2014 CO N JU NT U RA MERCADONRAERUURA - Swisscam Mensal Pezco... · como tivemos a maior crise...

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N S E No Ne Se Especial:Uma nova PIM, com velhos problemas Política: O “estilo Lula de ser” garantiu aliança com o PMDB. Mas sem almoço grátis ... Macro: Uma parada e duas leituras Infra: Acompanhamentos e análises Calendário Econômico: Junho C O P A D O M U N D O 2 0 1 4 R U M O A O H E X A

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Carta Mensal COnJUntUra • MERCADOS • INFRAESTRUTURA

Especial:Uma nova PIM, com velhos problemas Política: O “estilo Lula de ser” garantiu aliança com o

PMDB. Mas sem almoço grátis ... Macro: Uma parada e duas leituras

Infra: Acompanhamentos e análises Calendário Econômico: Junho

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RUMO AO HEXA

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SUMÁRIO Especial: Uma nova Pesquisa Industrial Mensal, com

velhos problemas

As boas notícias de curto prazo do IPCA não são boas a médio ou longo prazo

Conjuntura Microanalysis:

A nova PIM, do IBGE, melhora o termômetro, mas a febre persiste

SEÇÕES

Uma parada e duas leiturasConjuntura Macro:

Política: O “estilo Lula de ser” garantiu acordo com o PMDB. Mas, sem almoço grátis, todo acordo tem

custo...

O PT tem medo que Dilma perca a eleição. Já o PMDB, tem medo que ela ganhe...

ESPECIAL ........ ........................................................................ 4

MAPA MUNDI DOS RISCOS .... .................................................7

MERCADO FINANCEIRO ..... ................................................... 8

CONJUNTURA MACROANALYSIS ........ .................................. 9

O CENÁRIO DA POLÍTICA ........ ............................................. 11

CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL ........ .............................. 17

CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS ........ ................ 19

SAVE THE DATE! ........ .......................................................... 30

HOT TOPICS ........ ...................................................................32

CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE ........ ......................35

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A divulgação do PIB do 1T somente confirmou a fragilidade da atividade econômica prenunciada pelos indicadores da indústria e do comércio. Na

margem, o crescimento do PIB foi de 0,2%, com variações de +3,6%; -0,8% e +0,4%, respectivamente, para Agropecuária, Indústria e Serviços – pela ótica da oferta – e, -2,1%; -0,1% e +0,7%, para Formação Bruta de Capital Fixo, Consumo das Famílias e Consumo do Governo – pela ótica da demanda.

Mais preocupante do que tais resultados para o 1T é saber que, com o impacto negativo da Copa do Mundo sobre a atividade econômica e com o pleito eleitoral, qualquer suspiro positivo sob a ótica da demanda no 2T deverá, novamente, resultar dos excessos fiscais, que realimentam a pressão inflacionária e vão de encontro ao propósito de estabilização do Banco Central.

Nesta edição, João Ricardo analisa a nova PIM-PF e constata que, o desempenho da indústria esteve, está e, possivelmente, permanecerá em 2015, aquém do necessário para impulsionar a indústria. Sobre a conjuntura macro, Frederico Turolla ressalta que a boa notícia sobre o arrefecimento da pressão inflacionária no curto prazo que levou à interrupção do ciclo de alta da Selic, custará caro no médio e longo prazo, quando for preciso soltar todos os preços que foram represados. Na Carta de Política, Leonardo Trevisan apresenta, em detalhes, os estratagemas de Lula e a metamorfose da presidente na corrida eleitoral.

Quanto aos setores regulados de infraestrutura, destaque para a seção de Telecomunicações que avalia o descolamento dos serviços de informação em relação ao PIB; para a Seção de Rodovias que analisa as disparidades das propostas apresentadas para a BR-153 e para a seção de Saneamento que traz uma constatação decorrente de um estudo realizado por uma parceria formada pelo Instituto Trata Brasil e a Pezco Microanalysis — 34 dos 100 maiores municípios não têm plano.

Ademais, esta edição divulga um MBA de Regulação e Mercados em Save the date!, os comentários de nossos

érika Monteiro

[email protected]

Economista pEla UnivErsidadE mackEnziE.

mEstrE Em Economia política pEla pUc - são

paUlo. profEssora dE Economia dos cUrsos dE dirEito da UnivErsidadE novE dE JUlho. analista

Econômica da pEzco microanalysis. Editora da

carta mEnsal.

EDITORIAL

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Nova PIM, velhos problemas

ESPECIAL

O IBGE atualizou a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF), classificando melhor alguns produtos, alterando as suas ponderações e incluindo aqueles que,

por ventura, não estivessem corretamente contabilizados. A atualização é importante e nos dá um melhor termômetro sobre a atividade econômica. O termômetro mais acurado, contudo, não baixa a febre. E o que observamos na PIM, mesmo com a sua nova estrutura, já nos é conhecido nesse pós-crise: a indústria vai mal. E o prognóstico não é nada alentador.

A tabela abaixo expõe uma fotográfica da indústria. No primeiro quadrimestre de 2014, frente ao mesmo período no ano anterior, a indústria registra uma queda. O crescimento em 12 meses que vinha sendo impulsionado pelos Bens de Capital – correlacionados com o Investimento – têm mostrado, em 2014, um arrefecimento. Possivelmente o Investimento defensivo não se sustenta mais em um cenário de desânimo econômico. Não à toa, a taxa de Investimento em relação ao PIB não decola. Do ponto de vista de composição, parece ser o momento dos bens de consumo, e mesmo

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14Fonte: IBGE

PIM-PF (com ajuste sazonal)

por João Ricardo Costa Filho

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ESPECIAL estes devem ter seu desempenho arrefecido quando as restrições orçamentárias das famílias impedirem-nas de gastar.

Se a foto já é preocupante, o filme não deixa dúvidas. A indústria parou. O crescimento médio mensal (livre de efeitos sazonais), está não somente baixo, mas flertando perigosamente com o campo negativo.

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Crescimento Médio Mensal em 12 meses

Difícil esperar outra resposta da indústria. A inflação permanece alta, pressionando custos e diminuindo o poder de compra. Os salários crescendo acima da produtividade do trabalho, jogando mais lenha nessa fogueira. O espaço para repassar o aumento de custos é limitado pela concorrência com empresas estrangeiras, mesmo com todos os empecilhos que colocamos para diminuir a competição. A economia não cresce, e 2014 ainda tem um

Grandes Categorias Econômicas

Variação (%)

Abril 2014/Março 2014 (sa)

Abril 2014/ Abril 2013

Acumulado Janeiro-Abril

Acumulado nos Últimos 12

MesesBens de Capital -0,5 -14,4 -4,8 5,5Bens Intermediários -0,2 -4,5 -1,5 -0,3Bens de Consumo -0,8 -6 0,6 1,6Duráveis -1,6 -12 -1 1,2Semiduráveis e não Duráveis 0,4 -3,9 1,1 1,7

Indústria Geral -0,3 -5,8 -1,2 0,8

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calendário bagunçado, com Carnaval em março, Copa do Mundo (que pode estar retardando uma desaceleração maior, não sabemos) e eleições. É muita incerteza. Nesse ambiente, o industrial tem muito estímulo a “esperar para ver”.

Embora com fraco desempenho, difícil dizer que há um marasmo do ponto de vista da indústria. E a falta de marasmo é o que preocupa. Decisões de produção industrial têm um caráter mais longevo e, portanto, deveriam ser menos voláteis. Mas os dados recentes da produção industrial mostram uma tendência preocupante. Utilizando o coeficiente de variação, calculado com os dados dos últimos 12 meses, percebemos que, salvo eventos específicos, até o final de 2011, a situação parecia controlada. Claro, como tivemos a maior crise financeira desde a Grande Depressão, era de se esperar um salto no período, mas isso foi revertido. O problema, ao que parece, está após 2012.

No gráfico abaixo é possível notar um deslocamento no patamar da volatilidade desde o início de 2012. Além de um nível maior, há também uma tendência de alta. Volatilidade não combina com a indústria.

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Volatilidade em 12 meses

Se o passado recente não parece bom, o futuro ainda se mostra preocupante. Os gargalos brasileiros (como, por exemplo a infraestrutura ruim e a alta e complexa carga tributária) estão longe de serem resolvidos e não há, no horizonte previsível, espaço para uma recuperação efetiva. Em 2014, mais um desempenho aquém do necessário para impulsionar a economia, e 2015 não parece ser diferente.

ESPECIAL

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MAPA MUNDI DOS RISCOS

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CHINA — A estratégia da China é na direção de depreciar a moeda agora para acomodar a desaceleração da economia com os problemas que virão do seu sistema de shadow banking. Isto posto, o risco de exportar deflação aumenta e até mesmo o ritmo da economia do velho continente pode sofrer um revés grave.

O “B” DOS BRICS — A inflação preocupa, assim como a perda de produtividade da economia e o excesso de gastos públicos. As medidas de proteção, o microgerenciamento de políticas pelo governo, a mudança de regime macroeconômico, a instabilidade regulatória, entre outros problemas têm

levado o país a uma situação de restrição de capacidade de

crescimento. Tudo isso gera custos para a sociedade brasileira; os impactos mais negativos já começaram a ser observados.

