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MÍN: 17°C MÁX: 25°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metroctb CURITIBA Terça-feira, 1º de abril de 2014 Edição nº 732, ano 3 TARIFA INDEFINIDA Mesmo com subsídio, prefeitura não garante passagem a R$ 2,70 PÁG. 02 Curitiba vai receber R$ 640 mi para 3 obras Recursos federais. A partir de verbas do PAC da Mobilidade, cidade investirá nas linhas de ônibus BRTs e Inter II, além dos projetos da Copa do Mundo. Conclusão da Linha Verde também está prevista entre os investimentos PÁG. 03 Governo pede desculpas pelos crimes da ditadura Estudo revela que 94% dos inquéritos são arquivados Dado não é mais técnico do Coritiba Em gesto inédito, ministro da Justiça assumiu a responsabilidade pelos atos de violência cometidos pelo regime militar. Anúncio foi feito em ato público promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil PÁG. 05 Federação Nacional dos Policiais Federais se opõe a esse modelo de investigação de crimes PÁG. 04 Diretoria anunciou a saída do treinador. Edison Borges e Tcheco assumem temporariamente PÁG. 13 ‘SAMBA DE BAMBA’ CARIOCA LUIZA DIONIZIO SE APRESENTA HOJE PÁG. 10 1964 NAS ESTANTES CONFIRA 10 LIVROS SOBRE O GOLPE MILITAR PÁG. 11 ‘SE QUER MUDAR, NÃO PODE SEGUIR FAZENDO A MESMA COISA’ PÁG. 08 Urbs ainda tenta negociar o valor da tarifa com empresas | HEULER ANDREY / METRO CURITIBA JOSÉ ‘PEPE’ MUJICA, PRESIDENTE DO URUGUAI, SOBRE A DECISÃO DE DESCRIMINALIZAR A MACONHA, EM ENTREVISTA AO CANAL LIVRE, DA BAND

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CURITIBA Terça-feira,1º de abril de 2014Edição nº 732, ano 3

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TARIFA INDEFINIDA Mesmo com subsídio, prefeitura não garante passagem a R$ 2,70 PÁG. 02

Curitiba vai receber R$ 640 mi para 3 obrasRecursos federais. A partir de verbas do PAC da Mobilidade, cidade investirá nas linhas de ônibus BRTs e Inter II, além dos projetos da Copa do Mundo. Conclusão da Linha Verde também está prevista entre os investimentos PÁG. 03

Governo pede desculpas pelos crimes da ditadura

Estudo revela que 94% dos inquéritos são arquivados

Dado não é mais técnico do Coritiba

Em gesto inédito, ministro da Justiça assumiu a responsabilidade pelos atos de violência cometidos pelo regime militar. Anúncio foi feito em ato público promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil PÁG. 05

Federação Nacional dos Policiais Federais se opõe a esse modelo de investigação de crimes PÁG. 04

Diretoria anunciou a saída do treinador. Edison Borges e Tcheco assumem temporariamente PÁG. 13

‘SAMBA DE BAMBA’CARIOCA LUIZA DIONIZIOSE APRESENTA HOJE PÁG. 10

1964 NAS ESTANTESCONFIRA 10 LIVROS SOBREO GOLPE MILITAR PÁG. 11

‘SE QUER MUDAR, NÃO PODE SEGUIR FAZENDO A MESMA COISA’

PÁG. 08

Urbs ainda tenta negociar o valor da tarifa com empresas | HEULER ANDREY / METRO CURITIBA

JOSÉ ‘PEPE’ MUJICA, PRESIDENTE DO URUGUAI, SOBRE A DECISÃO DE DESCRIMINALIZAR A MACONHA, EM ENTREVISTA AO CANAL LIVRE, DA BAND

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O jornal Metro circula em 24 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 510 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O jornal Metro é impresso na Gráfica RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A.

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

Mesmo com o anúncio de R$ 7,5 milhões ao mês pa-ra subsidiar a RIT (Rede In-tegrada de Transporte), a prefeitura de Curitiba ain-da não garantiu ontem que a passagem de ônibus vai continuar em R$ 2,70 na cidade. O preço foi anun-ciado provisoriamente e, de acordo com o prefeito Gustavo Fruet (PDT), vale-ria apenas caso a prefeitu-ra ganhasse na Justiça uma ação para a retirada de três itens da tarifa, o que não aconteceu.

Com a derrota, agora a Urbs faz uma última ten-tativa para baixar a tarifa técnica, através de um pro-cesso administrativo que envolve uma negociação com o Setransp (Sindicato das Empresas de Transpor-te Urbano e Metropolitano de Curitiba e Região).

Enquanto a Urbs calcu-la os custos do sistema em R$ 3,18 por passageiro, os empresários falam em R$ 3,33. Ontem, em nota, as empresas voltaram a de-fender seus cálculos. “O sindicato apresentou to-das as justificativas para uma tarifa coerente, que contemple todos os itens do contrato, cujo cumpri-mento continuará defen-dendo”, disse.

Os itens que estão sendo avaliados são os impostos exclusivos (IR e CSLL) so-bre as instalações, equipa-

mentos e veículos e a taxa de risco do Hibribus. Sem eles, os repasses do poder público às empresas dimi-nuiriam em cerca de R$ 3 milhões por mês.

AumentoO governo do Estado acei-tou aumentar, neste ano, o subsídio mensal para a RIT de R$ 5 milhões para R$ 7,5 milhões. Já a prefeitu-ra subiu a sua parte de R$ 2 milhões para R$ 2,5 mi-lhões. Após a assinatura do acordo, o prefeito Gustavo Fruet afirmou apenas que a administração municipal “está fazendo todo o esfor-ço” para manter a tarifa e a integração com a região metropolitana.

Transporte. Após derrota na Justiça, Urbs ainda busca negociar com empresas para baixar a tarifa através de processo administrativo.

Subsídio aumentou para R$ 7,5 milhões | HEULER ANDREY/ METRO CURITIBA

Subsídio não garante passagem a R$ 2,70

R$ 3,18é a tarifa técnica atual da RIT, de acordo com a Urbs. As empresas pedem R$ 3,33

THIAGOMACHADOMETRO CURITIBA

STJ

Terceiro paranaense

O desembargador Federal Néfi Cordeiro entregou ontem ao

governador Beto Richa (PSDB) o convite para a

sua posse como ministro STJ (Superior Tribunal de

Justiça), que vai ocorrer na quinta-feira em Brasília. Cordeiro será o terceiro paranaense com cadeira

na Corte, que já conta com os ministros Felix Fischer – presidente do órgão – e

Sérgio Luiz Kukina.

Prestes a se candidatar nas eleições deste ano, oito secre-tários estaduais deixarão es-te semana os seus cargos no governo do Estado neste se-mana. Os deputados federais Ratinho Junior e Reinhold Stephanes, devem voltar ao Congresso Nacional. Eles saí-ram da Secretaria do Desen-volvimento Urbano e da Casa Civil, respectivamente.

O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mer-cosul, Ricardo Barros, tam-bém deixou o posto, assim como o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, que já tinha se desligado do go-verno na semana passada.

Já deputado estadual Luiz Eduardo Cheida se afasta da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídri-

cos na próxima quinta. Até sexta-feira será substituído o secretário do Esporte e Tu-rismo, Evandro Rogério Ro-man, que pretende iniciar carreira política.

O vice-governador Flávio Arns também deixa a Secre-

taria da Educação. O mes-mo acontece com o secre-tário especial de Assuntos Estratégicos, Edson Casa-grande. Os substitutos dos dois serão confirmados ao longo da semana, segundo o governo. METRO CURITIBA

Oito secretários estaduais deixam pastas no Governo

Ratinho Junior reassume mandato em Brasília | HEULER ANDREY/ METRO CURITIBA

Prefeituras entregam contas no prazo

O TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), adiantou on-tem que a maior parte das prefeitura entrega-rá as suas contas no pra-zo, que ia até meia-noi-te de ontem. Ao final da tarde, 62,4% dos execu-tivos municipais já ha-viam encaminhado as in-formações ao órgão de controle externo – ou 249 de um total de 399. Outras 120 prefeituras – 30,1% do total – estavam instaurando o processo

Entre as câmaras de Vereadores, 63,4% ha-viam remetido as infor-mações e outras 100 Câ-maras (25%) estavam instaurando o processo.

METRO CURITIBA

Decisão mantém Fábio Camargo sem cargo

O Órgão Especial do TJ--PR (Tribunal de Justiça do Paraná) negou ontem um agravo regimen-tal do ex-conselheiro do TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Pa-raná) e o manteve fora do posto de conselheiro da Corte. A decisão foi por maioria de votos en-tre os 25 desembargado-res do grupo.

Camargo foi eleito no ano passado pelos depu-tados estaduais para as-sumir o posto no TCE, mas duas decisões judi-ciais o retiraram do car-go. Uma delas é uma li-minar do próprio TJ, a outra é de primeira ins-tância e anulou as elei-ções. METRO CURITIBA

TJ-PR TCE-PR

Dólar +0,44%

(R$ 2,26)

Bovespa +1,30% (50.415 pts)

Euro +0,27%

(R$ 3,11)

Selic (10,75% a.a.)

Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Curitiba vai receber mais R$ 640,580 milhões em verbas federais, do PAC da Mobilida-de, para investir em três no-vos projetos na área: linhas de ônibus BRTs, a remodelação da linha de ônibus Inter II e a conclusão da Linha Verde. De acordo com informações da prefeitura, o decreto foi assi-

nado na última sexta-feira pe-la presidente Dilma Rousseff.

Para o BRT, serão R$ 273 milhões. Entre as obras estão readequação das canaletas, implantação de Ligeirões e reformas dos terminais, com o objetivo de ampliar a capa-cidade e a velocidade das li-nhas de ônibus.

A conclusão da Linha Ver-de Sul, que ficou com a obra parada por mais de um ano e foi retomada em julho do ano passado, terá R$ 268,5 milhões. A proposta da pre-feitura é transformar o tre-cho urbano em canaleta de ônibus, favorecendo a inte-gração com a rede de trans-

porte metropolitana.Outros R$ 99,08 milhões

serão utilizados para am-pliar a linha de ônibus Inter II (Ligeirinho). O município informou que a capacidade da linha será ampliada com faixas exclusivas, trechos com canaletas e prioridade em semáforos.

Além desse montante, Curitiba terá R$ 4,568 bi-lhões, com recursos tam-bém no PAC da Mobilidade, destinados ao metrô – que deve ter edital lançado ain-da neste semestre. Do total, R$ 1,368 bilhão virão da ini-ciativa privada.

Ao todo, são R$ 5,208 bi-

lhões em investimentos pa-ra obras mobilidade. “Os projetos incluídos agora no PAC da Mobilidade inte-gram o ônibus a outros mo-dais, e representam o maior aporte de recursos que Curi-tiba já recebeu”, destacou a prefeitura em nota no seu site. METRO CURITIBA

PAC. Além dos projetos da Copa do Mundo, cidade agora fará investimento em BRTs e na linha Inter II. Também promete concluir a Linha Verde

Curitiba terá verba federal para mais três obras de mobilidade

O tráfego sobre o viadu-to estaiado, em fase final de obras no cruzamento da Avenida das Torres com a Rua Coronel Francisco H. dos Santos, deve ser libera-do nos próximos dias. Se-gundo a prefeitura, o pro-jeto está em fase final de execução. O trânsito por baixo dele foi liberado no fim de semana.

Agora, os 21 cabos de sustentação, que já foram fixados, passam por revisão. Também estão prontas as calçadas para pedestre e a ciclovia, assim como a pavi-mentação das seis pistas de

rolamento: sendo três em cada sentido.

O viaduto faz parte das obras de Mobilidade da Co-pa do Mundo, no projeto aeroporto-rodoferroviária. Tem 225 metros de exten-são. METRO CURITIBA

Estaiado. Viaduto deve ser liberado em breve

95 mié o custo do projeto corredor aeroporto-rodoviária, que inclui o viaduto estaiado, trincheira da rua Guabirotuba (finalizada) e revitalização da Avenida das Torres.

Começou ontem, segundo a Ecovia, a obra de reconstru-ção da ponte sobre o Rio Ja-careí, no km 18 da BR-277 que liga Curitiba ao litoral, nas regiões de Morretes e Paranaguá. Por isso, have-rá interdição parcial da pis-ta sentido capital nos meses de abril a junho.

A concessionária infor-ma que o fluxo será desvia-do para o sentido Parana-guá, com mão dupla por um trecho de aproximadamen-te 1400 metros.

A ponte será elevada em 1,50 metro e terá o compri-mento ampliado para 32 metros. METRO CURITIBA

BR-277. Começa reconstrução de ponte

Obra é preventiva, diz concessionária | DIVULGAÇÃO

Obra faz parte dos projetos da Copa do Mundo | HEULER ANDREY / METRO CURITIBA

HEULER ANDREY / METRO CURITIBA

Linha Inter II terá capacidade e velocidade ampliadas

640,5 mié o valor aprovado pelo governopara o investimento em BRTs, na linha Inter II e na conclusão das obras da Linha Verde

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |04| {FOCO}

Um levantamento da Fede-ração Nacional dos Policiais Federais aponta que 94% dos inquéritos policiais não são concluídos no Brasil e acabam arquivados. O dire-tor-executivo, Fernando Vi-centine, defende que esse procedimento é falho. “In-quérito não é feito para in-vestigar. A polícia tem que focar na coleta de provas. Quem coordena o inquéri-to não tem nenhum contato com a investigação”, afirma.

Ele classifica que essa é uma maneira arcaica, buro-crática e inquisitorial. “Se vo-cê for indiciado no inquéri-to, você assina uma nota de culpa sem ao menos ter ido a julgamento, sem ter tido chance de defesa. Para que serve isso? O que traz de be-nefício a polícia perder tem-

po e ficar intimando as pes-soas para serem ouvidas em delegacias se ao chegar no juiz elas podem mudar tudo que disseram?”, questiona.

Vicentine comenta que atualmente o processo é feito de forma inversa. “Se prende para investigar. Nós

precisamos investigar para prender.” E sugere qual se-ria a maneira ideal. “Quan-do se chega a um local do crime, se o policial tiver uma equipe preparada, ele vai isolar o local, ouvir lá as testemunhas no calor dos fatos e fazer a identificação delas informalmente. Se fi-zer o relatório policial bem feito, todo o processo é ace-lerado e o Ministério Públi-co só vai oferecer denúncia caso haja provas”, explica .

Outra maneira para me-lhorar a investigação, segun-do ele, é mudar o Código de Processo Penal que é de 1940. “Precisa ser reforma-do urgentemente”, opina.

Brasil. Levantamento é da Federação Nacional dos Policiais Federais, que defende que essa não é a melhor maneira de investigar os casos

Vicentine teve alteração no Código de Processo Penal | HEULER ANDREY/METRO CURITIBA

94% dos inquéritos policiais não chegam a ser concluídos

O filho do prefeito de Re-serva, nos Campos Gerais do Paraná, foi encontra-do ontem pela manhã em Dourados, no Mato Grosso do Sul. José Luiz Vosniak, de 23 anos, mais conheci-do como Zezinho, estava desaparecido desde a noi-te de domingo. Segundo o delegado da cidade, Jonas Eduardo do Amaral, a víti-ma sofreu um assalto segui-do de sequestro.

Zezinho saiu da Festa do Tomate por volta das 21h para buscar um documento

na prefeitura e não voltou. Ele teria sido abordado por dois homens armados pró-ximo da prefeitura e levado dentro do próprio veículo.

Segundo a polícia, a in-tenção dos bandidos era se-guir viagem até o Paraguai. Mas, um dos veículos envol-vidos no sequestro sofreu um acidente e obrigou os bandidos a mudarem de ro-ta. No meio do caminho, a vítima foi abandonada e en-trou em contato com o pai. Uma pessoa foi presa. METRO CURITIBA COM BANDNEWS

Sequestro. Filho de prefeito de Reserva, no PR, é encontrado no Mato Grosso do Sul

LINAHAMDAR METRO CURITIBA

“Quando você tira um policial do foco da investigação e coleta de provas e deixa ele na função de buscar pessoas para serem ouvidas, você acabou com todo o procedimento de investigação.” FERNANDO VICENTINE, DIRETOR-EXECUTIVO DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS PF

Categoria protesta hoje Agentes federais, escri-vães e papiloscopistas de todo o Brasil vão estar reunidos hoje, às 11h, em frente à sede da PF no bairro Santa Cândida. “Escolhemos a data jus-tamente por ser o Dia da Mentira, já que os inqué-ritos são mentirosos”, disse Vicentine.

Eles também vão pro-testar para pedir a rees-truturação da carreira e a valorização dos profis-sionais. O mesmo ato se-rá realizado amanhã e na quinta. METRO CURITIBA

Dia da Mentira

Foi enterrado ontem, no cemitério municipal Água Verde, o corpo do profes-sor e economista Belmiro Valverde Jobim Castor. Ele morreu na noite de sábado, aos 71 anos, após sofrer um infarto enquanto dormia.

Ontem, a Câmara Muni-cipal prestou um minuto de silêncio antes do início da

sessão do dia. O governador Beto Richa (PSDB) e o prefei-to Gustavo Fruet (PDT) tam-bém se manifestaram com notas de pesar.

Belmiro foi por três ve-zes secretário de Estado, do Planejamento e da Edu-cação, e também foi autor de vários livros.

METRO CURITIBA

Adeus. Corpo de Belmiro Valverde é enterrado

Com início de suas atividades em 1º de abril de 1964 – um dia após o Golpe Militar – o curso de Jornalismo da UFPR (Universidade Federal do Pa-raná) completa hoje 50 anos.

“Quando o curso foi cria-do, o primeiro do departa-mento de Comunicação da universidade (depois vieram os cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Pú-blicas), éramos vinculados à Sociologia. Passamos por se-parações, mudanças de pré-dio e de currículo, que refle-tem a evolução da área nesse período” conta a professora Rosa Dalla Costa, que lecio-na no curso desde 1998.

