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Material Digital do Professor Matemática – 9º ano 2º bimestre – Plano de desenvolvimento Neste bimestre, o livro inicia com o conteúdo de proporcionalidade (Capítulo 3). Razão e proporção são conceitos importantes que, muitas vezes, geram dúvidas por requererem interpretação e análise de dados das grandezas relacionadas. O livro traz uma revisão desse conteúdo e, ao professor, cabe analisar se tais conceitos ainda necessitam de retomada ou de novas abordagens e estratégias que promovam seu aprendizado. Como nova abordagem, pode-se utilizar, além da contextualização, diferentes atividades práticas, como o trabalho com a culinária no qual os alunos analisam a proporção dos ingredientes em determinada receita, ou ainda o uso de materiais concretos para sugerir a construção de polígonos, por meio do que se pode explorar a razão dos lados de um polígono em relação a outro, etc. Em seguida, há explorações envolvendo o trabalho com a densidade demográfica (que é a razão entre o número de habitantes e a medida de área de determinada região). Nessa abordagem, o livro traz uma aplicação com os dados do Brasil político que pode ser ampliada e relacionada com outras disciplinas. É interessante solicitar aos alunos que pesquisem informações sobre a região onde moram e investiguem outras aplicações que possam ser obtidas utilizando o conceito de razão. Aproveitando ainda a abordagem sobre razão, o livro traz a leitura do texto “Obesidade, um sério problema de saúde”. Após a leitura do texto, o aluno pode ser convidado a fazer uma pesquisa para calcular a razão entre a quantidade de nutrientes dos alimentos e as necessidades diárias desses alimentos, para que possam analisar o seu consumo em relação às necessidades diárias. Essa exploração poderá ser ampliada em outras áreas do conhecimento e permitir trabalhos envolvendo os temas contemporâneos Saúde e Consumo consciente. Ainda trabalhando proporção, o livro aborda a noção de proporcionalidade na circunferência, em que a razão entre as medidas de comprimento da circunferência e de seu diâmetro tem como resultado o número irracional . Para que os alunos possam visualizar melhor essa relação, desenvolva experimentações utilizando materiais concretos, como latas de mantimentos, vidros de tinta, entre outros. Utilizando esses recipientes, tire medidas em sala de aula e, por meio da razão entre diferentes circunferências, faça com que os alunos concluam que, independente da circunferência, o resultado da divisão entre as medidas de comprimento da circunferência e de seu diâmetro sempre será o número . Na sequência, o livro explora ainda a divina proporção e o número de ouro. Estimule os alunos a pesquisarem sobre as proporções áureas e suas aplicações, por exemplo, na Arquitetura, na Arte, no corpo humano e até mesmo nas flores, nas plantas e nas conchas do mar. O livro trabalha também a sequência de Fibonacci, outro assunto bastante interessante e cuja proporção possui aplicações na Biologia e na Medicina, por exemplo. Novamente, seria interessante estimular os alunos a fazerem pesquisas e a conhecerem mais sobre o assunto. Na abordagem sobre a proporção de um feixe de retas paralelas e o teorema de Tales, o livro traz diversas proporções, demonstrações e aplicações desses conceitos nas situações do cotidiano. Um exemplo disso é a “Atividade resolvida passo a passo”. Além da leitura e compreensão dessa aplicação,

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Neste bimestre, o livro inicia com o conteúdo de proporcionalidade (Capítulo 3). Razão e

proporção são conceitos importantes que, muitas vezes, geram dúvidas por requererem interpretação

e análise de dados das grandezas relacionadas. O livro traz uma revisão desse conteúdo e, ao professor,

cabe analisar se tais conceitos ainda necessitam de retomada ou de novas abordagens e estratégias

que promovam seu aprendizado.

Como nova abordagem, pode-se utilizar, além da contextualização, diferentes atividades

práticas, como o trabalho com a culinária no qual os alunos analisam a proporção dos ingredientes em

determinada receita, ou ainda o uso de materiais concretos para sugerir a construção de polígonos,

por meio do que se pode explorar a razão dos lados de um polígono em relação a outro, etc.

Em seguida, há explorações envolvendo o trabalho com a densidade demográfica (que é a

razão entre o número de habitantes e a medida de área de determinada região). Nessa abordagem, o

livro traz uma aplicação com os dados do Brasil político que pode ser ampliada e relacionada com

outras disciplinas. É interessante solicitar aos alunos que pesquisem informações sobre a região onde

moram e investiguem outras aplicações que possam ser obtidas utilizando o conceito de razão.

Aproveitando ainda a abordagem sobre razão, o livro traz a leitura do texto “Obesidade, um

sério problema de saúde”. Após a leitura do texto, o aluno pode ser convidado a fazer uma pesquisa

para calcular a razão entre a quantidade de nutrientes dos alimentos e as necessidades diárias desses

alimentos, para que possam analisar o seu consumo em relação às necessidades diárias. Essa

exploração poderá ser ampliada em outras áreas do conhecimento e permitir trabalhos envolvendo os

temas contemporâneos Saúde e Consumo consciente.

Ainda trabalhando proporção, o livro aborda a noção de proporcionalidade na circunferência,

em que a razão entre as medidas de comprimento da circunferência e de seu diâmetro tem como

resultado o número irracional 𝜋. Para que os alunos possam visualizar melhor essa relação, desenvolva

experimentações utilizando materiais concretos, como latas de mantimentos, vidros de tinta, entre

outros. Utilizando esses recipientes, tire medidas em sala de aula e, por meio da razão entre diferentes

circunferências, faça com que os alunos concluam que, independente da circunferência, o resultado

da divisão entre as medidas de comprimento da circunferência e de seu diâmetro sempre será o

número 𝜋.

Na sequência, o livro explora ainda a divina proporção e o número de ouro. Estimule os alunos

a pesquisarem sobre as proporções áureas e suas aplicações, por exemplo, na Arquitetura, na Arte, no

corpo humano e até mesmo nas flores, nas plantas e nas conchas do mar. O livro trabalha também a

sequência de Fibonacci, outro assunto bastante interessante e cuja proporção possui aplicações na

Biologia e na Medicina, por exemplo. Novamente, seria interessante estimular os alunos a fazerem

pesquisas e a conhecerem mais sobre o assunto.

