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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE COMUNICAÇÃO, ARTES E DESIGN DEPARTAMENTO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA 2.º COLÓQUIO do PROGRAMA de PÓS-GRADUAÇÃO em MÚSICA da UFPR Organização: Coordenação do PPG Música O colóquio do PPGMúsica/UFPR é um evento para congregar professores, alunos e pesquisadores do Programa de Pós- Graduação em música da UFPR e de outras instituições, com o objetivo de compartilhar e difundir as investigações e estudos desenvolvidos no âmbito do programa e de seus grupos de pesquisa. Este evento também oferece créditos aos alunos do PPGMúsica matriculados nas disciplinas de Seminário de Pesquisa II (nível mestrado) e Seminário Avançado de Pesquisa II (nível doutorado). Participam da orientação dos trabalhos os seguintes professores doutores: Danilo Ramos, Edwin Pitre, Guilherme Romanelli, Norton Dudeque, Roseane Yampolschi, Rosane Cardoso de Araújo, Silvana Scarinci, Valéria Lüders e Zélia Chueke.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁSETOR DE COMUNICAÇÃO, ARTES E DESIGN

DEPARTAMENTO DE ARTESPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA

2.º COLÓQUIO do PROGRAMA de PÓS-GRADUAÇÃO em MÚSICA da UFPR

Organização: Coordenação do PPG Música

O colóquio do PPGMúsica/UFPR é um evento para congregar professores, alunos e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em música da UFPR e de outras instituições, com o objetivo de compartilhar e difundir as investigações e estudos desenvolvidos no âmbito do programa e de seus grupos de pesquisa.

Este evento também oferece créditos aos alunos do PPGMúsica matriculados nas disciplinas de Seminário de Pesquisa II (nível mestrado) e Seminário Avançado de Pesquisa II (nível doutorado).

Participam da orientação dos trabalhos os seguintes professores doutores: Danilo Ramos, Edwin Pitre, Guilherme Romanelli, Norton Dudeque, Roseane Yampolschi, Rosane Cardoso de Araújo, Silvana Scarinci, Valéria Lüders e Zélia Chueke.

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CRONOGRAMA GERAL

:: SESSÃO 1 – sexta-feira 17/06 de 09h30 às 13h30

09h30 - Introdução pela coordenação10h00 - Aglaê Machado Frigeri10h40 - Alexandre Gonçalves 11h20 pausa11h30 - Fábio Rodrigo Serpe 12h10 - Vinícius Gomes 12h50 - Camila Fernandes Figueiredo

:: SESSÃO 2 – sexta-feira 17/06 de 14h30 às 19h20

14h30 - Francisco Wildt15h10 - Rafael Alexandre da Silva 15h50 - Clayton Rosa Mamedes16h30 pausa16h40 - Nathalia Lange Hartwig 17h20 - Reginaldo Marcos do Nascimento 18h00 - Felipe Viana Estivalet 18h40 - Tiago Madalozzo

:: SESSÃO 3 – sábado 18/06 de 9h30 às 13h00

09h30 - Daniel Zanella dos Santos 10h10 - Adailton Pupia 10h50 - Carlos Eduardo de Andrade Silva Ramos11h30 pausa11h40 - Atli Ellendersen12h20 - Thiago Plaça Teixeira 13h00 - Sérgio Monteiro Freire

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Caderno do 2.º COLÓQUIO do PROGRAMA de PÓS-GRADUAÇÃO em MÚSICA da UFPR

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RESUMOSSESSÃO 1

AVALIANDO A APRENDIZAGEM ACADÊMICA AUTORREGULADA Aglaê Machado Frigeri

Neste colóquio será feita uma breve apresentação e discussão sobre o Motivated Strategies for Learning Questionnaire (MSLQ), ou seja, Questionário de Estratégias Motivadas para Aprendizagem, desenvolvido por Paul Pintrich eequipe (Universidade de Michigan) em 1991. O questionário foi elaborado para avaliar as orientações motivacionais dos estudantes universitários e o uso queeles fazem de diferentes estratégias de aprendizagem em uma disciplinauniversitária. Baseado numa ampla visão cognitiva da motivação e deestratégias de aprendizagem, o questionário contém duas seções: 31 itensrelacionados à motivação (avaliando os objetivos e valores dos alunos quanto auma disciplina) e 50 itens relacionados a estratégias de aprendizagem (sendo 31 itens avaliando o uso, por parte dos alunos, de diferentes estratégias cognitivas e metacognitivas e outros 19 itens relacionados à maneira como osestudantes lidam com diferentes recursos), e tem sido amplamente utilizado porpesquisadores estadunidenses, além de ter sido traduzido para outras línguas como francês, alemão, espanhol, italiano, fi nlandês, sueco, norueguês, holandês, húngaro, grego, japonês, chinês, hindu e árabe. Alguns artigos maisrecentes relacionados ao uso do questionário e a propostas de adequação domesmo também serão utilizados neste trabalho. Este questionário, portanto, será adaptado e considerado como instrumento para coleta de dados da pesquisa de doutorado em andamento, cujo tema é a aprendizagem autorregulada de alunos de rítmica.

