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CURITIBATerça-feira, 27 de novembro de 2012Edição nº 395, ano2

EXPOSIÇÃODE ARTE NAÏFREÚNE TRABALHOS DE IVETE IUCKSCH E FREDY

MEIRELLES NA SALA DO ARTISTA POPULAR PÁG. 14

MÁX: 24°C

MÍN: 14°C

Conseg não funciona em 32 bairros de Curitiba Segurança comunitária. Falta de participação das comunidades faz com que Conselhos sejam desativados. Secretaria de Segurança Pública ressalta papel do cidadão no combate à violência na cidade. Trabalho em conjunto com a polícia é eficaz PÁG. 06

FESTA MERECIDA Estudantes comemoram aprovação na 1ª fase da UFPR PÁG. 04

Atlético e Coritiba na Série A

Fruet vai preferirsecretário que não esteve na função

Com 10 mil sócios a menos e pagando aluguel, Furacão busca reforços para o ano que vem PÁG. 18

Volta para casa vai demorar | RODRIGO FÉLIX LEAL/ METRO CURITIBA

Em entrevista ao Metro, prefeito eleito diz que já escolheu alguns nomes PÁG. 03

Bento Mossurungaé homenageado em CD,livro e concerto pág. 14

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02 FOCO CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

1FOCO

UM DIFÍCILSEGUNDO TEMPOO Governo do Paraná terá uma tarefa complexa para mostrar resultados em suas principais metas. A avaliação é do profes-sor de Administração Estratégica, Belmiro Valverde. Conside-rado um dos maiores especialistas brasileiros neste tema, ele deu entrevista para a Band Curitiba, no último domingo, e afirmou que o maior problema agora é com o pouco tempo que resta para este governo. Belmiro lembrou que todo gran-de projeto, na área pública, tem que começar com pelo me-nos dois anos de antecedência. É que os planos passam pe-la área ambiental, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União, além dos estudos de viabilidade. Essa rotina é sempre demorada e o atual governo só tem mais dois anos.

Para completar o quadro, o caixa do governo já veio com-prometido com a própria folha de pagamentos e outros en-cargos. Isso deixa pouca sobra para investimentos. Diante deste cenário, não haveria mais tempo para realizar grandes obras rodoviárias. E mesmo a ferrovia, do Oeste ao Porto de Paranaguá, também não terá tempo para o seu início efeti-vo nesta gestão. Na visão do professor, falta ainda um maior debate sobre temas fundamentais, como a Economia do Co-nhecimento. Sem estas inovações, a economia do Paraná po-de continuar baseada principalmente na agroindústria.

Na atração de empresas, a maior dificuldade é a Guer-ra Fiscal. Outros estados estão trabalhando com políticas

agressivas para a conquista de empresas, prática que não vão acabar em curto prazo. Belmiro Valverde diz que as vantagens comparativas, com estímulos públicos dos es-tados, existem em todo o mundo. São Paulo foi bem mais ágil, com a mudança no ICMS interestadual, e muitas em-presas acabaram optando por investir naquele estado.

O Paraná já adotou forte linha de atração de investimen-tos na época de Jaime Lerner, lembrou o professor. E se não tivesse entrado nesta competição, não haveria o quadro in-dustrial que hoje está implantado. Belmiro afirma que o Paraná já perdeu muito tempo por falta de uma boa políti-ca de atração de empresas, citando o caso do bloqueio por parte de seus próprios senadores, no passado.

Ainda sobre a conquista de novas empresas, Belmiro Valverde acredita que está faltando negociação mais pro-fissional com os investidores internacionais. Os antigos argumentos, sobre as vantagens naturais do Paraná, não têm mais peso. Agora, a grande questão é o custo de ins-talação, o apoio do governo local e a infraestrutura exis-tente, como a ligação com o porto e com os grandes polos consumidores, finaliza o professor.

O governador Beto Richa mostrou recentemente que tem consciência da situação, quando cobrou celeridade de seus secretários. E deixou no ar até mesmo a possibilida-de de mudanças na equipe. Estes resultados serão funda-mentais para a disputa da reeleição em 2014. Não vai ser uma eleição fácil: a vitória de Gustavo Fruet sobre o pre-feito Luciano Ducci animou muitos oposicionistas, que já começam a articular candidaturas.

Olharcidadão

JOSÉ WILLELEITOR.CTB@METROJORNAL.COM.BR

O jornalista José Wille é âncora do

telejornal Band Cidade e assina às

terças-feiras esta coluna, que traz os

bastidores da política local e regional.

Sem data

AgendaO governador Beto Ri-

cha ainda não marcou a audiência solicitada pe-

lo prefeito eleito de Curi-tiba, Gustavo Fruet. Nes-ta semana, Richa cumpre agenda com prefeitos do interior em Foz do Igua-çu. Mas, segundo sua as-sessoria, na semana que vem o futuro prefeito da

capital será atendido.

Apesar das mudanças na grade da programação da TV Sinal, que seguirão orientações da Mesa Execu-tiva da Assembleia Legislati-va, a TV Icaraí vai continuar mantendo o foco na trans-parência do dia a dia par-lamentar. A ideia é aumen-tar a divulgação das ações e projetos dos deputados no interior do Paraná.

“Servirá para que a popu-lação conheça ainda mais o trabalho da Assembleia. Va-mos imprimir mais qualida-de na cobertura e divulgare-mos tudo o que os senhores têm feito”, disse o empresário Joel Malucelli, presidente do grupo JM da qual a TV Icaraí é integrante. Ele participou da sessão plenária de ontem.

A TV Icaraí venceu a lici-tação este ano e terá R$ 316 mil por mês – antes, eram gastos R$ 360 mil, segundo o presidente da Casa, depu-tado Valdir Rossoni (PSDB).

“Vale, portanto, além de assegurar melhor aplicação dos recursos públicos, po-der contar com toda a ex-periência de uma empresa legitimamente paranaen-se e que está perfeitamente avalizada neste segmento”, afirmou Rossoni.

Há cinco anos a TV Sinal transmite, ao vivo, sessões plenárias e reuniões da Co-missão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo e faz a cobertura de outras comissões, audiências pú-blicas e diversas atividades da Casa. METRO CURITIBA

Assembleia. Emissora que assumiu a programação do canal público vai mostrar à população do interior o trabalho feito pelos deputados estaduais no dia a dia parlamentar

Malucelli falou aos deputados ontem| NANI GOIS/ALEP

TV Sinal vai focar na transparênciaPara ampliação dos siste-

mas de água e esgoto, o go-verno do Estado vai repassar R$ 35 milhões para cinco municípios da Região Metro-politana de Curitiba: Almi-rante Tamandaré, Araucária, Campo Magro, Quatro Barras e Rio Branco do Sul. As obras vão gerar 6 mil empregos di-retos e indiretos e beneficiar 132 mil pessoas. Elas se so-mam a 375 outras já concluí-das em 258 municípios. São R$ 695 milhões em investi-mentos desde 2011, segundo disse o governador Beto Ri-cha. METRO CURITIBA

Saneamento. Cidadesvão receberR$ 35 milhões

Desde 2011, já foram 375 obras emtodo o PR | DIVULGAÇÃO/SANEPAR

528 milreais por ano será a economia da Assembleia Legislativa com a TV Icaraí assumindo a programação da TV Sinal, segundo Valdir Rossoni (PSDB).

