2.3 Calor_P2
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https://www.youtube.com/watch?v=jaNeb26-HhQ
Cobrador não recebe insalubridade por trabalhar sob calor excessivo
Por causa de calor, vigilante de carro forte ganha adicional deinsalubridade
https://www.youtube.com/watch?v=YNWTRPd03-E
Cozinheiro vai receber adicional de insalubridade por excesso de calor
https://www.youtube.com/watch?v=3CCiKI33H_U
Cortador ganha adicional de insalubridade por calor e umidade
https://www.youtube.com/watch?v=AOaZoSsHPLU
CARACTERIZAÇÃO DE INSALUBRIDADE
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NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
9.3.5 Das medidas de controle
9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para aeliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempreque forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
a) ...b) ...c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dostrabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou,na ausência destes os valores limites de exposição ocupacionaladotados pela ACGIH.
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NR 15 ANEXO 3 – CONSULTA PÚBLICA
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CARACTERIZAÇÃO APOSENTADORIA ESPECIAL
DECRETO Nº 3.048/1999 – REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art.68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ouassociação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física,considerados para fins de concessão de aposentadoria especial,consta do Anexo IV.
Subseção IV - Da Aposentadoria Especial
CÓDIGO AGENTE NOCIVO TEMPO DE
EXPOSIÇÃO
2.0.4CALOR a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15, da Portaria no 3.214/78
25 ANOS
Art. 240. A exposição ocupacional a temperaturas anormais, oriundas de fontesartificiais, dará ensejo à aposentadoria especial... (IN 45/2010).
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CARACTERIZAÇÃO APOSENTADORIA ESPECIAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45/2010
Art. 238. Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental,ressalvada disposição em contrário, deverão considerar:
I - a metodologia e os procedimentos deavaliação dos agentes nocivos estabelecidospelas Normas de Higiene Ocupacional - NHO daFUNDACENTRO; e
II - os limites de tolerância estabelecidos pelaNR-15 do MTE.
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Ciclo de exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o trabalhador ésubmetido, conjugado às diversas atividades físicas por ele desenvolvidas, em umasequência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada detrabalho.
CONCEITOS
IBUTG: média ponderada no tempo dos diversos valores de IBUTG, obtidos numintervalo de 60 minutos.
M: média ponderada no tempo das taxas metabólicas, obtidas num intervalo de 60minutos.
Ponto de medição: ponto físico escolhido para o posicionamento do dispositivo demedição.
Grupo Homogêneo de Exposição: grupo de trabalhadores que experimentamexposição semelhante, tanto do ponto de vista das condições ambientais, quantodas atividades físicas desenvolvidas, de modo que o resultado fornecido pelaavaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todosos trabalhadores do grupo.
Limite de Exposição: valor máximo de IBUTG, relacionado ao M que representa ascondições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estarexposta, repetidamente, durante toda a sua vida de trabalho, sem sofrer efeitosadversos à sua saúde.
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AtividadeTaxa
metabólica (Kcal/h)
Taxa metabólica
(W/m²)SENTADO
Em repouso 90 58Trabalho leve com as mãos (ex: escrever, datilografar) 105 68
Trabalho moderado com as mãos e braços (ex: desenhar, trabalho leve de montagem)
170 110
Trabalho pesado de mãos e braços (ex: bater pregos, limar) 210 136Trabalho moderado de braços e pernas (ex: dirigir ônibus ou caminhão em trânsito
urbano)215 139
EM PÉEm repouso 115 74
Trabalho leve em máquina ou bancada, principalmente com os braços 150 97Trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação 175 113
Trabalho pesado de braços e troncos (ex: corte manual com serrote ou serra) 365 236EM PÉ, EM MOVIMENTO
Andando no plano2 km/h 170 1103 km/h 217 1404 km/h 255 1655 km/h 309 200
. . .Trabalho moderado de braços (ex: varrer, trabalho em almoxarifado) 275 178
Trabalho moderado de levantar ou empurrar 300 194Trabalho de empurrar carrinhos de mão, em nível, com carga 335 217
Trabalho de carregar pesos ou com movimentos vigorosos com os braços (ex: trabalho com foice) 425 275
Trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex: remoção com pá, abertura de valas)
450 291
...