Para as celebrações, estão previstos um jantar para os alunos e egressos em maio, e um evento em setembro – em parceria com outras ins-tituições – para debater os desafios da comunicação.

“Também faremos pales-tras com profissionais que se formaram no curso e atuam em jornais, agências ou co-mo escritores. Por mais que tenhamos problemas de es-trutura física, o curso me-lhorou significativamente nos últimos anos, inclusi-ve nas premiações acadêmi-cas”, destaca. METRO CURITIBA

UFPR. Curso de Jornalismo faz 50 anos

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Cinquenta anos após o gol-pe militar, o governo assu-miu ontem, num gesto iné-dito, a responsabilidade pelos crimes e atos de vio-lência cometidos durante a ditadura no Brasil.

O ministro da Justiça, Jo-sé Eduardo Cardozo, usou o ato público ‘Para não repetir – 50 anos do golpe militar’, promovido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), pa-ra fazer críticas aos antigos ocupantes do cargo que pre-feriram se omitir a tratar do assunto, e pediu desculpas às vítimas dos anos de chumbo.

“O Estado brasileiro pede desculpas por aquilo que foi feito na época da ditadura, pelas mortes, pelas tortu-ras, pelas famílias que cho-raram. É algo que mostra um novo tempo, uma rea-lidade democrática que nós temos hoje orgulho de ter conquistado”, declarou.

O governo também pres-tou homenagens aos mor-tos e desaparecidos vítimas do regime militar, entre 1964 e 1985, e falou em dí-vida histórica.

“O dia de hoje exige que nós lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos

isso a todos os que morre-ram e desapareceram, de-vemos aos torturados e per-seguidos, devemos às suas famílias, devemos a todos os brasileiros”, declarou a presidente Dilma Rousseff.

Ela afirmou ainda que ‘por 21 anos nossas institui-

ções, nossa liberdade, nos-sos sonhos foram calados’, mas disse que o Brasil pode tirar lições da ditadura.

“Aprendemos o valor da liberdade, o valor de um Le-gislativo e de um Judiciá-rio independentes e ativos. Aprendemos o valor da li-

berdade de imprensa, o va-lor de eleger pelo voto di-reto e secreto de todos os brasileiros. Aprendemos o valor de ir às ruas”, disse.

CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {BRASIL} |05|◊◊

Golpe de 1964. Ministro da Justiça afirma que é dever do Estado assumir responsabilidade pelos crimes cometidos durante a ditadura

Governo pede desculpas

Senado lembrou os 50 anos do golpe | GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

“Me lembro de figuras que ocuparam o mesmo

posto e disseram ‘nada a declarar’. Eu, não. Eu tenho o dever constitucional de pedir perdão.”

JOSÉ EDUARDO CARDOZO, MINISTRO DA JUSTIÇA

“As cicatrizes podem ser suportadas e superadas,

porque hoje temos uma democracia, podemos contar nossa história. Aprendemos o valor da liberdade.”

PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

“Relembrar é necessário para conhecer a história

e para garantir que no futuro algo tão desenfreado jamais se repita.”

MARCUS VINÍCIUS COELHO, PRESIDENTE DA OAB

“Devemos lamentar o período sombrio pelo qual

passamos, mas sobretudo lutar a cada dia para ampliar a nossa democracia.”

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, EX-PRESIDENTE

A Anistia Internacional lan-ça hoje uma campanha vir-tual para coletar assinaturas à favor do pedido da revisão da Lei de Anistia no Brasil. Uma decisão do STF (Supre-mo Tribunal Federal), to-mada em 2010, proíbe que agentes do Estado que parti-ciparam de tortura, mortes e desaparecimento de cor-pos durante a ditadura se-jam punidos. A lei foi edita-da em 28 de agosto de 1979, durante o regime militar.

Uma reviravolta na de-cisão terá apoio da Subco-missão Permanente da Me-mória, Verdade e Justiça do Senado. “Teremos total en-gajamento”, afirmou o presi-dente do colegiado, senador João Capiberibe (PSB-AP).

50 diasA campanha intitulada ‘50 dias contra a impunidade’ vai coletar assinaturas por meio

de petição eletrônica. A revi-são da lei de anistia, segundo a entidade, respeitaria a de-cisão da Corte Interamerica-na de Direitos Humanos, que prevê a punição de crimes contra a humanidade cometi-dos durante o regime militar.

Além disso, a Anistia In-ternacional pede a inclusão

dos crimes contra a humani-dade e de guerra no direito brasileiro e apoio e desenvol-vimento de políticas de me-mória, como a abertura de arquivos e o estabelecimen-to de museus, para manter presente a história das viola-ções de direitos humanos no Brasil. METRO BRASÍLIA

Campanha pela revisão da lei de anistia terá apoio do Senado

Campanha está no site da Anistia Internacional | REPRODUÇÃO

O golpe de 1964 teve partici-pação fundamental do pró-prio Congresso Nacional, se-gundo relatos apresentados ontem durante a sessão pa-ra lembrar os 50 anos da di-tadura, no Senado.

O então consultor-geral da República, Waldir Pires lembrou que a iniciativa de apoiar o golpe militar partiu do então presidente do Congresso Nacional, se-nador Auro de Moura An-drade. Ele contou que, jun-to com o então chefe da Casa Civil, Darcy Ribeiro, escreveu uma carta de se-te linhas afirmando que o presidente João Goulart ti-nha ido para Porto Alegre e não abandonado o país, como afirmavam os milita-res. O documento foi lido em plenário pelo líder do governo no Congresso na época, Doutel de Andrade. O ato foi ignorado e Auro de Moura declarou a presi-

dência vaga e empossou o presidente da Câmara, Ra-nieri Mazzilli, no cargo.

“Foi um dos atos mais deploráveis e vergonhosos da história política brasilei-ra”, avaliou Waldir Pires.

“O primeiro golpe foi o Congresso quem deu”, ad-mitiu o senador Pedro Si-mon (PMDB-RS).

Quatro anos mais tarde, o Congresso foi vítima da ditadura: foi fechado pelo AI-5, principal decreto que acabou com as garantias do país. No fim, 181 parla-mentares foram cassados: 173 deputados e oito sena-dores. METRO BRASÍLIA

Congresso Nacional atuou no golpe

“Foi um dos atos mais deploráveis e vergonhosos da história política brasileira.” WALDIR PIRES, CÔNSUL GERAL DA REPÚBLICA NA ÉPOCA

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |06| {ECONOMIA}

Com uma alta de 1,30% on-tem, a Bolsa de Valores en-cerrou o mês de março com uma valorização de 7,4% e liderou o ranking de inves-timentos. O Ibovespa, prin-cipal índice do mercado de ações, teve o melhor desem-penho mensal desde janei-ro de 2012, fechando aos 50.576 pontos.

Na outra ponta do ran-king de investimentos, es-tão o ouro e o dólar, com quedas de 4,26% e 3,13%, respectivamente em mar-ço. No período, a estimativa para a inflação medida pelo IPCA é de 0,84%.

A Bolsa foi beneficiada por um fluxo positivo de recursos, especialmente de investidores estrangeiros. Apesar de ter emendado o

11º pregão seguido de alta, os especialistas avaliam que o desempenho do mês pas-sado não representa ainda uma recuperação.

“A alta parece estar rela-cionada ao exagero no pas-sado dos investidores em re-lação a todos ativos; dólar, Bolsa e juros”, diz Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Título Corretora. No ano, o Ibovespa acumu-la queda de 2,12%.

Para ele, a tendência ain-da é de volatilidade da Bolsa neste ano, devido ao perío-do eleitoral. No mês passa-do, contribuiu para o avanço da Bolsa a alta dos papéis das estatais em março a pesqui-sa CNI/Ibope, que mostrou que a aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff

havia caído no fim do mês.O dólar fechou o último

pregão do mês com avanço de 0,44%, a R$ 2,2694 na ven-da. Especialistas esperam que o BC continue com suas atua-ções no mercado de câmbio,

mas talvez um pouco mais moderadas, preocupado com o impacto do dólar mais fra-co sobre as exportações. Para os analistas, o piso informal para o câmbio estaria entre R$ 2,25 ou R$ 2,30. METRO

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MARÇO ANOAPLICAÇÃO

RANKING DE RENTABILIDADE

FONTES: BANCO CENTRAL, BM&FBOVESPA, TESOURO NACIONAL E ANBIMA *ESTIMATIVA DO BC

IBOVESPA

FUNDOS DE AÇÕES LIVRE

FUNDOS DE RENDA FIXA

IPCA *

FUNDOS REFERENCIADOS DI

CDI

POUPANÇA ANTIGA

POUPANÇA NOVA

DÓLAR COMERCIAL

OURO

7,04%1,11%0,90%0,84%0,81%0,76%0,50%0,50%-3,13%-4,26%

2,42%

2,09%

2,28%

2,47%

1,69%

1,69%

4,42%

-2,12%

-6,42%

-3,51%

Bolsa sobe 7% e lidera ganhos em março O volume de empréstimos

para aquisição e constru-ção de imóveis com recur-sos da poupança somou R$ 8,8 bilhões em fevereiro, melhor resultado para o mês nos últimos 20 anos, segundo a Abecip (Associa-ção Brasileira das Entida-des de Crédito Imobiliário e Poupança). Sobre igual período do ano passado, o crescimento foi de 52%.