ZONA DO EURO — A fraqueza da atividade econômica e as taxas de inflação abaixo da meta fazem crescer as expectativas por mais estímulos. Quantitative easing à vista?

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Câmbio: Reais por Dólar

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Média Móvel Anual

Média Móvel Mensal

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Câmbio: Euros por Dólar

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29/05/2013

30/05/2012

Renda Fixa: as Curvas de Juros

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Juros 360 dias

Juros 30 dias

Selic % a.a

Renda Fixa: as taxas de juros

O câmbio nas últimas 504 sessões, BRL por USD

Retorno dos Investimentos em 2014, até maioJUROS - CDI IBOVESPA IPCA R$ x US$ EUR x US$

4,1% -0,5% 3,3% -4,4% 0,8%

Em maio, o mercado de renda fixa se, comparativamente aos dois anos anteriores, o patamar atual da curva de juros apresenta forte alta, no último mês, enquanto os juros de 30 dias mantiveram-se estáveis – refletindo o consenso do mercado quanto à interrupção do ciclo de alta da Selic – os juros de 360 inverteram a trajetória, com queda de 2% frente ao fechamento de abril – em razão da desaceleração dos indicadores de atividade da economia brasileira.

No front cambial, Euro versus Dólar fecharam em 0,7335 – desvalorização de 1,7% da moeda europeia frente ao último mês, motivada, sobretudo, pelo pronunciamento de Mario Draghi sobre as novas armas expansionistas a serem utilizadas no combate à deflação, entre as quais, confirmaram-se: redução da taxa de juro de 0,25% para 0,15 e adoção de taxa negativa para depósitos, além de atuar na liberação de maior volume de crédito. Ao passo que frente ao Real, a moeda americana apresentou leve alta de 0,13%, cotada a R$ 2,239, após período de desvalorizações sucessivas, iniciado em fevereiro.

Já no mercado de ações, as especulações acerca da solidez do crescimento chinês, somadas às quedas recordes do minério de ferro, à indefinição do STJ quanto aos planos econômicos e às pesquisas da corrida presidencial, provocaram oscilações — o Ibovespa fechou na

mínima mensal, aos 51.239 pontos,

após atingir 54.412 em 1 4 / m a i o – queda de 0,7% frente a abril.

MERCADO FINANCEIRO

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Uma parada e duas leiturasA parada técnica do COPOM pode ser vista por dois ângulos

distintos. De um lado, sem nenhuma novidade, o Comitê mantém um padrão de atuação que observa a faixa alta da

banda de política monetária, sancionando o perigoso flerte com o “pouquinho a mais de inflação” que vem marcando sua atuação nos últimos anos.

Por outro lado, para quem prefere analisar a política dentro de seus condicionantes políticos, ou seja, dada a falta de compromisso com o centro da meta, a pausa pode fazer todo sentido. Em um ciclo de política monetária, é natural que haja pontos de ponto de observação, diante das incertezas naturais sobre o comportamento do indicador-alvo de inflação, o IPCA. E ele de fato mostra sinais mais favoráveis, conforme mostra o gráfico.

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10,0

IPCA Núcleo Alimentação Monitorados Saneamento Eletricidade Ônibus Gasolina

IPCA e componentes selecionados, % acumulado em 12 meses

2012 2013 mai/14

CONJUNTURA MACROANALYSIS

por Frederico Turolla

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Os preços dos itens de alimentação e bebidas arrefeceram, e a alta desse grupo, que há dois anos bateu dois dígitos, chegou a 7,67% acumulada em doze meses até maio. O IGP-M de maio trouxe deflação nos produtos agropecuários, de 2,46%, o que pode contribuir para mais desaceleração nos alimentos no varejo.

Os preços monitorados se mostram favoráveis à trajetória corrente da inflação, mas novamente essa análise

depende de que se analise a política dentro de seus condicionantes políticos, no caso, político-

eleitorais. A deflação dos preços da eletricidade já se converteu em uma alta de 8,01%, cujo impacto

no IPCA foi suavizado pela própria redução do peso deste item após a canetada do fim de

2012. O item saneamento veio abaixo de zero com os descontos em função da seca

em São Paulo. E assim por diante.Ou seja, para quem não vê a grande

figura, o COPOM fez seu papel, com a parada técnica. Para os que preferem uma leitura mais ampla, está claro

que o regime de política monetária ainda precisa de ajustes, assim como a política econômica em geral.

As boas notícias de curto prazo do IPCA não são boas a

médio ou longo prazo. Não se trata apenas de identificar que os

desajustes de preços relativos têm impacto bastante negativo sobre o

ambiente de investimentos em vários setores. É fato que os eleitores já

começaram a sentir a corrosão de seu poder de compra com esse “pouquinho”

de inflação adicional – e podem se assustar se descobrirem o tamanho da conta que vão arcar

quando for preciso soltar tudo o que está represado.

CONJUNTURA MACROANALYSIS

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O CENÁRIO DA POLÍTICA

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Um jantar, entre “amigos”, tem muitas funções. Em especial, quando acontece no Palácio do Jaburu, casa do Vice-Presidente da República. A data, duas semanas

antes da Convenção Nacional do PMDB que decide a composição da chapa com Dilma, ou não, é bem relevante. Mas, não o mais

importante: os fatos gerados no jantar foram mais interessantes.

O DNA pragmático do partido venceu: o PMDB aprovará – em grande estilo – a aliança com o PT;

embora, as situações nos estados sigam em “curso natural”. O “estilo Lula de ser” será mais uma vez o

Norte do PT nas eleições de outubro. O do PMDB, enquanto seu típico estilo de ser, também segue firme e forte.

Desde março, experientes raposas de Brasília repetiam o mesmo mantra: o PT tem medo que Dilma perca a eleição. Já o PMDB, tem medo que ela ganhe. A frase tem muitos

sentidos, mas é o x da história das eleições no ano da Copa. O ex-presidente Lula percebeu bem o andar da carruagem e desde o começo de maio, decidiu interferir. Para valer. E nos três lados da equação política chave: no PMDB, no interior do PT e no Palácio do Planalto.

O resultado direto dessa ação do ex-presidente foi o sentido maior do jantar de 28 de maio na casa de Michel Temer. Lá foi selado, e sacramentado, todo o apoio, inclusive dos dissidentes pemedebistas, todos presentes, à aliança na candidatura Dilma Rousseff.

O “estilo Lula de ser” garantiu aliança com o PMDB. Mas, sem almoço grátis, todo acordo

tem custo...

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O CENÁRIO DA POLÍTICA

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Para dirimir qualquer dúvida valeu a presença do desafeto-mor do Planalto, Eduardo Cunha, líder da bancada, com direito a incisivo discurso, todo derivado da mesma frase: “não acredito que haverá um movimento insurgente contra esta decisão”(aliança com PT). Palavras ditas olhando diretamente para a presidente Dilma, presente ao jantar, a mesma presidente que há meses repetia: não fico mais na mesma sala com “este senhor”. A frase de Cunha está na matéria do Valor sobre o jantar de apoio do PMDB à reeleição de 29/05, pg A6.

Como não há “almoço grátis”, todo aCordo de paz tem Custo...

O primeiro dos custos do acordo com PMDB, o maior deles, foi sacrificar a candidatura petista no Rio, do senador Lindbergh Farias, com a solene promessa do Planalto de fazer mais do que ir ao palanque do candidato do PMDB, o governador Luiz Fernando Pezão. Importantes cabos eleitorais petistas, além de diretórios municipais bem numerosos, fecharam as portas ao candidato oficial do partido. Em seguida veio o apoio oficial ao candidato Paulo Scaf do PMDB paulista. A presença no palanque de Scaf foi oficialmente anunciada pelo Planalto ainda antes do jantar. Até no Ceará, do senador peemedebista Eunício Oliveira, a chapa PT/irmãos Gomes deve ter apoio dividido. Na frente de Dilma, Eunício chamou Lula de “agregador”

A interferência “agregadora” de Lula não parou nestes casos. Até os dissidentes peemedebistas que enfrentam as maiores dificuldades na relação com o PT apoiaram a reedição da chapa Dilma-Temer. Os casos da Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul, complexos de “agregar”, mas não impossíveis desde que o PT ceda, foram equacionados um a um por Lula. Equacionar quer dizer enquadrar os diretórios estaduais e as respectivas candidaturas locais, em uma linguagem menos educada e mais verdadeira.

Nesta faixa de candidaturas petistas já meio consolidadas, o caso de Mato Grosso do Sul é exemplar. O candidato oficial do PT no estado é o senador Delcídio Amaral e o do PMDB é Nelson Trad.

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O CENÁRIO DA POLÍTICA

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O governador do estado, do PMDB, André Puccinelli , discursou no jantar e chamou a presidente Dilma de “fada madrinha”, pela atenção dada às reivindicações de Mato Grosso do Sul quanto a empréstimos travados há meses. Puccinelli contou que Dilma o recebeu, ouviu suas queixas e liberou os recursos. O governador fez questão de registrar a “simpatia” com que foi recebido pela presidente.

Não foi o único registro. No jantar, a presidente sentou em todas as mesas. A repórter Raquel Ulhoa do Valor registrou a frase dita por Dilma ao senador do Paraná, Roberto Requião, que provavelmente disputará o governo com a petista Gleisi Hoffmann: “apesar do seu jeito, eu sei que você tem um bom caráter”.

