praticas · 2016. 2. 29. · tência da mão de obra ao im-plantar o sistema de argamassa...
Transcript of praticas · 2016. 2. 29. · tência da mão de obra ao im-plantar o sistema de argamassa...
praticasAções que impactam na melhora da produtividade.
Argamassa Projetada | Práticas | 1
Introdução02PrátIca 1: ImPacto da localIzação das bombas na ProdutIvIdade03PrátIca 2: conceIto do trabalho em equIPe na argamassa Projetada06PrátIca 3: evolução da ProdutIvIdade com a consolIdação do sIstema na equIPe09PrátIca 4: FacIlIdade de locomoção na PlataForma de trabalho11
sumario
Argamassa Projetada | Práticas || Argamassa Projetada | Práticas 32
praticas
praticas
Através das 14 obras mo-
nitoradas de revestimento de
argamassa foram identifica-
das algumas ações bem-suce-
didas que resultaram no au-
mento de produtividade.
Cada Prática apresenta um
diagnóstico identificando a
necessidade de melhoria do
processo, caracterização do
estudo de caso, prática adota-
da e resultado focado na RUP.
Tais casos constituem um
benchmarking da aplicação
da tecnologia mecanizada e
também orientam as constru-
toras que desejam aprimorar
sua cultura tecnológica, mu-
dança que prevê o refinamen-
to das práticas de logística de
canteiro, planejamento, exe-
cução e gestão.
Introdução
diagnóstico
A produtividade do sistema
de argamassa projetada pode ser
otimizada com ações aparente-
mente simples, como localização
das bombas e dimensionamento
correto de sua quantidade.
Implantar as bombas de for-
ma equivocada pode dificultar
o seu transporte ou fazer com
que as projetoras funcionem
de maneira forçada devido às
grandes distâncias de mango-
tes. Consequentemente, haverá
descontinuidade do serviço.
Caracterização do empreendimento
Duas torres compostas
torre 2Conjunto: Argamassadeira e bomba 11o AndarConjunto: Argamassadeira e bomba 10o Andar
Silo
Conjunto: Argamassadeira e bomba 11o Andar
Bomba 3: 11o Andar
Silo
torre 1
por: 11 andares tipo, térreo e
2 subsolos;
Sistema construtivo: Alve-
naria Estrutural;
Área de revestimento
analisado:
TORRE 1: 2.714,65 m2
TORRE 2: 2.999,38 m2
o desafio
O sistema de argamassa
projetada foi implantado ini-
cialmente na Torre 1. Houve
subdimensionamento de bom-
bas para projeção e as suas
localizações não estavam oti-
mizadas.
Com o aprendizado gera-
do, a implantação do sistema
na Torre 2 contou com um re-
posicionamento das bombas,
promovendo uma redução no
custo e ganhos na produtivi-
dade.
Caracterização do sistema
Foi utilizado o Sistema Cen-
tral Misturadora Portátil com
Abastecimento via Seca, com-
posto por bombas e mistura-
dores contínuos localizados
no andar.
O silo foi abastecido pela
própria fornecedora e a arga-
massa bombeada para os mis-
turadores.
Os silos, argamassadeiras e
bombas foram localizados da
seguinte maneira:
pratica 1: impacto da localizacao das bombas na produtividade
praticas
Argamassa Projetada | Práticas || Argamassa Projetada | Práticas 54
Prática adotadaNa torre 1 foram instaladas 3 bombas localizadas no mesmo andar:
As bombas foram localizadas no Térreo, 6o e 11o andares, atendendo a torre 1 conforme desenho abaixo.
Bomba número Alimentação diretada Argamassadeira?
Quantidade de balancins atendidos
1 Sim 7
2 Sim 5
3 Não 2
Torre 1 Torre 2
No de bombas 3 2
No de argamassadeiras 2 2
No de silos 1 1
Qtd. Pedreiros 10 10
Qtd. Serventes 5 4
Área Executada (m²) 2.714,65 2.999,38
Prazo de Execução 25 dias úteis 25 dias úteisa produção das duas argamas-
sadeiras era suficiente para
atender as três bombas
Problema no fornecimen-
to de energia elétrica, ou seja, a
energia fornecida pela obra era
menor do que a energia que o
conjunto de três máquinas pre-
cisava para seu funcionamento
Devido aos problemas ocor-
ridos na Torre 1 adotou-se uma
estratégia diferente para a Tor-
Inicialmente na Torre 1 foram
implantadas 2 bombas. Porém,
percebeu-se que a argamassa
fornecida pelas 2 bombas era
insuficiente para atender todos
os balancins. Houve então a ne-
cessidade de instalar a bomba 3.