A LEITURA MUSICAL À PRIMEIRA VISTA NOS CURSOS DE MÚSICA DE UNIVERSIDADES BRASILEIRAS DA REGIÃO SUL: UM ESTUDO COM BASE NA TEORIA SOCIOCOGNITIVA SOBRE PROCESSOS DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Alexandre Gonçalves

Esta comunicação apresentará a primeira etapa de desenvolvimento da pesquisa de doutorado sobre o estudo dos processos de ensino/aprendizagem envolvidos na Leitura Musical à Primeira Vista (LMPV) em cursos de música de Universidades Brasileiras da região Sul, com base na teoria sociocognitiva de Albert Bandura (1986;1997). Será possível observar as variáveis comportamentais existentes entre aluno, colegas, professores e o ambiente de sala de aula, durante o ensino e a aprendizagem da LMPV, distanciando-se das concepções exclusivamente fi siológicas, tidas como responsáveis pela aprendizagem da LMPV, conforme os trabalhos de Kochevitsky (1967), Kaplan (1987), Wristen (2005), Sloboda (2005), Unglaub (2006), Paiva e Ray (2006), Fireman(2010), e Risarto (2010). A primeira fase desta pesquisa apresentará o levantamento quantitativo de Universidades brasileiras que possuem cursos superiores de música e que ofertem a disciplina de LMPV em sua grade curricular, e os procedimentos para elaboração do instrumento de coleta de dados. Tendo-se esse instrumento de coleta de dados guiado pela teoria social cognitiva será avaliado: a) como as crenças de autoefi cácia podem interferir no resultado da aprendizagem da LMPV; b) quais contribuições o aumento dos níveis das crenças de autoefi cácia trarão para a aprendizagem da LMPV; c) e quais estratégias aluno e professor podem adotar para aumentar o nível dessas crenças, motivando o aluno a aprender e praticar de maneira mais efi ciente.

VIOLA CAIPIRA : CRIAÇÉAO E REFLEXÃO ESTÉTICA BASEADA NA LIVRE IMPROVISAÇÃO, NO TIMBRE E NO GESTO MUSICAL

Fábio Rodrigo Serpe

O autor deste projeto de pesquisa se propõe a desenvolver um trabalhoartístico na área de criação musical a partir de uma aproximação entre a violacaipira, desde seu contexto performático e sócio-cultural, e o universo da músicade concerto contemporânea, particularmente, por meio de estudos sobre a livreimprovisação, o timbre e o gesto no repertório

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musical dos séculos XX e XXI. Afinalidade do projeto é apresentar novas possibilidades sonoras e composicionaispara a viola caipira, de modo a ampliar o seu repertório. Desse modo, estapesquisa se valerá, inicialmente, de uma investigação de elementoscaracterísticos do repertório tradicional da viola caipira, tanto do ponto de vista deseus materiais musicais como dos resultados sonoros gestuais mais idiomáticos,do estudo de processos de escrita e da pesquisa de técnicas estendidas na performance deste instrumento e de outros afins – na música atual –, com autilização da livre improvisação servindo como reservatório de materiaisexperimentais a serem desenvolvidos durante a composição. Posteriormente, seráelaborado um memorial, com detalhamento das decisões relevantes tomadas durante o processo composicional, bem como uma reflexão sobre as escolhasestéticas, gestos e técnicas utilizadas.