O jornal Metro circula em 23 países e tem alcance diário superior a 20 milhões

de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação

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Cotações

Gustavo Fruet (PDT) insis-te no suspense em torno da equipe que levará com ele à Prefeitura. Apesar de admitir que já definiu vá-rios nomes, diz que só vai anunciá-los quando os de-mais estiverem escolhidos, o que deve acontecer só em dezembro.

Em entrevista ao Metro em São Paulo, onde este-ve participando de encon-tro com prefeitos eleitos, como os de São Paulo, Fer-nando Haddad (PT), de Campinas, Jonas Donize-te (PSB), de Belo Horizon-te, Márcio Lacerda (PSB), e de Palmas, Carlos Amastha (PP), Fruet falou também do metrô curitibano e dos seus pleitos junto ao gover-nador Beto Richa (PSDB).

O senhor já decidiu no-mes do seu secretariado?Já, mas só vou anunciar em dezembro. Estou to-mando este cuidado até para não alimentar espe-culações. A gente vai fe-char primeiro boa par-te da equipe para, então, anunciar.

Como será a composição da equipe com os partidos que o apoiaram?Muito tranquila. Meu cus-to político foi mais baixo. Os critérios são capacidade téc-nica e capacidade de lideran-ça. E vamos compor com a equipe de funcionários da Prefeitura. Não existe o que se chama de porteira fecha-da. E preferencialmente esta-mos colocando pessoas que não ocuparam as funções.

Em Curitiba fala-se que o PT se interessaria pela área social, por ter conta-to maior com o governo fe-deral. A área tende a ficar com o PT?Não há nada vinculado. A gente abriu alguns canais com o governo federal. Prati-camente todas as secretarias têm algum tipo de relação e já temos alguns contatos fei-tos por conta de algumas de-las. Por exemplo, Educação, com o FNDE, Saúde, Justi-ça, que eu devo ir conversar com o ministro na semana que vem, Cidades. É difícil dizer que só uma secretaria tem esse vínculo.

Como está a negociação para o projeto do metrô de Curitiba?É um volume de recursos muito expressivo. Peguei agora a informação com o Ministério do Planejamen-to sobre a equação finan-ceira econômica. A ideia é, no primeiro semestre, definir o melhor projeto técnico e executivo. Isso a gente vai discutir agora.

Essa discussão tem uma reavaliação de custos?Isto a gente está também levantando. Precisa ter.

O senhor irá se encontrar com o governador Beto Richa (PSDB)?

Sim, já pedi uma audiên-cia com ele. Não foi mar-cada ainda. Ele teve uma viagem para o exterior e eu pedi a audiência em seguida.

Quais serão os temas do encontro?O subsídio à passagem de ônibus, e segurança e metrô, neste primeiro momento.

Haverá revisão do valor da passagem?Não, por enquanto ainda não. METRO

GUSTAVO FRUET O prefeito eleito de Curitiba esteve ontem em São Paulo, onde encontrou-se com colegas que vão ocupar prefeituras de capitais em reunião organizada pela TV Bandeirantes. Em entrevista ao Metro, Fruet disse que só anuncia o secretariado em dezembro,

mas adiantou os critérios de escolha dos nomes. Um deles é nomear quem ainda não tenha respondido pela pasta.

PREFERÊNCIA POR QUEM NÃO OCUPOU FUNÇÃO

Segundo o prefeito,os critérios para indicação dos nomes estão definidos

• Capacidade técnica aliada à capacidade de liderança. Aí entram os nomes

indicados pelos partidos.

• Composição com a equipe da Prefeitura. Curitiba tem um corpo de servidores de reconhecida capacidade técnica e Fruet deve contemplar alguns.

Quem vem

ANDRÉ PORTO / METRO SÃO PAULO

03CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012 www.readmetro.com FOCO

A direção do Grupo Bandei-rantes recebeu ontem 21 prefeitos eleitos em um al-moço. Os novos chefes dos executivos municipais fo-ram convidados a colocar em prática uma iniciati-va de troca de experiências e de modelos de adminis-tração pública. “É preciso olhar o que o outro prefeito tem feito e usar como mo-delo”, disse o presidente do Grupo Bandeirantes, João Carlos Saad.

Entre os presentes esta-vam Fernando Haddad (São Paulo), Gustavo Fruet (Curi-tiba), Jonas Donizetti (Cam-pinas), Márcio Lacerda (Belo Horizonte) e Carlos Amas-tha (Palmas).

Saad destacou que é pre-ciso atrair os jovens para o debate político. “O jovem precisa se interessar por po-lítica. É preciso criar essa re-lação já nas escolas, abrir um canal de participação”, afirmou. METRO

Grupo Bandeirantes recebe prefeitos eleitos

Leia mais entrevistas com prefeitos eleitos no www.readmetro.com

João Carlos Saad durante encontro com 21 prefeitos eleitos | ANDRÉ PORTO/METRO

Há seis meses, Celso Ro-berto, 62 anos, e sua mu-lher moram acampados em uma barraca na Praça Ouvi-dor Pardinho, no Centro de Curitiba. A situação do ca-sal é bem conhecida da FAS (Fundação de Ação Social) e chegou a sofrer interven-ção do Ministério Público, mas nada pôde ser feito, já que eles se recusam a dei-xar o local.

Para o Estado, por esta-rem um local público, eles são tratados como o restan-te dos moradores de rua, que não podem ser retirados à força de onde ficam. “A única opção seria que eles fossem considerados inaptos, mas eles foram avaliados como completamente cientes pelo MP”, conta Luciana Kuzman

coordenadora do resgate so-cial da Fas.

Segundo Celso, ele está aguardando uma briga na justiça, que lhe daria um terreno para morar. “Usa-mos o banheiro do posto de saúde e tomamos banho na rodoferroviária”, conta. De acordo com a FAS, o casal já se recusou inclusive a fa-zer o cadastro na Cohab pa-ra conseguir uma nova casa. Eles também têm familiares na cidade. METRO CURITIBA

Segundo um relatório divul-gado ontem pelo TCE-PR (Tri-bunal de Contas do Estado do Paraná), as obras de Curi-tiba para a Copa do Mundo estão atrasadas e vão custar mais caro do que o previsto no plano original - assinado em janeiro do 2010. De acor-do com o TCE, o valor dos pro-jetos subiu 32%, passando de R$ 446 milhões para R$ 573,4 milhões.