No primeiro bimestre, foram financiados R$ 17 bilhões para aquisição e construção de imóveis, 36% mais do que em igual pe-ríodo de 2013. Em 12 me-ses, até fevereiro, o volume de empréstimos do Siste-ma Brasileiro de Poupança e Empréstimo alcançou R$ 113,7 bilhões, estabelecen-do um novo recorde.

Com relação aos finan-ciamentos, em fevereiro fo-ram emprestados recursos para aquisições e constru-ções de 46,4 mil imóveis, aumento de 58% em relação ao mesmo mês do ano pas-

sado. Esse número também foi o maior para um mês de fevereiro nos últimos 20 anos, diz a entidade.

Nos primeiros dois me-ses de 2014, foram finan-ciadas 86 mil unidades, 33% mais que em igual período de 2013. METRO

Levantamento. Crédito imobiliário tem o melhor resultado em 20 anos

Crescimento sobre 2013 foi de 52%| FERNANDO MORAES/FOLHAPRESS

Aplicações. Ibovespa tem melhor desempenho desde janeiro de 2012. Para analistas, alta pode ser pontual. Dólar e ouro têm perdas de 3,13% e 4,26%, respectivamente

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {MUNDO} |07|◊◊

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, fez uma visita surpresa ontem à Cri-meia, em um claro sinal de desafio de Moscou diante das sanções impostas pelo Oci-dente. O premiê anunciou planos para transformar a pe-nínsula recém-anexada pela Rússia em uma zona econô-mica especial, apesar da pres-são pela devolução à Ucrânia.

Logo depois de pousar na principal cidade da Crimeia, Simferopol, Medvedev se re-uniu com ministros que o acompanhavam, apresentan-do propostas para estimular a precária economia da região. “Nosso objetivo é tornar a pe-nínsula atraente para possí-veis investidores, para que ela possa gerar renda suficiente para seu próprio desenvolvi-mento”, disse o premiê.

Diante de bandeiras russas

em um discurso transmitido pela TV, Medvedev disse ain-da que “há oportunidades” para isso e que “tudo” foi le-vado em consideração. A vi-sita irritou Kiev e o Ociden-te, que acusam o presidente russo, Vladimir Putin, de se apropriar ilegalmente do ter-ritório após um referendo realizado no mês passado.

Medvedev chegou a Sim-feropol horas depois de uma reunião, em Paris, entre o se-cretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, na noi-te de domingo. No encontro, Kerry reiterou que Washing-ton considera a anexação “ilegal e ilegítima”.

Deixando claro que Mos-cou não tem a intenção de devolver a Crimeia, o premiê apresentou medidas para ele-var os salários dos 140 mil

funcionários públicos, trans-formar a região em polo tu-rístico, proteger as ligações energéticas da Rússia com a península e melhorar estra-das, ferrovias e aeroportos.

Também ontem, Putin te-lefonou para a chanceler ale-mã, Angela Merkel, e asse-gurou ter ordenado uma retirada parcial de tropas rus-sas da fronteira leste da Ucrâ-nia. Um porta-voz da chance-laria alemã disse também que os dois chefes de Estado “dis-cutiram os próximos passos para estabilizar a situação na Ucrânia e na Transnístria”.

Os ministros de Exteriores de Alemanha, França e Polô-nia sugeriram ontem a reali-zação de uma conferência in-ternacional sobre a crise após as eleições presidenciais na Ucrânia, previstas para maio.

“Para enviar um forte sinal

de apoio, consolidar os esfor-ços internacionais e discutir reformas, sugerimos a realiza-ção de uma conferência sobre a formação de apoio, incluin-do a assistência técnica para a

Ucrânia após as eleições”, dis-seram os ministros em um comunicado, depois de uma reunião em Berlim. “Aprecia-ríamos muito a participação da Rússia”. METRO

Desafio. Viagem de Medvedev ocorre apenas horas após encontro entre Washington e Moscou e irrita Kiev e o Ocidente

Medvedev participa de cerimônia em Sevastopol | ALEXANDER ASTAFYEV/REUTERS

Crimeia recebe visita surpresa de premiê russo

Coreias

Pyongyang e Seul trocam tiros A Coreia do Norte dispa-rou mais de 100 rodadas de artilharia em águas sul--coreanas como parte de um exercício ontem. Em resposta, Seul também fez disparos. O exercício de Pyongyang, no entan-to, pareceu ser mais uma resposta à condenação da ONU aos lançamentos de foguetes na semana passa-da do que o início de um embate militar. METRO

Aquecimento

Relatório da ONU reforça ameaçasCientistas disseram em novo relatório das Nações Unidas que o aquecimen-to global constitui uma crescente ameaça à saúde, às perspectivas econômi-cas e aos recursos hídricos e alimentares de bilhões de pessoas. “O mundo, em muitos casos, está mal preparado para os riscos decorrentes de uma mu-dança climática.” METRO

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |08| {MUNDO}

Os jornalistas Fernando Mi-tre, Fabio Pannunzio e Ri-cardo Boechat, do progra-ma Canal Livre, da Band, viajaram ao Uruguai para entrevistar o presidente do país, José Mujica, 78 anos. Eleito em 2009, “El Pepe”, como é conhecido, vive com a mulher, Lucía Topo-lansky, em uma casa mo-desta na zona rural de Mon-tevidéu, doa maior parte do seu salário a pessoas caren-tes e se locomove em um Fusca 1987. Leia a seguir destaques da entrevista.

A descriminalização da maconhaTudo que vínhamos fa-zendo não dava resultado. Havia cada vez mais con-sumidores e, sobretudo, muito pior, o narcotráfi-co, que aumenta o grau de violência e corrupção em várias esferas da socieda-de. Então pensamos com aquele conselho: “Se quer mudar, não pode seguir fa-zendo a mesma coisa.”

A desconfiança da sociedadeNão acho (que pode com-prometer a prática). É natu-ral que as pessoas tenham medo. Mas não se mede a consequência de continuar com uma política que a hu-manidade aplica há cem anos e multiplica o preço, o grau de violência, e não estanca o vício. Não temos todas as respostas.

O funcionamento do projeto Não somos defensores do consumo da maconha, so-mos inimigos, como somos inimigos do tabaco e do ál-cool. Se eu fumo um ou dois cigarros de maconha por se-mana, não está bem, mas é aceitável. Mas se uma pes-soa começa a ficar alterada pelo consumo, precisa ser tratada. Talvez seja atendida apenas como um resto hu-mano. A clandestinidade do consumo ajuda a incentivar as consequências negativas.

O vício da maconhaNão caímos na besteira de dizer que a maconha é uma droga leve. Não é. Todo ví-cio é mau, seria melhor que não existisse. Tenho no Uruguai 150 mil consumi-dores, talvez 200 mil. Não quero deixá-los na clandes-tinidade. Queremos que o Estado intervenha para que possamos atendê-los a tem-po. E queremos que seja uma experiência muito sé-ria porque nós não temos de difundir o vício.

A venda legal da maconhano Uruguai e o tráficoNos EUA venderam aberta-mente em alguns Estados. Houve gente que comprou

e foi vender onde era proi-bido. Nós não vamos ven-der aqui para que seja re-vendido depois no Brasil, na fronteira... (O projeto) não existe para incentivar o vício. Serão quantidades pe-quenas e controladas, iden-tificadas. Vamos aplicar as mesmas leis da reserva da aplicação financeira. Ho-je há farmácias que podem vender ópio e certas drogas que viciam, mas isso é con-trolado. Vamos usar os mes-mos mecanismos de con-trole. Por isso precisamos de plantas clonadas, que te-nham uma identidade na sua composição molecular.

Os usuários da drogaVamos preservar a identida-de do consumidor. Não va-mos publicar no noticiário. Teremos um registro.

A produção da maconhaÉ possível que a produção seja privada mas será em áreas militares vigiadas. Não vamos plantar por to-dos os lados, tem que ser bem controlado.

E se der errado?Teremos de mudar de polí-tica e ver por que não fun-cionou. Não se pode ser fanático. Temos de ter a au-dácia de inovar. Mas quan-

do a inovação está errada deve-se renovar o caminho.

A regulação do salNão colocamos sal (nas me-sas dos restaurantes). Se vo-cê quer sal, pede e te tra-zem. Não favorecemos o consumo. Sabemos que é prejudicial. Não o proibi-mos, mas não favorecemos.

Um país ‘de vanguarda’O Uruguai sempre foi um país muito vanguardista. O divórcio, por desejo da mulher, se estabeleceu na década de 1910. Somos um país muito pródigo em le-gislação social. É um país laico, muito laico. Mas é um país pequeno. O que podemos fazer não é possí-vel para um país com as di-mensões do Brasil.

