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    FICHA TCNICA

    EDIO: Edio de Autor

    TTULO: Marketing Pessoal

    AUTOR:

    CAPA / PAGINAO: Paulo Silva Resende

    1. EDIO

    LISBOA, 2011

    IMPRESSOEACABAMENTO: Agapex

    ISBN:DEPSITOLEGAL:

    F

    PUBLICAOECOMERCIALIZAO

    Stio do Livro, Lda.

    Lg. Machado de Assis, lote 2, porta C 1700-116 Lisboa

    www.sitiodolivro.pt

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    Ao meu pai

    Joo Manuel Pereirae Laura da Silva e Sousa

    que me deram tudo o que sou.

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    Marketing Pessoal

    Autora

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    ndice

    Introduo Geral 1

    Captulo IParte IDa massificao individualizaoda comunicao1 Introduo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 A comunicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    3 A massificao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    4 A desmassificao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

    5 A individualizao da comunicao . . . . . . . . . . 15

    6 Concluso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    Parte IIComunicao estratgica1 Introduo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    2 Consideraes sobre retrica . . . . . . . . . . . . . . 23

    3 O poder da palavra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

    4 Comunicao e propaganda . . . . . . . . . . . . . . 28

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    5 Comunicao estratgica . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    6 Concluso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    Parte IIIComunicao escrita1 Introduo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    2 Consideraes sobre comunicao escrita . . . . . . . 37

    3 A utilizao da Internet . . . . . . . . . . . . . . . . . 384 A comunicao pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

    5 A gesto eficiente do tempo . . . . . . . . . . . . . . . 42

    6 A utilizao da comunicao escrita em televiso. . . 44

    7 As palavras escritas que geram aco. . . . . . . . . . 46

    8 Concluso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    Captulo IIParte IPerformance e Marketing Pessoal1 Introduo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    2 O poder pessoal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

    3 Relacionamento interpessoal . . . . . . . . . . . . . . 63

    4 Os lderes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 685 O carisma pessoal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

    6 A confiana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

    7 A determinao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

    8 A aparncia fsica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

    9 A imagem pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

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    Parte II

    Marketing e sucesso pessoal1 Viso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

    2 Misso pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

    3 A comunicao emptica . . . . . . . . . . . . . . . . 100

    4 O poder da comunicao pessoal . . . . . . . . . . . . 104

    5 A persuaso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108

    6 Motivao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1117 A marca pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114

    8 O sucesso pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

    8.1 Aspectos importantes para alcanar o sucesso . . 120

    Concluso geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

    Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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    Lista de figuras

    1 O poder pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

    2 Relacionamento interpessoal . . . . . . . . . . . . . . 65

    3 Crculos de influncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

    4 Marketing pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

    5 Pessimista e optimista . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

    6 Cumprimento de objectivos . . . . . . . . . . . . . . 87

    7 Imagem pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

    8 A comunicao eficaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

    9 Os trs saberes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

    10 Sucesso pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

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    Marketing Pessoal

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    Introduo Geral

    Este tema reflecte a necessidade constante de perceber o

    universo da comunicao cada vez mais complexo e dinmico,

    bem como, os acontecimentos tecnolgicos, ideolgicos que

    vo acontecendo e as suas repercusses ao nvel da comuni-

    cao.

    A escolha deste tema deve-se ao interesse e motivao pelas

    questes da comunicao e do marketing pessoal, procurando

    estudar e observar os ideais, atitudes e comportamentos mais

    apropriados para alcanar o sucesso em termos pessoais e pro-

    fissionais.

    A necessidade constante de compreender o universo da in-

    dividualizao da comunicao, em constante mudana, a ne-

    cessidade de adaptao ao modo de comunicar, a diferencia-o da comunicao, a forma de ser e de estar enquanto pessoa

    e membro de uma organizao, so alguns dos aspectos a de-

    senvolver neste trabalho.

    As palavras so instrumentos para construir, para gerar ac-

    o ou no, para ensinar ou desaprender, ou seja, a palavra

    um instrumento da expresso humana, atravs do uso da

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    palavra, tom de voz e fisiologia, que se transmitem emoes,

    sentimentos, ideias, atitudes e comportamentos que so, numaanlise global, um estado de esprito, que pode ou no trans-

    formar o mundo de cada pessoa e a sociedade em geral.

    A individualizao da comunicao apresenta-se cada vez

    mais importante para um diferenciao e demarcao, no sen-

    tido em que cada vez mais fundamental estabelecer normas,

    ideias e atitudes condizentes com os objectivos pessoais e or-ganizacionais capazes de fortalecer e imprimir uma postura

    assertiva perante a prpria pessoa e a comunidade envolvente.

    Os mtodos a apresentar neste trabalho so essencialmen-

    te as experincias e demonstrao de conhecimentos pessoais

    de vrias personalidades com sucessos vlidos, as referncias

    bibliogrficas de vrios autores sobre as matrias relacionados

    com a comunicao pessoal, desenvolvimento e marketingpessoal.

    Este trabalho encontra-se dividido em dois captulos, sendo

    o primeiro captulo constitudo por trs partes (da massifica-

    o individualizao da comunicao, comunicao estra-

    tgica e comunicao escrita, respectivamente) e o segundo

    captulo por dois captulos (performance e marketing pessoal,marketing e sucesso pessoal, respectivamente).

    Na primeira parte deste trabalho, apresentada uma pers-

    pectiva da evoluo da comunicao desde 1930 at aos nossos

    dias, essencialmente, nas suas alteraes mais importantes e

    significativas da massificao, desmassificao at individu-

    alizao, como podemos verificar na actualidade, bem como,

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    da comunicao interpessoal e das suas alteraes ao nvel dos

    media, bem como ao nvel das relaes interpessoais.Na segunda parte so apresentadas consideraes sobre

    comunicao estratgica, consideraes sobre retrica, onde

    algumas consideraes sobre o poder da palavra e a retrica

    so explicitadas, bem como, as caractersticas sobre a distino

    entre comunicao e propaganda.

    Na terceira parte so expostas algumas consideraes so-bre a comunicao escrita, com algumas observaes sobre

    a transmisso de mensagens nos vrios suportes, como a In-

    ternet, os jornais, revistas, gesto e organizao do tempo, a

    comunicao escrita na televiso e algumas ideias sobre as pa-

    lavras que geram aco.

    A primeira parte do segundo captulo apresenta as consi-

    deraes fundamentais relativas performance e marketingpessoal como o poder pessoal, o relacionamento interpessoal,

    algumas questes da liderana, o carisma pessoal a confiana,

    a determinao, a aparncia fsica, a imagem pessoal, a viso,

    misso pessoal, a comunicao emptica, o poder da comu-

    nicao pessoal, a persuaso, motivao, a marca pessoal e al-

    guns aspectos importantes para alcanar o sucesso pessoal.Na segunda parte do segundo captulo, apresentam-se algu-

    mas ideias relacionadas com a viso, misso pessoal, comuni-

    cao emptica, o poder da comunicao pessoal, a persuaso,

    a motivao, a marca pessoal e sucesso pessoal, bem como al-

    guns aspectos importantes para alcanar o sucesso.

    No final so apresentadas as principais consideraes sobre

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    as questes da individualizao da comunicao, comunicao

    estratgica, comunicao escrita, marketing pessoal e sucessopessoal, bem como concluses sobre o trabalho.

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    Captulo I

    Parte IDa massificao

    individualizao da comunicao

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    Introduo

    A escolha deste tema reflecte a necessidade constante de

    perceber o universo da comunicao cada vez mais complexo

    e dinmico, bem como, os acontecimentos tecnolgicos, ideo-

    lgicos que vo acontecendo e as suas repercusses ao nvel da

    comunicao.

    Este trabalho enquadra-se numa perspectiva evolucionista

    desde 1930 at aos nossos dias, nas suas alteraes mais im-

    portantes e significativas, pois pretende-se mostrar, de forma

    simplificada, as alteraes na comunicao unilateral (dos me-

    dia) e bilateral (relaes interpessoais).

    O objecto de observao aqui considerado reporta-se ao

    mbito da comunicao e dos media, nas suas mais significa-

    tivas alteraes s quais denominamos de paradigmas, mas-sificao, desmassificao, e individualizao da comunicao.

    O que se entende por comunicao, como tem evoludo,

    quais as perspectivas vigentes e como sero no futuro, so al-

    gumas questes s quais tentaremos dar algumas respostas.

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    A comunicao

    A comunicao um processo dinmico, em permanente

    mutao e evoluo, no linear, intrnseco ao prprio homem,

    pois, a forma que este tem de exteriorizar, partilhar, comun-

    gar, comportamentos, atitudes, sentimentos, ideias, opinies, e

    desta forma obter feed-back dos receptores, e assim, orientar

    novamente a comunicao para a compreenso mtua, que oprincipal objectivo da comunicao.

    O acto comunicar inato ao prprio homem, pois a forma

    como nos apresentamos, a imagem, o cabelo, a forma de olhar,

    a forma de sentir, de estar, a respirao, so comunicar. Em-

    bora a comunicao eficaz acontea quando existe eed-back

    (retorno da informao), percepcionado correctamente.

    O aspecto fundamental do processo comunicativo reside

    no facto dos intervenientes na comunicao se entenderem

    mutuamente. Para que isso acontea, necessrio ser bom ob-

    servador e escutar convenientemente o interlocutor, descobrir

    as suas reais necessidades, desejos e aspiraes, estabelecer

    uma linguagem assertiva, interpretar as suas mensagens, per-

    ceber o contexto e as circunstncias dessa mesma comunica-o e ganhar a confiana, estando sempre atento ao retorno da

    informao.