Das sete obras tocadas pe-la prefeitura, seis estão atra-sadas e o corredor da Avenida Cândido de Abreu nem come-çou. Todos os projetos reali-zados pelo governo estadual também têm atrasos, apon-tou o TCE. METRO CURITIBA

Copa. TCE diz que obras atrasaram

04 FOCO CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

A UFPR (Universidade Fede-ral do Paraná) divulgou on-tem a lista com os nomes dos 14.726 candidatos aprova-dos na primeira fase do ves-tibular deste ano. Agora, ca-da um deles vai disputar, na segunda fase, uma das 5.616 vagas nos 93 cursos na uni-versidade. As provas finais vão ocorrer nos dias 9 e 10 de dezembro.

O concurso deste ano foi disputado por 44 mil candi-datos e entre os aprovados de ontem 489 são treineiros - estudantes do ensino médio que não disputam as vagas. No total, 25% daqueles que se

candidataram como treinei-ros poderão fazer a prova da segunda fase.

A partir de hoje, os candi-datos que estudaram o ensi-no médio em escolas públi-cas podem acessar o site da UFPR para migrar para o no-vo sistema de cotas do gover-no federal, que foi criado nes-te ano.

Segundo a UFPR, o anti-go sistema continua valendo. No total a universidade vai se-lecionar 40% dos seus alunos através desta modalidade.

1ª fase. Universidade divulgou ontem os 14,7 mil aprovados na primeira fase

Cotas não mudaram, garante a UFPR | RODRIGO FÉLIX LEAL/METRO CURITIBA

Aprovados na UFPR

Casal acampa há seis meses em praça no centro e se recusa a sair

Barraca de camping foi doada | RODRIGO FÉLIX LEAL/ METRO CURITIBA

“Já colocamos até o cachorro deles em um hotel particular, mas eles não querem sair.” LUCIANA KUZMAM. COORDENADORA

DA FAS

Foi preso em flagrante no domingo, em Curitiba, o es-tudante goiano Vinicius Ber-nardes Mendonça Damasce-no, acusado de se passar por George Esper para conseguir para ele uma vaga no curso de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí.

Depois de terminar a pro-va, que foi aplicada na Uni-brasil, Vinicius foi preso por policiais militares, que ti-nham recebido informações sobre a fraude. “Ele confes-sou que receberia R$ 10 mil para fazer a prova”, con-ta a delegada do 8º Distrito Policial de Curitiba, Selma Braga.

Com ele, a polícia encon-trou ainda três identidades falsas, e por isso a descon-fiança é de que o estudan-

te pode fazer parte de um esquema maior. O caso foi descoberto através de uma denúncia, vinda de Santa Catarina.

Vinicius é estudante de medicina no segundo ano da UFG (Universidade Fede-ral de Goiás). De acordo com a delegada, ontem ele foi en-caminhado para a carcera-gem do 11º Distrito. George Esper, que haveria pago pela vaga, deve depor na polícia hoje. METRO CURITIBA

Falsidade. Estudante é preso por fraude em vestibular de medicina

R$ 10 mil é o valor que o rapaz teria cobrado para conseguir uma vaga em um curso da Universidade do Vale do Itajaí

CANDIDATOS COMEMORAM

“Passei em educação física e a primeira fase foi tranquila. Português foi fácil, porque não exigiram tanta gramática”

JÉSSICA JANAINA COSTA DE FARIAS,

19 ANOS, ESTUDANTE

“As provas de biologia e literatura foram complicadas. Estou estudando há dois anos e agora é manter o ritmo”

GIULLIANO AUGUSTO, 21 ANOS,

ESTUDANTE

THIAGO MACHADO METRO CURITIBA

Dos 75 bairros de Curitiba, 32 estão com os Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança) desativados. Uma das explicações para que 43% não funcionem é a falta de mobilização da co-munidade. Normalmente as reuniões, que são reali-zadas mensalmente por vo-luntários, atraem apenas de 20 a 40 moradores.

“As pessoas só aparecem nas reuniões quando têm problemas que afetam a vi-da delas”, diz o presidente do Conseg Bacacheri, Cel-so Kataloski. No Boquei-rão, a situação é a mesma. “A população participa mui-to pouco. E muitas vezes ela só questiona, mas não traz ideias para melhorar os pro-blemas. Se aparecesse mais gente, teríamos até mais força”, aponta o presidente Vilmar Soares Constantino. “As pessoas ficam esperan-do que todos resolvam os problemas, e não é assim. É do interesse de todos, então todos têm que participar”, complementa o presiden-te do Conseg Uberaba, Jo-sé Aparecido Dudu da Silva.

Há ainda os moradores que têm medo de se expor. “Muitas pensam ‘Eu sei que existem os problemas, mas se eu for denunciar pos-so sofrer retaliação’”, co-menta a presidente do San-

ta Quitéria, Cynthia Maria Werpachowski.

O objetivo desses conse-lhos é apresentador os prin-cipais problemas do bairro aos órgãos de segurança- co-mo Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e Secretaria de Segurança Pú-blica - para tentar trazer uma solução ao bairro.

Esses encontros são orga-nizados em espaços empres-tados, como escolas, colégios, auditórios e unidades de saú-de. O único que possui sede própria é o Batel, que conse-guiu o espaço através da mo-bilização de voluntários. No bairro, a estratégia adotada é diferente. “Ouvimos as reivin-dicações dos moradores pri-meiro, tentamos encontrar uma solução e só aí que cha-mamos a polícia para conver-sar. A PM e a Guarda Munici-pal não participam das nossas reuniões”, explica o presiden-te Acef Said.

Em alguns Consegs há também a reclamação da fal-ta de apoio da Sesp (Secre-taria de Segurança Pública). “Tudo o que a gente reivin-dica a Sesp não está nem aí”, opina o presidente do

conselho do Umbará, Marcos Amâncio Testa.

MelhoriasOs representantes dos Con-segs avaliam que grande parte das solicitações tem êxito. No bairro Água Ver-de, por exemplo, cerca de 80% das reivindicações são atendidas. “Conseguimos a revitalização no entorno do cemitério do bairro com melhorias na iluminação, calçada e asfaltamento”, co-menta o presidente Paulo Roberto Goldbaum Santos.

“Tínhamos problemas com vandalismo e hoje te-mos a parceria com a UPS (Unidade Paraná Seguro), o que melhorou muito a se-gurança na região”, ressal-ta o presidente do Conseg Augusta/CIC Norte, Célio Ri-cardo Carneiro.

Segundo o presidente do conselho do Bairro Al-to, Adilson Alves Tremura, os moradores conseguiram passagem elevada de pedes-tres e semáforos.

Motivo. Falta de participação da comunidade faz com que muitos Conselhos Comunitários de Segurança deixem de existir

Consegs estão inativos em 43% dos bairros

Conseg do Batel funciona há 11 anos e possui sede própria |RODRIGO LEAL/METRO

LINAHAMDARMETRO CURITIBA

De acordo com a coorde-nadora estadual dos Con-selhos Comunitários, Mi-chele Cabral, a ideia dos Consegs é focar na ques-tão da segurança de for-ma indireta. “O objetivo é trabalhar na questão do desenvolvimento social, através de atividades pre-ventivas, culturais e edu-cacionais”, explica. “Priori-zamos a qualidade e não a quantidade.”