Na abordagem sobre a proporção de um feixe de retas paralelas e o teorema de Tales, o livro

traz diversas proporções, demonstrações e aplicações desses conceitos nas situações do cotidiano. Um

exemplo disso é a “Atividade resolvida passo a passo”. Além da leitura e compreensão dessa aplicação,

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seria interessante trabalhar o feixe de retas paralelas utilizando materiais concretos, como palitos ou

fita adesiva, e ainda estimular os alunos a elaborar situações-problema semelhantes à da atividade.

Na seção “Você sabia”, o livro traz um texto sobre como determinar a altura das pirâmides

utilizando o teorema de Tales. Incentive-os a pesquisar mais a respeito das pirâmides do Egito e suas

particularidades, inclusive na área da Matemática. Se possível, reproduza com os alunos o mesmo

processo que Tales utilizou para calcular a altura da pirâmide, mas agora para calcular a altura da

escola ou de uma árvore.

Em “Outras situações que envolvem proporcionalidade em Geometria”, o livro traz uma

abordagem sobre escala e maquetes fazendo um comparativo com o feixe de retas paralelas. Além

dos mapas trabalhados no livro, seria interessante explorar outros mapas pelos quais os alunos se

interessarem e mostrar a eles como calcular as medidas de distâncias escolhidas por eles nesses

mapas.

Outro assunto abordado utilizando ainda os conceitos de razão e proporção é o de cálculos

envolvendo porcentagem e juros. Além da retomada dos conceitos de porcentagens, aproveite o

momento para trabalhar assuntos do cotidiano relacionados ao cálculo de juros, como nomenclaturas

e termos bancários, além de mostrar aos alunos a relação de todos esses elementos com sua vida

cotidiana e familiar. Na leitura sobre inflação, aproveite para trabalhar esse assunto relacionando seu

comportamento no Brasil ao longo dos anos. Aproveite a oportunidade para desenvolver, com outros

professores, um projeto de educação financeira e explorar os temas contemporâneos Educação para

o consumo e Educação financeira e fiscal.

O Capítulo 4 aborda, inicialmente, a noção intuitiva de funções. Uma possível maneira de

tornar esse assunto menos abstrato seria relacioná-lo a situações do cotidiano, por exemplo, o cálculo

do valor da compra de certo jogo em função de sua quantidade ou a medida de área de figuras

geométricas em função da medida de comprimento de seus lados. Outros conceitos, como domínio,

contradomínio e imagem, também podem ser mais facilmente visualizados quando relacionados a

situações do dia a dia dos alunos.

No tópico sobre construção de gráficos de funções, é importante mostrar aos alunos o passo

a passo desse procedimento e também fazer com que compreendam como interpretar a situação-

problema analisando o comportamento da variável pelo gráfico. É importante que eles compreendam

a finalidade dos gráficos na compreensão do comportamento das variáveis.

Na leitura sobre as escalas termométricas, é importante que os alunos conheçam as escalas

utilizadas ao redor do mundo, sua história, seu significado, façam pesquisas e conheçam a

aplicabilidade de cada uma delas.

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Práticas de sala de aula para o desenvolvimento

das habilidades

Capítulo 3: Proporcionalidade e juros

Inicie o bimestre retomando os conceitos de razão e proporção. Em seguida, trabalhe a situação

proposta na página 71 e solicite aos alunos que respondam às questões da seção “Converse com

os colegas sobre estas questões...”.

Forneça alguns exemplos de razões na lousa e, em seguida, trabalhe o conceito de razão

envolvendo grandezas diferentes, como visto na página 72. Além dos exemplos vistos no livro,

fale sobre densidade superficial e volumétrica de materiais. Caso seja possível, leve alguns

materiais com diferentes densidades para ilustrar o conceito. Solicite que resolvam, em dupla,

as atividades da página 73.

Explore exemplos de proporções em situações do cotidiano dos alunos. Por exemplo, calcule

a proporção entre os ingredientes utilizados em determinada receita. Peça que pesquisem,

com profissionais da cidade ou do bairro onde moram, outros exemplos de proporção, como

a proporção de cada material que o pedreiro utiliza para produzir a massa de cimento. Solicite

que resolvam as atividades da página 76 em duplas.

Explique o conceito de escala como feito na página 77. A partir da leitura e interpretação dos

mapas utilizados, por exemplo, nas aulas de Geografia, os alunos poderão visualizar a aplicação

desse tipo de conceito. Leve o mapa de alguma região para a sala de aula, mostre como fazer

a medida utilizando uma régua graduada e, em seguida, utilizando a escala descrita no mapa,

calcule a medida da distância, em quilômetro.

Solicite aos alunos que construam vários triângulos retângulos com diferentes medidas de

dimensões, conforme visto na página 80. Em seguida, fale sobre cada componente do

triângulo retângulo e calcule com os alunos as razões trigonométricas; em seguida, proponha

a exploração das atividades apresentadas.

Explique o conceito de proporção áurea e suas aplicações na Arte, por exemplo, no quadro

A última ceia, do pintor Salvador Dalí. Peça aos alunos que pesquisem sobre as aplicações do

número de ouro, como usar a proporção áurea na Arquitetura e no design. Para finalizar,

solicite que resolvam as atividades da seção “Explorar e descobrir” da página 83.

Realize a sequência didática “Razão entre grandezas diferentes: densidade demográfica”.

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Quadro 3.1

Referência no material didático Pág. 72 – Retomando as ideias de razão e de proporção

Objetos de conhecimento

➢ Razão entre grandezas de espécies diferentes.

➢ Grandezas diretamente proporcionais e grandezas inversamente proporcionais.

Habilidades

➢ (EF09MA07) Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, como velocidade e densidade demográfica.