    Aceitamos a definio de Comunicao: a transmisso de

    informao, ideia, emoo, habilidades, etc., pelo uso de sm-

    bolos palavras, imagens, nmeros, grficos, etc. o ato ou

    processo de transmisso que usualmente se designa como

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    comunicao.1 Assim, podemos verificar a necessidade de es-

    tabelecer uma relao com algum, de transmitir algo atravsda palavra, de sons, de gestos, e, ao faz-lo, estamos a comuni-

    car.

    Comunicar estabelecer empatia comportamental, ou seja,

    respirar quase em sintonia, assumir posies idnticas,

    pr-se no lugar do outro, em sntese ser igual ao seu interlo-

    cutor para assumir o mesmo raio de aco comunicativo, pois,desta forma, tornar-se- mais assertivo comunicacionalmente.

    Assumo que a comunicao central para a vida da nossa

    cultura: sem ela, toda e qualquer cultura morrer. Consequen-

    temente, o estudo da comunicao implica o estudo da cultura

    na qual ela se integra.

    Subjacente a estes pressupostos est uma definio geral de

    comunicao com integrao social atravs de mensagens2

    O acto comunicacional pode ser unilateral (entre emissor

    e receptor), em que o emissor envia a mensagem e o recep-

    tor apenas recebe, sem poder estabelecereedback. Este tipo

    de comunicao verifica-se nos meios de comunicao social,

    tais como: jornais, televiso, rdio, revistas, cinema, onde o re-

    ceptor assume uma posio passiva. Na maior parte das vezes,limita-se a receber informao, pois, no possvel estabelecer

    eed-back, excepto quando participa directamente num pro-

    grama de rdio em directo ou na televiso, atravs do telefone

    1 LITTLJOHN, Stephen W., Fundamentos tericos da comunicao humana. Ed Guanabara, 1 Ed., Rio deJaneiro, 1988, p.37.

    2 FISKE, J., Introduo ao estudo da comunicao, Ed. Asa, 1 edio, Porto, 1993, p.14.

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    ou e-mail, ou mesmo no jornal atravs de cartas ao director,

    cartas abertas, crnicas ou artigos de opinio.Neste tipo de comunicao unidireccional, as mensagens

    fornecem informaes, ao transmitir em ideias, assuntos, pen-

    samentos, novos para o receptor. Nesta medida, ...a informa-

    o reduz a incerteza. A informao semntica numa men-

    sagem funo directa da reduo da incerteza na situao.

    Finalmente, a informao altera o estado do organismo. Asmensagens tm impacto sobre o receptor.3

    Individualmente, as pessoas procuram manter-se informa-

    das sobre a realidade existente sua volta, no pas de origem,

    mas tambm em todo o mundo. Estas informaes servem

    para construir concepes, ideias, atitudes e comportamentos,

    que constituiro uma panplia de conhecimentos onde a rea-

    lidade assenta.Relativamente aos novos desafios dos media We can al-

    ready point to some emerging issues which relate to freedom

    and equality, including that of control by central computer

    registration of many behaviours ... and widening knowledge

    gaps between the information rich and infromation poor.4

    Nesta perspectiva, um dos mais importantes problemas que osprofissionais da comunicao vo ter, no futuro, consiste em

    separar a informao realmente relevante para cada pessoa em

    particular em detrimento da poluio comunicativa.

    3 LITTLJOHN, Stephen W., Fundamentos tericos da comunicao humana. Ed Guanabara, 1 Ed., Rio deJaneiro, 1988, p.161.

    4 MCQUAIL, Denis,Mass communication Theory, Second Edition, 1987,p. 134.

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    Por outro lado, temos comunicao bidireccional, onde o

    emissor e o receptor partilham imagens, necessidades, desejos,atitudes e comportamentos, interagindo, reduzindo incertezas

    sobre os temas que esto a abordar.

    Segundo Martin P. Anderson, comunicao o processo

    pelo qual compreendemos os outros e, em contrapartida, es-

    foramo-nos por compreend-los. um processo dinmico,

    mudando e variando constantemente em resposta situaototal.5. Deste modo, a comunicao um processo dinmi-

    co no qual entendemos e nos esforamos por compreender o

    nosso semelhante.

    Nesta perspectiva, podemos afirmar que a comunicao

    uma tentativa da compreenso do outro, o que nem sempre

    acontece, porque existem factores tais como: rudos, contex-

    tos, interpretaes, significados desiguais e da a necessidadede estudar, constantemente, o processo da comunicao em

    toda a sua complexidade.

    ... o fio condutor parece ser a ideia de algo que est sendo

    transferido de uma coisa ou pessoa para outra. Usamos a pa-

    lavra comunicao ora em referncia ao que assim transfe-

    rido, ora aos meios pelos quais transferido, ora ao processocomo um todo. Em muitos casos, o que assim transferido

    continua sendo compartilhado; se eu transmito informao a

    outra pessoa, ela no deixa de estar em minha posse pelo facto

    de passar a estar na posse dela. Assim, a palavra comunicao

    5 LITTLJOHN, Stephen W., Fundamentos tericos da comunicao humana. Ed Guanabara, 1 Ed., Rio de

    Janeiro, 1988, p.37.

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    adquire tambm o sentido de participao. nessa acepo,

    por exemplo que os devotos religiosos comungam. (A. J. Ayer,1955).6

    A evoluo do conceito comunicao tem sido e continu-

    ar a ser dinmico, em permanente mutao, avanar con-

    forme as mudanas de paradigma que se verifiquem ao longo

    dos tempos. Considero paradigmas as realizaes cientficas

    universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, for-necem problemas e solues modelares para uma comunidade

    de praticantes de uma cincia.7 Segundo este autor, paradig-

    mas so estados cientficos nos quais a comunidade cientfi-

    ca se apoia para fundamentar as suas teorias. Um exemplo de

    mudana de paradigma a constatao de Coprnico ao afir-

    mar que a terra era o centro do Universo e no o Sol como at

    ento se pensava. A mudana de paradigma acontece quando acomponente tecnolgica, (como o aparecimento de novas m-

    quinas, equipamentos, componentes elctricos e electrnicos)

    se altera e permite solucionar os problemas mais facilmente; e

    a componente ideolgica, tambm comea a interiorizar e in-

    corporar os novos procedimentos e novas ideias que se trans-

    formam em comportamentos e atitudes pragmticas nas quaiso quotidiano decorre.

    Segundo J. Fiske um paradigma um conjunto a partir do

    qual feita uma escolha, e apenas uma unidade desse con-

    6 Idem, p.37.

    7 KUHN, Thomas, S.,A estrutura das revolues cientficas, Col. Editora Perspectiva, 5 edio, So Paulo,

    Brasil, 1998, p 13.

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    junto pode ser escolhida. Exemplos simples so as letras do

    alfabeto.8. Assim, paradigma uma estrutura de entendimen-to, onde cada elemento nitidamente diferenciado, e simulta-

    neamente, todos os elementos tem algo em comum.

    Nesta perspectiva, se entendermos todas as concepes e

    prticas dominantes num perodo temporal, utilizadas pelos

    praticantes de tcnicas cientficas para a implementao de

    terias e elaborao de discursos, como sinnimo de paradig-mas podemos ento apresentar a existncia de trs paradig-

    mas ao nvel da comunicao. So eles a massificao, desmas-

    sificao e individualizao da comunicao.

    A massificao

    Desde o aparecimento da televiso nos EUA, Inglaterra e

    Alemanha, na dcada de 1930 at aos dias de hoje, muito se

    tem alterado em termos tecnolgicos, pois, antes de existirtransmisso de imagem, a comunicao de massas processava-

    -se de forma escrita, como por exemplo pelos livros, jornais,

    revistas, folhas volantes ou por via oral atravs da rdio que era

    ento o principal meio de comunicao para o maior nmero

    8 FISKE, J., Introduo ao estudo da comunicao, Ed. Asa, 1 edio, Porto, 1993, p.83.

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    de pessoas, servindo para implementar sistemas de propagan-

    da verdadeiramente eficazes como por exemplo a propagandaNazi durante a II Guerra Mundial.

    Mais tarde com a solidificao dos media, principalmente

    nos EUA,

    Tere are already some 3,000 public-access channels in use

    in the United States, offering 20,000 hours of locally produced

    programs per week, and there are even national producers anddistributors of programs for access channels Trough satellites

    (e.g., Deep-Dish television), as well as hundreds of local sup-

    pliers, althrough all of them must struggle for funding.9

    Comea a questionar-se quem realmente assegura a manu-

    teno das notcias. A quem pertencem os media? Quem paga

    as palavras que lemos no jornal ou ouvimos na rdio? Assim,

    e segundo os autores, quem assegura realmente a manutenoe crescimento de um jornal so os leitores, que para alm do

    dinheiro que pagam na compra do mesmo, asseguram o seu

    lucro atravs dos anncios publicitrios.

    Segundo Gaye uchman, no seu livroMaking News afirma

    que ...news continues to be associated with the activities of le-

    gitimated institutions and the spacial and temporal organiza-tion of newswork remains embebded in their activities, news

    reproduces itself as a historical given.10 Nesta perspectiva, a

    realidade construda segundo as concepes dos media, e

    9 HERMAN, E.S., CHOMSKY, N.,Manufacturing concent, 1988, p. 307.

    10 TUCHMAN,G.Making news, 1980, p.196.

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    no sobre a realidade em si, pois um facto algo que acontece

    na realidade que poder ser ou no notcia, dependendo daimportncia ou no, em termos de estratgia para os media.

    Como exemplo: uma arvore que caia na floresta s notcia se

    um meio de comunicao social mostrar interesse em tornar

    pblico tal facto, caso contrrio no passa de um simples facto,

    como muitos outros acontecem no mundo inteiro.