Ela também destaca que a participação dos mora-dores é fundamental para que sejam obtidos resulta-dos positivos. “Um Conseg não depende da ação da própria segurança pública e sim da vontade da comu-

nidade. Eles não existem para levar os problemas até os policiais e sim para que os moradores apresen-tem as dificuldades, neces-sidades e deem sugestões de melhorias. É mais fá-cil trabalharmos em locais onde há grupos represen-tando as comunidades”, diz Michele.

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Sesp. “Precisamos da vontade da comunidade”

232Consegs estão ativos atualmente em todo o Paraná, de acordo com a Sesp. No início do ano passado, eram cerca de 160.

Trabalho em conjunto traz maiseficiênciaPara o professor de sociolo-gia da PUC-PR, Lindomar Bo-neti, as organizações comu-nitárias, especialmente as de segurança, são altamente benéficas para solucionar os problemas locais.

“Isso faz com que as de-cisões em torno da segu-rança sejam tomadas em conjunto com a comunida-de,” afirma.

Outra vantagem é que se diminue a autoridade exa-

gerada da polícia. “A polí-cia sabe que a comunidade é organizada, passa a co-nhecer as pessoas melhor e, por isso, vai evitar come-ter truculência e violên-cia”, aponta Boneti.

Quando a polícia se sen-te sozinha, segundo ele, menos ações de segurança são realizadas em prol dos moradores. Além disso, a polícia comete mais erros nas comunidades que não conhece.

Na avaliação do profes-sor, a falta de mobilização dos moradores e a disper-são das pessoas são fatores que contribuem para que muitas organizações co-munitárias deixem de exis-tir ou sejam inativas.

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Análise

06 FOCO CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

CONSELHOS COMUNITÁRIOS DE SEGURANÇAOs Consegs são entidades compostas por Iíderes comunitários do mesmo bairro. Essas lideranças se reúnem, voluntariamente, para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de problemas de segurança. Atualmente, 43 funcionam na cidade8CONSEG ÁGUA VERDE

Presidente Paulo RobertoTelefone (41) 9115-5109

CONSEG AHÚ

Presidente DirceuTelefone (41) 3250-2728

CONSEG ÁREA CENTRAL

Presidente Maria Lucia GomesTelefone (41) 3224-5837

CONSEG BACACHERI

Presidente CelsoTelefone (41) 9973-5874

CONSEG BAIRRO ALTO

Presidente Adilson AlvesTelefone (41) 3434-5982

CONSEG BARREIRINHA

Presidente MarceloTelefone (41) 8469-6267

CONSEG BATEL

Presidente Acef SaidTelefone (41) 9129-0145

CONSEG BOA VISTA

Presidente AdalbertoTelefone (41) 8418-4545

CONSEG BOM RETIRO

Presidente SérgioTelefone (41) 8758-8627

CONSEG BOQUEIRÃO

Presidente VilmarTelefone (41) 9975-6948

CONSEG CAJURU

Presidente MauroTelefone (41) 9601-3388

CONSEG CAPÃO DA IMBÚIA

Presidente Mauro José GabardoTelefone (41) 9161-4678

CONSEG CAPÃO RASO

Presidente AntonioTelefone (41) 9951-7598

CONSEG CAXIMBA

Presidente SolangeTelefone (41) 9938-7697

CONSEG CENTRO

Presidente WilmaTelefone (41) 9991-9237

CONSEG CIC NORTE (AUGUSTA)

Presidente CélioTelefone (41) 9216-6344

CONSEG CRISTO REI

Presidente JoséTelefone (41) 9145-9849

CONSEG FAZENDINHA

Presidente Edson LopesTelefone (41) 9660-3057

CONSEG GUABIROTUBA

Presidente IronTelefone (41) 9685-0110

CONSEG HUGO LANGE

Presidente StephanTelefone (41) 8805-8662

CONSEG JARDIM BOTÂNICO

Presidente FátimaTelefone (41) 9633-0093

CONSEG JD. DAS AMÉRICAS

Presidente Pedro ForcadellTelefone (41) 9972-8722

CONSEG JD. SOCIAL

Presidente MarcosTelefone (41) 9938-8666

CONSEG JUVEVÊ

Presidente CesarTelefone (41) 3253-1076

CONSEG Mª ANGÉLICA

PINHEIRINHO

Presidente AntonioTelefone (41) 9143-7448

CONSEG MERCÊS

Presidente ClairTelefone (41) 9103-1226

CONSEG MOSSUNGUÊ

Presidente ClaudiaTelefone (41) 3279-2361

CONSEG NOVO MUNDO

Presidente GeraldoTelefone (41) 3082-2345

CONSEG PILARZINHO

Presidente ClaudinoTelefone (41) 9601-4102

CONSEG SANTA CÂNDIDA

Presidente NormaTelefone (41) 9974-1685

CONSEG SANTO INÁCIO

Presidente AloisioTelefone (41) 9229-0172

CONSEG SEMINÁRIO

Presidente GilsaneTelefone (41) 9866-4218

CONSEG SANTA QUITÉRIA

Presidente CynthiaTelefone (41) 9187-4751

CONSEG SÍTIO CERCADO

Presidente PalmiraTelefone (41) 8834-5228

CONSEG TINGUI

Presidente MarceloTelefone (41) 9908-4015

CONSEG SÃO BRAZ

Presidente AliTelefone (41) 9905-9853

CONSEG SÃO JOÃO

Presidente RoseliTelefone (41) 9982-9042

CONSEG TARUMÃ

Presidente AntonioTelefone (41) 9157-4747

CONSEG UBERABA

Presidente DuduTelefone (41) 9662-2265

CONSEG UMBARÁ

Presidente MarcosTelefone (41) 9965-7736

CONSEG VILA HAUER

Presidente WilsonTelefone (41) 9129-4631

CONSEG VILA IZABEL

Presidente JacomassiTelefone (41) 9974-9887

CONSEG XAXIM

Presidente JulianaTelefone (41) 8808-6557

“Não queremos criticar a polícia e, sim, trabalhar na prevenção com a comunidade.”

MALU GOMES, PRESIDENTE DO CONSEG DA ÁREA CENTRAL

08 BRASIL CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

A Polícia Federal identificou como funcionava o esque-ma de negociação de pare-ceres técnicos fraudulentos de órgãos públicos ofereci-dos a empresas.

Para evitar produzir pro-vas, a quadrilha, descober-ta na Operação Porto Seguro tentava evitar o uso de telefo-nemas ou e-mails para nego-ciar as vantagens pessoais. A maior parte dos recados ou materiais eram colocados em envelopes e entregues utili-zando o serviço de entrega de motoboys. Segundo a inves-tigação, eram trocados desta forma até bilhetes simples, al-guns até manuscritos. Por en-quanto, os agentes descartam o transporte de dinheiro.