ALMA: A EXPERTISE PIANÍSTICA DE EGBERTO GISMONTIVinícius Gomes

Expertise é a área da cognição que estuda o quão o ser humano desenvolve suas atividades em nível de excelência e as estratégias cognitivas para que ela seja alcançada em diversas atividades, como na aviação ou nas cirurgias médicas, sendo também utilizada para o desenvolvimento musical. E nessa área, muito já se trabalhou em aspectos referentes ao treinamento realizado para a execução da música de concerto. Porém, quando se buscam estudos sobre o desenvolvimento da expertise em compositores brasileiros, o numero de estudos é escasso. Egberto Gismonti, multiinstrumentista de reconhecimento internacional, possui uma maneira peculiar de tocar e improvisar ao piano, o que faz do músico um expert. Portanto, o objetivo geral dessa pesquisa é verificar as estratégias cognitivo-motoras empregadas por Egberto Gismonti e, a partir delas, traçar práticas deliberadas para que estudantes de piano possam obter uma sonoridade pianística similar aquelas apresentadas por este compositor. Para isso, o trabalho foi divido em três etapas. A primeira consiste numa pesquisa documental sobre a historia de vida de Egberto Gismonti; a segunda consiste da análise das transcrições completas para piano do álbum Alma (EMI-Odeon, 1986), gravado pelo compositor; e a terceira, de um estudo longitudinal com quatro séries de exercícios envolvendo diferentes habilidades com o objetivo proporcionar com que estudantes de piano desenvolvam uma expertise nas competências musicais percebidas na obra analisada. Esta apresentação contará com trechos da pesquisa ainda em andamento.

A APRENDIZAGEM MUSICAL DE ESTUDANTES COM AUTISMO POR MEIO DA IMPROVISAÇÃOCamila Fernandes Figueiredo

Na sala de aula o estudante com TEA poderá apresentar prejuízo na interação social, prejuízo na comunicação verbal e não–verbal e padrões de comportamento, interesses ou atividades restritas, repetitivos e estereotipados. O objetivo desta pesquisa foi estudar a aprendizagem musical em estudantes com transtorno do espectro do autismo (TEA). Os pressupostos desta pesquisa estão fundamentados na teoria histórico-cultural de Vigotski em que a constituição do sujeito é determinada por fatores socioculturais e seu desenvolvimento e aprendizagem estão relacionados ao acesso da cultura mediada pelo outro. A improvisação musical é compreendida como um processo criativo dependente do contexto sociocultural em que o indivíduo está inserido e parte do processo de aprendizagem musical. A hipótese desta pesquisa é que a improvisação musical possa facilitar o aprendizado dos elementos duração e altura da criança com o TEA. A metodologia adotada foi a de pesquisa-ação. A ação pedagógica foi realizada com doze estudantes de ambos os gêneros, com idades entre seis e treze anos em uma Escola Estadual de Educação Básica Modalidade Especial situada em Curitiba (PR). Foi elaborado um instrumento de avaliação de aprendizagem musical, validado por sete professores graduados em música. Ao final da coleta de dados foi realizada uma avaliação da aprendizagem musical por três juízes externos, professores graduados em música. Os resultados apontaram para índices positivos na categoria aspectos gerais indicando que os estudantes com TEA são capazes de freqüentar aulas de música. Os resultados mais significativos foram encontrados nas categorias duração e altura porque destacaram um aumento da pontuação entre pré e pós-teste constatando a aprendizagem da altura e duração pelos estudantes. A improvisação musical possibilitou que os estudantes trouxessem conteúdos, práticas e sentidos provenientes de seus contextos e que estes fossem re- significados pela professora gerando novas aprendizagens.

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SESSÃO 2

AS CANÇÕES EM PORTUGUÊS DE ALBERTO NEPOMUCENO: ELEMENTOS DE INTERTEXTUALIDADE NO PROJETO DO LIED BRASILEIRO

Francisco Koetz Wildt

Esta é uma pesquisa em andamento, cujo principal objetivo é a realização de um mapeamento dos caminhos percorridos pelas canções em português de Nepomuceno, consideradas, em seu conjunto, como realização de um projeto de canção artística brasileira, aos moldes do lied romântico. Procuro sustentar que a fundamentação dessa trajetória, marcada pela tensão entre a assimilação e aplicação de modelos consagrados da música europeia e a busca por uma voz nacional, é a concepção romântica do lied, onde a ênfase no individualismo e na expressão interior não descartam, contudo, a incorporação de modelos ou traços estéticos nacionais. Souza, pondo em cheque a visão de Nepomuceno como precursor do nacionalismo modernista, enfatiza a importância de modelos românticos para o compositor: “O que importa ressaltar aqui é que estas são evidências decisivas de que o estilo das canções de Nepomuceno nasce e se forja na assimilação de estilos e tópicos da música romântica universal, e não, como se pretendeu, apenas pela manipulação de registros folclóricos brasileiros” (2010, p. 46). Partindo desse pressuposto, procurarei situar as canções de Nepomuceno diante de um pano de fundo referencial composto, por um lado, pelo paradigma do lied romântico e por outro, pela busca pela expressão de uma identidade nacional. A análise musical estará voltada a aspectos tais como: textura e escrita instrumental, relação texto/música, estrutura linear e harmonia/tonalidade. Não se trata, contudo, de eliminar o traço nacional do projeto estético do compositor – caracterizado, em parte, pelo desejo de compor canções genuinamente brasileiras – mas de situá-lo frente à perspectiva cosmopolita, onde a busca por uma voz nacional tem como ponto de partida a assimilação de modelos europeus.

