usado na caixa do

    instrumento; Shure SM98, destinado aos tons da

    bateria; AKG C5600, para os overs; os Beyerdyna-

    direita e esquerda, em destaque, os line arraysV-Dosc, da L'Acoustic

    CelsoLuiz

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    EVENTO

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    mic M201, para contratempo e prato de conduo; e

    o Shure SM57, para a guitarra. Os microfones eram

    todos deles. O que fornecemos atendeu somente s

    outras bandas, completou Moura.

    ARSENAL PESADO DEFRENTE PARA O PA

    Na house mix, o engenheiro Dave Rat, que

    j trabalhou com outros grandes artistas

    internacionais, tais como Rage Against The Machi-

    ne, Beck, Foo Fighters, Pearl Jam e The Offspring,

    entre outros, operou o PA por meio de outra H3000.

    No entanto, este no foi o nico console disposi-

    o da banda no local. Para a gravao do show,

    sua equipe contou, ainda, com uma mesa Avid Pro-

    le associada a um sistema Pro Tools.

    Mas o que mais chamou a ateno na house foi o

    grandioso rack de efeitos usado pelo engenheiro.

    De propriedade de sua empresa, a californiana Rat

    Sound que tambm cedeu os consoles de PA e

    monitor e os monitores de cho , de longe, ele mais

    parecia um verdadeiro estacionamento de perif-

    ricos e nos convidava a uma visita mais prxima.

    Composto por equipamentos como os equalizadores

    Meyer Sound CP10, para o PA, e BSS 960 e KT DN

    410, sendo o ltimo para os subs, alm de gates KT

    510 e KT DN514, da Klark Teknik, compressores BSS

    DPR404 e os Distressor, da Empirical Labs, entre ou-

    tros, o setup estava na ponta da lngua do enge-

    nheiro. Uma banda como o Red Hot costuma viajar

    com muita coisa legal, como os Eventide H3500 Har-

    monizer, os Lexicon PCM 60, os DBX RTA-1, enm,

    equipamentos necessrios para um show deste por-

    te, disse ele. O H3500 e o PCM 60, por exemplo,

    so insertados na voz principal, completou Rat.

    VENUE E PRO TOOLS NAGRAVAO DO SHOW

    O udio da transmisso do show cou a cargo da Uni-

    dade Mvel 1 do Epah Estdios, que conta com um

    console Venue ProFile, de 96 canais, distribudos em

    dois stages; dois sistemas Pro Tools, sendo um HDX e

    outro Native, para o backup, e uma grande quantida-

    de de plug-ins da Waves, tais como compressores e

    equalizadores, usados, especialmente, na bateria de

    Chad Smith e na voz de Anthony Kiedis.

    De acordo com Marcelo Freitas, scio do Epah, apesar

    da abundncia de canais disponveis na mesa, somen-

    te metade da capacidade do equipamento foi sucien-

    te para a realizao do trabalho, j que, segundo ele, o

    input list dos Chili Peppers bastante enxuto.

    Foram 48 canais, sendo, dentre outros, 14 de bateria,

    quatro de guitarra, dois de baixo, quatro de percusso,

    dois de vozes, um L/R com bases pr-programadas,

    Caixas de subgraves, como as SB218,auxiliaram os PAs nos shows de Rio deJaneiro e Belo Horizonte

    Nos pilares da Cidade do Rock, no Rio deJaneiro, foram instaladas torres de delay,que fizeram a cobertura das reas onde o PAprincipal no chegava

    CelsoLuiz

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    EVENTO

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    disparadas de um Pro Tools, e um para comunicao da banda com

    a equipe e vice-versa. Na verdade, considerando a formao da ban-

    da, essa quantidade de canais mais que sufciente, disse.

    Marcelo tambm contou que a gravao do show, feita na resolu-

    o 48/24, padro para apresentaes ao vivo, passou pelo crivo de

    Jason Jas, engenheiro de broadcast que acompanha o Red Hot na

    estrada. Tudo o que dizia respeito ao som da banda para TV passa-

    va por ele. Todo o contato era feito com ele, lembrou.

    Transmitido em dois formatos, 2.0 e 5.1,

    o som da apresentao passou por dois

    splitters, sendo um deles passivo. A ban-

    da tem o costume de transmitir shows

    pela web. Sendo assim, tivemos que tra-

    balhar em uma espcie de parceria, pois o

    objetivo era, tambm, atend-los, com-

    pletou. A transmisso em 5.1 tornou-se

    padro no Multishow desde dezembro de

    2012. Desde ento trabalhamos dessa

    maneira. Em 2014, a MTV, que at o mo-

    mento transmite tudo em 2.0, vai imple-

    mentar o 5.1, encerrou.