Com a instalação da bomba 3,
houveram problemas que preju-
dicaram a produtividade:
Transporte manual da ar-
gamassa para a bomba 3, pois
re 2. A ação de melhoria foi
utilizar somente duas bombas
para a projeção (evitando o
problema com o fornecimento
de energia) e localizar as bom-
bas em andares diferentes, ge-
rando mais espaço para loco-
moção dos serventes e para o
transporte dos mangotes.
A projetora 1 atendia 8 ba-
lancins enquanto que a proje-
tora 2 atendia 7 balancins.
Com ações implantadas na Torre 2
obtivemos no mesmo período de 25
dias um acréscimo de 10% da área
de revestimento (2.714 para 2.999
m²) com redução de uma bomba e
um servente.
A produtividade analisada pela
RUP mostra um ganho de 0,51 na
Torre 1 para 0,45 Hh/m² na Torre 2.
Considerando a produtividade do pe-
dreiro por dia obtivemos um ganho
de 17% (17 para 20 m²/dia).
resultados
praticas praticas
3 2 1
Argamassa Projetada | Práticas || Argamassa Projetada | Práticas 76
diagnóstico
A maneira tradicional de se
aplicar argamassa é o método
manual, onde cada pedreiro é
responsável por seu próprio
balancim (ou área a ele corres-
pondida) e ele mesmo executa
todas as etapas para o enchi-
mento e acabamento sendo
elas: preparação dos balancins
(taliscas e telas), enchimento,
sarrafeamento, acabamento e
requadração. Esse processo
não é adequado ao método
de argamassa projetada, pois
pode gerar atraso e perda de
produtividade.
No sistema de projeção cada
bomba possui uma equipe e
cada pedreiro desta equipe
é responsável por uma tare-
fa (preparação de balancins,
projeção, sarrafeamento, aca-
bamento e requadração), des-
sa maneira há uma dinâmica
maior no período de trabalho
e, consequentemente, ganho
de produtividade.
o desafio
Na implantação do sistema
de argamassa projetada, a em-
Processo 1: Convencional
A equipe se organizou ini-
cialmente com a mesma lógica
da execução de revestimento
de forma manual, ou seja, cada
um projeta e faz o acabamen-
to do seu próprio balancim, de
forma individual. Assim como
mostra a Figura 2.
Nesse processo, o primeiro
pedreiro segurava a bomba até
a finalização da projeção do seu
pano. Isso ocasionou a ociosi-
dade dos próximos pedreiros.
Esse processo não permitiu que
a equipe de 4 pedreiros atingis-
se a meta de encher os 5 balan-
cins num único dia.
Após perceber que todo o
atraso e perda de produtivida-
de eram causados pela logística
da equipe, foi feita uma inter-
venção no método de trabalho,
fazendo com que os pedreiros
começassem a trabalhar com o
método de trabalho em equipe.
Processo 2: trabalho em Equipe
A equipe ainda era forma-
da por 4 pedreiros e ainda era
responsável pela projeção de 5
balancins, mas estruturada da
seguinte maneira:
Pedreiro 1: Preparador
do balancim - responsável por
deixar os balancins seguintes
prontos para a projeção (prepa-
ração de taliscas e telas);
Pedreiro 2: Projetista -
responsável pela projeção;
Pedreiro 3: Sarrafeador
- responsável pelo sarrafea-
mento, trabalha em conjunto
com o projetista, enquanto um
projeta o outro sarrafeia;
Pedreiro 4: Desempena-
dor - responsável por desempe-
nar e fazer o acabamento dos
panos após os mesmos terem
sido sarrafeados pelo pedreiro 3.
Enquanto não houver área para
ser desempenada ele exerce a
função do pedreiro 1.
presa manteve inicialmente a
mesma organização de trabalho
com as equipes. Consequente-
mente, não se atingiu a produti-
vidade esperada, além de haver
muita ociosidade dos pedreiros,
pois um único operário gerava
gargalo no processo.
Estudo de caso
O estudo de caso analisa
uma equipe composta por 4 pe-
dreiros, responsáveis pela pro-
jeção de 5 balancins. A figura 1
mostra a localização da bomba
e dos balancins abastecidos:
pratica 2: conceito do trabalho em equipe na argamassa projetada
Fig. 1 - Localização da bomba e balancins.