    Considerado o perodo da massificao no que concerne teoria da comunicao, ...Mcluhan encontrou uma tcnica de

    anlise dos mdia que teve consequncias tremendas. A pu-

    blicao de A Galxia de Gutemberg, em 1962, espantou os

    leitores de todo o mundo. ...conseguiu colocar a comunidade

    escolar sua merc e captar a ateno dos media.11

    A partir de 1957 em Portugal, e com o aparecimento da te-

    leviso como o mais sofisticado dos meios de comunicao demassas, onde a imagem passa a ter maior impacto e ajuda a

    ouvir o que vemos e a ver o que ouvimos, onde a mensagem

    consegue chegar ao maior nmero de pessoas, onde as audin-

    cias so heterogneas. Assim, como s havia a RP enquanto

    o nico canal de televiso em Portugal, existindo entre as pes-

    soas referncias comuns, como, por exemplo, quando algumperguntava viste ontem o telejornal todas as pessoas sabiam

    de qual jornal se tratava, pois, era a nico programa com esse

    nome. Nesta perspectiva, a imagem considerada meio de cre-

    dibilidade do discurso, mas tambm transmite uma certa in-

    11 KERCKHOVE, Derrick,A pele da cultura, Col. Relgio de gua, Lisboa, 1997, p.19.

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    tencionalidade do seu autor, ou seja, a sua subjectividade.

    Em Portugal, apenas havia a RP, como a nica televiso,e o meio de financiamento era a aplicao de uma taxa por

    todos os consumidores de televiso.

    Ao nvel do servio prestado, podia-se observar que a com-

    ponente divertimento era preponderante, e os programas in-

    formativos como por exemplo o telejornal apresentava-se ao

    nvel de discurso oficial, formal, mais pedaggico, solene.Desta forma, a televiso apresentava-se como o nico meio

    de comunicao audiovisual que conseguia chegar ao maior

    nmero de pessoas. Neste perodo da massificao dos media.

    O que repartido deixa de ser cultura: o corpo vivo, a

    presena actual do grupo (tudo o que fazia a funo simbli-

    ca e metablica da cerimnia e da festa) j no um saber

    prprio do termo; o estranho corpo de signos e referncias,de reminiscncias escolares e de signos intelectuais de moda a

    que se d o nome de cultura de massas que poderia igual-

    mente chamar-se a M.C.C. (Menor Cultura Comum)12

    Nesta perspectiva existe um nivelamento cultural por baixo

    e deixa de haver uma cultura de criao ou de inovao arts-

    tica e passa a existir apenas uma cultura de massas ou standar-dizada.

    12 BAUDRILLARD, Jean,A sociedade de consumo, Ed. 70, Lisboa, 1995, p.108).

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    Desmassificao

    Na dcada de 1960 70, nos EUA, e nos pases mais desen-

    volvidos, assistimos passagem da massificao para a des-

    massificao, com a implementao do (transistor, off set), da

    passagem do sistema analgico e o seu impacto na tipologia

    da escrita, tornou-se mais cil e mais barato, com uma melhor

    qualidade, substituio do sistema de vlvulas. Desta orma,surgiu a necessidade da especializao individual, ou por outras

    palavras, a qualificao do saber profissional que o contrrio

    do conhecimento enciclopdico ou mais geral. Nesta perspec-

    tiva, as notcias deixam de ser uma mera descrio da realidade

    e passam a ser uma interpretao da mesma. Assim, os tcnicos

    de comunicao deixam de ser telespectadores e passam a ser

    realizadores ou agentes construtores dessa realidade.

    Em Portugal um pouco mais tarde,

    ... nos anos 90 temos a criao de grupos multimdia. Para

    alm do Estado e da Igreja Catlica que j tinham o controle de

    vrios rgos de comunicao social impressos e electrnicos, a

    partir do incio desta dcada, comeam a ormar-se, atravs do

    lanamento de novos media, aquisies, uses e acordos, verda-deiros grupos multimdia tais como a Impresa, a Lusomundo, A

    Media Capital e a Sonae.com13

    aparecem, novos meios de comunicao escrita, como: revistas,

    13 PINTO, Manuel (cord.),A comunicao e os media em Portugal, Col. Comunicao e Sociedade, Braga,

    2000, p.51.

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    jornais, especializados em economia, informtica, moda, des-

    porto, para homens, para mulheres ou crianas, de decorao,arte, msica, arquitectura, comunicao, culinria, etc.

    Em Portugal, Perante o nmero crescente de rdios que

    proliferavam por todo o lado o pas sem qualquer enquadra-

    mento legal, o XI governo Constitucional atribuiu, em 1989,

    310 frequncias locais e duas regionais14. Nesta perspectiva

    este boom veio demonstrar que algumas rdios no reuniamcondies para operar e apenas algumas poderiam manter-se

    em actividade, devido essencialmente a condies econmicas.

    Relativamente imprensa escrita O governo de Cavaco

    Silva procurou inverter esta situao, afastando o Estado da

    propriedade dos rgos de comunicao social escrita.15 As-

    sim, Em 1988-89 passaram para a mo de empresas privadas

    A capitale o Dirio Popular, em 1991 o Jornal de Notcias eDirio de Notcias. No que concerne televiso ...Cavaco Sil-

    va (que geriu pessoalmente este dossier) decidiu atribuir em

    1992 duas frequncias de televiso nacionais: uma Socie-

    dade Independente de Comunicao (SIC), liderada por Pinto

    Balsemo e outra eleviso Independente (VI). 16 Nesta al-

    tura com a necessidade de conquistar audincias, surgiu tam-bm uma oferta mais diversificada de novos programas, sries

    e espaos informativos e desta forma j se torna mais difcil

    encontrar referncias comuns. Por conseguinte, a televiso

    14 Idem, p.33.

    15 Idem, p.34.

    16 ibidem, p. 35

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    pblica comeou a deparar-se com problemas financeiros, re-

    lacionados com a necessidade de competir tcnica e humana-mente, As dificuldades financeiras da RP reflectem tambm

    o sucesso comercial dos operadores privados. Dois anos e sete

    meses depois de ter iniciado as suas emisses, a SIC ultrapassa

    o share semanal do canal I da RP.17

    Verificou-se, gradualmente, o aparecimento de meios de co-

    municao especializados, onde era mais fcil, mais barato emais rpido produzir revistas religiosas, polticas, desportivas,

    assim como, rdios com programas desportivos, culturais, etc.

    Esta necessidade de saber mais sobre um tema, esta especiali-

    zao (componente ideolgica) juntamente com a componente

    tecnolgica pressupem e permitem a passagem da aceitao

    dos actos de orma passiva, para cada vez mais, uma postura

    activa sobre os actos, e as novas culturas vigentes, as novas

    concepes sero, tambm novos desafios pessoais e sociais.

    A individualizao da comunicao

    Desde a dcada de 1990, com a privatizao dos canais de

    televiso, com o desenvolvimento de outras formas de finan-

    17 ibidem, p. 35

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    ciamento especfico do sector atravs da publicidade e do pa-

    trocnio, vai-se assistindo a uma especializao do saber cadavez mais crescente para satisfazer necessidades, e sobretudo na

    cada vez mais exigida qualidade de servios a prestar.

    Na vertente tecnolgica, O crescimento dos computadores

    pessoais est a acontecer to rapidamente que a futura televi-

    so de arquitectura aberta o PC, ponto final.18 O e-mail, a

    passagem dos tomos para bits Um livro possui uma apre-sentao com elevado contraste, leve, fcil de folhear e no

    muito caro. Mas faz-lo chegar a si inclui o transporte e a

    armazenagem. ... Pior, um livro pode esgotar-se. Os livros di-

    gitais nunca se esgotam.19 Uma seleco de pblicos e de seg-

    mentos de mercado ou pblicos alvo onde interessa cada

    vez mais satisfazer necessidades individuais e pessoais.

    A televiso, como instrumento de hipnose colectiva, comoflash fotogrfico da sociedade, na medida em que consegue

    abranger o maior nmero de pessoas, e dele consegue comu-

    nicar, em primeiro lugar, ao corpo e no mente. ...o ecr de

    vdeo tem um impacte to directo sobre o meu sistema nervo-

    so e as minhas emoes, e to pouco efeito sobre a mente 20

    Na televiso interactiva podemos assistir a uma pluralidadede informao, a um leque alargado de programas de entrete-

    nimento, e sobretudo a uma alta definio em termos de som

    e imagem.

    18 NEGROPONTE. Nicolas, Ser digital, Ed. Caminho, Lisboa, 1996, p. 55.

    19 Ibidem p.21).

    20 KERCKHOVE, Derrick,A pele da cultura, Col. Relgio de gua, Lisboa, 1997, p.39.

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    Em termos de discurso televisivo passamos do oficial para o

    informal, do formal para o menos solene, do mais pedaggicopara o mais natural.

    Podemos verificar que desde a dcada de 1960 at aos dias

    de hoje, tem-se verificado que a sociedade em geral passou de

    uma cultura de massas, onde a mesma mensagem era consu-

    mida pelo maior nmero de pessoas, a uma cultura do ef-

    mero, da velocidade, do consumo imediato, da satisfao domomento. Nesta perspectiva, assiste-se, hoje, a um crescente

    controlo sobre a realidade, a uma personalizao dos factos,

    dos interfaces, por exemplo, a construo de interfaces, ...falar,

    apontar, e olhar deveriam funcionar em conjunto enquanto

    parte de um interface multimodal, menos baseado em trocas

    de mensagens nos dois sentidos21

    Assistimos cada vez mais a um uso individualizado dosmeios electrnicos, ou seja, a possibilidade de cada pessoa em

    particular ter a sua prpria programao televisiva, onde po-

    der construir o seu jornal, ser o realizador do seu prprio fil-

    me, a sua msica preferida, a existncia ou no de publicidade,

    e se a desejar poder construir uma panplia de spots publici-

    trios vocacionados para a satisfao dos seus interesses, o seudocumentrio, a seu interface televisivo.