    A H3000, da Midas, e a Avid Profile foram as mesas usadas pelos Red Hot Chili Peppers

    Dave Rat, engenheiro de PA dos Chili Peppers, tambmproprietrio da Rat Sound, empresa californiana de sonorizao

    No detalhe, o rack usado por Rat:variedade e grande quantidade deperifricos impressionou

    CelsoLuiz

    CelsoLuiz

    CelsoLuiz

    CelsoLuiz

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    CIRCUITO BANCO

    DO BRASILRiders variados em umfestival que recebeu atraesinternacionais de peso

    USER PROFILEO Media Composer

    do seu jeito

    SELEO ILUMINADAShow de luzes na festa

    de lanamento da novacamisa canarinho

    DIFUSORESComo corrigir imperfeies

    e atenuar sombras

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    produtos

    NOVO REFLETOR ILED RGBW J NO MERCADO

    MQUINA DE FUMAA ANTARI W-715

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    A Martin Professional utilizou a ltima LDI (Live Design International), realizada no

    fim de novembro passado, em Las Vegas, como plataforma de lanamento de al-

    guns produtos, e dentre os destaques estava o MAC Quantum Wash.

    Segundo a companhia, o mercado vinha pedindo por luzes LED wash mais brilhantes

    e compactas, ento a Martin resolveu desenvolver a novidade, que apresenta feixes

    firmes, uma paleta de cores de destaque no mercado e uma mistura uniforme que

    permite atuao em aplicaes mais exigentes.

    Ao combinar um LED RGBW de 750 watts com o sistema ptico da fabricante, o

    produto garante que seu zoom opere com potncia mxima e desempenho superior.

    O MAC Quantum Wash, que facilmente manuseado, oferece movimentos de alta

    velocidade e baixo rudo de refrigerao, tudo isso numa estrutura bem robusta. O equipamento tem 45,2 cm de com-

    primento e de largura e 54,7 cm de altura. Pesa 21 kg.

    www.martin.com

    www.harmandobrasil.com.br

    Com grau de proteo IP65 ( prova dgua) e mix de cores RGBW, o novo reetor iLED IP 65 Wash 24 x 8W Quad RGBW

    tem potncia de sobra para iluminar grandes ambientes externos, e o que ele faz.

    A mistura dos tons criados pelos 24 LEDs Quad (4 em 1) valoriza desde

    edificaes at espaos urbanos. O display luminoso e quatro botes

    sensitivos permitem escolher e programar todas as funes do refletor,

    inclusive a operao pelo controle remoto infravermelho que acompanhao equipamento. Ele pode ser configurado para trabalhar com protocolo

    DMX em quatro, seis ou sete canais.

    Entre outras de suas caractersticas esto ngulo de abertura de 25, funes

    Color Static, Color Fader, Color Jump, Color Strobo e Dimmer, programas ajus-

    tveis em memria, modos master/slave e display de LCD Blue. Tem 32,5 cm

    de largura e altura e 12 cm de profundidade, pesando apenas 8,4 kg.

    www.gobos.com.br

    A Antari apresentou recentemente a mquina de fu-

    maa W-715. Seu novo sistema de aquecimento pro-

    porciona uma produo de exploses de 20 segundos,

    com aumento da conservao de calor para reduzir o

    tempo de reaquecimento, enquanto seu sistema de

    tubulao de uido recentemente projetado remove

    o lquido restante para fornecer uma exploso mais

    clara, sem excesso de fumaa. O uido FLC base de

    gua da fabricante, especialmente desenhado para o

    trabalho, faz com que o efeito seja ainda mais preciso

    graas sua frmula que permite rpida dissipao.

    O produto oferece um modo de jato de dois segun-

    dos, para um rpido efeito aps

    o toque de um boto, painel

    em LCD, sistema wireless W-1

    e DMX 512 onboard, para uma

    maior versatilidade e exibilida-

    de no controle. O equipamento

    consome 300 ml de uido por

    minuto e conta com um tanque

    com capacidade para at 2,4

    litros de uido. Pesa 15,5 kg.

    www.antari.com

    www.decomacbrasil.com

    MARTIN LANA O MAC QUANTUM WASH

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    em foco

    Ricky Martin foi um das atraes dos shows do Grammy La-

    tino, realizado no dia 21 de novembro passado no Centro de

    Eventos Mandalay Bay, Las Vegas, EUA. Produzido pela rede

    Univision, o evento teve um pblico estimado em 9,8 milhes

    de telespectadores. No que diz respeito luz, o lighting desig-

    ner Carlos Colina, que h sete anos responsvel pelo projeto

    de iluminao da premiao, usou no show do cantor portorri-

    quenho 18 movings Pointe, da Robe, dando destaque especial

    interpretao da cano Ms y Ms, que uniu no palco Ricky

    Martin e Draco Rosa. Foi a primeira vez em que Colina usou o

    produto da Robe, lanado em abril de 2013.