Fig. 2 - Processo 1: Convencional.
praticas praticas
Argamassa Projetada | Práticas || Argamassa Projetada | Práticas 98
A função de acabamento será desempenhada por todos os pedreiros, ou seja, quando suas respectivas funções terminarem os pedreiros devem ajudar no acabamento dos balancins.
Fig. 4 - Situação no andamento da projeção. Fig. 5 - Situação na finalização do revestimento.
resultado
Com a mudança na orga-
nização do trabalho, houve
uma melhora de quase 40%
na produtividade do serviço.
A intervenção realizada trouxe
resultados positivos, a equipe
conseguiu cumprir a meta de
encher todos os 5 balancins
por dia, ou seja, conseguiu
projetar uma área maior em
menos tempo. As melhorias
encontradas estão expressas
na tabela a seguir:
organização da Equipe
EquipeÁrea
Executada (m²)
Hhm direta(homem.
hora)
RUP(homem.hora/m²)
Antes 212,04 137,0 0,65
Depois 349,88 141,5 0,40
diagnóstico
O método de projeção é
muito simples e sistemático,
mas é novo procedimento no
mercado brasileiro, por isso há
a necessidade de capacitação
da equipe e acompanhamento
técnico. A equipe capacitada
terá uma melhoria contínua
se dedicada a esse sistema. As
empresas especializadas (em-
preiteiro) em revestimento da-
rão essa condição à equipe. No
caso de mão de obra própria
esse treinamento pode se per-
der com a finalização da obra.
Caracterizaçãodo empreiteiro
Os revestimentos externos
das obras analisadas foram re-
alizados por uma empresa es-
pecializada em revestimento
de argamassa e consolidada no
mercado. É uma empresa que
procura inovar e aplicar novas
tecnologias aos seus negócios,
o sistema de argamassa proje-
tada é um exemplo.
o desafio
O empreiteiro de revestimen-
to sofreu desconfiança e resis-
tência da mão de obra ao im-
plantar o sistema de argamassa
projetada, inédito até então
para algumas equipes.
O treinamento e acompa-
nhamento sistemático em uma
obra não se mostrou suficien-
te para consolidar o processo
junto à equipe. Para conquistar
a mão de obra, foram necessá-
rios treinamentos e acompa-
nhamentos em várias obras.
Estudo de caso
Acompanhou-se a evolução
da implantação do sistema de
projeção por essa empreiteira
no período de janeiro a agosto
de 2014. O sistema implantado
foi Central Misturadora Portátil
com Abastecimento via Seca.
Todas as obras analisadas
possuíam o sistema de alvenaria
estrutural, o que resultou em es-
pessuras pequenas de argamas-
sa. Além disso, as equipes que
trabalharam nas obras foram as
mesmas, isso inclui os pedrei-
ros, serventes e encarregados.
Obra 1: No inicio da im-
plantação teve um treinamento
com relação aos equipamentos
(bomba, silo e argamassadeira)
realizado pelo fabricante e for-
necedor de argamassa. Por ser
uma equipe sem experiência no
sistema de projeção, também
teve o treinamento da mão de
obra com relação a esse siste-
ma. Nessa obra observou-se al-
guns fatores que necessitavam
de melhorias como: logística,
fornecimento de energia elétrica
e planejamento de equipe. Um
ponto observado foi a resistên-
cia da mão de obra em relação
ao sistema de projeção. Devido
a falta de conhecimento, enten-
deram que a inovação seria uma
ameaça ao emprego.
Obra 2: Realizou o treinamen-
to de equipamento e equipe.
Com as deficiências observadas
na Obra 1, foram implantadas
melhorias para a Obra 2:
Logística - alteração na
localização dos equipamentos,
proporcionando liberdade de
movimentação de pessoas e
materiais no andar.
Familiaridade com a operação e manuseio dos equipamentos, ocorrendo menos paradas.
Obras 3 e 4: Realizou o
pratica 3: evolucao da produtividade com a consolidacao do sistema na equipe
O treinamento da equipe é sempre necessário no início de cada obra.
praticas praticas
Fig. 3 - Situação inicial.
Ao se finalizar a projeção todos atuam no acabamento
Argamassa Projetada | Práticas || Argamassa Projetada | Práticas 1110
diagnóstico
A atividade de projeção da argamassa pode propor-cionar uma boa produtivi-dade. Entretanto, o tipo de balancim escolhido impacta nesse resultado.