No PlaNalto, é hora do bloco “simPatia, quase amor”...

A metamorfose da presidente, tomada por desconhecido sentimento de “simpatia, quase amor” com os desafetos de ontem, tem o dedo explícito do ex-presidente. A atuação de Lula, iniciada na primeira semana de maio, após os desastradas atuações do partido nos comícios do feriado de 1o. de maio, construíram uma rede de apoio com foco em 4 partidos específicos: PP, PR, PDT e PTB.

No caso do PP, Lula iniciou cautelosa aproximação com as bancadas do RGS, MG e RJ, as mais problemáticas, abrindo espaços nas coligações regionais. Foi neste processo que foi construído o aperto de mão entre o candidato Padilha em São Paulo e o deputado Paulo Maluf. Nesta foto, tão importante quanto o aperto de mão, era a presença do presidente do PP, Ciro Nogueira, que disputava o comando do partido com Maluf. Lula costurou os acordos internos e o partido fechou com a reeleição de Dilma e entregou 1minuto e 28 segundos no horário eleitoral.

Não foi diferente a atuação do ex-presidente reafirmando o acordo com o PDT, também serenando as disputas internas no partido, especialmente em torno de cargos no Ministério do Trabalho. Tudo igual no PTB, que no dia 21 de maio formalizou

... o PT tem medo de que Dilma perca a eleição. Já o PMDB tem medo que ela ganhe.

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unificado apoio a Dilma, assegurando mais 45 segundos no horário eleitoral.

A negociação com o PROS foi um pouco mais tensa por algumas situações regionais, mas as negociações de Lula direto com o líder do partido na Câmara, Givaldo Carimbão, foram bem sucedidas e os 27 segundos do partido já foram alocados à presidente ainda na terceira semana de maio. No PR a dificuldade era de outra natureza, com a bancada do Senado fechada com a presidente e os deputados mais reticentes. Lula equacionou da mesma forma esta dissidência abrindo espaços nas chapas estaduais. O PR corresponde a 1 minuto e 02 segundos no horário eleitoral.

A rodada de negociações com Lula se consolidou com as declarações de apoio fechado do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, PSD, à candidatura Dilma, com o mesmo processo do PMDB: acomodação em dois palanques nos casos de candidaturas estaduais muito definidas como nos casos possíveis de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Com o tempo assegurando de 11 minutos de 08 segundos em cada bloco de 25 minutos da propaganda eleitoral gratuita, pela coligação de 9 partidos, Lula sentou para negociar com o PMDB, que agregaria mais 1minuto e 12 segundos à candidata, como registrou matéria do Estadão (de 25/05, pg A6).

Lula aplainou as arestas regionais com a cúpula peemedebista e tranquilizou as lideranças locais quanto ao poder da Executiva Nacional sobre os diretórios estaduais petistas. Depois , convenceu a presidente que afagos públicos em política são os mais relevantes. Os três lados do tripé da reeleição atenderam ao ex-presidente, a cúpula do PMDB, o PT e o Palácio. Foi neste contexto que ocorreu o jantar de 28 de maio, selando o acordo para uma tranquila Convenção homologatória da chapa em 10 de junho.

AliAnçA políticA pArece gArAntidA. Só fAltA convencer o eleitor...

Os acertos de cúpula estão feitos, mas as pesquisas DataFolha e Ibope são coincidentes no mesmo sinal intranquilizador: o

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teto de crescimento da candidatura Dilma recua desde o final do ano passado. Análise do experiente José Roberto de Toledo mostra que em setembro, pelo Ibope, a presidente alcançava 56% de sinalização consistente, 33% diziam que votariam nela com certeza e outros 23% que poderiam votar. Este teto baixou para 51% em abril e recuou para 47% em maio.

Na outra ponta, os que disseram não votar em Dilma “de jeito nenhum“ passou de 34% para 43% do eleitorado na comparação de setembro do ano passado para maio. O encolhimento entre teto e piso de Dilma reflete a polarização das avaliações sobre seu governo. Quem achava “regular” o governo mudou para uma das pontas. A oposição aposta em exibir o quadro o “pior possível” porque percebe esta mesma polarização. Não é por outra razão que o Ibope registrou na pesquisa divulgada em 22 de maio forte recuo nos votos indecisos, com brancos e nulos despencando de 24% na pesquisa anterior para 14% e os que ainda não pensaram em quem votar recuando de 13% para 10%.

TenTando reaTar o namoro com o empresariado...Foi neste quadro que Lula identificou – e convenceu a presidente – de que era mais do que necessário a aproximação com um tipo muito especial de formador de opinião: o empresariado. Não foi por outro motivo que na última quinta-feira de maio, dia 29, a presidente Dilma, contrariando seus hábitos, jantou mais uma vez fora de casa. Muita atenciosa com as 80 pessoas reunidas na residência da mansão do empresário e médico Claudio Lottenberg, presidente da Associação Israelita Brasileira, no refinado bairro de Cidade Jardim, em São Paulo. A presidente parou em todas as rodinhas compostas por empresários de peso e fez questão e puxar o “Parabéns a Você” para a esposa do anfitrião. Dilma não se esquivou de nenhuma pergunta e repetiu muitas vezes a garantia de que a inflação está sob controle e que era normal a estagnação da economia em ano eleitoral. Mesmo com uma pergunta em tom de crítica, sobre a crise de credibilidade do País, quando a presidente falou quase meia hora em resposta, sempre em tom calmo, como registrou a repórter Leticia Casado

A metamorfose da presidente, tomada por desconhecido sentimento de “simpatia, quase amor”, com os desafetos de ontem, tem o dedo explícito do ex-presidente.

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do Valor, na edição do dia seguinte, pg A9.Nessa mesma noite, a apenas 11 quilômetros de distância

deste jantar, o ex-presidente Lula compareceu a uma cerimônia de premiação Apex, agência de comércio exterior do governo federal. No seu estilo tradicional, Lula discursou , contou piadas e não deixou de lembrar que “a vida empresarial de vocês é bem melhor hoje do que era dez anos atrás”. O ex-presidente avisou que estará de volta para outros contatos com o empresariado de São Paulo.

Resta saber se esta aproximação com o empresariado reduz a identificada polarização nas pesquisas.

Duas frases sobre o apoio Do psD a uma Dilma ameaçaDa

As previsões do secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz (principal responsável pela eficiente articulação que somou meia centena de deputados para o partido em tempo recorde) costumam ser muito respeitadas no Congresso. Ele previu a derrota de Serra, em 2010, quando ele tinha 60% das preferencias nas pesquisas. Agora, Saulo insiste que o segundo turno já é um fato e que não será fácil a vitória do governo. Ele chama atenção para os dados do Ibope e DataFolha para as “preferências por regiões no País”.

Saulo insiste que as opções por Dilma são de 53% e 52% nas Regiões Nordeste e Norte, ótimos resultados, mas estas regiões somam só 34,5% do eleitorado. Nas demais regiões, a escolha definida por Dilma cai para 30%. Os números dão só uma garantia: ela está no segundo turno, “apenas isso”. Ele insiste que os atuais parceiros da presidente devem contribuir “mais com o tempo de tv do que suando a camisa”.

O experiente observador questiona quem será o principal agente da propaganda da reeleição: “os feitos de Dilma ou os 12 anos de governo do PT”. Ele vê a vitória de Dilma no segundo turno se o eleitor enxergar: “a Dilma mais e o PT menos”. As últimas declarações de Lula sobre o partido parecem não discordar, na essência, das avaliações de Saulo.

Leia mais sobre a política brasileira no Blog do Leonardo Trevisan: www.leonardotrevisan.com.br

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CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL

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2009 2010 2011 2012 2013 2014PContas Nacionais PIB Real (% a.a.) -0,3 7,5 2,7 1,0 2,3 1,9PIB1 (R$ bi) 3.239 3.770 4.143 4.392 4.838 5.176PIB Per Capita1 (US$) 8.469 11.084 12.531 11.278 11.154 10.606Taxa de Investimento (Fbkf/PIB)1 18,0 19,5 19,3 18,3 18,4 18,2População Residente (milhões de hab) 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 200,0PIB - Ótica de Demanda Real (% a.a.)Consumo das famílias 4,4 7,0 4,1 3,2 2,3 2,4Consumo do Governo 3,1 4,2 1,9 3,3 1,9 1,6Investimento -6,7 21,3 4,7 -4,0 6,3 0,5Exportação -9,1 11,5 4,5 0,5 2,5 2,1Importação -7,6 35,8 9,7 0,2 8,4 2,0

PIB - Ótica da Oferta Real (% a.a.)Agropecuária -3,1 6,3 3,9 -2,3 7,0 3,1Indústria -5,6 10,4 1,6 -0,8 1,3 2,7Serviços 2,1 5,5 2,7 1,7 2,0 2,0

Atividade Econômica Produção Industrial (%)2 -7,4 10,5 0,4 -2,6 1,2 2,5Comércio Varejista - Restrito (% a.a.)2 5,9 10,9 6,7 8,4 4,5 2,7CréditoCrédito Total/PIB6 (%) 43,8 45,4 49,1 53,9 56,1Recuros Livres 28,0 28,1 29,7 31,9 31,2Recursos Direcionados 15,9 17,4 19,4 22,1 25,0