A NARRATIVIDADE MUSICAL COMO POSSIBILIDADE POÉTICA – RESULTADOSPARCIAISRafael Alexandre da Silva

Sendo a narratividade parte integrante do fenômeno musical, a compreensão dos mecanismos e estruturas musicais que contribuem para a formação da narrativa, sobretudo em uma obra instrumental, pode ser manipulada pelo compositor como parâmetro composicional estruturante do discurso musical, assim como o ritmo, o timbre, as alturas, etc. A narratividade aparece no campo de pesquisa como possibilidade analítica a posteriori, concebida enquanto compreensão e interpretação do fenômeno musical, mas não enquanto possibilidade poética já sistematizada. Portanto, propomos a sistematização do conceito de narratividade musical e seus elementos geradores com vistas à poiésis, à criação musical. Historicamente, o conceito de narratividade em música surgiu associado aos conceitos de narratividade em literatura, quase sempre sob uma perspectiva semiótica. Como alternativa, propomos uma abordagem fenomenológica da narratividade musical, compreendendo o contato primeirio do ouvinte com uma obra instrumental como já ensejando uma narrativa. Assim, a fenomenologia de Edmund Husserl (1859-1938) servirá de referencial teórico e epistemológico para a compreensão deste fenômeno. Através de revisão bibliográfi ca, buscaremos na literatura trabalhos que integrem fenomenologia e música e, posteriormente, que integrem o conceito de narratividade em m·sica, em seus múltiplos aspectos, para então propormos uma abordagem fenomenológica da narratividade musical, e modos pelos quais a fenomenologia possa contribuir para a compreensão da narratividade em música, com aproveitamento para a criação musical. A partir disso, comporemos cinco obras para orquestra de câmara, cuja ideia norteadora seja construir narrativas musicais, ou ainda, romper com a narratividade, manipulando os elementos sonoros e parâmetros musicais que a geram. Como resultado parcial da pesquisa e revisão bibliográfi ca, apresentaremos as ideias de Ferrara (1984), Batstone (1969), Biancorosso (2012) e Macedo (2003; 2012), acerca da fenomenologia em m·sica, e de AlmÚn (2008), Angelo (2014), Natt iez & Ellis (1990), Kramer (1991), Hatt en (1991) e Tarasti (2013), acerca da narratividade musical.

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APONTAMENTOS SOBRE O COMPORTAMENTO DOS VISITANTES EM INSTALAÇÕES AUDIOVISUAIS INTERATIVAS

Clayton Rosa Mamedes

Esta apresentação aborda o processo criativo da instalação audiovisual Caminho das águas e analisa o comportamento dos visitantes ao interagir com a obra. Descrevemos o projeto conceitual da instalação, relacionando-o ao design para o modelo de controle interativo e para a organização do conteúdo audiovisual. Apresentamos também a implementação computacional da obra, descrevendo: 1) a estrutura que abrange a captura e a análise de movimento dos visitantes utilizando câmeras de vídeo tridimensionais; 2) o modelo de controle formal da obra, que organiza sua evolução no tempo; 3) o modelo de processamento de áudio e vídeo. Fundamentados por um método de análise desenvolvido durante a pesquisa, o qual inclui análises de questionários, análises estatísticas sobre os dados de movimento e análises estésicas sobre o resultado audiovisual gerado pelos visitantes, observamos a ocorrência de padrões gestuais e de correlações entre o processo interativo e a formação artística dos visitantes. Por fim, apresentamos a evolução nas diretrizes da pesquisa, atualmente em andamento, as quais propõem ampliar o modelo analítico com o objetivo de integrar aspectos cognitivos e socioculturais aos dados analisados.