➢ (EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grandezas, inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos socioculturais, ambientais e de outras áreas.

Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Comparar razões e identificar quais são equivalentes.

➢ Aprender razões entre grandezas de espécies diferentes.

➢ Aprender o conceito de velocidade média.

➢ Calcular a medida de velocidade média em uma situação-problema.

➢ Usar o conceito de velocidade média para resolver uma situação-problema.

➢ Aprender o conceito de densidade demográfica.

➢ Calcular a densidade demográfica em uma situação-problema.

➢ Usar o conceito de densidade demográfica para resolver uma situação-problema.

➢ Calcular a escala em mapas, desenhos e plantas.

➢ Aprender sobre a proporcionalidade na circunferência e o número π.

➢ Compreender o conceito de retângulo de ouro.

➢ Aprender sobre a sequência de Fibonacci.

Como avaliar:

➢ Analise a participação dos alunos e a realização das atividades em sala de aula.

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Explore o conceito de retas paralelas cortadas por transversal e sua noção de

proporcionalidade utilizando materiais concretos e algum instrumento de medida como

régua ou fita métrica. Construa, por exemplo, as retas paralelas com filetes de madeira ou

simplesmente com fita adesiva no chão. Divida os alunos em grupos e solicite às equipes que

cada uma construa seu conjunto de retas e obtenha as medidas de comprimento dos

segmentos de reta do arranjo feito; em seguida, mostre aos alunos as relações entre essas

medidas, como visto na página 87. Solicite que elaborem situações análogas à trabalhada

nessa atividade para que possam pensar sobre outros casos em que se possa trabalhar com

o teorema de Tales.

As atividades 41 a 43 da página 92 podem ser exploradas também por meio de exemplos

concretos construídos pelos próprios alunos utilizando, por exemplo, palitos sem pontas

afiadas e fitas. Assim que os alunos conseguirem visualizar essas relações por meio das

atividades práticas, podem passar às demais atividades no caderno.

Na página 93, trabalha-se com duas aplicações do teorema de Tales. Novamente, seria

interessante recorrer a exemplos concretos para que os alunos possam visualizar a situação

e perceber a relação sobre o feixe de retas paralelas.

Faça com os alunos a leitura do texto de “Você sabia?” da página 94 sobre como utilizar

o teorema de Tales para encontrar a altura da pirâmide. Se possível, reproduza o

experimento a fim de que eles possam encontrar, por exemplo, a altura do prédio da

escola ou de uma árvore. Caso não seja possível reproduzir esse experimento na

escola, explique-o aos alunos e peça que se dividam em grupos para fazer essa medição

fora da escola. Solicite que documentem a atividade com fotografias e com o relato

dos dados numéricos obtidos.

Quadro 3.2

Referência no material didático Pág. 85 – Feixe de retas paralelas e o teorema de Tales

Objetos de conhecimento

➢ Relações métricas no triângulo retângulo.

➢ Teorema de Pitágoras: verificações experimentais e demonstração.

➢ Retas paralelas cortadas por transversais: teoremas.

Habilidade

➢ (EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo retas paralelas cortadas por secantes.

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Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Compreender que segmentos de reta formados por um feixe de paralelas e retas transversais são proporcionais.

➢ Aprender que essa proporção recebe o nome de teorema de Tales.

➢ Usar o teorema de Tales para resolver situações-problema.

➢ Usar o teorema de Tales para dividir um segmento de reta em partes iguais.

➢ Usar o teorema de Tales para demonstrar o teorema da bissetriz de um ângulo interno em um triângulo.

Como avaliar:

➢ Devido à quantidade de atividades práticas possíveis utilizando o teorema de Tales, pode-se usar como avaliação a análise da participação dos alunos em cada uma das atividades práticas desenvolvidas e seu desempenho na realização e elaboração de cada etapa.

Pode-se fazer com os alunos uma pequena revisão ou uma roda de discussão sobre escala

cartográfica, provavelmente já explanada em Geografia. Um texto interessante pode ser

acessado em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/escalas.htm; acesso em: 17 set.

2018.

Solicite aos alunos que produzam uma maquete da sala de aula em uma escala específica,

pensando nas medidas de comprimento da janela, de um armário, do quadro, etc., e explique

na lousa o porquê da escala escolhida.

A atividade 52 da página 95 propõe a utilização de mapas. Se possível, combine com o professor

de Geografia para que possam, juntos, proporcionar aos alunos um trabalho interdisciplinar.

Para a atividade 57 da página 96, peça aos alunos que tragam alguns brinquedos que possam ser

comparados com objetos “reais”, como carrinhos de brinquedo, móveis de casa de bonecas, etc.

A ideia é realizar medições e comparações para que eles possam identificar, por exemplo, em

qual escala se encontra cada miniatura.

Quadro 3.3

Referência no material didático Pág. 95 – Outras situações que envolvem proporcionalidade em Geometria

Objeto de conhecimento ➢ Razão entre grandezas de espécies

diferentes.

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Habilidade

➢ (EF09MA07) Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, como velocidade e densidade demográfica.

Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Calcular a escala em uma maquete.

➢ Calcular a medida do perímetro de um triângulo usando o teorema de Tales para descobrir as medidas de comprimento dos lados do triângulo.

➢ Encontrar as medidas de segmentos de reta formados por um feixe de paralelas e 2 transversais.

➢ Calcular a medida de comprimento da altura da escola usando proporcionalidade.

➢ Determinar a medida de comprimento da distância entre 2 cidades usando o mapa e a escala.

➢ Resolver situações-problema usando os conceitos de proporcionalidade.

Como avaliar:

➢ A avaliação neste primeiro momento pode ser realizada por meio do desempenho do aluno na pesquisa, de sua participação nas discussões sobre a noção de escala e das atividades propostas.

Inicialmente, retome com os alunos os conceitos de porcentagem, razão e proporção e suas

aplicações. Em seguida, utilize o conceito de porcentagem em problemas que envolvam

cálculo de acréscimo e decréscimo.