Inadimplência da carteira de crédito3 (%)Pessoa Física 5,5 5,3 5,4 5,8 4,4Pessoa Jurídica 1,7 1,7 2,1 2,2 2,1

Setor Público Dívida Bruta5 6 (% PIB) 60,9 53,3 54,1 58,8 56,8 57,3Dívida líquida5 6 (% PIB) 42,1 39,1 36,4 35,3 33,6 36,2Juros sobre a Dívida5 6 (%PIB) 5,3 5,2 5,7 4,9 5,2 5,6Saldo Nominal5 6 (% PIB) -3,3 -2,5 -2,6 -2,5 -3,8 -3,9Saldo primário5 6 (% PIB) 2,0 2,7 3,1 2,4 1,9 1,7Participação Prefixado dívida mobiliária4 (%) 32,0 37,1 36,3 41,8 44,5Prazo Médio dos Títulos Consolidados do Tesouro e do Bacen (meses)

40,4 40,3 41,8 46,1 48,7

Carga Tributária (% PIB) 33,8 34,2 36,0 36,3 36,41Preços correntes; 2Com ajuste sazonal; 3Média anual; 4Posição de custódia; 5Setor Público consolidado; 6Fim do período

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CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL

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2009 2010 2011 2012 2013 2014PPreçosIPCA (%a.a) 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,0Livres (Peso: 70,6) 4,2 7,1 6,6 6,6 7,3Comercializáveis (Peso: 33,1) 2,6 6,9 4,4 4,5 6,0Não Comercializáveis (Peso: 37,5) 5,5 7,3 8,6 8,5 8,4

Monitorados (Peso: 29,4) 4,7 3,1 6,2 3,6 1,5Serviços (Peso: 24,1) 6,4 7,6 9,0 8,7 8,7

IGP-M (% a.a.) -1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 6,1IPA-M (% a.a.) -4,1 13,8 4,1 9,1 5,1IPC-M (% a.a.) 3,9 6,2 6,4 5,7 5,6INCC-M (% a.a.) 3,2 7,8 7,5 7,1 8,1

Setor ExternoTransações correntes/PIB (%) -1,6 -2,2 -2,1 -2,4 -3,6 -3,7Transações correntes (US$ bi) -24,3 -47,3 -52,5 -54,2 -81,4 -77,1Balança comercial (US$ bi)(líquido) 25,4 20,1 29,8 19,4 2,6 2,9Exportações (fob) (US$ bi) (líquido) 153,0 202,0 256,0 242,6 242,2 247,3Importações (fob) (US$ bi) (líquido) -127,7 -181,8 -226,2 223,1 239,6 244,4Balança de Serviços (US$ bi) (líquido) -19,2 -30,8 -37,9 -41,0 -47,5 -42,0Balança de Rendas (US$ bi) (líquido) -33,7 -39,5 -47,3 -35,5 -39,8 -41,0Transferências Unilaterais (US$ bi) (líquido) 3,3 2,9 3,0 2,8 3,4 3,0

Conta Capital e Financeira (líquido) 70,1 98,8 110,8 71,9 72,6 35,0Investimento Estrangeiro Direto (IED) (US$ bi) 26,0 48,5 66,7 65,3 64,0 60,0Investimento Brasileiro Direto (IBD) (US$ bi) -10,1 11,6 -1,0 -2,8 -3,5 9,0

Reservas (US$ bi) 239,1 288,6 352,0 378,6 373,5 312

Mercado FinanceiroTaxa de Câmbio2 (R$/US$) 1,74 1,66 1,88 2,04 2,34 2,55Variação cambial, % -24,7 -4,6 13,3 8,5 14,8 8,9

Taxa de Juros - SELIC (% a.a.)2 8,75 10,75 11,00 7,25 10,0 11,0TJLP (% a.a.)3 6,0 6,0 6,0 5,5 5,0 5,0Risco- País (EMBI+)(pontos-base) 192 189 228 142 229 300Índice Bovespa2 (pontos) 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507Rating Soberano

Fitch BBB- BBB BBB BBB BBB BBB-Moody’s Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3Standard & Poors’ BBB- BBB BBB BBB BBB BBB-

1Líquido; 2Fim do período; 3Média anual; Fontes: Banco Central do Brasil; IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; IPEADATA.

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» Portos: Novos portos ou mais eficiência?

Em reunião no Comitê Financeiro e Econômico da Câmara Suíça em junho, o Diretor da Sistran, Gabriel Feriancic, fez provocações interessantes ao grupo, junto ao coordenador do Comitê,

Frederico Araujo Turolla.A eficiência relativa na movimentação de contêineres em Santos é

baixa, em relação a portos como Cingapura e Roterdã, o que significa que nossa estrutura portuária atual está subaproveitada. Tomando-se dois dos quesitos: custo para movimentação de contêineres e número de contêineres movimentados anualmente, enquanto que no Porto de Santos tais indicadores apresentavam em 2005, US$ 250,00 e 1 milhão de conteineres; em Cingapura e Roterdã os indicadores foram, respectivamente, US$ 70,00 e 17 milhões; US$ 100,00 e 6,3 milhões.

Ademais, ao comparar o custo do embarque de grãos da lavoura ao porto, em 2013, desta vez, aos Estados Unidos e à Argentina, o custo no Brasil equivale a 4 vezes o custo americano e 4,6 vezes o custo argentino.

Uma questão importante é: qual é o potencial de ganho de eficiência que decorre de melhoria operacional dos portos existentes, o que evitaria novos investimentos de grande porte? As melhoras de eficiência na infraestrutura existente, que parecem ter potencial elevado quando se comparam os indicadores brasileiros com os benchmarks internacionais, poderiam significar investimentos evitados em nova infraestrutura.

Gabriel defendeu ainda que a especialização dos portos em determinados tipos de carga é importante para a obtenção de ganhos de eficiência. Não é necessário que os portos operem com diversos tipos de carga. É melhor especializar determinados portos em determinadas cargas.

PORTOS 2010 2011 2012 2013Carga Total (milhões de ton)Granéis Sólidos 504,8 543,1 554,2 569,1Granéis Líquidos 210,4 212,3 217,1 219,9Carga Geral 118,8 130,1 132,4 142,0

Movimentação de Cargas, por tipo de navegação (milhões de ton)Longo Curso 616,1 657,7 670,7 685,8Cabotagem 185,8 193,4 201,0 204,6Interior 28,4 31,7 30,0 35,2

Movimentação de Cargas do Comércio Exterior (milhões de ton)Exportações 489,3 514,3 525,4 532,8Importações 126,8 143,4 144,8 153,0

Fontes: ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários.

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OPA DO MUNDO 2014

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» Transporte Aéreo: inauguração da primeira concessão federal

O novo modelo do setor aeroportuário brasileiro envolve, entre outros aspectos, uma mudança na forma como os aeroportos são operacionalizados, com especial ênfase à

participação do setor privado. Neste particular, pode-se considerar que o modelo começou com a primeira concessão de um aeroporto

federal, Aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante-RN (que assumiu os códigos NAT pela IATA, e SBSG pela ICAO). Só depois vieram as duas rodadas de concessão de maior vulto. A primeira envolveu o conjunto Guarulhos, Viracopos e Brasília, e a segunda Galeão e Confins.

A construção da unidade foi iniciada em 2004, através de Termo de Cooperação com o Exército Brasileiro. Foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND) em fevereiro de 2008 e teve o aviso de licitação publicado em maio de 2011, com leilão em 22 de agosto. O objeto

da concessão inclui a construção de terminal e pátio, além da manutenção e gestão operacional. A concessão é por três anos de fase pré-operacional e 25 anos de operação, com possibilidade de renovação por mais cinco anos. O contrato com o vencedor, Consórcio Inframérica, que competiu com outros três consórcios, foi assinado em 29 de novembro do mesmo ano, e a oferta vencedora foi de 170 milhões de reais, com ágio de 229% sobre o preço mínimo e investimentos estimados em R$ 650 milhões. Até a inauguração, os investimentos foram de 410 milhões.

O aeroporto possui capacidade para 6,2 milhões de passageiros, em sua 1ª fase de operação, com previsão de ampliação para 11 milhões de passageiros. O terminal foi construído e finalizado em 15 meses. As críticas locais ao projeto incluíram a distância do aeroporto em relação aos polos turísticos da cidade de Natal (43km da região da Via Costeira, que concentra grandes hotéis). Adicionalmente, as obras de acesso ao aeroporto foram iniciadas tardiamente, com elevado risco para as projeções de demanda do aeroporto na fase inicial de operação – um típico exemplo de que a

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OPA DO MUNDO 2014

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provisão de bens complementares não vem sendo adequadamente equacionada em projetos de infraestrutura no Brasil, conforme apontam Cleveland Prates Teixeira, Frederico Turolla e Alessandro Oliveira em capítulo do livro Gargalos e Soluções na Infraestrutura de Transportes (Editora FGV/IBRE, 2014).

A inauguração do Aeroporto Governador Aluízio Alves marca o início da operação de um terminal sob um modelo de concessão sensivelmente diferente do que foi escolhido para as rodadas seguintes. Para o SBSG, não houve imposição de participação da Infraero, a exigência de experiência prévia do operador foi de apenas 1 milhão de passageiros, não foi exigida participação mínima dos operadores no consórcio nem aporte inicial do acionista.