O modus operandi foi que-brado, segundo aponta a in-

vestigação, com os 1.179 tele-fonemas feitos pelo ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), Paulo Vieira, com in-tegrantes do PR (Partido da República). Vieira é apontado como o chefe da quadrilha.

AgendaA investigação está em se-gredo de Justiça. A PF, po-rém, apreendeu na casa da ex-chefe de gabinete da Pre-sidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, uma agenda

com uma extensa lista de po-líticos e empresários que se-riam recebidos no escritório.

Existe a suspeita de que Rose, como era conhecida, usava o nome de Lula para fa-cilitar acesso aos empresários.

Lula Uma perícia ainda vai anali-sar o contéudo das 122 liga-ções registradas nos últimos 19 meses entre Rose e o ex--presidente Lula. A denúncia foi revelada na edição de on-tem do Metro. Caso as liga-ções apontem apenas para re-lações pessoais, deverão ser excluídas do inquérito, segun-do a PF.

Rosemary Noronha será ouvida no Congresso | JULIA MORAES / FOLHAPRESS

“Eu me senti apunhalado pelas costas.” LULA, EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Depoimentos

Congressovai convocar envolvidos

A oposição se mobiliza pa-ra ouvir as 18 pessoas indi-ciadas pela Operação Porto Seguro e vai pedir o com-partilhamento de infor-mações do inquérito da Polícia Federal. Serão apre-sentados requerimentos pedindo o depoimento dos acusados e a expectativa é de que eles sejam marca-dos para a próxima sema-na. METRO BRASÍLIA

Pente-fino

Governovai investigar contratos

A presidente Dilma Rous-seff determinou a abertura de uma comissão de sindi-cância investigativa na Ca-sa Civil para um pente-fino nos contratos públicos que envolvem as empresas que teriam negociado parece-res técnicos fraudulentos.

METRO BRASÍLIA

Porto Seguro. Polícia Federal identifica modo de atuação daquadrilha e vai periciar agenda da ex-chefe de gabinete da Presidência

Envelopes eram usadospara evitar deixar rastro

12 ECONOMIA CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

As vendas da “Black Friday” na última sexta-feira movi-mentaram R$ 217 milhões em um único dia no comér-cio eletrônico, segundo da-dos da ClearSale, empresa especializada em autentifi-cação de compras virtuais.

O montante represen-ta um crescimento de 117% frente ao apresentado na mesma data do ano passa-do. A previsão inicial do Busca Descontos, organiza-dor do evento no Brasil, era de uma movimentação de R$ 137 milhões.

Na última sexta-feira, du-rante 24 horas, mais de 300 lojas virtuais ofereceram ofertas nas mais variadas categorias. Consumidores da região Sudeste respon-deram pela maior par-

te dos acessos às promo-ções (71,5%), seguidos do Sul (11,2%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,2%) e Norte (2,1%).

Apesar do recorde nas vendas, o saldão foi marca-do por queixas por parte de consumidores. A prática de

maquiagem de preços le-vou o Procon-SP a notificar na sexta-feira as varejistas Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, WalMart, Saraiva e Fast Shop. O órgão de defesa do consumidor deu prazo para receber res-postas até 30 de novembro.

A Busca por Descontos, que trouxe ao Brasil o even-to herdado do varejo norte--americano, continua com o Cyber Monday, promoção que reúne produtos com fo-co principal na categoria de eletroeletrônicos. Os consu-midores podem consultar as lojas participantes on-li-ne (www.buscadescontos.com.br/cybermonday) e as ofertas seguem até a próxi-ma sexta-feira. METRO Vendas bateram recorde durante o “Black Friday” brasileiro | EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS

‘Black Friday’ movimenta R$ 217 milhões em um diaComércio eletrônico. Vendas cresceram 117% em relação ao ano passado. Lojas continuam com descontos em eletroeletrônicos

201O 2011 2012

FATURAMENTO(EM MILHÕES DE R$)

Comparativo

53

100

217

300

150

0

13CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com MUNDO

Depois de quatro dias em que a indignação popular amea-çou jogar o Egito de volta à instabilidade, o presiden-te do país, Mohamed Mur-si, concordou em rever o de-creto que provocou tamanha revolta entre os egípcios. Em reunião com autoridades ju-diciais, Mursi acordou que vai submeter suas decisões aos magistrados, limitando, as-sim, seus “superpoderes”.

Além disso, a Irmandade Muçulmana, que apoia o go-verno de Mursi, decidiu sus-pender uma manifestação programada para a noite de ontem. Ao longo de quatro dias de protestos, dezenas de pessoas ficaram feridas e um garoto de 15 anos, membro da Irmandade, morreu. Ele foi enterrado ontem.

Não estava claro, até o fechamento desta edição, se a decisão do presiden-te acalmaria membros da oposição. Mais cedo, um dos políticos de esquerda prometeu seguir com os protestos até que o decreto de Mursi fosse derrubado. “Não aceitaremos um no-vo ditador”, disse Hamdeen Sabahy, que se uniu a ou-tros políticos.

A revolta popular co-meçou na última sexta-fei-ra, depois que Mursi am-pliou seus poderes para além dos do Poder Judiciá-rio. Os magistrados tam-bém se indignaram, dizen-do que a decisão era “um ataque sem precedentes” às instituições do país.

METRO COM AGÊNCIAS

Superpoderes. Após quatro dias de indignação no país, Mohamed Mursi concordou em submeter suas decisões aos juízes. Irmandade Muçulmana suspendeu protesto de ontem

Funeral de jovem morto no domingo, durante marcha | ASMAA WAGUIH/REUTERS

Líder egípcio volta atrás em decreto

Presidente da COP 17 (direita) cumprimenta novo dirigente | FADI AL-ASSAAD/REUTERS

Representantes de quase 200 países se reuniram on-tem, no Catar, para a aber-tura da COP 18 (18ª con-ferência da ONU sobre mudanças climáticas). Até 7 de dezembro, os participan-tes precisam acordar os ter-mos de um novo Protocolo de Kyoto (que limite a emis-são de gases de efeito estu-fa), já que o atual expira no fim deste ano.

Mesmo com a urgência, analistas estão pessimistas sobre o sucesso da COP 18. Há dois anos, numa confe-rência semelhante, os países

decidiram limitar o aqueci-mento global. Mas as emis-sões de gases bateram um novo recorde no ano passa-do, apesar de a economia glo-bal estar em desaceleração.

Há quem mantenha a es-perança, no entanto. Salee-mul Huq, do Instituto In-ternacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvi-mento, disse ao Metro que as nações ricas estão mais conscientes. “A vitória eleito-ral de Barack Obama (nos Es-tados Unidos) ajudou a que-brar o tabu sobre as questões climáticas.” METRO

Ambiente. Pessimismo ronda abertura da COP 18

Grupo de dança faz versão street de West Side StoryWilliam Shakespeare escre-veu talvez a mais conhecida história de amor da literatu-ra, “Romeu e Julieta”, que foi adaptado para a Broadway no consagrado musical “West Si-de Story” que também virou filme em 1962.

Quem quiser conhe-cer uma versão da história mais próxima da realidade atual das ruas pode ir ao Tea-tro Positivo amanhã e assis-tir à apresentação do grupo de dança Street Xtreme, que adaptou a trama e a transfor-mou numa briga entre duas gangues, incluindo elemen-tos da linguagem do street dance às canções.

O grupo já venceu diver-

sos prêmios, como o do Fes-tival de Dança de Joinville, e representou a América do Sul no “Folklore Global”, rea-lizado em 12 cidades da Áus-tria. METRO CURITIBA

Teatro Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300). Amanhã às 20h30. Ingressos entre R$ 40 e R$ 75. Informações pelo número 3317-3000

2CULTURA

Nascido no município de Castro em 1879, o maestro e compositor Bento Mossu-runga se tornou um impor-tante expoente da músi-ca paranaense. Não apenas por ter sido coautor, jun-tamente com Domingos Nascimento, do hino do Estado, mas por toda sua trajetória musical.

Em 1895, ele veio a Curi-tiba para continuar seus estudos de piano e violino pelo Conservatório de Be-las Artes. Dez anos depois, logo após publicar sua val-sa “Bela Morena” na revis-ta “O Malho”, seu nome se tornou conhecido, fazen-do com que Bento se mu-dasse para o Rio de Janeiro. Por lá, continuou sua for-mação no Instituto Nacio-nal de Música e, em 1907, integrou o quadro da or-questra do Centro Musical, onde entrou em contato com nomes como Frederi-co Nascimento, Francisco Braga e Ernesto Ronchini.

Mossurunga retornou à capital paranaense em 1930, quando assumiu a di-reção de um curso de músi-ca, começou a trabalhar na

Sociedade Musical Renas-cença e também fundou a Sociedade Orquestral Para-naense. Em 1946, organi-zou a Orquestra Estudantil de Concertos que viria a se tornar, em 1958, a Orques-tra Sinfônica da Universi-dade do Paraná.

A homenagemLevando em consideração a importância de Mossu-runga, foi idealizado, há oito anos, um projeto que buscou resgatar as compo-sições do músico, que esta-vam espalhadas por diver-

sos lugares. Depois desse árduo processo, acontece, neste fim de semana, o lan-çamento do resultado: um álbum, um livro e um con-certo. A voz que coman-da essa homenagem é a da cantora lírica Luiza Wua-den, de 20 anos. “Foi uma pequisa muito interessan-te, porque recuperamos

coisas que estavam real-mente perdidas no tempo. Por meio do CD e do con-certo, esperamos que as pessoas possam conhecer o quão maravilhosa é a obra dele”, comenta a cantora.

As 15 canções do CD foram escolhidas conside-rando a variedade do re-pertório do músico, que

vai do erudito ao popular. A gravação contou com a participação da Orquestra Bento Mossurunga – orga-nizada especialmente para o projeto e composta por cerca de 30 músicos – e do Coral Curumim, que tam-bém participam das apre-sentações no Guairinha.

METRO CURITIBA

Guairinha (R. XV de Novembro, 971). Sábado, às 20h30, e domingo às 18h. Entre R$ 15 e R$ 30. Infos pelo 3304-7982.

Bento Mossurunga. Composições do músico autor do hino do Paraná são relembradas em álbum de cantora lírica de 20 anos

Luiza Wuaden começou o canto lírico com 12 anos | DIVULGAÇÃO

Revisitandoum ícone damúsica local

SAP recebe obras de Iucksch e MeirellesA SAP (Sala do Artista Popular) recebe, a par-tir de hoje, a exposição “Do Tridimensional de Ivete Iucksch Campos às Cores de Fredy Meirel-les”. Ela apresenta escul-turas em argila de Ive-te Iucksch e desenhos de Fredy Meirelles.

Ivete começou a se re-lacionar com a arte por meio da literatura e, há três anos, descobriu-se no trabalho com a argila. Fredy desenvolve uma ar-te que se relaciona com a

preocupação com o uni-verso feminino que sim-boliza a vida, a alegria e a esperança por meio de de-senhos feitos com a técni-ca de Arte Naïf. METRO CURITIBA

Sala do Artista Popular (Rua Saldanha Marinho, sem número). A partir de hoje. Funcionamento de segunda a sexta, das 10h às 18h. Entrada gratuita. Informações pelo número 3321-4743.

ExposiçãoShow

André AbujamraO multiartista se apre-

senta hoje na penúltima edição do ano do proje-

to Série Solo Música, que está em sua quarta edi-ção. Abujamra vai de-

senvolver um espetáculo bastante livre, para sur-preender o público. Ele só fornece algumas pis-tas do que pode aconte-

cer: além de muita intera-ção com a plateia, o palco traz uma bateria e loops

eletrônicos.

Caixa Cultural (Rua Con-selheiro Laurindo, 280). Hoje às 20h. Ingressos

entre R$ 5 e R$ 10. Infor-mações pelo 2118-5111

14 CULTURA CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

Bento morreu em Curitiba em 1970 | DIVULGAÇÃO

“Bento Mossurunga foi um compositor variado, tanto da música erudita quanto da popular. Ele foi bastante versátil e eclético, um verdadeiro ícone.LUIZA WUADEN, CANTORA

A apresentação mistura o street ao romantismo da obra original | DIVULGAÇÃO

Metro Pergunta

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O nome do mascote da Copa 2014 foi definido: Fuleco. Você aprovou?

Leitor fala

@deiashadowseu preferia “tatu-bola”. Mas, das três opções possíveis, Fuleco era, sem dúvi-da, a menos ruim.

@SiKramerEu particularmente não gostei, nem desse nem dos outros nomes, prefiro o nome certo e original: Tatu Bola. Muito mais bonito!

@AnaCKrugerNão gostei por ser um tatu bola e mui-to menos por se chamar Fuleco. O no-me soa pejorativo e o animal é muito sem graça!

Tiroteio em showA desgraça que aconteceu num show de funk numa casa de espetáculos em Curitiba neste fim de semana só evi-dencia a falta de estrutura da capital na hora de promover eventos com se-gurança. Vários estabelecimentos liga-dos à vida noturna apresentam proble-mas semelhantes e é uma questão de tempo até que uma tragédia de maio-res proporções aconteça. Os vereado-res precisam prestar atenção nessas situações para tentar encontrar uma solução legal.

ROGÉRIO MAIA RIBEIRO – CURITIBA (PR)

Vestibular da UFPRAcompanhei de perto a ansiedade de vários jovens que fizeram o vestibu-lar da Universidade Federal do Paraná. Além do estresse de estudar o ano in-teiro para a prova, eles também preci-sam enfrentar uma incerteza, que é a de ter passado ou não para a segunda fase. Depois do anúncio, têm poucos dias para fazer essa avaliação específi-ca e muito mais complexa. Meus para-béns a esses jovens guerreiros.ELEONORA N. ALBUQUERQUE – CURITIBA (PR)

16 VARIEDADES CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Horóscopo

Áries (21/3 a 20/4) Dia sujeito a grandes transformações e à regeneração de pontos importantes em sua vida. Está mais do

que na hora das suas coisas se encaminharem, sucesso.

Touro (21/4 a 20/5) Contratos e parcerias em risco, procure fi-car mais atento aos acordos que você possui com as pessoas, está

na hora de renová-los e garantir seus lucros.

Gêmeos (21/5 a 20/6) Mudanças para melhor. Seu dia pode vir carregado de situações nas quais você pode não ter o contro-

le, mas que poderão lhe beneficiar, basta ficar atento.

Câncer (21/6 a 22/7) Pressa para fechar novos acordos e par-cerias importantes para o seu sucesso pessoal. Procure não dar muito na cara para não se desvalorizar nas negociações.

Leão (23/7 a 22/8) Perplexidade diante da capacidade da con-corrência, não subestime os seus inimigos, hoje eles estão com

algumas cartas escondidas na manga, fique mais ligado.

Virgem (23/8 a 22/9) Evite se isolar e querer bancar o jogo sozinho, existem coisas que você não tem como controlar ou

mesmo ter absoluta certeza, proteja-se entre os amigos.

Libra (23/9 a 22/10) Presença de pessoas indomáveis, que po-dem lhe dar alguma dor de cabeça. Elas estão cheias de artima-

nhas e prontas para lhe dobrar se você estiver desatento.

Escorpião (23/10 a 21/11) Riscos muito acima do que você pode bancar, muito cuidado com blefes neste dia, as pes-

soas podem querer conferir o seu jogo. Seja um pouco mais cauteloso.

Sagitário (22/11 a 21/12) Viravoltas no seu cotidiano. Algu-mas pessoas estão mudando de opinião e tomando atitudes que

podem influenciar a sua vida positivamente, fique mais atento.

Capricórnio (22/12 a 20/1) Avalie melhor os riscos das coi-sas que você quer fazer, principalmente se for algo que envolva

dinheiro, soluções rápidas podem trazer resultados inesperados.

Aquário (21/1 a 19/2) Avidez por desafios completamente fora do seu controle, você pode acabar sendo afoito demais. Tente

diminuir as chances de ter perdas com atitudes impensadas.

Peixes (20/2 a 20/3) Não se afogue em pouca água, muito das situações do dia podem ser mais atuação teatral do que realidade,

preste mais atenção aos fatos para não ser iludido.

Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Apenas um terço dos usuários restringe posts | JUSTIN SULLIVAN/GETTY IMAGES

Fim de festa no Facebook

Quem nunca se deparou com a dúvida de adicionar ou não um conhecido à sua rede de contatos no Facebook? E quando esse conhecido é um colega de trabalho ou um pri-mo distante? Pois uma pes-quisa britânica constatou que essa “obrigação” vitual está deixando os usuários da rede social ansiosos.

Conforme o estudo, os in-ternautas têm contato com uma média de sete círculos sociais diferentes. A amplia-ção dessa rede deixa as pes-soas cada vez mais preocupa-das com o conteúdo de seus posts. Esse estresse aumenta quanto mais os empregado-res passam a investigar a vida do internauta pelo Facebook.

Outros números da pes-quisa: mais de 80% dos usuá-

rios adicionam familiares distantes. Menos de 70% se co-nectam aos amigos de amigos e mais de 60% adicionam cole-gas de trabalho.

A rede social oferece uma ferramenta que restringe as publicações, mas apenas um terço a utiliza. METRO

Estudo. Pesquisadores britânicos constatam que usuários estão mais ansiosos devido à exposição na rede social. Mais de 60% deles adicionam colegas de trabalho aos amigos

“O Facebook costumava ser uma festa, onde você podia beber, dançar e flertar. Mas, agora que seu pai, sua mãe e seu chefe estão lá, a festa se torna um evento cheio de possíveis desastres sociais.”BEN MARDER, AUTOR DA PESQUISA

Marquinhos Santos põe panos quentes em briga de atletas

Lincoln já se envolveu em briga no Avaí |DIVULGAÇÃO

A discussão entre Everton Ribeiro e Lincoln durante o jogo contra o Cruzeiro, preocupou o técnico do Coritiba, Marquinhos San-tos. Apesar disso, ele afir-mou que o assunto foi en-cerrado internamente. “Tanto um quanto o outro viram que erraram e es-tiveram abertos para pe-dir desculpas”, afirmou o treinador.

“Eles estavam de cabeça quente por estarem perden-do o jogo. Foi resolvido du-rante o intervalo”, garantiu. Ambos foram flagrados pe-lo árbitro da partida, e aca-baram penalizados com car-tões amarelos.

Não foi a primeira vez que Lincoln se envolveu em uma briga com companhei-

ros de time. No ano passa-do, ele se envolveu em uma confusão com o volante Dio-go Orlando, no jogo em que o Avaí foi rebaixado no Bra-sileirão, contra o Vasco.

Ontem o elenco não trei-nou e só voltará aos traba-lhos hoje, para o último jogo do ano, contra o Figuei-rense, domingo no Couto Pereira. METRO CURITIBA

Neste final de semana, a capital paranaense vai se-diar o Curitiba Racing Mo-tors, evento automotivo para os amantes de carros. A exposição vai reunir os principais clubes do seg-mento no Paraná, voltados para raridades e curiosida-des mecânicas.

O evento será no Ma-rumby Expo Center e os in-gressos custam R$ 15. METRO CURITIBA

Evento. Exposição de carros

3ESPORTE

18 ESPORTE CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

Depois de um ano de reces-so, os paranaenses voltarão, no ano que vem, a ver seus dois principais clubes bri-gando na Série A do Brasilei-rão. Enquanto o Atlético te-rá como missão montar um time superior ao desse ano, o Coritiba começará 2013 com a base formada, apesar da deficiências em alguns setores.

O clube Arena da Baixada terá que montar um elenco superior com um orçamen-to parecido com o deste ano. Com o retorno à Série A, o clube se livrou de ter sua co-ta de televisão (estimada em R$ 32 milhões) reduzida. Mas segundo o presidente do Atlético, Mario Celso Pe-traglia, 10 mil sócios foram perdidos e os custos aumen-taram, com o aluguel de um estádio. “Estamos pagando para jogar”, reclamou, du-rante um depoimento na As-sembleia Legislativa.

Segundo o técnico Ricar-do Drubscky, que ainda nem foi garantido no ano que vem, o grupo precisará mes-mo de reforços. “Temos valo-res interessantíssimos na ba-se, mas precisamos também contratar para dar mais sus-tentação”, adiantou.

CoritibaNo Alto da Glória, a tor-cida deposita suas espe-ranças em Alex, que es-treia em janeiro. Apesar disso, a diretoria do clube já se movimenta para tra-zer reforços, especialmen-te nas laterais. O presiden-te do clube, Vilson Ribeiro de Andrade, em viagem pe-la Europa, se encontrou com nomes de peso como

Michel Bastos, do Lyon, e Rafinha, do Bayern de Munique. Apesar disso, ne-nhuma das possíveis nego-ciações avançou.

O Coxa terá que lidar com o assédio a seus atletas. Emerson, Everton Ribeiro e Rafinha já foram procura-dos por clubes brasileiros

Retorno. Com 10 mil sócios a menos e sem estádio, Atlético terá verba menor para montar time competitivo no Brasileirão

Arena deve ficar pronta só em agosto | RODRIGO FÉLIX LEAL/METRO CURITIBA

Paranaenses se planejam para continuar na elite

THIAGO MACHADO METRO CURITIBA

O BNDES confirmou on-tem a liberação de R$ 131 milhões para terminar as obras da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Os recursos serão repassados ao clube atra-vés da Agência de Fomen-to do Paraná, controlada pelo Governo do Estado.

O contrato entre o ban-co e a agência foi assinado na semana passada, mas para conseguir acesso aos recursos o Atlético ainda terá que formalizar novos

documentos junto ao go-verno estadual

O Atlético está reava-liando o cronograma da obra, que deve ficar pronta em agosto. METRO CURITIBA

BNDES libera recursos para obra da Baixada

“Eles viram que erraram e estiveram abertos

para pedir desculpas um para o outro.”MARQUINHOS SANTOS, TÉCNICO

Alex

“Eu voltei, e você?”

Já começou a ser veicula-da a nova campanha do Coritiba para atrair mais sócios. O garoto-propa-ganda é o ídolo Alex,

que é associado ao clube desde 2004.

Curitiba tem 30 clubes decarros antigos| DIVULGAÇÃO

R$ 131milhões será o empréstimo do governo federal para que o Atlético construa a Arena da Baixada para a Copa do Mundo.

ESPORTE 19CURITIBA, TERÇA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2012www.readmetro.com

Oi galera do Metro, tudo bom? Espero que tenham gostado do visual novo do jornal. Eu achei muito legal e, então, nessa mi-nha 136ª coluna aqui, o papo de hoje é Fórmula 1. Não con-segui ver porque estava viajan-do aqui nos Estados Unidos, mas sei que o Grande Prêmio do Brasil foi dos mais emo-cionantes e o tricampeonato do Vettel foi muito merecido. Aliás, como também teria sido se o Alonso vencesse. São dois pilotos que guiam muito e me-recem todo o sucesso. Fiquei super contente ao ver o Felipe Massa mandando muito bem e que, graças a Deus, a fase ruim já foi. Pena que o Bruno Sen-na teve aquele acidente na pri-meira volta, mas faz parte. Por falar em Fórmula 1, toda hora alguém me pergunta por que eu não tive chances na catego-

ria. Na verdade, tive e vou con-tar como foi. Em 2002, eu cor-ria com motor Toyota na Indy e o bom relacionamento entre a equipe Penske e a empresa japonesa fez com que surgisse a possibilidade de eu testar na Fórmula 1. Acontece que eles marcaram o teste para maio, justamente o mês de prepara-ção para a Indy 500. Não ro-lou porque eu já havia vencido no ano anterior e era muito in-tenso o trabalho para tentar re-petir a dose, o que felizmente acabou acontecendo.

Como eu sempre falo, a gente precisa sempre manter as portas abertas e, por essa ra-zão, tive outra oportunidade, desta vez em novembro daque-le ano. Gente, adorei o carro de Fórmula 1 da Toyota! Testei em Paul Ricard, França, e o car-ro me serviu como uma “luva”,

de tão bem que me senti. O meu treino foi tão legal que fui aplaudido pelos mecânicos da equipe quando terminou. Até então, eu só tinha sido aplaudi-do pelos mecânicos uma única vez, na equipe do Amir Nasr, quando fiz meu primeiro trei-no de Fórmula 3.

Mas, se foi uma delícia na pista, fiquei muito decepcio-nado com a politicagem da Fórmula 1 nos bastidores. En-quanto eu estava testando, a equipe já tinha decidido con-tratar o Cristiano da Matta. Vieram com um papo de pi-loto de testes e o Ove Anders-son, que já não está mais en-tre nós, falou comigo tempos depois que eu deveria começar na Minardi e ir subindo aos poucos. Eu estava num mo-mento ótimo na Indy, já tinha conquistado duas Indy 500 e fiz minha opção de continuar nos Estados Unidos. E vocês vi-ram o que fizeram com o Cris-tiano e hoje a equipe nem existe mais. Quer dizer, tomei a decisão super acertada e não me arrependo um segundo se-quer dela. Mas, sem dúvida, guiar aquele carro foi uma ex-periência inesquecível. É isso aí, amigos, vamos que vamos e até semana que vem!

Opinião

HELIO CASTRONEVESPRESS@CASTRONEVESRACING.COM

Helio Castroneves, 37, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 27 conquistas,

e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputará em 2013 sua 16ª temporada na categoria e 14ª pelo Team Penske.

EU E A EQUIPE TOYOTA DE FÓRMULA 1

No que depender do que se diz nos corredores da CBF, a família Scolari deve voltar a dar as caras na Seleção Brasi-leira. Ontem, o diretor de se-leções da entidade, Andrés Sanchez, afirmou que Luiz Felipe Scolari deve ser o subs-tituto de Mano Menezes na equipe brasileira.

“Pelo que eu sei, o Felipão está apalavrado”, disse o car-tola, que admitiu que deixará o cargo: “Vou conversar com o presidente, mas a tendên-cia é que eu saia. Vou me re-ciclar, pensar na minha vida e cuidar do meu futuro”.

Em relação à chance de as-sumir o Brasil, Scolari negou ter recebido contato da CBF.

Na sexta-feira, data em que Mano Menezes foi demi-tido, o presidente da CBF, Jo-sé Maria Marin, declarou que

somente em 2013 é que o no-vo treinador será anunciado. A partir daí, sobraram espe-culações sobre quem seria o comandante do time na Co-pa das Confederações e na Copa do Mundo, em 2014.

Além de Scolari, sem-pre lembrado por causa da

preferência de Marco Polo Del Nero – o presidente da Federação Paulista de Fu-tebol é o braço direito de Marin –, Muricy Ramalho, Tite, Abel Braga e até o es-panhol Pep Guardiola fo-ram lembrados. METRO

Seleção. Diretor da CBF, que deve perder o cargo, diz que Luiz Felipe Scolari deverá ser o substituto de Mano Menezes no Brasil

Andrés foi voto vencido na saída de Mano | RODOLFO BUHRER/LA IMAGEM/FOTOARENA

‘Felipão está apalavrado’