Solicite, antecipadamente, que os alunos levem para a aula folhetos de propaganda de lojas

nos quais seja possível identificar o preço de diferentes mercadorias como eletrodomésticos

e possíveis formas de pagamento, por exemplo, com e sem juros. Nesta aula, trabalhe ainda

alguns termos bancários, como montante, capital, acréscimo (juros), decréscimo (desconto),

taxa, etc.

Trabalhe com os alunos o exemplo da página 100, preenchendo os valores da tabela e, em

seguida, questione-os sobre a diferença entre os tipos de juros: simples e compostos.

Explique que os juros obtidos passam a fazer parte da composição do capital e, dessa forma,

o próximo cálculo dos juros é feito sobre o valor do capital com os juros obtidos.

Após fazer com os alunos a leitura do texto sobre a inflação da página 101, solicite novas

informações sobre como a inflação interfere diretamente na vida cotidiana das pessoas e

enumere as respostas na lousa. Solicite aos alunos que façam uma pesquisa sobre a “História

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da inflação no Brasil”. Um artigo sobre esse assunto pode ser encontrado no endereço:

https://www.webartigos.com/artigos/a-historia-da-inflacao-e-dos-juros-no-

brasil/64195/; acesso em: 17 set. 2018.

Leve para a sala de aula diversos boletos e peça aos alunos que calculem os juros a fim de

que possam compreender como tais conceitos implicam diretamente nossa vida.

Peça aos alunos que pesquisem nas instituições bancárias as taxas de juros praticadas nas

modalidades de crédito, como cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal. Faça

com eles algumas simulações para que compreendam a ideia real dos juros aplicados nesses

tipos de transações.

Solicite aos alunos que tragam cupons fiscais, pois nesses cupons geralmente aparecem o

valor pago na compra e o valor do imposto que o estabelecimento precisa recolher. Ao final,

abra uma roda de conversa para que possam trocar informações acerca dos impostos,

legislação, etc.

Realize a sequência didática “Inflação? Compreendendo a ‘dança dos preços’”.

Quadro 3.4

Referência no material didático Pág. 97 – Juros

Objeto de conhecimento ➢ Porcentagens: problemas que envolvem

cálculo de percentuais sucessivos.

Habilidade

➢ (EF09MA05) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e determinação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnologias digitais, no contexto da educação financeira.

Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Compreender o conceito de juros simples e compostos.

➢ Fazer cálculos que envolvam juros.

➢ Entender a importância da educação financeira no planejamento financeiro.

Como avaliar:

➢ Analise a participação dos alunos e a realização das atividades em sala de aula.

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Capítulo 4: Explorando a ideia de função

Promova uma conversa e exponha algumas situações aos alunos relacionadas ao

conceito de função, por exemplo, os cálculos do valor da corrida do taxista, do valor a

ser pago referente ao período em que um carro ficou em um estacionamento, do valor

da compra observando a quantidade de produtos, etc.

Em “Converse com os colegas sobre estas questões...”, na página 111, explique que uma

função é uma fórmula matemática que explica o “comportamento” de determinada

situação. Pode-se citar ainda o uso de fórmulas como a de conversão de unidades de

temperatura ou a da velocidade para que os alunos possam perceber que tais situações

são regidas por uma fórmula matemática, a função.

A seção “Explorar e descobrir” da página 114 utiliza os palitos para explicar o conceito de

sequência; um plano de aula com esse tipo de atividade pode ser encontrado no link:

https://novaescola.org.br/plano-de-aula/288/vamos-construir-sequencias-com-palitos;

acesso em: 17 set. 2018. Nesse plano de aula, o número de figuras é formado de acordo

com o número de palitos utilizados. Seria interessante trabalhar essa atividade com

material concreto, como palitos de sorvete, para que os alunos visualizem o que acontece

e consigam traduzir esse comportamento em uma fórmula matemática.

Realize a sequência didática “Noções sobre funções”.

Quadro 4.1

Referência no material didático Pág. 112 – A ideia intuitiva de função

Objeto de conhecimento ➢ Funções: representações numérica, algébrica

e gráfica.

Habilidade

➢ (EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações numérica, algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis.

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Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Compreender a ideia intuitiva de função.

➢ Reconhecer as grandezas variáveis em uma situação.

➢ Compreender que em uma função as 2 grandezas variam.

➢ Utilizar o conceito de função para resolver situações-problema.

➢ Encontrar uma função que corresponde a uma situação descrita.

➢ Compreender que uma função é uma relação unívoca entre 2 variáveis.

Como avaliar:

➢ Pode-se solicitar aos alunos que, individualmente, elaborem uma situação-problema que possa ser explicada ou esboçada por meio de uma fórmula matemática, a função. Em seguida, convide os alunos a expor sua situação-problema para a turma e explicar o motivo da escolha.

Antes de ser apresentada em linguagem matemática, a ideia de função precisa ser

trabalhada de forma intuitiva (relação entre dois conjuntos). Um exemplo prático a ser

explorado é a relação entre a quantidade de litros de combustível e o preço a pagar

em um posto de gasolina, por exemplo. Enfatize que existe uma relação lógica entre

os 2 conjuntos; o valor a ser pago depende da quantidade de litros de gasolina.

Podemos dizer, por exemplo, que o preço a pagar é dado em função da quantidade de

litros de gasolina.

Demonstre a linguagem existente nas funções por meio de gráficos envolvendo os

diagramas de flechas: domínio, contradomínio e imagem. É importante dizer que, para ser

uma função, todos os elementos do domínio precisam estar associados a um único

elemento do contradomínio, formando a imagem.

Proponha uma atividade prática, por exemplo: utilizando uma torneira da escola e um

balde, pode-se estimar o tempo que o balde leva para encher e, a partir daí, calcular a

quantidade de água em função de cada instante de tempo ou o intervalo de tempo

necessário para encher cada fração do balde. Solicite aos alunos que escrevam os registros

em folha separada a fim de que consigam visualizar o que é uma função e transcrevê-la

para o papel.

Para que os alunos compreendam a definição de domínio, contradomínio e imagem da

função, é preciso que as explicações sejam feitas por meio de diagramas, desenhos,

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esboços, situações-problema, etc. Como são definições muito abstratas, é importante que

consigam visualizar e transcrever os exemplos para as situações do cotidiano.

Solicite a leitura do texto da página 123 e uma pesquisa sobre os matemáticos citados no

texto e suas contribuições para a Matemática e para a humanidade.

Quadro 4.2

Referência no material didático Pág. 117 – A noção de função por meio de conjuntos

Objeto de conhecimento ➢ Funções: representações numérica,

algébrica e gráfica.

Habilidade

➢ (EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações numérica, algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis.

Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Compreender que a função é uma relação entre 2 conjuntos.

➢ Compreender que uma relação é uma função quando para todos os elementos de um conjunto existe apenas 1 correspondente em outro conjunto.

➢ Aprender a notação utilizada para identificar funções.

➢ Compreender a diferença entre a variável dependente e a variável independente.

➢ Escrever funções usando a notação de função.

➢ Calcular o valor das funções a partir do x.

➢ Identificar quais relações entre conjuntos são funções.

➢ Resolver uma situação-problema envolvendo função passo a passo.

➢ Aprender o que é domínio, contradomínio e conjunto imagem.

Como avaliar:

➢ Pode-se avaliar os alunos por meio da participação nas atividades e nos experimentos desenvolvidos, além do seu envolvimento e produção nessas atividades.

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Mostre que, para a construção de um gráfico, como visto na página 126, é necessário escolher

valores para a variável x. Esses valores serão substituídos na lei de formação da função, ou seja,

pela fórmula da função, para que o valor correspondente de y seja determinado, bem como o

par ordenado.

Explique, na lousa, o passo a passo de como fazer o gráfico de uma função e, o mais

importante, como fazer a leitura do gráfico para analisar o comportamento da função,

analisando apenas os valores e dados constantes no gráfico. Auxilie-os na resolução das

atividades da página 128 e esclareça as principais dúvidas. Se necessário, proponha a retomada

de conceitos básicos.

As funções são utilizadas na representação cotidiana de algumas situações. Por exemplo, ao

abastecermos o carro no posto de gasolina, o preço a ser pago depende da quantidade de

litros de combustível colocada no tanque. Solicite aos alunos que proponham outras situações-

problema que podem ser explicadas por meio de uma função.

Para que os alunos possam compreender o objetivo de encontrar a solução de um sistema de

equações, é importante explicar que, na solução de uma equação de 1º grau simples, temos

apenas uma variável (geralmente o x), porém, como nesse caso temos 2 variáveis, é necessário

que, para encontrar o valor das 2 variáveis, tenhamos 2 equações. Se tivéssemos 3 variáveis,

seriam necessárias 3 equações, e assim por diante. Em seguida, após os alunos entenderem a

importância e a necessidade de se aprender a técnica para encontrar a solução do sistema,

trabalhe situações-problema para que associem esse tipo de atividade com as situações do

cotidiano.

Além da leitura sobre as escalas de temperatura da página 138, seria interessante solicitar aos

alunos que pesquisem sobre as escalas utilizadas para obter a medida de temperatura e em

quais países é utilizada cada uma dessas escalas. É importante que os alunos compreendam a

importância, a diferença e as características de cada uma delas.

Quadro 4.3

Referência no material didático Pág. 125 – Representação gráfica de uma função

Objeto de conhecimento ➢ Funções: representações numérica,

algébrica e gráfica.

Habilidade

➢ (EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações numérica, algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis.

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Acompanhamento da aprendizagem

Espera-se que os alunos consigam:

➢ Aprender como representar graficamente uma função.

➢ Aprender que o gráfico de uma função é composto por todos os pares ordenados que satisfazem a função.

➢ Identificar os zeros em uma função.

➢ Reconhecer se um gráfico corresponde a uma função.

➢ Resolver situações-problema que envolvem o conceito de função.

➢ Entender o que é uma função afim.

➢ Reconhecer uma função afim.

➢ Entender o que é uma função linear.

➢ Reconhecer uma função linear.

➢ Compreender que toda função linear é uma função afim.

➢ Aprender que funções lineares são proporcionais.

➢ Ler sobre economia de energia.

➢ Escrever a fórmula de uma função afim a partir do gráfico dela.

➢ Ler sobre a graduação do termômetro.

➢ Resolver sistemas de 2 equações do 1º grau identificando o par ordenado em comum das funções relacionadas às equações.

Como avaliar:

➢ Solicite aos alunos que elaborem problemas envolvendo situações do cotidiano que possam ser representadas por meio de uma função, ou uma fórmula matemática. Além disso, pode-se utilizar também como avaliação a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades trabalhadas ao longo do capítulo.

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Livros

ALBUQUERQUE, Ademilton Gleison. A ideia de semelhança nas associações entre entidades da

geometria, em livros didáticos de Matemática para o Ensino Fundamental. 184 p. Dissertação

(Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e tecnológica). Recife: Universidade

Federal de Pernambuco, 2011.

BELLEMAIN, P. M. B.; LIMA, P. F. Um estudo da noção de grandeza e implicações no Ensino

Fundamental e Médio. Natal: Ed. SBHMat, 2002. (Série Textos de História da Matemática, 8).

CARVALHO, Dione Lucchesi. Metodologia do ensino da Matemática. São Paulo: Cortez, 1994.

COUTINHO, Laura. Matemática no dia a dia. São Paulo: Senac, 2001.

LIMA, Elon Lages et al. Temas e problemas. Rio de Janeiro: SBM, 2001. (Coleção do Professor

de Matemática).

MELO, M. S. L. de.; BELLEMAIN, P. M. B. Um estudo sobre o ensino e aprendizagem do conceito

de escala no ensino fundamental. In: Anais do XVI Encontro de Pesquisa em Educação Norte e

Nordeste. São Cristóvão: Ed. UFSE, 2003.

OLIVEIRA, S.; CAZORLA, I. Ensinando probabilidades no ensino fundamental. Educação

Matemática em Revista, São Paulo, SBEM, v. 24, n. 13, p. 3-6, 2008.

PINHEIRO, A. C. F. B.; CRIVELARO, M. Gráficos e escalas: técnicas de representação. São Paulo:

Saraiva, 2014.

Sites

<http://www.sbembrasil.org.br/files/viii/pdf/01/PO12130722806.pdf>. Acesso em: 17 set.

2018.

<http://www.sbembrasil.org.br/files/viii/pdf/02/PO47377429453.pdf>. Acesso em: 17 set.

2018.

<https://brasilescola.uol.com.br/matematica/representacao-grafica-funcoes.htm>. Acesso

em: 17 set. 2018.

<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/matematica/funcoes-2-definicao-a-partir-dos-

conjuntos.htm>. Acesso em: 17 set. 2018.

Material Digital do Professor

Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

<https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/nocoes-funcao.htm>. Acesso

em: 17 set. 2018.

<https://escolakids.uol.com.br/retas-paralelas-cortadas-por-uma-transversal.htm>. Acesso

em: 17 set. 2018.

<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-escala-dos-mapas.htm>. Acesso em: 17

set. 2018.

<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/escalas-matematicas.htm>. Acesso

em: 17 set. 2018.

<https://www.somatematica.com.br/fundam/propor.php>. Acesso em: 17 set. 2018.

<https://www.webartigos.com/artigos/a-historia-da-inflacao-e-dos-juros-no-brasil/64195/>.

Acesso em: 17 set. 2018.

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Projeto integrador

Título: A saúde do brasileiro em números

Tema Dados sobre os serviços de saúde e análise de tendências.

Problema central enfrentado

Compreender as relações entre os índices de saúde e outros aspectos, tais como aporte de recursos e mudanças culturais.

Produto final Documento com informações coletadas e solicitação das melhorias necessárias (dossiê).

Justificativa

Acompanhar e compreender avanços e retrocessos a partir de índices de saúde da população é

condição básica para o exercício pleno da cidadania. Sendo capazes de analisar as situações nesse

domínio, as pessoas passam a ter condições de formular sugestões para a melhoria dos serviços básicos

de atendimento à saúde do conjunto da sociedade.

Este projeto integrador pretende contribuir nesse sentido propiciando aos alunos ferramentas

de análise de tendências de crescimento e tendências de decréscimo, índices e ocorrências e favorecer

o entendimento sobre as relações entre diferentes variáveis.

O projeto contempla as competências gerais 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 e 10 apresentadas na Base Nacional

Comum Curricular (BNCC).

Competências gerais desenvolvidas

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,

social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e

colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo

a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar

causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive

tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),

corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,

matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e

sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma

crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para

se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver

problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e

defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e

global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na

diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e

capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se

respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e

valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,

culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência

e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,

sustentáveis e solidários.

Objetivos

Analisar índices de saúde relacionando-os com diferentes variáveis.

Compreender o conceito de crescimento com tendência a deixar de crescer e o inverso.

Analisar os impactos da modernização dos serviços de saúde e a melhoria dos índices.

Conhecer a situação da saúde no município em que vivem.

Produzir um dossiê indicando melhorias necessárias nos setores de saúde da localidade em que vivem os estudantes.

Habilidades em foco

Disciplina Objetos de

aprendizagem Habilidades

Matemática

Funções: representações numérica, algébrica e gráfica.

Razão entre grandezas de espécies diferentes.

Grandezas diretamente proporcionais e grandezas inversamente proporcionais.

Leitura, interpretação e representação de dados de pesquisa expressos em tabelas de dupla entrada, gráficos de colunas simples e agrupadas, gráficos de barras e de setores e gráficos pictóricos.

(EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações numérica, algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis.

(EF09MA07) Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, como velocidade e densidade demográfica.

(EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grandezas, inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos socioculturais, ambientais e de outras áreas.

(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central.

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Geografia Transformações do

espaço na sociedade urbano-industrial.

(EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.

Língua Portuguesa

Textualização, revisão e edição.

Estratégias de produção.

Textualização, revisão e edição.

(EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.

(EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.

(EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.

Duração

A duração prevista é de 2 meses.

Materiais necessários

Computador com acesso à internet.

Caderno e lápis.

Perfil do professor coordenador do projeto

Este projeto poderá ser realizado por um time de professores, entre eles, professores de

Geografia, Língua Portuguesa, Matemática, entre outros que se interessarem pelas ações propostas. É

importante que haja o envolvimento dos educadores durante todas as etapas.

Desenvolvimento

Etapa 1 – Sobre os índices de saúde (1 aula)

Apresente aos alunos a temática do projeto e pergunte o que eles sabem sobre a saúde

dos brasileiros. Com base nas respostas da turma, pondere que, sem dados quantitativos, apenas

podemos ter uma ideia muito vaga e excessivamente marcada por nossas experiências e que,

portanto, é preciso outras fontes de informação para sabermos como vai a saúde dos brasileiros.

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Em seguida, proponha a reflexão sobre como são produzidas as estatísticas de saúde

pública e de que modo esses números podem ser mobilizados para melhorar a saúde de modo

geral. Nesse momento, é interessante fazer com que os alunos se deem conta de que as

estatísticas de saúde nos indicam tendências que permitem “prever” o futuro, favorecendo a

formulação de políticas públicas adequadas às diferentes realidades nacionais.

Proponha aos alunos uma atividade para que possam extrair os dados quantitativos, ou

seja, os dados reais sobre a saúde, por exemplo, do estado do Ceará, cujas informações podem

ser obtidas em: <https://www.saude.ce.gov.br/download/relatorio-de-desempenho-da-gestao-

sesa-2010/>; acesso em: 13 nov. 2018.

Peça que observem os dados das seguintes tabelas:

Tabela 3 – Número de óbitos e razão de mortalidade materna. Ceará, 1997 a 2010, da

página 11;

Tabela 4 – Número de nascidos vivos e de óbitos infantis. Ceará, 1998 a 2010, da página

12;

Tabela 10 – Número de casos de Sarampo. Ceará, 1997 a 2010, da página 16;

Tabela 16 – Taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral na população de

40 anos e mais. Ceará, 1998 a 2010, da página 19.

Após a análise dessas tabelas, os alunos poderão classificar os casos entre aqueles que

pouco se alteram ao longo dos anos (por exemplo, aids); aumentam (por exemplo, AVC); diminuem

(por exemplo, mortalidade infantil) e oscilam (por exemplo, óbito materno e dengue), e assim

entender a importância dos dados quantitativos. É importante certificar-se de que os alunos

sabem do que trata cada termo. Ou seja, será que eles sabem a que se refere a expressão “óbito

materno”? Caso contrário, analisariam números desprovidos de significado. Esses esclarecimentos

podem ser feitos previamente ou depois que já tiverem começado a analisar as tabelas, a critério

do professor.

Depois da primeira análise dos dados, proponha a eles que observem e analisem a Tabela 4

– Número de nascidos vivos e de óbitos infantis do Ceará, 1998 a 2010, na página 12, e a Tabela 10

– Número de casos de sarampo, Ceará, 1997 a 2010, na página 16, relacionadas com as metas 2 e

8 do relatório. Faça perguntas para promover a compreensão dos dados do texto e das tabelas,

por exemplo, em relação à Tabela 4, pergunte: Qual é a diferença entre os números de nascidos

vivos e de óbitos infantis entre a coluna “< 1 ano” e a soma de “< 28 dias” e “28 dias a 1 ano”?

Qual é o cálculo que permite chegar aos valores da coluna TMI? O que esses valores representam?

Em relação à Tabela 10, pergunte: Em que período ocorreu a erradicação total da doença?

O que aconteceu com a taxa e a cobertura vacinal nesse período?

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Depois, peça que observem e analisem alguns dados da Tabela 12 – Número de casos de

outras doenças transmissíveis. Ceará, 1997 a 2010, na página 17. Pergunte: Em que períodos

ocorreu aumento de casos de dengue no estado do Ceará? Quais foram os valores de aumento ou

diminuição de casos? Proponha aos alunos que elaborem uma tabela para indicar o aumento ou a

diminuição de casos de dengue no estado do Ceará no período indicado na Tabela 12. Depois, faça

o mesmo com os números relacionados à aids.

A Tabela 16 – Taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral na população de 40 anos

e mais. Ceará, 1998 a 2010, na página 19, permite observar os números relacionados com as

mortes por AVC, que não oscilam tanto. Porém, há meta de redução desses casos. Proponha a

análise dos números da tabela em relação ao índice de redução proposto na meta 13. Quantos

casos representam 3% de redução para cada ano? Essa meta foi atingida em algum período?

Proponha que reorganizem a tabela para incluir essas informações.

O relatório traz algumas informações sobre a causa dos aumentos ou decréscimos, mas

poucas. Nesse sentido, em um segundo momento seria interessante propor a reflexão sobre as

razões biológicas e sociais associadas a esses números.

Etapa 2 – A espera pelo atendimento (2 aulas)

Nessa etapa do projeto, a proposta é que os alunos analisem a questão do tempo de espera

para atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Comece perguntando a eles se essa espera

costuma ser grande ou não. Depois, pergunte se a espera é a mesma em todos os hospitais e UBS.

Nesse ponto, é interessante fazê-los ver que se trata de uma questão cujo conhecimento numérico

pode interessar. Mostre a eles a Portaria nº 1.820/2009, que dispõe sobre os direitos e deveres dos

usuários da saúde. Essa portaria está disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1820_13_08_2009.html>; acesso em: 15

nov. 2018.

Pergunte se os alunos consideram que essa portaria tem sido cumprida e, em seguida,

questione como poderíamos saber o que é um “atendimento adequado, com qualidade, no tempo

certo e com garantia de continuidade de tratamento”. No que se refere à noção de “atendimento ágil”,

é importante fazê-los notar que a agilidade necessária no atendimento está relacionada também à

gravidade da situação do paciente. Nesse sentido, apresente aos alunos o Protocolo de Manchester,

estabelecido no ano de 1990, que orienta a triagem dos pacientes que chegam aos hospitais e unidades

de saúde. Sugira a leitura do texto disponível em: <www.sinmedms.org.br/historia/voce-sabe-a-

importancia-das-cores-vermelhoamareloverde-e-azul-no-atend/2446/>; acesso em: 15 nov. 2018.

Em duplas, peça que investiguem qual a previsão de tempo máximo para que o atendimento

aconteça em cada um dos níveis de gravidade. Em seguida, proponha que analisem os dados

apresentados no estudo do Ipea, disponível em:

<www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=991:reportagens-

materias&Itemid=39>; acesso em: 15 nov. 2018.

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

A partir da leitura do artigo e com informação sobre o Protocolo de Manchester, peça aos

alunos que, individualmente, produzam uma dissertação sobre o problema da longa espera por

atendimento em alguns serviços de saúde no Brasil. Nesse momento, o professor de Língua Portuguesa

poderá ser convidado a participar do projeto e retomar as características básicas desse gênero textual.

Na aula seguinte, organize os alunos em pequenos grupos e peça que analisem alguns dos

dados apresentados por Cristiane Sonia Arroyo, em sua tese de Doutorado Qualidade de serviços de

assistência à saúde: o tempo de atendimento da consulta médica, disponível em:

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-04052007-182713/pt-br.php>; acesso

em: 15 nov. 2018.

Nesse trabalho, a autora compara o tempo de espera por atendimento em 3 UBS, 1 hospital e

4 consultórios. Peça aos alunos que observem os dados que a autora apresenta em tabelas (por

exemplo, nas páginas 54 e 55) e registrem no caderno suas conclusões.

Etapa 3 – Analisar tendências de redução ou crescimento de um índice (1 aula)

Nesta etapa, buscamos fazer com que os alunos possam consolidar seus conhecimentos acerca

das noções de tendência de crescimento e tendência de decréscimo, ponderando situações em que há

crescimento com tendência a deixar de crescer e o inverso. Para tanto, a sugestão é de que os próprios

alunos sejam incentivados a construir tabelas e gráficos a partir dos dados disponibilizados no Datasus

(TABNET), base de dados pública do Ministério da Saúde, disponível em:

<www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=1878994&VObj=http://tabnet.datasus.g

ov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/inf09>; acesso em: 15 nov. 2018.

As ferramentas de busca do Datasus têm a vantagem de permitir ao interessado escolher

as categorias que pretende investigar. Os dados estão disponíveis para o período de 1979 até

2016 e podem ser filtrados por estado, apresentando para o ano escolhido as informações por

município.

Organize a turma em pequenos grupos, permita que escolham qual aspecto querem

investigar e sobre qual estado e/ou cidade. Apenas gerencie as escolhas de modo a não ter 2 grupos

fazendo o mesmo trabalho. Os alunos deverão buscar e organizar os dados acerca da questão que

escolheram pesquisar, criando séries históricas. A ferramenta tem várias possibilidades de uso,

produzindo, inclusive, séries históricas. No entanto, em vez de informá-los sobre essa possibilidade

desde o início da atividade, permita que explorem as opções do site e vá dando dicas aos poucos.

Por exemplo, é possível gerar gráficos escolhendo a forma como se quer apresentar os dados. Isso

permite aos alunos analisar quais tipos de gráfico são mais úteis em cada caso.

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Matemática – 9º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Etapa 4 – Analisar a modernização dos serviços de saúde (1 aula)

Na aula seguinte, peça aos alunos que, individualmente, leiam o artigo disponível em:

<http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/11/mortalidade-infantil-apresenta-nitida-

trajetoria-de-queda>; acesso em: 15 nov. 2018.

Depois, peça que busquem informações mais recentes sobre a mesma questão e construam

gráficos que indiquem se a tendência de queda da mortalidade infantil no Brasil se mantém.

Aproveite a ocasião para discutir sobre as possíveis questões sociais que impactam nesse índice e

suscitar a discussão sobre o que se pode fazer para melhorar as condições de saúde da população.

Uma das opções é a melhoria dos serviços de saúde. Nesse sentido, pergunte aos alunos: Como

melhorar os serviços de saúde? Anote na lousa as sugestões da turma e, em seguida, sugira a leitura

de um artigo que fale sobre o assunto, como o texto disponibilizado em:

<https://temas.folha.uol.com.br/e-agora-brasil-saude/propostas/o-que-fazer-para-melhorar-o-

sistema-de-saude-no-pais.shtml>; acesso em: 15 nov. 2018.

Também é interessante apresentar para os alunos, nesse momento, casos em que a

modernização melhorou o atendimento. No endereço a seguir é possível encontrar informações

sobre essa situação: <http://www.ideiasus.fiocruz.br/portal/index.php/atencao-basica/740-o-

impacto-do-projeto-de-modernizacao-e-informatizacao-da-rede-de-saude-inforede-na-regulacao-

do-acesso-aos-servicos-de-saude-em-porto-alegre>; acesso em: 15 nov. 2018.

Ao final, incentive-os a confrontar, em forma de debate, as sugestões feitas pelos alunos e

aquelas que são mencionadas no artigo.

Etapa 5 – E como vai a saúde onde a gente mora? (2 aulas + tempo para as entrevistas)

Na última etapa do projeto, a ideia é fazer com que os alunos conheçam a situação dos

serviços de saúde no município ou bairro em que vivem e produzam um documento com as

informações obtidas em pesquisas e que contemple, inclusive, sugestões de melhorias.

Para a produção do documento, o primeiro passo é buscar dados quantitativos sobre o

município ou bairro. Como vimos, em alguns casos as informações podem ser obtidas no Datasus,

em outros, é possível localizar relatórios oficiais na internet, mas, em algumas situações, será

necessário dirigir-se diretamente à Secretaria Municipal de Saúde para solicitar as informações.

O segundo passo é entrevistar 1 ou 2 pessoas conhecedoras da situação da saúde na

localidade. Para o caso de turmas muito grandes, é interessante dividir as tarefas. Ou seja, alguns

buscarão os dados quantitativos sobre saúde, outros farão as entrevistas e outros, ainda, podem

redigir o relatório. Quanto às melhorias propostas, é importante que elas sejam decididas e

partilhadas por todos os alunos da turma, embora a redação possa, ao final, ficar atribuída a

determinado grupo. Para a reflexão sobre as melhorias, sugira a retomada das escritas individuais

por eles produzidas durante o projeto. Esse documento não deve se restringir à circulação na escola.

É importante garantir que as propostas feitas cheguem ao conhecimento das autoridades

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Matemática – 9º ano

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responsáveis pela saúde no município. Isso implica, também, deixar claro aos alunos a

responsabilidade deles ao escolherem o que incluir no documento.

Proposta de avaliação das aprendizagens

A avaliação deverá levar em conta o envolvimento dos alunos em cada uma das etapas do

projeto. Considerará, ainda, o desempenho de cada um deles na realização dos cálculos propostos, nas

análises de dados, nas escritas individuais e na escrita do documento final. Por fim, será considerado

o desenvolvimento das tabelas de conscientização produzidas pelos alunos.

Para saber mais – aprofundamento para o professor

<www.datasus.gov.br>. Acesso em: 14 nov. 2018.

<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2126638/mod_resource/content/1/Cartil

ha%20dos%20Direitos%20dos%20Pacientes%20OAB-SP.pdf>. Acesso em: 14 nov.

2018.

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf>. Acesso em: 14 nov.

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<http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude>. Acesso em: 14 nov. 2018.

<https://nacoesunidas.org/acao/saude/>. Acesso em: 14 nov. 2018.