O abortoSimplesmente ninguém gos-ta do aborto. Não somos fa-voráveis ao aborto. Mas acre-ditamos que boa parte das mulheres está sozinha. Se as deixamos sós, favorecemos sua tragédia. O primeiro atendimento é psicológico - e oferecemos todo o apoio se a mulher quiser retificar a decisão que tomou. Com is-so conseguimos salvar. A po-lítica que aplicamos existe para salvar vidas, assegurar a

vida da mãe e tratar que em muitos casos a mulher vol-te atrás. Se mantivéssemos como era antes, negando a realidade, as mulheres con-tinuariam fazendo (abortos) clandestinamente em más condições. Assim elas se sen-tem pecadoras e não resga-tamos ninguém. O que fa-zemos é colocar em perigo a vida da mulher, especial-mente nos setores mais po-bres da sociedade.

A violência no UruguaiO índice de criminalidade aumentou e está muito li-gado ao narcotráfico. Sur-giram crimes que não exis-tiam, como o ajuste de contas. Vemos que isso se multiplica. Isso é pior que a droga. Muito pior, porque começa a encher a socieda-de de violência, estabelece o mundo do crime nas ca-deias. (É) uma maneira de pensar onde se perdem to-dos os limites. Mesmo o mundo do crime tinha uma ética, valores, coisas que não podiam ser feitas. Com o narcotráfico é plata o plo-mo (dinheiro ou bala).

As críticas sobre a falta detempo e dinheiro para darefetividade à leiVamos ter dificuldades, com certeza. Mas vamos

tentar aproveitar os recur-sos que o Estado já tem. Por isso mencionei a questão militar, há terras de mon-te abandonadas. Nem tudo se arruma gastando. É ne-cessário usar os meios que já temos em mãos. Já temos os funcionários públicos. Temos de aproveitar as pes-soas que já estão trabalhan-do, com capacitação.

Governo de continuidadecom modificaçõesHá um setor de economia de autogestão, gerencia-da pelos próprios trabalha-dores. E criamos um fundo do lucro que o maior ban-co do Estado tem. Uma par-te tem de ir para incentivar essa atividade essencial-mente. Criamos um meca-nismo porque em geral as iniciativas empresariais são de pessoas que têm dinhei-ro. Quem não tem dinheiro não tem crédito. E se não tem empréstimo, como co-meçam? É como a discus-são de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. O mais difícil para os trabalhado-res é aprender a ser patrão de si mesmo. Reduzir o es-tado paternalista.

Os prisioneiros de GuantánamoO Uruguai é filho de imi-

grantes. Todos nós temos um avô ou uma bisavó que veio fugido de algum lu-gar, por fome, guerra ou necessidade. É um país de refúgio, de refugiados que vieram com a sua dor de todas as partes.

É uma barbaridade o que fizeram aí (em Guantána-mo). É uma cadeia clandes-tina, com presos que não tiveram julgamento, nem juiz, nem defesa, nunca. (Estão presos) sem acusação há 12 anos. E não sabem o que fazer porque não que-rem levá-los aos EUA, cer-to? O mínimo que podem fazer é dizer-lhes: “Se qui-serem, aqui terão um lugar para viver”. Eu morreria de vergonha se não tives-se a coragem de enfrentar o mundo porque essa é uma questão de princípios. Eu fi-quei preso por uma causa, fui julgado.

Um líder ‘exótico’Sou consciente de que sou um pouco exótico no mundo que tenho de vi-ver. As repúblicas vieram como uma negação à mo-narquia divina. Vieram pa-ra confirmar que somos todos iguais. Os governos tendem a vi-ver e criar um modo de vi-ver parecido ao modo de viver dos setores acomo-dados, e não da maioria da população. Tenho mui-to claros meus costumes, meu modo de ser. É co-mo a maioria do meu po-vo. Opto por viver e gastar como eles vivem e gastam. Não preciso de mais. Não é que não tenhamos inte-resse. Temos interesse do coração, não do bolso.

A Suíça da AméricaLatina?Percebemos que isso se-ria um erro. Seria viver ex-plorando negativamente a região. E a região é mui-to maior que nós. Não po-demos permitir isso, vi-ver às custas dos demais. Além disso, a Suíça pôde fazer isso (lavanderia fis-cal) porque estava ao lado da França e Alemanha. Nós estamos ao lado de Argen-tina e Brasil, é diferente.

As lições da ditadura no UruguaiEste é um dos problemas mais duros que nos dei-xam de herança. São dores e injustiças muito difíceis de esclarecer. Há um pac-to de silêncio. Mas mesmo com essas limitações tra-tamos de fazer todas as in-vestigações que pudermos. Os responsáveis foram pro-cessados e estão presos. E o Estado se responsabilizou pelo que passou. Seguimos trabalhando para esclare-cer a verdade. BAND

‘PEPE’ MUJICA Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, o presidente do Uruguai fala sobremaconha, aborto, ditadura no Uruguai e prisioneiros de Guantánamo. E reconhece:

‘SOU UM LÍDER EXÓTICO’

DIVULGAÇÃO/BAND

Mujica é entrevistado em sua casa pelos jornalistas Fernando Mitre, Fabio Pannunzio e Ricardo Boechat

(da esq. para a dir.)

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |10| {CULTURA}

2CULTURA

A Mostra Oficial do Festival de Curitiba recebe hoje a estreia de seis espetáculos, além de ‘Sonata de Otoño’, que faz úl-tima sessão no Guairinha.

No Guairão, o legado de a Jim Morrison, vocalista da banda The Doors, é a tônica do musical ‘Jim’, com Eriber-to Leão e Renata Guida e dire-ção de Paulo de Moraes. Os in-gressos estão quase esgotados.

Umas das estreias nacio-nais do Festival, o espetáculo multimídia ‘Rózà’ é construí-do a partir das cartas da revo-lucionária Rosa Luxemburgo escritas em prisões alemãs do início do século 20. Em cartaz no Centro de Eventos da Fiep, com sessões lotadas.

Outra estreia nacional, no Teatro Paiol, ‘Transgres-sões’ celebra os 30 anos da companhia paulista Pia Fraus com movimentação intensa, pouco texto e qua-

tro atores acompanhados de diversos bonecos da tra-jetória do grupo.

Um dos maiores mitos da música clássica, a riva-lidade entre o compositor italiano Antonio Salieri e o austríaco Wolfgang Mozart são a temática do espetácu-

lo ‘Um Réquiem para Anto-nio’, texto inédito de Dib Carneiro Neto com direção de Gabriel Villela, que com-pleta 25 anos de trajetória artística neste ano. Em car-taz no Teatro da Reitoria.

No Sesc da Esquina, o convívio de uma mulher

com um desertor da Guer-ra do Golfo que acredita ter sido vítima de experiên-cias bizarras do exército é a linha condutora de ‘Bi-chado’, do paulista Núcleo Experimental.

A última estreia de hoje fica por conta de ‘É Culpa

da Vida que Sonhei ou dos Sonhos que Vivi’, peça que inicia a Trilogia dos Sonhos da Cia Sala Escura de Teatro no Teatro Bom Jesus.

Confira a programação completa no site www.festi-valdecuritiba.com.br.

METRO CURITIBA

‘Jim’, com Eriberto Leão, homenageia o vocalista do The Doors | DIVULGAÇÃO

De 22 a 25 de abril

Inscrições abertas para Ofi cina Prática de Figurino

Estão abertas até o dia 14 as inscrições para a Ofi-cina Prática de Figurino, na Caixa Cultural, de 22 a 25 de abril, das 9h às 12h, ministrado pela figurinis-ta Raquel Theo. Interessa-dos devem mandar email para [email protected]. São 15 vagas, com entrada franca.

METRO CURITIBA

‘Cine na Terça’

‘Potiche – Esposa Troféu’ é exibidoSuzanne Pujol (Catheri-ne Deneuve) é a esposa de um autoritário industrial. Quando ele é sequestrado, Suzanne resolve coman-dar a fábrica, demonstran-do uma liderança nata. Com essa trama, o longa ‘Potiche – Esposa de Tro-féu’ (2010, 103 min.) se-rá exibido hoje, às 19h, no Sesc do Paço, com entrada franca. METRO CURITIBA

A Caixa Cultural traz pela primeira vez a Curitiba a can-tora Luiza Dionizio, segunda atração deste ano do projeto ‘Samba de Bamba’. A sambis-ta carioca se apresenta hoje, às 20h, trazendo no reper-tório sambas de seu primei-ro disco, ‘Devoção’, com re-gravações de Elton Medeiros, Roberto Ribeiro, Luiz Carlos da Vila e sambas inéditos de Paulo César Pinheiro, Rati-nho, Roque Ferreira, Nelson Rufino entre outros.

Atração fixa há 11 anos do Carioca da Gema, na La-pa, Rio de Janeiro, Luiza Dionizio ganhou o troféu de melhor cantora de sam-ba em 2010, dado pela Rá-dio Nacional, e foi indicada no voto popular no 21º Prê-mio da Música Brasileira, o

mais importante prêmio da música nacional.

Uma das maiores intérpre-tes atuais do samba, sua voz foi definida por Wilson Mo-reira como “genuína, que traz na alma a pureza e o brilho de uma linda cor com toda a vir-tuosidade”. METRO CURITIBA

Na Caixa Cultural (R. Cons. Laurindo, 280). Hoje, às 20h R$ 5 e R$ 10 – 90 min. Informações: 2118-5232

‘Samba de Bamba’. Cantora carioca chega a Curitiba pela primeira vez para apresentação única. Canções do primeiro disco da sambista – ‘Devoção’ – estão no repertório da noite

Luiza é reconhecida como uma das maiores sambistas atuais | DIVULGAÇÃO

Luiza Dionizio faz show inédito

‘Bichado’ entra em cartaz no Sesc da Esquina | DIVULGAÇÃO

Paiol recebe hoje e amanhã a peça ‘Transgressões’ | DIVULGAÇÃO

Luiza Dionizio ganhou o troféu de melhor cantora de samba em 2010, dado pela Rádio Nacional, e foi indicada ao 21º Prêmio da Música Brasileira

Mostra do Festival tem seis estreias hoje

Michael Jackson

Novo álbum“Xscape” é o nome do

disco, que terá oito faixas inéditas do cantor morto em 2009. O lançamento

sai em maio pela gravadora Epic Records. As informações são da

revista “Billboard”.

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

AS UNIVERSIDADES E O REGIME MILITARRodrigo Patto Sá Mottaed. Zahar, 432 págs. R$ 55.O historiador da UFMG faz uma análise de um período em que professores universitários foram proibidos de trabalhar. Ele mostra também que, ao mesmo tempo, o governo militar modernizou as instituições de ensino superior, investindo em educação.

A DITADURA ENVERGONHADA, A DITADURA ESCANCARADA,

A DITADURA DERROTADA E A DITADURA ENCURRALADA

Elio Gaspari ed. Intrínseca. R$ 35.

Quatro dos mais importantes livros sobre o assunto ganham reedição,

revistas e atualizadas. Está programado um quinto livro para completar a série,

ainda sem data de lançamento.

A DITADURA MILITAR E OS

GOLPES DENTRO DO GOLPE

Carlos Chagas ed. Record, 490 págs. R$ 48.

O autor explora as histórias contadas por jornais e jornalistas

para destrinchar ainda mais o período entre 1964 e 1969, além

de analisar os dez anos que precederam a tomada do

poder pelos militares.

1964 – O GOLPEFlávio Tavares ed. L&PM, 320 págs. R$ 45.O jornalista gaúcho mostra documentos que detalham a participação dos Estados Unidos na queda de João Goulart e afirma que o golpe nasceu por ordem do governo de John Kennedy.

ALMANAQUE 1964Ana Maria Bahianaed. Companhia das Letras240 págs. R$ 50.Em texto pop, a jornalista faz um balanço do cenário social, o clima cultural e político naquele ano, lembrando nomes marcantes no Brasil e no mundo.

DITADURA À BRASILEIRAMarco Antonio Villa ed. LeYa, 432 págs. R$ 50.O autor faz um panorama sobre o período do regime militar no país nos aspectos político, econômico, social e cultural e analisa as peculiaridades da ditadura brasileira.

1964 NA VISÃO DO MINISTRO DO TRABALHO DE JOÃO GOULARTAlmino Affonso ed. Fundap, 680 págs. R$ 60.Affonso, empossado por Jango um ano antes do golpe, reconstrói o cenário de intrigas e traições que resultaram no início da ditadura no Brasil.

Literatura. Conheça dez livros que tentam explicar as causas e consequências do golpe militar que transformou o Brasil em uma ditadura há exatos 50 anos

1964 em letras

Um amargo reencontroDe um lado, sonhos e proje-tos. Do outro, amargor e frus-tração. Em ‘Entre Nós’, que está em cartaz nos cinemas, esses universos estão sepa-rados por uma diferença de dez anos. Eles definem dois momentos de um grupo de amigos loucos por literatura, que, após uma década afasta-dos, se reencontram.

“A realidade é mais dura do que a gente gostaria que fosse. A vida não acontece do jeito que a gente planeja e isso traz certo sofrimento. Isso faz parte do amadurecimento”, afirma o diretor Paulo Morelli (‘Cidade dos Homens’).

Foi essa trama – sobre passagem do tempo e pers-pectivas de futuro – que ele encontrou como ideal para conduzir ao lado do filho Pe-dro, 27, responsável pela co-direção. “Esse tema surgiu como um meio de caminho entre nós dois. Fazer [o filme] juntos trouxe certo equilí-brio”, diz ele, referindo-se às duas fases da turma.

A primeira mostra os ga-rotos aos 20 e poucos anos, repletos de expectativas quanto ao mundo literário. Um acidente com dois deles resulta em marcas profundas em Felipe (Caio Blat).

Dez anos depois, em 2002, os amigos resolvem

ler cartas que eles mesmos depositaram em uma “cáp-sula do tempo” no sítio de Silvana (Maria Ribeiro). O reencontro com sonhos do passado e pessoas íntimas aprofunda as fragilidades de-les, motivando um acerto de contas que pode alterar os rumos de cada um.

O elenco traz ainda Caro-lina Dieckmann, Paulo Vilhe-na, Julio Andrade, Martha No-will e Lee Taylor, todos com forte entrosamento em cena.

“Ficamos dois longos fins de semana na locação en-saiando e convivendo. Isso

ajudou o elenco a se apropriar muito da história”, diz Morel-li, que, pela primeira vez, tra-balhou o roteiro em um pro-grama chamado Story Touch.

“O software permite en-xergar o filme, traduzindo o roteiro em imagens a partir de suas curvas dramáticas, a presença dos atores, as gran-des viradas”, explica. Morelli torce para que o público das comédias nacionais descubra seu drama com toques de sus-pense psicológico. “[Essas bi-lheterias] são uma supercon-quista. Só acho que falta o drama crescer.” METRO SP

Carolina Dieckmann (ao centro) em cena do longa ‘Entre Nós’

DIVULGAÇÃO Depois do público brasileiro se render ao consultório do dr. Theo na série ‘Sessão de Terapia’, prestes a estrear sua 3ª temporada no GNT, chega a vez da HBO explorar esse mesmo universo, mas longe do divã. ‘Psi’, série recém es-treada, é baseada nos roman-ces de Contardo Calligaris com o personagem Carlo An-tonini. Psicanalista como seu criador, o protagonista é um homem culto e meio blasé que injeta adrenalina na pró-pria vida ao se envolver nos problemas dos outros. O di-ferencial é que os casos que o interessam estão na rua.

Cada um dos 13 episódios da primeira temporada, diri-gida por Marcus Baldini, ex-plora o drama de um perso-nagem novo e, ao mesmo

tempo, apresenta Carlo (Emi-lio de Mello) e quem o cerca.

Para Calligaris, que assina o roteiro com Thiago Dottori, a densidade da problemática dos personagens faz com que cada episódio se assemelhe a um pequeno longa. “Quis que fossem personagens cuja dife-

rença os humaniza. Diferen-tes, mas muito próximos”, explica. As histórias são com-pilações de casos acompanha-dos pelo psicanalista ao longo de sua trajetória. “Estou che-gando aos 40 anos de clínica. Há uma massa de histórias que foram integradas à mi-nha vida que me tornam pró-ximo de um ator. A ficção se cria com isso, com momentos misturados que nem cartas de baralho”, diz.

Para a diretora de produ-ções originais da HBO no Bra-sil, Maria Angela de Jesus, o diferencial da série está em mostrar o mundo “psi” fora do consultório. “A riqueza é trazer esse personagem para a vida real, mas com a preocu-pação de tratar os temas com propriedade”, afirma. METRO

O humorista Fagner Zadra, do grupo ‘Tesão Piá’, recebeu alta na tarde de ontem da UTI do Hospital Marcelino Champag-nat. Segundo nota, o ator foi encaminhado para o quarto, “onde segue estável e cons-ciente”. Mais informações so-bre a evolução clínica de Za-dra devem ser dadas hoje.

O ator de 30 anos foi inter-

nado na terça-feira passada após acidente durante a fes-ta de abertura do Festival de Curitiba, do qual participaria em dois espetáculos.

A pedido de Zadra, os inte-grantes do ‘Tesão Piá’ seguem com a peça e se apresentam a partir de hoje no Teatro Regi-na Vogue, com sessões até do-mingo. METRO CURITIBA

Nova série. Psicanálise longe do divã

Fagner Zadra. Ator recebe alta da UTI

Humorista estava internado desde 25 de março | DIVULGAÇÃO

Emílio de Mello encarna Carlo Antonini em ‘Psi’, da HBO | DIVULGAÇÃO

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |12| {VARIEDADES}

Metro pergunta

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Metro web

O Coritiba foi eliminado do Paranaense. O que você acha que deu errado para o time neste campeonato?

Leitor fala

@ls_mullerCom esse resultado, é de se esperar o Co-xa na segundona do Brasileiro em 2015! São especialistas em rebaixamento...

@RodrigowmA culpa é do Atlético.

50 anos do Golpe 1Uma das máximas de quem aprende, estuda e ensina História é que os erros do passado devem ser lembrados pa-ra que nunca mais voltem a acontecer. Com isso em mente, é muito justificada a ampla retrospectiva que os meios de comunicação têm feito nos últimos dias acerca dos 50 anos do Golpe Militar, em 31 de março de 1964. Somente assim as novas gerações poderão entender que as intransigências políticas e ideológi-cas de meio século atrás não levaram o país a lugar nenhum. A democracia acabou sendo sacrificada por mais de 20 anos até que o malfeito fosse desfei-to pela sociedade. Aos setores que se re-voltam com o governo, a corrupção e os defeitos do sistema atual, pensem bem antes de clamarem por uma interven-ção militar. A democracia é falha, mas é o regime que melhor realiza a alternân-cia de poder, necessária à nação.SEBASTIÃO M. SANCHES - CURITIBA

50 anos do Golpe 2Ótima entrevista (na edição de ontem, sobre os 50 anos do Golpe Militar). Parabéns ao professor e cientista político Adriano Codato pela lucidez, clareza e conhecimento.BOLÍVAR ESCOBAR - CURITIBA

Siga o Metro no Twitter:

@jornal_metroCTB

O Homem mais conectado em todo o mundoLink. Há dois anos e meio, diagramador monitora seu corpo por meio de 700 sensores

Diagramador perdeu 45 kg ao monitorar seus hábitos | DIVULGAÇÃO/CHRIS NANCY

A próxima vez que alguém reclamar que você é viciado em tecnologia e não tira a cara do smartphone, jogue na conversa o nome do nor-te-americano Chris Dancy, um web designer de 45 anos, que tem mais de 700 sensores no corpo e é con-siderado o homem mais co-nectado do mundo.

Em seu corpo, Dancy car-rega: um Moto X, um iPho-ne 5S, nos pulsos um Nike FuelBand e um smartwatch Pebble, um medidor de tem-peratura no braço, um mo-nitor de batimentos cardía-cos. Em sua casa, sensores identificam se ele está es-tressado ou com mal-estar e assim a iluminação e a mú-

sica ambiente da casa ficam mais agradáveis para dimi-nuir seu estresse.

De posse de todas as in-formações, Dancy coloca tu-do na sua Google Agenda e analisa seu desempenho. Um dos benefícios da ação já pode ser visto na balan-ça: ele perdeu 45 kg ao mo-nitorar seus hábitos de sono e alimentação durante o pe-ríodo de outubro de 2012 a outubro de 2013.

Chris Dancy mantém uma página na internet (www.chrisdancy.com) e já conversou com algumas em-presas sobre melhorias tec-nológicas como, por exem-plo, em roupas inteligentes.

METRO

Regente de seu signo, Mercúrio faz bom aspecto com Saturno, apontando ótimas possibilidades para definir metas a longo prazo.

Júpiter em seu signo faz aspectos ten-sos. Atente-se para não se exceder em decisões ou agir de for-ma exagerada com pessoas próximas.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Sol e Urano formam conjunção em seu signo, influência para desprender-se de padrões e para ter cui-dado com ansiedade nas relações.

O Sol - regente de Leão - faz conjunção com Urano, o que aumenta um desejo para se desprender de padrões e acelerar objetivos.   

Fará bem buscar novos conhecimen-tos e informações que sejam úteis para projetos e para mudar situações que causam problemas na rotina.

Regente de seu signo, Júpiter faz aspectos tensos com Sol e Urano, impulsionando para se despren-der de tudo o que impede sua autonomia.   

O bom aspecto de Mercúrio com Saturno – regente de seu signo – favorece conversas, inte-gração social, estudos e atividades culturais.

O Sol faz conjunção com Urano – que rege Aquário – o que despertará iniciativas diferentes para pla-nos e fará retomar boas relações.

Período positivo para valorizar estudos e empenho a temas culturais que dão prazer. Procure retomar contatos com quem gosta.       

Propensões para desvendar sentimentos e obter revelações. Hora para se desvincular de lembranças ne-gativas em seus relacionamentos.      

A Lua está em Touro, seu signo oposto, influência capaz de proporcionar maior envolvimento com assuntos de outras pessoas.

Com a Lua em seu signo, cuide para não tomar decisões pela emoção em algumas responsabilidades im-portantes que tenha.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |13|◊◊

3ESPORTE

O Coritiba confirmou na tarde de ontem a demis-são do técnico Dado Caval-canti. A saída do treinador ocorre um dia depois do ti-me ser eliminado nas semi-finais do Campeonato Para-naense pelo Maringá.

A diretoria divulgou que, por enquanto, vão coman-dar o Coxa de forma interi-na o auxiliar técnico Edison Borges junto com Tcheco, que deixa a gerência de fute-bol do clube para trabalhar com a comissão técnica.

Um dos nomes especula-dos para assumir a equipe é Vagner Mancini, que dei-xou o Atlético no final do ano passado. Porém, a di-retoria ainda não confirma.

Além de Dado, também deixam o Alviverde o pre-parador físico Fred Pozze-

bon e o auxiliar técnico Wilton Bezerra.

O Coritiba se reapresen-ta hoje à tarde no CT da Graciosa. O próximo com-promisso do time é o jo-go de volta da Copa do Brasil contra o Cene, do Mato Grosso do Sul. A par-tida é no dia 16 de abril, às 19h30, no Couto Pereira. No primeiro confontro, o placar foi de 2x2.

Mudanças. Por enquanto, assumem o comando do time o auxiliar técnico Edison Borges e Tcheco, que estava na gerência de futebol. Elenco se reapresenta hoje na preparação para o jogo de volta contra o Cene, pela Copa do Brasil

Treinador não conseguiu levar o Coxa à final para disputar o pentacampeonato Estadual | JULIA ABDUL-HAK / FOLHAPRESS

Dado Cavalcanti é demitido do Coritiba

LINAHAMDAR METRO CURITIBA

11jogos Dado Cavalcanti comandou o Coxa. Foram seis vitórias, três empates e duas derrotas.

O Paraná já está há uma se-mana sem treinador, após Milton Mendes pedir para sair. De acordo com o dire-tor de futebol do clube, Ro-que Júnior, a definição do novo técnico deve ocorrer até o final desta semana.

Até agora, dois nomes são os mais cotados. Jorgi-nho, ex-Atlético, e Netinho que estava no Rio Branco.

Quem está comandan-do a equipe de forma in-terina é Ednélson Concei-ção. O Tricolor se prepara para enfrentar o São Ber-nardo, no dia 10 de abril, às 19h30, na Vila Capane-ma, pelo jogo de volta da Copa do Brasil. Na partida de ida, no ABC paulista, o placar foi de 1x1.

SaídasO atacante Paulo Roberto e os zagueiros Júnior Lopes e Naylhor não fazem mais parte do elenco paranista. De acordo com a assesso-ria de imprensa do clube, os três jogadores entraram em acordo com o Tricolor.

ReforçosPor outro lado, o zagueiro Anderson Rosa, destaque do Rio Branco, já treina com o time. Ele tem contrato com o Paraná e estava emprestado.

De acordo com Roque Jú-nior, o lateral Ricardinho e o meia Bismarck, que também estavam emprestados ao Rio Branco, devem vir reforçar o Paraná. METRO CURITIBA

Paraná. Novo treinador deve ser anunciado até o final desta semana

Atletas emprestados vão voltar, dizRoque Junior | ROBSON MAFRA/PARANÁ

Aposentado

HévertonPivô do caso que rebaixou

a Portuguesa no último Campeonato Brasileiro, o meia Héverton anunciou

ontem aposentadoria do futebol. O jogador de 28 anos defendia o

Paysandu. “Ele [Héverton] me disse que não tem mais prazer em jogar futebol, em treinar. O principal motivo foi o problema que teve na

Portuguesa”, explicou o presidente do clube do

Pará, Vandick Lima.

O time sub-23 do Atlético te-rá três retornos para o próxi-mo jogo, contra o Londrina, pela semifinal do Campeo-nato Paranaense. Após cum-prir suspensão, os volantes Otávio e Hernani estão libe-rados, assim como o zaguei-ro Ricardo Silva.

Ontem o técnico Petkovic não confirmou se o três ini-ciam o jogo, mas a tendência é que os dois meias sejam es-calados. Já na zaga, Ricardo Silva disputa a vaga. O treina-dor adiantou, no entanto, que quer o time jogando da mes-ma maneira que nas últimas rodadas. “O mais importante é não fugirmos do nosso esti-lo. Jogando da forma que co-mo atuamos até agora, vamos chegar longe. Essa é a nos-sa arma mais poderosa”, afir-mou em entrevista para o site oficial do clube.