A simplicidade relativa do modelo de SBSG, em relação às duas grandes rodadas de concessão subsequentes não é, necessariamente, um sinal de más escolhas. Já inaugurado, o aeroporto permite algumas comparações – que vale fazer – em termos da eficácia comparativa desses modelos de concessão, especialmente se o governo federal vier a ampliar a experiência de participação privada em grandes aeroportos, mostrando que as iniciativas recentes não foram eventos circunstanciados pela Copa ou pelas eleições.

De fato, o modelo de concessões utilizado na última rodada está longe de estar definido para eventuais investimentos futuros e logo em junho já surgiram debates sobre o uso de autorização simples na construção de aeroportos voltados à aviação regular. A criação desse regime privado, após a concessão de grandes aeroportos, constitui nova evidência de que o modelo de concessões foi desenvolvido sem um esforço de planejamento prévio.

TRANSPORTE AÉREO 2010 2011 2012 2013Passageiros (milhões)(1)

Voos Domésticos 139.393 161.76 172.920 129.173.534Voos Internacionais 15.971 18.194 18.697 6.572.065

Carga Total (milhões de ton)(1) 1.250,2 1.563,8 1.436,6 656,7RPK (milhões de PAX.km PG TR), medida da demanda(2)

Voos Domésticos 70,2 81,5 87,0 88,2Voos Internacionais 23,5 26,3 26,4 27,8

ASK (milhões de assentos.km PG TR), medida da oferta(2)

Voos Domésticos 102,0 116,1 119,3 115,9Voos Internacionais 30,8 33,4 33,4 35,9

IPCA - Avião (%)(3) 3,2 52,9 26,0 7,4Fontes: (1)Infraero; (2)ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil; (3)Banco Central

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» Ferrovias: China e CADE no radar

Entre as diversas questões relevantes para o setor ferroviário, o ritmo da economia

chinesa influencia as perspectivas de commodities, enquanto a China

cancelou algumas operações com grãos. Há também o Processo Administrativo no CADE questionando os contratos prévios ao anúncio da concentração entre ALL e Rumo (Cosan). Conforme afirmou Cleveland Prates Teixeira

à Bloomberg recentemente, “os custos do frete para

outros clientes da ALL podem subir excessivamente, levando

a um aumento de preços para os consumidores em última instância”.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO 2008 2009 2010 2011Extensão da Malha Ferroviária de carga (km) 29.187 29.486 30.784 28.692Passageiros (milhões de passageiros) 1,41 1,27 1,34 1,3Carga Total (TKU)(2)

Minério de Ferro 196.308 177.327 204.311Soja 20.024 21.391 20.582Siderurgia, Cimento e Construção Civil 25.057 19.014 22.669

Produção de Transporte (bilhões de TKU(1)(2)) 267,0 245,3 277,9 291,9

Produção da Indústria Nacional(3)

Locomotivas 29 22 68 113Vagões 5.118 1.022 3.261 5.616Carros de Passageiros 447 438 430 336

Fonte: 1Carga Transportada em Tonelada x Quilômetro Útil; 2ANTT - Agência Nacional de Transporte Terrestre; 3ABIFER - As-sociação Brasileira da Indústria Ferroviária; IPEADATA; CNT - Confederação Nacional do Transporte; DNIT - Departamento de Infraesturura de Transporte

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» Rodovias: Com Copa, eleição e tudo

O leilão da BR-153, em maio, teve três propostas, com elevada disparidade entre elas, sendo que duas delas podem ser consideradas agressivas em linha com o

que se observou em leilões anteriores. Galvão Engenharia foi o vencedor com 47% de desconto sobre o preço máximo. O consórcio Norte-Sul apresentou 21,5% e Triunfo ofereceu apenas 1% de deságio sobre a tarifa-teto. Trata-se de um investimento importante, estimado em 2,7 bilhões de reais nos primeiros cinco anos de concessão, de 625 quilômetros. Do lado da demanda, a região possui vigorosa dinâmica relacionada ao setor agropecuário, com tráfego de veículos comerciais de mais eixos, mas a rodovia competirá nesse segmento com o modal ferroviário disponível na Norte-Sul. As projeções de custos de investimento são atenuadas pelo terreno favorável da região, mas um risco é que tipicamente insumos de investimento nessa região são relativamente dispendiosos. A ausência de outros players, limitando a disputa a três (ante a declaração do Ministro dos Transportes de que havia a expectativa de pelo menos quatro), mesmo com a retirada de 200km do projeto para aumentar sua atratividade, pode estar relacionada a aspectos específicos do projeto, mas também pode indicar a limitada capacidade de outros players de assunção de novos investimentos e riscos – assim como sua disposição de focar em projetos específicos. O apetite pelo projeto e a distribuição das propostas se reflete nas expectativas pelo leilão da Rodovia dos Tamoios.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO 2009 2010 2011 2012Extensão da Malha Rodoviária (km) 1.634.071 1.580.964 1.712.481 -Arrecadação dos Pedágios (R$ bilhão)2 8,2 10,4 12,1 13,4Fluxo de Veículos (milhões) 1.044,5 1.363,0 1.526,4 -Frota de Automóveis6 (milhões) 59,4 64,8 70,5 76,1

Carros 34,5 37,2 39,8 42,7Caminhões 2,0 2,1 2,3 2,4Ônibus 0,42 0,45 0,49 0,51Fonte: ANTT - Agência Nacional de Transportes; 2ABCR - Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias; IPEADATA, CNT - Confederação Nacional do Transporte; DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte; 6DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito

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CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS

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» Saneamento: Planos de saneamento nas 100 maiores cidades

A Lei n. 11.445/2007, que estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico, definiu o planejamento como instrumento fundamental para se alcançar o

acesso universal aos serviços de saneamento básico. Todos os municípios devem formular as suas políticas públicas visando à universalização, sendo o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) o instrumento de definição de estratégias e diretrizes.

Além disto, o PMSB é condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico (art. 11). Em função disso, o Decreto n. 7.217/2010, que regulamentou a Lei n. 11.445/2007, estabeleceu que, a partir do exercício financeiro de 2014, a existência de plano de saneamento básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico (§2º, art. 26). Além disto, o Decreto 7.217 vinculou o acesso a recursos da União à existência de organismos de controle social até dezembro de 2014.

Porém, em março, pelo Decreto no. 8.211, o prazo relacionado ao acesso a recursos federais foi prorrogado para o exercício financeiro de 2016. Cabe destacar que a nova prorrogação não criou nenhum incentivo para aqueles municípios que se empenharam em cumprir o prazo anterior, o que se torna um fator desestimulante para o cumprimento dos dispositivos legais relacionados ao saneamento. O novo prazo, do Decreto no. 8.211, vale somente para recursos da União. Ou seja, do ponto de vista da regularidade contratual, o prazo estabelecido pela Lei n. 11.445/2007, foi 31 de dezembro de 2010 (art. 58).

O Instituto Trata Brasil e a Pezco Microanalysis realizaram o “Diagnóstico da situação dos Planos Municipais de Saneamento Básico e da Regulação dos Serviços nas 100 maiores cidades brasileiras”, que incluiu consultas diretas, entrevistas, aplicação de questionários e levantamento de dados secundários, para cada um dos municípios. O quadro encontrado pelo estudo nos 100 maiores municípios, onde vivem 76,8 milhões de pessoas ou cerca de 40% da população brasileira, não é encorajador.

A figura sumaria os resultados do estudo. Observa-se que 34% das maiores cidades não entregaram o PMSB, apesar de terem recursos

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SANEAMENTO 2009 2010 2011 2012Cobertura de domicílios por rede de água (% ligação à rede geral)(1)

Total 82,9 82,8(2) 83,5 84,4Urbano 78,5 78,9(2) 79,6 80,2Rural 4,4 3,9(2) 3,9 4,2

Cobertura de domicílios por rede de esgoto (% ligação à rede geral)(1)

Total 52,4 55,4(2) 54,9 57,1Urbana 51,6 55,0(2) 54,3 56,3Rural 0,9 0,4(2) 0,7 0,7

Tratamento de Esgoto (% Domicílios)(3) - - -Coleta de lixo (% de domicílios com coleta direta)(1) 82,0 87,4(2) 83,6 88,8

Destinação do Lixo Coletado(2)

Coletado por serviço de limpeza - 80,2 - -Coletado em caçamba de serviço de limpeza - 7,2 - -

Queimado (na propriedade) - 9,6 - -

Enterrado (na propriedade) - 0,6 - -Jogado em terreno baldio ou logradouro - 2,0 - -Jogado em rio, lago ou mar - 0,1 - -Outro destino - 0,4 - -

IPCA - Taxa de Água e Esgoto (%)(4) 4,9 3,4 8,3 8,8Fonte: (1)IBGE - PNAD; (2)IBGE - Censo 2010; (3)IBGE - Plano Nacional de Saneamento Básico; (4)Banco Central

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CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSISfinanceiros, corpo técnico, estruturas políticas e conhecimento da Lei.

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» Telecomunicações: Serviços de informação e o PIB

A demanda por serviços de informação, incluindo os serviços de telecomunicações, tem uma relação com o andamento do Produto Interno Bruto. Entretanto, o que se vê nos

últimos anos, no Brasil, é que esses serviços têm uma dinâmica própria.

O gráfico mostra a variação da produção dos serviços de informação em comparação ao PIB trimestral brasileiro. Em ambos os casos, computamos a variação acumulada em quatro trimestres, forma de mensuração que corresponde, no fim de cada ano, ao número anual divulgado pelo IBGE.

-2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

1t02

3t02

1t03

3t03

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3t04

1t05

3t05

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3t06

1t07

3t07

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3t08

1t09

3t09

1t10

3t10

1t11

3t11

1t12

3t12

1t13

3t13

1t14

Serviços de informação e PIB, variação %

SI PIB

5,90

2,49

É interessante que os serviços de informação foram bem mais estáveis que o PIB. Há dois anos, os serviços de informação abriram uma grande frente e vêm crescendo bem acima do PIB. No primeiro trimestre, divulgado em maio, os serviços de informação estavam crescendo 5,9% no acumulado de quatro trimestres, enquanto o PIB rodava a 2,5%. Nesta década, esse setor cresceu 14,1%, contra um crescimento acumulado do PIB de apenas 7,3%. Ou seja, nos últimos anos esse setor se sustentou frente à desaceleração da economia.

Podemos estimar uma relação entre os serviços de informação e o PIB como se fosse um “beta”. O valor desse beta reflete o quanto, teoricamente, os serviços de informação crescem a cada ano em decorrência de cada 1% de crescimento no PIB. O gráfico mostra isso, com estimativas da Pezco Microanalysis.

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1,04 1,10

0,40

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

Utilities Transportes Serviços de Informação

Betas estimados

Para uma comparação com outros setores, incluímos no gráfico os setores de transportes (incluindo armazenagem e correio) e de utilities (incluindo eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana). Os betas respectivos desses setores são acima da unidade, ou seja, há um forte impulso do PIB para o crescimento desses setores.

Já os serviços de informação apresentam um beta baixo, pois têm uma dinâmica própria. Pode ser que impulsionem o PIB (em vez de serem empurrados por este), o que sabemos que é verdade no longo prazo, pois esse setor é uma fonte de importantes ganhos de produtividade. Em outras palavras, o crescimento dos serviços de informação é relativamente autônomo em relação ao PIB. O nível desse coeficiente autônomo de crescimento dos serviços de informação, em nossa estimativa, é de quase 5%. Em parte, essa autonomia reflete a dinâmica tecnológica, inclusive a que vem do deslocamento do estado da arte das telecomunicações e da informática em todo o mundo.

TELECOMUNICAÇÕES 2010 2011 2012 2013Telefones em serviço por 100 habitantes (teledensidade)(1)

Teledensidade fixa em serviço 21,7 22,0 22,5 22,6Teledensidade celular 104,7 123,9 132,7 135,4Pré-pagos (% Total)(2) 82,3 81,8 80,5 78,8Teledensidade Tv por assinatura 5,0 6,5 8,2 8,8Teledensidade Banda Larga 7,1 8,4 9,6 10,7Com acesso à Internet - 36,5 40,3 -

Índice de Preços ao Consumidor(3)

IPCA - Comunicação 0,9 1,5 0,8 1,5IPCA - Telefone Fixo 0,8 0,2 -1,6 -1,0IPCA - Telefone Celular 1,9 6,2 4,1 2,3Fontes: (1)Teleco; (2)Telebrasil; (3)Banco Central

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» Energia elétrica: equilíbrio entre oferta e demanda consciente

Desde a segunda metade da década de 1990, o setor elétrico tem passado por importantes mudanças. Até 1995, o financiamento do setor era oriundo quase que

exclusivamente do setor público, as empresas verticalizadas, inexistência de competição e forte regulação do mercado e das tarifas. A partir de 1995, no modelo que vigorou até 2003, passamos a observar financiamentos tanto públicos quanto privados, as empresas foram divididas por atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização, a onda de privatizações fez com que coexistissem empresas públicas e privadas, com competição na geração e comercialização e o mercado que passou a funcionar em ambiente livre. No novo modelo, que teve início em 2004, foram feitas sensíveis mudanças em relação ao ambiente regulatório. O mercado foi dividido em dois ambientes, o livre, em que os preços de geração e comercialização são livremente negociados; e o ambiente regulado, em que há leilões referenciados nas menores tarifas.

A Medida Provisória nº 579 de 11 de setembro de 2012, convertida na Lei nº 12.783 em janeiro de 2013, alterou os mecanismos de prorrogação das concessões, assim como reduziu os encargos sobre o setor visando modicidade tarifária e atribuiu novas funções para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Medida alinhada ao discurso da presidente Dilma de redução do custo da energia ao consumidor final. No entanto, com o cenário de falta de chuva, redução do nível dos reservatórios e a necessidade de acionar as usinas térmicas, para garantir o abastecimento, o custo da energia aumentou significativamente, e o governo precisou oferecer repasses para que as distribuidoras não tivessem problemas de caixa mais graves, principalmente em relação à necessidade de contratação de energia de curto prazo, visto que o preço de Liquidação das Diferenças (PLD) atingiu o teto estipulado pela ANEEL.

Nota-se ao longo dos anos que as diversas modificações realizadas no setor de energia elétrica foram feitas do lado da oferta de energia, sem posições claras em relação ao lado da demanda. Neste sentido, para cumprir com esta ausência, será implantado, em

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2015, o sistema de bandeiras tarifárias. O sistema foi testado em 2013 e deveria ter sido implantado já em 2014, porém, o cenário de elevação dos custos de geração, associados aos problemas de contratação das distribuidoras, os possíveis impactos inflacionários e o discurso de redução tarifária fizeram com que a implantação fosse postergada.

O sistema de bandeiras tarifárias deve buscar equilibrar os incentivos no consumo de energia elétrica. Com a redução das tarifas anunciadas pelo governo observamos um aumento na demanda por energia, o problema é que esta elevação da demanda veio no momento em que o setor elétrico atravessa dificuldades hidrológicas, o que pressiona os custos de geração e distribuição. É evidente que a combinação entre maiores custos de geração de energia, maior demanda e promessa de redução tarifária ao consumidor não se sustenta no longo prazo. Para equilibrar os incentivos entre ofertantes e demandantes, o sistema de bandeiras tarifárias visa estimular o consumo consciente e alertar o consumidor a respeito dos custos de geração da energia elétrica através de repasses nas tarifas. São três faixas ou bandeiras: na bandeira Verde não há acréscimos tarifários, a bandeira Amarela sinaliza condições menos favoráveis de geração e acresce R$ 1,50 na tarifa para cada 100kWh, já a bandeira Vermelha, indica condições mais custosas de geração, e acresce R$ 3,00 na tarifa para cada 100kWh.

ENERGIA 2010 2011 2012 2013Produção de Petróleo(1) (2) 750,0 768,5 754,4Exportações(1) (2) 230,5 220,6 200,5 139,0Importações(1) (2) 123,6 121,1 113,9 147,8Dispêndio com a importação de petróleo (US$ FOB)(bilhões) 10,1 14,1 13,4 16,5Reservas Provadas de Petróleo(1) (2) 13.987 14.288 14.524 14.732Produção de Gás Natural(1) (3) 22,9 24,1 25,8 28,2Produção de Álcool (em milhões de m3)(3) (5) 25.694 27.376Produção de Biodiesel(1) (3) 2,4 2,7 2,7 2,9Reservas Provadas de Gás(1) (3) 416.952 434.376 436.430 434.028IPCA - Energia Elétrica (%)(6) 3,0 4,0 2,9 -15,7Domicílios com energia elétrica (%)(7)

Total 98,7 99,3 99,5 -Urbana 85,6 86,1 85,9 -Rural 13,1 13,3 13,6 -

Fontes: (1)ANP - Agência Nacional de Petróleo; (2)milhões de barris; (3)milhões de m3; (4)BEN - Balanço Energético Nacional; (5)

UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar; (6)Banco Central do Brasil; (7)IBGE - Censo 2010

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CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS

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O presente curso tem como objetivo preparar profissionais para o ambiente regulado do setor, a partir de uma metodologia baseada em casos reais, tanto em relação à regulação da qualidade quanto aos aspectos econômico-financeiros.

Alguns pontos que serão foco deste curso:

• Como tratar o fluxo de informações regulatórias do prestador de serviços?

• Como se preparar para receber uma fiscalização técnica?

• Qual a estrutura técnica que o prestador de serviços deve ter para tratar com a agência reguladora?

• Como melhorar a comunicação do prestador de serviços com a agência reguladora?

• Como lidar com os processos de revisão tarifária?• Como lidar com os reajustes tarifários?• Quais os elementos necessários para a preparação do

profissional do operador para o ambiente da regulação econômico-financeira?

• Quais as informações críticas no processo de regulação tarifária?

• O que aprender com a regulação econômica já implantada por algumas agências no Brasil?

Material de apoio: Além das apresentações elaboradas pelos palestrantes, todos os participantes receberão também um CD contendo os principais textos técnicos e de referência do setor, livros da ABAR e as legislações Estaduais/Municipais.

INFORMAÇÕES:

(11) [email protected]

Regulação para operadores de SaneamentoDias 16, 17 e 18 de julho de 2014, das 8h30 às 18h30.Alameda Santos, 1.293 | 2º andar | Jardim Paulista | São Paulo/SP

INVESTIMENTO: R$ 2.500,00. Inscrições realizadas até o dia 30/06/2014 terão 10% de desconto.Grupos a partir de 03 pessoas terão desconto de 20%.