Por exemplo, no balan-cim leve sua largura é de 0,8 m, comprometendo a mobilidade das pessoas que transitam sobre ele. A plata-forma cremalheira, por sua vez, tem largura de 1,70 m, facilitando o deslocamento da equipe de trabalho.
resultados
Evolução da ruP líquida - Pedreiros
pratica 4: Facilidade de locomocao na plataForma de trabalho
Fig. 1 - Largura da plataforma cremalheira.
treinamento de equipamento e equipe, mesmo estando to-talmente familiarizada com o sistema de projeção. Nas obras anteriores ainda havia resistên-cia à formação de equipe.
A partir da Obra 3 o traba-
A partir da implantação do sistema de projeção na obra 1, obteve-se uma evo-lução da produtividade ao longo do tempo demonstra-da pela RUP (quanto menor
lho em equipe foi consolida-do, através da demonstração prática do aumento de produ-tividade, em que cada pedrei-ro tem sua função na equipe. Pedreiro 1: Preparador
do balancim
a RUP, maior é a produti-vidade), conforme a figura 1. Essa evolução ocorreu devido ao aprendizado ad-quirido pela equipe nas pri-meiras obras. Esse aprendi-
Pedreiro 2: Projetista Pedreiro 3 :Sarrafeador Pedreiro 4: Desempe-
nador. Enquanto não hou-ver área para ser desempe-nada ele exerce a função do pedreiro 1.
zado fez com que os erros cometidos nas obras 1 e 2 não ocorressem nas obras 3 e 4 e as melhores práticas e logísticas puderam ser apli-cadas corretamente.
praticas praticas
Fig. 1 - Evolução da RUP
Argamassa Projetada | Práticas || Argamassa Projetada | Práticas 1312
Analisou-se duas obras com as seguintes características:
Alvenaria estrutural com blocos de concreto;
Espessura média de revestimento de 3,5 cm;
Obra 1 : balancim leve;
Obra 2 : plataforma cremalheira.
OBRA 1
Esta obra adotou balancim
leve, que permitia um fluxo
de dois trabalhadores na pla-
taforma.
Características Gerais:
Perímetro – 27,5 m;
Quantidade de balancins: 7;
Largura do balancim: 0,8 m;
Comprimento máximo: 8 m;
Equipe requerida: 5 pedrei-
ros + 1 projetista + serventes.
O balancim permitia no má-
ximo dois trabalhadores (um
projetista e um pedreiro ou
dois pedreiros). Por ser uma
plataforma de trabalho estrei-
ta, adotou-se a logística onde
o projetista fazia a projeção
do pano e já passava para o
próximo balancim para reco-
meçar a projeção, os pedreiros
esperavam em seu próprio ba-
lancim para quando o proje-
tista estiver lá projetando eles
começarem o sarrafeamento e
acabamento do pano.
Fig. 2 - Mobilidade da equipe no Balancim.
OBRA 2
Esta obra adotou plataforma
cremalheira, que permitia um
fluxo maior de trabalhadores
na plataforma
Características Gerais:
Perímetro: 29 m;
Quantidade de plataformas: 7;
Largura da plataforma: 1,7 m;
Equipe requerida: 2 pedrei-
ros para acabamento + 1 projetis-
ta + 1 servente para abastecer o
equipamento.
Como a plataforma de tra-
balho é maior, os pedreiros e
projetistas possuem maior es-
paço para locomoção e, além
disso, conseguem projetar
uma área maior com apenas
uma bomba. Dessa maneira,
enquanto o projetista realiza a
projeção, um dos pedreiros vai
preparando os panos a serem
projetados e o outro vai sarra-
feando o que já foi projetado.Fig. 3 - Plataforma Cremalheira.
praticas praticas
Caracterização das obras
Práticas adotadas
| Argamassa Projetada | Práticas14
ruP Acumulativa
Na Obra 1 tivemos uma RUP = 0,69 (produtividade de 12 m²/dia/pedreiro), enquanto na Obra 2
tivemos uma RUP = 0,45 (produtividade de 18 m²/dia/pedreiro).
As condições da plataforma impactam fortemente no fluxo do trabalho, no dimensionamento da equipe
e, consequentemente, na produtividade do serviço. O uso da plataforma cremalheira favorece a produtivi-
dade, obtendo um resultado 50% maior que o balancim tradicional, com uma equipe menor.
resultados
Equipe RUP Produtividade(m2/dia/pedreiro)
Obra 1 5 0,69 12
Obra 2 3 0,45 18
obra 2 0,45
obra 1 0,69
0.80.50.2 0.70.40.1 0.60.30
praticas
Parceiros:
Coordenação: Apoio: