2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E …
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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos
Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Documento Provisório
Autor: João Miguel da Silva Morgado
Orientador: Professor Doutor Pedro Mortágua Soares
VILA REAL, 2015
Relatório Profissional apresentado à
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro,
como requisito para a obtenção do grau de Mestre
em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e
Secundário, cumprindo o estipulado no ponto 5 do
artigo 10º do regulamento CRUP da UTAD, sob a
orientação do Professor Doutor Pedro Mortágua
Soares.
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Agradecimentos
Ao Professor Doutor Pedro Mortágua Soares pela disponibilidade manifestada
desde o início e pelos seus ensinamentos e apoio na orientação deste relatório.
Um obrigado ao meu amigo Ivo Machado, pelo apoio e colaboração desde o início
deste processo.
Aos meus pais por todo o apoio.
Um agradecimento especial à minha esposa, Sandra Maia, pelo incentivo e apoio
prestado no desenvolvimento deste relatório profissional. Um beijo do tamanho do mundo!
E por fim, às minhas queridas filhotas, Inês e Raquel, pela paciência durante todo este
percurso. Um beijinho muito especial!
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“A tarefa essencial do professor é despertar a
alegria de trabalhar e de conhecer”.
Albert Einstein
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Resumo
O presente relatório detalhado da atividade profissional foi elaborado no âmbito do
Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. Reflete a
experiência de mais de dezoito anos de serviço, apresentando e analisando as experiências
e competências mais significativas desenvolvidas ao longo do desempenho enquanto docente
de Educação Física. É feita, também, uma análise mais aprofundada das atividades
desenvolvidas, durante o ano letivo 2013/2014, no Agrupamento de Escolas Dr. Manuel
Laranjeira.
A escola de todos e para todos, tem permitido aos alunos com necessidades
educativas especiais e particularmente com limitações acentuadas, uma melhoria no acesso
e direito à educação e igualdade de oportunidades nas escolas de ensino regular. Todo este
processo requer e impõe que se ultrapassem barreiras que dificultem as aprendizagens e a
inclusão.
Todo o processo de inclusão escolar deve ter subjacente uma harmonia e clima na
comunidade educativa que congregue valores, atitudes, políticas e práticas conducentes ao
sucesso educativo e desenvolvimento integral do aluno, ultrapassando as mais variadas
barreiras.
Os variados desafios colocados à escola e a todos os seus intervenientes
desencadeiam, em muitas situações, o desconforto e receio nas ações e consecução do
trabalho promovido com alunos com necessidades especiais.
Este relatório pretende ser mais um contributo para demonstrar o quão importante se
torna a sua inclusão e, particularmente na disciplina de Educação Física e o Desporto Escolar,
fomentando valores de amizade, compreensão e equidade no acesso às oportunidades,
perspetivando uma real inclusão na sociedade.
A escola é, neste momento, um espaço onde as crianças passam uma grande parte
do seu dia, conferindo-lhe um papel crucial no desenvolvimento formativo e educativo dos
seus alunos. Nesse sentido, deve ser capaz de fomentar e proporcionar práticas e atividades,
que estimulem e respondam aos desafios e necessidades dos alunos, sempre na perspetiva
de evolução e desenvolvimento do ser humano na sua plenitude.
De acordo com esse pressuposto, descreveremos o trabalho realizado no âmbito do
Desporto Escolar com um grupo/equipa de natação adaptada.
Palavras-chave: Atividade Física Adaptada, Desporto Escolar, Educação Física, Escola,
Inclusão, Necessidades Educativas Especiais.
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Abstract
This detailed professional activity report was written as part of the Master in Physical
Education Teaching in Basic and Secondary Education. It reflects the experience of more than
eighteen years of service, presenting and analyzing the most significant experiences and skills
developed during the performance as a teacher of Physical Education. Further analysis of the
activities developed during the school year 2013/2014 at Dr. Manuel Laranjeira Group of
Schools is also made.
A school of all and for all has allowed pupils with special educational needs and
particularly with strong limitations the improvement to the access and right to education and
equal opportunities in conventional schools. This whole process requires and makes it
necessary to overcome barriers that hamper learning and inclusion.
The whole school inclusion process must have an underlying harmony and
environment in the educational community, providing values, attitudes, policies and practices
conducive to the educational success and integral development of the student, overcoming the
various barriers.
The several challenges posed to the school and all the players trigger, in many
situations, discomfort and fear in the actions as well as in the achievement of the promoted
work with students with special needs.
This report intends to be a further contribution to demonstrate how important it is to be
included, in particularly in Physical Education and School Sport, promoting the values of
friendship, understanding and equal access to opportunities, looking for a real inclusion in
society.
The school is currently a space where children spend much of their day, giving it a
crucial role in the training and educational development of their students. In this sense, it
should be able to promote and provide practices and activities that motivate and respond to
the challenges and needs of students, always in the perspective of evolution and development
of the human being in its fullness.
According to this assumption, we will describe the work carried out under the School
Sports with a group / adapted swimming team.
Keywords: Adapted Physical Activity, School Sports, Physical Education, School, Inclusion,
Special Needs Education.
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Índice Geral
Agradecimentos ................................................................................................................III
Resumo ............................................................................................................................... V
Abstract ............................................................................................................................. VI
Índice Geral ...................................................................................................................... VII
Índice de Figuras ............................................................................................................. IX
Índice de Quadros ........................................................................................................... IX
Índice de Tabelas .............................................................................................................. X
Lista de Abreviaturas ...................................................................................................... XI
Lista de Anexos .............................................................................................................. XII
Introdução .......................................................................................................................... 1
Capítulo 1. História de Um Professor ........................................................................... 3
1.1 Resumo de um Percurso de Aprendizagem ............................................................ 3
1.2 Participação Cívica na Educação ............................................................................ 9
1.3 Formação Contínua................................................................................................10
Capítulo 2. Função da Escola e Inclusão ...................................................................15
2.1 Educação e Sociedade ..........................................................................................15
2.2 Conceito de Necessidades Educativas Especiais ..................................................17
2.3 O Caminho Até à Inclusão de Alunos com NEE .....................................................20
2.4 Escola Inclusiva .....................................................................................................25
Capítulo 3. Atividade Física Adaptada: Alunos com NEE .......................................29
3.1 Atividade Física Adaptada ......................................................................................29
3.2 Atividade Física Adaptada e os seus Benefícios ....................................................31
3.3 A Educação Física e os Alunos com NEE ..............................................................33
3.4 O Desporto Escolar ................................................................................................36
Capítulo 4. Contextualização do Local de Intervenção ...........................................39
4.1 Caraterização do Meio ...........................................................................................39
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4.2 Caraterização da Escola ........................................................................................41
4.2.1 História da Escola ...........................................................................................41
4.2.2 Recursos Humanos .........................................................................................42
4.2.3 Recursos Físicos .............................................................................................43
Capítulo 5. Atividade Letiva ...........................................................................................45
5.1 Desporto Escolar no Agrupamento .........................................................................45
5.2 Grupo/Equipa de Natação Adaptada ......................................................................46
5.3 Organização e Gestão do Processo Ensino-Aprendizagem ...................................52
5.3.1 Planeamento/Intervenção Pedagógica ............................................................54
5.3.2 Avaliação ........................................................................................................59
5.3.3 Relação Pedagógica com os Alunos ...............................................................63
5.4 Participação na Escola e Relação com a Comunidade ..........................................63
Capítulo 6. Conclusão e Perspetivas Futuras ...........................................................65
Bibliografia ........................................................................................................................71
Legislação consultada....................................................................................................77
Anexos ............................................................................................................................. XIII
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Índice de Figuras
Figura 1. Problemáticas associadas às NEE. .......................................................................19
Figura 2. Sistema inclusivo. ..................................................................................................25
Figura 3. Localização da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira. ....................................39
Figura 4. Entrada principal da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira. ............................42
Figura 5. Anfiteatro. ..............................................................................................................43
Figura 6. Auditório. ...............................................................................................................43
Figura 7. Interior da piscina. .................................................................................................48
Figura 8. Exterior da piscina. ................................................................................................48
Figura 9. Concentração em Espinho. ...................................................................................51
Figura 10. Pavilhão gimnodesportivo. ...................................................................................52
Figura 11. Ginásio. ...............................................................................................................52
Figura 12. Espaço desportivo exterior. .................................................................................53
Índice de Quadros
Quadro 1
Cargos e funções desempenhados no percurso profissional ................................................. 4
Quadro 2
Formação nos últimos catorze anos de serviço ....................................................................11
Quadro 3
Formação nos primeiros quatro anos de serviço ..................................................................12
Quadro 4
Diferença entre integração e inclusão ..................................................................................24
Quadro 5
Grupos/equipas do agrupamento .........................................................................................45
Quadro 6
Tipologias da multideficiência dos alunos com NEE .............................................................47
Quadro 7
Concentrações realizadas pelo grupo/equipa .......................................................................50
Quadro 8
Escolas participantes nas concentrações .............................................................................50
Quadro 9
Critérios de avaliação ...........................................................................................................61
Quadro 10
Atividades desenvolvidas do plano anual de atividades do agrupamento ............................64
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Índice de Tabelas
Tabela 1
População residente nas freguesias do concelho de Espinho ..............................................40
Tabela 2
Alunos do agrupamento por níveis de ensino .......................................................................42
Tabela 3
Caraterização das turmas ....................................................................................................53
Tabela 4
Modalidades de ensino lecionadas .......................................................................................55
Tabela 5
Escalas de avaliação ............................................................................................................60
Tabela 6
Níveis do 5º ano atribuídos nos 3 períodos ..........................................................................62
Tabela 7
Níveis do 6º ano atribuídos nos 3 períodos ..........................................................................62
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Lista de Abreviaturas
AF – Atividade Física
AFA – Atividade Física Adaptada
CEF – Curso de Educação e Formação
CEI -Currículo Específico Individual
DE – Desporto Escolar
EB – Escola Básica
EF – Educação Física
IFAPA - International Federation of Adapted Physical Activity
JI - Jardim de Infância
NEE – Necessidades Educativas Especiais
PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação
QZP – Quadro de Zona Pedagógica
s.p. – Sem Página
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
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Lista de Anexos
Anexo A - Curriculum Vitae ................................................................................................ XIII
Anexo B - Objetivos e Metas de Aprendizagem................................................................... XX
Anexo C - Objetivos e Metas de Aprendizagem individualizado ..................................... XXVII
Anexo D – Registo de avaliação ....................................................................................... XXX
Anexo E - 3º Encontro de Natação ................................................................................. XXXII
Anexo F - Roulement ....................................................................................................... XLIII
Anexo G - Planificação ...................................................................................................... XLV
Anexo H - Plano de Aula ................................................................................................ XLVIII
Anexo I – Avaliação Diagnóstica ......................................................................................... LIII
Anexo J – Registo de Avaliação .......................................................................................... LV
Anexo K – Ficha de Autoavaliação ................................................................................... LVIII
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Introdução
O sonho…ser professor de Educação Física!
Desde criança que o gosto pelo desporto esteve sempre presente nas rotinas diárias,
“jogando” nos tempos livres qualquer modalidade desportiva.
É na entrada para o 5º ano de escolaridade, que o projeto de futuro começa a ser
criado e a ganhar contornos para uma futura profissão.
Na transição do ensino básico para o secundário, a opção pelo curso de Desporto, foi
efetuada sem qualquer sentimento de dúvida.
Desde que concluímos a formação inicial em noventa e seis, as alterações e evolução
no sistema educativo têm sido constantes, o que motivou e fez sentir necessidade de um
voltarmos à escola para enquadrar e aprofundar os conhecimentos na área da Educação
Física, complementando também com uma valorização pessoal. Foi no sentido de atualização
de práticas pedagógicas e novos conhecimentos que nos inscrevemos no mestrado em
Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário.
Contribuiu também o facto de, com a Declaração de Bolonha, a maioria dos
profissionais concluírem o Ensino Superior com a habilitação de Mestrado, como tal,
considerámos pertinente e oportuno dar continuidade ao processo de melhoria das
habilitações, perspetivando sempre futuros desafios profissionais.
Deste modo e, inserido no âmbito do 2º ciclo de Estudos em Ensino de Educação
Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro,
este relatório relata e reflete um ciclo da vida pessoal e profissional (Anexo A), observando as
práticas, relações e contributo para a promoção do sucesso educativo dos nossos alunos.
Este trabalho incidirá, de um modo mais específico, sobre a atividade letiva
desenvolvida no Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira, no ano letivo de 2013/2014.
Uma ação reflexiva e crítica dos vários anos de experiência desenvolver-se-á no
presente relatório.
Todas as crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE) devem
merecer da sociedade uma atenção especial, promovendo e proporcionando condições
facilitadoras para a inclusão na vida ativa.
A escola é um dos protagonistas na promoção da inclusão, valorizando um conjunto
de princípios e valores no desenvolvimento de cada ser. É da sua responsabilidade criar e
conceder a todos os alunos condições necessárias para um processo de aprendizagem
adequado, em função das características de cada aluno.
Perrenoud (2001, p.22) considera que “mudar é desaprender e aprender, enfrentar
novas situações, resolver novos problemas”.
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É quase unânime a importância da atividade física (AF) nas crianças e jovens para um
bom desenvolvimento integral e, sendo a escola um espaço privilegiado no que respeita a
essas ofertas, deve mobilizar-se para dar respostas efetivas e de qualidade.
A escola, através da sua oferta formativa, proporciona a muitos dos seus alunos a
única possibilidade de realizarem desporto e atividade física, contribuindo para a sua
formação e para a aquisição de hábitos favoráveis para uma vida adulta sã e saudável.
O aumento da participação dos alunos com NEE nas ofertas de escola,
nomeadamente no Desporto Escolar (DE), vai ao encontro das necessidades manifestadas
por este grupo de alunos, proporcionando o acesso à prática de atividade física e desportiva
a todos os alunos do sistema educativo. Um dos objetivos do programa do Desporto Escolar
de 2013/2017 visa promover e conceder um maior número de atividades para os alunos com
NEE.
O presente relatório está estruturado em seis capítulos.
O capítulo um apresenta, de modo detalhado e descritivo, o desenvolvimento e
concretização da prática profissional, realçando as funções, atividades desempenhadas e
promovidas, bem como, as formações frequentadas ao longo do nosso percurso profissional.
Nos capítulos dois e três é feita uma revisão da literatura sobre a inclusão escolar e a
importância da atividade física e do desporto escolar nos alunos com NEE, tema com
significado no nosso percurso profissional e de uma enorme riqueza interior.
O quarto capítulo destina-se à contextualização do local de intervenção e as suas
características.
No capítulo cinco abordaremos o tema da criança com NEE enquadrada no Desporto
Escolar – Natação Adaptada, atividade letiva desenvolvida com alunos da Unidade de Apoio
Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e Surdo Cegueira. A
sociedade exige à escola práticas e respostas constantes e diversificadas, requerendo aos
docentes uma adaptabilidade constante. Será igualmente apresentada e desenvolvida a
lecionação de turmas do ensino regular.
No último capítulo é efetuada essencialmente, uma reflexão global da atividade
profissional que desempenhámos ao longo de dezoito anos, com os seus constrangimentos
e virtudes, numa perspetiva de valorização e benefícios futuros.
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Capítulo 1. História de Um Professor
“Um professor que tenta ensinar, sem
inspirar o aluno com o desejo de aprender,
está martelando em ferro frio”.
Horace Mann
Neste capítulo da história de um professor, pretendemos realizar uma retrospetiva e
reflexão do percurso efetuado ao longo de quase duas décadas de serviço, caminho trilhado
em vários estabelecimentos de ensino.
1.1 Resumo de um Percurso de Aprendizagem
É no ensino secundário que os jovens começam a selecionar e a reduzir o leque de
opções para o futuro. Neste período de tempo, devem ser desenvolvidas múltiplas
competências nos alunos, facilitando a sua integração e adaptação aos inevitáveis
“confrontos” que surgirão no seu percurso pessoal.
No ano letivo de 1991/1992 concluímos o 12º ano de escolaridade na escola
Secundária José Estevão. A seleção e opção por um curso de Educação Física (EF) para
prosseguimento de estudos no ensino superior, foi uma escolha natural e interiorizada muitos
anos antes. Esta tomada de decisão decorreu sem as angústias e indecisões habituais nesta
fase do percurso académico.
O prosseguimento de estudos no ensino superior ocorreu na Escola Superior de
Educação de Coimbra, no curso de Professores do Ensino Básico – Variante de Educação
Física compreendido no período de 1992/1996, com a classificação final de 14 valores.
A formação inicial permitiu a obtenção de conhecimentos científicos e pedagógicos
essenciais para o início de uma atividade profissional exigente e muito específica.
No ano letivo 95/96, realizámos o estágio pedagógico na escola EB 2,3 da Mealhada,
tendo sido um ano preponderante na aquisição de conhecimentos e competências para o
exercício da docência como professores de Educação Física. Este segundo contacto com a
realidade profissional, uma vez que já tínhamos lecionado na escola EB 2,3 da Gafanha da
Nazaré no ano letivo anterior, contou com a ajuda preciosa do orientador de estágio, o
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professor Luís Miguel, auxiliando e colaborando na preparação das atividades letivas, bem
como, na superação e correção dos erros e dificuldades iniciais comuns para quem está a
completar a sua etapa inicial.
No decorrer do percurso profissional, exercemos funções em várias comunidades
escolares, desempenhando diversas funções e cargos (Quadro 1). Simultaneamente, o
desenvolvimento e participação em diversas atividades permitiram um desenvolvimento
pessoal e profissional muito profícuo.
Quadro 1
Cargos e funções desempenhados no percurso profissional
Cargos/ Funções
Coordenador do Desporto Escolar
Responsável por grupos/equipa do Desporto Escolar,
incluindo com NEE
Diretor de instalações
Representante de grupo de Educação Física
Diretor de Turma
Coordenador do Secretariado de Exames
Subcoordenador do Secretariado de Exames
Membro da equipa do Plano Tecnológico da Educação
Membro da equipa do Plano Anual de Atividades
Membro da equipa da Avaliação Interna
Coordenador de segurança da escola
Assessor do coordenador da escola EBI de S. João de Loure
Após a conclusão da licenciatura, iniciámos a atividade profissional como
profissionalizados em setembro de 1996, na escola Secundária de Albergaria-a-Velha. Nesse
ano letivo tivemos a cargo, turmas dos 7º, 10º e 11º anos e também DE com um grupo/equipa
de exploração na natureza.
Era o início de uma etapa longa e de aprendizagem constante, sem o
acompanhamento permanente de um supervisor no ano inicial, apesar de este estar
regulamentado.
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Com as dificuldades decorrentes de colocação no sistema público, surgiu a
possibilidade de iniciarmos um percurso profissional no sistema privado, numa instituição de
ensino particular e cooperativo, concretamente, no Colégio D. José I, situado perto do nosso
local de residência.
Nos 5 anos letivos seguintes, 1997/1998 a 2001/2002, exercemos integralmente a
profissão docente no Colégio D. José I. Ao longo dos anos, foram múltiplas as atividades
desenvolvidas e cargos desempenhados.
Durante esse período, lecionámos a disciplina de EF aos 5º, 6º, 7º e 8º anos de
escolaridade e as áreas curriculares não disciplinares de Área de Projeto e Formação Cívica.
Relativamente à lecionação da Expressão Motora e Expressão e Educação Físico-Motora,
foram-nos também atribuídas turmas do pré-escolar e do 1º ciclo.
Além da atividade letiva, desempenhámos, ao longo dos cinco anos inúmeros cargos,
que possibilitaram e contribuíram para a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de
competências importantes para a nossa formação pessoal e profissional. Durante esses anos,
assumimos na área da EF, a Coordenação do Desporto Escolar, a responsabilidade por vários
grupos/equipa do DE (futsal masculino no escalão de infantis e iniciados), Diretor de
Instalações e Representante do Grupo de Educação Física. No percurso do Colégio,
assumimos ainda por quatro vezes Direção de Turma.
Foi, até ao momento, o período mais longo de permanência numa escola, no qual
aprendemos imenso, ganhando uma cultura de esforço, trabalho e dedicação que muito
contribuíram para um desenvolvimento profissional sustentado.
Contudo, o facto do Colégio ainda não oferecer as condições materiais que
considerávamos fundamentais para uma boa prática pedagógica na EF, levaram-nos a
concorrer para o ensino público.
No ano letivo de 2002/2003, a colocação foi obtida na Escola Básica António Dias
Simões em Ovar, com atribuição de turmas dos 5º e 6º anos, e lecionação de Área de Projeto
e Formação Cívica para além da EF. Desempenhámos ainda o cargo de Diretor de Turma do
6º O.
Com as dificuldades de colocação evidenciadas no concurso para o ano letivo
seguinte, aumentámos o raio geográfico na seleção de escolas. A colocação, num horário
completo, foi conseguida na EB 2,3 de Vila d’Este em Vila Nova de Gaia. Foram-nos atribuídas
turmas dos 5º e 6º anos e lecionámos EF e Estudo Acompanhado. Em relação ao DE, tivemos
a cargo dois Grupos/equipa de futsal, um de masculinos e outro de femininos.
Quando se iniciaram os concursos para vincular, a instabilidade, a incerteza e a
insegurança da profissão originou que, para além do grupo 09 (Educação Física),
concorrêssemos também para o 1º ciclo. Neste nível de ensino não tínhamos qualquer tipo
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de experiência profissional, apenas tínhamos tido um contacto curto no 3º ano de curso. Após
várias indefinições concorremos para este nível de ensino.
Passado algum tempo do concurso, surgiu um convite para integrarmos no ano letivo
seguinte, o Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, apenas tendo como condição,
a necessidade de estarmos vinculados a um grupo de recrutamento, o qual se veio a verificar
posteriormente, com vinculação no Quadro de Zona Pedagógica (QZP) de Aveiro no 1º ciclo
do ensino básico. Como tal, o ano letivo de 2004/2005 foi desenvolvido no Sindicato após a
requisição ter sido autorizada pelo Ministério da Educação.
O âmbito de ação era consideravelmente diferente daquilo que até então tínhamos
vivenciado. O dia a dia obrigava a uma leitura atenta de toda a legislação que ia sendo
publicada, no intuito de auxiliar os associados que além de docentes, abrangia também todo
o pessoal não docente, grupo este que integrava muitas pessoas de instituições privadas.
Cooperávamos e colaborávamos diretamente na dinâmica de implementação e
operacionalização de cursos de formação, destinados exclusivamente ao pessoal não
docente. Apesar do ano interessante e motivante, considerámos que não seria o caminho a
trilhar no futuro, decidimos na abertura dos concursos concorrer para a transição ao grupo de
recrutamento para o qual estávamos profissionalmente capazes e integrados.
O resultado das colocações criou sentimentos de alegria e angústia, pois tínhamos
vinculado no 2º ciclo no grupo de EF, mas no QZP 07 – Alentejo Central.
O ano letivo de 2005-2006 foi marcado por uma imensa mudança, uma vez que pela
primeira vez estávamos muito longe de casa. Apesar de termos estado apenas um ano letivo
na escola EB 2,3 Santa Clara em Évora, foi muito enriquecedor, tanto a nível profissional
como de relações humanas, já que os “alentejanos” foram inexcedíveis no acompanhamento
e bem-estar pessoal. Na distribuição de serviço, assumimos turmas dos 5º e 6º anos, bem
como responsáveis de um grupo/equipa de Basquetebol masculinos.
Nas colocações para o triénio seguinte, obtivemos lugar no QZP 21 – Entre Douro e
Vouga, lugar substancialmente mais próximo do local de residência. Contudo, o próximo local
de trabalho não ocorreu em nenhuma escola deste quadro.
Em abril de 2005, fomos convidados por um elemento da Direção do Agrupamento de
Escolas de Águeda, para integrar o grupo de professores afetos a uma turma do Programa
Integrado de Educação e Formação (PIEF) do 2º ciclo naquela instituição de ensino.
A requisição foi autorizada e lecionámos em 2005/2006 no referido Agrupamento.
Convém salientar que esta requisição era exclusivamente para trabalharmos a tempo integral
com a turma. Para além das disciplinas de Educação Física, Desporto e Tecnologias da
Informação e Comunicação, colaborámos com os outros professores das restantes disciplinas
em contexto de sala de aula. O grupo de alunos, maioritariamente de etnia cigana, foi sendo
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“conquistado” ao longo do ano letivo, desenvolvendo-se um espírito de cooperação e respeito,
essenciais para o bom funcionamento do curso.
Os obstáculos e dificuldades sentidas, essencialmente no primeiro período, foram
imensos e por vezes difíceis de ultrapassar. Contudo, a persistência e vontade de dar
respostas capazes e adequadas às situações produziram efeitos em todo o grupo/turma, quer
nas relações pessoais quer no sucesso educativo obtido por parte dos alunos.
Com o finalizar do ano letivo, foi-nos colocada a possibilidade de podermos integrar
novamente um novo programa, nesta vez, no Agrupamento de Escolas Castro Matoso em
Oliveirinha, a qual aceitámos de imediato, apesar de sabermos das enormes dificuldades que
daí advinham.
O ano letivo de 2007/2008 foi então passado no Agrupamento de Escolas Castro
Matoso, com a lecionação das disciplinas de EF, Tecnologias da Informação e Comunicação,
Atividades de Exploração na Natureza e Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho. Todo o
restante trabalho desenvolvido estava em consonância com o ano letivo anterior, cooperámos
e colaborámos nas aulas dos restantes professores e no auxílio à Diretora de Turma. Sendo
uma turma de cariz especial, fazíamos também vigilância e controlo da turma nos espaços da
escola e acompanhamento na hora do almoço.
Foi um ano extremamente desgastante, face às caraterísticas individuais dos alunos e
em contexto de grupo. A necessidade de diversificação de material didático, as novas formas
de abordar os conteúdos, a gestão das aulas e os momentos e formas de avaliar, eram
imperativos e extremamente necessários para o sucesso educativo e bem-estar dos alunos.
Para Hargreaves (1998), o papel docente deve ser encarado em quatro perspetivas:
valorizar as aprendizagens e conteúdos adquiridas pelo desenvolvimento profissional;
autonomia do professor; a colaboração entre pares e no desígnio de profissional pós-moderno
no confronto de situações envoltas de hesitações e pressões sucessivas.
Após o desgaste de dois anos intensos e indubitavelmente repletos de desafios
permanentes, fomos colocados no ano letivo 2008/2009 na Escola EB 2,3 Bento Carqueja.
Apesar das atividades desenvolvidas com as turmas PIEF terem sido propulsionadoras e
geradoras de satisfação pessoal e profissional, consideramos que o retomar a turmas do
ensino regular foi um revigorar e retemperar forças para uma nova escola e novos estímulos.
Lecionámos os 5º e 6º anos, dois 8º anos do Curso de Educação e Formação (CEF) e
lecionação de Área de Projeto e Formação Cívica. Desempenhámos ainda o cargo de Diretor
de Turma e responsáveis por um grupo/equipa de Futsal juvenis masculinos.
Uma vez mais estávamos perante novos desafios, com a lecionação de turmas CEF
pela primeira vez, exigindo um trabalho organizado e colaborativo na equipa de docente que
fazia parte do conselho de turma com reuniões semanais.
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Em 2009, no concurso para o quadriénio 2009/2003, ficámos colocados no
Agrupamento de Escolas de São João de Loure, agregado em 2012 ao Agrupamento de
Escolas de Albergaria-a-Velha.
Os anos de vivência no agrupamento foram preenchidos e absorvidos de tal modo,
consideramos mesmo, terem sido os melhores momentos de toda a atividade profissional,
pois o nosso contributo em prol da comunidade educativa foi mais evidenciada e reforçada
face à relevância das funções e cargos desempenhados.
A nossa forma de ser, pensar e agir, tem efeitos diretos no desempenho e relação com
a escola, a ligação entre o que somos e como fazemos estão interligados, “a maneira como
cada um de nós ensina está diretamente dependente daquilo que somos como pessoas
quando exercemos o ensino” (Nóvoa, 1992, p. 17).
A envolvência e o ambiente vivido no agrupamento, fomentaram uma dinâmica de
trabalho e cooperação com vista à melhoria dos resultados obtidos pela escola. Para além de
termos assumido função de Diretor de Instalações Desportivas, fizemos parte de algumas
equipas e grupos de trabalho, nomeadamente: membro da equipa da Avaliação Interna;
membro da equipa do Plano Tecnológico da Educação, membro da equipa do Plano Anual de
Atividades, Coordenador de Segurança da Escola, Subcoordenador do Secretariado de
Exames e Coordenador do Secretariado de Exames.
No desempenho de todas estas tarefas, participámos de modo ativo na conceção,
desenvolvimento e, em alguns, na coordenação das atividades efetuadas. A especificidade
de alguns cargos, designadamente, os afetos ao secretariado de exames, careceram de uma
atenção muito particular, no qual organizámos e preparámos toda a documentação inerente.
Colaborámos e auxiliámos todos os envolvidos neste processo.
De 2009 a 2012, lecionámos os 5º e 6º anos as disciplinas de EF, Área de Projeto e
Formação Cívica. Nos três anos letivos, tivemos sempre a cargo dois grupos/equipa de Futsal
masculinos nos escalões de infantis e iniciados. Desempenhámos ainda o cargo de Diretor
de Turma onde estavam integrados alunos NEE, fazendo parte alunos com currículo
específico individual (CEI).
No desempenho do cargo de Diretor de Turma e professor, tentámos sempre adaptar
e ir ao encontro das manifestações e necessidades dos alunos. Ao longo dos anos e na
qualidade de Diretor de Turma, fomo-nos “cruzando” com diversos alunos com CEI e
elaborámos, coordenámos e supervisionámos, em equipa, os respetivos programas
específicos dos alunos com NEE, atendendo às necessidades constantes dos alunos e
promovendo os ajustamentos respetivos. Consideramos mesmo que o papel do Diretor de
Turma é dos mais importantes que são desenvolvidos na escola, coordenando, articulando e
mediando entre todos as pessoas envolvidas no processo educativo: professores, alunos e
encarregados de educação, permitindo melhorar o sucesso e rendimento escolar dos alunos.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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O início do ano de 2012-2013, último ano do quadriénio 2009/2013, foi caraterizado
por um conjunto de dúvidas e dificuldades resultantes de medidas legislativas que
influenciaram a distribuição letiva a atribuir aos docentes. O nosso processo de continuação
no agrupamento, apenas se verificou em virtude de termos ocupado a função de assessor do
coordenador de estabelecimento da Escola Básica Integrada de São João de Loure. Como
tal, além das assessorias, a atividade letiva foi completa com coadjuvações no 1º ciclo e as
Atividades de Enriquecimento Curricular, designadamente, Atividades Lúdicas e Expressivas.
A partir de setembro de 2013, iniciámos uma nova etapa e experiencia no
Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira, estando a nosso cargo, a lecionação da
disciplina de EF a turmas do 5º e 6º anos e responsáveis por um grupo/equipa de natação
adaptada.
1.2 Participação Cívica na Educação
No triénio 2004/2007, estivemos integrados numa Direção de uma instituição particular
de solidariedade social, designadamente, o Centro Social de Azurva situada no concelho de
Aveiro. Esta instituição tem as seguintes respostas sociais: creche; pré-escolar e serviço de
apoio domiciliário.
Integramos ininterruptamente, desde 2009, o Conselho Geral do Agrupamento de
Escolas de Eixo, na qualidade de encarregados de educação. Participámos por duas ocasiões
no processo de seleção do Diretor.
Sendo o órgão responsável por garantir a participação e representação da comunidade
educativa na vida quotidiana do agrupamento, colaborámos e participámos ativamente na
apresentação de propostas para a atualização/melhoria dos documentos orientadores e na
tomada de decisões escolares conducentes ao sucesso educativo dos alunos. Consiste até
ao momento, numa experiência enriquecedora e que tem permitido uma articulação profícua
entre todos os intervenientes do Conselho Geral.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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1.3 Formação Contínua
Ao longo do percurso académico e profissional, temos participado em diversas
formações que promoveram e desenvolveram as nossas competências e conhecimentos para
um melhor desempenho docente.
A necessidade de formação permanente para professores é para Moreira (2010, p.17)
“uma das principais preocupações da política educativa portuguesa, enquanto condição
essencial para a melhoria da qualidade do ensino através da qualificação e da capacitação
dos docentes”.
Do mesmo modo, Alarcão e Tavares (2003, p.113) consideram que “a formação de um
professor não termina, porém, no momento da sua profissionalização, pelo contrário, ela deve
prosseguir, em continuidade, na chamada formação contínua”.
Os professores não podem pensar “que uma vez certificados para ensinar, se fica a
saber para sempre os aspetos básicos do ensino” (Hargreaves, 2003, p.47).
A escolha e o ser professor é um percurso que se desenvolve no tempo, iniciando-se
antes da formação inicial e que se vai estendendo no decurso de toda uma vida, envolvendo
uma multiplicidade de tarefas e desafios complexos.
O professor é visto como alguém que deve exercer a sua função com muita
responsabilidade e solícito na resolução dos diversos constrangimentos surgidos. Dotar os
alunos de conhecimentos e capacidades que lhes possibilitem uma integração mais profícua
no mercado laboral e social, exige cada vez mais de mim e de todos os professores uma
busca permanente de novos conhecimentos que nos permitam ajustar as atuações.
Na procura constante do desenvolvimento dos seus conhecimentos e capacidades, o
papel da formação contínua deve adequar-se para suprimir as necessidades dos docentes e
permitir o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Na opinião de Alarcão e Roldão (2008), a formação contínua é decisiva no
desenvolvimento da função docente, podendo contribuir de modo satisfatório nas
aprendizagens dos alunos.
Para Estrela (2001, p.45), não nos devemos esquecer “que a função docente e a
formação de professores só tem sentido em relação à formação dos alunos”.
Ao docente é exigida uma atualização permanente e continuada dos seus
conhecimentos para a melhoria do seu desempenho e qualificação (Roldão, 2007).
Em suma, consideramos que o professor para ser eficiente e congruente necessita de
ter formação sistemática e regular.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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1.3.1 Formação Creditada e Não Creditada
Sendo grande a importância da formação contínua, serão elencadas de seguida as
diversas formações creditadas e não creditadas realizadas (Quadro 2 e 3), ao longo do nosso
percurso profissional.
Quadro 2
Formação nos últimos catorze anos de serviço
Período Formação Nº de
Créditos
2011
Sessão de sensibilização para a “Autoavaliação do Agrupamento. Modelo
CAF: oportunidades”, realizada na escola da escola básica de S. João de
Loure, a 13 de janeiro.
2010
Curso de Formação: “O Decreto-Lei 3/2008 e a Avaliação dos Alunos com
NEE segundo a CIF”, realizado no Centro de Formação da Associação de
Escolas de Aveiro e Albergaria a Velha, com a duração de 25 horas, de 1 a
8 de setembro.
1 crédito
2010
Curso de Formação: “A Construção de suportes informáticos de registo
para professores de Educação Física”, realizado no Centro de Formação
da Associação de Escolas de Aveiro e Albergaria a Velha, com a duração
de 25 horas, de 12 a 20 de fevereiro.
1 crédito
2009
Ação de Formação “Sala de Aula e Biblioteca: Pontos de Encontro”,
realizada na biblioteca escolar da escola básica de S. João de Loure, a 4
de setembro.
2007
Oficina de Formação: “A utilização das TIC no processo de
ensino/aprendizagem”, realizada no Centro de Formação de Professores
de Águeda, com a duração de 25 horas, de 28 de fevereiro a 30 de maio.
1 crédito
2005
Seminário “Perturbações Afetivas na Infância e na Puberdade”, realizado
no Auditório do Departamento de Mecânica da Universidade de Aveiro, a 2
de dezembro.
2003 Ação de Formação “O ensino do voleibol na escola”, realizada na escola
secundária Dr. Jaime Magalhães Lima, a 7 de março.
2003 Ação de Formação “Atletismo na escola”, realizada na escola secundária
Dr. Mário Sacramento, a 19 de fevereiro.
2003 Ação de Formação “Tiro com arco”, realizada no Centro de Formação de
Professores José Pereira Tavares, de 30 a 31 de janeiro.
2002 Ação de Formação “Atendimento individual e condução de reuniões”,
realizada no colégio D. José I, a 5 de abril.
2001 Ação de Formação “Coordenadores do desporto escolar”, realizada no
centro de área educativa de Aveiro, de 5 a 7 de novembro. 1 crédito
2001 Ação de Formação “Experiência sobre o modelo curricular-gestão flexível
dos currículos”, realizada no colégio D. José I, a 16 de maio.
2001
Ação de Formação “O Contato Social como Fator de Desenvolvimento
Afetivo”, realizada no Centro de Formação do Instituto Superior de Ciências
Religiosas de Aveiro, a 9 e 10 de abril.
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Quadro 3
Formação nos primeiros quatro anos de serviço
Período Formação Nº de
Créditos
2000 Ação de Formação “Imagem & Som na Prática Pedagógica”, realizada no
colégio D. José I, a 27 de junho.
2000 Ação de Formação “Educação Sexual – promoção de saúde escolar”,
realizada no colégio D. José I, a 10 de maio.
2000 Ação de Formação “O sucesso escolar – estratégias”, realizada no colégio
D. José I, a 5 de abril.
2000 Ação de Formação “Primeiros socorros”, realizada no colégio D. José I, a
29 de março.
1999 Ação de sensibilização para a “Vela”, realizada no Clube de Vela da Costa
Nova, a 21 de junho.
1999 Ação de Formação “Necessidades Educativas Especiais”, realizada no
colégio D. José I, a 29 de março.
1997 Ação de Formação “Orientação na Escola”, realizada na escola secundária
de Albergaria-a-Velha, a 22 de abril.
1997 Ação de Formação “O Andebol na Escola”, realizada na escola EB 2,3 de
S. Bernardo, a 4 de fevereiro.
1997 Ação de Formação “Hidroginástica”, realizada na escola C+S de S.
Mamede de Infesta, a 24 de janeiro.
1996 Ação de Formação “Técnicas de Observação”, realizada na Escola
Superior de Educação de Coimbra, a 22 de abril.
1996 Ação de Formação “As Autarquias e o Desporto”, realizada na Escola
Superior de Educação de Coimbra, a 6 de março.
Pode-se constatar que frequentámos formações nas mais variadas áreas com
preponderância no âmbito da Educação Física. Verificamos duas formações destinadas aos
alunos com necessidades educativas especiais, uma delas com creditação.
Estas formações permitiram a atualização de conhecimentos científicos e aquisição de
competências fundamentais para o processo evolutivo no desenvolvimento profissional.
A participação, em algumas das ações, ocorreram com a necessidade sentida de
atualização em áreas específicas.
A formação realizada no âmbito das Tecnologias da Informação e Comunicação no
processo de ensino-aprendizagem possibilitou o desenvolvimento e criação de uma página
web. Este recurso educativo digital continua disponível e a ser utilizado pelos nossos alunos.
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A última formação creditada em que participámos foi, uma ação direcionada aos
alunos com NEE e designada “O Decreto-Lei 3/2008 e a Avaliação dos Alunos com NEE
segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde”. A formação
foi constituída essencialmente por sessões teórico-práticas, permitindo a aplicação dos
conhecimentos adquiridos. Todas estas práticas eram seguidas por uma análise e reflexão
dos resultados obtidos. Esta formação contribuiu para termos alguns conhecimentos sobre os
procedimentos e uso deste método de classificação para a categorização dos alunos.
As formações realizadas na área da EF promoveram uma reciclagem e atualização
dos conhecimentos científicos e pedagógicos, desencadeando mudanças e melhorias na
prática e desenvolvimento docente. Todas estas formações serviram para melhorar e colmatar
lacunas em alguns conteúdos e matérias.
Para além da formação formal, o procedimento de atualização constante é
perspetivado e encarado no propósito de conseguir rentabilizar e melhorar todo o processo
de ensino-aprendizagem.
Todas as formações não enquadradas na EF possibilitaram a aquisição de
conhecimentos e vivências aplicadas no decorrer da atividade profissional.
Para o nosso desenvolvimento profissional, pretendemos adquirir formação no
domínio das Atividades Rítmicas Expressivas, pelas dificuldades sentidas quando temos de
as abordar.
Outra formação que pretendemos frequentar refere-se ao processo de avaliação na
Educação Física.
No âmbito das NEE, consideramos que é necessária formação especializada, para a
aquisição de conhecimentos e competências para compreender e agir nas situações
complexas surgidas em contexto escolar, no sentido de prestar um apoio mais correto e
eficiente aos alunos.
Ao longo dos anos letivos, candidatámo-nos à frequência de mais ações de formação,
promovidas pelos centros de formação. Contudo, os critérios de seleção dos candidatos,
inviabilizaram a seleção para a frequência das respetivas formações.
Através da formação contínua, poderemos descobrir e encontrar caminhos
proporcionadores à mudança e fomentar essas próprias mudanças.
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A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Capítulo 2. Função da Escola e Inclusão
"O homem não se pode tornar homem a não ser
pela educação. Ele não é senão, o que a educação
faz dele”.
Immanuel Kant
Neste capítulo, será abordada a importância e o valor da educação no mundo atual.
Explanaremos o conceito de necessidades educativas especiais e a forma de atuação da
sociedade, ao longo dos tempos, face às pessoas com necessidades especiais.
Abordaremos ainda quais os requisitos e procedimentos que uma escola deve adotar
para uma inclusão escolar.
2.1 Educação e Sociedade
A sociedade, com os avanços e progressos constantes a nível científico, tecnológico,
na área das tecnologias da informação e comunicação e socioeconómicos tem sofrido, ao
longo dos últimos tempos, grandes mudanças e transformações. Estas alterações têm
influenciado o paradigma civilizacional, com o desenvolvimento e implementação de meios e
recursos que proporcionam o progresso de estruturas, organizações, sociedades e de países.
A competitividade das sociedades atuais cria um incremento de desenvolvimento e
conhecimento essenciais para a sua própria sustentabilidade. A exigente sociedade atual
solicita uma procura constante de conhecimentos e competências, implicando requisitos de
maior exigência para com os indivíduos. Os recursos humanos de valor são determinantes na
identificação e resolução de problemas globais da sociedade.
Neste sentido, a diversidade e imprevisibilidade dos fenómenos sociais, a sua
complexidade, requerem novas formas de abordar a educação, criando e contemplando
novos percursos formativos ajustados à realidade socioeconómica.
Hargreaves (2003) refere que, hoje em dia, o mundo atual é fértil em mudanças,
diversificado e complexo. As dificuldades e desafios da escola estão correlacionados com a
sociedade em que vivemos, devendo estas adaptarem-se e estruturarem-se para obterem o
sucesso.
Do mesmo modo, Freire (2000) considera que a escola está sujeita às alterações e
conflitos que se vão dando ao seu redor, não podendo ser vista como um local exclusivo para
dar e aprender a matéria.
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Como refere Halsey (1980, citado por Hargreaves,1998, p.5), a escola enquadrada
num meio global extremamente competitivo e exigente, é considerada como o “cesto de
papéis” de uma comunidade. À escola imputam constantemente opiniões, sugestões e
políticas, no sentido de resolução de situações difíceis e complexas que ocorrem na
sociedade (Hargreaves, 1998).
Neste contexto, é essencial que “os professores construam comunidades de
aprendizagem, criem a sociedade do conhecimento e desenvolvam as capacidades que
permitem a inovação, a flexibilidade e o empenhamento na mudança” (Hargreaves, 2003,
p.23).
As ligações do mercado de trabalho e educação têm-se modificado ao longo dos
tempos e principalmente nos últimos anos. O ensino vai-se adaptando e adequando às
mudanças ocorridas. Estêvão (2012, p.21) refere que a sociedade considera que “agora o que
verdadeiramente interessa é posicionar a educação como um dos setores cruciais para a
economia”.
Estas mudanças do mundo devem ser compreendidas e questionadas por todos, no
sentido de proporcionarem novas formas de abordagem aos desafios colocados.
Para dar resposta às transformações e exigências da vida quotidiana, o sistema
educativo está a procurar dar respostas aos sinais evidenciados, tentando flexibilizar-se,
ajustar-se e organizar-se no sentido de assegurar a todos uma educação e formação
promotora de integração social, escolar e inserção no mercado de trabalho. De acordo com a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO,1965), os
sistemas de ensino não deverão ser só para eternizar os valores e as competências dos
cidadãos, mas ao mesmo tempo, prepará-los para as transformações que o progresso
reivindica.
Azevedo (2002) considera que o sistema educativo está a permitir que as gerações
mais novas adquiram níveis de qualificação escolar muito mais elevadas que as gerações
anteriores.
A importância da educação para Freire (2000, p.20) é de extrema relevância pois:
a educação tem sentido porque o mundo não é necessariamente isto ou aquilo, porque os seres
humanos são tão projetos quanto podem ter projetos para o mundo. A educação tem sentido
porque mulheres e homens aprenderam que é aprendendo que se fazem e se refazem, porque
mulheres e homens se puderam assumir como seres capazes de saber, de saber que sabem,
de saber que não sabem. De saber melhor o que já sabem, de saber o que ainda não sabem.
A educação tem sentido porque, para serem, mulheres e homens precisam de estar sendo. Se
mulheres e homens simplesmente fossem não haveria porque falar em educação.
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É evidente que a educação é parte integrante da formação do homem, visando a
promoção e progresso do próprio homem de um modo sistemático e evolução permanente. É
o principal instrumento no avanço constante das sociedades, na procura do desenvolvimento
e conforto social e humano, crescimento e inclusão social.
2.2 Conceito de Necessidades Educativas Especiais
Ao longo dos últimos anos, a problemática das necessidades especiais, tem revelado
e registado avanços percetíveis e visíveis no que concerne à igualdade de oportunidades para
este tipo de alunos.
Definir o conceito de necessidades educativas especiais não é fácil nem linear, pois
não existe uma definição universal que sintetize este conceito. Segundo o Ministério da
Educação (2005, s.p):
efectivamente, não encontrámos uma definição universal, de utilização recorrente em toda a
Administração, que circunscreva com exactidão o domínio desta acção educativa especial;
cumulativamente não encontrámos uma caracterização dos sujeitos sobre quem recai esta
acção educativa especial.
No ano de 1978, em Inglaterra, o relatório de Warnock (1978) refere, pela primeira vez,
o conceito de necessidades educativas especiais, sustentando Warnock que, qualquer
criança poderá ter necessidades educativas especiais, no decorrer do seu percurso escolar,
oriundas de múltiplos fatores e causas, sem estas serem necessariamente de caráter
permanente. Sustenta também que, os apoios educativos a prestar derivam de uma
caraterização detalhada e pormenorizada das necessidades dos alunos, e não na
categorização da deficiência manifestada. Todas as respostas deverão ser concretizadas na
maioria das vezes na escola regular.
O relatório relata que a escola deve ser capaz de produzir e dinamizar condições para
o sucesso do aluno. O conceito de necessidades educativas especiais implica para a escola
medidas essenciais como equipamentos, recursos e transformação física dos espaços para
os alunos terem acesso ao currículo, devendo este ser adaptado ou modificado e ter em
atenção as componentes sociais e emocionais.
O relatório Warnock considerava também que as NEE são divididas em necessidades
permanentes e temporárias.
No mesmo sentido, Correia (1999) classifica as necessidades educativas especiais em
permanentes e temporárias. As permanentes exigem que se faça uma adaptação global e
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generalizada do currículo às condições e características do aluno durante a totalidade ou em
determinado período do seu percurso escolar. Quanto às necessidades temporárias,
requerem modificações parciais do currículo numa parte do percurso e desenvolvimento
escolar.
Com a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) o conceito de necessidades
educativas especiais é de novo abordado e ajustado afirmando que a escola deve mudar e
preparar-se para receber todos os alunos sem exceção. Considera que no enquadramento
das NEE e num sentido mais abrangente, deverão estar não só crianças com deficiência, mas
também:
sobredotados, crianças da rua ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas ou
nómadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos
desfavorecidos ou marginais (…) todas as crianças e jovens cujas carências se relacionam
com deficiências ou dificuldades escolares (Declaração de Salamanca, 1994, p.6).
A definição do conceito de NEE para Correia (2006, p. 248) enquadra os alunos “que,
por exibirem determinadas condições específicas, podem necessitar de serviço e apoios de
educação especial durante parte ou todo o seu percurso escolar, de forma que facilite seu
desenvolvimento académico, pessoal e socioemocional”. Qualquer aluno que manifeste
problemas e dificuldades em acompanhar o currículo normal, a escola deve proporcionar e
adequar as respostas face às condições específicas do aluno.
Para Armstrong e Barton (2003, citados por Sanches & Teodoro, 2006, p.67) os alunos
com necessidades educativas especiais são aqueles que apresentam no plano intelectual, no
domínio da leitura e escrita, diversos graus de dificuldades de aprendizagem, verificando-se
que a “maioria dos alunos tem insucesso nas aprendizagens básicas”.
Brennan (1998, citado por Correia, 1999, p.48) considera as NEE quando:
um problema (físico, sensorial, intelectual, emocional, social ou qualquer combinação destas
problemáticas) afecta a aprendizagem ao ponto de serem necessários acessos especiais ao
currículo, ao currículo especial ou modificado, ou a condições de aprendizagem especialmente
adaptadas para que o aluno possa receber uma educação apropriada. Tal necessidade
educativa pode classificar-se de ligeira a severa e pode ser permanente ou manifestar-se
durante uma fase do desenvolvimento do aluno.
Os apoios a prestar aos alunos advêm dos problemas relacionados com as
necessidades educativas especiais, abrangendo de acordo com Correia (2008) crianças e
adolescentes com aprendizagens e ritmos diferenciados e com origens (Figura 1) do foro
intelectual, de aprendizagem, sensorial, emocional e física.
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Com a publicação do Decreto-Lei n.º 319/91, o conceito de necessidades educativas
especiais ainda não é bem definido, referindo-se a alunos com deficiências ou dificuldades de
aprendizagem. No entanto, no artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/2008 são considerados alunos
com NEE todos os que apresentam:
limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios de
vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando
em dificuldades ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do
relacionamento interpessoal e da participação social.
Este Decreto-Lei vem promover a equidade no acesso à igualdade de oportunidades
para o sucesso educativo dos alunos com necessidades educativas especiais,
proporcionando e criando condições para uma transição para a vida ativa.
Em suma, as NEE englobam todos os alunos que durante o percurso escolar e por
apresentarem determinadas condições, revelem dificuldades de aprendizagem acrescidas,
necessitando durante uma parte ou na totalidade do seu desenvolvimento escolar, de apoios
e medidas educativas apropriadas à sua condição e impulsionadoras do sucesso das
aprendizagens e desenvolvimento pessoal.
Necessidades Educativas especiais
(NEE)
Físicas Sensoriais Dificuldades
de
aprendizagem
Intelectuais Emocionais
Figura 1. Problemáticas associadas às NEE.
Nota. Adaptada de Correia (2008, p. 45).
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2.3 O Caminho Até à Inclusão de Alunos com NEE
"Se todos fossem cegos, então a diferença não doeria
tanto. Ela dói porque, no espanto do olhar dos outros,
está marcado o estigma-maldição: você é diferente. A
igualdade é coisa que todos desejam ”.
Rubem Alves
O ser diferente dos outros foi, ao longo dos séculos, motivo para a indiferença,
afastamento, segregação e repúdio. A evolução da posição do Homem perante a pessoa
diferente foi evoluindo no decorrer dos anos, considerando Lowenfeld, Kirk e Gallagher
(citados por Marques, Castro & Silva, 2001) a existência de quatro períodos que refletem as
tomadas de posição e atitude para com os indivíduos portadores de necessidades especiais
e diferenciadas, sendo estas: separação; proteção, emancipação e integração. O quinto e
último período, a inclusão só surge posteriormente.
Relativamente à separação, a pessoa com deficiência foi sendo encarada por dois
rumos: uma como estranha e em determinadas situações era morta, mas também, vista com
superstição, ser maligna e venerada.
Entre os finais da idade média e o século XVIII, surge o período designado como
proteção, pretendendo-se proteger a pessoa com deficiência do meio e da sociedade, sendo
colocada e assistida em hospitais e asilos. Apesar desta “proteção”, os delitos ou infrações
graves que cometesse tinha como consequência a sua mutilação ou cegueira.
Desde os finais do século XVIII até ao século XX, foi no período da emancipação “que
os problemas da deficiência começassem a ser encarados e encaminhados por uma via mais
racional e mais científica” (Marques et al., 2001, p. 74). Com a revolução francesa, a
industrialização da sociedade, o iluminismo, entre outros, a parte educativa ganha alguma
relevância, mas também por influência, valorização e contributo na sociedade de pessoas
com deficiência.
A integração, considerada pelos autores como o quarto período, começa a ser
implementada já em pleno século XX. Com a Declaração Universal dos Direitos do Homem
em 1948, e Declaração dos Direitos da Criança em 1959, o conceito de integração é
valorizado e concede aos alunos com NEE, condições de acesso e de aprendizagem iguais
aos restantes alunos, apesar das limitações e deficiências manifestadas.
Ao longo de muito tempo, as crianças com NEE foram segregadas da sociedade e da
escola, passando por um longo processo de exclusão. Baptista (2008, p. 179) refere que
durante muitos anos não foi permitido que estas crianças frequentassem a escola, estando
“condenadas a ficar de fora, injustamente consideradas incapazes ou indignas de aprender”.
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As crianças ditas “anormais” foram com o decorrer dos tempos excluídas da sociedade e
afastadas para variadas instituições.
Com o decorrer dos anos, algumas respostas a estas crianças foram surgindo, em
instituições especiais criadas nesse sentido.
O processo de integração começa a ser aplicado no séc. XX. Na Declaração Universal
dos Direitos do Homem de 1948, dão-se os primeiros passos nesse sentido, vertido no artigo
26.º quando:
toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a
correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino
técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto
a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
a educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos
do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a
amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o
desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
Até à década de 60 do século XX, às crianças com NEE, as respostas eram concretizadas
em instituições especiais ou classes especiais junto às escolas regulares, contudo, as
ligações entre si eram inexistentes. Este apoio era facultado após uma avaliação médica e
psicológica, sendo selecionadas as instituições face à deficiência diagnosticada e avaliada
(Correia, 1999, Madureira & Leite, 2003).
Nessa mesma altura, os países nórdicos começam a integrar as crianças com NEE na
escola regular, acompanhados de professores do ensino especial, dando-se deste modo os
primeiros passos efetivos para a integração escolar (Sanches & Teodoro, 2006). Só no início
dos anos 70 é que Portugal começa a implementar este processo, embora de forma tímida e
lenta, pois aos alunos com NEE estava quase impedida a sua inserção nas escolas regulares.
Só muito esporadicamente é que alunos com NEE ligeiras frequentavam essas escolas.
No final da década de 70, os resultados alcançados pelos alunos eram encorajadores,
conseguindo ter algum sucesso quando integrados nas escolas regulares (Correia, 2006).
Um fator impulsionador e com grandes repercussões no processo de integração dos
alunos foi o relatório Warnock de 1978, ao que Madureira e Leite (2003, p. 24) referem que
este relatório é o desígnio e “o princípio que enuncia a educação não segregada de deficientes
e não deficientes”.
Deste modo dá-se início à supressão das barreiras existentes entre as crianças, sejam
portadoras de necessidades especiais ou a criança “normal”, passando a escola a ser aberta
a todas elas sem exceção e com respostas adequadas aos seus problemas e necessidades.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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O conceito de integração escolar é para a National Association of Retarded
Citizens (citado por Sanches & Teodoro, 2006, p. 65) como:
a oferta de serviços educativos que se põem em prática mediante a disponibilidade de uma
variedade de alternativas de ensino e de classes que são adequadas ao plano educativo, para
cada aluno, permitindo a máxima integração institucional, temporal e social entre alunos
deficientes e não-deficientes durante a jornada escolar normal.
Freire (2008, p.10) refere o processo de integração, como aquele em que aos alunos
com NEE “eram lhes fornecidas provisões diferentes, com o objetivo de se ultrapassar a
diferença, procurando aproximá-los do aluno normal”.
Fonseca (2001, p.17) considera que no processo evolutivo e ascensão à escola
inclusiva, foram-se percorrendo vários caminhos desde a escola-tradicional, seguindo-se a:
escola integrativa classificativa, categorizada, tolerante, para-clínica, etc., para se projetar
numa escola inclusiva, verdadeiramente personalizada, heterogénea e multicultural,
respeitadora das diferenças e solidária, individualizadora e interactiva, redutora de
comportamentos inadaptados e geradora de processos de comunicação e indutora de
independência e de modificabilidade.
Com a publicação do Decreto-Lei n.º 174/77, de 2 de maio, é regulamentado o regime
escolar dos alunos portadores de deficiências no sistema público de ensino, mas só para os
ensinos preparatórios e secundário, posteriormente corrigido com o Decreto-Lei n.º 84/78, de
2 de maio, alargando também ao ensino primário.
Decorria o ano de 1986, quando nos Estados Unidos da América e na sequência do
movimento Regular Education Initiative, surge a fase inicial do conceito de inclusão, onde era
defendida a posição de que nas classes regulares, o número de alunos a dar respostas e
atender deveria ser maior. Madeleine Will, secretária de estado para a educação especial do
departamento de educação dos Estados Unidos da América, foi a grande impulsionadora
deste movimento, com o discurso proferido, sobre o modo de atendimento aos alunos com
NEE. Will (1986, citada por Stainback & Stainback, 1999, p.35) defendia e considerava que o
“cerne deste compromisso é a busca de maneiras de atender (…) o máximo possível de
crianças (portadoras de deficiência) nas classes regulares, estimulando a educação especial
e outros programas especiais para formar uma parceria com a educação regular”.
O emergir da inclusão surge de forma superficial com a Declaração Universal dos Direitos
do Homem e reforçada posteriormente com a Conferência Mundial sobre Educação para
Todos em 1990. Nesta conferência foi lançado o repto aos países para que fossem tomadas
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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medidas, no sentido de garantir o acesso igualitário à educação a todas as crianças sem
exceção, independentemente de serem ou não portadoras de deficiência.
No início dos anos 90 fica mais esclarecido o grau de participação e responsabilização
da escola regular para com os alunos NEE, com a publicação do Decreto-Lei n.º 319/91, de
23 de agosto. A escola deverá dar as respostas aos alunos com NEE, pois passam a ter o
direito de frequentar e estudar na escola regular.
O momento crucial e decisivo nesta abordagem deu-se com a Declaração de
Salamanca (1994), reconhecendo o conceito de NEE e constatando a necessidade da escola
para todos dando primazia à inclusão.
Em junho de 1994, em Espanha, a Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (UNESCO) promove a conferência mundial sobre necessidades
educativas especiais. Nesta, surge o incremento impulsionador e ponto de viragem para a
verdadeira conceção da inclusão escolar, com a Declaração de Salamanca, subscrita por 92
países, entre estes Portugal e 25 organizações internacionais. Esta Declaração é norteada
nos seguintes princípios:
o princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos,
sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem.
Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos,
adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível
de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar,
de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas
comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o
conjunto de necessidades especiais dentro da escola.
nas escolas inclusivas, os alunos com necessidades educativas especiais devem receber o
apoio suplementar de que precisam para assegurar uma educação eficaz. A pedagogia
inclusiva é a melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos com necessidades
educativas especiais e os seus colegas. A colocação de crianças em escolas especiais – ou em
aulas ou secções especiais dentro duma escola, de forma permanente – deve considerar-se
como medida excepcional, indicada unicamente para aqueles casos em que fique claramente
demonstrado que a educação nas aulas regulares é incapaz de satisfazer as necessidades
pedagógicas e sociais do aluno, ou para aqueles em que tal seja indispensável ao bem-estar
da criança deficiente ou das restantes crianças.
Todos os países subscritores da Declaração de Salamanca (p.9) acreditavam que as
escolas regulares eram os locais propícios e onde estavam “os meios mais capazes para
combater as atitudes discriminatórias (…) construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a
educação para todo”.
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Correia (2001, citado por Sanches & Teodoro, 2006, p.77) sintetiza (Quadro 4) as
diferenças entre os processos de integração e inclusão.
Quadro 4
Diferença entre integração e inclusão
Integração Inclusão
Da integração física e social
À Integração cognitiva
Ao acesso académico, partilhado com os pares
À cultura da escola e da sala de aula
Da homogeneidade (aluno médio)
À diversidade como princípio e fim
Ao objetivo primeiro: desenvolvimento global
dos alunos
Dos alunos com necessidades educativas
especiais A todos os alunos
Da entrada de alguém na corrente principal: ser
uma parte do todo Fazer parte do todo
Nota. Adaptado de Sanches e Teodoro (2006, p. 77).
O autor, considera que a inclusão é para todos os alunos, independentemente de
terem NEE ou não, e que a sua inclusão na turma, faz parte de um processo global de
desenvolvimento e não compartimentado e, tal como é mencionado na Declaração de
Salamanca (1994, p.69), todas “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais
devem ser incluídos nas estruturas educativas destinadas à maioria das crianças, o que
conduziu ao conceito da escola inclusiva”.
No sentido de uma promoção efetiva da escola inclusiva, foi publicado o Decreto-Lei
nº 3/2008, de 7 de janeiro, consagrando e definindo os apoios aos alunos com NEE, estando
transcrito no artigo 1.º como principal desígnio:
a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade
emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o
prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida pós-escolar ou
profissional.
Esta legislação permite estabelecer medidas de apoio e como refere Rodrigues
(2006a, p.311) a escola regular “necessita recrutar pessoal mais especializado (terapeutas,
psicólogos, trabalhadores sociais, etc.) e dispor de equipamentos e recursos materiais mais
diferenciados” no sentido de garantir a inclusão escolar de todos os alunos com NEE,
respeitando a multiplicidade e heterogeneidade com respostas de diferenciação pedagógica
e promovendo um desenvolvimento global do aluno.
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2.4 Escola Inclusiva
Como já referido anteriormente, é a partir da Declaração de Salamanca, que a inclusão
começa a ganhar supremacia em relação ao termo integração.
Nos tempos atuais, todos têm acesso à escola, sendo um direito a que todos assiste.
Contudo, esta aparente igualdade de oportunidades, por si só, não cria as condições para que
todos os alunos tenham as mesmas oportunidades.
Para Correia (2008), além de se pretender que o aluno esteja incluído na escola, física
e academicamente, deverá conjugar-se a heterogeneidade entre pares/alunos, suscitando o
desenvolvimento nas populações escolares, a capacidade de aceitar as características
díspares.
O mesmo autor considera que, a responsabilidade para um sistema inclusivo (Figura
2) e centrado no aluno, passa por 4 setores.
No sistema inclusivo centrado no aluno, todos os setores que o rodeiam têm um papel
e responsabilidade na implementação deste sistema. O Estado deve assumir as suas
responsabilidades e realizar reformas ao nível da legislação, do financiamento, da autonomia
das escolas, do apoio atribuído às instituições de formação de professores, e por último,
sensibilizar a sociedade para as vantagens do sistema inclusivo. À escola compete planificar
adequadamente, de forma a proporcionar uma inclusão efetiva e facultar formação a todos os
intervenientes neste processo. A família deve colaborar com a escola na plena concretização
Aluno
Estado
Família
Comunidade
Escola
Figura 2. Sistema inclusivo.
Nota. Adaptada de Correia (2008, p. 10).
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do seu programa educativo individual, possibilitando uma absoluta inclusão na escola e
sociedade (Correia, 2008). Por último, a comunidade tem como função estabelecer parcerias
entre os serviços disponíveis e a escola, na conjugação de energias recíprocas.
Ainscow e Ferreira (2003, p.114) consideram que a inclusão escolar não poderá ser
encarada apenas para defender os direitos das crianças e alunos com deficiência, pois é
diminuí-la à sua “insignificância social e desvalorizá-lo enquanto recurso de mudanças sociais
relevantes uma vez que ter acesso a uma educação efectiva garante o acesso aos bens
comuns e à cidadania”.
De acordo com Ferreira e Guimarães (2006, p.119) a inclusão “ é uma modalidade de
educação para Todos, com um ensino especializado no e para o aluno”.
As práticas pedagógicas diferenciadas, a colaboração e flexibilidade deverão ser um
enorme contributo na escola inclusiva, ajustando-se a escola “a todas as crianças que
desejam matricular-se na sua localidade, em vez de esperar que uma determinada criança
com necessidades educativas especiais se ajuste à escola (integração) ” (Pacheco,
Eggertsdóttir & Marinóssom, 2007, p. 15).
Com o mesmo princípio, Ainscow (1998, p.37) considera a inclusão partindo do
pressuposto de que todos os alunos são seres com experiências, interesses e atitudes
diferentes, devendo a escola adaptar-se e ser um lugar “onde alunos e professores se
envolvem em actividades que os ajudam a ser mais bem sucedidos no que diz respeito a
compreender e enfrentar os problemas que se lhes deparam”.
Correia (2008) considera que deve ser respeitada e ter em conta a criança no seu
todo e não apenas como aluno. Refere também que, no seu processo, o aluno deverá estar
incorporado “na classe regular, onde, sempre que possível, deve receber todos os serviços
de educativos adequados, contando-se para esse fim, com um apoio apropriado (…) às suas
características e necessidades” (p.9).
Também Smith, Polloway, Katon e Dowdy (2001, citados por Correia 2008) referem
que na inclusão os alunos com NEE estão na generalidade do tempo incluídos na classe
regular, aprendendo, socializando e estando fisicamente presentes como os restantes colegas
da turma.
Stainback e Stainback (1999) defendem a mesma ideia, reforçando que a maioria dos
alunos, ou mesmo a totalidade das crianças com necessidades educativas especiais devem
estar incluídas nas classes regulares.
A inclusão pressupõe “um esforço de mudança e melhoria da própria escola, de forma
a proporcionar a todos as melhores condições de aprendizagem, sucesso e participação, na
base das circunstâncias específicas de cada um” (Leitão, 2010, p.1).
O autor Estêvão (2012, p.278) considera que, a escola deverá pautar-se pela justiça,
tratamento igualitário para todos, acolher a multiplicidade cultural e promover “estratégias
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variadas de aprendizagem e com métodos parcialmente individualizados para dar espaço e
estímulo às singularidades dos sujeitos”.
Neste processo de inclusão e permanência nas turmas regulares dos alunos com NEE,
os autores Smith et al. (2001,citados por Correia, 2008) e Correia (1999) admitem que em
determinadas situações os alunos poderão usufruir de apoios fora do contexto de sala de aula.
Para Hannoun (1975, p.93) o saber “ educar uma criança é ter em conta
simultaneamente os seus dados biológicos e psicológicos”.
A escola inclusiva é o processo de inclusão dos indivíduos com problemas de
aprendizagem, quer sejam ou não portadores de necessidades educativas individuais.
Com estes estímulos, a escola é incitada a todo o momento, com desafios variados e
complexos, devendo-se moldar às exigências da sociedade, permitindo um ensino com todos
e para todos, tendo sempre em conta a especificidade de cada indivíduo.
Correia (2008) releva o papel fundamental que os educadores e professores devem
assumir, com responsabilidades e deveres, de proporcionar a todos os alunos um bom ensino
e educação, independentemente das suas caraterísticas e dificuldades, devendo ser capazes
de promoverem mudanças tendo em vista a melhoria e equidade da educação para todos os
alunos.
Rodrigues (2006b) salienta, no entanto, que apesar de legislada e de estar presente
no pensamento dos docentes, a aplicabilidade da inclusão é ténue e ligeira no quotidiano das
escolas.
De acordo com Lombardi (1992, citado por Fonseca, 2001), não basta integrar os
alunos com NEE nas escolas e classes regulares, mas também, criar e desenvolver
mecanismos que permitam as respostas adequadas às características e necessidades
específicas.
Para seguir e aplicar uma efetiva inclusão, a escola deve desenvolver e adotar
“políticas, culturas e práticas que valorizam o contributo activo de cada aluno para a
construção de um conhecimento construído e partilhado e desta forma atingir a qualidade
académica e sócio-cultural sem discriminação” (Rodrigues, 2006b, p. 76).
Não nos podemos abstrair da realidade que nos é proposta quase diariamente nas
nossas escolas. O procurar “saber” dar as respostas mais adequadas ao que é diferente, é
um sinal da equidade de ensino a que todos têm direito. A subscrição da escola inclusiva
revela contudo, muitas dificuldades de operacionalização concreta nas escolas, levando-nos
muitas vezes a olhar a diferença com indiferença. Estas diferenças não podem constituir
barreiras à aprendizagem.
A escola deve saber identificar as dificuldades e constrangimentos que são colocados
aos alunos na participação diária da vida escolar, por forma a criar condições e estratégias de
atuação, tendo em vista a superação destas barreiras.
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As planificações ainda são demasiado formatadas e determinadas a partir, não das
necessidades dos alunos, mas dos programas existentes, devendo estes ser adaptáveis e
permutáveis de acordo com as características dos alunos. O ajustamento e adaptabilidade
dos programas e planificações em função da individualidade de cada aluno é, nos dias de
hoje, uma questão cada vez mais presente.
Entre os inúmeros benefícios da escola inclusiva, a interação dos alunos com NEE e
as outras crianças e jovens com desenvolvimentos, dificuldades e capacidades distintas,
permitem a valorização social, moral e humana do ser. Esta ligação desenvolve valores de
cooperação, partilha e cidadania, potenciando condições para a elevação do pensamento e
melhoria das aprendizagens (Rodrigues, 2006a).
Da mesma forma pensam Ferreira e Guimarães (2006), considerando ser bastante
benéfica esta ligação e este contacto, desenvolvendo valores e atitudes positivas, de respeito
e de compreensão para com os outros, numa convivência sã entre pares.
O´Brien e O´Brien (1999) são da mesma opinião, pois releva valores e
comportamentos como a igualdade, cooperação, superação de problemas e auxílio aos
outros. Nas turmas onde estão inseridos alunos com NEE, a relação pessoal entre os alunos
é geralmente mais elevada face às restantes. As turmas que não incluem alunos com NEE,
tendem a ter pior relacionamento, em virtude de não passarem por situações de interação
com este tipo de alunos, onde a partilha, ajuda, cooperação e condescendência são bases de
trabalho fundamentais nestes grupos.
O sucesso da inclusão de alunos com NEE na escola regular, decorre das
possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por
meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos alunos.
É essencial que no processo de inclusão dos alunos, se reflita sobre a função que a
Educação Física e o Desporto Escolar devem ter na escola. Esta deve garantir uma prática
desportiva regular para todos, de qualidade e que beneficie a aptidão física, a saúde e inclusão
dos alunos.
A prática desportiva na escola é considerada como um meio importante e facilitadora
na promoção de atitudes inclusivas, promovendo o contato e relacionamento social entre os
alunos (Rodrigues, 2004). Nesta circunstância, a disciplina curricular de Educação Física e o
Desporto Escolar devem ser reconhecidas e valorizadas como espaços conducentes à
manifestação de valores e atitudes solidárias.
O que nunca poderá ser esquecido é que, neste processo de inclusão, esta não é
imóvel nem estática, estando sempre sujeita a alterações, ao qual requer adequações e
práticas pedagógicas de inclusão nas escolas regulares, para o sucesso efetivo e integral dos
alunos.
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Capítulo 3. Atividade Física Adaptada: Alunos com NEE
A presença na escola de alunos com NEE é uma realidade inquestionável. Como tal,
faremos neste capítulo, uma abordagem à definição de atividade física adaptada e os seus
benefícios, e enquadraremos a função da Educação Física e do Desporto Escolar na
participação regular dos alunos com NEE em atividades físicas e desportivas.
3.1 Atividade Física Adaptada
No enquadramento da necessidade da atividade física e desportiva para pessoas com
deficiência, convém definir o conceito de atividade física adaptada.
Para Sherrill (1998) a atividade física adaptada (AFA) traduz-se num vasto conjunto
de múltiplas atividades, desportos, jogos, incidindo sempre e organizada pelas vontades,
interesses, limitações a capacidades manifestadas pelas pessoas com necessidades
especiais. Considera-a alargada nos seus efeitos, promovendo a saúde, estilo de vida
saudável e consequentemente a reabilitação e inclusão da pessoa deficiente.
Segundo Rosadas (1989), a AFA são movimentos contínuos que melhoram o sistema
orgânico, mas também, por movimentos periódicos e não contínuos com vista a melhorar
locais específicos e circunscritos, considerando sempre a intensidade a aplicar de acordo com
a especificidade de cada individuo, refletindo e contribuindo na reabilitação de qualquer
tipologia de deficiência.
Potter (1981, citado por Marques et al., 2001) define-a como um completo e variado
leque de atividades que se ajustam às necessidades individuais do ser humano,
especialmente no que concerne ao desenvolvimento motor, à Educação Física e a todas as
modalidades desportivas.
A atividade física adaptada “congrega todas as formas de participação desportiva de
um qualquer indivíduo, mesmo com fortes limitações da capacidade de movimento, e seja
qual for o objetivo dessa atividade (educativo, recreativo, competitivo ou terapêutico)”
(Marques et al., 2001, p.78).
De acordo com a Federação Internacional de Atividade Física Adaptada (International
Federation of Adapted Physical Activity - IFAPA) as definições e conceitos são modificados
ao longo dos anos, mas para a federação:
adapted physical activity is a cross disciplinary body of knowledge directed toward the
identification and solution of individual differences in physical activity. It is a service-delivery
profession and academic field of study that supports an attitude of acceptance of individual
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differences, advocates access to active lifestyles and sport, and promotes innovation and
cooperative service delivery programs and empowerment systems. Adapted physical activity
includes, but is not limited to, physical education, sport, recreation, dance and creative arts,
nutrition, medicine, and rehabilitation (IFAPA, 2004).
O indivíduo portador de deficiência pode, de um modo geral, praticar atividade física
sistemática, contribuindo para a melhoria da saúde e pedagogicamente positivo (Carvalho,
1998).
A atividade física adaptada permite a participação e envolvimento de alunos
proporcionais e adequadas às suas caraterísticas e necessidades. Devem respeitar a suas
limitações, mas também, promover e desenvolver a sua autonomia e potencialidades. A
atividade física (AF) assume um papel importante para a pessoa com deficiência, e de acordo
com Louro (2001), alguns poderão ser atletas de competição, não sendo esse o objetivo
primordial, mas sim os benefícios que traz.
No sentido de salvaguardar os direitos destas pessoas, a Constituição da República
Portuguesa, no ponto 1 do artigo 71.º refere que “os cidadãos portadores de deficiência física
ou mental gozam plenamente dos direitos e estão sujeitos aos deveres consignados na
Constituição”. Menciona também, que o Estado está obrigado a efetuar “uma política nacional
de prevenção e de tratamento, reabilitação e integração dos cidadãos portadores de
deficiência”.
É consagrado o direito à igualdade e o reforço de políticas que melhorem o seu
desenvolvimento integral e dignificação social e pessoal.
Quanto ao acesso à atividade física, a mesma Constituição da República Portuguesa
aprovada a 2 de abril de 1976 determina o seu direito, pois “todos têm direito à cultura física
e ao desporto”. Refere ainda o campo de ação do Estado ao qual está incumbido “em
colaboração com as escolas e as associações e coletividades desportivas, promover,
estimular, orientar e apoiar a prática e a difusão da cultura física e do desporto, bem como
prevenir a violência no desporto” (artigo 79.º).
A Carta Europeia do Desporto para Todos, do Conselho da Europa (1988), alude ao
princípio de que, a prática desportiva é um direito de todas as pessoas, enaltecendo o papel
inquestionável das virtudes da atividade física no lazer, promoção da educação e socialização
do ser humano.
Salienta a importância da integração das pessoas deficientes na sociedade incluindo
o desporto, contudo, não deveremos exigir “às pessoas deficientes as mesmas performances
que às pessoas válidas em desportos onde a sua enfermidade limita em demasia as suas
aptidões funcionais” (Conselho da Europa, 1988, p.22).
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Realça que o Estado deve proporcionar a todos de modo inequívoco o acesso ao
desporto, sejam quais forem as condições físicas, género, idade, classe social, etnias e raças.
Na mesma orientação importa também destacar a Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro –
Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto, quando no ponto 1 do artigo 2.º consagra a
todos a “atividade física e desportiva, independentemente da sua ascendência, sexo, raça,
etnia, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução,
situação económica, condição social ou orientação sexual”.
A atividade física é fortemente marcada pela socialização, criando diversas situações
de relações interpessoais e com elevado potencial de inclusão social, encarada e
progressivamente aceite por um leque alargado de pessoas, independentemente das idades,
condição física e condições socioeconómicas e culturais.
A atividade física adaptada é de um modo simples a adaptação da atividade física ao
indivíduo, mediante as características e condições especiais da pessoa em questão.
É de extrema importância que o professor tenha total conhecimento do processo e dos
dados dos alunos, para uma melhor adequação das atividades a desenvolver em prol do seu
desenvolvimento integral.
3.2 Atividade Física Adaptada e os seus Benefícios
Ao longo dos tempos as pessoas foram compreendendo que para o benefício da
saúde, era essencial entre outras condicionantes a prática regular de AF.
Segundo a World Health Organization (2012), a realização de AF regular é um veículo
extremamente importante de prevenção de múltiplas doenças e problemas, reduzindo o risco
de, entre outras: acidentes vasculares cerebrais, diabetes, hipertensão, cancros. Salienta que,
o controlo do peso é essencial para a prevenção dos riscos acima mencionados e a
necessidade de uma atividade física diária, de pelo menos 60 minutos, para as pessoas em
idade escolar.
Gomes (1993) refere que a atividade física nas crianças e jovens não garante um
adulto saudável e sem riscos de doenças cardiovasculares, contudo, auxilia na promoção de
hábitos de atividade física e dieta alimentar mais regrada.
Também Guedes (1999) considera que, se os hábitos de vida promotores da saúde
fossem instituídos nas idades mais baixas, poderíamos evitar um leque alargado de futuros
problemas de saúde.
De acordo com as Orientações da União Europeia para a Atividade Física (2009, p7)
“o corpo humano foi concebido para se movimentar e como tal necessita de actividade física
regular com vista ao seu funcionamento óptimo e de forma a evitar doenças”. Manifesta a sua
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inquietação e preocupação no sedentarismo nas faixas etárias mais baixas, que poderão dar
continuidade para a vida adulta, com todos os malefícios e riscos suscetíveis associados.
Refere que uma vida ativa cria muitos benefícios, psicológicos, sociais e o prolongamento da
esperança de vida.
A AF para Marques (1997), quando enquadrada em contexto escolar e envolvendo
programas educativos favorece vários aspetos, os quais se destacam: desenvolvimento motor
e a formação do corpo; emocional; integração social; valores e atitudes positivos; aptidão
física; saúde e como ato preventivo de futura delinquência.
Na Carta Europeia do Desporto para Todos, do Conselho da Europa (1988), é
evidenciado o valor atribuído à AF e ao desporto, com relevância dos benefícios da
readaptação e integração social.
Segundo Potter (1975, citado por Silva, 2000) os benefícios da AF para a pessoa com
deficiência são em três vertentes:
i) Fisiológicos: explorando os limites articulares, controlo dos movimentos voluntários
e uma melhor saúde e aptidão física;
ii) Psicológicos: melhorando na comunicação, aumento da autoconfiança com o
controlo e domínio do gesto e consequente diminuição da ansiedade;
iii) Sociais: desenvolve e contribui para uma melhor autonomia e integração na
sociedade mais profícua.
Posteriormente Guttmann (1977) acrescenta mais duas vertentes:
i) Terapêuticos: usados como complemento da terapia física;
ii) Recreativos: supremacia do desporto sobre o exercício curativo em virtude da sua
vertente recreativa.
A necessidade das pessoas com deficiência manterem uma AF constante é de elevada
importância, considerando Neto (1997, p.19) que, a manutenção de “um estilo de vida
saudável acontece quando é possível manter um padrão consistente de comportamento
adequado às restrições biológicas individuais e em particular de acordo com os obstáculos de
envolvimento físico e social da vida”.
Lehnhard, Manta e Palma (2012) consideram que, a AF desde muito cedo nas crianças
e jovens com NEE, beneficia e incrementa padrões muito positivos no seu desenvolvimento.
A prática regular e sistemática de AF nas escolas por parte dos alunos com NEE,
desenvolve nos alunos uma interação e inclusão escolar que potencia uma maior motivação
e interesse pelo que os rodeia. Qualquer incremento de participação, sucesso e autoconfiança
nestes alunos, são estímulos muito positivos para estas pessoas em particular.
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Para um aumento da esperança de vida, melhoria na saúde e produtividade nas
pessoas com necessidades especiais, Fernhall (1993) considera ser essencial a prática
regular de AF.
Esta prática regular de AF nas pessoas com necessidades especiais, tem um peso
ainda maior na qualidade de vida, com evidentes aspetos positivos de cariz social, física e
intelectual (Ferreira & Campos, 2006). Os autores referem que estes grupos manifestam uma
predisposição para a inatividade, pois um dos fatores associado a esta situação é que uma
elevada parte das respostas está enquadrada na escola, havendo constrangimentos na AF
fora desse contexto.
Podemos considerar e corroborar com a opinião de Conceição, Oliveira e Silva (2005)
segundo os quais a prática regular de AF nas pessoas com deficiência tende a fortalecer e
melhorar o seu desenvolvimento físico, psicológico e uma melhor integração social.
3.3 A Educação Física e os Alunos com NEE
Em 1978, na Carta Internacional da Educação Física e do Desporto da UNESCO, o
artigo 1.º “A prática da educação física e do desporto é um direito fundamental de todos” vem
dar seguimento a um conjunto de indicações:
todas as pessoas humanas têm o direito à educação física e ao desporto, indispensáveis ao
desenvolvimento da sua personalidade. O direito ao desenvolvimento das aptidões físicas,
intelectuais e morais, através da educação física e do desporto, deve ser garantido, tanto no
quadro do sistema educativo, como nos outros aspetos da vida social;
todas devem ter a possibilidade de praticar educação física, de melhorar a sua condição física
e de atingir o grau de aptidão desportiva correspondente às suas capacidades, em
conformidade com a tradição desportiva do respetivo país;
devem ser dadas condições especiais aos jovens, inclusive às crianças em idade pré-escolar,
aos idosos e às pessoas com deficiência, a fim de permitir o desenvolvimento integral da sua
personalidade, através de programas de educação física e de desporto adaptados às suas
necessidades.
Destaca a importância da AF para o desenvolvimento global das pessoas quando no
artigo 2.º refere que “a educação física e o desporto, elementos essenciais da educação e da
cultura, devem desenvolver aptidões, a vontade e o auto controlo das pessoas humanas e
contribuir para a sua inserção social”.
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Sobral (1980) considera que a EF deve, auxiliar a Educação Especial no cumprimento
de determinados desígnios, designadamente:
i) Desenvolver nas crianças deficientes as suas potencialidades físicas e intelectuais;
ii) Desenvolver a comunicação e auxiliar a integração da criança deficiente no meio
familiar, escolar e social;
iii) Promover a autonomia da criança atendendo às suas limitações;
iv) Promover a estabilidade emocional;
v) Preparar a criança, no sentido de lhe proporcionar formação adequada tendo em
conta as suas potencialidades.
Devendo a EF e o desporto serem proporcionados nos sistemas de ensino, estes
devem conceber programas em “função das necessidades e das características pessoais dos
praticantes, assim como das condições institucionais, culturais, socioeconómicas e climáticas
de cada país”. O equilíbrio e ligações constantes entre as variáveis do ensino são condições
indispensáveis no sucesso das medidas e orientações.
A escola é um local privilegiado para a promoção e prática das atividades físicas,
proporcionadas pela disciplina de Educação Física e o Desporto Escolar.
Januário (1995, p.206) refere a importância da EF para o desenvolvimento do ser
humano e que “talvez a melhor riqueza do conceito e das práticas de EF se encontrem no
ecletismo das suas atividades, na multiplicidade das suas áreas de intervenção e na
diversidade das correntes e tendências que a ilustram”.
Rodrigues (2004, p.17) refere que “a educação motora proporcionada através da
disciplina curricular de EF é um direito. Não é uma opção descartável. Porque é um direito, o
nosso ponto de partida tem de ser que nenhum aluno pode ser dispensado dele”. Está
subjacente neste pensamento uma Educação Física para todos, independentemente das
caraterísticas dos alunos.
De acordo com Januário (1995, p.205), a Educação Física como disciplina curricular,
constitui-se como “um “apoio pedagógico acrescido” em relação ao processo natural de
maturação e de desenvolvimento físico, em que são intervenientes agentes educativos
especializados – professores, integrados numa instituição”.
A Educação Física deve fazer parte do processo de inclusão nas escolas, podendo
constituir-se uma mais valia para o desenvolvimento e construção de uma escola inclusiva
(Rodrigues, 2004).
No processo de inclusão dos alunos com NEE na comunidade escolar, as aulas de
Educação Física contribuem para o desenvolvimento dos domínios: cognitivo (compreensão,
conhecimentos); afetivo (sentimentos, comportamentos, atitudes, valores) e psicomotor
(habilidades, desempenho motor).
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Nesta circunstância, o sucesso da inclusão, depende fortemente da qualidade dos
programas de Educação Física e da adaptabilidade que se possa fazer, no sentido de estes
estarem enquadrados e de melhor satisfazerem as reais necessidades dos alunos.
A Educação Física, quando adaptada ao aluno com NEE, permite a tomada de
conhecimento das suas limitações e potencialidades, melhorando a sua adaptabilidade.
Devem ser dadas oportunidades a todos os alunos, a participação efetiva nas atividades
físicas, devidamente enquadradas face às limitações e possibilidades de cada um,
proporcionando o desenvolvimento motor, valorização pessoal e melhoria na autoestima.
Para além dos aspetos sociais, intelectuais e físicos, a EF tem para Sobral (1980, p.
45) um papel “insubstituível no aspecto da estabilidade emocional e afectiva, orientando o
jovem deficiente na descoberta e uso adequado do seu corpo, tantas vezes fonte e
insegurança e de inadaptação a si próprio e aos outros”.
As finalidades da EF para Sobral (1980) recaem sobre a saúde, capacidades físicas e
a integração dos alunos na sociedade.
Para Rodrigues (2004), a Educação Física como disciplina curricular, beneficia de três
condições essenciais no auxílio e colaboração para uma escola inclusiva. Como primeira
condição, considera que os conteúdos lecionados apresentam uma maior flexibilidade face às
outras disciplinas. O professor pode organizar com mais liberdade os conteúdos a lecionar,
possibilitando deste modo, maior facilidade na abordagem e diferenciação das matérias,
conducentes a uma inclusão mais assertiva. Em segundo, os professores são encarados
como tendo atitudes e comportamentos mais positivos e aproximados dos alunos,
encontrando com mais facilidade as soluções para problemas que vão surgindo. Por último,
a larga participação dos alunos nas atividades, enquadra a EF no perfil de uma disciplina
fomentadora da inclusão.
Para adequar os processos para uma inclusão, consideramos ser condição essencial
que os professores de EF tenham um conhecimento antecipado das dificuldades dos alunos
e realizar uma avaliação inicial das suas potencialidades. Como tal, devem identificar e
conhecer as limitações e capacidades dos alunos com NEE, para poderem selecionarem as
metodologias, estratégias, recursos e formas de avaliação que, proporcionem o
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos de acordo com as suas caraterísticas.
Com estes dados, serão desenvolvidas e adotadas práticas que promovam o sucesso
dos alunos. O professor deverá ter a capacidade de ajustar os planos e as atividades, tendo
em consideração e respondendo às reações dos alunos da turma, elementos importantes de
ligação com os alunos com NEE.
Madureira e Leite (2003) consideram que devem ser dadas as mesmas oportunidades
a todos os alunos, ajustando ritmos de aprendizagem, adaptando currículos e diversificando
estratégias, permitindo assim, o sucesso efetivo da inclusão dos alunos com NEE.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Sherrill (1998) considera que para o cumprimento das solicitações e necessidades dos
alunos com NEE nas aulas de Educação Física, é necessário que as escolas criem um
conjunto de condições, tais como, recursos físicos e humanos, a realização de adaptações
curriculares e promoção de formação adequada aos professores. A autora refere que, estes
fatores são essenciais para uma escola inclusiva, promovendo também, atitudes mais
positivas nos alunos sem necessidade educativas especiais. Contudo, pensamos que existem
dificuldades na vida diária das escolas, pela escassez de recursos disponibilizados e pelas
dificuldades demonstradas pelos docentes.
De acordo com Rodrigues (2004, p.18) “a disciplina curricular de EF pode, com rigor e
com investimento, ser efectivamente uma área-chave para tornar a educação mais inclusiva
e pode mesmo, ser um campo privilegiado de experimentação, de inovação e de melhoria da
qualidade pedagógica na escola”.
Leitão (2010, p. 238) também considera que a EF tem um papel importante a
desempenhar para a inclusão do alunos com NEE, pois:
um aluno não se desenvolve nos planos espiritual, moral, social, emocional, simplesmente
porque joga, pratica determinadas modalidades desportivas ou se envolve activamente nas
aulas de Educação Física. Para que tal aconteça, para que a Educação Física contribua para
a formação cívica, o desenvolvimento espiritual, moral, social e emocional dos alunos, há que
acautelar a forma como se definem os objectivos, como se planificam as actividades, como se
adequam as estratégias de ensino aos objectivos a alcançar.
Em momento algum, os professores devem excluir os alunos por falta de aptidões ou
pelas suas caraterísticas, mas sim, selecionar e optar por medidas que potenciem o
desenvolvimento e sucesso educativo dos alunos.
Consideramos que a participação dos alunos com NEE é inquestionável, estando
sujeita a adaptações e condições de êxito favoráveis ao desenvolvimento e sucesso das
aprendizagens dos alunos. Para tal, é necessário que os professores na sua planificação e
organização adequem situações de aprendizagem promotoras de sucesso e inclusão escolar.
3.4 O Desporto Escolar
Como sabemos, são múltiplas as organizações que possibilitam a realização de
atividade física e desportiva no sentido de suprir as necessidades individuais das pessoas. A
escola com a sua organização, objetivos e metas determinadas, promove através do DE
dinâmicas de participação nas mais variedades modalidades desportivas
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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As escolas deverão ter a autonomia suficiente para que no seu Projeto Educativo, lhes
seja dado espaço de concretização e operacionalização de projetos válidos e que sejam
adequados ao meio em que estão inseridos, incluídos neste o Desporto Escolar.
Inserido no Projeto Educativo das escolas, o Desporto Escolar deve proporcionar a
todos os que o desejam, baseado numa lógica de escola inclusiva, a possibilidade da prática
desportiva regular, ajustando e adequando a sua realização às características e necessidades
individuais.
No artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 95/91, de 26 de fevereiro, o DE é um “conjunto das
práticas lúdico-desportivas e de formação com objeto desportivo desenvolvidas como
complemento curricular e ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade de
participação e de escolha, integradas no plano de atividade da escola e coordenadas no
âmbito do sistema educativo”.
No enquadramento do DE, este promove o sucesso e desempenho escolar dos alunos.
A prática regular de atividade desportiva, permite a criação de hábitos de vida fundamentais
para uma vida saudável (Programa do Desporto Escolar, 2013/2017).
O Decreto-Lei nº 95/91 considera que o desenvolvimento do nosso sistema educativo
deve dar particular atenção à prática desportiva na escola, com estruturas da Educação Física
e do DE bem organizadas, conduzindo “ao bem-estar físico e à saúde através de uma prática
desportiva orientada, é um direito que assiste a todos os Portugueses, com especial incidência
nos jovens em idade escolar”, reforçando a ideia do respeito pela diferença e características
individuais, devendo o DE promover “a educação moral, intelectual e social da juventude
portuguesa, no respeito absoluto pelo direito à individualidade e à diferença”.
No mesmo sentido, o desporto assume um papel relevante para o Programa do XIX
Governo Constitucional como uma área fundamental no desenvolvimento e integração na
sociedade, e como refere o Despacho n.º 9332-A/2013, é importante na estratégica e
promoção do sucesso educativo e de hábitos de vida saudáveis. A conjuntura na criação e
aumento progressivo das propostas de atividades físicas a proporcionar a todos alunos na
escolaridade obrigatória, são pressupostos a incrementar pelo programa.
Também na Lei n.º 5/2007, de 16 de janeiro, no artigo 28.º, ponto 1 (Lei de Bases da
Atividade Física e do Desporto) é referido que:
o desporto escolar deve ser promovido no âmbito de complemento curricular, em todos os
níveis e graus de educação e ensino, como componente essencial da formação integral dos
alunos, visando especificamente a promoção da saúde e condição física, a aquisição de hábitos
e condutas motoras e o entendimento do desporto como fator de cultura.
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Convém salientar a necessidade que o desenvolvimento dos grupos/equipa seja
orientado por professores de Educação Física ou por outros professores, com formação na
respetiva modalidade. Para qualquer professor que não seja de Educação Física, a atribuição
de um grupo/equipa, carece desde 2004/2005 de documentação que ateste a sua formação
para ser treinador da modalidade em questão.
O DE para Fejgin e Hanegby (2001, citados por Soares, Aranha & Antunes, 2013, p.4)
promove e “favorece a identificação e coesão do grupo, sendo uma poderosa ferramenta de
transformação do homem, já que o prepara através do jogo de hoje para a vida social de
amanhã”.
A função da “educação física e o desporto escolar enquanto parte integrante e
estruturante do projeto educativo da escola podem ser portadores de uma mensagem
inovadora e transformadora, visando a aquisição e o desenvolvimento de comportamentos
desde a autonomia e sentido de responsabilidade até ao prazer, emoção, risco, competição,
superação e afirmação da personalidade no direito à diferença” (Pina, 2002, p. 25).
A escola assume uma função essencial na promoção e desenvolvimento da prática
desportiva. Com a obrigatoriedade de frequência da disciplina curricular de Educação Física
e a oferta de vários grupos/equipa do DE, a escola é indubitavelmente uma forte promotora
de atividades físicas e desportivas (Pires, 2000).
O Desporto Escolar proporciona espaços de competição, lazer e convívio promovendo
uma escola mais atrativa, inclusiva e potenciadora do sucesso educativo e desenvolvimento
integral do aluno.
O DE contribui claramente para a igualdade de oportunidades a todos os que assim o
desejem, o acesso de um modo livre e espontâneo à prática desportiva. Deste modo, permite
o desenvolvimento do aluno na sua personalidade, valores, cidadania, socialização e um
desenvolvimento físico equilibrado.
Pires (2000) considera que o desporto e a atividade física são fomentadoras de
atitudes e princípios de uma integração mais profícua na sociedade.
Em todas as atividades a desenvolver no DE, algumas considerações e princípios
deverão ser considerados, como o estimular e aumentar o número de atividades para alunos
com NEE. Quando somos responsáveis por grupos/equipa onde estão inseridos ou englobam
na totalidade alunos com NEE, as atividades e tarefas a desenvolver, devem ir ao encontro
das suas necessidades, motivações e interesses, quer sejam modalidades individuais ou
coletivas, salvaguardando sempre o ajustamento e adequação à especificidade de cada
aluno. A equidade e individualidade de cada um são pressupostos e valores inerentes ao
desporto escolar.
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Capítulo 4. Contextualização do Local de Intervenção
O conhecimento da realidade e contexto escolar é condição necessária e fundamental
para o planeamento e a ação a desenvolver. Este enquadramento permite delinear e decidir
com maior rigor todas as opções tomadas para o processo de ensino-aprendizagem.
Realizaremos neste capítulo, uma caraterização do agrupamento onde foi
desenvolvida a atividade docente no ano letivo 2013/2014.
4.1 Caraterização do Meio
O agrupamento de escolas Dr. Manuel Laranjeira (Figura 3) está situada na freguesia
de Anta e Guetim, pertencendo à cidade e concelho de Espinho.
Apesar de Espinho pertencer ao Distrito de Aveiro, está integrada na Área
Metropolitana do Porto tendo o concelho 21,1Km². Espinho é um concelho criado em 1899,
estando a uma distância de 50 km a norte da cidade de Aveiro e 20 km a sul do Porto. É
constituído pelas freguesias de Espinho, Anta e Guetim, Paramos e Silvalde.
Figura 3. Localização da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira.
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O território concelhio beneficia de uma faixa costeira caracterizada por extensos
areais. Quanto ao clima, apresenta características do litoral norte, húmido e com temperaturas
amenas e sem grandes oscilações térmicas durante o ano.
O concelho de Espinho é um local fortemente ligado ao mar, com a sua pesca e como
destino turístico balnear muito procurado por portugueses, assumindo valores muito
importantes para a sua economia. No desenvolvimento da economia do concelho predomina
o setor terciário, estando uma parte significativa das empresas ligadas a este setor e em
pequena escala as que se destinam à transformação (setor secundário) como têxteis, papel
e cortiça. Com menos de 1%, a representatividade do setor primário é muito residual.
A população residente no concelho (Tabela 1) é de 31786 pessoas de acordo com os
censos de 2011.
Tabela 1
População residente nas freguesias do concelho de Espinho
Freguesia
População Residente Variação
2001/2011 (%) 2001 2011
Espinho 10225 9832 -3,8%
Anta Anta e
Guetim
10615
11766 -3,1%
Guetim 1532
Paramos 3789 3515 -7,2%
Silvalde 7540 6673 -11,5%
Total 33701 31786 -5,6%
Nota. Censos 2001 e 2011.
Verifica-se uma diminuição de habitantes face aos 33 701 habitantes de 2001.
Relativamente aos censos de 2011 as freguesias de Anta e Guetim com 11766 e Espinho
com 9832 habitantes são aquelas que apresentam um maior número de população.
Em termos de acessibilidade localiza-se próximo do eixo de ligação entre Aveiro e
Porto, concretamente a A 29. Esta rede viária é a principal ligação rodoviária para o norte e
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sul, conducente aos concelhos da Grande Área Metropolitana do Porto e a sul com Ovar e
Aveiro.
Relativamente aos transportes públicos no acesso ao concelho, predominam os
autocarros e o comboio.
Quanto a grandes unidades de saúde, o concelho de Espinho possuí um Hospital e
também é servido em situações de urgência pelo Centro Hospitalar de Gaia/Espinho.
O concelho é também dotado de outras instituições como, a Polícia de Segurança
Pública, Guarda Nacional Republicana e duas Corporações de Bombeiros.
Respeitante à educação, existe no concelho de Espinho, o Instituto Superior de
Espinho, o agrupamento de escolas Dr. Gomes de Almeida, duas escolas profissionais o
Externato Oliveira Martins e o caraterizado neste relatório o agrupamento de escolas Dr.
Manuel Laranjeira.
Neste âmbito, o concelho de Espinho apresenta 16,8% da população sem qualquer
nível de ensino, com o ensino básico 57,9%, o ensino secundário 11,6% e por fim 12,6% com
o ensino superior. A salientar que em Portugal a população sem qualificações e com ensino
superior é respetivamente de 19,2% e 12%.
Portugal tinha, em 2011, uma taxa de analfabetismo de 5,23% equivalente a 500 mil
pessoas, registando o concelho de Espinho uma taxa inferior com 4,7%, o distrito de Aveiro
com 4,74% e a Área Metropolitana do Porto com 3,9%. Apesar destes dados, entre 2001 e
2011, houve um aumento forte e sustentado das qualificações, tendo-se verificado um
acentuado decréscimo da taxa de analfabetismo nesse período de tempo.
4.2 Caraterização da Escola
4.2.1 História da Escola
O Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira surge da constituição de uma nova
unidade orgânica de gestão, resultante da agregação da Escola Secundária de Dr. Manuel
Laranjeira com o Agrupamento de Escolas Sá Couto. Sendo a Escola Secundária Dr. Manuel
Laranjeira a sede do agrupamento (Figura 4), faremos uma breve caraterização histórica da
sua constituição. A escola surge em 1967-68 como um polo do Liceu Nacional de Vila Nova
de Gaia com instalações no Palacete Rosa Pena. No ano de 1971 passou a designar-se de
Liceu Nacional de Espinho. A mudança de espaço (atuais) e instalações ocorre no ano de
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1975 tendo adotado a atual designação de Escola Secundária de Dr. Manuel Laranjeira em
1978.
O início das obras de requalificação pela Parque Escolar deu-se no mês de junho de
2009, tendo decorrido durante um ano e meio de trabalho, e deram-se por concluídas em
dezembro de 2010. De salientar que a partir do ano letivo 2008-2009 a escola passou a
integrar alunos do 2.º ciclo.
4.2.2 Recursos Humanos
Em 2013-2014, a população escolar (Tabela 2) era constituída por 2744 alunos,
distribuídos pelos vários níveis de ensino.
Tabela 2
Alunos do agrupamento por níveis de ensino
Níveis de ensino
Pré-
escolar
1º
Ciclo
2º
Ciclo
3º
Ciclo
Cef
3º
Ciclo
Vocacional
3º Ciclo
Secundário Secundário
Profissionais Total
Nº
Turmas 16 29 25 25 1 1 16 5 118
Nº Alunos 352 644 558 612 18 22 449 89 2744
Figura 4. Entrada principal da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira.
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Verifica-se a frequência de 644 alunos no 1º ciclo (29 turmas), sendo o nível de
ensino com mais alunos, contrapondo com o pré-escolar com 352 alunos.
O ensino é assegurado por 230 professores, distribuídos pelos diversos níveis de
ensino. Relativamente ao pessoal não docente, o agrupamento é constituído por 57
funcionários, dos quais uma psicóloga, uma técnica superior, 10 assistentes técnicas e 45
assistentes operacionais.
Relativamente aos grupos 260 e 620 de EF, os dois são constituídos por dezassete
professores, seis do 2º ciclo e onze do 3º ciclo e secundário. Do 2º ciclo, um é do quadro da
escola, um do quadro de escola de outro estabelecimento de ensino e os restantes do QZP.
Quanto aos docentes do 3º ciclo e secundário, sete pertencem ao quadro do agrupamento e
quatro são do QZP.
4.2.3 Recursos Físicos
O Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira é constituído pelas seguintes
escolas: Jardim de Infância (JI) de Guetim; Escola EB1 de Aldeia Nova, na Freguesia de
Guetim; Escola EB1/JI de Anta 1; Escola EB1/JI de Anta 2; Escola EB1/JI de Anta 3; Escola
EB1/JI de Esmojães; Escola EB1/JI de Espinho 3; Escola EB 2,3 Sá Couto; Escola Secundária
Dr. Manuel Laranjeira.
Quanto ao local da lecionação, a Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira é composta
por quatro blocos, contabilizando no total 68 salas. Para além das instalações comuns em
todos os outros estabelecimentos escolares, possui também um anfiteatro (Figura 5) e um
auditório (Figura 6).
Figura 6. Auditório. Figura 5. Anfiteatro.
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Relativamente aos espaços desportivos, a escola está apetrechada com um pavilhão,
um ginásio e um campo desportivo exterior a detalhar posteriormente.
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Capítulo 5. Atividade Letiva
"Nós não devemos deixar que as incapacidades das
pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas
habilidades”.
Hallanhan e Kauffman
Neste capítulo, abordaremos a prática letiva e as atividades desenvolvidas, no âmbito
do grupo/equipa de natação adaptada do Desporto Escolar e das turmas lecionadas.
Realizaremos uma reflexão do trabalho efetuado, tendo sempre em vista melhorias futuras.
5.1 Desporto Escolar no Agrupamento
O Desporto Escolar, como atividade de complemento curricular, deve permitir a todos
os alunos que assim o desejarem, praticar atividades desportivas no seio da escola e sob
orientação e coordenação dos professores. Neste âmbito, o agrupamento de escolas Dr.
Manuel Laranjeira no ano letivo de 2013-2014 promoveu e dinamizou 14 grupos/equipas das
mais variadas modalidades e com vários destinatários. As modalidades não eram
circunscritas à escola sede ou à escola EB 2, 3 Sá Couto, pois os alunos poderiam selecionar
o grupo/equipa que pretendessem participar, independentemente do local da realização dos
treinos.
Os grupos/equipas contemplados no projeto do Desporto Escolar do agrupamento
para 2013/2014 foram os que constam no quadro 5.
Quadro 5
Grupos/equipas do agrupamento
Modalidade Escalão Género
Boccia Todos Misto
Futsal Infantis B Masculino
Futsal Iniciados Masculino
Voleibol Iniciados Feminino
Perícia e corrida de patins Todos Misto
Desportos Gímnicos Todos Feminino
Desportos Gímnicos Todos Misto
Badminton Iniciados Masculino
Badminton Todos Misto
Natação (NEE- Multideficiência) Todos Misto
Natação (NEE- Autismo) Todos Misto
Natação nível 1 Infantil B Misto
Natação nível 2/3 Todos Misto
Xadrez Todos Misto
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Podemos verificar a existência de catorze grupos/equipa, nos quais, destacamos três
grupos destinados a alunos com NEE.
Os treinos semanais de todos os grupos/equipa foram desenvolvidos ao longo de toda
a semana, nas instalações da escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, na escola Sá Couto
e piscina municipal de Espinho.
A dimensão do DE no agrupamento e a abrangência de alunos a que se destina,
advém do Projeto Educativo do agrupamento que realça a importância destas atividades para
a promoção do sucesso e inclusão escolar.
5.2 Grupo/Equipa de Natação Adaptada
No ano letivo 2013/2014, obtivemos colocação no Agrupamento de escolas Dr. Manuel
Laranjeira.
No dia da apresentação ao serviço, ao sermos recebidos pela Diretora, fomos
informados que na distribuição de serviço, estava-nos atribuído um grupo/equipa de natação
nível I, contudo, esse grupo era constituído exclusivamente por alunos com NEE, mais
propriamente da unidade de multideficiência. A perplexidade e choque foram momentâneos,
pois pela primeira vez seriamos responsáveis por um grupo com esta especificidade.
Naquele momento, todo o restante serviço atribuído tinha quase passado para
segundo plano, pois o enfoque imediato era conhecer, algo inédito da nossa parte, as
docentes da Educação Especial para nos elucidarem dos processos individuais dos alunos.
Nesta tarefa nobre, mas de quase total desconhecimento face ao que nos foi
apresentado, vários sentimentos antagónicos foram surgindo até ao primeiro de trabalho com
estes alunos muito especiais. A busca e a pesquisa por informação foi contínua ao longo do
ano, havendo também a partilha e troca de experiências com colegas a desempenhar o
mesmo cargo noutras instituições educativas.
O desafio era enorme, mas o sorriso, o abraço, o olhar, a motivação e prazer
demonstrado pelos alunos logo nos primeiros dias, alavancavam todo o processo e estímulo
para fazer mais e melhor.
No Agrupamento de escolas Dr. Manuel Laranjeira, existe a Unidade de Apoio
Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e Surdo Cegueira e a Unidade
de Ensino Estruturado para a Educação de Alunos com Perturbações do Espetro do Autismo.
Na Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência
e Surdo Cegueira, estão inseridos alunos com NEE, portadores de variadas deficiências e
síndromes (Quadro 6).
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Quadro 6
Tipologias da multideficiência dos alunos com NEE
Alunos Tipologias
A Síndrome de Dravet
B Limitações visuais e auditivas
C Paralisia Cerebral
D Motoras e visuais
E Paralisia Cerebral
F Síndrome de Down
G Paralisia Cerebral
H Síndrome de Angelman
I Audição e assimetria corporal
J Paralisia Cerebral
L Hiperatividade e deficiência mental
M Deficiência Mental
De acordo com o quadro, verificamos a preponderância da paralisia cerebral nas
deficiências e síndromes dos alunos.
O agrupamento, com a criação de 2 grupos/equipa de natação para alunos autistas e
outro com multideficiência, pretende contribuir e complementar a Educação Especial no
trabalho desenvolvido.
A Multideficiência é definida por variados autores como sendo uma combinação de
limitações motoras e sensoriais.
Contreras e Valência (1997, p. 378) consideram a multideficiência como “o conjunto
de duas ou mais incapacidades ou diminuições de ordem física, psíquica ou sensorial”.
Orelove e Sobsey (2000) referem que a multideficiência é evidenciada por pessoas
com limitações destacadas no domínio cognitivo, ligadas a dificuldades e limitações no
domínio motor ou no domínio sensorial (audição/visão), estando estas pessoas sujeitas a
cuidados duradouros e porventura específicos respeitantes à saúde.
Quanto aos recursos humanos afetos ao grupo/equipa que tinha a sua atividade às
segundas e quartas-feiras na piscina municipal de Espinho (Figuras 7 e 8), a escola
disponibilizou 2 colegas em horários não simultâneos, para auxiliarem nas atividades a
desenvolver.
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Acresce que também colaborava diretamente um psicomotricista, funcionário da
Câmara Municipal de Espinho. Além destes recursos técnicos, não podemos deixar de referir
a importância dos funcionários da escola que diariamente trabalhavam com os alunos, no
cuidado e auxílio prestado nos balneários e deslocações que tivemos ao longo do ano pois,
sem eles, a tarefa seria muito complicada de operacionalizar.
Sarmento (2001, p.24) considera que o pressuposto pedagógico da atividade motora
aquática, visa fundamentalmente capacitar a pessoa a estar na água partindo de três fases:
i) Familiarização (ou primeiros contactos) e inibição dos reflexos faciais e respiratórios;
ii) Aquisição e desenvolvimento de novos equilíbrios (horizontal e vertical);
iii) Aquisição e desenvolvimento de gestos propulsivos e ritmos respiratórios.
A natação é, de um modo geral, uma das atividades físicas mais apropriadas para a
pessoa com deficiência, pois as condições proporcionadas pelo meio aquático são propícias
e facilitadoras do movimento corporal.
Diversos autores manifestam a relevância da intervenção em meio aquático,
permitindo a promoção e acompanhamento do desenvolvimento integral das crianças com
NEE.
Para Campion (2000), as atividades promovidas no meio aquático estimulam a
evolução e a realização de um maior número de experiências motoras por parte das crianças.
Ao longo das sessões de treino e, de acordo com os objetivos globais preconizados
para o alcance das respetivas metas (Anexo B), foram incrementadas atividades visando o
desenvolvimento da postura, fortalecimento muscular, a melhoria dos movimentos e sua
amplitude, bem como, atividades lúdico-recreativas. A alguns alunos foram introduzidos
movimentos primários das técnicas de crol e costas. Todas as tarefas propostas e efetuadas
com os alunos tinham sempre em consideração as suas patologias e diferenças individuais,
consagradas nos objetivos personalizados (Anexo C).
Figura 7. Interior da piscina. Figura 8. Exterior da piscina.
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Depois do conhecimento prévio dos programas educativos individuais dos alunos e,
tendo em conta as caraterísticas dos alunos, foi estabelecido por nós, pelas professoras da
Educação Especial e pelo psicomotricista, a organização das duas sessões de trabalho
semanal. Nesse planeamento, criaram-se dois grupos de trabalho, permitindo o
desenvolvimento das ações a implementar de forma mais ajustada e apropriada.
Ao longo das sessões também foi utilizado o método Haliwick que se baseia na
adaptação das pessoas, particularmente as com deficiência física e intelectual, a participarem
nas atividades aquáticas, moverem-se com independência na água e aprenderem a nadar
(International Halliwick Association, 2010). Este método fundamenta-se no desenvolvimento
de um programa de dez pontos, possibilitando uma aprendizagem gradual e de independência
na água. A Association of Swimming Therapy (2000, p. 11) refere que os “aspectos recreativos
da natação, em particular, são muito enfatizados, de modo que as sessões na água não sejam
apenas práticas e construtivas, mas também divertidas”.
A natação adaptada visa fomentar e melhorar a independência, bem-estar e autonomia
dos alunos.
Alguns dos benefícios e efeitos terapêuticos definidos por Campion (2000) foram
visíveis e alcançados pelos alunos durante o ano letivo: i) diminuição e alívio da dor e
espasmos musculares; ii) melhoria do equilíbrio, coordenação e equilíbrio; iii) manutenção ou
melhoria dos movimentos articulares; iv) fortalecimento muscular e capacidade de resposta
ao exercício.
No final de cada período foram realizadas as respetivas avaliações qualitativas (Anexo
D) alusivas à assiduidade e desempenho dos alunos.
Ao longo do ano letivo, o grupo/equipa participou em três concentrações (Quadro 7)
de natação nível I, duas no primeiro período e uma no terceiro período.
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Quadro 7
Concentrações realizadas pelo grupo/equipa
Data Local Escola organizadora Atividades
15/01/14 Piscina municipal
de Castelo de
Paiva
Agrupamento de Escolas do
Couto Mineiro do Pejão
Agrupamento de Escolas de
Castelo de Paiva
“Estafeta de Limpeza aquática“
”Tesouros Perdidos nos Rios
Arda e Paiva”
”Basquetebol aquático”
”Diversão aquática”
19/03/14 Piscina municipal
de São João da
Madeira
Agrupamento de Escolas Dr.
Serafim Leite
“O Caça Bolinhas”
“Pólo Aquático”
“Travessia do rio”
“Waboba”
28/05/14 Piscina municipal
de Espinho
Agrupamento de Escolas Dr.
Manuel Laranjeira
“Caça ao Tesouro”
“Jangada”
“Estilo crol - Estafetas”
“Waboba”
De acordo com o quadro, verificamos que duas concentrações ocorreram no segundo
período e uma no último período letivo.
Foram diversas as escolas e instituições (Quadro 8) participantes nas três
concentrações desenvolvidas.
Quadro 8
Escolas participantes nas concentrações
Escolas participantes
1 Agrupamento de Escolas do Couto Mineiro do Pejão, Castelo de Paiva
2 Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva
3 Agrupamento de Escolas António Alves de Amorim, Lourosa
4 Agrupamento de Escolas de Arouca
5 Agrupamento de Escolas de Escariz, Arouca
6 Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite
7 Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira, Espinho
8 Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes Almeida, Espinho
9 Agrupamento de Escolas Serafim Leite, São João da Madeira
10 Agrupamento de Escolas Soares Basto, Oliveira de Azeméis
11 CERCI de São João da Madeira
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Constata-se que, face às escolas intervenientes, o número de participantes nas
concentrações era bastante elevado, sempre aproximado de uma centena de alunos.
A terceira concentração (Anexo E) organizada por nós, na qualidade de professor
responsável do Agrupamento Dr. Manuel Laranjeira, contou com uma participação (Figura 9)
de 125 alunos incluindo os que necessitam de NEE.
Figura 9. Concentração em Espinho.
As três participações permitiram, a todos os alunos envolvidos, o despertar para a
realidade e tomada de consciência para os alunos portadores de deficiência. As participações
dos alunos com NEE foram sempre motivadoras e fatores de convívio e relacionamento com
todos os alunos envolvidos, promovendo uma integração social e escolar.
Nas concentrações, além dos alunos com NEE, participaram também alunos sem
estas necessidades, nas quais, pensamos terem sido fomentados valores e atitudes
indispensáveis para a construção de uma sociedade aberta que respeita, valoriza e não
discrimina a diferença.
Consideramos que a escola através do apoio manifestado ao Desporto Escolar, tem
permitido o desenvolvimento de estilos de vida ativos, a promoção da saúde e a inclusão dos
alunos no meio escolar.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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5.3 Organização e Gestão do Processo Ensino-Aprendizagem
A Diretora, na sua distribuição de serviço, atribuiu-nos para o ano letivo 2013/2014,
sete turmas do 2º ciclo, duas do 5º ano, cinco do 6º ano de escolaridade e um grupo/equipa
do Desporto Escolar.
A atividade letiva ocupa a maior parte do nosso tempo na escola. O envolvimento dos
professores na promoção e desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem requer várias
etapas para atingir as suas finalidades. Nesse sentido, é necessário proceder a uma análise
global do contexto e local de intervenção, reunindo um leque de informação fundamental para
a construção de um processo eficaz, atendendo à especificidade da EF e às caraterísticas
manifestadas pelos alunos.
Sendo a escola composta por pessoas com especificidades e funções distintas, todas
elas, influenciam na conceção e planeamento das atividades a desenvolver.
Bento (2003, p.7) refere que “todo o projeto de planeamento deve encontrar o seu
ponto de partida na conceção e conteúdos dos programas ou normas programáticas de
ensino”.
Quanto aos espaços desportivos destinados para a lecionação da Educação Física, a
escola oferece espaços interiores como o pavilhão gimnodesportivo (Figura 10) onde está
incluído um ginásio (Figura 11).
Figura 10. Pavilhão gimnodesportivo.
Figura 11. Ginásio.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Relativamente ao espaço exterior (Figura 12), é disponibilizado um campo para
futebol de sete e dividido em dois campos de dimensões reduzidas de Andebol/Futsal.
Apenas lecionam quatro professores em simultâneo, tendo primazia pelo espaço
exterior o docente que leciona no espaço do meio do pavilhão. De um modo geral, as
instalações são boas para a prática da Educação Física, apenas pecando pelo pouco material
existente para lecionar os conteúdos da ginástica e a inexistência de uma caixa de areia no
exterior.
No documento elaborado designado como “roulement” (Anexo F), a ocupação dos
espaços é distribuída pelas turmas para a totalidade do ano letivo. A rotatividade pelos
espaços efetua-se pelo período de um mês.
A aprendizagem dos alunos deverá ser o principal foco de concentração enquanto
professor, sem esquecer a sua formação integral. Para atender a estes pressupostos, é
necessário conhecer a realidade de cada turma (Tabela 3), permitindo refletir, analisar e
ponderar sobre as necessidades dos alunos.
Tabela 3
Caraterização das turmas
Turmas Alunos Raparigas Rapazes Repetentes
Alunos
NEE
Alunos NEE
com CEI*
5º
Ano
D 29 10 19 1 0 0
E 31 14 17 0 0 0
6º
Ano
C 29 13 16 1 0 0
D 20 12 8 0 1 0
F 20 12 8 3 1 1
G 28 8 20 1 0 0
H 29 16 13 0 1 0
Total 186 85 101 6 3 1
* Currículo específico individual
Figura 12. Espaço desportivo exterior.
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Podemos verificar que, as turmas eram constituídas por um número elevado de alunos,
havendo uma com 31 discentes. Nas duas turmas mais pequenas (20 alunos), estavam
integrados alunos com NEE.
Esta tomada de conhecimento dos processos individuais dos alunos, permite
estruturar e planificar, tendo em conta os objetivos e promover o sucesso educativo.
O processo de ensino-aprendizagem deve refletir o desenvolvimento de etapas de
planeamento, realização e avaliação, sempre na perspetiva de uma maior adequação e
desenvolvimento profissional.
5.3.1 Planeamento/Intervenção Pedagógica
O conhecimento global da escola, dos seus projetos, regras, espaços, comunidade e
população escolar são fatores condicionantes a todo o processo de planificação.
A planificação assume particular relevância na ligação entre o que o sistema educativo
pretende e a sua concretização prática e efetiva, estando sequenciada na “elaboração do
plano, realização do plano, controlo do plano e confirmação ou alteração do plano, etc.”
(Bento, 2003, p.15).
O ato de planificar auxilia na redução de contratempos, obstáculos, incertezas e
dúvidas no desenrolar da ação, traduzindo-se para Bento (2003, p. 58) numa “antecipação
mental do ensino”, contribuindo para um processo de ensino-aprendizagem mais profícuo e
comportamentos mais estabilizadores no contexto de sala de aula.
O desenvolvimento da atividade letiva requer e exige uma planificação atempada e
estruturada para um ensino de qualidade e eficiente.
Tem sido nosso apanágio, estruturar este processo no sentido de conduzir a nossa
ação de forma eficaz e conducente a uma base sólida no desenvolvimento da atividade letiva.
No planeamento, temos em consideração os objetivos, as estratégias a implementar,
metodologias e consequentes progressões pedagógicas.
Como tal, no início do ano letivo foram elaboradas as respetivas planificações anuais
e de médio prazo (Anexo G), tendo sempre por base os programas de EF, as deliberações do
departamento e grupo de EF e as caraterísticas e capacidades individuais e de grupo dos
recursos humanos, ou seja, os alunos.
Foi decidido em reunião de grupo, as modalidades (Tabela 4) a lecionar durante o ano
letivo 2013/2014.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Tabela 4
Modalidades de ensino lecionadas
Constata-se no quinto ano de escolaridade, a lecionação da modalidade natação.
Como tal, a distribuição das matérias a lecionar pelos três períodos, foram bastante
ponderadas e analisadas pelo facto de a natação ocupar semanalmente um bloco de noventa
minutos no período em que era abordada. Face a esta situação, restava apenas uma aula de
quarenta e cinco minutos por semana para lecionar as modalidades planificadas.
O planeamento anual, segundo Bento (2003, p.67), consiste na primeira fase de
planificação “e preparação do ensino e traduz, sobretudo, uma compreensão e domínio
aprofundado dos objetivos de desenvolvimento da personalidade, bem como reflexões e
noções acerca da organização correspondente do ensino no decurso de um ano letivo”.
Na elaboração da planificação anual individual tivemos de ter em apreciação o
roulement das instalações elaborado pelo grupo. Com este documento, foi possível planificar
de um modo preciso toda a atividade a promover com as turmas, desenvolvendo as unidades
didáticas numa lógica facilitadora de aprendizagens.
Bento (2003, p.75) refere que estas unidades didáticas são “unidades fundamentais e
integrais do processo pedagógico e apresentam aos professores e alunos etapas claras e
bem distintas de ensino e aprendizagem”.
Consciente do valor e importância do planeamento ao longo do ano, resultaram no
processo de ensino, adaptações e reformulações, tendo por base, fatores imprevistos e
ocasionais, como o encerramento do pavilhão gimnodesportivo em dois momentos, devido à
falta de condições de segurança para a prática letiva. Estas situações requerem uma
flexibilidade por parte do docente no ajuste a condições não prognosticadas.
O plano de aula (Anexo H) deve responder às necessidades, características e
diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos. Deve refletir e estar estruturado de acordo
5º ano 6º ano
Jogos Jogos pré-desportivos
Modalidades desportivas coletivas
Futsal
Voleibol
Futsal
Voleibol
Andebol
Basquetebol
Modalidades desportivas individuais
Badminton
Ginástica
Atletismo
Natação
Badminton
Ginástica
Atletismo
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com a extensão e sequência dos conteúdos em consonância com a evolução dos alunos no
processo de ensino-aprendizagem. Ao longo do ano, fomos criando grupos de nível
diferenciados, com planos de trabalho conducentes aos seus níveis de aprendizagem. Estes
ajustamentos ocorreram com base nos momentos de avaliação inicial.
Cada aula deve ser preparada no intuito de garantir processos facilitadores de
aquisição de conhecimentos dos alunos.
A planificação sistemática ao longo dos anos tem-nos permitido, melhorar a
organização e gestão da aula, com resultados práticos na concretização da prática letiva. Esta
preparação prévia possibilitou que a nossa ação como professor fosse orientada na
consecução das atividades e objetivos inicialmente previstos.
As atividades letivas devem ocorrer num clima propício para o seu bom
desenvolvimento. A promoção de valores e atitudes entre o triângulo aluno, professor e
matéria a lecionar, são a base de trabalho para o sucesso das aprendizagens.
A nossa atuação sempre foi no sentido de criarmos empatia com os alunos, apoiando-
os, estimulando-os, incentivando-os e, não menos importante, ouvir e considerar as opiniões
por eles manifestadas.
Esta cooperação suscita uma dinâmica de trabalho bastante positiva face às atividades
planificadas e realizadas. As tarefas ocorridas durante o ano letivo foram, tendo em
consideração a realidade diária de execução das atividades e consequentes aprendizagens.
A comunicação e instrução do docente deve ser pautada por objetividade e qualidade,
garantindo uma gestão da aula que reduza o número de dúvidas e imprecisões em relação às
tarefas a executar. Este controlo permite que aumente o tempo de atividade motora dos
alunos.
No decorrer das atividades, a forma e o conteúdo das nossas intervenções têm um
papel relevante na evolução do aluno. As aprendizagens são muito influenciadas pelos
feedbacks, constituindo da nossa parte uma preocupação constante na passagem de
informação relevante e positiva ao aluno. A sua importância é significativa no desempenho
das aprendizagens motoras, utilizando os alunos a informação disponível para caracterizar a
sua prática e desenvolver o seu processo de aprendizagem (Onofre, 1986).
Outra das nossas preocupações prende-se com o deslocamento e colocação nos
espaços, o que tem permitido ter um controlo e visão global de toda a atividade, deste modo,
todo o processo de intervenção pedagógico, como a observação, instrução, clima e disciplina,
torna-se muito mais fácil de gerir e cria condições de interação rápida e eficaz.
Para toda esta situação ser mais favorável, é necessário que o início da aula
potencialize estes fatores, sendo importante que todo o material indispensável para atividade
letiva esteja operacional e pronto a ser utilizado pelos alunos, exponenciando o tempo útil de
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | 57
aula. Nestas dinâmicas que fomos desenvolvendo com as turmas, era nossa preocupação um
rigor na pontualidade e perder pouco tempo com as chamadas dos alunos.
As ações reflexivas da atividade permitiu-nos, controlar e antecipar eventuais
situações de conflito ou atuar de imediato em casos de comportamentos desviantes, que
felizmente, poucos foram os casos ocorridos durante o ano letivo. Quando tal aconteceu,
abordámos o aluno no sentido de perceber quais as razões para as atitudes manifestadas e
a necessidade de modificação do comportamento inapropriado.
As atitudes positivas e entusiásticas no desenrolar das aulas, promoveram de modo
generalizado um clima positivo e propício a relações interpessoais entre os alunos. O
desempenho e entusiasmo dos alunos ocasiona um clima de aula ajustado e congrega a
turma para tempos elevados de atividade prática.
Sucintamente, ao longo do ano procurámos colocar os discentes perante situações
novas de aprendizagem/conhecimento, de forma a atingirem os objetivos e aprendizagens
fundamentais.
No desenrolar das aulas, pretendemos ter sempre em conta, os alunos com mais
dificuldades no domínio da motricidade, incentivando-os e ajudando-os a melhorarem os
resultados.
As estratégias diversificadas levadas a cabo prenderam-se com o desenvolvimento
das competências necessárias dos alunos. Estas centraram-se na promoção do papel ativo
dos alunos, a fim de que eles sentissem a sua corresponsabilidade na construção do seu
processo de aprendizagem, tendo valorizado muito a organização e método de trabalho.
Fomos atentos às necessidades dos alunos, às quais, utilizámos diferentes recursos e
instrumentos facilitadores e motivadores da aprendizagem.
Sempre que identificado e/ou solicitado o apoio específico por parte do aluno, foi-lhe
prestado um acompanhamento individualizado, de modo a colmatar as dificuldades
evidenciadas pelos alunos, promovendo-se, por conseguinte, o sucesso escolar.
Numa das turmas do 6º ano, tínhamos um aluno com NEE que era abrangido pela
medida educativa, currículo específico individual. Na disciplina de EF, o aluno estava sujeito
a um currículo adaptado em função da sua funcionalidade e potencialidades. O aluno com
paralisia cerebral discinética e défice cognitivo acentuado mereceu, da nossa parte, a maior
atenção e apoio para o desenvolvimento integral do aluno.
Em muitas situações, ao longo ano, foram constituídos grupos de trabalho, no sentido
de uma estreita cooperação entre todos os alunos, envolvendo-os em dinâmicas de ação e
participação mais inclusivas. A aceitação que os colegas da turma revelaram em relação ao
colega, foi de cumplicidade e apoio permanente, pois em momento algum, sentimos qualquer
atitude discriminatória face às suas caraterísticas.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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A adequação do programa de EF permitiu no caso concreto, a participação do aluno
nas atividades físicas, valorizando e fomentando a sua inclusão em contexto turma.
Apesar das experiências anteriores, surge sempre um desconforto e receio de não
estarmos a adequar as estratégias de ensino apropriadas em função das necessidades, e
consequentemente influenciar a sua progressão e aprendizagem.
No decurso da formação inicial, a ausência de uma disciplina curricular para abordar
o tema das NEE, dificultou a intervenção face os alunos com NEE, o que no início da atividade
docente, cria particularmente acrescidas dificuldades, tendo em conta a pouca experiência
profissional.
Ao longo do desenvolvimento profissional e apesar da escassez de formação, algumas
competências e conhecimentos sobre a matéria em causa foram sendo adquiridas.
Consideramos de extrema relevância que, as experiências e os conhecimentos do
professor face às NEE são fundamentais para o processo de desenvolvimento integrado e
inclusão, pois a lecionação de turmas regulares que tenham no grupo/turma alunos com NEE,
requerem do professor mais dinâmicas e inovações na prática letiva.
Pensamos que o desenvolvimento de atitudes de tolerância, aceitação e a
salvaguarda das diferenças individuais e de grupo, são condições essenciais para o
crescimento integral do aluno.
Rodrigues (2003) considera que docentes com experiências inclusivas, superam mais
facilmente as ideias preconcebidas e apresentam atitudes mais positivas e favoráveis à
inclusão.
Apesar dos constrangimentos, pensamos que a nossa atuação e postura ao longo dos
anos, tem contribuído para a inclusão dos alunos com NEE.
Devemos salientar que um dos motivos de maior preocupação para o docente, são as
turmas demasiado grandes, dificultando a diferenciação pedagógica. Apesar de estar
consagrado a redução do número de alunos por turma, muitas vezes essas reduções são
colocadas em causa, nomeadamente nesta época de grandes restrições orçamentais.
Consideramos ser oportuno implementar, tal como se faz em relação a outras
disciplinares curriculares, a coadjuvação de professores da Educação Especial ou de
Educação Física no apoio ao professor titular, constituindo uma mais valia na lecionação da
aula.
Esta cooperação permitiria o desenvolvimento de um trabalho mais profícuo e incisivo
nas necessidades efetivas do aluno, com a certeza de uma mais e melhor inclusão.
As aulas de EF são regra geral, lecionadas em espaços físicos comuns, fomentando
a partilha de experiências, estratégias e práticas, o que potencia uma maior predisposição
nos docentes para um trabalho partilhado e colaborativo.
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O conhecimento das necessidades, interesses e potencialidades do aluno, auxiliam
nas tomadas de decisão do professor, como tal, pensamos ter aplicado procedimentos no
intuito de ultrapassar obstáculos e que beneficiaram a aprendizagem do aluno.
Consideramos que uma das funções mais importantes da EF, é o desenvolvimento de
atitudes e práticas positivas de socialização nos nossos alunos, proporcionadas num
ambiente motivador e agradável, potenciando e desenvolvendo estilos de vida saudáveis.
5.3.2 Avaliação
A avaliação da ação ensino-aprendizagem é uma das condições fundamentais para
regular e controlar a evolução das aprendizagens.
Bento (2003) considera mesmo ser uma das atividades fulcrais no exercício do seu
desempenho docente, constituindo-se como um controlo e análise da situação dos alunos e
subsequentes ilações sobre a planificação e intervenção pedagógica.
Esta competência permite a recolha de informações pertinentes sobre a qualidade de
ensino, possibilitando decisões e ajustamentos no sentido de melhorar toda a ação educativa.
Durante o ano, a avaliação é efetuada por diversos momentos, para que sejam
ajustadas as medidas interventivas e de ação no processo ensino-aprendizagem.
A avaliação diagnóstica, realizada no início do ano letivo ou no início de uma unidade
didática, serve para justificar as estratégias pedagógicas a desenvolver para a superação das
dificuldades ou melhoria das competências dos alunos. Estas informações iniciais visam
verificar o nível de conhecimentos e aptidões, permitindo ser mais assertivo e tomar decisões
mais apropriadas que promovam o sucesso educativo.
Pretende-se verificar com a avaliação diagnóstica, a situação do aluno face às
aprendizagens que lhe vão ser propostas e como se encontra em relação às anteriormente
efetuadas, podendo ser aferidas as dificuldades e competências para o desenvolvimento das
novas aprendizagens que vão ser encetadas (Ribeiro, 1999).
Também Rosado e Colaço (2002, p.46) consideram que a avaliação diagnóstica
possibilita “identificar problemas no início de novas aprendizagens, servindo de base para
decisões posteriores, através da adequação das dificuldades às características dos alunos”.
Com esta avaliação diagnóstica (Anexo I), foi possível definir as estratégias e adequar
todo o processo, definindo grupos e planos de trabalho ajustadas às caraterísticas dos alunos,
prognosticando o desenvolvimento das suas competências.
Imprescindível na profissão docente, a avaliação formativa possui um papel
preponderante na recolha sistemática e contínua de informações pertinentes e relevantes na
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regulação de atividades e práticas a desenvolver, no sentido de melhorar e controlar o
processo de ensino-aprendizagem.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, esta avaliação permite
conceber “medidas pedagógicas adequadas às características dos alunos e à aprendizagem
a desenvolver”.
É indiscutível que a avaliação formativa exerce uma função orientadora e conducente
a melhoria da atividade docente, bem como, auxiliar e promover o sucesso educativo dos
alunos.
Para a consecução dos dados essenciais, fomos elaborando diversos instrumentos de
recolha de informação. No sentido de auxiliar e averiguar as aprendizagens no domínio da
cultura desportiva, os alunos foram questionados oralmente de modo regular e aplicada uma
ficha de avaliação teórica com a periodicidade de um por período.
Na avaliação formativa do 2º e 3º ciclo, é utilizada pelo agrupamento diversas escalas
de avaliação (Tabela 5).
Tabela 5
Escalas de avaliação
Escala
Qualitativa Quantitativa
Muito Bom 90 a 100 5
Bom 70 a 89 4
Suficiente 50 a 69 3
Insuficiente 20 a 49 2
Fraco 0 a 19 1
De acordo com a tabela, a escala qualitativa adotada, tem correspondência com as
duas escalas quantitativas.
No Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, vem mencionado que “a avaliação
sumativa traduz -se na formulação de um juízo global sobre a aprendizagem realizada pelos
alunos, tendo como objetivos a classificação e certificação”.
A avaliação sumativa é o congregar de todas as outras avaliações formativas obtidas,
com uma atribuição no final de cada período uma classificação quantitativa de um a cinco.
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Esta avaliação permite ao professor ter indicadores que lhe possibilitem uma reflexão
sobre os resultados obtidos e proceder a correções e ajustamentos no processo de ensino.
Para a atribuição da classificação final na disciplina de EF, devem ser considerados o
domínio psicomotor, domínio sócio afetivo e domínio cognitivo. O agrupamento alude
terminologias diferentes mas com a mesma abrangência: domínio habilidades
motoras/condição física; domínio psicossocial e domínio da cultura desportiva.
Para esta avaliação, foi definido em grupo e departamento os critérios de avaliação a
aplicar.
Quadro 9
Critérios de avaliação
Domínios
Saber fazer
Habilidades motoras/Condição
Física
Saber
Cultura Desportiva
Saber estar
Conceitos Psicossociais
Aquisição, domínio e aplicação do
reportório motor específico das
diversas modalidades/atividades
em situações novas e variadas.
Aquisição e transmissão de
conhecimentos específicos
das modalidades lecionadas.
Assiduidade/Pontualidade 5%
Material apropriado 5%
Comportamento 10%
Empenho 10%
60% 10% 30%
Constata-se a importância dada ao domínio conceitos psicossociais e que vai ao
encontro do programa nacional de Educação Física, mencionando que as atitudes, valores, a
forma de participação e o “fair-play” são de relevância para o desenvolvimento integral do
aluno.
Na avaliação sumativa foi feita uma súmula de todas as avaliações formativas
efetuadas e projetada uma classificação quantitativa (Tabela 6 e 7). Para a obtenção dessa
classificação, foi utilizada uma ficha de registo (Anexo J) que serviu de base à avaliação
sumativa interna.
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Tabela 6
Níveis do 5º ano atribuídos nos 3 períodos
Período
Níveis 1º % 2º % 3º %
2 0 0% 0 0% 0 0%
3 22 37,3% 21 35,6% 18 30,5%
4 30 50,8% 28 47,4% 30 50,8%
5 7 11,8% 10 17% 11 18,7%
Constata-se no 5º ano que, dos resultados do primeiro e do terceiro período,
diminuíram as classificações de três em benefício dos níveis cinco.
Tabela 7
Níveis do 6º ano atribuídos nos 3 períodos
Período
Níveis 1º % 2º % 3º %
2 2 1,4% 1 0,7% 1 0,7%
3 50 36,8% 48 35,3% 44 32,4%
4 59 43,4% 60 44,1% 63 46,3%
5 25 18,4% 27 19,9% 28 20,6%
De acordo com os dados do 6º ano (Tabela 7), verifica-se que os resultados obtidos
ao longo dos três períodos foram sempre muito homogéneos. A percentagem elevada dos
níveis cinco, atribuídos no primeiro período, justifica-se pelo facto de ter sido lecionada nesse
período a modalidade de voleibol. Esta prática faz parte da cultura desportiva da cidade de
Espinho, pelo que se reflete no elevado desempenho motor dos alunos.
Convém referir que, no final de cada período letivo, foi realizada pelos alunos e
registada em documento próprio (Anexo K), a sua autoavaliação na disciplina de EF.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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5.3.3 Relação Pedagógica com os Alunos
A relação pedagógica, bem como o conhecimento dos alunos, fomentaram o bom
contexto de aprendizagem, tendo promovido a proximidade, o bom relacionamento e a boa
disposição entre os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem.
Tratar todos os alunos pelo seu nome é uma das nossas preocupações no início de
cada ano letivo, possibilitando uma maior aproximação e interação com o aluno.
Sempre estivemos disponíveis para ajudar, cooperar e ouvi-los em qualquer situação
e circunstância, promovendo atos e valores essenciais para um desenvolvimento das
qualidades humanas.
Como professores de Educação Física, consideramos fundamental uma tomada de
conhecimento profundo dos meus alunos e turmas, percebendo as necessidades e interesses
face às matérias a abordar. Este reconhecimento permite, enquadrar a nossa ação, no sentido
de potenciar e valorizar as matérias a lecionar, criando nos alunos, sentimentos e práticas
favoráveis e que se estendam ao longo da sua vida.
Tentámos promover nos alunos níveis elevados de motivação e empenho na
realização das atividades propostas, partindo de uma imagem positiva e motivadora da nossa
parte.
Um dos factos que consideramos positivo e demonstrativo da relação estabelecida
com as turmas é o desejo manifestado por um número considerável de alunos, na
continuidade pedagógica para o ano letivo seguinte.
Como tal, pensamos que os comportamentos e afetividade demonstrados pelo
professor são relevantes para o desempenho dos alunos, proporcionando climas de aula
subjacentes às intervenções do docente.
O relacionamento adequado só pode ser concebido na base de uma construção sólida
de trabalho, cooperação, respeito e amizade. Esta conceção, permite uma postura preventiva
mais eficaz em possíveis comportamentos menos apropriados e, quando acontece, atuar
eficazmente para que o aluno se concentre e oriente o seu foco de atenção nas tarefas a
desenvolver.
5.4 Participação na Escola e Relação com a Comunidade
Qualquer envolvimento, participação na escola e relação com a comunidade, deve
perspetivar, refletir e promover nas suas práticas, uma melhoria e desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Nesse propósito, o grupo de EF do 2º ciclo, desenvolveu ao longo ano letivo
2013/2014, várias atividades destinadas aos alunos desse nível de ensino.
Como estávamos apenas a lecionar na escola Dr. Manuel Laranjeira, participámos na
organização do corta-mato escolar deste estabelecimento de ensino, tendo os restantes
elementos do grupo organizado a atividade na escola EB 2, 3 Sá Couto.
Do plano anual de atividades do agrupamento, constam as ações (Quadro 10)
promovidas pelo grupo de EF do 2º ciclo.
Quadro 10
Atividades desenvolvidas do plano anual de atividades do agrupamento
Data Atividade Ano
13/12/2013 Corta-Mato Escolar 5º; 6º
16/12/2013 Torneio de Bola ao Capitão 5º
17/12/2013 Torneio de Voleibol 6º
03/04/2014 Torneio de Basquetebol 6º
04/04/2014 Torneio de Voleibol 5º
13/06/2014 Torneio de Futsal 5º
Por motivos alheios ao grupo disciplinar, o torneio de futsal que estava programado
ser efetuado no dia seis de junho para o 6º ano, não foi concretizado por, sobreposição de
uma atividade proposta no último período.
Em relação às ações promovidas pelo grupo, ficámos incumbidos de organizar o
torneio de Bola ao Capitão, destinado aos alunos do 5º ano de escolaridade. Esta atividade
contou com a presença de cem alunos e desenvolvida na manhã do dia dezasseis de
dezembro de 2013. Colaborámos de forma ativa na operacionalização dos restantes torneios.
Todas as atividades desenvolvidas contaram com um número elevado de
participantes, decorrendo com “fair-play” e colaboração entre todos.
Importa mencionar que todas estas ações decorreram na escola EB 2, 3 Sá Couto e
que os torneios contaram com a presença de turmas desse estabelecimento, mas também,
da escola Dr. Manuel Laranjeira.
Em síntese, consideramos que cumprimos com os nossos deveres profissionais e
participámos nas atividades previstas pelo grupo/departamento, bem como, em todas as
reuniões que foram realizadas, Departamento, Conselhos de turma e reuniões de grupo.
Pensamos que contribuímos e realizámos trabalho colaborativo para o desenvolvimento e
consecução das atividades/tarefas propostas.
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Capítulo 6. Conclusão e Perspetivas Futuras
Este relatório teve como finalidade descrever a nossa atividade profissional e
competências adquiridas ao longo de 18 anos de ensino. Sentimos a necessidade, em alguns
momentos, de relatar experiências ocorridas durante este percurso, manifestando vivências e
sentimentos que consideramos relevantes da nossa história. Como tal, pretendemos neste
capítulo, realizar uma reflexão sobre os temas e assuntos abordados neste relatório,
essenciais para um conhecimento do trabalho desenvolvido e necessidades que nos
espreitam para os desafios futuros.
A exigência e requisitos da profissão suscita ao docente, o domínio de capacidades e
competências fundamentais para o exercício pleno de uma atividade desgastante mas, sem
qualquer dúvida, motivadora e que contribui para o desenvolvimento, mudanças e
comportamentos sociais.
Na perspetiva de uma escola para todos, independentemente das raças, religiões,
condições sociais e físicas, a inclusão das crianças com NEE é vista e entendida pela
sociedade atual, como um tema relevante que deve potenciar valores de solidariedade e
equidade. A escola tem um papel primordial nesta consecução, a qual deve preparar,
organizar e colocar em prática, medidas concretas e efetivas para uma verdadeira inclusão
escolar.
Apesar de ser assumido pela sociedade o seu inquestionável valor, respeito e
reconhecimento da diferença, as dificuldades inerentes a uma operacionalização efetiva no
apoio dos alunos com NEE, são constatadas pela escassez de recursos disponibilizados para
a sua plena concretização, resultando em respostas pouco eficazes face às dificuldades e
potencialidades manifestadas. Estas situações conferem claros atropelos aos seus direitos
para uma escola inclusiva de qualidade.
As escolas são encaradas pela sociedade como locais de intervenção e de mudanças,
respondendo aos mais variados estímulos e desafios, em estreita colaboração com toda a
comunidade educativa. Estas intervenções necessitam cada vez mais de um conjunto de
saberes e competências, que auxiliem e desbravem os receios e angústias sentidos por todos
os que intervêm junto dos alunos com NEE.
A necessidade de formação é premente para um desenvolvimento proficiente de
planeamento e intervenção personalizada, adequada às caraterísticas individuais de cada
aluno. Acreditamos que o papel do professor assume tal importância, que a sua preparação
deve ir ao encontro das caraterísticas e necessidades dos alunos com NEE, garantindo uma
educação de qualidade e inclusiva.
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É fundamental que o professor esteja atento e observe as diferenças dos alunos, pois
só deste modo, a sua conduta e ação poderá diferenciar e adequar as estratégias para o
sucesso das aprendizagens.
Consideramos ser essencial que se promova a formação e a partilha recíproca entre
os professores, na procura de garantir a todas as crianças e jovens com NEE, condições
adequadas para promover a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento das suas
potencialidades.
Pensamos que estes requisitos são fundamentais para o processo evolutivo e inclusão
do aluno, contudo, a instabilidade e constante mobilidade do corpo docente nas escolas,
dificulta a consolidação dos caminhos traçados e dinâmicas de trabalho colaborativo
essenciais para o bom desenvolvimento dos programas delineados.
A escola é, neste momento, um espaço onde as crianças e jovens passam uma grande
parte do seu dia, conferindo-lhe um papel crucial no desenvolvimento formativo e educativo
dos seus alunos. Nesse sentido, deve ser capaz de fomentar e proporcionar práticas e
atividades que estimulem e respondam aos desafios e necessidades dos alunos, sempre
numa perspetiva de evolução e desenvolvimento do ser humano na sua plenitude.
Nessa abordagem, a prática de atividades físicas e desportivas é indispensável para
uma formação integral da personalidade, desenvolvendo aptidões nas crianças que
promovem e contribuem para a sua inserção na sociedade.
No artigo 79.º da Constituição da República Portuguesa, é referido que todas as
pessoas têm direito ao desporto e cultura desportiva, devendo o Estado garantir esse
pressuposto em estreita colaboração com as escolas, associações e coletividades
desportivas.
A escola tem, na nossa perspetiva, a função de promover e dar respostas às
necessidades e motivações aos seus alunos, devendo ser incentivadas a proporcionarem
atividades físicas e desportivas, promovendo o interesse para toda a sua vida, estando
adjacente nessas respostas, a inclusão das crianças e jovens com necessidades especiais.
Contudo, observamos que tais procedimentos ainda estão longe de uma prática global em
todos os agrupamentos, havendo um longo caminho a percorrer para a consecução desse
objetivo.
Com cariz importante no projeto educativo de escola, o Desporto Escolar nas escolas,
oferece um conjunto diverso de atividades, aumentando as possibilidades dos alunos
praticarem uma modalidade desportiva que vá ao encontro dos seus gostos e necessidades.
Esta oferta deverá ter em conta, e como faz e bem a nossa escola, a continuidade e
alargamento das atividades direcionadas a alunos com NEE.
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Esta prática regular e sistemática de atividade física por estas crianças e jovens,
adaptada e de acordo com as suas caraterísticas, beneficia e promove o seu
desenvolvimento, ajudando-os na melhoria do bem-estar e qualidade de vida.
De acordo com a experiência acumulada e desenvolvida ao longo dos anos com os
grupos/equipa, consideramos que o Desporto Escolar constitui, sem dúvida, um espaço
privilegiado para o desenvolvimento das suas potencialidades cognitivas, sociais e afetivas,
congregando um valor inestimável e de elevado nível de inclusão.
As atividades físicas, nos alunos com NEE, criam e potenciam condições excecionais
de relações humanas, importantes para o seu processo de reabilitação e terapêutico,
contribuindo para a autoconfiança, valorização e desenvolvimento das suas capacidades. Na
relação com estes alunos, foi nossa preocupação, o desenvolvimento de componentes
recreativas e de lazer, atendendo ao seu bem-estar físico, emocional e social.
Consideramos que a Educação Física constitui-se de facto como uma disciplina
curricular com um potencial elevado de inclusão escolar, permitindo desenvolver com as
crianças e jovens, uma variedade de atividades adaptadas às suas caraterísticas e
potencialidades, sempre em contexto da turma. Evidenciamos que muitos alunos com NEE,
apenas frequentam disciplinas curriculares de cariz mais prático, como a Educação Física, o
que demonstra a sua posição favorável para o processo de inclusão. Pensamos que muitos
alunos sem NEE adquirem valores e demonstram atitudes de cooperação e compreensão na
relação mantida com os colegas que apresentam dificuldades acrescidas.
A coadjuvação e apoio nas aulas de Educação Física é algo que, por desconhecimento
ou por se considerar que este apoio se destina apenas às outras disciplinas curriculares, é
até ao momento muito residual. Como professores de Educação Física, devemos também
propor os apoios necessários como qualquer outra disciplina, atendendo as condições e
necessidades das crianças e jovens com NEE, na perspetiva de escola inclusiva.
Apesar do valor atribuído às atividades físicas, evidenciamos preocupação pelas
constantes ameaças à diminuição da carga horária da Educação Física e do Desporto
Escolar, o que colocaria em causa as suas funções e benefícios.
A relação mantida com os colegas, funcionários, professores da escola e dos outros
agrupamentos no momento das concentrações, resultou nos intervenientes, a promoção de
ações e atitudes promotoras de inclusão.
A possibilidade de se constituírem grupos/equipa específicos para alunos com NEE,
realça a importância e preocupação na equidade e igualdade de oportunidades a todos os
alunos.
Consideramos que se deve repensar, o número de professores afetos aos
grupos/equipa que integrem apenas alunos com necessidades educativas especiais,
consoante as suas especificidades e características. Atendendo às caraterísticas do
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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grupo/equipa, deveriam estar associados dois professores para o desenvolvimento de um
trabalho mais adequado, permitindo uma resposta efetiva às necessidades dos alunos.
No âmbito de um protocolo estabelecido entre a Federação Portuguesa de Desporto
para Pessoas com Deficiências e a Federação Portuguesa de Natação e com a duração de
um ciclo paralímpico (2013-2016), a natação adaptada passou a estar incluída e com plenas
responsabilidades da Federação Portuguesa de Natação. Assim, sugerimos que no futuro
este movimento se alargue ao Desporto Escolar, no sentido de permitir a participação dos
alunos nas competições de natação adaptada.
Pensamos que apresentámos atitudes e comportamentos favoráveis à inclusão destes
alunos. No entanto, consideramos a necessidade de termos formação específica, para uma
melhor adequação de processos e práticas conducentes a uma pedagogia mais inclusiva.
Para podermos dar aos nossos alunos a melhor educação é, condição necessária e
fundamental que, as instituições superiores de formação de professores promovam uma
formação inicial de qualidade aos futuros profissionais e, que realizem reajustamentos nos
currículos no âmbito das NEE e inclusão. Na nossa formação inicial, não tivemos qualquer
disciplina que abordasse esta temática.
Na procura de um melhor desempenho, foi extremamente importante o trabalho
colaborativo desenvolvido com os colegas da Educação Especial, articulando a ajustando
todas as dinâmicas e práticas a implementar.
Ao longo do percurso pessoal e profissional, fomos tendo contactos e desenvolvendo
trabalhos nas turmas regulares com alunos com NEE. No entanto, este ano letivo, a atribuição
de um grupo/equipa de natação adaptada permitiu-nos encarar e tornar mais claro o real valor
destes alunos. Evidenciamos a nossa empatia, compreensão e enorme respeito pelos
familiares destes alunos “soberbos” com quem tivemos o prazer de trabalhar. Estes
sentimentos aumentaram de forma exponencial face às adversidades e à falta de apoios que
estas famílias enfrentam diariamente.
Esperamos que a intervenção tenha contribuído, da melhor forma, para uma escola
mais inclusiva, como foi nossa intenção, aliás, nossa obrigação profissional.
No âmbito da atividade profissional, procurámos colocar os alunos perante situações
novas de aprendizagem/conhecimento, de forma a atingirem as competências e
aprendizagens fundamentais, tendo sido estas preparadas e planificadas previamente.
Sempre que identificado e/ou solicitado o apoio específico por parte do aluno, foi-lhe
prestado um acompanhamento individualizado, de modo a colmatar as dificuldades
evidenciadas pelos alunos, promovendo-se, por conseguinte, o sucesso escolar.
Procuraremos dar continuidade a práticas pedagógicas que fomentem o sucesso das
aprendizagens dos alunos, tendo em conta os diferentes ritmos e necessidades evidenciadas.
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O recordar e refletir sobre o desenvolvimento do exercício da profissão possibilitou um
conhecimento aprofundado sobre nós, permitindo-nos responder no futuro melhor às
solicitações de uma sociedade em constante mudança que exige da escola e dos professores
respostas adequadas, potenciando o desenvolvimento integral do aluno.
A escola pública tem sofrido ao longo dos últimos tempos, inúmeras alterações e
reformas, que têm criado conflitos internos e instabilidade, nada propícios para o
desenvolvimento de um ensino capaz e de qualidade.
Pensamos e queremos acreditar, para o bem da educação, que seja dada à escola
condições de trabalho, que permitam um desenvolvimento adequado das aprendizagens e
respetivo sucesso educativo dos alunos.
Também não podemos continuar a assistir, ano após ano, à contínua instabilidade
profissional dos professores, pois a relação de proximidade que se pode criar com os alunos,
é um fator importante para o alcance do sucesso educativo. Todos queremos e devemos exigir
políticas educativas que incentivem e estimulem o rigor e a exigência, proporcionando
ambientes onde todos se sintam bem e que possibilitem a construção de uma escola de
qualidade.
Crescer e evoluir nos pensamentos e ações deve marcar, indubitavelmente, o
desenvolvimento pessoal e profissional e penso que tem sido esse apanágio da nossa
atuação profissional.
Não podemos olhar a diferença com indiferença, mas sim pela sua própria
diferença!
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A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XIII
Anexos
Anexo A - Curriculum Vitae
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Página | XIV
Europass-Curriculum
Vitae
Informação pessoal
Apelido(s) / Nome(s) próprio(s) Morgado, João Miguel da Silva Morgado
Morada(s)
Telefone(s)
Fax(es)
Correio(s) eletrónico(s)
Nacionalidade Portuguesa
Data de nascimento 21.12.1972
Sexo Masculino
Área funcional
Instituição de ensino
Docente – Educação Física 2º ciclo do ensino básico
Agrupamento de escolas Dr. Manuel Laranjeira - Espinho
Experiência profissional
2013 até ao momento
Função ou cargo ocupado
Principais atividades e
responsabilidades
Nome e morada da instituição
Docente do ensino básico na escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira
Docente da disciplina de Educação Física (5.º, 6.º e 7.º anos)
Docente da disciplina de Desporto – Vocacional 2.º Ciclo
Desporto escolar - responsável por grupo/equipa de natação adaptada
Agrupamento de escolas Dr. Manuel Laranjeira - Espinho
2012/2013
Função ou cargo ocupado Assessor da direção
Docente do ensino básico na escola básica integrada de S. João de Loure
Principais atividades e
responsabilidades
Assessor da direção com a função específica de coadjuvação ao coordenador de escola
Docente das disciplinas:
- Expressão físico-motora e atividades lúdico-expressivas
Coordenador de segurança da escola
Coordenador do secretariado de exames
Nome e morada da instituição Agrupamento de escolas de Albergaria-a-Velha
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2011/2012
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola básica integrada de S. João de Loure
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Diretor de Turma
Desporto escolar - responsável por dois grupos/equipa de futsal masculinos (infantis e
iniciados)Coordenador de segurança da escola
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Coordenador do secretariado de exames
Membro da equipa da avaliação interna
Membro da equipa do plano tecnológico da educação (PTE)
Nome e morada da instituição Agrupamento de escolas de S. João de Loure
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2010/2011
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola básica integrada de S. João de Loure
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Diretor de Turma
Desporto escolar - responsável por dois grupos/equipa de futsal masculinos (infantis e iniciados)
Coordenador de segurança da escola
Subcoordenador do secretariado de exames
Membro da equipa da avaliação interna
Membro da equipa do plano tecnológico da educação (PTE)
Nome e morada da instituição Agrupamento de escolas de S. João de Loure
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2009/2010
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola básica integrada de S. João de Loure
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Diretor de Turma
Desporto escolar - responsável por dois grupos/equipa de futsal masculinos (infantis e iniciados)
Diretor de instalações de Educação Física
Coordenador de segurança da escola
Subcoordenador do secretariado de exames
Membro da equipa do plano anual de atividades
Nome e morada da instituição Agrupamento de escolas de S. João de Loure
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2008/2009
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola básica Bento Carqueja
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos e 8.º anos de CEF)
Diretor de Turma
Desporto escolar - responsável por grupo/equipa de futsal masculinos (juvenis)
Nome e morada da instituição Escola Básica Bento Carqueja
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2007/2008
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico requisitado pelo agrupamento de escolas de Oliveirinha - Programa
Integrado de Educação e Formação (PIEF)
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física
Docente da disciplina de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho (HSST)
Docente da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Nome e morada da instituição Agrupamento de escolas de Oliveirinha
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2006/2007
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XVI
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico requisitado pelo agrupamento de escolas de Águeda - Programa Integrado
de Educação e Formação (PIEF)
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física
Docente da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
Nome e morada da instituição Agrupamento de escolas de Águeda
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2005/2006
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola básica Santa Clara
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Desporto escolar - responsável por grupo/equipa de basquetebol masculinos (infantis)
Nome e morada da instituição Escola básica Santa Clara – Évora
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2004/2005
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico requisitado pelo Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação
Principais atividades e
responsabilidades
Responsável pela legislação e implementação da formação
Colaboração na área informática
Nome e morada da instituição Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação - Aveiro
Tipo de instituição
Associação Sindical da Educação
2003/2004
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola 2/3 Vila d´Este
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Desporto escolar - responsável por dois grupos/equipa de futsal (infantis masculinos e iniciados
femininos)
Nome e morada da instituição Escola 2/3 Vila d´Este – Vila Nova de Gaia
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2002/2003
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico na escola básica António Dias Simões
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Diretor de Turma
Nome e morada da instituição Escola básica António Dias Simões - Ovar
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
2001/2002
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico no Colégio D. José I
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º, 6.º e 8.º anos)
Diretor de Turma
Coordenador do desporto escolar
Desporto escolar - responsável por grupo/equipa de futsal iniciados
Representante de grupo
Nome e morada da instituição Colégio D. José I – Santa Joana Aveiro
Tipo de instituição
Instituição de ensino particular e cooperativo
2000/2001
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XVII
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico no Colégio D. José I
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (6.º, 7.º e 8.º anos)
Diretor de Turma
Coordenador do desporto escolar
Desporto escolar - responsável por grupo equipa de futsal masculinos (infantis)
Diretor de instalações
Representante de grupo
Nome e morada da instituição Colégio D. José I – Santa Joana Aveiro
Tipo de instituição
Instituição de ensino particular e cooperativo
1999/2000
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico no Colégio D. José I
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º, 6.º e 7.º anos)
Diretor de Turma
Coordenador do desporto escolar
Desporto escolar - responsável por grupo equipa de futsal masculinos (infantis)
Diretor de instalações
Representante de grupo
Nome e morada da instituição Colégio D. José I – Santa Joana Aveiro
Tipo de instituição
Instituição de ensino particular e cooperativo
1998/1999
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico no Colégio D. José I
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Diretor de Turma
Coordenador do desporto escolar
Desporto escolar - responsável por grupo equipa de futsal masculinos (infantis)
Diretor de instalações
Nome e morada da instituição Colégio D. José I – Santa Joana Aveiro
Tipo de instituição
Instituição de ensino particular e cooperativo
1997/1998
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico no Colégio D. José I
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (5.º e 6.º anos)
Coordenador do desporto escolar
Desporto escolar - responsável por grupo equipa de futsal masculinos (infantis)
Diretor de instalações
Nome e morada da instituição Colégio D. José I – Santa Joana Aveiro
Tipo de instituição
Instituição de ensino particular e cooperativo
1996/1997
Função ou cargo ocupado Docente do ensino básico e secundário na escola Secundária de Albergaria-a-Velha
Principais atividades e
responsabilidades
Docente da disciplina de Educação Física (7.º, 10.º e 11.º anos)
Desporto escolar - responsável por grupo/ equipa de exploração da natureza
Nome e morada da instituição Escola Secundária de Albergaria-a-Velha
Tipo de instituição
Instituição de ensino básico e secundário público
Educação e formação
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XVIII
1996
Designação da qualificação atribuída Licenciatura
Principais disciplinas/competências
profissionais
Nome e tipo da organização de ensino
ou formação
Licenciatura no curso de professores do ensino básico – variante de Educação Física
Classificação Catorze valores
Aptidões e competências
pessoais
Língua materna Português
Outras línguas
Autoavaliação Compreensão Conversação Escrita
Nível europeu (*) Compreensão oral Leitura Interação oral Produção oral
Francês C1
Utilizador
avançado B2
Utilizador
independente B2
Utilizador
independente B2
Utilizador
independente B1
Utilizador
independente
Inglês B2
Utilizador
independente B1
Utilizador
independente B1
Utilizador
independente A2 Utilizador básico A2 Utilizador básico
(*) Nível do Quadro Europeu Comum de Referência (CECR)
Aptidões e competências sociais Sentido de responsabilidade, entrega e liderança
Dinamismo e organização
Boa capacidade de comunicação e de relacionamento interpessoal
Aptidões adquiridas através da formação académica, experiência profissional e vida associativa e da
prática competitiva de desporto coletivo.
Aptidões e competências de
organização Capacidade de gestão de projetos e de equipas
Membro da direção do Centro Social de Azurva, Instituição Particular de Solidariedade Social-IPSS,
no triénio 2005/2008
Conselheiro do conselho geral do agrupamento de escolas de Eixo-Aveiro, desde 2009.
Aptidões e competências
informáticas
Conhecimentos na óptica do utilizador do Microsoft Word, Excel, PowerPoint, entre outros Software’s
na óptica do utilizador
Elaboração de trabalhos com software de captura e de edição de imagem e vídeo
Aptidões e competências artísticas Praticante federado na modalidade de Futebol onze durante dezoito anos.
Carta de condução Carta de Veículos Ligeiros (Categoria B)
Informação adicional:
Formação complementar
2011 Sessão de sensibilização para a “Autovaliação do Agrupamento. Modelo CAF: oportunidades”, realizada
na escola da escola básica de S. João de Loure, a 13 de janeiro.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XIX
2010 Curso de Formação: “O Decreto-Lei 3/2008 e a Avaliação dos Alunos com NEE segundo a CIF”, realizado
no Centro de Formação da Associação de Escolas de Aveiro e Albergaria a Velha, com a duração de 25
horas, de 1 a 8 de setembro.
2010 Curso de Formação: “A Construção de suportes informáticos de registo para professores de Educação
Física”, realizado no Centro de Formação da Associação de Escolas de Aveiro e Albergaria a Velha, com
a duração de 25 horas, de 12 a 20 de fevereiro.
2009 Ação de Formação “Sala de Aula e Biblioteca: Pontos de Encontro”, realizada na biblioteca escolar da
escola básica de S. João de Loure, a 4 de setembro.
2007
2005
Oficina de Formação: “A utilização das TIC no processo de ensino/aprendizagem”, realizada no Centro
de Formação de Professores de Águeda, com a duração de 25 horas, de 28 de fevereiro a 30 de maio.
Seminário “Perturbações Afetivas na Infância e na Puberdade”, realizado no Auditório do Departamento
de Mecânica da Universidade de Aveiro, a 2 de dezembro.
2003 Ação de Formação “O ensino do voleibol na escola”, realizada na escola secundária Dr. Jaime
Magalhães Lima, a 7 de março.
2003 Ação de Formação “Atletismo na escola”, realizada na escola secundária Dr. Mário Sacramento, a 19
de fevereiro.
2003 Ação de Formação “Tiro com arco”, realizada no Centro de Formação de Professores José Pereira
Tavares, de 30 a 31 de janeiro.
2002 Ação de Formação “Atendimento individual e condução de reuniões”, realizada no colégio D. José I, a
5 de Abril.
2001 Ação de Formação “Coordenadores do desporto escolar”, realizada no centro de área educativa de
Aveiro, de 5 a 7 de novembro.
2001
2001
2000
Ação de Formação “Experiência sobre o modelo curricular-gestão flexível dos currículos”, realizada no
colégio D. José I, a 16 de maio.
Ação de Formação “O Contato Social como Fator de Desenvolvimento Afetivo”, realizada no Centro de Formação do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro, a 9 e 10 de abril.
Ação de Formação “Imagem & Som na Prática Pedagógica”, realizada no colégio D. José I, a 27 de junho.
2000 Ação de Formação “Educação Sexual – promoção de saúde escolar”, realizada no colégio D. José I, a
10 de maio.
2000 Ação de Formação “O sucesso escolar – estratégias”, realizada no colégio D. José I, a 5 de Abril.
2000 Ação de Formação “Primeiros socorros”, realizada no colégio D. José I, a 29 de Março.
1999 Ação de sensibilização para a “Vela”, realizada no Clube de Vela da Costa Nova, a 21 de Junho.
1999
1997
1997
1997
1996
1996
Ação de Formação “Necessidades Educativas Especiais”, realizada no colégio D. José I, a 29 de
Março.
Ação de Formação “Orientação na Escola”, realizada na escola secundária de Albergaria-a-Velha, a 22 de abril.
Ação de Formação “O Andebol na Escola”, realizada na escola EB 2,3 de S. Bernardo, a 4 de fevereiro.
Ação de Formação “Hidroginástica”, realizada na escola C+S de S. Mamede de Infesta, a 24 de janeiro.
Ação de Formação “Técnicas de Observação”, realizada na Escola Superior de Educação de Coimbra, a 22 de abril.
Ação de Formação “As Autarquias e o Desporto”, realizada na Escola Superior de Educação de Coimbra, a 6 de março.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XX
Anexo B - Objetivos e Metas de
Aprendizagem
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXI
Natação Adaptada
Conteúdos Metas de
aprendizagem Objetivos
AVALIAÇÃO
A EA NA
Ajuste Mental
Interiorizar regras
de segurança
Não corre no cais da piscina
Entra na água apenas após a autorização do professor
Interiorizar regras
de higiene
Toma duche antes da entrada na piscina
Não retira a touca na piscina
Não urina na piscina
Entrada e saída na
água em
segurança
Senta-se na borda da piscina com os pés dentro de água
Entra para a água partindo da posição de sentado
Entra na água, descendo pelas escadas de costas
Entra para a água por mergulho de cabeça partindo da posição de sentado
Entra para a água por mergulho de cabeça partindo da posição de joelhos
Entra na água – de pés - partindo da posição vertical
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXII
Entra na água – de cabeça - partindo da posição vertical
Sai pelas escadas
Sai pela borda da piscina
Controlar o
processo
respiratório na
água
Sopra a bola que flutua na água
Sopra na superfície da água (fazendo buracos nesta)
Sopra acima da superfície da água
Sopra bolhas de ar através de um tubo de plástico
Coloca a cara na água
Fecha a boca quando coloca a cara na água
Sopra abaixo da superfície da água fazendo bolhinhas
Submerge a cabeça na água
Expira nasalmente debaixo de água fazendo bolhinhas
Controla a expiração em deslocamentos debaixo de água
Expiração ritmada associada a movimentos básicos
Mantém o ritmo respiratório em deslocamentos na água
Controlar a postura Controla a cabeça
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXIII
Controla o tronco
Desprende-se do apoio manual de terceiros
Desprende-se do contacto visual de terceiros
Equilíbrio e flutuação
Desenvolver o
equilíbrio vertical e
marcha no meio
aquático
Fica de pé (verticalmente) dentro da água
Saltita e salta no mesmo local
Anda (verticalmente) dentro de água
Executa cadência correta
Faz balanceamento dos membros superiores
Executa dissociação de cinturas
Executa marcha lateral
Executa marcha à retaguarda
Desenvolver a
capacidade de
manter ou alterar
uma posição
Realiza rotação sagital
Facilita o alongamento do tronco
Mantém o equilíbrio na posição horizontal, em decúbito dorsal, na água
Mantém o equilíbrio na posição horizontal, em decúbito ventral, na água
Realiza rotação transversal
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXIV
Fortalece os abdominais durante a rotação transversal
Realiza rotação longitudinal em pé
Realiza rotação longitudinal deitado
Realiza movimentos seletivos da cabeça
Realiza rotações combinadas
Desenvolver
competências de
flutuação e
exploração da
profundidade
Flutua em decúbito dorsal
Flutua em decúbito ventral
Flutua em posição de cogumelo
Flutua em turbulência
Imerge completamente o corpo
Faz apneias prolongadas
Desloca-se debaixo de água
Desloca-se debaixo de água e apanha objetos a média altura
Desloca-se debaixo de água e apanha objetos no fundo
Mantém olhos abertos debaixo de água
Dá pontapés na superfície da água
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXV
Propulsão
Executar
movimentos
propulsivos com os
membros
inferiores;
Deslocar-se em
posição de
decúbito dorsal e
ventral com
batimento de
pernas e braços,
numa determinada
distância;
Movimenta os braços debaixo de água
Movimenta as pernas debaixo de água
Dá braçadas/remadas debaixo de água
Desliza em posição de decúbito dorsal e/ou ventral, com impulso na parede
Executa movimentos propulsivos com os membros inferiores
Desliza, em decúbito ventral, batendo alternadamente as pernas com prancha
Desliza, em decúbito ventral, batendo alternadamente as pernas sem prancha
Desliza, em decúbito ventral, realizando movimentos de braços com prancha
Desliza, em decúbito ventral, realizando movimentos de braços sem prancha
Desliza, em decúbito dorsal, batendo alternadamente as pernas com prancha
Desliza, em decúbito dorsal, batendo alternadamente as pernas sem prancha
Desliza, em decúbito dorsal, realizando movimentos alternados de braços com
prancha
Desliza, em decúbito dorsal, realizando movimentos alternados de braços sem
prancha
Melhorar a
comunicação
interpessoal e
Respeita as rotinas e regras pré-estabelecidas;
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXVI
Competências sociais promover o treino
assertivo
Promover atividades
de cooperação e
competição
em grupo
Tem consciência do seu papel num jogo de cooperação
Tem consciência do seu papel numa atividade competitiva
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXVII
Anexo C - Objetivos e Metas de
Aprendizagem individualizado
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXVIII
ÁREA: Natação adaptada ALUNO: A – 2013/2014
Conteúdos Metas de
Aprendizagem Objetivos
AVALIAÇÃO
A EA NA
Ajuste Mental
Controlar o processo
respiratório na água
Sopra a bola que flutua na água x
Sopra bolhas de ar através de um tubo de plástico x
Coloca a cara na água x
Fecha a boca quando coloca a cara na água x
Submerge a cabeça na água x
Controlar a postura
Controla a cabeça x
Controla o tronco x
Desprende-se do contacto visual de terceiros x
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXIX
Conteúdos Metas de
Aprendizagem Objetivos
AVALIAÇÃO
A EA NA
Facilita a mobilização passiva dos membros x
Permite o relaxamento muscular global x
Equilíbrio e flutuação
Desenvolver a
capacidade de manter
ou alterar uma
posição com ajuda de
terceiros
Realiza rotação sagital x
Mantém, com ajuda, o equilíbrio na posição horizontal, em decúbito dorsal x
Mantém, com ajuda, o equilíbrio na posição horizontal, em decúbito ventral x
Realiza, com ajuda rotação transversal x
Legenda: A – Adquirido; EA- Em aquisição; NA – Não adquirido
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXX
Anexo D – Registo de avaliação
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXI
Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira
Registo de Avaliação Pré, 1º, 2º,3º Ciclos e Secundário
Modalidades Especificas de Educação
AVALIAÇÃO
Menção Qualitativa
C / L Auto. Socia. Cog. Mot. T.F T.O Fisio. AMA Exp.
Mot
Exp.
Art
Of.
Sons
TIC _____
----- ------- ------ Bom ------
Menção qualitativa – Muito Bom, Bom, Suficiente e Insuficiente
ÁREAS Apreciação Descritiva
Adaptação ao Meio Aquático Durante o ano letivo, o aluno frequentou assiduamente as sessões que
incidiram nos conteúdos relativos ao ajuste mental, equilíbrio/flutuação e
propulsão.
O aluno B manifestou sempre gosto pelo contacto com a água e
empenho nas tarefas propostas. Tem interiorizado e coloca em prática
as regras de higiene e segurança.
Apesar das melhorias no processo de entrada e saída da água, deve
continuar o esforço no sentido de maiores ganhos de autonomia. Quanto
à respiração na água, os progressos foram bastante satisfatórios
Teve progressos ao nível da flutuação em posição de decúbito dorsal,
imersões e deslocamentos propulsivos rudimentares em decúbito
ventral. Quanto à propulsão, o Emanuel consegue de modo rudimentar
batimentos de pernas crol e costas com suporte de terceiros
Quanto à capacidade de alterar posições, ainda está em fase de
aquisição as rotações transversais e longitudinais.
ALUNO: B Nº Turma –
Escola: EB 2/3 Sá Couto
3º CICLO ºANO
Ano Lectivo
2013/2014
3º Período
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXII
Anexo E - 3º Encontro de Natação
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXIII
3º Encontro de Natação - Nível 1
CLDE Entre Douro e Vouga
28 de Maio de 2014
Piscina Municipal de Espinho
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXIV
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 3
2. ENCONTRO DE NATAÇÃO 4
3. PROGRAMA 5
4. REGULAMENTO GERAL 6
5. ATIVIDADES PROPOSTAS 7
Jogos Aquáticos (Iniciação – Nível 1 e Nees) 7
“Caça ao Tesouro” 7
“Jangada” 8
“Estilo crol - Estafetas” 8
“Waboba” 9
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXV
1. INTRODUÇÃO
No âmbito do Desporto Escolar, decorrerá no próximo dia 28 de maio de 2014 (4ª feira), entre
as 14:30 e as 16:30 horas, o 3º Encontro de Natação, na Piscina Municipal de Espinho.
Este evento destina-se aos Grupos/Equipa de Natação de nível I (iniciação) e a alunos com
Necessidades Educativas Especiais (NEEs).
Este 3º Encontro tem como objetivos:
Proporcionar o convívio entre Professores e Alunos das escolas participantes;
Despertar a consciência dos alunos para os indivíduos portadores de deficiência;
Promover a prática das habilidades motoras aquáticas incluídas na adaptação ao meio
aquático e na iniciação às técnicas de natação pura;
Sensibilizar todos os participantes para a prática da Natação;
Promover o gosto pela prática de uma atividade física regular;
Cumprir rigorosamente as regras gerais de higiene e segurança nas atividades físicas.
A organização/dinamização desta atividade estará a cargo dos professores dos grupos-Equipa de
Natação do agrupamento de escolas dr. Manuel Laranjeira e professores responsáveis por grupos-
equipa de natação das respetivas escolas.
Neste documento apresentamos o Programa, o Regulamento Geral do Encontro e as
Atividades Propostas.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXVI
3ºENCONTRO DE NATAÇÃO
Local:
Piscina Municipal de Espinho
Data:
28 de maio de 2014
Horário:
14:00 às 16:30 horas
Organização:
Professores dos grupos equipa de desporto escolar de natação.
Escolas Participantes
Agrupamento de Escolas do Couto Mineiro do Pejão – Castelo de Paiva
Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva
Agrupamento de Escolas António Alves de Amorim – Lourosa
Agrupamento de Escolas de Arouca
Agrupamento de Escolas de Escariz – Arouca
Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira – Espinho
Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes Almeida – Espinho
Agrupamento de Escolas Serafim Leite – São João da Madeira
Agrupamento de Escolas Soares Basto – Oliveira de Azeméis
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXVII
2. PROGRAMA
14:00 - Acolhimento das Escolas Participantes;
14:15 – Reunião de professores;
14:30 – Desfile dos participantes;
14:35 - Início das atividades;
Os Jogos e as Provas decorrerão em simultâneo.
Espaços:
Espaço D– “Atividades Livres”
Espaço A – “Caça ao tesouro”
Espaço B – “Estilo crol-estafetas”
Espaço C – “Jangada”
16:30 h - Encerramento das Atividades.
Tanque de
aprendizagem A B C
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXVIII
3. REGULAMENTO GERAL DO ENCONTRO DE NATAÇÃO
1. Todos os grupos/equipa devem fazer-se acompanhar por um professor responsável no cais da
piscina;
2. Os professores responsáveis devem dar todo o apoio aos seus alunos durante os jogos, fora e
dentro de água;
3. Os alunos devem apresentar o equipamento adequado à prática da modalidade;
4. Cada escola pode participar, organizada por equipas, nos diferentes jogos aquáticos;
5. As equipas podem ser mistas;
6. A distribuição dos alunos pelos jogos será feita de forma aleatória;
7. Os jogos decorrerão em simultâneo.
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Página | XXXIX
4. ATIVIDADES PROPOSTAS
JOGOS AQUÁTICOS (Iniciação – Nível 1/NEEs)
Jogo A – “Caça ao Tesouro”
Objetivo do Jogo – Colocar o maior número de objetos na caixa da sua equipa. A equipa que
conseguir apanhar o maior número de objetos ganha o jogo.
Nº de elementos por equipa – 4 a 6 elementos por equipa, obrigatoriamente mista, incluindo
ou não NEEs. Os Alunos com Necessidades Especiais (NEEs) poderão ter ajuda de um colega ou
professor conforme as suas limitações.
Organização – Competem 2 a 3 equipas em simultâneo;
Regras e descrição do Jogo A:
Os elementos das diferentes equipas encontram-se dentro de água junto à berma;
Ao sinal sonoro, todos os alunos tentam apanhar os objetos que se encontram na piscina;
Cada aluno só pode trazer um objeto de cada vez e coloca-o dentro do recipiente;
O jogo termina quando não houver mais objetos na água.
Disposição do Jogo A – o jogo decorre dentro da piscina, à sua largura.
Legenda:
Alunos;
Recipiente.
Objetos
Objetos
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Jogo B – “Jangada”
Objetivo do Jogo – Transportar o colega na jangada de um lado para o outro da piscina.
Nº de elementos por equipa – 8 elementos por equipa, sendo obrigatoriamente mista,
incluindo ou não NEEs;
Organização – Competem 2 equipas em simultâneo;
Regras e descrição do Jogo:
Ao sinal sonoro, um dos alunos transporta numa placa grande, o colega para o lado oposto
da piscina. Trocam com os 2 colegas que já se encontram na água e que repetem o percurso
no sentido contrário.
O aluno que é transportado não pode ajudar.
Legenda:
- Alunos
- Placa
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Jogo C – “Estilo crol – Estafetas “
Objetivo do Jogo – Realizar o percurso no menor tempo possível.
Nº de elementos por equipa – 6 elementos por equipa, sendo obrigatoriamente mista,
incluindo ou não NEEs;
Organização – Competem 2 equipas em simultâneo;
Todos os elementos da equipa atravessam de um lado da piscina, realizando o percurso, um
de cada vez, até chegarem ao outro lado. Realizam o percurso inverso na mesma ordem. Realizam os
percursos utilizando o estilo crol.
Os alunos poderão utilizar uma placa ou um esparguete caso necessitem.
Regras e descrição C:
Cada grupo de 2 salta para a água;
Ao sinal sonoro, parte o primeiro aluno até ao outro lado da piscina, quando este tocar na
parede sai o segundo, e assim, sucessivamente.
A estafeta termina quando todos os elementos realizarem o percurso de ida e volta.
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Jogo D- Waboba
Descrição: O objetivo do jogo é passar a bola entre os membros da equipa, dois
jogadores no mínimo em cada equipa, sem a perder para a outra equipa. Quando todos os
membros da equipa pegaram na bola pelo menos uma vez, sem interrupção e com pelo menos
um salto na água em cada passagem, ganha um ponto (uma volta). A equipa adversária deve
tentar intercetar passes de forma a ganhar a posse de bola.
A primeira equipa a conquistar três rounds vence a partida. Os participantes têm de
passar a bola dentro de 5 segundos após recebê-la. É permitido defender os adversários.
Com quatro pessoas, 2 ficam de um lado e os outros dois do outro, um atacante e um
defesa de cada lado.
Se o adversário ganha a posse de bola, ganha 5 pontos. Se perder a posse de bola,
perde 3 pontos. No início do jogo, define-se um limite de pontos (normalmente um limite de
100 pontos) e a primeira equipa a alcançá-los, ganha.
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Anexo F - Roulement
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Anexo G - Planificação
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Agrupamento de escolas Dr. Manuel Laranjeira
Turma: 5º E Ano Letivo: 2013/2014
Disciplina Conteúdos Instrumentos de avaliação
Nº de Aulas
previstas
(por período)
Professor
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Educação Desportiva
Normas de Funcionamento da disciplina;
Regras de Higiene; Condição Física (agilidade;
destreza; coordenação; equilíbrio)
Natação
Adaptação e exploração do meio aquático;
Técnicas de nado crawl e costas (exercícios de aprendizagem – iniciação);
Jogos Pré-Desportivos
Bola ao Capitão Bola ao poste Jogo dos passes Futebol Humano
Atletismo
Corrida de Resistência Aeróbia (controlo da respiração);
Salto em comprimento
Corrida de Velocidade;
Ginástica de Solo e
Aparelhos
Observação direta com registo
das componentes de controlo
das diferentes habilidades / gestos técnicos (em situação analítica e/ou em situação de jogo);
Registo de observação de Atitudes;
Registo de observação de Comportamentos;
1º Período:
40
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Rolamento à frente e retaguarda engrupado;
Pino de cabeça; Elementos de flexibilidade (ponte); Elementos de equilíbrio (avião); Salto de eixo no Bock; Saltos no minitrampolim:
extensão, ½ pirueta
Voleibol
Regras fundamentais; Passe por cima a duas mãos; Manchete; Jogo 1x1
Futsal
Passe/Receção; Condução de bola; Remate; Marcação; Jogo 5x5
Badminton
Posição base, Deslocamentos; Lob, serviço curto; Jogo 1x1
Registo de cumprimento de tarefas;
Teste Cognitivo;
2º Período:
38
3º Período:
23
João
Morgado
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Anexo H - Plano de Aula
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PLANO DE AULA
AULA Nº 16 ANO/TURMA: 5º E DATA: 15 de Outubro de 2013
UNIDADE Nº Jogos Pré-desportivos TEMA: Jogo da bola ao
poste; Bola ao capitão e Futebol Humano
PROFESSOR: João Morgado
SUMÁRIO: Jogos Pré-Desportivos: exercitação do jogo bola ao poste, bola ao capitão e futebol humano.
Objetivos da aula
Exercitar o remate, passe/receção, marcação e desmarcação;
Cooperar com os outros em tarefas e projetos comuns;
Respeitar as regras: de participação nas várias atividades dadas ou matérias; de realização das tarefas; de funcionamento e de segurança; nos
espaços e atividades próprias da disciplina;
Participar ativamente na aula, em todas as situações; Realizar as atividades de forma autónoma e criativa;
Adotar hábitos de higiene pessoal.
Conteúdos Resultados Pretendidos Desenvolvimento da aula Materiais / Recursos
5’ Chamada. Informação dos
conteúdos a desenvolver na
aula.
8’ Ativação motora geral.
Verificar a assiduidade.
Conhecer os conteúdos a
desenvolver no decorrer da
aula.
Predispor as estruturas
musculares, articulares e o
Alunos sentados nos bancos à
frente do professor.
17 Coletes;
Bola de esponja.
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14’ Exercitação dos jogos:
Bola ao poste - Remate da bola;
- Ocupação racional do
espaço.
Bola ao capitão.
- Marcação e desmarcação;
- Passe/receção; - Ocupação racional do
espaço.
sistema cardiovascular para a
prática desportiva.
Evitar a demora na execução do
remate.
Conseguir uma posição
favorável (deslocamentos) para
acertar no alvo.
Acertar no poste (bola).
Colocar a bola no campo do
adversário.
Receber a bola sem a deixar cair.
Evitar a demora na execução do
passe;
Alunos dispersos por 2/3 do
pavilhão.
Jogo do Caça com bola.
- Turma dividida em 4 equipas,
com o objetivo de “caçar” com a
bola, os elementos das equipas
adversárias;
- De seguida, o mesmo jogo, com
a possibilidade de serem salvos
(passar por baixo dos MI’s) pelos
colegas de equipa.
As equipas com colete verde e
vermelho vão para o campo
destinado ao jogo da bola ao
poste.
As equipas com colete amarelo e
sem colete vão para o campo
destinado ao jogo da bola ao
capitão.
Bola de voleibol;
10 bolas de ginástica rítmica;
17 Coletes;
Sinalizadores.
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8’ Exercitação do jogo:
Futebol Humano - Marcação e desmarcação; - Ocupação racional do espaço.
Passar a bola a um colega
situado a uma curta ou longa
distância.
Orientar-se no espaço definido,
ocupando relativamente aos
colegas e adversários uma zona
que proporcione o êxito.
Marcar o adversário sem violar as
regras do jogo.
Passar a bola ao capitão sem
este deixar cair a bola.
Defender uma zona do campo do
ataque do adversário e encontrar
um espaço livre de adversários
para realizar uma ação.
Conhecer a noção de defesa e de
ataque.
Orientar-se no espaço definido,
ocupando relativamente aos
colegas e adversários uma zona
que proporcione o êxito.
Passados 7’, as equipas trocam de
campo.
As equipas com colete vermelho e
amarelo formam uma equipa e as
equipas com colete verde e sem
colete formam outra.
Inicia-se o jogo entre as duas
equipas.
Alunos dispostos no círculo
central executam exercícios de
alongamentos.
Futebol
Bola ao
Bola ao
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5’ Retorno à calma
5’ Higiene pessoal
Execução de diversos exercícios de alongamentos e para retornar o corpo à calma.
Valorizar a importância da
higiene pessoal.
Os alunos procederão à
autoavaliação.
Os alunos dirigem-se para os
balneários, para tratarem da sua
higiene pessoal.
11 Coletes.
Avaliação: Avaliação formativa através da observação direta e do preenchimento das grelhas de observação que se referem aos jogos pré-
desportivos.
Observações:
Antecipação da Próxima Aula: Pesquisar e estudar sobre o salto em comprimento.
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Anexo I – Avaliação Diagnóstica
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Anexo J – Registo de Avaliação
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Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira
Educação Física 2013/2014 - Ano- º Turma-
1º Período
Nº Nome
Domínio psicossocial - 30% Domínio Domínio
No
ta
No
ta P
au
ta
au
toa
va
lia
çã
o
C. Desportiva 10% Habilidades motoras 60%
"Saber Estar" "Saber" " Saber Fazer"
Assiduidade/Pontualidade 5%
Comportamento 10%
Empenho 15%
To
tal Observação
direta
To
tal
Ginástica Voleibol Atletismo
To
tal
Aulas Real. Atrasos Total Nota Outros 1º P 1º P
1 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
2 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
3 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
4 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
5 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
6 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
7 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
8 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
9 0 #### 8,20 0,8 0,0 ###### ####
10 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
11 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
12 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
13 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
14 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
15 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
16 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
17 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
18 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
19 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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20 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
21 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
22 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
23 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
24 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
25 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
26 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
27 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
28 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
29 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
30 0 #### 0,00 0,0 0,0 ###### ####
Média ####
1 0
2 0 Aulas
Previstas Aulas Dadas
3 0 40 36
4 0
5 0
Prof.
00%0
0%0
0%
00%
00%
1 2 3 4 5
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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Anexo K – Ficha de Autoavaliação
A Atividade Física Adaptada e a Inclusão Escolar dos Alunos com Necessidades Educativas Especiais
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. MANUEL LARANJEIRA
AUTOAVALIAÇÃO – EDUCAÇÃO FÍSICA
Ano Letivo 2013/2014
Nome: _____________________________________ Nº:__ Turma:___
Habilidades Motoras/Condição Física 1º Período 2º Período 3º Período
Tenho muitas dificuldades nas habilidades motoras
Tenho algumas dificuldades nas habilidades motoras
Domino razoavelmente as habilidades motoras
Tenho alguma facilidade na aquisição das habilidades motoras
Tenho grande facilidade na aquisição das habilidades motoras
Conceitos Psicossociais 1º Período 2º Período 3º Período
Ass
iduid
ade
Pontu
alid
ade Não sou assíduo nem pontual
Sou pouco assíduo e pontual
Sou irregular na assiduidade e na pontualidade
Na maioria das vezes sou assíduo e pontual
Sou sempre assíduo e pontual
Faltas
de M
ate
rial Mais de três faltas de material
Tenho três faltas de material
Tenho duas faltas de material
Tenho uma falta de material
Não tenho nenhuma falta de material
C. Sóci
o D
esp
ort
ivo Não estou interessado nas aulas e estou constantemente a
perturbar
Participo pouco e não revelo alguma iniciativa
Participo e tenho um comportamento razoável
Participo com interesse e revelo bom comportamento
Participo empenhadamente e revelo um excelente
comportamento
Cultura Desportiva 1º Período 2º Período 3º Período
Não adquiri os conhecimentos específicos das modalidades e nem
sou capaz de os transmitir oralmente
Tenho alguma dificuldade nos conhecimentos específicos das
modalidades e revelo dificuldades na sua exposição.
Tenho alguns conhecimentos específicos das modalidades e
transmito razoavelmente
Adquiri com facilidade os conhecimentos específicos e sou capaz
de os transmitir
Adquiri e transmito com muita facilidade os conhecimentos
específicos das modalidades lecionadas
Nível que julgo ter atingido: 1º Período 2º Período 3º Período