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    SISTEMA DE EXPANSO CONSCIENCIAL

    Copyright Aldomon/SVCA 1997BRASLIA

    Falemos de demnios e de anjos, como aqueles dos desenhos animados. Se a pessoa est a pontode fazer alguma coisa ruim, vem o demnio e fala: Vai, faz isso, faz! Voc vai gostar! Mas vemento o anjo e diz: No, no faa isso, no! No faa isso, rapaz! Isso vai te atrapalhar! A a

    pessoa fica indecisa, sem saber se faz a coisa errada ou a certa.

    Se aquilo que representa o errado tem predominncia sobre a conscincia, que se volta mais paraa voz dos inferiores em detrimento do respeito s leis csmicas, a pessoa amarra, cega,ensurdece, neutraliza totalmente a conscincia impedindo-a de se manifestar. Com o passar dotempo, seus parmetros de certo e errado que influenciam suas aes vo se modificando.Muitas vezes, essa pessoa acredita estar fazendo o que a sua conscincia manda, mas na verdadequem est mandando a inconscincia dela.

    Aquilo que s entendimento no conscincia. Aquilo que a pessoa s teoriza, tipo "isto aqui bom", "isto me agrada e me faz feliz", mesmo que seja um hbito, no necessariamente um

    parmetro de conscincia. Mas se a pessoa pensa "eu fao isso, eu sou dependente dedeterminado vcio, de determinado comportamento ou crena, porque tenho elementos que mesatisfazem dentro disto", isto conscincia.

    Geralmente a pessoa que adepta do animalismo, o tambm do materialismo, sendo raros oscasos de pessoas que possuam apenas uma destas caractersticas. O materialista apegado a cadainstante de prazer intelectual ou emocional, no entanto ele no fica preso apenas s emoes. Osanimalistas exploram mais o seu animalismo do que o apego s coisas materiais. Acreditam quea vida acaba como uma luz que se queima e que no tem mais como recondicionar, que a morte o fim de tudo. O animalismo inconseqente e o materialismo alimenta essa inconseqncia. A

    pessoa polui porque pensa que aquela poluio vai desaparecer, ou melhor dizendo, vaidesaparecer antes que repercuta em sua vida.

    Um empresrio de uma indstria que polui pode pensar: "Porque iria eu me preocupar com apoluio? Quando vierem as conseqncias, eu j terei morrido! Tudo j ter acabado, e pronto!"Ele no sabe que seu corpo morre mas depois seu esprito vai reencarnar no seio de uma famliaque mora bem beira de um rio poludo. Ele no sabe disso, se algum lhe falasse ele noacreditaria, ele tem medo. E o animalismo lhe incute cada vez mais esse medo de querer

    acreditar, esse medo de que suas aes podempesarna sua conscincia.Com a vivncia e as conseqncias das aes da pessoa, aquilo que foi inicialmente entendidocomea a sercompreendido e ela sofre pelos seus erros. E ao sofrer sente dor e desconforto.Aquilo que antes era prazer agora dor e desiluso. O que fazer agora? Ela vai tentar descobrircomo acertar e vai se educando at o momento em que desamarra sua conscincia e a abraa,deixando-a falar dentro da cabea, dentro da mente. Essa conscincia manifesta-se como se fosseum mestre, um sbio, no entanto, enquanto existir entendimentos apenas, estes iro questionar a

    pessoa, estabelecendo uma dualidade. Essa dualidade vai se manifestando paulatinamente,fazendo com que a pessoa no se sinta to s, porque sempre vai ter algum para conversardentro de si mesma.

    importante no projetarmos nossa ateno somente para fora, mas tambm para nosso interior.A maioria das pessoas desta civilizao no tm o hbito de conversar consigo mesmas. Quando

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    digo conversar, no significa verbalizar externamente, mas sim internamente sem mexer a boca,fazendo a voz cantar interiormente. Mas porque que fazer isso? Cada ao e cada emoo tmuma origem e essa origem que vai determinar nosso nvel de conscincia.