Quadro 1 – Taxa metabólica por atividade
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Quadro 2 – Limite de Exposição Ocupacional ao Calor
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EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
Termômetro de Bulbo Úmido Natural Termômetro de mercúrio: -10ºC a 50ºC Subdivisões: 0,2ºC ou menores Exatidão: + 0,5ºC Erlenmeyer de 125 ml com água destilada Um pavio de forma tubular, na cor branca e tecido de algodão com alto poder de
absorção de água, com comprimento mínimo de 100 mm
Termômetro de Globo Esfera oca de cobre de 152, 4 mm preto fosco Termômetro de mercúrio: -10ºC a 120ºC Subdivisões: 0,2ºC ou menores Exatidão: + 0,5ºC Rolha cônica de borracha, cor preta
Termômetro de Bulbo Seco Termômetro de mercúrio: -10ºC a 120ºC Subdivisões: 0,2ºC ou menores Exatidão: + 0,5ºC
ÁRVORE DE TERMÔMETROS DE MERCÚRIO
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EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
A esfera deverá ser oca de 152,4 mm, pintada de preto fosco O pavio usado no dispositivo de medição de Tbn deve ser de forma
tubular de tecido com alto poder de absorção de água, como oalgodão na cor branca, mantido úmido com água destilada porcapilaridade
Os medidores só poderão ser usados dentro das condiçõesespecificadas pelos fabricantes (umidade, temperatura, camposmagnéticos, etc).
É permitida a utilização de equipamento eletrônico para adeterminação do IBUTG, ou outros dispositivos para amedição das temperaturas de globo, de bulbo úmido naturale de bulbo seco, desde que, para quaisquer condições detrabalho avaliadas, apresentem resultados equivalentes aosque seriam obtidos com a utilização do conjuntoconvencional (no mínimo a mesma exatidão ).
CONJUNTO NÃO CONVENCIONAL PARA A DETERMINAÇÃO DO IBUTG
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES :
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Os limites de tolerância estabelecidos referem-se a trabalhadoressadios, aclimatados, completamente vestidos com calça e camisaleves, e com reposição adequada de água e sais minerais.
Condições de exposição não rotineiras, decorrentes de operaçõesou procedimentos de trabalho previsíveis mas não habituais, devemser avaliadas e interpretadas isoladamente, considerando suacontribuição na exposição ocupacional do trabalhador avaliado.
As condições térmicas de curta duração, inferiores ao tempo deestabilização do equipamento, poderão ser avaliadas através desimulação. Ex. abertura de um forno por apenas cinco minutos acada 30 minutos de trabalho.
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MEDIDAS DE CONTROLE
Fonte geradora
Percurso / Trajeto do agente
Trabalhador
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O organismo acumula mais calor do que tem chance de dissipar;
Há um ganho excessivo de calor (sobrecarga térmica inaceitável)
MEDIDAS DE CONTROLE
COMO OCORRE A SOBRECARGA TÉRMICA?
O ganho de calor pelo organismo em qualquer situação é composto deduas parcelas:
Calor ambiental (estimado pelo IBUTG)
Calor metabólico (gerado pela atividade física)
Tornando o ambiente mais ameno
Tornando a tarefa menos crítica
COMO ADEQUAR A EXPOSIÇÃO?
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Blindar as fontes radiantes: as fontes radiantes podem ser blindadas(encerradas). A superfície final que faz fronteira com o ambiente deveriaser de um material de baixa emissividade infravermelha (por exemplo,alumínio polido). Dessa forma, as fontes emitem menos calor, e,portanto, perdem menos calor para o ambiente.
Reduzir a área exposta da fonte: quanto menor a área exposta da fonteradiante, menor a emissão para o ambiente.
MEDIDAS DE CONTROLE
Fonte geradora
Reduzir temperaturas de trabalho: quanto menor a temperatura dafonte, menor a emissão (quando possível).
Eliminar toda perda ou geração desnecessária de calor para oambiente: em muitos ambientes industriais há perdas de calordesnecessárias, que irão aumentar a carga térmica existente (porexemplo, vazamentos de vapor).