A INSERÇÃO DO SALÃO ESSENFELDER NO CENÁRIO MUSICAL DO RIO DE JANEIRO (1931-1940): O ESPAÇO E SEUS PERSONAGENS

Nathalia Lange Hartwig

O Salão Essenfelder era um espaço dedicado a apresentações musicais no Rio de Janeiro, fundado pelo fotógrafo Nicolas Alagemovits dentro de seu estúdio, conhecido como Studio Nicolas. Esse espaço ganhou destaque por abrigar diversas manifestações artísticas e, especificamente no âmbito musical, por oferecer programação variada que incluía concertos, conferências e palestras com músicos de renome nacional e internacional. Alguns deles foram fotografados por Nicolas, dos quais destacamos: Ernesto Nazareth, Francisco Mignone, Guiomar Novaes e Arthur Rubinstein. Além de fotógrafo, Nicolas era pianista e compositor. Ressalta-se também a sua atuação como incentivador de cultura através da associação artística criada por ele com esse objetivo, o Movimento Artístico Brasileiro. As informações sobre as apresentações podem ser encontradas de forma fragmentada através da imprensa musical e de programas de concerto. Tendo como foco as apresentações musicais com a participação de pianistas, percebeu-se que esses se apresentavam no Salão Essenfelder e em outros locais de prestígio do Rio de Janeiro. Portanto, o objetivo do presente trabalho é comprovar a relevância do Salão Essenfelder no cenário artístico do Rio de Janeiro no período entre 1931 e 1940  (respectivamente o ano de sua fundação e o da morte de seu fundador) através das apresentações musicais com a participação de pianistas. A metodologia adotada inclui pesquisa exploratória e documental seguida de análise documental e de conteúdo. Tendo como fonte principal a imprensa musical, a pesquisa realizada até o momento revela a importância do papel desempenhado por este fotógrafo de origem romena, com sua personalidade artística e prestígio, e pelos pianistas que se apresentaram em seu Salão, no processo de inserção deste estabelecimento na vida musical do Rio de Janeiro.

O MOVIMENTO CORPORAL E A ERGONOMIA DO INSTRUMENTO NAS ESCOLHAS DA CONSTRUÇÃO MUSICAL

Reginaldo Marcos do Nascimento

O projeto que tenho desenvolvido no curso de doutorado investiga o ensino do piano na Música Popular Brasileira e um dos importantes aspectos que tenho observado é a relação corporal do pianista com o seu instrumento. Algumas pesquisas têm apontado que os resultados musicais muitas vezes surgem em decorrência da compreensão e vivência de questões ergonômicas. Por meio de uma relação física dinâmica na qual se envolve, um instrumentista busca adaptar-se a morfologia de seu instrumento. Essa relação acaba por estabelecer padrões de movimentos que são definidos e limitados pela forma do instrumento. Assim o pensamento musical pode ser delimitado também como resultado de padrões de movimento físico. As estruturas musicais não são apenas reflexo de padrões auditivos e escolhas mentais mas também como consequência de movimentos organizados no espaço que incorporam aspectos visuais, cinestésicos, táteis e auditivos.

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VELHO LÉON E NATÁLIA EM COYACÁN E AS DINÂMICAS CULTURAIS NA MILONGA HÍBRIDA DE VITOR RAMIL

Felipe Viana Estivalet

Nos estudos acadêmicos que tomam como tema a canção popular, são frequentes os usos da ideia de gênero musical, tanto por musicólogos (FABBRI, 1982) quanto por cientistas sociais (FRITH 1996; SHUKER 2001; JANOTTI JR 2006; TROTTA, 2008). Todavia, tais perspectivas preocupam-se mais em defi nir os gêneros do que propriamente dar conta de suas modifi cações e hibridações. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns apontamentos sobre as dinâmicas no gênero milonga realizadas pelo cantautor Vitor Ramil. Tomo por recorte a milonga Velho Léon e Natália em Coyoacán (Leminski/Ramil), da qual as transformações abordadas fazem parte de minha dissertação em andamento. Através de etnografi as das performances (SEEGER, 2008) e apoiado em uma perspectiva interdisciplinar e na noção de dinâmicas culturais na música apresentada por Merriam (1964), enfatizo além das modifi cações sonoras , processos socioculturais como hibridismos contrastivos (PIEDADE, 2011), sentidos e discursos subjacentes à tais dinâmicas.

AVALIAÇÃO DO ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 5 E 6 ANOS NA MUSICALIZAÇÃO INFANTILTiago Madalozzo

O tema desta pesquisa de Doutorado em andamento é a musicalizaçãoinfantil enquanto estratégia ativa de práticas musicais em um ambiente de educaçãonão-formal para crianças entre 0 e 8 anos de idade. A partir de observações prévias,parte-se do pressuposto de que há um período evidente de perda de interesse dascrianças no processo de musicalização por volta dos 6 anos. Desta forma, o objetivogeral da pesquisa é observar e elencar diferentes indicadores de envolvimento dascrianças em atividades musicais, considerando o estudo de turmas de sujeitos de 6anos de idade. A hipótese é de que há um menor envolvimento nesta faixa etária porconta de aspectos que vão além dos musicais, ligados principalmente a fatorescognitivos e educacionais, na medida em que esta idade é defi nida pela passagemda educação infantil para os anos iniciais do ensino fundamental (Neves, Gouveia eCastanheira, 2011). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa participante(Ezpeleta e Rockwell, 1989) a partir de um estudo de etnografi a educacional comcrianças de seis anos de idade, tomando-se como referência de análise o nível deenvolvimento de crianças com dois anos, já que nesse período o envolvimento coma música é intenso (Delalande, 2003; Campbell, 1998). Alguns indicadores deenvolvimento previamente selecionados a partir de estudos anteriores (Madalozzo eMadalozzo, 2011; 2014) são o olhar da criança, a oralidade, a manipulação do som,o brincar (Delalande, 2003; Huizinga, 1996), aspectos da cultura infantil (Dubet eMartuccelli, 1996), e mesmo indicadores de fl uxo (Czikszentmihalyi, 1990;Custodero, 2005) como a perda de noção de tempo ao longo da atuação musical. Apesquisa encontra-se em etapa inicial de revisão bibliográfi ca e metodológica.

SESSÃO 3

ELEMENTOS DE REPRESENTAÇÃO INDIANISTA NOS POEMAS SINFÔNICOS DE HEITOR VILLA-LOBOS: UMA ANÁLISE DE ASPECTOS MELÓDICOS E RÍTMICOS

Daniel Zanella dos Santos

Esta apresentação expõe os resultados iniciais do primeiro ano da pesquisa de doutorado do autor, em andamento no PPGMUS da Universidade Federal do Paraná, que se concentra na análise da representação indianista nos poemas sinfônicos de Heitor Villa-Lobos. Inicialmente, são comparados alguns aspectos do discurso do compositor sobre o indígena brasileiro com a obra “Ensaio Sobre a Música Brasileira” de Mário de Andrade, assim como com os manifestos “Pau-Brasil” e “Antropofágico” de Oswald de Andrade. Esta comparação procura problematizar as questões de apropriação cultural da arte modernista brasileira na primeira metade do século XX. Posteriormente, são abordados três poemas sinfônicos indianistas de Heitor Villa-Lobos, nomeadamente, Uirapurú (1917), Mandú-Çárárá (1940) e Erosão (1950), através de análises de aspectos melódicos e rítmicos constantes nas três peças que podem ser associados à representação do indígena. Na dissertação de mestrado intitulada “O elemento indígena na obra de Villa-Lobos: observações músico-analíticas e considerações históricas”, Gabriel Moreira elenca diversas estratégias utilizadas por

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Villa-Lobos para a construção de sua sonoridade indígena. Como as análises desta apresentação demonstram, os temas principais das três peças abordadas são prioritariamente construídos de acordo com as estratégias elencadas por Moreira: citação direta de temas obtidos em alguma fonte etnomusicológica ou temas originais compostos com elementos retirados das melodias indígenas originais, como o âmbito estreito da melodia (em torno de uma quinta justa), ritmos simples construídos sobre o pulso ou sua subdivisão simples e predomínio de graus conjuntos e saltos pequenos (principalmente de terça), e uso de ostinatos ritmicamente simples na região grave. Por fim o trabalho apresenta algumas relações intertextuais entre as obras comentadas e outras obras primitivistas da primeira metade do século XX, sobretudo da “fase russa” de Stravinsky.