    Em termos comunicacionais, podemos observar que emis-

    sor e receptor, cada vez mais, assumem o comando da sua

    prpria comunicao, ou seja, o receptor toma posio sobre

    21 NEGROPONTE. Nicolas, Ser digital, Ed. Caminho, Lisboa, 1996, p. 109.

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    as matrias a visiona, por outras palavras o receptor passa a

    ser actor e entra em cena, contracenado com os vrios autoresdesse palco.

    O sistema televisivo, movido por interesses econmicos, as-

    sume posies demasiado superficiais sobre a realidade, no

    aprofundando os temas, e revelando apenas partes do todo

    social, transpondo naturalmente, apenas uma parte dessa re-

    alidade.Os meios de comunicao baseiam-se na caracterstica

    moda total, assim como, na indumentria, e naturalmente na

    publicidade, nada transmite, nada diz, apenas serve para dife-

    renciar, para ser e fazer diferente.

    a moda nada diz, uma estrutura vazia, por isso um

    erro ver nela uma orma moderna do mito. O imperativo da

    moda no narrar ou azer sonhar, mas mudar, mudar por mu-

    dar e a moda s existe atravs deste processo de desqualifcao

    incessante das ormas.22

    Na vida poltica, econmica, na alterao das mentalidades,

    (ideolgica) na comunicao de espectculo. Os media carac-terizam-se fundamentalmente pela inovao, pelo efmero,

    pela seduo, ou seja os media funcionam de acordo com as

    leis do mercado (oferta e procura) sendo objectivo primeiro

    maximizar o lucro.

    22 LIPOVETSKY, Gilles, A era do vazio, Col. Relgio de gua, Lisboa, 1997, p.145.

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    A crise da social-democracia coincide com o movimento ps--moderno de reduo da rigidez individual e institucional: me-

    nos relao vertical e paternalista entre o Estado e a sociedade,

    menos regime nico, mais iniciativa, diversidade e responsabili-

    dade na sociedade e nos indivduos, e as novas polticas sociais,

    a mais breve ou mais longo prazo, tero que continuar a mesma

    obra de abertura que o consumo de massa ps em movimento.23

    Esta individualizao comunicativa como qualquer novo

    paradigma, transporta consigo aspectos positivos, mas tam-

    bm novos problemas comunicacionais:

    Seguramente, o mais importante eeito da otografa da erra

    expandir a percepo que temos do nosso eu para alm da ima-

    gem do corpo e alargar o nosso sentido de identidade. Na ver-

    dade, desde o primeiro momento em que vemos essa otografa,

    tomamos posse da erra e de um novo poder para nela investir.

    uma extenso dos meus olhos. udo o que nela est contido

    meu tanto quanto eu sou dela.24

    Assim, assistimos hoje a uma mudana estrutural ao nvel

    da comunicao, na medida em que o processo comunicati-

    vo cada vez mais concebido medida de cada pessoa em

    particular, com as suas particularidades, satisfazendo os seus

    23 Idem, p.125.

    24 KERCKHOVE, Derrick,A pele da cultura, Col. Relgio de gua, Lisboa, 1997, p. 283.

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    desejos, as suas aspiraes, e as suas necessidades mais pro-

    fundas. Da que a televiso do futuro, ser mais um mergulhoindividual sobre os temas, matrias, jogos, nos quais apenas os

    seus intervenientes manuseiam e controlam.

    Os meios de comunicao social, hoje, constroem um con-

    junto de sensaes, emoes, sentimentos colectivos, nos quais

    as pessoas apenas aceitam sem questionar, criam imaginrios

    colectivos sobre a realidade. Desta forma, mesmo com as tec-nologias da comunicao necessrio um esforo acrescido,

    pois no chega separar o acessrio do essencial, preciso ser

    criativo e inovador na plataforma individual de perceber o

    mundo e assim, ser mais activo e menos reactivo, perante a

    realidade.

    Com o advento da Internet temos o primeiro meio que oral

    e escrito, privado e pblico, individual e colectivo ao mesmo tem-

    po. A ligao entre a mente pblica e a mente privada eita

    atravs de redes abertas e conectadas do planeta.25

    O computador pessoal veio individualizar a comunicao,

    na medida em que permitiu a possibilidade de utilizar a es-crita, a viso e a via oral, para descobrir e construir os nossos

    prprios estilos de apreenso do mundo e os nossos prprios

    estilos para comunicar.

    Como pontos positivos, ao nvel individual podemos apon-

    25 Ibidem, 125

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    tar:

    Maior rapidez comunicativa (Ex: Internet, e-mail) Comunicao bidireccional (Ex: Emissor e receptor es-

    tabelecem uma comunicao quase em tempo real).

    Maior especializao do conhecimento (Ex: cada pes-

    soa estuda mais sobre menos)

    Possveis pontos menos positivos associados so:

    Individualizao da comunicao (Ex: perda de refe-rncias comuns que podero originar conflitos sociais)

    Mecanizao comunicativa (computador como parcei-

    ro e no como instrumento de comunicao.

    Um dos principais problemas que podero intensificar-se no

    uturo o da regulamentao das novas tecnologias da comu-

    nicao, tais como: a deesa dos direitos de autor, da violao

    da vida privada, da adulterao de sistemas inormticos e de

    sofware, da responsabilizao, do controle das interaces, etc.

    Concluso

    A comunicao a aco de partilhar, de pr em comum,

    de reduzir incertezas, de exteriorizar e comungar ideias, sen-

    timentos, atitudes, opinies, e desta forma obter o retorno da

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    informao (feed-back). odavia o aspecto mais importante

    a compreenso mtua, pois, permite estabelecer uma relaorecproca de entendimento.

    Nesta perspectiva, foram abordados o acto comunicacional

    unilateral (media) e bilateral ou bidireccional (relaes inter-

    pessoais), enquanto no primeiro a comunicao processa-se

    de forma massificada, ou seja, uma mensagem enviada para

    o maior nmero de pessoas, no segundo as mensagens so al-terados conforme oeed-bak do receptor.

    No que concerne s mudanas evolutivas da comunicao,

    podemos dizer que, na dcada de 1950, assistimos solidifica-

    o dos media, o perodo da massificao, excepto em Portu-

    gal onde ocorreu mais tarde no perodo compreendido entre

    1970-75, (sensivelmente), verificamos uma desmassificao,

    (em Portugal por volta de 1990-92) com a entrada de meios decomunicao mais diversificados e especializados, para corres-

    ponderem s exigncias dos consumidores. A partir dos anos

    90, entramos na era da individualizao dos media, onde cada

    pessoa pode participar na construo de informaes e onde

    cada um pode ser um todo comunicativo.

    Em sntese, a comunicao um tema deveras interessante,mas tambm demasiado complexo, desta forma, ficam algu-

    mas pistas para continuar a estudar o tema que foi delineado

    de forma breve.

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    pela legitimidade, pela autoridade do autor que as palavras

    podem ser aco em si mesmas, ou seja, para alm da compre-enso das palavras preciso reconhecer a capacidade do autor

    dessas palavras.

    As palavras constituem aco em si, se forem acatadas e

    seguidas pelo pblico-alvo, todavia, para que isto acontea,

    fundamental que a mensagem seja percebida, e que este re-

    conhea ao orador legitimidade ou autoridade, reconhecidasocialmente, sobre essa matria, pois de outra forma, no gera

    aco.

    Para que a mensagem possa gerar aco h a necessidade de

    se verificar na prtica obra feita realizada pelo autor, sobre o

    tema que apresenta, pois de outra forma, torna-se mais difcil

    ao pblico-alvo acatar a mensagem, pois a no constatao na

    prtica pode levar a algumas interrogaes sobre a sua aplica-bilidade.

    A legitimidade quando no existir pode ser criada, ou seja,

    tem que ser implementa, em primeiro lugar, de forma simb-

    lica, atribuindo significado s cosias, construindo cenrios,

    imagens, smbolos que representem mentalmente tal situao

    e levem as pessoas a agir em conformidade com a mesma, ento a eficcia simblica das palavras que quando usadas pa-

    rece magia.

    O poder das palavras apenas o poder delegado do porta-

    -voz e das suas palavras quer dizer, indissociavelmente, a ma-

    tria do seu discurso e a maneira de falar so, quanto muito,

    um testemunho e um testemunho entre outros, da garantia de

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    delegao de que est investido32

    Assim, o tema a discutir, e a sua expressividade, constituema representao social, que dependendo do reconhecimento

    social do seu porta-voz ter maior ou menor impacto junto do

    pblico para o qual dirigido. Nesta perspectiva, a legitimao

    do discurso acontece sempre que o seu utilizador esteja reco-

    nhecido socialmente, ou seja, para alm da postura, tom de voz

    e da palavra, necessrio estar autorizado a faz-lo.