    Quando determinados padres comportamentais comeam a prevalecer, ao mesmo tempo que apessoa sintoniza sua mente rumo ao infinito e cria conscincia, ela comea a no mais respeitar

    apenas os parmetros do animalismo e do materialismo. Uma nova viso da realidade (digamos,o que mais importante para algum dentro dos parmetros efmeros e eternos) vai sendoincutida nas emoes e nos sentimentos. Observe que dentro do materialismo e do animalismo sexistem parmetros efmeros, no existem parmetros eternos.

    Muitas pessoas dizem no acreditar que existe vida aps esta vida aqui. Muito menos quevoltaro a vestir outro corpo de carne. Existem outras que acreditam mas no tm certeza,agindo como se fossem inconscientes. Sua inconscincia aliada sua indeciso faz com que nose libertem de fato. So pessoas que mascaram sua conscincia ( o que se pode chamar deinconsciente reprimido). Reprimir a inconscincia pior do que ser um inconsciente declarado,

    porque o inconsciente declarado sabe que inconsciente e os outros tambm o sabem. O

    reprimido no sabe que inconsciente: os outros sabem e lhe dizem, mas ele no aceita.

    De uma maneira interna e espontnea, a pessoa deve comear a vencer suas tendnciasemocionais e inconseqentes; ela enxergar alm das cascas, ela se fundir cada vez mais coma conscincia maior da coletividade hierrquica, no apenas com a conscincia de alguns poucos

    bilhes de seres humanos, mas se fundir com a inteligncia maior. a sua conscincia entrar emcontato direto com outras conscincias, senti-las e essas outras conscincias serem de vriosreinos, no apenas humanos, mas inferiores e superiores a humanos, como os reinos dos animais,dos vegetais e dos minerais; como os reinos dos anglicos e dos arcanglicos; com planetas, sis,constelaes, galxias e universos!

    Quando a pessoa, aqui representando um microcosmo, faz uma ponte de ligao (ou fuso) como macrocosmo, vrios temores e incertezas comeam a deixar de existir, porque em cada ato delasua conscincia comea a falar: "melhor isso aqui", "voc foi muito spero", "olha, voc foimuito agressivo", "voc foi muito egosta", "voc foi muito intolerante". Temos a tendncia dequerer entorpecer a nossa conscincia. Quanto mais animalista ou materialista a pessoa se torna,menos a conscincia imortal se manifesta nela, tornando-a cada vez mais densa e solitria.

    Quando afirmo que uma conscincia pode expandir-se mesmo no animalismo e materialismo, porque se chega concluso de que se s, de que se nasce s, que se vive s e se morre s. Asolido e as carncias acontecem em funo da pessoa estar distante de si mesma, em funo

    dela entorpecer a sua conscincia. Ela pode at dizer "Ah! Eu compreendo os mistrios maiscomplicados dos universos, eu sei como os tomos se formam e se desintegram, eu sei sobretudo, eu compreendo tudo". Aquele que s intelectualiza, que l um milho de livros, encheu suamente, encheu sua memria de teorias, como algum que com uma multido de milhes de

    pessoas em volta de si se sente totalmente solitrio, porque ele compreende, mas no sente aquiloque compreende. Ento como se aquilo que ele compreendesse no existisse, porque sente s ovazio dentro dele. Porque aquilo que ele entende flutuante, existe e deixa de existir. Ainconseqncia do materialismo e do animalismo faz com que uma pessoa destrua aquilo em queacredita.

    Diferentemente de entendimento e compreenso, aquilo que se torna conscincia como um

    mestre que se instalasse dentro da prpria pessoa. A partir da h uma reavaliao dosparmetros de realidade, apego familiar, apego a bens materiais, apego profissional, apego aoprazer e apego religioso; a pessoa transcende a muitos destes aspectos. Ela poderia at dizer

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    "agora sou universalista, eupego de tudo um pouco", mas at a isto ela transcende. Ela se torna aprpria manifestao da vida esente. Todos nssomos, mas quando a pessoa sente ela muitodiferente de quem apenas teorizou. A conscincia da pessoa que faz a fuso do ser com o

    sentir. Se algum quer expandir sua conscincia, deve fortific-la bem, aliment-la, coloc-lapara "malhar" para que ela se exercite bastante, porque assim ela vai aumentando.