TÓPICAS EM MÚSICA NA BACHIANAS BRASILEIRAS N. 2 DE HEITOR VILLA-LOBOSAdailton Pupia

Este trabalho consiste na análise da Bachianas Brasileiras n. 2 (1930) para orquestra, do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959), através da ótica da teoria das tópicas em música. Discute-se as relações intertextuais levando em consideração o contexto musical e social no qual o compositor estava inserido. Observa-se nesta obra a presença de elementos estilísticos, característicos da música popular brasileira, que podem ser associados com a música caipira, nordestina, afro-brasileira, dentre outros estilos. No caso da música brasileira, as tópicas de samba em um samba, como apresentado por Piedade (2015), não são relevantes para o seu público, porque elas se comportam como constituintes do próprio gênero, aparecendo no lugar certo, onde convencionalmente deveriam estar. Porém, quando uma tópica aparece em lugares incomuns ou em diferentes repertórios, como é o caso da Bachianas Brasileiras n. 2, produzem a necessidade de uma reinterpretação deste novo elemento gerado. Por hora, as tópicas ocorrentes nesta obra são: tópica “brejeiro”, tópica “época-de-ouro”, tópica “caipira”, tópica “afro-brasileira”, tópica “indígena” e tópica “nordestina”. Por meio da análise musical conectada com a teoria das tópicas em música possuímos a ferramenta analítica para observar e classificar essas relações intertextuais na obra em questão. O enfoque desta pesquisa visa fornecer subsídios analíticos com a intenção de observar de que forma Villa-Lobos dialogava com as influências herdadas dos estilos musicais da música popular brasileira, podendo assim auxiliar na literatura crítico-analítica dos processos de criação de Heitor Villa-Lobos.

FOLIA DO DIVINO EM GUARATUBA SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Carlos Eduardo de Andrade Silva Ramos

A presente pesquisa de doutorado traz como objeto de estudo a Folia do Divino no município de Guaratuba, Paraná. Trata-se de um ciclo tradicional de visitas musicais às casas de devotos do Divino Espírito Santo no período que vai desde a Páscoa até Pentecostes. A experiência prévia em campo, por meio da pesquisa de mestrado (RAMOS, 2012), já apontava para a complexidade das relações entre a Folia e a Paróquia local, tendo como pano de fundo as contradições sociais nos encontros e desencontros entre a cultura caiçara (DIEGUES, 2006; MARCÍLIO, 1986; NOVAK & DEA, 2005; PAES, 2010; BRITO & RANDO, 2003; SETTI, 1985,) e a cultura urbana capitalista e globalizada. A função social da Romaria nas comunidades rurais, em contraposição às funções da Festa do Divino, protagonizada pela Paróquia; a complexidade na participação de crianças e adultos na Folia; bem como as relações sociais entre os Mestres e Foliões; tudo isso levou à hipótese de que a Folia consiste numa prática musical imersa em situações de embate e conflito que exige tratamento analítico apropriado para a compreensão. Tal cenário impulsionou a busca por uma fundamentação teórica que permitisse uma análise de aspectos psico/sociológicos vinculados a essa manifestação musical/religiosa. Assim a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2007) foi definida como referencial teórico para este estudo. Tal teoria advém do campo da Psicologia Social, e propõe um novo paradigma para a compreensão das dinâmicas sociais através de um aprofundamento sobre o funcionamento do senso comum e suas implicações na percepção do mundo. A presente pesquisa é caracterizada como um estudo de caso (YIN, 2005) e a coleta de dados (em andamento) inclui ferramentas da etnografia, tais como, produção de registros sistemáticos em caderno de campo, áudio, transcrições e entrevistas (BARZ & COOLEY, 2008; CAMPBELL, 2013; ROCKWELL, 1987; SEEGER, 2008).

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FERRAMENTAS DE EXPRESSIVIDADE DO VIOLINO SOB PERSPECTIVA HISTÓRIA Atli Ellendersen

Tendo em vista a variedade, e – na opinião do autor – uma certa perplexidade ou hesitação, por parte de muitos, quanto às noções de expressividade em música, julga-se necessário iniciar a tese com uma defi nição clara e um delineamento específi co de conceitos para o viés da pesquisa que se pretende realizar. É dada importância ao assunto desde o século XVII (Descartes, 1649) e as primeiras pesquisas empíricas datam do fi nal do século XIX (Helmholtz, 1863, Lussy, 1873, Riemann 1884 et altri). No século XX as pesquisas avançam (Dolmetsch, 1915, Seashore, 1938, Schering, 1939 et altri) e desde a década de oitenta destacam-se pesquisadores como Juslin, Gabrielsson, Sloboda, Clarke, Palmer, Fabian, Doğantan-Dack, Leech-Wilkinson, Cook et altri.Serão explanadas as defi nições de expressividade em música apresentadas por Dorott ya Fabian, Renee Timmers, Emery Schubert (FABIAN, D. et al. (Ed.). Expressiveness in Music Performance, 2014) e Patrik N. Juslin (HALLAM, S. et al. (Ed.). The Oxford Handbook of Music Psychology, 2009). Entre os itens a serem tratados são: expressividade como consta na estrutura da música versus interpretação (manipulação) desta por parte do músico; diferença entre emoções básicas e afetos (valued aff ective experience).Estes elementos serão relacionados ao contexto do início da música escrita para violino no século XVII e as décadas que o antecedem que sofre infl uência, principalmente, da ligação com o canto, a palavra e a tradição do improviso (diminuições). O enfoque se dará nas opções de ação interpretativa do violinista da época. Deste modo, embora a pesquisa apresente claramente uma abordagem interdisciplinar, a metodologia principal será a da musicologia histórica com foco em interpretação/performance.

O SANCTUS DE ALBERTO NEPOMUCENO (1864-1920): UM CASO DE INTERTEXTUALIDADEThiago Plaça Teixeira

O músico brasileiro Alberto Nepomuceno (1864-1920) dedicou sua carreira sobretudo àmúsica de Concerto, seja por seu protagonismo no Instituto Nacional de Música, no Riode Janeiro, seja por seu trabalho de compositor e de regente. Mas Nepomuceno atuoutambém no âmbito da Música Sacra, colaborando no trabalho de recuperação da obra docompositor brasileiro Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), atuando nomovimento de regulamentação da Música Sacra na Arquidiocese do Rio de Janeiro ecompondo obras sacras. Entre estas, a mais representativa é a sua Missa para 2 vozesiguais e Órgão (em honra da Imaculada Conceição de Nossa Senhora), fi nalizada em08/12/1914 e dedicada ao então Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom JoaquimArcoverde, tendo sido executada justamente na Missa que marcou a celebração do jubileuepiscopal do Cardeal, em 26/10/1915, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Se,por um lado, a obra de Concerto de Nepomuceno se alinhava às tendências europeias doModernismo musical, a sua obra sacra demonstra que a principal infl uência estilística éoriunda do Movimento Cecilianista, que almejava produzir novas obras sacras em estreitaconsonância com as exigências litúrgicas da Igreja Católica e inspiradas no CantoGregoriano e na Polifonia de Palestrina. No presente trabalho, analisamos o Sanctus da Missa de Nepomuceno, primeiramente sob o aspecto estrutural (fraseologia, harmonia,contraponto e forma) e, em seguida, sob o viés da intertextualidade, comparando areferida obra com o Sanctus da Missa Te Deum Laudamus (de 1899), do compositoritaliano Pe. Lorenzo Perosi (1872-1956), que era, na época, o Maestro Perpétuo da CapelaSistina, no Vaticano, e renomado compositor de Música Sacra. Procuramos demonstrar ahipótese inicial de que o Sanctus de Nepomuceno teve como modelo o referido Sanctus de Perosi.

ORGANIZAÇÃO E CRIAÇÃO SONORA A PARTIR DE MULTIFÔNICOS NO SAXOFONESérgio Monteiro Freire

O autor deste projeto propõe uma apresentação de recital comentado, especifi camente ligado à pesquisa em andamento sobre multifônicos no saxofone enquanto matriz para composição musical. Neste recital serão executadas três obras: Talerè : Phoné de Maurício Dott ori (2015) para saxofone alto e percussão e, para quarteto de saxofones, Luminous de Joaquim Freire (2016) e O Cabeça de Cuia no Pinheiral de minha autoria (2016). O foco da pesquisa diz respeito a três problemas pertinentes à escrita de multifônicos para saxofone: (1) a ausência de uma terminologia unifi cada para as características físicas e possibilidades modulatórias de sons simples para sons múltiplos, no saxofone, e de múltiplos para

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múltiplos, que sirva para descrever categorias de multifõnicos; (2) o fato de que o conceito de acorde, convencionalmente usado para descrição de multifônicos, ofusca outras características sonoras do instrumento; (3) a disparidade que há entre os multifônicos como objeto de percepção e sua representação gráfica. Neste momento, o objetivo é realizar uma revisão crítica da literatura atual disponível sobre multifônicos, com o objetivo final de buscar uma aproximação entre o efeito desejado pelo compositor e as possibilidades sonoras que o instrumento lhe oferece. A terminologia usada por Keith Moore, em sua tese de dotourado A Multiphonic Reappraisal and the Alto Saxophone Concerto Radial (2014) serß fundamental para embasar a pesquisa sobre os multifônicos presentes nas obras apresentadas, elucidando os problemas relacionados nesta proposta.

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Caderno do 2.º COLÓQUIO do PROGRAMA de PÓS-GRADUAÇÃO em MÚSICA da UFPR

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