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CURITIBA Quarta-feira,7 de janeiro de 2015Edição nº 924, ano 4

sunny

hazy

snow rain partly sunny

cloudy sleet thunder part sunny/showers

showers

thunder showers

windy

NO COMANDO, CLÁUDIO CRUZCONCERTO DE ABERTURA DA 33ª OFICINA DE MÚSICA ACONTECE AMANHÃ PÁG. 12

Até agora, Operação Verão atendeu a 1,7 mil casos no litoral, entre afogamentos, crianças perdidas e queimaduras por águas-vivas | GERALDO BUBNIAK / AGB

MENOS ACIDENTESOcorrências com águas-vivas diminuíram 80% PÁG. 03

Prefeitura deve R$ 10 mi por convênios

107 presos liberados para Natal e Ano Novo não voltaram

Governo quer mais partos normais

Demissões provocam greve na Volks

Valor deverá ser devolvido após irregularidades em contratos feitos com ONGs na gestão passada PÁG. 02

Detentos do regime semiaberto teriam que retornar às celas até ontem. Evasão foi de 5,58% PÁG. 04

A partir de julho, planos terão que provar necessidade de cesáreas PÁG. 07

Montadora demitiu 800 empregados em São Bernardo do Campo PÁG. 08

Vice pede adiamento | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

CINEMACONFIRA AS PROMESSAS PARAAS TELONAS BRASILEIRASEM 2015 PÁG. 13

DAVID GUETTAO DJ FALOU AO METRO JORNALSOBRE A CARREIRA DE SUCESSO PÁG. 13

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O jornal Metro é impresso na Gráfica RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Curitiba. Gerente Executivo: Rodrigo Afonso. Editora-Executiva: Martha Feldens (MTB: 071) Diagramação: Luana Santana. Grupo Bandeirantes de Comunicação Curitiba - Diretor Geral: André Aguera.

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

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BRUNNOBRUGNOLO ESPECIAL PARA O METRO CURITIBA

O Ministério do Trabalho pediu a devolução de mais de R$ 10 milhões à prefei-tura de Curitiba por irregu-laridades na prestação de contas do Projovem Traba-lhador, programa de cursos profissionalizantes para jo-vens que o governo fede-ral mantém com estados e municípios.

O TCU (Tribunal de Con-tas da União) encontrou di-versas irregularidades nos convênios firmados com duas entidades em 2010. Um deles de R$ 5,4 mi era com a Associação de Defesa do Meio Ambiente Reimer, ONG voltada ao atendimen-to de indígenas.

“As notas fiscais apresen-tadas são absurdas. Pagamen-to de conta de luz na casa do administrador da entidade

em Pernambuco, verba de pu-blicidade em rádio comuni-tária no Rio Grande do Sul, além de pedágios e alimen-tação até lá, sendo que o cur-so era prestado aqui”, contoua vice-prefeita e atual secre-tária municipal do Trabalho, Mirian Gonçalves (PT) ao Me-tro Jornal.

Uma empresa sem alvará de funcionamento foi con-tratada pela ONG e chegou a receber mais de R$ 1 mi.

De acordo com a prefei-tura, a Sociesc (Sociedade Educacional de Santa Ca-tarina), entidade que rece-beu o mesmo valor, está buscando complementar a prestação de contas, pois algumas notas fiscais não tinham o detalhamento necessário.

A prefeitura pediu a prorrogação do prazo pa-ra o pagamento à União. “Nesse momento não tem como pagar. Vamos pedir o ressarcimento dos valo-res para as instituições e os gestores municipais res-ponsáveis à época”, afirma Mirian.

Irregularidades. TCU não aceitou prestação de contas de convênios firmados durante a gestão do ex-prefeito Luciano Ducci

Mirian: município pedirá ressarcimento a ex-gestores | RODRIGO F. LEAL / METRO CURITIBA

Prefeitura terá que devolver R$ 10 mi aos cofres federais

A coleta do lixo reciclável - Lixo que não é Lixo tem no-vos horários em nove bairros de Curitiba a partir desta se-mana. Cajuru, CIC, Tatuqua-ra, Fazendinha, Portão, No-vo Mundo, Santa Quitéria, Uberaba e Boqueirão tive-ram o horário alterado, pois estavam em coincidência de cronograma com a coleta de resíduos domiciliares orgâ-nicos, mudado em 18 bair-ros em novembro do ano passado.

A mudança da coleta re-gular ocorreu devido ao aumento da capacidade de carga de novos veículos, que assim ampliaram sua área de atendimento.

O ajuste foi notificado aos moradores dos bair-ros por meio de um folhe-to entregue em dezembro

com as novas frequên-cias e turnos da coleta de recicláveis.

Quem não recebeu ou perdeu o folheto pode se informar pela central de atendimento 156 ou atra-

vés dos sites: geocoleta-l ixo .curi t iba .pr.gov.br /domiciliar.aspx para os or-gânicos e geocoletalixo.curitiba.pr.gov.br/recicla-vel.aspx para os reciclá-veis. METRO CURITIBA

Coleta do lixo reciclável muda em nove bairros

Caminhão do Lixo que não é Lixo recolhe o lixo reciclável | LUIZ COSTA/SMCS

As refeições servidas nos quatro restaurantes popu-lares de Curitiba passaram de R$ 1,00 para R$ 2,00 neste ano.

De acordo com a pre-feitura, o reajuste era ne-cessário pois o preço nun-ca foi alterado desde 2007, quando foi implantado. Na época, o custo da refeição era de R$ 2,70 com R$ 1,70 de subsídio do município. Hoje o custo é de R$ 5,64 para cada refeição, com mais que o dobro do subsí-dio: R$ 3,64.

Além disso, a poder pú-blico argumenta que ape-nas iguala o valor já pra-ticado em outras cidades do estado e do país. Pon-ta Grossa, por exemplo, co-bra R$ 2,00 desde 2013.

A refeição é compos-ta por feijão, arroz, uma

preparação a base de car-ne, acompanhamento, sa-lada e sobremesa. O aten-dimento é de segunda a sexta-feira das 11h às 14h nos restaurantes que fi-cam no Centro, CIC, Sí-tio Cercado e Pinheirinho.

METRO CURITIBA

Restaurantes podem servir até 4.200 refeições/dia | JAELSON LUCAS/SMCS

Almoço. Restaurante popular dobra o preço

Sanepar

Chaowiche assume

O ex-presidente da Cohab de Curitiba entre 2006 e 2010 e da Cohapar entre

2011 e 2014, Mounir Chaowiche assumiu

ontem a presidência da Sanepar, em cerimônia

realizada da sede da empresa. Chaowiche substitui Fernando

Ghignone que foi para a presidência da Compagás.

Natural de Joaquim Távora no interior do estado, Chaowiche é funcionário da Caixa

Econômica Federal desde 1981.

“A prefeitura não tem esse dinheiro agora. O orçamento da pasta para esse ano é de R$ 7 milhões para ter ideia”

MIRIAN GONÇALVES (PT), VICE-PREFEITA E SECRETÁRIA DO TRABALHO

O valor do débito corrigido: R$ 10.114.484,93 | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Dólar - 0,25%

(R$ 2,702)

Bovespa - 2,02% (48.000 pts)

Euro - 0,54%

(R$ 3,218)

Selic (11,75% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

Os primeiros 20 dias de Ope-ração Verão estão mais segu-ros para os banhistas para-naenses. Nesta temporada, foram feitos 330 salvamen-tos de pessoas em risco de se afogar, contra mais de 400 no período anterior. Enquanto apenas uma pessoa morreu afogada, no último verão ha-viam sido duas.

Segundo o Corpo de Bom-beiros, 1.753 ocorrências fo-ram atendidas até a tarde de ontem. Entre elas estão as de crianças que se perde-ram dos pais nas praias e fo-ram encontradas e de aciden-tes com águas-vivas, além dos

casos de socorro por risco de afogamento

Dois casos foram graves. O primeiro envolveu uma fa-mília de três pessoas, que se afogaram em Pontal do Sul. O pai, em estado mais grave, precisou ser encaminhado de aeronave para o Hospital Re-gional de Paranaguá, onde se-gue internado.

O outro foi um afogamen-to que resultou na morte de um menor, na manhã do dia 29 de dezembro, em Praia de Leste. Depois de meia hora de procura, os bombeiros encon-tram a vítima que também foi levada com urgência a Para-

naguá, mas não resistiu. O número de pessoas em

situação de risco no mar che-gou a 360, das quais 335 pre-cisaram ser resgatadas. Do total, 7 estavam em estado crítico, pela quantidade de água ingerida. De acordo com o capitão Fernando Tracht, responsável pela comunica-ção dos bombeiros na Opera-ção Verão, mais de 1.000 aci-dentes com águas-vivas foram registrados. “O número é qua-se 80% menor do que no mes-mo período do ano passado, quando já haviam sido conta-dos mais de 5 mil casos, sen-do quase 1,5 mil em um úni-co dia, em Guaratuba”, disse.

A quantidade de crianças desaparecidas também dimi-nuiu em comparação da tem-porada passada com a deste ano. Até a tarde de ontem os bombeiros registraram 330 casos. METRO CURITIBA

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Mais segurança. Durante a Operação Verão desta temporada apenas uma pessoa morreu afogada. Salvamentos diminuíram

Bombeiros estão tendo menos trabalho | GERALDO BUBNIAK / AGB

Mais de 1,7 mil ocorrências são atendidas no litoral

Números

78%menos acidentes com águas vivas registrados em comparação com o mesmo período que o ano passado. Eram mais de 5 mil e agora foram cerca de 1 mil

330crianças desaparecidas nas praias foram encontradas rapidamente pelos bombeiros. Uma queda de 39% nos registros

335pessoas foram resgatadas com risco de afogamento no mar nesta temporada. Em um dos casos, uma morreu. Do total de vítimas, 7 estavam em estado grave

1.753ocorrências foram registradas no quadro geral do Corpo de Bombeiros, no litoral, durante a Operação Verão 2014/2015, até a tarde de ontem

“Os acidentes com águas-vivas diminuíram em comparação com 2013, quando 5 mil casos foram registrados, dos quais 1,5 mil ocorreram em um dia”

CAPITÃO FERNANDO TRATCH, DO CORPO DE BOMBEIROS

Educação

Justiça recusa pedido de professores

A juíza Cristiane San-tos Leite negou ontem um pedido de liminar da APP-Sindicato, para que o governo do Estado fi-zesse de imediato o pa-gamento dos salários do mês de dezembro dos 36 mil educadores contra-tados temporariamen-te pelo sistema PSS. Eles costumavam receber em dezembro, mas neste ano os valores vão ser deposi-tados só em janeiro.

METRO CURITIBA

Vestibular

Resultado será divulgado na sexta-feira

O resultado do vestibu-lar da UFPR (Universi-dade Federal do Paraná) será divulgado nesta sex-ta-feira, às 14h. O banho de lama está marcado no campus Agrárias, que fi-ca na Rua dos Funcioná-rios, 1540, no Juvevê.

METRO CURITIBA

A dívida do poder público com as empresas de ônibus de Curitiba e Região Metro-politana, que era de R$ 12,7 milhões na semana passada, caiu para R$ 9 milhões on-tem. Os valores são admitidos pela Urbs, que alega não po-der fazer os pagamentos por-que não recebeu repasses do governo do Estado, no valor de R$ 16, 7 milhões.

Segundo a Comec (Coorde-nação da Região Metropolita-na de Curitiba), uma reunião deve ocorrer nesta semana para discutir dos pagamentos. Eles são referentes aos últi-mos dois meses do ano passa-do. O governo do Estado ain-da reclama que não recebeu informações sobre o saldo do FUC (Fundo de Urbanização de Curitiba). O pedido foi fei-to ano passado.

Enquanto município e go-verna não se entendem, os motoristas prometem en-trar em greve amanhã ca-so não recebam os salários. Hoje é dia de pagamento e, em nota, o Setransp (sindica-to que representa as conces-sionárias de ônibus), adianta que “se a dívida não for zera-da, algumas empresas não te-

rão recursos para honrar a fo-lha salarial. As empresas vêm realizando todo o esforço pos-sível para pagar seus funcio-nários e não prejudicar a po-pulação, mas agora se chegou a uma situação tal que o cai-xa de algumas concessioná-rias está bastante debilitado”.

O Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropoli-tana) marcou para amanhã uma assembleia para chegar a uma definição sobre a para-lisação. No dia 20 do mês pas-sado, eles deveriam ter recebi-do um adiantamento de 40% nos salários, mas a falta de pa-gamento já fez com que fosse aberto um inidicativo.

A Urbs destaca que, ape-sar dos atrasos, eles são pouco significativos se comparados ao montante total. As empre-sas têm a receber R$ 9 mi-lhões e já receberam R$ 898 milhões. METRO CURITIBA

Dívida está em R$ 9 mi e Comec aguarda planilha

Pagamento é hoje e empresas dizem não ter dinheiro | RODRIGO FÉLIX LEAL/METRO CURITIBA

1%é o montante da dívida da prefeitura com as empresas de ônibus, na comparação com os repasses totais do ano, que chegaram aos R$ 898 milhões.

A prefeitura de Curitiba anunciou ontem a abertura de uma casa de passagem pa-ra os indígenas que chegam na capital. O imóvel será ce-dido pelo município e o ser-viço será coordenado pela Funai (Fundação Nacional do Índio). O governo do Estado se responsabilizará pelo for-necimento de mobília, uten-sílios domésticos e manuten-ção predial.

Nos últimos meses aumen-tou o número de índios na ci-dade. Um grupo de 30 deles acampou embaixo do viaduto do Capanema, em dezembro, e chamou a atenção dos curi-tibanos. Eles vêm para vender produtos artesanais e, com crianças, se recusam a ir para abrigos da FAS (Fundação de Assistência Social)

“Temos a necessidade ur-gente de proteger principal-mente crianças e adolescen-tes que estão em situação de rua ou trabalhando, o que não é permitido por lei”, afirmou a promotora Laís Letchacovski, da Promotoria de Justiça da Vara de Infân-cia e Juventude de Curitiba.

Segundo a prefeitura, a nova casa terá capacidade para até 70 pessoas e funcio-

nará nesses moldes durante dois meses. A prefeitura fará a supervisão técnica do servi-ço e fornecerá passagens de ônibus para os indígenas que desejarem retornar a seus municípios de origem.

METRO CURITIBA

Acampamento em viaduto| RODRIGO FÉLIX LEAL/METRO CURITIBA

Viaduto. Prefeitura dará casa para indígenas

“Pedimos à população que não dê esmola a criança nenhuma e que compre artesanato somente de adultos”

MÁRCIA FRUET, PRESIDENTE DA FAS

OS QUE NÃO VOLTARAMApós baixa evasão em 2013, número de presos que não

retornaram às celas volta a patamar semelhante aos últimos anos

FONTE: SESP E SEJU

2010 2011 2012 2013 2014

2.444

1435,85%

1275,22%

1435,74%

1164,30%

1075,58%

2.429 2.4892.697

1.916

Presos beneficiadosPresos que não retornaram

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |04| {FOCO}

A Sesp (Secretaria de segu-rança pública) do Paraná contabilizou 107 presos que não retornaram às unidades penais após o benefício de liberdade temporária, con-cedido para que os apena-dos passem o Natal e o Ano Novo com os familiares.

No total, segundo a Sesp, 1.916 presos do regime se-miaberto haviam recebi-do o benefício. Eles foram soltos para as festas de fim de ano a partir do dia 22 de dezembro.

A taxa dos que não volta-ram, de 5,58%, é semelhan-te a todos os anos anterio-res desde 2010, que ficaram entre 5% e 6%. A única exce-ção foi 2013, que registrou

4,30% de “evadidos”.Inicialmente, havia sido

determinado que todos os apenados deveriam retor-nar até a última segunda--feira, mas a data foi esten-

dida até ontem.A unidade com mais pre-

sos beneficiados - e evadi-dos - foi a Cpai (Colônia Penal Agroindustrial), em Piraquara. Por ser um esta-belecimento específico pa-ra internos em última fase de recuperação, o local con-centra um grande número de presos do regime semia-berto no Paraná.

Presídios. Dos quase 2 mil detentos do semiaberto beneficiados pela liberdade temporária de Natal e Ano Novo, 107 estão foragidos

Colônia Penal Agroindustrial, em Piraquara, teve 92 evadidos | DIVULGAÇÃO / SEJU

Mais de cem presos não voltaram após ‘recesso’

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

Uma suposta briga de gan-gues no último dia de 2014, no estacionamento do su-permercado Walmart Ave-nida das Torres, deixou sete mortos baleados. Um deles havia sido beneficiado com a liberdade temporária de fim de ano.

Outras ocorrências tam-bém envolveram presos na mesma situação.

No dia 23 de dezembro, um casal foi baleado em um

beco no bairro Boqueirão. Uma mulher, de 46 anos, cumpre pena por tráfico de drogas e havia sido liberada no dia anterior.

Ainda no dia 23, dois ho-mens roubaram um carro e mantiveram uma mulher como refém na BR-376, em São José dos Pinhais. Um dos assaltantes, que foi pre-so duas horas depois, tam-bém era contemplado pelo benefício. METRO CURITIBA

Beneficiados foram presos ou vítimas em tiroteios

Um dos assassinados no Walmart era beneficiado | REPRODUÇÃO / BAND TV

Perseguição no Água Verde tem um baleadoUm homem foi baleado ontem à tarde no Água verde, em Curitiba, após uma perseguição policial que terminou em um tiroteio. Após serem abordados, três homens fugiram em um veículo Citroen supostamente roubado e uma motocicleta, na Rua Eng. Niepce da Silva, eles siguiram até a Rua Saint Hilaire ontem foram parados. No tiroteio, um foi baleado, um foi preso e outro fugiu. | JULIANO CUNHA / BANDA B

Nove pessoas de duas famí-lias de Antonina, no Litoral do Estado, voltaram hoje para casa após serem retira-dos pela Defesa Civil na úl-tima segunda por riscos de deslizamento.

Os moradores haviam si-do afastados apenas como medida preventiva por con-ta do alto volume de chuvas que atingiu a região nos pri-

meiros dias do ano.“O problema já está re-

solvido, optamos por retirar as pessoas enquanto fize-mos o monitoramento das condições na área”, afirmou o capitão Romeu Yagui, da Defesa Civil do Paraná.

As famílias retira-das eram da comunida-de de Graciosa de Cima.

METRO CURITIBA

Antonina foi atingida por temporais no fim de semana | DIVULGAÇÃO / AEN

Antonina. Moradores voltam às casas após chuvas na área

RMC

Tunas do Paraná registra pequeno tremor de terra

A cidade de Tunas do Pa-raná, a 76 km de Curiti-ba, registrou um peque-no terremoto na tarde da última segunda-feira.

O tremor de terra, re-gistrado pela Rede Sis-mográfica Brasileira com dados da USP, foi noti-ficado às 15h44 e alcan-çou 3,69 graus na Escala Richter.

A marca é classificada na escala como “peque-no”, geralmente é senti-do pelas pessoas, mas ra-ramente causa danos. A prefeitura de Tunas do Paraná confirmou que o tremor de fato foi perce-bido por moradores, mas nenhum estrago mate-rial foi causado.

METRO CURITIBA

5,58%foi o percentual de presos que não voltaram após a liberdade provisória de fim de ano, taxa parecia com anos anteriores

92dos 107 detentos agora foragidos estavam na Colônia Penal Agroindutrial, em Piraquara. Os demais são de outras 7 cadeias

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |06| {BRASIL}

8pendências

do STF para 2015

85

31

4

A pauta do STF (Supremo Tribunal Federal) deste ano estará repleta de temas nas áreas econômica, criminal e política. O Metro Jornal lista um conjunto de ações que fi caram pendentes em 2014,

mas que deverão ser analisadas e que, na maioria dos casos, terão impacto direto na sociedade

MARCELO FREITAS/METRO BRASÍLIA

Legalidade da ‘Lei Seca’Há duas ações que questionam a lei que proíbe o motorista de dirigir após consumir bebida alcoóli-ca. Na primeira, a Abrasel questiona a isonomia da lei, que restringiu a venda de bebidas em estabele-cimentos próximos às rodovias federais. A segunda trata das provas para confirmar a embriaguez. Os ministros decidirão se é legal punir o infrator após consumir qualquer quantidade de álcool ou se é necessário haver quantidade mínima.

Denúncia do metrô de São Paulo

A 1ª Turma do STF aguar-da apenas o voto-vista do ministro Luiz Fux para decidir se dará continui-dade ou não ao inquérito que trata sobre as denún-cias de cartel nos contra-tos do metrô de São Pau-lo. O julgamento está empatado em dois votos. O ministro relator do ca-so, Marco Aurélio, alegou falta de provas e pede o arquivamento. Podem se tornar réus os deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP) e José Anibal (PSDB-SP).

DesaposentaçãoAposentados que seguem trabalhando aguardam a avaliação para garantir direitos e recalcular o valor da aposentadoria que receberão quando efetivamen-te deixarem de trabalhar.

A decisão dará um único entendimento à 123 mil ações em tramitação na Justiça para rever o benefí-cio. O julgamento está empatado em 2 a 2.

Financiamento privado de campanha

Uma ação apresentada pe-la OAB (Ordem dos Advoga-dos do Brasil) questiona a participação decisiva de em-presas no processo eleitoral. Na prática, quer que seja de-clarado inconstitucional doa-ções da iniciativa privada em campanhas.

O julgamento foi interrom-pido em abril com pedido de vista do ministro Gilmar Men-des, com um placar de 6 vo-tos a 1 contra o financiamen-to privado, mas como não foi proclamado o resultado, a de-cisão ainda pode ser mudada.

Multas do mensalãoOs condenados no julga-mento da denúncia do mensalão ainda devem R$ 33 milhões em mul-tas. Dos 24 apenados, apenas cinco quitaram a chamada pena pecu-niária. O ressarcimento é imprescritível e condi-ção para o cumprimento integral da pena.

O caso mais emble-mático é do ex-presiden-te da Câmara João Paulo Cunha, que já cumpriu um sexto da pena de 6 anos e 4 meses, mas só sairá após devolver R$ 536 mil desviados.

6Reforma dos presídios

Um recurso da Justiça do Rio Grande do Sul obriga o governo de Uruguaiana a reformar o presídio local. A decisão servirá de base para outras 32 ações judi-ciais, que obrigam governos a melhorar as condições de unidades prisionais.

Situação dos presídios brasileiros é criticada mundialmente| FOLHAPRESS

Cantor Roberto Carlos se posiciona contra a ação | ADRIANA SPACA/BRAZIL

PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

Uso do bafômetro como prova está em discussão

| JOEL SILVA/FOLHAPRESS

Rosa Weber fez pedido de vista

| NELSON JR./STF

7

2DIEGO PADGURSCHI/FOLHAPRESS

Poupadores aguardam indenizações

Fraudes ocorreram entre 1998 e 2008

EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS

Gilmar Mendes pediu vista em abril | CARLOS HUMBERTO/STF

Planos econômicos

A recomposição das per-das de 400 mil corren-tistas com os planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor I (1990) e Collor II (1991) saiu da pauta em 28 de maio. Como os ministros Car-men Lúcia, Luiz Fux e Roberto Barroso se de-claram impedidos, o jul-gamento só poderá ser retomado após a presi-dente Dilma Rousseff nomear o substituto de Joaquim Barbosa.

Os bancos são contra a medida e estimam indeni-zação de R$ 341 bilhões.

JOEL RODRIGUES/FOLHAPRESS

Cunha tenta negociar multa para ir

ao regime aberto

Biografi as não-autorizadasA ação apresentada pela Associação Nacional dos Editores de Livros defende ampla liberdade para os biógrafos, mesmo que não tenham a autorização expressa dos biografados.

O debate põe em discussão a liberdade de expressão. A relatora do processo é a ministra Carmen Lúcia, que promoveu audiências públicas, mas ainda não colocou o caso em julgamento.

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {BRASIL} |07|◊◊

A preferência das mães e dos médicos pela cesariana é mo-tivo de preocupação para o Ministério da Saúde, que es-pera reverter o quadro e esti-mular o parto normal, sobre-tudo na rede privada. “Não podemos aceitar que as ce-sarianas sejam realizadas em função do poder econômico ou por comodidade. O nor-mal é o parto normal”, aler-tou ontem o ministro da Saú-de, Arthur Chioro, durante anúncio de medidas para im-pedir a proliferação de cirur-gias desnecessárias.

A partir de julho, os mé-dicos serão obrigados a usar os partogramas, um espécie de relatório, que trata sobre o trabalho de parto. “Ali diz se a mulher é diabética, tem hiperten-são, quais remédios está to-mando, como estão as con-trações, se há sofrimento fetal, se o parto não pro-gride”, explica Karla Coe-lho, gerente de Atenção à Saúde da ANS (Agência Na-cional de Saúde Suplemen-

tar). O não preenchimen-to do documento permitirá ao plano de saúde negar o pagamento ao médico pe-lo procedimento -- assim como se a análise concluir que a escolha pelo parto ci-rúrgico foi inadequada.

Além disso, as grávidas po-derão pedir aos planos de saú-de informações sobre a quan-tidades de partos cesáreos feitos por cada médico e hos-pital, que ajudarão na esco-lha do profissional, do local de nascimento e do método

mais adequado. As operado-ras terão 15 dias para repas-sar os dados e, se a regra for desrespeitada, estão sujeitas a multas de até R$ 25 mil.

Risco maiorO parto cesáreo aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios pa-ra o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.

Saúde. Médicos serão obrigados a comprovar a necessidade de nascimentos por cirurgias. Medida tenta estimular os partos normais

Mariana e o marido, Igor, esperam a segunda filha | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

A fotógrafa Mariana Gripp, 25, procurou três médicos para conseguir fazer o parto normal. Grávida de 12 sema-nas, ela foi ao primeiro mé-dico, que impôs dificuldades. “Ele citava sempre que era do-loroso”, conta. Mariana então procurou outro profissional e, já com 24 semanas, observou

novo desinteresse. “As consul-tas foram muito rápidas, ele ouvia o coração do bebê, dizia que estava tudo bem e me li-berava”, enumera.

Após insistir, ela conse-guiu ser atendida por uma obstetra que respeitou o dese-jo dela de não fazer cesariana.

Apesar de usar o plano de

saúde, a fotógrafa desembol-sou R$ 1,8 mil pela disponibi-lidade da médica, já que o par-to não podia ser marcado.

Em agosto de 2013, Maria-na deu a luz à primeira filha, Letícia. Grávida de 20 sema-nas de outra menina, Maria-na agora optou pelo parto em casa. METRO BRASÍLIA

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Governo quer reduzir cesáreas

Médicos põem obstáculos

Pescadores bloqueiam navio de cruzeiro em SCAproximadamente 140 embarcações com pescadores cercaram um transatlântico na barra do rio Itajaí-Açu, em Santa Catarina, na manhã de segunda-feira, exigindo a revogação da medida do Ministério do Meio Ambiente que proíbe a pesca de mais de 90 espécies ameaçadas de extinção. O protesto durou mais de 24h e terminou na tarde de ontem. | MARCOS PORTO/AGÊNCIA RBS/FOLHAPRESS

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |08| {ECONOMIA}

A Volkswagen do Brasil con-firmou ontem a demissão de 800 funcionários de sua fábri-ca em São Bernardo do Cam-po, na Grande São Paulo, e indicou que novos cortes po-derão ocorrer diante do mau momento do setor automoti-vo. A decisão fez empregados da unidade Anchieta, que pro-duz os veículos Gol e Saveiro, aprovarem ontem uma greve por tempo indeterminado, se-gundo o Sindicato dos Meta-lúrgicos do ABC.

No final do ano passado, a Mercedes-Benz, do grupo Daimler, demitiu 244 fun-cionários também de fábri-ca de ônibus e caminhões em São Bernardo do Cam-po, segundo o sindicato. O número não foi confirmado pela montadora.

Os trabalhadores da Volks-wagen souberam da demissão por meio de carta enviada no dia 31 de dezembro. O texto dizia para não retornarem aos seus postos após o fim das fé-rias coletivas, que aconteceu

ontem. A unidade empregava cerca de 13 mil trabalhadores antes dos cortes.

Segundo a Volkswagen, as demissões representam a “primeira etapa de adequa-ção de efetivo” e que “conti-nua urgente a necessidade de adequação de efetivo e otimi-zação de custos para melho-rar as condições” da unidade.

A montadora também dis-se que medidas paliativas adotadas desde 2013, como férias coletivas e suspensão

temporária dos contratos de trabalho, não foram suficien-tes diante das expectativas para a indústria automotiva.

Além da baixa deman-da interna, a companhia foi obrigada a deixar de produ-zir a Kombi e o popular Gol G4 em 2014 diante de nova legislação de segurança que entrou em vigor e obrigou os veículos do país a terem itens como airbag e freios ABS.

A Volkswagen terminou 2014 com vendas de 576,6

mil automóveis e comer-ciais leves, queda de 13,5% sobre 2013, recuo maior que a queda de 7% sofrida pe-lo segmento como um todo no ano passado. Além disso, o modelo compacto Gol per-deu liderança para o rival Palio, da Fiat.

A montadora alemã disse ainda ter buscado alternati-va com o sindicato, propondo adequar o quadro de empre-gados através da abertura de PDV (programas de demissão voluntária) com incentivo fi-nanceiro para saída de funcio-nários e da redução de tem-porária de terceirizados para alocação de parte do exceden-te de pessoal. A Volkswagen informou que a proposta foi rejeitada em assembleia reali-zada em 2 de dezembro.

A empresa tem um plano de investimento de R$ 10 bi-lhões no Brasil entre 2012 e 2018, parte dos recursos vai para modernização de fábri-cas e renovação de modelos da empresa. METRO

PIB fraco. Montadora alemã dispensou 800 empregados em sua fábrica em São Bernardo do Campo. Funcionários estavam em férias coletivas e deveriam retornar ao trabalho ontem

Carros parados no pátio da Volks no mês passado | FABIO BRAGA/FOLHAPRESS

Trabalhadores da Volks fazem greve contra demissões

As vendas de veículos novos no Brasil devem recuar pelo terceiro ano consecutivo em 2015. A Fenabrave, associa-ção de concessionárias, prevê queda de 0,5% na comerciali-zação de carros, comerciais le-ves, caminhões e ônibus no Brasil este ano, após um tom-bo de 7,15% em 2014 – o pior desempenho desde 2002.

Entre novembro e dezem-bro, as vendas, no entanto, cresceram 26%, para 353,56 mil unidades, impulsionadas em parte pelo fim da redução do IPI (Imposto sobre Produ-tos Industrializados). O de-sempenho ajudou a reduzir o estoque do setor de 50 pa-ra 40 dias de vendas.

O setor tem estoque de cerca de um mês de veícu-los produzidos com IPI me-nor, o que pode ajudar nas vendas do início deste ano, quando os modelos produ-zidos a partir de janeiro ti-veram elevação do tributo a níveis normais. “Fevereiro

vai ter aumento de preços e é evidente que o aumento vai causar um certo impacto em fevereiro e março”, dis-se o vice-presidente da Fena-brave, Luiz Romero.

A grande aposta da Fena-brave para ajudar as vendas em 2015 é a legislação recen-temente aprovada que permi-te uma aceleração na retoma-da de bens de inadimplentes, o que em tese pode motivar bancos a ampliar a oferta de crédito para automóveis.

Palio desbanca GolApós 27 anos seguidos de hegemonia, o Volkswagen Gol perdeu a liderança nas vendas de veículos no país em 2014 para o Fiat Palio. A diferença entre os rivais foi de apenas 385 carros.

Na terceira posição apare-ce o Fiat Strada, com 153.130 unidades comercializadas, seguido pelo Chevrolet Onix, que teve 150.829 veículos vendidos. METRO

Vendas de veículos devem cair pelo 3º ano seguido

EM QUEDAVENDAS DE VEÍCULOS, EM MILHÕES*

RANKING EM 2014

FONTE: FENABRAVE *AUTOMÓVEIS, COMERCIAIS LEVES, CAMINHÕES E ÔNIBUS

UNIDADES Fiat Palio 183.741 VW Gol 183.356 Fiat Strada 153.130 Chevrolet Onix 150.829 Fiat Uno 122.241 Hyundai HB20 119.776 Ford Fiesta 108.382 Fiat Siena 106.968 Renault Sandero 95.373 Chevrolet Prisma 88.373

2013

2014

2015 (projeção)

3,76

3,49

3,48

As micro e pequenas empre-sas que quiserem aderir ao novo Simples Nacional te-rão até o próximo dia 30 pa-ra fazer o pedido. Criado em 2006, o programa é destinado ao empresário que fatura até R$ 3,6 milhões por ano.

Este ano, uma mudança nas regras estendeu o benefí-cio para 142 categorias, como engenheiros, médicos, advo-gados, odontólogos, jornalis-tas, corretores e arquitetos.

A data de 30 de janeiro é destinada às empresas que já estão em atividade. Para as empresas em início de ati-vidade, o prazo para solici-tação de opção é de 30 dias contados do último deferi-mento de inscrição desde que não tenham decorridos 180 dias da data de abertura constante do CNPJ. METRO

Simples. Prazo para adesão vai até o dia 30

A confiança do comércio bra-sileiro encerrou 2014 em queda histórica, segundo in-dicador da CNC (Confedera-ção Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O Icec (Índice de Confiança dos Empresários do Comér-cio) caiu 13,4% em dezembro de 2014, frente ao mesmo pe-ríodo de 2013 - a maior bai-xa anual de toda a série his-tórica, iniciada em março de 2011. Na comparação mensal, o índice recuou 2,5%.

“Dadas a trajetória recen-te do índice e a ausência de sinais claros de recuperação dos fatores de sustentabilida-de das vendas do setor, o ano de 2015 deverá impor novos desafios à retomada da con-fiança por parte dos empresá-rios”, diz o economista da en-tidade Fabio Bentes. METRO

CNC. Confiança do comércio recua 13,4%

O Ibovespa, principal índi-ce da Bolsa, fechou em alta de 1,02%, a 48 mil pontos, após três sessões de queda. Na véspera, a Bolsa havia caído 2,05%. A alta de on-tem foi influenciada pelo bom desempenho da Vale e das siderúrgicas, que com-pensaram mais uma queda da Petrobras.

A ações da Petrobras fe-charam em baixa nova-mente, após o tombo de 8% na véspera, refletindo a queda do preço do petró-leo, que o nível mais baixo em seis anos.

Os papéis ordinários da Petrobras recuaram 2,54% e fecharam a R$ 8,06. É o me-nor valor de fechamento desde 21 de maio de 2004, quando valiam R$ 7,79. Os preferenciais caíram 3,25%, a R$ 8,33, no menor nível des-

de 20 de setembro de 2004, quando valiam R$ 8,28.

As siderúrgicas estive-ram entre as altas mais ex-pressivas. A Gerdau avan-çou 11,12%, a Metalúrgica Gerdau ganhou 10,44% e a CSN subiu 6,8%. O papel preferencial da Vale avan-çou 4,1%. O ordinário ga-nhou 4,01%. A alta do miné-rio de ferro e expectativas de investimentos em in-fraestrutura na China be-neficiaram as ações da mi-neradora. METRO

Mercado. Petrobras tem nova queda, mas Bolsa sobe 1%

O governo prepara corte nas despesas, que deve incluir in-vestimentos, até que o Orça-mento de 2015 seja aprovado no Congresso Nacional, o que só deve ocorrer entre feverei-ro e março. Além do corte, se-rá criado um comitê de ava-liação do gasto público para balizar cortes orçamentários futuros, informou à “Reuters” uma fonte do governo.

O anuncio era esperado para ontem, mas não se con-firmou. A decisão foi tomada em reunião na segunda-fei-ra entre os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nel-son Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). O te-ma também já foi discutido com a presidente Dilma Rous-seff, que chegou a Brasília on-tem depois de alguns dias de descanso na base naval de Aratu, na Bahia.

A economia maior nas des-pesas não obrigatórias ser-ve, segundo a fonte, para dar uma mensagem clara de que o governo está comprometi-do com a meta de superavit primário equivalente a 1,2% do PIB para este ano.

Como o Orçamento de 2015 não foi aprovado até o fim do ano passado, a legis-lação determina que o gover-no só pode aplicar até 1/12 da previsão orçamentária a cada mês. No caso dos gastos não obrigatórios, que envolvem também investimentos, es-sa economia agora será ainda maior. Segundo a fonte, esses gastos devem ser limitados a cerca de 1/18 da previsão orça-mentária a cada mês. Em re-lação aos gastos obrigatórios, como salários e benefícios previdenciários, a proporção continuará de 1/12. METRO

Segundo mandato. Governo prepara corte no Orçamento

R$ 8,06Foi o preço dos papéis ordinários da empresa ontem. É o menor valor desde o fechamento de maio de 2004.

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

Lançamento de foguete é anuladoO lançamento de um fo-guete da SpaceX, na Flóri-da, foi cancelado por cau-sa de um defeito técnico de último minuto ontem.

O cancelamento atra-sa um carregamento pa-ra a Estação Espacial Internacional e uma ten-tativa pioneira de voar um propulsor descarta-do de volta para a Terra. Uma nova tentativa po-derá ser feita na manhã de sexta-feira. METRO

Ebola no Iraque é ‘rumor’, diz OMSA OMS (Organização Mundial da Saúde) dis-se ontem que não foram encontrados casos sus-peitos de ebola no Ira-que, ao contrário do que a mídia iraquiana divul-gou na última semana.

A agência descreveu os relatos sobre casos do ví-rus em Mosul de “rumo-res”, e disse que o Minis-tério da Saúde do Iraque realizou uma investigação completa. METRO

Coreia do Norte tem 6 mil hackersO “exército cibernético” de Pyongyang aumentou seu número de integran-tes para 6 mil, o dobro do estimado por Seul em 2013, e está trabalhando para causar “paralisia fí-sica e psicológica” no sul, disse ontem o Ministério da Defesa sul-coreano.

Há anos, a Coreia do Norte tem investido re-cursos em uma organiza-ção sofisticada de guerra cibernética. METRO

‘Exército cibernético’ SpaceX Mosul

Um tribunal militar de Is-rael condenou um palestino do Hamas à prisão perpé-tua ontem pela participação no assassinato de três ado-lescentes israelenses, cujas mortes na Cisjordânia re-sultaram em uma série de eventos que levaram a uma guerra de 50 dias na Faixa de Gaza no ano passado.

A corte considerou que Hussam Kawasmeh plane-

jou a captura de Eyal Yi-frach, de 19 anos, e Gilad Shaer e Naftali Fraenkel, ambos de 16, que foram mortos a tiros em junho.

Kawasmeh foi preso em agosto e acusado de homicí-dio. Uma comissão de três juí-zes o condenou a três penas de prisão perpétua, de acordo com documentos da Justiça.

Dois membros do Hamas suspeitos de terem execu-

tado os assassinatos dos jo-vens após apanhá-los quan-do pediam carona em uma estrada perto de um assen-tamento judaico morreram em uma troca de tiros com forças israelenses em seu esconderijo na Cisjordânia, em setembro.

Os corpos dos jovens is-raelenses foram encontra-dos quase três semanas após o desaparecimento. METRO

Israel condena palestino a prisão perpétua por morte de 3 jovens

DIVULGAÇÃO

Para Berlim, a zona do eu-ro poderia lidar bem com a saída da Grécia, se isso se provar necessário. Os boa-tos sobre a chamada “Gre-xit” e a proximidade das eleições parlamentares gre-gas levaram à maior baixa do euro contra o dólar em 9 anos. “A saída da Grécia po-deria gerar uma nova fase de incertezas na economia europeia”, disse ao Metro Christian Odendahl, econo-mista-chefe do CER (Centre for European Reform).

É possível que a Grécia saia da zona do euro?Sim, mas seria extrema-mente ruim e, na minha opinião, é muito imprová-vel. Teria de ocorrer duran-te a noite, para evitar uma corrida aos bancos e fuga de capitais, algo difícil de con-trolar. A nova moeda deve sofrer forte desvalorização. Politicamente, os gregos

não querem sair, por isso o governo não vai buscar uma saída. Não será fácil para a Europa chutar a Grécia se a Grécia não quiser sair.

A saída poderia gerar uma crise na União Europeia?Se sair, há dois cenários: no primeiro, vai parecer pouco atraente para eleitores e po-líticos em outros lugares. No segundo cenário, a Grécia co-meça a crescer após uma fa-se de ruptura, fazendo com que a saída pareça atraen-te para eleitores e políticos na Itália, potencialmente até mesmo na França. A UE seria fortemente abalada.

Qual o significado dessa incerteza sobre a Grécia para o resto do mundo?A saída da Grécia iria come-çar uma nova fase de incer-teza na economia europeia, que seria enfraquecida, tendo implicações para a economia

mundial. Com uma Europa economicamente mais fraca, haverá ainda mais pressão so-bre o preço do petróleo e for-talecimento de moedas como o dólar norte-americano ou o franco suíço.

Por que o euro reagiu tão mal à crise na Grécia?A zona do euro precisa de uma moeda mais fraca, pa-ra crescer com exportações. Mas a fonte dessa deprecia-ção não deve ser o medo de uma separação, mas polí-ticas monetárias mais ex-pansionistas. Os recentes movimentos podem de fa-to estar relacionados com o medo pela saída da Grécia, mas isso responde apenas por uma pequena parcela do valor da moeda global no momento.

CHRISTIAN ODENDAHL

‘Não vai ser fácil para a Europa chutar a Grécia’, diz economista-chefe do CER

DMITRYBELYAEV METRO WORLD NEWS

Equipes de resgate com o apoio de mergulhadores aproveitaram um alívio no tempo ruim ontem para ten-tar localizar destroços do avião da AirAsia que caiu no mar, mas, nove dias após o acidente, autoridades disse-ram que ainda não há qual-quer sinal da caixa-preta.

A Indonésia acredita ter encontrado a cauda e partes da fuselagem do Airbus A320-200 no fundo do Mar de Java, mas correntes marítimas for-tes, ventos intensos e grandes ondas têm prejudicado a in-vestigação dos destroços.

O QZ8501 caiu perto da ilha de Bornéu em 28 de de-zembro, 40 minutos após de-colar para um voo de duas horas entre Surabaya, se-gunda maior cidade indoné-sia, e Cingapura. Não houve sobreviventes entre os 162 ocupantes.

O governo da Indonésia lançou um grande revisão sobre seu setor de aviação desde o acidente, realocan-do autoridades e reforçan-do regras de procedimen-to pré-voo em um país com um histórico instável de se-gurança aérea.

“O tempo de hoje es-tá amigável, a equipe po-de trabalhar”, disse o chefe

da agência de busca e resga-te da Indonésia, Fransiskus Bambang Soelistyo.

O oficial disse que a ope-ração tem o objetivo de recu-perar os corpos e destroços flutuantes em uma área am-pla no norte do Mar de Java e de encontrar destroços e a caixa-preta no fundo do mar. Vários países participam dos esforços. METRO

AirAsia. Alívio no tempo ruim permitiu participação de equipes de mergulho em operação para localizar destroços; ainda não há sinal da caixa-preta de aeronave que voava com 162

Mais dois corpos foram resgatados ontem; total vai a 39 | BEAWIHARTA/REUTERS

Mergulhador ajuda em buscas por avião

Os moradores de boa par-te dos EUA e do Canadá se preparam para uma onda de frio glacial nos próximos dias. Segundo as autorida-des dos dois países, que emi-tiram alertas, as temperatu-ras podem bater -50ºC.

“Há 50 milhões de pessoas em 24 Estados que enfrenta-rão um frio excepcional e es-se frio é perigoso e mortal”, disse a meteorologista Karen Maginnis para a rede de TV CNN. Segundo Maginnis, as áreas mais atingidas são os Estados de Wisconsin e Min-nessota e o norte de Dakota. Nova York poderá ter tempe-raturas de -10ºC.

De acordo com especia-listas, o número de pessoas

afetadas pela onda de frio pode chegar a 240 milhões, que enfrentarão neve e uma massa de ar polar em Esta-dos do leste do país.

Apesar da massa de ar polar que provoca a onda de frio na América do Nor-te, não há registros de tem-pestades na região.

Há um anoNo começo de 2014, o cen-tro-oeste, o nordeste e o sul dos EUA registraram baixas recordes nas temperaturas, com sensação térmica perto de -51ºC. Na ocasião, espe-cialistas disseram que pes-soas com menos de 40 anos nunca haviam sentido tanto frio. METRO E AGÊNCIAS

EUA. Onda de frio afeta 240 milhões de pessoas

Ônibus ‘congelado’ na Virgínia; temperaturas podem chegar a -50ºC | REUTERS

Seguradoras pagarão indenizaçõesSeguradoras começaram a processar indenizações após a queda da aeronave da AirA-sia no mês passado, disse on-tem um funcionário do regu-lador financeiro indonésio.

Especulações sobre o pa-gamento de seguros emergi-ram depois de o Ministério do Transporte da Indonésia afirmar que a companhia aérea não tinha permissão para voar na rota Surabaya--Cingapura aos domingos.

O funcionário disse que o acidente permanece “in-denizável” apesar da confu-são. “O avião não caiu por-que era domingo”, disse. “A companhia tem de se res-ponsabilizar por seus passa-geiros”. METRO E AGÊNCIAS

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |10| {ESPECIAL}

Educação conectada e compartilhadaUsar a tecnologia na edu-cação não é novidade. Mas no Brasil conteúdos dirigidos para a espera-da mudança de paradig-ma de ensino-aprendiza-gem somente agora estão decolando.

Diversas start-ups co-meçam a se mexer de olho em um mercado de proporções robustas. Em 2013, o MEC (Ministério da Educação) divulgou gasto de R$ 180 milhões para aquisição de 460 mil tablets e de 73 milhões pa-ra a compra de conteúdos pedagógicos.

Uma amostra da evolu-ção do segmento foi a edi-ção de 2014 da feira Edu-car, que reuniu em São Paulo 300 empresas de tecnologia de diferentes países, que estão focadas em mudar a escola com aplicativos em diversos ní-veis e formatos.

E enquanto nas escolas públicas o desenvolvimen-to de aplicativos e conteú-dos é impulsionado pela chegada de tablets e com-putadores, as instituições particulares investem em tecnologia como ferra-mentas de ensino.

Tecnologias para educarUm caso exemplar é o do colégio Mater Dei, em São Paulo, que optou por subs-tituir paredes brancas, lousa e giz por um conjun-to de ferramentas digitais do Google, pensadas para colocar professor e aluno trabalhando juntos.

A experiência deu certo e o colégio criou o primei-ro Google Learning Spa-ce, sala que reúne alunos de diferentes séries, mas com um traço em comum: o uso colaborativo e com-partilhado da tecnologia. “A ideia é tornar a aula

uma coisa prazerosa”, diz Silvio Gomide, diretor do Mater Dei.

A ideia ganhou a ade-são de alunos. “O apren-dizado flui melhor. Os alunos querem estar lá”, defende a estudante Celi-na Machado, 17, do 3º ano do ensino médio. Não é pa-ra menos. A “sala Google” tem paredes de vidro, gra-ma sintética, pufes e tape-

tes coloridos. Além disso, é equipada com duas smart TVs para projetar tarefas, apresentações e vídeos em laptops e tablets, além de uma rede de internet sem fio de alto desempenho.

Novos conceitosO diretor do colégio de-fende que mais importan-te do que os aplicativos é a mudança de conceito. “Há

pouco tempo ouvi um pro-fessor contar que deu zero para um aluno porque ele usou o Google para pes-quisa. Isso é uma maluqui-ce”, diz Gomide.

A sala de aula hi-tech será replicada em esca-la global, para a rede pú-blica e privada, ainda este ano, segundo o diretor de educação do Google, Mil-ton Burge. “Nossa ideia é

expandir ações educacio-nais calcadas no estímu-lo à colaboração”. A em-presa oferece capacitação e apoio em gestão.

Avanços. Mudar o ambiente educacional, seja nas escolas ou fora delas, é a proposta de inúmeras start-ups

CARLOSMINUANOMETRO SÃO PAULO

Mudar o ambiente educacional, seja nas escolas ou fora delas, é a proposta de inúmeras start-ups

Tablet gigantePensado para o públi-co infantil (dos 3 aos 8 anos), a playtable, me-sa interativa touchs-creen, funciona como um “tablet gigante”, com jogos educativos sobre diferentes te-mas das disciplinas dos primeiros anos de aprendizado.

Já utilizada em cre-ches e escolas, a estra-tégia do app foi dri-blar a resistência de professores mirando nos alunos. Crianças, mais intuitivas, apren-dem brincando, e con-seguem operar a me-sa sem o auxílio de adultos.

Provas corrigidas por celular Um aplicativo da start--up Starline está mu-dando o jeito dos pro-fessores trabalharem a correção de provas. Atualmente disponí-veis para para smart-phone e iPod, o app SGP (Sistema de Ges-tão de Provas) permite a elaboração de ques-tões individualizadas para milhares de alu-nos, com identificação por QR Code.

A principal vanta-gem é o ganho de tem-po na correção das provas. Manualmen-te, professores gasta-riam de três a quatro horas, com esse app o resultado é obtido em minutos.

Games invadem a sala aulaLevar a plasticidade e a interatividade para dentro dos conteúdos didáticos foi a aposta da start-up Evobooks. Uma série de livros--aplicativos, com esté-tica e recursos dos ga-mes, estão a serviço da matemática, da quími-ca, da física e de outras áreas do conhecimen-to. Jovens acostumados a mexer em tablets e celulares podem estu-dar dentro de um labo-ratório virtual.

Tecnologias para educarDe olho nas escolas, o Google criou a “Apps For Education”, para distribuir e gerenciar o uso de tecnologia em salas de aula. Com o Google Earth, por exemplo, alunos podem estudar o avanço do desmatamento na Amazônia, comparando imagens feitas por satélite. Outro app muito utilizado é o Google Drive, para compartilhamento e armazenamento de arquivos, elaboração de planilhas, documentos e para trabalhos com imagens.

ESPECIALESPECIAL+

Em alta

EducaçãoDe acordo com

estimativa da ABStartups (Associação Brasileira de Start-ups), existem

em torno de 2.700 start-ups brasileiras. Cerca de 10% atuam na área de

educação

Usar a tecnologia na edu-cação não é novidade. Mas no Brasil conteúdos dirigidos para a espera-da mudança de paradig-ma de ensino-aprendiza-gem somente agora estão

Diversas start-ups co-meçam a se mexer de olho em um mercado de proporções robustas. Em 2013, o MEC (Ministério da Educação) divulgou

Mudar o ambiente educacional, seja nas escolas ou fora delas, é a proposta de inúmeras start-ups

Games invadem a sala aulaLevar a plasticidade e a interatividade para dentro dos conteúdos didáticos foi a aposta da start-up Evobooks. Uma série de livros-

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPECIAL} |11|◊◊

“Não tenho nada para fa-zer!”. Quem tem crianças em casa certamente já ou-viu essa frase muitas vezes. Às vezes ela é dita quando é preciso suportar alguma es-pera. Em outros casos, quan-do o filho se sente entediado por não ter com quem brin-car ou por não saber com o que se divertir. Embora isso seja natural nas crianças, é importante que os pais, aos poucos, as ensinem a ter pa-ciência e a esperar.

Segundo a presidente da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia) Luciana Barros de Almeida, isso mu-da na medida em que elas crescem. “Essa capacidade de espera desenvolve-se de ma-neira mais nítida a partir dos cinco anos”, diz.

Da mesma forma, os pais

devem incentivar as crianças a serem criativas e a inventa-rem suas próprias brincadei-ras e atividades. Dar o exem-plo também é fundamental: pais que não desgrudam do celular ou que enchem a criança de atividades fora da escola criam no pequeno a ideia de que é preciso estar o tempo todo ocupado.

“Quando a criança está ocupada o tempo todo com atividades, quando tem tudo em suas mãos na hora que deseja e quando não tem um tempo próprio para brincar

sozinha e desenvolver suas brincadeiras e descobertas, ela começa a se sentir mais in-comodada ao esperar porque não sabe como se distrair”, afirma a psicopedagoga clíni-ca e terapeuta familiar Quézia Bombonatto.

Uma boa maneira de re-solver esses problemas é de-sacelerar as atividades roti-neiras e não dar tudo o que a criança quer no m o m e n -to em que ela deseja.

Férias. Crianças são ativas por natureza e não gostam de se sentir desocupadas. Pais precisam ensiná-las a saber criar suas atividades

Crianças devem ser incentivadas pelos pais a criar brincadeiras | IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

Seu filho reclama que não tem nada para fazer?

“Aprende-se a criar, criando. O adulto pode criar com a criança e dessa forma ele lhe dará os caminhos para criar algo também ”

LUCIANA BARROS DE ALMEIDA, PRESIDENTE DA ABPP

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |12| {CULTURA}

O evento vai até o dia 28 de janeiro | ALICE RODRIGUES

A programação de concer-tos da 33ª Oficina de Música começa amanhã, no Teatro Guaíra. A apresentação da Or-questra de Câmara de Curiti-ba acontece às 20h30, sob a regência de Cláudio Cruz.

No programa do concerto estão ‘Danças Romenas’, de Béla Bartók, ‘Concerto para Piano, Trompete e Orquestra de Cordas nº 1 em Dó menor, Op. 35’, de Dmitri Shostako-vich, e ‘Souvenir de Florence’ de Piotr Ilitch Tchaikovsky. “Escolhi peças brilhantes. O concerto tem tudo para ser imperdível”, afirmou Cruz ao Metro Jornal.

Grandes nomesO concerto conta, ainda, com a participação de dois solis-tas renomados: o trompetis-ta Fernando Dissenha, para-naense, e o pianista japonês Atsushi Imada.

Cruz conhece de perto o trabalho de Dissenha, já que ele é solista na Orquestra Sin-fônica do Estado de São Pau-lo, da qual o maestro parti-cipa como spalla. “É um dos melhores trompetistas do

Brasil”, diz. O trabalho de Imada tam-

bém rende elogios do regen-te. “Ele tocou comigo na Sa-la São Paulo e durante os ensaios já o convidei para par-ticipar deste concerto. É um pianista muito bom”, afirma.

Novo desafioCruz já havia participado da Oficina de Música como pro-fessor de violino e regente, mas este é o primeiro ano em que ele atua na direção da fa-se de música erudita.

Segundo ele, a 33ª edição já apresentou um “altíssimo nível” nas audições. “Tivemos uma grande procura por par-te dos alunos e também trou-xemos professores renoma-dos”, conta o maestro.

Diante da nova função, Cruz diz estar com uma ex-pectativa “enorme e positiva”. “Esperamos que esta edição seja, no mínimo, diferente”, afirma. METRO CURITIBA

No Teatro GuaíraAmanhã, às 20h30R$ 21 e R$ 36Disk Ingressos (3315-0808)

Oficina de Música. Primeira apresentação acontece amanhã, no palco do Teatro Guaíra, com dois solistas renomados e regência de Cláudio Cruz, que estreia nesta 33ª edição como diretor da fase de música erudita

Um dos solistas é o paranaense Fernando Dissenha | DIVULGAÇÃO

Concerto para abrir o programa com estilo

Além dos concertos a Ofici-na de Música traz, também, exibições de filmes durante o mês de janeiro. Amanhã já será possível conferir três sessões, todas na Cinema-teca de Curitiba (Rua Pre-sidente Carlos Cavalcanti, 1174).

A primeira delas acon-tece às 16h, e apresenta o filme ‘Chega de Saudade’ (2008), que tem Betty Faria e Cássia Kiss no elenco. Já às 18h é a vez do clássico ‘Cin-derela em Paris’ (1957), pro-tagonizado por Audrey Hep-burn e Fred Astaire. As duas sessões têm entrada franca.

O dia termina com a exi-bição do brasileiro ‘Ventos de Agosto’ (2014), às 20h, também na Cinemateca. Os ingressos para esta sessão custam R$ 5 e R$ 10.

METRO CURITIBA

Evento também tem programação nas telonas

2CULTURA

Cinema

De volta ao passado

‘De volta para o Futuro’ é um dos filmes em cartaz na quinta temporada do projeto em que a rede

Cinemark exibe clássicos restaurados. As sessões acontecem aos sábados, às 23h55; domingos, às

12h30; e quartas, às 19h30, com ingressos a R$ 14.

Confira os demais filmes e suas datas de exibição:

- ‘Psicose’ (1960) - 31/1 e 1º e 4/2

- ‘Se Meu Apartamento Falasse’ (1960) -

7, 8 e 11/2- ‘Rastros de Ódio’ (1956) -

14, 15 e 18/2- ‘O Iluminado’ (1980) -

21, 22 e 25/2- ‘De Volta Para o Futuro’

(1985, foto) - 28/2, 1º e 4/3

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

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Produções autorais e sequências de grandes sucessos nas bilheterias marcam o ano do cinema brasileiro em 2015. Saiba o que vem por aí! METRO

Muito além das comédias‘Divã a 2’Continuação de ‘Divã’, de 2009, o filme apresen-ta uma trama totalmen-te independente a par-tir de um casal que passa a fazer terapia conjugal até que a esposa se apai-xona por outro homem. Dirigido por Paulo Fon-tenelle, tem Rafael In-fante e Vanessa Giácomo no elenco. Estreia previs-ta para 16 de abril.

‘Minha Fama de Mau’A autobiografia homôni-ma de Erasmo Carlos ga-nha adaptação para as te-las pelas mãos do diretor Lui Farias. Ao estilo de ‘Tim Maia’, o longa vai re-tratar o início da carreira do Tremendão ao lado de Tim Maia e Roberto Car-los, com Mateus Solano na pele do artista em sua fase adulta. Estreia prevista pa-ra 15 de outubro.

‘Cássia’O documentário do diretor Paulo Hen-rique Fontenelle re-trata a vida da canto-ra Cássia Eller, morta em 2001. Abordando tanto a carreira da ar-tista quanto a sua in-timidade, o filme, que estreia no dia 29 de janeiro, promete não escapar de episódios polêmicos da trajetó-ria da artista.

‘Porta dos Fundos’

Sem data de estreia nem sinopse divulga-das, tudo o que se sabe sobre a estreia do gru-po na telona foi revela-do na Comic Con Expe-rience, em dezembro, na forma de um teaser que faz piada com pro-duções épicas tipica-mente hollywoodianas.

‘A Estrada 47’O diretor Vicente Ferraz explora aqui um gênero pouco utilizado no cine-ma nacional: o de filmes de guerra. O longa acom-panha a história de sol-dados que defenderam o Brasil na Segunda Guer-ra Mundial, os chamados pracinhas, interpretados por nomes como Daniel de Oliveira e Julio Andra-de. Estreia prevista para 7 de maio.

‘Zoom’Misturando animação com imagens reais, o fil-me de Pedro Morelli con-ta com o mexicano Gael Garcia Bernal e Maria-na Ximenes no elenco. A trama envolve histó-rias paralelas de três per-sonagens: um escritor, um diretor de cinema e um autor de história em quadrinhos. Estreia pre-vista para 1º de outubro.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O novo álbum de David Guet-ta, ‘Listen’, traz participações de nomes como John Legend e Sia e revela que o DJ francês de 47 anos mantém o vigor. “Sinto como se tivesse mais energia do que a maioria das pessoas de 20 anos”, disse ele ao Metro Jornal. Guetta fa-lou, ainda, sobre o sucesso e seu processo de criação. Leia:

Várias faixas suas foram ao topo das paradas. Você sabe a fórmula para criar hits?Não. Gostaria de saber. Ainda é um acidente cada vez que acontece. Talvez o que eu sai-ba é conseguir perceber o hit enquanto o estou fazendo e penso: “Ah, sim, aí está a má-gica”. Mas mesmo isso não vem o tempo todo. Para fazer

essas 14 boas faixas do álbum tivemos que fazer 100.

É difícil editar 100 faixas e reduzi-las a apenas 14?Sim, porque neste álbum não há música para encher lingui-ça: todas são grandes. Hones-tamente, estou fazendo dois ou três grandes discos e o res-to tem apenas canções “ok”, que nunca quero ouvir. Cada vez que faço um álbum, ele é melhor que o anterior.

Você é claramente competi-tivo. Quem são seus maio-res rivais na música?Acho que Calvin [Harris] e Avicii – eles são incríveis. Não sou de odiar. Gosto de com-petição mas sou feliz que eles sejam bem-sucedidos.

Taylor Swift retirou as músi-cas dela do serviço de strea-ming Spotify. Esse tipo de plataforma está acabando com a indústria da música?Amo o Spotify. Escuto música nele o tempo todo. Penso que esse é o futuro.

Você ainda compra CDs?Não. Ainda compro álbuns via iTunes de artistas que realmente amo. Há anos con-sidero música e discos apenas como arquivos digitais por-que esse é o jeito de fazer dis-cos, então, para mim, essa não é uma evolução difícil.

GETTY IMAGES

DAVID GUETTALançamento de ‘Listen’ prova que DJ francês não dá sinais de esgotamento.

Disco embala show que superstar faz em São Paulo no dia 17

‘NÃO COMPRO MAIS CDS’

RICHARDPECKETT METRO INTERNACIONAL

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

TransporteO uso de veículos alternativos ao car-ro para transporte nos centros urbanos é uma discussão que vai além da cons-trução de ciclovias. A bicicleta pode ser uma grande aliada para deixar o carro de lado, mas em cidades como Curitiba é preciso pensar em outras alternativas. Muitas pessoas percorrem grandes dis-tâncias todos os dias e, por isso, ir peda-lando não seria a melhor opção. Cons-truir ciclovias, portanto, é importante, mas cabe à prefeitura investir no siste-ma de transporte coletivo – que hoje es-tá longe de ser modelo – para que as ruas fiquem menos congestionadas.CARLOS OLIVEIRA – CURITIBA

Metro Pergunta

Só 20% das vias cicláveis previstas para Curitiba até 2016 foram feitas até agora. Com mais espaço, você usaria mais a bike?

@alvarofilaSim. Nas vias adequadas você pedala tran-quilo. O stress e os riscos de disputar es-paço com os carros são desestimulantes.

Metro web

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Correção

Diferentemente do que publicamos na edição de ontem, o nome do primeiro colocado no Enem no estado é Colégio da Polícia Militar do Paraná.

A exposição de sentimentos será essencial em paqueras, se estiver só, e também aos

comprometidos no convívio junto ao cônjuge.

A retomada de antigos assuntos tende a influenciar o trabalho.Procure ter cautela e respeito

com padrões que envolvam esta área.

Cuide para que os vários interesses que tenha em atividades de seu dia a dia

não provoquem afastamento de pessoas especiais.

O momento é de atenção dobrada com ações consumistas e com as despesas mais frequentes.

Procure para repensar prioridades financeiras.

Com a Lua em seu signo, uma transição marcará seus

projetos com motivações para executar algo que encontrava mais dificuldade.

Tendências para tratar assuntos burocráticos ou que requeiram a

necessidade de maior precaução com bens e finanças.

Temas como viagens, estudos e interesses culturais são propensos a tomar atenção,

seja planejando algo ou vivenciando em seu lazer.

Mudará a maneira de lidar com relações e valorizar quem mais precisa de você.

Na vida afetiva, exercite mais alguns gestos românticos.

O envolvimento com o as obrigações de sua rotina não deve ser desculpa para

aproveitar momentos especiais de diversão.

Serão bem vindos alguns afastamentos de certas relações para equilibrar suas energias

diante de problemas e desgastes da rotina.

Ambientes sociais marcarão positivamente momentos importantes, especialmente

com amigos e situações que envolvam diversões.

Em relacionamentos, cuide para não exagerar em cobranças diante de responsabilidades

que divide com pessoas importantes da sua vida.

Horóscopo Está escrito nas estrelas

Os invasores

Cruzadas

Apple obtém patente para iPhone dobrávelFlexível. Documento revela que, ao ser dobrado, aparelho teria novas funções

Flexibilidade do iPhone 6 causou polêmica | REPRODUÇÃO

Apresentar a maior varie-dade possível de funcio-nalidades para o iPhone não é mais o bastante pa-ra a Apple. A empresa visa agora garantir boa flexibi-lidade para os seus apare-lhos. Pelo menos é o que indica a patente obtida pe-la empresa para produzir o dispositivo.

Divulgada pelo site Cult of Mac, a informação é de que o documento registra o direito sobre aparelhos eletrônicos flexíveis e des-creve componentes inter-nos de um telefone como o iPhone.

Não é a primeira vez que a empresa pede a pa-tente de equipamentos ele-trônicos dobráveis, mas este é o primeiro caso de pedido para um produto concebido totalmente pela companhia.

O futuro telefone se-ria fabricado com plástico, vidro, metal ou silicone e executaria comandos dife-rentes quando dobrado.

A Apple não seria a úni-ca empresa a ter um dispo-sitivo flexível. A LG já tem um equipamento com es-sas características, cha-mado de G Flex. Essa fle-xibilidade, no entanto, é bastante sutil.

PolêmicaInúmeros relatos sobre aparelhos que entortavam nos bolsos foram registra-dos pouco tempo depois que o iPhone 6 foi lançado. Talvez a fragilidade gerada pela necessidade de criar materiais superfinos tenha despertado a companhia para a necessidade de de-senvolver um equipamen-to apropriado. METRO

Sudoku

Soluções

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

3ESPORTE

Os garotos do sub-19 de Atlético e Paraná jogam ho-je pressionados na segunda rodada da Copa São Paulo de Juniores 2015. Após em-patarem com São Caetano (0 x 0) e Mirassol (1 x 1), res-pectivamente, os times pre-cisam da vitória para que a classificação continue pal-pável. Enquanto o Fura-cão pega o Palmeira, do Rio grande do Norte, o Tricolor enfrenta o Itapemirim, do Espírito Santo.

O regulamento da Copi-nha faz com que só os pri-meiros colocados de cada grupo, além dos seis melho-res segundos colocados, se classifiquem

A situação mais confortá-vel é a do Coritiba, que der-rotou o Red Bull por 2 x 1 na estreia. Agora o time en-frenta o lanterna São José do Amapá e fica bem pró-ximo da classificação se triunfar.

Na 3ª rodada, Coxa e Pa-raná jogam no dia 10; o Ru-bro-negro no dia seguinte.

Categorias de base. Após ficarem no empate na estreia, Atlético e Paraná entram em campo com a obrigação de vencer para manter boas chances de avançar às oitavas. Coxa, que venceu o primeiro jogo, está mais seguro

Elenco se concentra antes do jogo contra o Palmeira (RN), pela segunda rodada | DIVULGACÃO / ATLÉTICO

Paranaenses decidem hoje vida na Copinha

ATLÉTICO

CORITIBA

PARANÁ

4/1 - 1x1 - Mirassol-SP7/1 - 16h - Itapemirim-ES10/1 - 16h - Tanabi-SP

Grupo A

4/1 - 0x0 - São Caetano-SP7/1 - 16h - Palmeira-RN11/1 - 11h - Flamengo-SP

Grupo Y

4/1 - 2x1 - Red Bull-SP7/1 - 16h - São José-AP10/1 - 16h - Paulínia-SP

Grupo M

Coritiba bateu o Red Bull (SP) no jogo de abertura | DIVULGAÇÃO / CORITIBA

Tricolor treina para partida decisiva contra o Itapemirim (ES), pelo Grupo A | DIVULGAÇÃO / PARANÁ

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

O lateral-direito Daniel Bor-ges, 21 anos, que jogou pela Ponte Preta no ano passado, vai disputar a temporada 2015 no Atlético. O emprés-timo por um ano é do Bo-tafogo-SP, que detém seus direitos.

O jogador chega para dis-putar a posição com Mário Sérgio, já que Sueliton não teve seu contrato renovado com o clube. Pela idade, Da-niel pode se juntar com o próprio Mário Sérgio que es-tá no elenco da equipe sub-23 do estadual.

A torcida agora aguarda novidades para a lateral-es-querda, já que Willian Ro-cha foi para o Avaí e Lucas Olaza ainda não renovou seu contrato.

Pré-temporadaOntem o Joinville anun-

ciou dois amistosos com o Rubro-negro nos dias 17 e 28 de janeiro. No entanto, a segunda data ainda não está confirmada, pois o ti-me profissional do Furacão pode viajar antes para fa-zer parte da preparação na Espanha, como já fez em 2013. METRO CURITIBA

Lateral foi titular em alguns jogos daSérie B | GUILHERME DORIGATTI / PONTEPRESS

Reforço. Daniel Borges acerta com o Furacão

A oferta de R$ 2 milhões do Palmeiras por 50% dos direi-tos econômicos de Robinho mais a vinda de jogadores por empréstimo na negocia-ção não seduziu a diretoria Alviverde.

O time, que se apresenta amanhã para iniciar a pré--temporada, ainda tem vá-rias dúvidas pairando sobre o elenco, principalmente no

meio-campo.Além do assédio sobre

Robinho, os volantes Hél-der e Rosinei, que comple-tavam o setor juntamente com Alex, ainda não reno-varam seus compromissos com o clube. A “demora” acontece devido a políti-ca da nova gestão de redu-zir os salários dos atletas.

METRO CURITIBA

Robinho é bem avaliado pelo técnico Marquinhos Santos | DIVULGAÇÃO / CORITIBA

Proposta. Coxa recusou R$ 2 mi por Robinho

Paraná

Gusso aprova contratações “econômicas”

Em sua primeira cole-tiva como treinador do Tricolor na tarde de on-tem, Luciano Gusso de-monstrou satisfação com os cinco reforços apre-sentados ontem na Vila Olímpica: Marcos Paulo, Adriano, Bruninho, Paulo Henrique e Rodrigo Tosi. “É um trabalho de rees-truturação e estamos tra-balhando dentro disso, entendendo as dificulda-des”, afirmou.

Além dos 15 atletas da reapresentação de segun-da-feira, o Paraná teve o retorno de mais três joga-dores ontem: o atacante Léo, o volante Ricardinho e o meia Rubinho, que estava emprestado ao Lu-verdense. METRO CURITIBA

Palmeiras

Rafael Marques

O Verdão está muito perto de contratar o atacante

Rafael Marques, 31, atualmente no Henan

Jianye, da China. Já houve o acerto entre os clubes, e a parte salarial entre o

Verdão e o atleta também está definida. Resta apenas

o trâmite burocrático para a transferência ser

sacramentada. O jogador foi um pedido de Oswaldo

Oliveira, com quem ele trabalhou no Botafogo

entre 2012 e 2013. Poucos se lembram, mas Rafael

Marques já atuou no alviverde, em 2004.

CURITIBA, QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

Está previsto para hoje o início das reformas na pista de atletismo do Centro Po-litécnico da UFPR (Univer-sidade Federal do Paraná), que devem ser concluídas ainda em 2015.

Quando pronta, a pis-ta oval estará apta a rece-ber qualquer tipo de com-petição, já que tem medidas oficiais (400 metros). Além das raias de corrida, tam-bém passarão por restauros os espaços para as provas de salto e arremesso.

Aberto a estudantes da UFPR e para toda a comu-nidade, o local deverá estar revitalizado entre oito a dez meses.

“Todo o material já foi trazido e a obra está mar-cada para começar amanhã [hoje] mesmo, no mais tar-dar ainda essa semana”, ga-

rante o professor Fernando Mezzadri, vice-diretor do se-tor de ciências biológicas da UFPR, que acompanha o processo de reforma.

Atualmente a pista é re-vestida por pó de carvão, um material duro. A nova pista será sintética, coberta com placas de borracha.

“Acho boa a reforma, a situação é complicada. Tem muita pedra, quando chove é terrível para treinar, a pis-ta fica cheia de poças”, diz a atleta Vivian Ribeiro.

Esporte. Deve começar hoje reforma no espaço de treino do Centro Politécnico, aberto à comunidade acadêmica e ao público em geral

Trabalhos na pista devem durar entre oito e dez meses, segundo a UFPR | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

UFPR terá nova pista de atletismo em 2015

Oswaldo Alvarez, o Vadão, é conhecido nos gramados do Brasil por criar o “Car-rossel Caipira” no Mogi Mi-rim -- equipe que tinha Leto, Válber e Rivaldo, no início dos anos 1990. Ele também se notabilizou por apresen-tar resultados importantes consistentemente. Revelou muitos atletas, como Kaká, que surgiu no São Paulo nos anos 2000.

Hoje, aos 58 anos, tem o desafio de comandar as me-ninas da Seleção Feminina de Futebol, e já começa a co-lher os frutos de um bom trabalho, como a conquis-ta da Copa América 2014 e o pentacampeonato do Tor-neio Internacional, este últi-

mo em Brasília.

O momento do Brasil hoje é diferente no futebol fe-minino? Você já enxerga evolução?O Brasil evoluiu bastante, principalmente no lado tá-tico. As meninas são muito aplicadas, mas o que acon-tece é que estamos jogan-do pouco futebol feminino. Não se joga o futebol femi-nino nas escolas. São poucas as escolinhas. A evolução dos outros países é muito maior do que a nossa. Nós evoluímos dentro do cam-po. Quando perdermos essa geração de hoje, ficaremos receosos com a recomposi-ção da equipe.

Ainda há preconceito con-tra o futebol feminino no país? Ou falta apoio?É um pouco de tudo, mas o preconceito ainda exis-te. A partir do momento que você colocar nas esco-las, vai ser encarado como algo natural, não aquela

coisa de “ah, é um espor-te de homem, minha filha não vai jogar”. Bate-se tan-to na questão do preconcei-to racial, mas também exis-te este. Se a gente colocar a modalidade nas escolas, ti-vermos mais escolinhas, lo-gicamente vai passar a ser

algo mais natural. Se nós não tomarmos providên-cias, quando acabar essa sa-fra teremos um número muito pequeno de jogado-ras para repor. A imprensa tem um papel importante. Agora que a Band transmi-tiu o nosso campeonato, muita gente assistiu e ficou impressionada com a quali-dade das meninas.

Para as Olimpíadas, o senhor vê essa seleção como favorita?Nós pedimos a seleção per-manente para podermos passar mais tempo juntos. Para que a gente participe bem do Pan e do Mundial, temos que organizar me-

lhor a equipe. Vamos par-ticipar em fevereiro de um torneio em Portugal. Nes-te mês, já vamos nos reu-nir para nos prepararmos. Aí, temos vários amistosos agendados contra fortes se-leções – Alemanha, Nova Zelândia, Estados Unidos e Inglaterra, provavelmen-te. Teremos o Mundial em junho e o Pan-Americano na sequência. A partir des-se momento, quando esta-remos mais tempo juntos e depois de fazermos amisto-sos fortes, torneios e mais mundial e Pan, a coisa mu-da. No ano que vem, vou sentir realmente como a Se-leção vai se comportar nas Olimpíadas. METRO CAMPINAS

VADÃOOswaldo Alvarez, técnico da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, fala ao Metro sobre o

projeto de ter uma equipe permanente e sobre os desafi os enfrentados no país para alavancar a modalidade e chegar à tão sonhada medalha de ouro nas Olimpíadas

‘ELAS JOGAM POR AMOR’

• Natural de Monte Azul Paulista - SP

• Nascido em 21 de agosto de 1956

• Formado em Educação Física pela Fundação Karnic Bazarian, em

Itapetininga

• Jogou no Paulista, Rio Claro, Velo Clube e Noroeste e já dirigiu São Paulo, Guarani, Ponte Preta, Atlético-PR, Mogi Mirim (Carrossel Caipira), Vitória-BA, entre outros

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

R$ 7,4milhões é o custo, sendo R$ 2,9 do material, trazido da Itália, e R$ 4,5 da execução, feita por uma empresa de São Paulo

2013foi quando os recursos foram recebidos pelo Ministério do Esporte, que reforma outras pistas de universidades públicas

“Esse tipo de pista [que existe hoje] pode acarretar mais lesões do que uma sintética. Aguardamos com ansiedade faz algum tempo essa reforma” VIVIAN RIBEIRO, 18 ANOS, ATLETA