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MEDIDAS DE CONTROLE
Percurso / Trajeto do agente
Instalação de barreiras refletivas entre a fonte e o trabalhador. A melhoropção de material é o alumínio polido (refletância maior que 95%) .
Maximizar a distância fonte–trabalhador, pois quanto maior a distânciaaté a fonte, menor a irradiação infravermelha.
Afastar todas as rotinas possíveis das fontes mais intensas, pois muitastarefas são feitas próximas de fontes desnecessariamente.
Aumentar a velocidade do ar sobre o trabalhador (idealmente, enquantoa temperatura de bulbo seco do ambiente for menor que 35°C).
Reduzir, por trocas de ar, a umidade relativa do ambiente, nos locaiscom alta umidade, permitindo a evaporação do suor.
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MEDIDAS DE CONTROLE
Trabalhador
Redução da carga metabólica envolvida
Evitar trabalho braçal direto
Mecanizar a tarefa
Realizar tarefas em duplas
Evitar o subir e descer de escadas
Reduzir o peso unitário das cargas
Ajustando os tempos de exposição nas fases críticas
Introduzindo pausas de descanso térmico
Seguindo os estudos de tempo do IBUTG
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MEDIDAS DE CONTROLE
Trabalhador
Aclimatação
Adaptação do organismo a um ambiente quente. Quando umtrabalhador se expõe ao calor intenso pela primeira vez, tem suatemperatura interna significativamente elevada, com um aumento doritmo cardíaco e baixa sudorese. Além de suar pouco, pode perdermuito cloreto de sódio nesse suor.
O indivíduo aclimatizado sua mais, consegue manter a temperatura donúcleo do corpo em valores mais baixos e perde menos sal no suor,mantendo também os batimentos cardíacos.
OBS: A aclimatação tende a ser satisfatória após uma a duas semanas (é omédico quem deve avaliar).O trabalhador pode perder total ou parcialmente a aclimatação, após diasafastado do trabalho.
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MEDIDAS DE CONTROLE
Atentar para atividades críticas, que demandam maiores cuidados:
Intensa atividade física e carga radiante
Trabalho extenuante (ritmo ditado pelo processo)
Trajes que impedem a evaporação do suor
Histórico pessoal de doenças do calor
Reposição de Líquidos:
Encorajar consumo mesmo sem sede >> pequenas quantidades acada 15/20 minutos
Bebe-se maior quantidade se as bebidas tiverem sabor do que águapura
Evitar café e bebidas gaseificadas
OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
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MEDIDAS DE CONTROLE
Busca de auxílio médico:
Aos primeiros sintomas, descansar e tomar líquidos
Persistindo por mais de 15 minutos, buscar ajuda médica
Ninguém deve ser impedido de buscar ajuda médica se desejar
Alerta de Emergência Médica:
A pessoa aparenta estar desorientada e confusa
Irritabilidade, mal-estar
Se a sudorese parar e a pele se tornar seca e quente, acionarIMEDIATAMENTE o Serviço Médico, adotar primeiros socorros eprovidenciar hospitalização
OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
Medidas de ordem geral:
Realização de exames médicos periódicos adequados
Educação e treinamento
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MEDIDAS DE CONTROLE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
OBSERVAÇÃO: Em nenhum destes casos a proteção será EFETIVA, emrelação aos aspectos fisiológicos e metabólicos do trabalhador.
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MEDIDA ADOTADA FATOR ALTERADO
Insuflação de ar fresco no local em que permaneceo trabalhador
Temperatura do ar
Maior circulação do ar existente no local detrabalho
Velocidade do ar
Exaustão dos vapores de água emanados em umprocesso
Umidade relativa
Utilização de barreiras refletoras (alumínio polido,aço inoxidável) ou absorventes (ferro ou açooxidado) de radiação infravermelha, colocadasentre a fonte e o trabalhador
Calor radiante
Automatização do processo. Ex: mudança dotransporte manual de carga por transporte pormeio de esteira ou ponte rolante
Calor produzido pelometabolismo
MEDIDAS DE CONTROLE
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TEMPO DE ESTABILIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO
ASPECTOS PRÁTICOS
As leituras de temperatura devem ser iniciadas após 25minutos de estabilização do conjunto e repetidas a cadaminuto.
