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4 EQUIPE DE SAÚDE A contribuição da equipe de saúde à sociedade, pela capacidade de captar as necessidades da população pela exposição de suas demandas e condições em que vivem, deve ser instrumento de planejamento, por trazer a reflexão das necessidades da população dos próprios profissionais de saúde. Com isso a ligação que se estabelece através dos profissionais entre a instituição e a sociedade torna-se mecanismo de decisões conjuntas em favor da qualidade da (Brasil, Ministério da Saúde, 2004). Os idosos representam um segmento da população que, se reveste de características de heterogeneidade entre gênero, inclusive no modo de viver e adoecer. Tais características reforçam a necessidade de investir no aperfeiçoamento de recursos humanos compondo equipes multiprofissionais, integradas por pensar, com enfoque gerontológico e geriátrico, para intervir no processo de saúde e doença. A equipe multiprofissional mobilizada, para a atenção ao idoso é integrada por profissionais: médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, odontólogos, entre outros, capacitados para a abordagem interdisciplinar. As equipes capazes de passar aos idosos o treinamento adequado, para autocuidado, contribuem para que os mesmos se incorporem ao sistema, favorecendo cuidados pessoais, e adoção de atitudes solidárias.

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RESUMO GERIATRIA

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EQUIPE DE SAÚDE

A contribuição da equipe de saúde à sociedade, pela capacidade de captar

as necessidades da população pela exposição de suas demandas e condições em

que vivem, deve ser instrumento de planejamento, por trazer a reflexão das

necessidades da população dos próprios profissionais de saúde.

Com isso a ligação que se estabelece através dos profissionais entre a

instituição e a sociedade torna-se mecanismo de decisões conjuntas em favor da

qualidade da (Brasil, Ministério da Saúde, 2004).

Os idosos representam um segmento da população que, se reveste de

características de heterogeneidade entre gênero, inclusive no modo de viver e

adoecer. Tais características reforçam a necessidade de investir no aperfeiçoamento

de recursos humanos compondo equipes multiprofissionais, integradas por pensar,

com enfoque gerontológico e geriátrico, para intervir no processo de saúde e

doença.

A equipe multiprofissional mobilizada, para a atenção ao idoso é integrada

por profissionais: médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais,

fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas,

odontólogos, entre outros, capacitados para a abordagem interdisciplinar.

As equipes capazes de passar aos idosos o treinamento adequado, para

autocuidado, contribuem para que os mesmos se incorporem ao sistema,

favorecendo cuidados pessoais, e adoção de atitudes solidárias.

O cuidado familiar, na própria comunidade e domicílio constitui mecanismo

de apoio aos idosos e depende de orientações pelos profissionais. Os idosos com

doenças crônicas, e com limitações físicas ou mentais são beneficiados evitando-se

a busca por serviços institucionais, internações e reinternações hospitalares.

Os cuidados em domicílio com visitas, intervenções e a internação

domiciliar, implementam intervenções de grande valia, ao manterem idosos

fragilizados no conforto do lar e no seio familiar, reverter ou retardar incapacidades e

evitando o desgaste da internação hospitalar prolongada.

As ações gerontológicas de atenção primária à reabilitação, a opera-

cionalização da assistência ao idoso depende de programas de capacitação com

profissionais para a prevenção efetiva de incapacidades e/ou a recuperação da

capacidade funcional, em pessoas idosas.

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O sistema de saúde lida com grande demanda de idosos com doenças

crônicas, incapacitantes, até mesmo permanentes, vítimas de desassistência e não-

acesso a ações preventivas da saúde. Assim a assistência para o atendimento

dessas demandas carece de reordenação dos serviços de saúde, em especial nas

áreas de reabilitação, para a formação e a pós-graduação de especialistas em

Geriatria e Gerontologia. Logo, estimula-se a implantação de serviços que

desenvolvam o ensino e pesquisas clínicas e epidemiológicas e que fortaleçam

práticas de saúde, reduzindo a dor e o fardo que repetidas internações, sequelas e a

invalidez física ou mental.

A equipe de saúde, atende aos idosos e precisam identificar aqueles mais

fragilizados, denunciar e intervir na violação dos direitos pessoais, negligência,

maus-tratos e todo tipo de violência praticada contra idosos, porque infelizmente

muitas dessas ações são praticadas, pelos próprios familiares de idosos.

INSTITUIÇÕES E SOCIEDADE

As instituições sociais e a sociedade devem desenvolver políticas e

programas que promovam o envelhecimento ativo e saudável sem deixar de

responder às necessidades institucionais para os idosos fragilizados. São, então,

primordiais as medidas de atenção primária para promover saúde e prevenir

doenças.

O Estatuto do Idoso e a Vigilância Sanitária são de suma importância para a

regulamentação, fiscalização e controle dos serviços e assistência às pessoas

idosas.

Mudanças no perfil de rnorbidade e mortali-dade dos adultos, e o

crescimento do segmento dos mais velhos (85 anos de idade), aumentarão a

demanda pelos serviços de prestadores de cuidados de saúde, de longa-

permanência, estabelecendo prioridade para o sistema de saúde estratégias que

permitam a permanência dos idosos na comunidade.

O desafio de prover serviços às múltiplas demandas para atender os idosos

impõe o planejamento de médio e longo prazos e recursos de fontes específicas, e

manutenção desses serviços de responsabilidade entre os setores público e privado

sias três esferas de governo.