    O porta-voz autorizado aquele a quem compete, a quem

    incumbe alar em nome da colectividade; simultaneamente seu

    privilgio e seu dever, a sua uno prpria, numa palavra a sua

    competncia (no sentido jurdico do termo). A essncia social

    o conjunto destes atributos e destas atribuies sociais que o acto

    de instituio produz como acto solene de categorizaro que ten-

    de a produzir aquilo que designa.33

    Nesta perspectiva, o poder da palavra no est nas palavras

    em si, mas na forma como o autor as exterioriza, atravs da

    legitimidade, da sua autoridade enquanto palestrante. Assim,

    podemos verificar que o mesmo discurso exteriorizado pordiferentes pessoas, pode transportar sentimentos, emoes,

    atitudes totalmente diferenciadas, pois depende em grande

    parte do tom de voz, da fisiologia, da postura corporal do co-

    32 BOURDIEU, Pierre, O que falar quer dizer, Economia das trocas lingusticas, Linda-a-Velha, Difel, 1998,p.95.

    33 Idem, p.114.

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    municador. Uma outra caracterstica importante da utilizao

    das palavras enquanto instrumento de comunicao a obser-vao constante do pblico e a percepo deste perante o que

    est a ser dito.

    ...o poder das palavras reside no acto de estas no serem pro-

    nunciadas a ttulo pessoal por aquele que apenas o seu por-

    tador: o porta-voz autorizado s pode agir pela palavra sobreoutros agentes e, por intermdio do trabalho deles, sobre as pr-

    prias coisas, porque a sua palavra concentra o capital simblico

    acumulado pelo grupo que o mandatou e do qual ele o undado

    de poder34

    Como podemos verificar e segundo este autor, a atribuio

    do poder discursivo reside no poder simblico que o pblico--alvo ou grupo de pessoas em causa lhe atribuiu, ou seja, este

    tipo de comunicao no se revelava to eficaz, se o palestrante

    no tivesse em conta o interesse comum ou comunitrio.

    34 BOURDIEU, Pierre, O que falar quer dizer. Economia das trocas lingusticas, Linda-a-Velha, Difel, 1998,

    p.97.

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    Comunicao e propaganda

    Podemos constatar que ao longo da histria, sempre fomos

    confrontados com imagens de pessoas, as quais nos conven-

    ceram das suas teorias, atravs do uso da palavra, umas vezes

    de forma consciente e compreensiva, outras de forma menos

    consciente, como por exemplo, a religio, a poltica ou a tradi-

    o. Assim, podemos verificar que, desde sempre, existiram econtinuaro a existir pessoas que transformam as palavras em

    aco e, por vezes, seguimo-las sem racionalizar sobre tais co-

    municaes. Podemos afirmar ento que uma grande parte de

    pessoas tem a necessidade de ser conduzidas, de ser guiadas,

    da que o uso da palavra assume-se como o instrumento de

    construo da realidade. As palavras so poder.

    Assim, se o uso correcto da palavra gera poder, ento a ques-

    to saber qual o discurso para cada situao em particular,

    por outras palavras, quais as palavras que conduzem aco,

    de que forma as dizer, em que momento e em que circunstn-

    cias as transmitir, para que pblico e como comunicar eficaz-

    mente. Este um dos aspectos mais importantes para estabe-

    lecer comunicao assertiva para o pblico.

    Imagine uma caravela a atravessar o Atlntico rumo Eu-

    ropa, com um valiosssimo carregamento de ouro. De repente, o

    tempo muda, as ondas crescem, os ventos agitam-se num tuo

    incontrolvel e o tesouro aunda-se. No h registos do naur-

    gio, no se sabe onde ocorreu. Quanto vale este tesouro, agora,

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    inacessvel?

    Extrado das minas com esoro e sacricio, o seu valor seriaenorme se osse usado. Mas, repousando no undo abissal, no

    vale nada.35

    Podemos verificar que para alm do conhecimento neces-

    srio, saber transmiti-lo na forma mais ajustada e pragmtica

    possvel, realizando os objectivos propostos, se ajustam as re-alidades, se constroem realidades atravs do correcto uso da

    palavra.

    O poder das palavras est muitas vezes associado criao e

    manuteno de uma iluso, ou seja, acreditar em imaginrios,

    mitos, palavras poticas, imagens exuberantes, sonhos e cons-

    trues mentais nas quais o esprito se sinta confortvel e vivo.

    Desde os terrveis cerimoniais que decorreram em Stonehen-

    ge ou no emplo de Carnac, passando pelos Romanos e pelos

    Cruzados, at Napoleo, Hitler, Kenedy ou Ieltsin, a capacidade

    de exibir competncias propagandsticas oi uma das principais

    determinantes da orientao histrica, no apenas no domnio

    do poder poltico, mas tambm nos da religio, da moralidade e,at certo ponto, da economia.36

    35 RIBEIRO, Lair, Comunicao Global, Ed. Pergaminho, Lisboa, Portugal, 1998, p.11.

    36 THOMSON, Oliver, Uma Histria da propaganda, Lisboa, Temas e debates, 2000, p.14.

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    A noo de estratgia implica a ideia de gesto criteriosa de

    recursos para alcanar um alvo. Reere-se a um saber que buscao modo mais adequado para alcanar certos objectivos pelo re-

    curso a determinados meios: esta relao dialctica entre fns e

    meios leva a um propsito, a uma resoluo.

    A palavra deriva do termo grego strategos que combina

    stratos, exrcito, e agein, liderar / conduzir e quer dizer afuno do general do exrcito (Freire, 2000: I8), isto , a arte

    de dirigir as operaes militares (Baquer, in Prez, 2001: 25).

    J Plutarco (sc. I d. C.) a define como aquilo que levado a

    cabo por um chefe que se caracteriza pela sua viso do futuro,

    vantagem, compromisso ou resoluo, sublinhando tambm

    ele, na sua acepo, as capacidades do lder.37

    A estratgia a organizao e coordenao de meios e m-todos capazes de alcanar objectivos. tambm a escolha do

    caminho mais eficaz, bem como, a preparao da implemen-

    tao da aco no terreno. Neste sentido, o sucesso de uma

    aco concertada depende, em grande medida, da estratgia

    adoptada.

    Uma estratgia bem definida verifica-se quando uma aco implementada na perfeio, sem que existam confrontaes,

    oposies ou objeces aos objectivos pretendidos.

    Um plano estratgico deve apresentar as caractersticas se-

    37 REI, J. Esteves, Comunicao estratgica, Edies Andr Verssimo, Porto, 2002, p. 18.

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    guintes: sntese, simplicidade e beleza. A primeira tem a ver com

    o nmero de segmentos em que a tarea ou empreendimento sedividem: algo de pragmtico, concreto e til, evitando ser extenso

    e vago. A segunda diz respeito ao nmero de partes concretas,

    sua descrio e justifcao de opes. A terceira decorre das

    anteriores e mostra as escolhas eitas sobre onde se vai ou no ou

    no vai (Vasconcelos e S 1997: 76-84).

    A qualidade de uma estratgia depende da optimizao dosrecursos, por natureza escassos, ou seja, h que ser-se selectivo:

    indispensvel, em primeiro lugar, azer opes estratgicas e, de

    seguida, az-las correctamente.38

    Uma das atribuies do responsvel de comunicao

    construir um plano (a ser apresentado ao poder executivo)

    onde se descrevam as aces consertadas, com a finalidade deatingir um objectivo global, ou seja, no existe um nico cami-

    nho para atingir determinado fim, da a complexidade qual

    necessrio corresponder com a estratgia mais acertada.

    O conceito de estratgia est ligado a uma situao proble-

    mtica, de conflito, cuja resoluo no se apresenta de forma

    clara, numa primeira anlise e cujos resultados no so conhe-cidos, da a necessidade de estabelecer uma estratgia para en-

    contrar solues adequadas para atingir os objectivos globais

    da empresa.

    38 REI, J. Esteves, Comunicao estratgica, Edies Andr Verssimo, Porto, 2002, p. 22.

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    A principal virtude de uma estratgia de comunicao est

    em que todos dispem e partilham certas directrizes claras sobrea comunicao a realizar, concentrando e direccionando os esor-

    os. Esta uno tanto mais importante quanto, na estratgia

    de comunicao, a coerncia de discursos e de mensagens poder

    estar ameaada pela pluralidade de vozes, que podem emitir co-

    municaes a partir da organizao.39

    Para que se implemente uma estratgia de comunicao

    necessrio: estabelecer um ou vrios objectivos vitais para a

    empresa ou instituio, pois quando uma empresa no tem

    objectivos bem definidos no sabe o que pretende e portanto

    no precisa de estratgia alguma. Escolher de entre as vrias

    alternativas em anlise, a que aparentemente, oferece mais cre-

    dibilidade. Dada o desconhecimento dos resultados, neces-srio estar atento aos agentes concorrentes, estar consciente da

    limitao dos recursos, para o estabelecimento do plano geral

    com aces concretas de actuao em funo da natureza da

    situao conflito, que permitam de forma gradual atingir o ob-

    jectivo final.

    Strategic communications does not consist o sending out an

    occasional press release or publishing an op-ed once a year. It

    means that an organization treats media relations and commu-

    nications as important, ully integrated, consistent, and ongoing

    39 Idem, p. 50.

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    others who command respect rom ront-line workers, as well.

    Look or creativity and out-o-the-box thinking among sta, vo-lunteers, and others who can help.41

    Assim, a comunicao estratgia passa tambm por envolver

    toda a organizao na sua totalidade, directores, trabalhadores,

    directores, voluntrios, lderes de opinio, e todas as pessoas

    que se prestarem a ajudar, pois s desta forma, se constri umarealidade que ultrapassa a perspectiva do tcnico de comuni-

    cao, na medida em que quantas mais contribuies se apre-

    sentarem melhor ser o resultado.

    Communication destine qui sincrit dans une logique

    daction et de rsultats. La communication stratgique sordonne

    autour de trois modalits, qui caractrisent chacune un certaine

    approche de la communication par les acteurs qui la mettent en

    oeuvre.

    1 Modalit symbolique: stratgies de communication appe-

    lant une rponse de la part du destinataire, en termes symboli-

    ques.

    2 Modalit relle: injonction, appelant de la part du desti-nataire un passage l`acte ou une prise de position dans le rel

    dune situation.

    3 Modalit imaginaire: sduction, appelant de la part du

    destinataire un investissement imaginaire sur lnnonciateur ou

    41 Idem, p.4.

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    Comunicao escrita

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    Introduo

    A comunicao escrita assume um papel relevante na pre-

    servao de documentrios, vestgios, registos histricos, datas

    e arquivos que constituem a memria de uma cultura indivi-

    dual e colectiva.

    O objectivo desta terceira parte reside na apresentao de al-

    guns dos meios escritos que se revelam teis para a promoo

    e divulgao das pessoas ou instituies, contribuindo para a

    construo, manuteno de uma imagem que se pretende po-

    sitiva junto dos seus pblicos-alvo.

    Alguns destes meios so: construo de stios na Internet,

    artigos de opinio, as cartas ao director, as entrevistas, as men-

    sagens escritas publicadas em revistas de imprensa, jornais,

    blogs, bem como a prpria televiso, que alm da viso e adi-o, tambm utiliza as mensagens escritas com o propsito de

    tornar pblico, promover opinies, posies e consideraes

    dos indivduos, entidades ou organizaes procurando dife-

    renciar-se dos demais ou defender as suas reivindicaes.

    Assim, os vrios meios de comunicao escrita servem tam-

    bm para a promoo e valorizao pessoal e ou institucional,

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    A utilizao dos media e de outros meios de comunicao

    escrita que podem ser de ndole local, regional, nacional ouinternacional, com o objectivo de promoo, divulgao e ma-

    nuteno da imagem e performance pessoal contribuem de

    forma significativa para partilhar ideias, sentimentos, habili-

    dades, pessoais e profissionais capazes de melhorar o marke-

    ting pessoal.

    Escrever os seus sentimentos um meio de se assimilar a si

    prprio e fcar aliviado, porque se esvaziou, reduziu a tenso

    que as emoes negativas colocam em si. tambm uma orma

    excelente de aprender mais sobre si, porque ver e compreender

    melhor do lado de ora, quando l o que escreveu. Aqui esto

    algumas orientaes que podem ser teis quando escreve:44

    O simples acto de escrever serve para aliviar a tenso, li-

    bertar as emoes negativas, compreender melhor aquilo que

    fazemos por ns prprios e pelos outros. Ajuda tambm a

    transpor para o exterior os nossos pensamentos, opinies, su-

    gestes e contribuir para a construo de uma imagem que vai

    sendo consolidada mediada que vamos escrevendo, compre-endendo e melhorando os conhecimentos perante os diversos

    actores sociais.

    44 NOYES, Randi B., A arte da liderana pessoal, Editora actual, 2 edio, Lisboa, 2006, pg. 139)

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    Variaciones de los espacios de comunicacon

    Real ImaginrioReal Prensa escrita Histrias, literatura antstica

    Virtual Representaciones en

    prensa escrita en or-

    mato digital

    Representaciones de histrias,

    literatura antstica en ormato

    digital (ciberespacio)45

    Segundo este autor existem dois espaos imaginrios que

    esto construdos socialmente; sendo um espao real trans-

    mitido pela imprensa escrita, (naturalmente sujeito subjecti-

    vidade do emissor) com histrias reais, de esperana, com os

    seus medos, receios e as sua aspiraes, e outro espao virtual

    que apresenta histrias fantsticas reflectindo a imaginao

    criativa dos sonhos, das percepes e projeces que tambmesto construdas no imaginrio social.

    A utilizao da Internet

    Os meios electrnicos tm, nos dias de hoje, uma utilizao

    considervel, pois cada vez mais a comunicao estabeleci-

    45 Adaptado de: KLEINSTEUBER, Hans.J. , El surjimento del ciberespacio, in BENEYTO, Jos Vidal, La

    ventana global,, Ed. Taurus, Madrid, 2002, pg. 53.

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    da electronicamente entre as pessoas, instituies e empresas

    facilitando e aproximando a interactividade entre emissores ereceptores atravs de um mundo cada vez mais global.

    Nuestra propuesta consite en considerar Internet como un

    instrumento capaz de acilitar una ciudadana participativa. No

    nos reerimos solamente a las condiciones orecidas por los dis-

    tintos tipos de soware para otorgar accesso a la inormacin ydotar de competncia al ciudadano, sino tambin debe conside-

    rarse como un mdio de comunicacin que permite la interacci-

    n entre dos diemensiones, la nacional y la internacional, dentro

    de procesos bidireccionales de mediacin en sentido vertical, de

    abajo arriba y de arriba abajo. Como los mdios que la ham pre-

    cedido, Internet es un elemento que omenta procesos de media-

    cin politica como consecuencia de la participacin popular.46

    Como meio de comunicao escrita, visual digitalizada a

    Internet assume-se, na actualidade, tambm, como um ins-

    trumento de participao na vida econmica, politica e social,

    contribuindo para uma maior interactividade e bidirecionali-

    dade comunicacional entre as pessoas, empresas e organiza-es. Assim, este instrumento de comunicao pode ter uma

    importncia primordial para comunicar a competncia dis-

    tintiva de uma pessoa no desenvolvimento das habilidades de

    percepo, convivncia social e profissional, liderana, carisma.

    46 PAQUETE DE OLIVEIRA, Jos Manuel, Internet como instrumento para la participacin ciudadana, in

    BENEYTO, Jos Vidal, La ventana global,, Ed. Taurus, Madrid, 2002, pg. 118.

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    Como exemplo de comunicao pessoal no seu formato

    digitalpode ser a construo de um stio na Internet Websi-te pessoal, cujos objectivos podem ser divulgar os seus dados

    pessoais, misso, viso, o curriculum, os valores, atitudes, com-

    portamentos, artigos publicados, a experincia, as habilidades,

    as funes desempenhadas, os produtos e servios, as empre-

    sas ou organizaes com quem colabora, bem como, trabalhos

    ou servios efectuados, e referncias e contactos, entre outros.

    Alguns autores, como Nicholas Negroponte, Walter Bender e

    Rober Fidler, tem-se ocupado na investigao e desenvolvimento

    de jornais personalizados. Negroponte reere-se a esta modalida-

    de como o Dirio de Mim (Daily Me) e nela os interesses par-

    ticulares e especfcos de cada leitor assumem a maior importn-

    cia, permitindo-lhe receber apenas os artigos desejados por si.47

    O objectivo essencial desta investigao tem como princpio

    fundamental cada pessoa ter a possibilidade de ter apenas as

    notcias, comunicaes, publicidade, documentrios e estudos

    de acordo com os seus interesses, motivaes, interesses, pois

    aquilo que se pretende definir pacotes informativos inteira-mente de acordo com as necessidades, desejos e motivaes de

    uma determinada pessoa e no outra.

    47 BASTOS, Hlder, Jornalismo electrnico, Ed. Miner va, Coimbra, 2000, pg. 118.

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    Clareza

    A mensagem deve ser elaborada com simplicidade. O signif-cado tem de ser o mesmo para o emissor e para o receptor.

    Continuidade e consistncia

    A comunicao requer um processo reiterativo.

    Para conseguir uma completa aceitao e, por conseguinte, a

    persuaso, tem que se repetir continuamente as mensagens quese desejam inculcar.

    Canais de comunicao

    Devero empregar-se os habituais, que so usados pelo recep-

    tor

    Capacidade do auditrio

    A comunicao tem a mxima efccia quanto menor esoro

    se requer ao receptor.48

    Segundo o autor para uma eficaz persuaso dos diferentes

    pblicos so necessrios alguns requisitos como: credibilidade,

    contexto, contedo, clareza, continuada e consistncia, capaci-dade do auditrio e canais de comunicao. Sobre os canais

    de comunicao fundamental seleccionar os meios de comu-

    nicao capazes de melhor corresponder s expectativas dos

    pblico alvos, pois, se a Internet pode ser um excelente meio

    48 CABRERO, Jos Daniel Cabrero, CABRERO, Mrio Barquero, O livro de ouro das Relaes Pblicas,

    Ed. Porto editora, Porto, 1996, Pg. 41.

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    tratgia descreve o percurso da estratgia, que atravessa dieren-

    tes zonas geogrfcas - as perspectivas do Balanced Scorecard.Durante este percurso o Mapa conta a histria da estratgia e

    mostra como podero ser testadas as suas hipteses, atravs das

    relaes causa - eeito estabelecidos entre os objectivos.50

    A comunicao da estratgia aplicada s organizaes visa

    implementar nos colaboradores, um conjunto de procedimen-tos capaz de identificar relaes de causa - efeito para os objec-

    tivos propostos sendo claro que o que se pretende na prtica

    estabelecer metas que aps estarem definidas de forma escrita

    sejam naturalmente compreendidas e aceites pelos interve-

    nientes e a sua performance passveis de medio e controlo.

    A gesto eficiente do tempo

    odos os colaboradores numa organizao devem contri-buir para executar a estratgia implementada, atravs de ta-

    refas e procedimentos dirios com o propsito de contribuir

    para uma melhoria contnua de todo o organismo devendo a

    estratgia ser eficiente e simultaneamente capaz de constituir

    50 PINTO, Francisco, Balanced Scorecard, Ed. Slabo, 1 edio, Lisboa, 2007, pg. 76.

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    telefone, o correio electrnico ou por intermdio da simples

    presena fsica no programa, contribuem para a construo doimaginrio colectivo onde a palavra se democratiza e o espa-

    o televisivo contribui para a construo da actualidade onde

    a cidadania desempenha um papel de relevo

    Na liderana, por exemplo, as seguintes palavras de Lao

    zu tornaram-se justamente famosas:

    Um lder melhor,

    Quando as pessoas mal se apercebem da sua existncia,

    No to bom quando as pessoas elogiam o seu domnio,

    Menos to bom quando as pessoas se levantam por medo,

    Pior, quando as pessoas o desprezam.

    Se no honrar as pessoas, elas tambm no o honraro.

    Mas de um bom lder, que ala pouco,

    Quando a sua tarea realizada, o seu trabalho eito,

    As pessoas dizem, Fizemo-lo sozinhas.54

    As ideias, pensamentos, atitudes e comportamentos, ex-

    pressos de forma escrita ou oral por grandes pensadores, so

    sementes duradoiras que saindo do indivduo, ou de um gru-po restrito de pessoas, passam para uma massa heterogenia

    de pessoas constituindo assim o reconhecimento e populari-

    dade que pode em certos casos perpetuar-se por muitos scu-

    los de existncia.

    54 ADAIR, Jonh, Aprenda com os grandes lderes, Ed. Europa-Amrica, Mem Martins, Sintra, 2003, pg. 52.

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    Os bons lderes no so transmissores impessoais de in-

    formao. ambm comunicam os seus pensamentos interio-res, emoes e estado de esprito. Em particular, transmitem

    energia. m a capacidade de inspirar ao mesmo tempo que

    informam. Como disse Lorde Roserbery em relao a William

    Pit, o Velho: O que conta no apenas aquilo que dito, mas

    o homem que o diz, a personalidade que respira atravs das

    frases.55

    Aquilo que dito representa apenas uma parte do processo

    de comunicao que se pretende eficaz, pois, a personalidade,

    o carcter, a determinao, a emoo, o tom de voz e o gesto

    (cinestesia), so elementos relevantes para uma boa comuni-

    cao.

    As palavras que geram aco

    Neste sentido, a diferena reside na capacidade que muitosdos grandes lderes tm em transformar a comunicao em

    aco, pois muitas das vezes tm, tal a capacidade objectiva do

    discurso e da fora das ideias, capacidade para se concretiza-

    rem na realidade.

    55 Idem, pg. 142.

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    Croix, de mme quen Grande-Bretagne, mme si les engage-

    ments conservateur ou travailliste du Sun ou du Mirror sont con-nus, leurs achat nimplique pas une sujtion partisane. Il aut y

    ajouter depuis quelques annes les supports dinormation gra-

    tuits quotidiens du type Mtro, ou 20 minutes, un nouveau mode

    de diusion dont le lectorat et les modes de onctionnement sot

    ort voisins de celui de la presse quotidienne payante classique,

    achat mis part.``57

    A comunicao escrita como um instrumento de marke-

    ting poltico assume nos dias de hoje um papel importante,

    na medida em que nos meios de comunicao escritos surge

    frequentemente, notcias, artigos de opinio, cartas do leitor,

    mensagens, sobre os candidatos s listas partidrias que po-

    dem influenciar positiva ou negativamente a opinio pblica.Como podemos verificar nos jornais de alguns pases da eu-

    ropeus, comprados ou gratuitos, existem orientaes politicas

    prximas de um ou de outro candidato, deste ou daquele par-

    tido, que de uma forma directa ou indirecta vo gradualmente

    construindo posies, movimentos de uma forma continuada,

    alimentando assim as diversas correntes de opinio pblica.

    Forte questionamento do papel dos media na sua relao

    com a sociedade e com os cidados individuais, a partir de acon-

    tecimentos de grande impacto na opinio pblica e de grande

    57 MAAREK, PHILIPPE, J. Communiation marketing de lhomme politique, Ed. Litec, 3edio, Paris, 2003,

    pg. 175.

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    Captulo II

    Parte IPerformance e marketing pessoal

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    cidades intelectuais, sociais e profissionais;

    Visar o desenvolvimento e crescimento pessoal, projec-tando-o para o exterior;

    Desenvolver relacionamentos interpessoais com o ob-

    jectivo de se tornar um diferencial estratgico;

    Implementar aces e eventos capazes de promover a

    sua imagem pessoal;

    Possuir atitude projectiva para divulgar, implementar erealizar projectos pessoais, profissionais e sociais;

    Descobrir o caminho a seguir para alcanar o sucesso;

    Definir as possibilidades de conseguir obter mais in-

    formaes, conhecimentos, contactos e o retorno do

    investimento;

    Crescer emocionalmente nas relaes interpessoais;

    Recolocar-se no mercado de emprego, atravs de umaboa interaco na rede de relacionamentos;

    Descobrir meios de conseguir melhores salrios, me-

    lhor qualificao no mercado;

    Estar sempre em conformidade com o que o mercado

    procura e aumentar a rede de contactos;

    Conseguir a ascenso profissional e social, conquistan-do objectivos, divulgar o seu talento e ser feliz.

    No contexto do marketing pessoal, cada pessoa, com as suas

    ideias, atitudes e comportamentos, deve ajustar os seus pon-

    tos fracos e fortes s ameaas e oportunidades existentes no

    mercado de trabalho. Assim, como pessoa e profissional deve

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    ser flexvel, adaptando-se s mudanas do ambiente interno

    (ideias, princpios, atitudes, comportamentos, etc), ou seja, aoque somos realmente, bem como, a tudo o que se processa no

    ambiente externo (empresas, instituies, economia, meio am-

    biente, leis de mercado, tecnologias de comunicao, etc.)

    fundamental aprender a pensar estrategicamente em bus-

    ca de coerncia entre os actos e a realidade do ambiente que

    envolve as pessoas, ou seja, quanto melhor se efectuar uma efi-ciente anlise ambiental, melhor elas se compartam nas dife-

    rentes situaes.

    O sucesso pessoal e profissional dependem, em grande me-

    dida, da preparao, adaptao e implementao de objectivos

    a curto, mdio e longo prazo, bem como, da persistncia, da

    aprendizagem contnua ou permanente busca de realizao

    pessoal.Alguns dos princpios do marketing pessoal so:

    O auto-conhecimento, ou seja, quanto melhor o ser hu-

    mano se conhece (pontos fortes e fracos) mais conse-

    guir rentabilizar o seu saber na prtica.

    A comunicao, como factor verdadeiramente funda-

    mental para a transmisso bidireccional de ideias, sen-timentos, comportamentos e atitudes, para satisfazer as

    suas necessidades e aspiraes. A Comunicao signifi-

    ca na sua sntese a compreenso mtua.

    O entusiasmo essencialmente a emoo vivida atra-

    vs de todas as expresses faciais, corporais e mentais

    sentidas em toda a forma de comunicao.

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    As relaes humanas, tais como, o elogio, o incentivo

    partilhados com as pessoas que nos rodeiam, constituium aspecto positivo para aceitao e reconhecimento

    pessoais.

    O controlo das preocupaes constitui sem dvida,

    uma das ferramentas importantes para estabilidade

    emocional e para o desempenho eficaz das tarefas di-

    rias e continuadas. A memria apresenta-se como apoio fundamental a

    todas as actividades e aces humanas e o seu contri-

    buto para a eficincia e sucesso pessoal e empresarial.

    A liderana, ou o direito a ser seguido, pelas suas po-

    tencialidades, seus ensinamentos, devendo no entanto,

    estar legitimada pelos seguidores.

    A definio de objectivos, a curto, mdio, longo prazo, sem dvida um dos mais importantes factores para o

    sucesso, pois, sem objectivos, qualquer caminho pode

    ser seguido.

    O marketing pessoal assume-se como uma organizao es-

    truturada, no sentido de ser preparada como um guia para re-alizar os objectivos, ambies, desejos e motivaes pessoais.

    Neste sentido, os aspectos fundamentais so a definio dos

    objectivos, estratgias e metas, que devem ser concordantes

    com a conscincia e os valores pessoais.

    O sucesso pessoal no acontece por acaso, assim como, no

    existem poes mgicas para ter xito. Existem normas ou

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    McCarey teoriza que o marketing pessoal passa por quatro

    ases:1. A criao de uma imagem pblica bem defnida.

    2. O estabelecimento de relaes pessoais de mxima efccia.

    3. A venda pessoal; a conquista de clientes.

    4. Uma permanente preocupao com a satisao dos clientes

    conquistados.60

    A imagem pblica de uma pessoa contribui em muito para

    o impacto pessoal desta, para com todo o sistema de trocas

    sociais em que vive, pois, todas as pessoas, constantemente,

    tentam vender as suas ideias, opinies, produtos ou servios.

    Assim, as atitudes, comportamentos, opinies podem transpor

    mais ou menos credibilidade, honestidade, confiana e profis-

    sionalismo, que vo influenciar toda a aceitao social.Outro factor fundamental para o fortalecimento de uma

    imagem de credibilidade e confiana consiste na transmisso

    congruente entre as mensagens transmitidas e a realidade pro-

    duzida.

    Relativamente ao estabelecimento de relaes duradouras,

    estas so os pilares para uma interaco eficaz entre uma pes-soa e a sociedade. Neste sentido, os relacionamentos pessoais

    constituem a conectividade e interactividade junto do todo so-

    cial, no qual se solidifica o conhecimento pessoal, a amizade,

    o apoio e a construo de laos duradouros eficazes na imple-

    60 PENTEADO, J. Rober to Whitaker,Como eles chegaram l, Editora Campos, Rio de Janeiro, 1999, p.19.

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    6. Melhor do que saber responder saber perguntar.

    7. A pessoa mais importante do mundo, num negcio, o seu clien-te.

    8. Se voc no acreditar em voc mesmo quem vai acreditar?61

    Nesta perspectiva, podemos observar que alguns factores

    importantes para o sucesso pessoal passam pelo conhecimen-

    to do maior nmero de pessoas, das suas experincias, assimcomo, da solicitao de sugestes e opinies que vo enrique-

    cer e aperfeioar os conhecimentos da pessoa que os solicita.

    O poder pessoal

    O poder pessoal caracteriza-se por ser a realizao de um

    objectivo, a concretizao de aces concretas, capazes de

    movimentar a mxima energia positiva, procurando, de for-

    ma sustentada, agir como se as ideias e pensamentos fossem aprpria realidade.

    Sempre que voc tiver um pensamento e agir como se ele osse

    real, ele se tornar real para voc. Repita o mesmo pensamento

    61 PENTEADO, J. Rober to Whitaker,Como eles chegaram l, Editora Campos, Rio de Janeiro, 1999, P. 21.

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    ou outro parecido com alguma requncia e ele se tornar uma

    proecia auto-realizadora. odos os pensamentos se tornam umaenergia maniesta como realidade. Se voc quiser maniestaes

    positivas, pense positivo e tenha aces positivas62

    Os pensamentos que cada pessoa tem, geram respostas f-

    sicas no corpo, pois antes de algo ser real, em primeiro lugar

    constitui ideia ou pensamento na prpria pessoa. Os pensa-mentos no se podem dissociar da realidade, eles so o incio

    da construo dessa realidade.

    Assim, os pensamentos negativos impedem os seus porta-

    dores de conseguirem os seus objectivos, de atingirem as me-

    tas pretendidas, enquanto que os pensamentos positivos trans-

    formam as dificuldades em oportunidades, transformando o

    que seria um falhano em verdadeiros sucessos.Neste sentido, quando se pretende alcanar um objectivo,

    deve-se fechar os olhos e imaginar a concretizao do mesmo,

    pois, com este pensamento, construmos uma sinergia positiva

    que arrasta as diferentes aces, contribuindo para motivao

    e fora interior to necessria para o sucesso.

    O poder pessoal a habilidade de azer mudanas signif-

    cativas e ocasionar um resultado desejado de orma planeada e

    eectiva. H trs elementos-chave para utilizar seu poder pessoal.

    O primeiro a sua habilidade de inuenciar o mundo de

    62 RUBINO, Joe, O poder do sucesso, So Paulo, Market books, 2001, p. 95.

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    orma signifcativa. O segundo elemento sobre ter poder pessoal

    envolve a orientao dos resultados. O terceiro elemento impor-tante a ser considerado a determinao.63

    Nesta perspectiva, o poder pessoal a capacidade de gerar

    aco, ou seja, de alterar ideias, atitudes e comportamentos,

    procurando, desta forma, produzir os resultados esperados.

    As pessoas poderosas no se acomodam s circunstncias, aosobstculos, s contrariedades, mas pelo contrrio, estes servem

    para estudar e ajustar as estratgias aos desejos e objectivos

    pretendidos.

    Assim, o poder pessoal reside na busca contnua de resul-

    tados, na persistncia, no aperfeioamento de capacidades, na

    aprendizagem contnua, e na determinao com que se luta.

    A nica forma de agir no presente. Como nunca ser ahora de agir, faa uso de seu poder como diz a Nike: Just do

    it Apenas faa!64

    Neste sentido, o poder pessoal passa por ter a capacidade

    de influenciar atravs de uma comunicao que gera aco, ou

    seja, atravs da demonstrao pragmtica e aplicvel aos ob-

    jectivos propostos, bem como, da apresentao na prtica dosresultados da sua importncia. odavia, para que isso acontea

    fundamental, depois de definir o campo de aco, pr em

    prtica todo potencial pessoal, no sentido de melhorar cons-

    tantemente os resultados obtidos.

    63 Idem, p. 95.

    64 RUBINO, Joe, O poder do sucesso, So Paulo, Markets Books, 2001,p. 97.

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    Atingir seu poder signifca completar seu passado. rata-se de

    amar a si mesmo por quem voc e no ter medo de abrir suaguarda e permitir que os outros o amem. Quando o seu passado

    no mais o assola, voc pode viver com uma autenticidade que

    vem do seu prprio ser. Ento, voc tem a liberdade de se concen-

    trar na inveno do seu uturo conorme reinventa a si mesmo

    de propsito.65

    Neste sentido, a realizao pessoal passa pela aceitao e

    a compreenso do seu ser ou da sua pessoa, com o seu passa-

    do, presente e tudo aquilo que poder desenvolver no futuro,

    pois o poder pessoal passa por melhor compreender quais as

    suas qualidades, as suas motivaes, os anseios, bem como, os

    aspectos que precisam de ser melhorados, com muito fora

    de vontade, trabalho e dedicao, coordenada, metdica e se-quencial.

    Desta forma, o nosso passado pessoal reflecte o que somos,

    nos dias de hoje, nunca poder reflectir o futuro, pois este vai-

    -se construindo momento a momento, passo a passo de acordo

    com os objectivos previamente definidos e consequentemente

    realizados.

    H dois tipos de poder no mundo. Um deles o poder posicio-

    nal, que depende da posio que voc ocupa num determinado

    contexto (por exemplo, o presidente de uma empresa tem mais

    65 Idem, p.103.

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    Relacionamento Interpessoal

    As relaes cordiais entre as pessoas so de extrema impor-

    tncia para o entreajuda, que as pessoas crescem, aprendem e

    ajudam a construir vivncias cada vez mais eficazes quer indi-

    vidualmente quer em sociedade.

    A aprendizagem ao longo da vida apoia-se nos homens e

    mulheres considerados de referncia, que apresentam ideiasque so linhas orientadoras, de projectos que em conjunto

    se implementam, de normas de conduta consideradas vlidas,

    que servem de guia a cada pessoa.

    pois, um conselho de um amigo ou de um especialista, que

    cria uma zona de conforto no interior da qual nos sentimos

    vontade para ultrapassar os obstculos no local de trabalho em

    frente ao superior hierrquico ou na vida pessoal.

    Criamos assim, na nossa vida, uma zona de conorto.

    dicil aprender ou azer coisas novas, doloroso mudar ati-

    tudes porque isso est ora da zona de conorto.

    Aquilo que no amiliar tambm no conortvel e, assim,

    passa a ser inconveniente. No entanto, a verdadeira aprendiza-gem ocorre sempre ora da zona de conorta.67

    Assim, a zona de conforto o espao prprio de cada ser hu-

    mano. So as atitudes, crenas, as ideias, os comportamentos

    67 RIBEIRO, Lair, Comunicao Global, Ed. Pergaminho, Lisboa, 1 edio, 1998, p. 19.

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    usados em cada momento de vida.

    No entanto, saindo desta zona que o ser humano se deparacom a novidade, com novas aprendizagens, com perspectivas

    diferentes, e, desta forma, vai gradualmente evoluindo no co-

    nhecimento e enriquecimento pessoal.

    A entreajuda fortalece as relaes tornando-as mais slidas

    e duradouras, constituindo uma base de confiana necessria

    para a aquisio de novos hbitos e relaes pessoais de fiabi-lidade e confiana.

    emos constatado o mesmo resultado em sucessivos estudos:

    os grupos positivos ajudam as pessoas a azer alteraes positi-

    vas, especialmente se as relaes orem sinceras, de confana e

    psicologicamente seguras.68

    O optimismo gera positividade na medida em que gera ac-

    o nos grupos de pessoas que comungam dos mesmos inte-

    resses, desejos e necessidades. Da que os grupos no sejam

    mais do que espaos pblicos de cada indivduo, ou seja, so

    a unio das vontades individuais onde o todo mais que a

    soma das partes.Cada indivduo deve entender as suas emoes e sentimen-

    tos permitindo, desta forma, desenvolver a harmonia nas di-

    versas formas de relacionamento interpessoal, proporcionan-

    do, ao mesmo tempo, caminhos menos conflituosos com os

    68 GOLEMAN, Daniel, BOYATZIS, R, MCKEE, A, Os novos lderes, Ed. Gradiva, 1 edio, Lisboa, 2002,

    p.186.

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    outros, procurando realizar objectivos pessoais e organizacio-

    nais.O verdadeiro xito no relacionamento interpessoal reside

    na capacidade de cada indivduo se descobrir a si mesmo, de-

    senvolvendo as qualidades de empatia e aceitao pelos outros.

    Figura 2

    Relacionamento interpessoal

    Assim, necessrio aprender a lidar com os conflitos, gerir

    emoes e desafios em ambientes hostis, como stress, medo,

    depresso, raiva, insegurana, inveja, arrogncia, egosmo

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    e ansiedade.

    Criar confiana em si e nos outros, pois a confiana deveser recproca para que haja harmonia e entendimento mtuo

    e salutar.

    Desenvolver habilidades de liderana e de ser liderado, no

    sentido em que um lder deve ter a capacidade de aglutinar as

    divergncias e obter a aceitao do grupo.

    Cultivar relaes pessoais especiais, isto , que tenham como

    nico objectivo ajudar-nos a percorrer o caminho da melhoria

    da capacidade de liderana, essencial. Como vimos, os conse-

    lheiros e os mentores ajudam-nos a descobrir os nossos prprios

    sonhos e aspiraes, a perceber as nossas oras, as nossas raque-

    zas e o eeito que temos nos outros, e guiam os nossos passos na

    execuo do plano de aprendizagem.69

    As relaes de cordialidade entre as pessoas, quando ver-

    dadeiras, levam prossecuo das tarefas, levam auto-rea-

    lizao e cumprime