O valor do investimento inclui:• Todo o material impresso e eletrônico, elaborados

exclusivamente para o evento;• Certificado de participação (entregue em até 10 dias,

após a realização do evento).

Alceu de Castro Galvão Junior

André Macedo Facó

Alessandra Ourique de Carvalho

Frederico Araujo Turolla

Coordenador Acadêmico Docentes Convidados

Pezco Microanalysis • Alameda Santos, 1293 – 5º e 6º andares • CEP: 01419-001 • Jardim PaulistaTel./Fax: (11) 3582 5509 | (11) 2737-6041 • e-mail: [email protected] • www.pezco.com.br

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SAVE THE DATE!

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ObjetivosFornecer um conhecimento amplo, tanto sob o ponto de vista teórico como prático, que permita aos participantes atuarem prontamente na área de regulação de mercado, seja como consultores, operadores do direito ou mesmo iniciarem um caminho próprio de pesquisa na área. Serão expostas metodologias de análise mundialmente consagradas no que tange à correta aplicação da lógica regulatória aos seus mais diversos setores da economia.

Público-alvoAdvogados, economistas, executivos de empresas reguladas, funcionários públicos e pessoas interessadas em conhecer a teoria e prática da regulação de mercado nos mais diversos aspectos da regulação.

MetodologiaMetodologicamente, o curso pode ser entendido a partir de duas vertentes. A primeira, baseada em aulas expositivas, cujo foco é apresentar aspectos teóricos e relacionados à experiência internacional, de forma a proporcionar um contato gradativo e crescente com o universo da regulação de mercados. A segunda envolverá a discussão de casos práticos vivenciados no Brasil, por meio de renomados especialistas de mercado. Além disso, o curso contará com palestrantes com experiência de governo, consultorias especializadas e profissionais da área jurídica com larga experiência no assunto.

Programa e DisciplinasMódulo Introdutório: a Análise Geral da Regulação de Mercado:• Regulação do Setor de Telecomunicações e Audiovisual• Regulação do Setor de Energia• Regulação do Setor de Transportes• Regulação do Setor de Saúde• Regulação do Setor Financeiro• Regulação do Setor de Saneamento e de Resíduos Sólidos• Tópicos Especiais em Regulação Urbana

O cursoHorário: segundas e quartas-feiras, das 19h às 22h40Carga horária: 416 horas/aula (inclui aulas e Trabalho de Conclusão)

Coordenação Acadêmica:• Prof. Heron do Carmo• Prof. Francisco Carlos• Prof. Cleveland Prates

Para realizar sua inscrição e obter mais detalhes sobre o curso, clique aqui.• Unidade Cidade Universitária (11) 3812-5863/3032-0825 | [email protected]

• Unidade Fipe Paulista (11) 3284-1624/3289-0813 | [email protected] www.fipe.org.br

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por Daniel Sales

CBN | Saneamento básico esbarra na falta de técnicos para guiar planos municipais da

áreaOuça a entrevista com o pesquisador do Instituto Trata Brasil, Alceu Galvão, no link a seguir http://goo.gl/73TkT4

Infraestrutura | Artigo de Armando Castelar Pinheiro

O artigo “A infraestrutura de transportes”, de Armando Castelar Pinheiro, no jornal Valor Econômico destacou o lançamento do livro “Gargalos e Soluções na Infraestrutura de Transportes”, publicado pela Editora da FGV, no qual Cleveland Prates Teixeira, Frederico Araujo Turolla e Alessandro Vinicius Marques de Oliveira escrevem sobre aeroportos. Link para o artigo http://www.valor.com.br/opiniao/3534122/infraestrutura-de-transportes (conteúdo exclusivo para assinantes)

DCI | Investimentos caem e derrubam a produção

Analistas veem mais um ano ruim para o setor produtivo, marcado por volatilidade, baixo crescimento e pessimismo dos empresários. A produção industrial brasileira registrou queda de 0,5% em março em relação a fevereiro, no primeiro resultado da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) sob nova metodologia (continua). Artigo publicado no jornal DCI, com comentários de João Ricardo Costa Filho (conteúdo exclusivo para assinantes) http://goo.gl/j7z8rE

O Empreiteiro | Economista prevê que novas concessões trarão impacto fiscal ao País

O economista Frederico Turolla, especialista em competitividade, professor do mestrado e doutorado em Gestão Internacional da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo, e sócio da Pezco Microanalysis, avalia que a interferência do governo em questões técnicas prejudica a infraestrutura do Brasil, que chega atrasada onde precisa e não é indutora de desenvolvimento. O empurrão do governo nos leilões de concessão, na visão do economista, tem um custo fiscal que será pago pela sociedade em geral. A seguir, veja os principais trechos da entrevista exclusiva para a revista O Empreiteiro (continua). Leia a entrevista completa, com Frederico Araujo Turolla, no portal O Empreiteiro http://goo.gl/mkI7X0

Blog do Leonardo Trevisan |

Eurodesencanto chegou até aos

mafiosos na Europa… Mas,

não chegou aos candidatos ao Parlamento

Europeu…A Europa cresceu a metade do previsto no primeiro trimestre. E era bem pouco: 0,4%. Na realidade, avançou só 0,2%. O dado reforça duas conclusões. Primeiro, o Banco Central Europeu já deveria ter agido. Segundo: neste quadro de desencanto com a economia, os resultados da eleição para (continua). Leia o artigo completo, de Leonardo Trevisan, publicado em seu blog http://goo.gl/Py0CmM

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DCI | A infraestrutura empacada

Em ano de eleições presidenciais, a infraestrutura tem que ser uma peça importante no debate. Hoje, o Brasil mantém um baixo estoque de capital de infraestrutura em relação aos países emergentes e investe muito pouco nesses setores, que incluem os transportes, a energia elétrica, o saneamento e as telecomunicações (continua). Leia o artigo completo, de Frederico Araujo Turolla, no portal DCI (conteúdo exclusivo para assinantes) http://goo.gl/orUlyv

Valor Econômico | Pesquisa eleitoral ‘clone’ agita mercado

Na esteira da ansiedade que o resultado da eleição presidencial tem causado no mercado financeiro brasileiro, algo que não se via desde 2002, um produto disponível para poucos tem capturado a atenção de bancos e corretoras. Ao menos um instituto de pesquisa passou a vender a esses clientes, dispostos a desembolsar dezenas de milhares de reais, algo que vem sendo chamado de pesquisa “clone” ou pesquisa “gêmea”…(continua). Artigo publicado no portal Valor Econômico, com comentários de Frederico Araujo Turolla. (conteúdo exclusivo para assinantes) http://goo.gl/vYkXCl

Saneamento | Novo portal Trata BrasilO Instituto Trata Brasil lançou oficialmente o seu novo portal online. O lançamento foi no dia 5 de junho, em comemoração à Semana Mundial do Meio Ambiente.O novo portal disponibiliza estudos como o “Diagnóstico da situação dos Planos Municipais de Saneamento Básico e da Regulação dos Serviços nas 100 maiores cidades brasileiras”, realizado com conjunto com a Pezco Microanalysis. Acesse http://www.tratabrasil.org.br/ Brasil Econômico|

Efeitos do ciclo de alta da Selic acentuarão indicadores fracos

Piora do crédito e deflação em maio são exemplos de como os aumentos da taxa básica de juro desde abril de 2013 continuarão afetando atividade mesmo após a interrupção do aperto; fim do ajuste ajudará a medir o represamento (continua). Leia o artigo completo, no portal Brasil Econômico, com comentários de João Ricardo Costa Filho http://goo.gl/dGQqaa

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Planos de saneamento | Estudo repercute em todo o país

O estudo realizado pela Pezco Microanalysis e pelo Instituto Trata Brasil (ITB), com diagnóstico sobre a situação dos Planos Municipais de Saneamento Básico e da Regulação dos Serviços nas 100 maiores cidades brasileiras, repercutiu em centenas de veículos e portais de todo o Brasil. Mais de 500 emissoras de rádio veicularam comentários sobre o estudo. Algumas repercussões incluem:

Jornal da Band | http://goo.gl/mFJeyUCBN | http://goo.gl/iHEpjRJornal Gazeta do Triângulo | http://goo.gl/k37nMoJornal Dia a Dia | http://goo.gl/7p2BFY

Blog do Leonardo Trevisan | Não foi só o modelo econômico que mudou na China. A sociedade

mudou muito mais…Até as greves estão bem diferentes na China. O “mundo“ chinês está em forte efervescência e não é bem pelos motivos repetidos por quem quer deixar os exportadores brasileiros ainda mais preocupados. A mudança vai em outra direção. Por exemplo, a província de Guangdong, Cantão, no sul da China, área de forte industrialização começou a assistir outro tipo de greve (continua). Leia o artigo completo de Leonardo Trevisan, publicado em seu blog http://goo.gl/KpfDDs

Blog do Leonardo Trevisan | Desafios da inserção internacional

do BrasilQualificar a inserção internacional do Brasil se coloca dentre os principais desafios futuros. Há uma clara desproporção entre o posto que ocupa de sétima maior economia mundial, pelo critério de Produto Interno Bruto (continua). Leia o artigo completo, de Antonio Corrêa de Lacerda, publicado no Blog do Trevisan http://goo.gl/4f8sS0

Blog do Leonardo Trevisan | Na boca da urna,

descontentamento europeu faz razoável

estragoÉ curioso mas as eleições para o Parlamento Europeu começaram ontem exatamente com os eleitores mais eurocéticos do bloco, na Holanda e Inglaterra. Um terço dos 13 milhões de holandeses, que devem eleger os 26 representantes do país, não escondem sua preferência por Geert Wilders, o extremista que quer abandonar o euro e a União Europeia (continua). Leia o artigo completo, de Leonardo Trevisan, publicado em seu blog http://goo.gl/XVNm8l

Oportunidade de estágio | Pezco MicroanalysisA Pezco Microanalysis Consultoria Econômica está oferecendo estágio na área de Microeconomia Aplicada.Foco do estágio: O contratado terá a oportunidade de aplicar

o conhecimento teórico adquirido ao longo do curso a casos práticos que envolvem questões como: regulação de mercado, defesa da concorrência, antidumping, análise setorial, análise de projetos, concessões e parcerias público privada (PPPs). Para mais detalhes, acesse http://goo.gl/deKVIh

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IPC-S, Q4, FGV, Mai.Mundo

PMI MANUFACTURING INDEX, May.