O Atlético venceu o jogo de ida por 3x1 e levará a boa vantagem para a partida de volta. A classificação é garan-tida com qualquer vitória, empate ou até mesmo em ca-so de derrota por um gol de diferença. Em caso de vitó-ria do Londrina por dois gols de vantagem, a decisão do se-

gundo finalista do Paranaen-se (o primeiro será o Marin-gá) será nas penalidades.

“Nós conseguimos um resultado na primeira eta-pa, como se fosse o primeiro tempo. Estamos conscientes de que nos espera um jogo difícil, uma batalha no Es-tádio do Café. O Londrina é um bom time e vai buscar reverter a nossa vantagem”, completou o técnico.

METRO CURITIBA

Sub-23 terá três retornos para o jogo de amanhã

Atlético defende boa vantagem contra o Londrina | FELIPE ROSA / FUTURA PRESS

“O mais importante é não fugirmos do nosso estilo. Jogando da forma que como atuamos até agora, vamos chegar longe. Essa é a nossa arma mais poderosa.” PETKOVIC, TÉCNICO DO SUB-23 DO ATLÉTICO, SOBRE DECISÃO CONTRA O LONDRINA

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CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

É SEMPRE BOM COMEÇAR NO PÓDIOOi galera! Pois é, o Team Penske começou muito bem a tem-porada 2014 do Verizon IndyCar Series e eu assinalei o meu sexto pódio em St. Petersburg, o terceiro consecutivo. Não vou dizer para vocês que estou super feliz com o 3º lugar, afi-nal, meu objetivo era vencer. Mas sem dúvida foi uma ma-neira robusta de começar o campeonato.

Eu realmente tinha chances de vencer e vou explicar. O piso ainda molhado no sábado, depois que uma tempes-tade atrasou o Qualifying em mais de três horas, não foi o melhor dos mundos para mim. O meu Dallara Chevrolet #3, com as cores da Hitachi, tinha andado muito bem no seco. Acabei fazendo o 10º tempo para a largada, mas isso acabou sendo um estímulo, pois largando mais atrás eu tinha de fa-zer uma corrida mais ofensiva desde o início.

Funciona mais ou menos assim. Quando a gente está lar-gando na frente, a estratégia costuma ser mais conservado-ra porque o nível de risco que você está disposto a correr é pequeno. Agora, se está lá atrás, a forma de entrar na pista é mais agressiva, principalmente estando no meio do pelotão, com chances de chegar rapidamente nos ponteiros.

Na primeira volta ganhei duas posições e mais duas nas seguintes. Resultado, já era o 6º na terceira volta e com o car-ro funcionando muito bem com pneus vermelhos (com as laterais na cor vermelha, bem entendido, né?), que são mais aderentes e rápidos, mas duram menos que os pretos. Esta-va uma delícia guiar o carro naquelas condições e já era lí-der quando parei para o primeiro pit, na volta 28.

Foi aí que a gente não foi feliz. Pela estratégia da equipe eu coloquei os pretos, mas teria sido melhor repetir os ver-melhos para manter o ritmo. Retomei os macios no segun-do pit, que aconteceu na volta 54, e voltei a andar rápido. Entre a 65ª e 75ª voltas, derrubei a diferença para o Will Po-wer, que já era líder, de 8s2 para 0s6. Mas aí aconteceu uma bandeira amarela e o lance mais estranho da corrida.

Aproveitei para colocar outro jogo de macios e estava grudado no Will, esperando a relargada. Mas quando o pa-ce-car saiu da frente do grupo, o Will ao em vez de acelerar deu uma desacelerada. Malandrinho ele, né? Freei forte para não bater e o efeito dominó acabou sobrando para o Marco Andretti e para o Jack Hawksworth, que bateram. Quer di-zer, nem aconteceu a verde. Na outra tentativa, na volta 88, a mesma coisa. Só que o Ryan Hunter-Reay aproveitou o fa-to de eu ter de desacelerar e me passou. Ou seja, numa corri-da que tinha tudo para ganhar, terminei em 3º.

Faz parte e o importante é que começamos bem. A pró-xima será no dia 13 de abril, em Long Beach, outro circui-to de rua dos mais legais. Forte abraço e vamos que vamos!!!

Opinião

HELIO [email protected]

Helio Castroneves, 38, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 28 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputa em 2014 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.

Agora não tem mais conversa: a Fifa re-cusou ce-der os es-

tádios que serão usados na Copa do Mundo – para par-tidas do torneio ou treinos das seleções – para jogos do Campeonato Brasileiro das Séries A, B e C no período es-tipulado, entre 20 de maio e 1o de junho. O Mundial co-meça em 12 de junho.

A entidade máxima do futebol já havia definido que não liberaria os está-dios para algumas rodadas do campeonato nacional, mas os clubes ainda tenta-vam mandar seus jogos nos estádios, ao menos, na 6ª ro-dada. Com a restrição, os ti-mes só poderão utilizar os estádios até a 5ª rodada.

Nas quatro rodadas se-guintes, terão de achar alter-

nativas. Isso porque após a 9ª rodada, o Brasileirão será in-terrompido para a Copa do Mundo – e retomado em ju-lho. Na Série C, serão afeta-das a 5ª e a 6ª rodadas.

A restrição inclui tam-bém os estádios que rece-berão treinos das seleções, como a Arena do Grêmio, o Pacaembu e o Independên-cia. Desta forma, a 6ª rodada

da Série A tem por enquan-to apenas dois dos dez jogos com estádios definidos: Cri-ciúma x Chapecoense, no Heriberto Hulse, e Goiás x Santos, no Serra Dourada. Todos os outros mandantes terão de buscar alternativas.

A determinação foi con-firmada em comunicado feito pelas concessionárias que cuidam das operações

do Maracanã, da Arena Per-nambuco e da Arena Fon-te Nova. “As administrado-ras ressaltam que, durante o período estipulado, é veta-do pela Fifa a marcação de jogos do Campeonato Brasi-leiro e da Série B. Portanto, a CBF é responsável por ne-gociar com os clubes os lo-cais para a realização dos confrontos.” METRO

Mundial. Entidade não libera realização do campeonato nos estádios onde haverá partidas e treinos de seleções a partir de 20 de maio. Quatro rodadas do nacional ficam sem ‘casa’

Maracanã ficará ‘afastado’ do Brasileirão | ERICA RAMALHO/GOVERNO DO ESTADO/DIVULGAÇÃO

Fifa proíbe Brasileiro nos estádios da Copa

Inglaterra mostra camisa A Seleção Inglesa apresentou os uniformes para a Copa do Mundo no Brasil sem grandes inovações. A Nike explicou que a camisa branca, a principal, homenageia a equipe que disputou o Mundial de 1970. A principal diferença para o modelo usado anterior está na gola: a camisa antiga tinha gola redonda e azul, enquanto a nova traz gola em “V” e branca. | DIVULGAÇÃO

8 jogosda 6ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A ainda não têm local definido após a restrição da Fifa.

O álbum de figurinhas da Co-pa está pronto e vai chegar às bancas na segunda-feira, in-formou a Panini, produtora do encarte em parceria com a Fifa. As figurinhas, no entan-to, estarão à venda a partir de sexta-feira. Cada seleção terá 19 cromos, com a classifica-ção nas eliminatórias e tabe-la de jogos da fase de grupos com datas e locais dos jogos.

Os atletas foram “convoca-dos” no álbum antes das lis-tas finais. O técnico Luiz Fe-

lipe Scolari só vai divulgar a lista dia 7 de maio mas, no álbum, o Brasil está escalado com: Julio Cesar, Thiago Sil-va, David Luiz, Dante, Daniel Alves, Marcelo, Luiz Gustavo, Ramires, Paulinho, Hernanes, Oscar, Bernard, Willian, Robi-nho, Neymar, Hulk e Fred.

O álbum custa R$ 5,90, en-quanto o pacote com cinco fi-gurinhas – são 640 no total – sai por R$ 1. A edição de lu-xo do álbum, com capa dura, custa R$ 24,90. METRO

Mundial. Álbum ‘convoca’ Seleção antes de Felipão

Barcelona, Atlético de Ma-drid, Manchester United e Ba-yern de Munique iniciam ho-je, às 15h45 (de Brasília), as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa.

No Camp Nou, o Barcelo-na recebe o Atlético de Ma-drid. As duas equipes duelam, também, pela liderança do Campeonato Espanhol. O jo-go terá transmissão da Band a partir das 15h15. O grande

desfalque do confronto deve ser o atacante Diego Costa, do Atlético. O brasileiro natura-lizado espanhol têm proble-mas físicos.

Já o Manchester United te-rá a ingrata missão de parar o Bayern de Munique, atual campeão, na Inglaterra.

Amanhã, outros dois jogos encerram a fase de ida: Real Madrid x Borussia Dortmund e PSG x Chelsea. METRO

Neymar deve jogar pelo Barcelona| ALEX CAPARROS/GETTY IMAGES

Na Europa. Duas partidas abrem Liga dos Campeões

Holandês Robben conduzirá o Bayern| LENNART PREISS/BONGARTS/GETTY IMAGES

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CURITIBA - TERÇA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2014

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