    So brilhantes, versteis. Os prismas so maravilhosos, as

    cores, timas, e so simplesmente fantsticos nas cmeras,

    comentou Carlos, que trabalhou junto com o designer de

    cenograa Jorge Domnguez. Por Ricky Martin ser uma das

    maiores estrelas latinas do mundo, Colina queria que a atua-

    o dele tivesse grande impacto, e decidiu cri-la usando os Pointe da Robe.

    A msica era uma balada muito forte e um momento muito especial do show, disse Colina, quem tinha feito um render do visual

    com os Pointe para ser aprovado pelo artista e sua equipe de produo. O resultado sobre o palco foi exatamente como tinha sido

    criado no render, e foi denitivamente um dos momentos que deniram o entretenimento da noite, declarou. Os Pointe foram agru-

    pados sobre trusses superiores de seis metros na frente da cena, com distncia de cerca de 1,5 m entre eles. Os trusses entraram

    em cena quando Ricky e sua banda subiram ao palco, em um momento bastante bonito. Mais informaes sobre os produtos podemser encontradas em www.robe.cz e www.tacciluminacao.com.br.

    MOVINGS POINTE ILUMINAM RICKY

    MARTIN NO GRAMMY LATINO

    MARTIN PROFESSIONAL NO PLANETA TERRA 2013

    Aps estar presente no Rock in Rio 2013, a Harman tambm marcou presena nos shows das principais atraes do Planeta

    Terra Festival, realizado em So Paulo em novembro

    passado. O destaque cou por conta da utilizao de

    uma das novidades da Martin Professional, empresa

    focada em iluminao adquirida no m de 2012 pelo

    grupo Harman: o MH 3 Beam, j disponvel no pas,

    a exemplo do RUSH MH1 Prole, MH 2 Wash, Strobe

    1 5x5, Par 1 RGBW e Pin 1 CW.

    Shows de grande nomes como Blur, Beck e Lana Del

    Rey contaram com a performance do MH 3 Beam,

    moving head que lana um feixe de longo alcance,

    intenso e estreito, para efeitos no ar. Alm disso,

    o produto abriga uma roda de gobo fixo e roda de

    cores com uma multiplicidade de efeitos possveis

    a partir de um dimmer e estrobo, zoom, prisma de

    oito faces e regulagem de foco.

    Divulgao

    Draco Rosa e Ricky Martin no Grammy Latino: lighting

    designer Carlos Colina utilizou 18 movings Pointe

    MH3 Beam foi utilizado nos shows das principais

    atraes do Planeta Terra, como o Blur

    Divulgao

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    Capa Rodrigo Sabatinelli

    Circuito Banco

    do Brasil

    Festivaltemridersvariadosp

    arareceber

    atraescomoChiliPepperse

    JossStone

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    EduardoMagalh

    es

    Como vimos h algumas pginas, o Circuito Banco do Brasil, festival

    que reuniu atraes de peso como Red Hot Chili Peppers, Simple Minds,

    Skank, Jota Quest e Detonautas, passou por Salvador, Belo Horizonte,

    Rio de Janeiro, So Paulo, Braslia e Curitiba e teve sonorizao a cargo

    da Gabisom. Agora, no entanto, vamos falar de sua luz.

    Iluminado pela LPL, o evento teve seus mapas de luz desenhados

    pelo lighting designer Erich Bertti, tambm diretor de fotograa do

    evento ao lado de seu irmo Caio Bertti. Em entrevista L&C, Erich

    detalhou alguns destes riders, comentando a variao de estrutura

    entre eles. Alguns dos iluminadores dos artistas que passaram pelo

    festival, tais como Martin Brennan, que trabalha com a cantora Joss

    Stone, e Lino Pereira, do Jota Quest, entre outros, tambm falaram

    sobre a estrutura disponibilizada.

    PLANTA PRINCIPAL SEM COMPLICAES

    Lighting designer do festival, tendo outros de grande expressivida-

    de em seu currculo, como, por exemplo, o SWU e o Lollapalooza

    Brasil, Erich contou que a experincia lhe fez criar riders simples,

    mas que, obviamente, atendessem s demandas dos iluminadores

    nacionais e internacionais, tend