Deverão ser feitas no mínimo 3 leituras até se observaruma oscilação não superior a 0,1 ° C entre as 3 últimasleituras, sendo considerada leitura final a média destas.
QUANTAS LEITURAS DE TEMPERATURA DEVEM SER FEITAS?
Deve ser feita a média aritmética de , no mínimo, trêscronometragens, realizadas durante a observação dotrabalhador na execução do seu trabalho.
A IMPORTÂNCIA DO TEMPO
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TERMÔMETROS SÓ DE MERCÚRIO?
ASPECTOS PRÁTICOS
É permitido usar qualquer outro tipo de sensor detemperatura que dê leitura idêntica à fornecida pelotermômetro de mercúrio sob as mesmas condições.
Exatidão + 0,5ºC
Esfera oca de cobre, aproximadamente 1 mm deespessura e diâmetro de 6” e pintada em preto fosco
Pavio tubular de tecido com alto poder de absorção deágua
PAVIO TERMÔMETRO DE BULBO ÚMIDO
No momento do uso, deverá ser totalmenteumedecido.
Deve ser mantido úmido com água destilada por nomínimo ½ hora antes de se fazer a leitura datemperatura (ACGIH).
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ATENÇÃO Os parâmetros adotados devem ser estabelecidos no
período, de 60 minutos corridos, mais desfavorável dajornada de trabalho.
ASPECTOS PRÁTICOS
Devem ser feitas medições de calor e determinar oIBUTG em cada situação térmica a que fica submetido otrabalhador.
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ASPECTOS PRÁTICOS
COMO IDENTIFICAR A HORA MAIS CRÍTICA?
Exemplo: Atividade industrial realizada em forno e forja
Fonte: Técnicas de avaliação de agentes ambientais, manual SESI
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ASPECTOS PRÁTICOS
COMO IDENTIFICAR A HORA MAIS CRÍTICA?
Exemplo: Atividade industrial realizada em forno e forja
IBUTG: 29,2ºC M: 240 Kcal/H – IBUTG Max: 28,5ºC
IBUTG: 29,4ºC M: 248 Kcal/H – IBUTG Max: 28,5ºC75
ASPECTOS PRÁTICOS
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ASPECTOS PRÁTICOS
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Sensação de bem-estar experimentada por uma pessoa, como resultadoda combinação satisfatória, entre a atividade desenvolvida, a vestimentautilizada e as variáveis do ambiente.
CONFORTO TÉRMICO
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CONFORTO TÉRMICO
NR 17 – ERGONOMIA
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1 As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas àscaracterísticas psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza dotrabalho a ser executado.
17.5.2 Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijamsolicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle,laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise deprojetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições deconforto :a) Níveis de ruído conforme NBR 10152;b) Índice de temperatura efetiva entre 20ºC e 23ºC;c) Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;d) Umidade relativa do ar não inferior a 40%.
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ASPECTOS PRÁTICOS
Temperatura do ar (Tbs e Tbu)
Umidade relativa do ar
Velocidade do ar
TEMPERATURA EFETIVAÍndice de Conforto Térmico
CONSIDERA:
Calor radiante
Tipo de atividade exercida
NÃO CONSIDERA:
Temperatura efetiva Não deve ser utilizada para
avaliação de sobrecarga térmica
IBUTG Não deve ser utilizado para
avaliação de conforto térmico
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TEMPERATURA EFETIVA
Psicrômetroanalógico
Psicrômetrodigital
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1. Variáveis e Unidades Envolvidas:
TBS - temperatura de bulbo secoTBU - temperatura de bulbo úmidoVAR - velocidade do ar
De posse dos valores de TBU, TBSe VAR toma-se o ábaco eprossegue-se como a seguir:
2. Marca-se, na escala da esquerda, a temperatura de bulbo seco.
3. Marca-se, na escala da direita, a temperatura de bulbo úmido.
4. Traça-se um segmento de reta ligando-se as duas marcas.
5. Toma-se o valor davelocidade do ar, naextremidade inferior doábaco.
6. Segue-se, sobre a linha da velocidade, até o segmento de reta anteriormente traçado.
7. Segue-se a linhatransversal do ábaco até suaextremidade, na borda dográfico.
8. O valorencontrado é o datemperatura efetiva.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA