20110215ANALISE PAMPLONA
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INFLUENCIA DOS PARAMETROS FISICO-QUIMICOS E MICROBIOLÓGICOS DO CÓRREGO PAMPLONA NA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO SANTA CATARINA.
Gabriel Caixeta Martins , José Miguel Ribeiro Tosta, Reinaldo dos Reis Silva, Gilberto dos Reis Ferreira e Gilmar Gonçalves Ferreira. [email protected]
Apoio: Votorantim Metais, Prefeitura Municipal de Vazante e Faculdade do Noroeste de Minas – FINOM.
Resumo
Este trabalho visa verificar qual a contribuição que o córrego Pamplona, possui frente às modificações nos parâmetros físico-químicos do rio Santa Catarina. Alguns trechos do rio apresentam fortes indícios de contaminação, os quais podem estar sendo causados por alguns de seus afluentes. O córrego Pamplona corta a cidade de Vazante – MG, e recebe, direta ou indiretamente, lançamentos de dejetos e resíduos urbanos. Os quais podem ser os responsáveis pelas possíveis alterações nos parâmetros de qualidade. Várias amostras de água foram coletadas e analisadas, desde a nascente até a foz do córrego Pamplona, e verificaram-se as alterações nos parâmetros de qualidade e o comportamento do rio Santa Catarina ao receber suas águas.
Palavras-chave: Qualidade da água, Efluentes, Resíduos
Introdução
Os recursos hídricos de uma região são fundamentais para o seu desenvolvimento econômico e social. O desenvolvimento industrial e urbano ocorreu ao longo dos cursos de água e o sucesso deste esta relacionado com a quantidade e qualidade da água presente nos corpos hídricos. Entretanto, em contrapartida ao crescimento populacional, juntamente com os incrementos industriais e agrícolas, ocorrido nas ultimas décadas verificou-se uma redução da qualidade da água, em consequência do lançamento de efluentes líquidos e sólidos nos corpos receptores1,3,5. O objetivo geral deste trabalho consiste no diagnóstico da qualidade da água do Córrego Pamplona, e correlação entre os parâmetros do mesmo e os do Rio Santa Catarina.
Material e métodos
Foram coletadas, ao longo do córrego, as
informações referentes as suas principais
características, verificando os pontos de
lançamento de efluentes e acumulo de resíduos
sólidos, de assoreamento, e os pontos para a
coleta das amostras. Foram realizadas análises
físico-químicos e microbiológicos laboratoriais das
águas do córrego Pamplona.
Os resultados das análises, juntamente com
as informações coletadas "in locu", foram
relacionadas e comparadas com a legislação
vigente visando à determinação dos parâmetros
de qualidade do corpo hídrico.
Resultados e discussão
As análises apresentam concentração de carbono orgânico total (COT) inferior a 2 mg/l, este parâmetro varia de 1 a 20mg/l em águas superficiais não poluídas. Os valores crescentes dos Coliformes fecais/termotolerantes nos indicam presença de lançamentos de efluentes ao longo do córrego Pamplona, uma vez que, estes são ausentes nas nascentes e atingem valor de 34 UFC/100ml no ponto em que deságua no rio Santa Catarina. Mostram também que estes lançamentos são insignificantes, e que o corpo receptor consegue autodepurar-se, uma vez que os índices de DBO e DQO apresentam-se baixos e não há variação das concentrações de COT. Os valores para DQO foram inferiores a 3,3mg/l, caracterizando-o como um ambiente não poluído, sendo que em águas não poluídas varia até 20mg/l.
Referências
1.GIORDANO, Gandhi. Tratamento e Controle de
Efluentes Industriais. Apost. ABES, Mato Grosso,
UFMT, 2004. 81p.
2.GODOI, Evelyn Loures de. Monitoramento de águas
superficial densamente poluída - o Córrego Pirajuçara,
região metropolitana de São Paulo, Brasil. 2008. 116 f.
Dissertação (Mestre em Ciências Na Área de
Tecnologia Nuclear - Materiais) - Usp, São Paulo,2008.
3.MAYER, M. G. R. et al. Variação espaço-temporal da
qualidade das águas de um rio poluído com esgoto
doméstico (PB- Brasil). In: CONGRESSO
INTERAMERICANO DE INGENIERIA SANITÁRIA Y
AMBIENTAL, 26., Lima: 1998. p. 1 - 14.
4.MELLO, Antônio de Oliveira. Vazante, meu bem
querer. Vazante: Prefeitura Municipal e Votorantim |
Metais, 2003. 288p.:il.
5.ZIMMERMANN, Ciro Maurício. Avaliação da
qualidade do corpo hídrico do rio Tibagi na região de
Ponta Grossa utilizando análise de componentes
principais(PCA). Quim. Nova, Vol. 31, Nº7, 1727-1732,
2008.
Conclusão
Foi possível verificar pontos de lançamentos de efluentes domésticos, de acumulo de materiais inertes, e a presença de pequenos peixes e invertebrados. Os resultados das análises físico-químicas e microbiológicas mostram que, as águas do córrego Pamplona apresentam qualidade relativamente boa apesar da grande quantidade de materiais inertes no leito e que o córrego não interfere significativamente nos parâmetros de qualidade do rio Santa Catarina devido a baixa vazão e a qualidade de suas águas. O trabalho ainda está em andamento, estão sendo feitas repetições das análises de alguns parâmetros, DBO, DQO e Fósforo Total. E ainda estão sendo realizadas de forma mais detalhada análises microbiológicas ao longo do córrego Pamplona.
Figura 2: Pontos de Coleta
Resultados e discussão
O oxigênio dissolvido (OD), apresenta-se abaixo dos padrões para classe II, pode estar associado as vazões do córrego, e não a contaminações orgânicas, pois os níveis de matéria orgânica (<0,5mg/l) são baixos. Os resultados mostram um diagnóstico temporal da qualidade deste corpo hídrico, sabendo que estes apresentam uma variação em seus parâmetros ao longo do tempo e do espaço, devido a fatores naturais ou antrópicos, portanto servirão como base para posteriores estudos que analisarão essas variações ao longo do tempo.
PC - 1 PC - 2 PC - 3
PC - 4 PC - 5 PC - 6
Figura 1: Análise de Condutividade e STD.
Agradecimentos
À Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM - e ao
Centro Brasileiro de Educação e Cultura - CENBEC -
pelo apoio financeiro e incentivo.
Figura 2: Análise de Turbidez, pH e STS.