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O crescimento acelerado dos investimentos e despesas demandará revisão

e avaliações dos orçamentos dos sistemas de saúde, previdência e assistência

social, pois as situações demográfica e epidemiológica estão em transição.

Caberá à sociedade desenvolver ações Intersetoriais, incluindo-se a

Educação, para às necessidades de informações do processo de envelhecimento,

no sentido de oferecer-lhes oportunidades educacionais que elevem a auto-estima e

possibilidades criativas aos profissionais com o objetivo de adequar a formação às

demandas dos idosos.

DECISÃO POLÍTICA

Nas políticas de saúde, são adotadas decisões seqüenciais e inter-

relacionadas a formulação de fatores intervenientes e interdependentes, como

ocorre nas políticas sociais.

As necessidades coletivas abordadas pelo processo político em que se

manifestam os atores sociais resultam em poder decisório sobre as ações,

vinculadas à formulação e ao controle das decisões.

A capacidade para adotar decisões envolve a população e um espaço

territorial, e a tem que possuir poder real ou poder formal. Poder político institucional

ou formal é competência do Estado, que adota decisões, tem a força para as impor.

Outra arena para minimizar conflitos na tomada de decisões é aquela que

diz respeito aos recursos escassos, sejam eles humanos, materiais etc.

Atualmente, são da maior importância os meios de comunicação rápidos,

como a informática, agilizando ações planejadas e a avaliação de desempenho.

POLÍTICAS PÚBLICAS, PLANOS E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE SAÚDE EM FAVOR DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Temos hoje uma população mundial em crescimento exponencial e

expectativa de vida muito maior que há poucos anos. Nunca houve tantos idosos

demandando políticas para promover capacidade funcional com a vida integrada e -

participativa na comunidade. Com isso, a promoção da saúde ao envelhecimento

ativo, em suas dimensões -- física, mental, social e espiritual — deve fazer parte do

empenho político em programas de desenvolvimento humano.

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No entanto, estruturar programas de envelhecimento e saúde deve tero

mesmo como um aspecto da vida em sua totalidade, e não apenas entender os

idosos como um grupo estático, separado do resta da população. Assim, a

Organização Mundial de Saúde redireciona estratégias para programas e práticas

tais como:

Considerar o envelhecimento parte do ciclo vital, sem compartimentar a

assistência à saúde dos idosos;

Promover a saúde em longo prazo: tendência para concentrar a atenção no

processo de envelhecimento saudável, considerando que todas as pessoas, têm

possibilidades de melhorar a saúde à medida que passam os anos;

Observar as influências culturais: o contexto em que vivem as pessoas como

parte importante de sua saúde e de seu bem-estar;

A atual estrutura institucional de saúde do país e a escassez de recursos

humanos, materiais e financeiros para atendimento às demandas de idosos em

condições precárias respaldam a observância das diretrizes de desospitalização.

Com vista a assistência domiciliar, e promoção de autocuidado e o desenvolvimento

de recursos sociais efetivos.

Assim surgiram importantes direcionamentos do Ministério da Saúde, com a

Portaria n.° 1.395, de 9 de dezembro de 1999, determinando que órgãos e entidades

envolvidos com a Política Nacional de Saúde do Idoso, elaborem ou a readéquem

seus planos, programas, projetos em conformidade com as seguintes diretrizes:

promoção do envelhecimento saudável, manutenção da capacidade funcional,

assistência às necessidades de saúde do idoso, reabilitação da capacidade

funcional comprometida, capacitação de recursos humanos especializados, apoio ao

desenvolvimento de cuidados informais e apoio a estudos e pesquisas. Do Ministério

da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANISA, pela Resolução de

Diretoria Colegiada de 27 de janeiro de 2005, estabeleceram-se as normas de

funcionamento de instituições de longa permanência e de serviços sociais de

atenção ao idoso no Brasil, com mudanças nas modalidades desses serviços,

A Organização Pan-americana de Saúde em Conferência Sanitária Pan-

Americana recomenda políticas, planos e programas institucionais de atenção aos

idosos, que as práticas se concentrem em três áreas:

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Programas gerais de base comunitária que proporcionem ambientes para o

envelhecimento com saúde. e programas destinados a apoiar a provisão familiar de

atenção, proteger a dignidade dos idosos e evitar a institucionalização de pessoas

debilitadas.

Programas destinados a fortalecer a opacidade do nível de atenção primária

de saúde para melhorar a qualidade de atenção dada aos idosos, evitando

atendimento de emergência dos hospitais públicos.

Programas destinados a proporcionar incentivos para estimular a autonomia,

a atividade socialmente produtiva e geração de renda para as pessoas mais velhas.

CONCLUSÕES

A formulação de políticas e a implantação de modelos de programas e

serviços de saúde carecem da coleta de indicadores de saúde de pesquisas que

deem visibilidade às questões peculiares aos idosos, constituindo-se em formulação.

Com isso, pesquisas que considerem grupos socioeconômicos distintos, as

várias faixas etárias, as interferências das condições de saúde sobre as atividades

de vida diária, as doenças que prevalecem nos idosos e o comprometimento da

autonomia e da independéncia são exemplos de instrumentos que podem nortear a

formulação de políticas públicas de saúde para o envelhecimento.

Com base em fundamentos legais que orientem o tema e o envolvimento de

todos os atores, sejam eles os idosos, a equipe de saúde, os e gestores, a aceitação

dos planos e o engajamento de todos determinarão uma política pública de saúde e

bem-estar para a população idosa.

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REFERÊNCIAS

FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Ligia. Tratado de geriatria e gerontologia. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.