ISM MFG INDEX, May

CONSTRUCTION SPENDING, Apr.

IPC-S CAPITAIS Q4, FGV, Mai.

PNAD CONTÍNUA, IBGE, 1° Trimestre.

IPC, MENSAL, FIPE

MOTOR VEHICLE SALES, May

ICSC-GOLDMAN STORE SALES, ICSC

GALLUP US ECI, May

REDBOOK

PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL: PRODUÇÃO FÍSICA – BRASIL,

IBGE, Abr.

MBA PURCHASE APPLICATIONS

ADP EMPLOYMENT REPORT, May

INTERNATIONAL TRADE, Apr.

PRODUCTIVITY AND COSTS, Q1r:14

PMI SERVICES INDEX, May.

CHAIN STORE SALES, May.

JOBLESS CLAIMS

FED BALANCE SHEET

MONEY SUPPLY

IGP-DI, FGV, Mai.

IPCA E INPC, IBGE, Mai.

PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL: PRODUÇÃO FÍSICA – REGIONAL,

IBGE, Abr.

INCC, IBGE, Mai.

EMPLOYMENT SITUATION, May.

CONSUMER CREDIT, Apr.

INÍCIO DAS FINAIS DA NBA

GP BRASIL DE TURFE

GP DO CANADÁ (MONTREAL) DA F-1

ETAPA DO TEXAS DA INDYCAR

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junCALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE

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IPC-S Q1, FGV, Jun.Mundo 4-WEEK BILL

ANNOUNCEMENT

TD AMERITRADE IMX, May

IPC-S CAPITAIS, Q1, FGV, Jun.

IGP-M 1º DEC, FGV, Jun.

PRODUÇÃO AGRÍCOLA, IBGE, Mai.

PESQUISA DE ESTOQUES, IBGE, Mai.

ICSC-GOLDMAN STORE SALES, ICSC

REDBOOK

IPC-C1, FGV, Mai

PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL: EMPREGO E SALÁRIO, IBGE, Abr.

BANK RESERVE SETTLEMENT

MBA PURCHASE APPLICATIONS

TREASURY BUDGET, May

PESQUISA MENSAL DE COMÉRCIO, IBGE, Abr.

JOBLESS CLAIMS

RETAIL SALES, May

IMPORT AND EXPORT PRICES, May

FED BALANCE SHEET

MONEY SUPPLY

SOND. INVESTIMENTOS DA INDÚSTRIA, 2º TRIM., FGV.

PPI-FD, May.

CONSUMER SENTIMENT, Jun

INÍCIO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL COM BRASIL X

CROÁCIA

MÉXICO X CAMARÕES

ESPANHA X HOLANDA

CHILE X AUSTRÁLIA

COLÔMBIA X GRÉCIA

URUGUAI X COSTA RICA

INGLATERRA X ITÁLIA

COSTA DO MARFIM X JAPÃO

SUIÇA X EQUADOR

FRANÇA X HONDURAS

ARGENTINA X BÓSNIA E HERZEGOVINA

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CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SEse

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IPC-S Q2, FGV, Jun.

IGP-10, FGV, Jun.

Mundo ALEMANHA X PORTUGAL

IRÃ X NIGÉRIA

GANA X EUA

IPC-S CAPITAIS Q2, FGV, Jun.

IACE E ICCE, FGV, Mai.

PESQUISA MENSAL DE SERVIÇOS, IBGE, Abr.

FOMC MEETING BEGINS

ICSC-GOLDMAN STORE SALES, ICSC

CONSUMER PRICE INDEX, May

HOUSING STARTS, Jun.

REDBOOK

BÉLGICA X ARGÉLIA

BRASIL X MÉXICO

RÚSSIA X COREIA DO SUL

IGP-M 2º DEC, FGV, Jun.

IPCA - 15, IBGE, Jun.

IPCA ESPECIAL, IBGE, Abr, Mai, Jun.

IPC, Q22, FIPE, Jun.

MBA PURCHASE APPLICATIONS

CURRENT ACCOUNT, Q1:14

FOMC MEETING ANNOUNCEMENT

JOBLESS CLAIMS

PHILADELPHIA FED SURVEY, Jun.

LEADING INDICATORS, May

ATLANTA FED BUSINESS INFLATION EXPECTATIONS, Jun

FERIADO: CORPUS CHRISTI

ITÁLIA X COSTA RICA

SUÍÇA X FRANÇA

HONDURAS X EQUADOR

AUSTRÁLIA X HOLANDA

ESPANHA X CHILE

CAMARÕES X CROÁCIA

ARGENTINA X IRÃ

ALEMANHA X GANA

NIGÉRIA X BÓSNIA E HERZEGOVINA

GP DA ÁUSTRIA (SPIELBERG) DA F-1

DIA DO AEROVIÁRIO

BÉLGICA X RÚSSIA

COREIA DO SUL X ARGÉLIA

EUA X PORTUGAL

COLÔMBIA X COSTA DO MARFIM

URUGUAI X INGLATERRA

JAPÃO X GRÉCIA

EMPIRE STATE MFG SURVEY, Jun.

TREASURY INTERNATIONAL CAPITAL, Apr.

INDUSTRIAL PRODUCTION, May

HOUSING MARKET INDEX, Jun.

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Brasil FeriadosEventos

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nCALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE

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IPC-S Q3, FGV, Jun.

Mundo CHICAGO FED NATIONAL

ACTIVITY INDEX, May

PMI MANUFACTURING INDEX FLASH, Jun

EXISTING HOME SALES, May

INÍCIO DO GRAND SLAM DE WIMBLEDON, DE TÊNIS.

HOLANDA X CHILE

AUSTRÁLIA X ESPANHA

CAMARÕES X BRASIL

CROÁCIA X MÉXICO

IPC-S CAPITAIS Q3, FGV, Jun. ICSC-GOLDMAN STORE SALES, ICSC

REDBOOK

NEW HOME SALES, May

CONSUMER CONFIDENCE, Jun

ITÁLIA X URUGUAI

COSTA RICA X INGLATERRA

JAPÃO X COLÔMBIA

GRÉCIA X COSTA DO MARFIM

INCC-M, FGV, Jun.

SONDAGEM DA CONSTRUÇÃO, FGV, Jun.

PRÉVIA SONDAGEM DA INDÚSTRIA, FGV, Jun.

PESQUISAS TRIMESTRAIS DO ABATE DE ANIMAIS E DA PRODUÇÃO DE OVOS DE

GALINHA, IBGE, 1º Trimestre.

BANK RESERVE SETTLEMENT

MBA PURCHASE APPLICATIONS

DURABLE GOODS ORDERS, May

GDP, Q1f:2014

SONDAGEM DO CONSUMIDOR, FGV, Jun.

PESQUISA MENSAL DE EMPREGO, IBGE, Mai.

IPC, Q23, FIPE, Jun.

IGP-M, FGV, Jun.

SONDAGEM DO COMÉRCIO, Jun.

ÍNDICE DE PREÇOS AO PRODUTOR - INDÚSTRIAS

DE TRANSFORMAÇÃO, IBGE, Mai.

NIGÉRIA X ARGENTINA

BÓSNIA E HERZEGOVINA X IRÃ

HONDURAS X SUÍÇA

EQUADOR X FRANÇA

JOBLESS CLAIMS

PERSONAL INCOME AND OUTLAYS, May

FED BALANCE SHEET

MONEY SUPPLY

PORTUGAL X GANA

EUA X ALEMANHA

COREIA DO SUL X BÉLGICA

ARGÉLIA X RÚSSIA

CONSUMER SENTIMENT, Jun

FARM PRICES, Jun

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jun 2ª PROVA DA ETAPA DE

HOUSTON DA INDYCAR

1ª PROVA DA ETAPA DE HOUSTON DA INDYCAR

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CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SEse

g 30

/jun

SONDAGEM DA INDÚSTRIA, FGV, Jun.

Chicago PMI, Jun

PENDING HOME SALES INDEX, May

DALLAS FED MFG SURVEY, Jun

Brasil FeriadosEventosMundo

ana Cássia silva

C

OPA DO MUNDO 2014

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