    Certa vez algum que fez uma viagem astral me perguntou: "Aldomon, por que nos mundos maissutis, em civilizaes muito mais avanadas que a nossa, no existe a necessidade de guardasvigiando determinados comportamentos, como o trnsito, ou coisa assim? A gente anda pelascidades, v as portas e janelas abertas, as pessoas transitando livremente, no h regrasimpostas". _ Porque a conscincia das pessoas conhece as regras e sabe segui-las. Quando nsaumentamos nossa conscincia, aumentamos conseqentemente nossa maturidade e isto quevai fazendo a nossa vida se tornar mais luminosa, diria, incandescentementeluminosa.

    Num mundo como o nosso, onde bilhes de pessoas so totalmente conduzidas pelo animalismoe o materialismo, extremamente difcil uma pessoa se libertar disso, mesmo que tente commuito afinco. Porm, se estivesse numa civilizao mais avanada, num mundo em que bilhes

    so conduzidos por bons sentimentos, por uma viso consciencial csmica, essa pessoa entodaria saltos na evoluo. Porque se ela conseguiu mostrar mais humanidade aqui, onde tudodirecionava a no conseguir, quando ela for para um lugar onde tudo direciona para conseguir,ela no consegue s 10 por cento, porm muito mais. Por isso, quando algum est prestes a darum salto quntico em sua evoluo, vem antes para mundos como a terra para aqui, atravs devivncias, conseguir chegar a um patamar mais elevado.

    Cada pessoa tem a sua vida nas mos. A maioria vive correndo atrs de um emprego melhor, umcarro novo, um apartamento maior, e muitas vezes acha que pode "passar a perna" em Deus e omundo. Ah, eu quero isso, eu quero aquilo. Quer! Ela quer pegar coisas externas e colocar emvolta de si. Mas dentro dela, o que ela quer colocar?

    O conhecimento intelectual, apenas, de nada adianta, porque muitas pessoas ficam animalizadaspelo intelectualismo e se tornam vaidosas demais por aquilo que sabem. Uma das pioresvaidades a intelectual. A pessoa se julga superior pelo intelectualismo, pelo poder e pelainteligncia, sentindo-se superior a tudo e a todos. No sabe ela que a sua conscincia est numacamisa de fora, algemada, est dentro de um casulo de ao. Vai ter que fazer muito esforo ederramar muito cido ali para derreter toda essa carapaa.

    Quando tem a noo de que a vida pode ser bem mais que apenas a profisso, bem mais queapenas uma famlia, bem mais do que os lados afetivo, material e social, a idia que a pessoa

    passa a ter deste mudo se transforma. A imagem dos bens terrenos dura pouco mais do que otempo em que uma folha cai da rvore e vai at o cho. Enquanto est na rvore junto comoutras, a gente at consegue ver a folha, mas depois que cai, a ningum mais interessa. Em nossavida a mesma coisa. Entra presidente, sai presidente, entra ministro, sai ministro; com o passardo tempo, as pessoas tm apenas uma vaga lembrana, no mais se importam. Agora, imaginealgum lutar para conseguir algo que efmero, fazendo sua conscincia toda girar em tornodaquilo. Se aquilo desaparece, a conscincia tambm desaparece!

    Mas os bens efmeros tambm tem seu valor, no momento em que direcionamos nossaconscincia para aplic-los em funo de algo eterno em ns. preciso se ter a conscincia deque estamos adquirindo certas coisas, mas que na verdade nada nosso, tudo emprestado.

    Vamos utiliz-las para nosso crescimento interno.

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    Vamos expandir a nossa conscincia. necessrio que ns faamos perguntas internas etentemos encontrar as respostas. Quem tem respostas para todas as suas perguntas? difcil! Porque instantaneamente, eu acho muito improvvel que algum tenha as respostas para todas elas.O tempo, as nossas experincias e vivncias nos tm dado respostas momentaneamenteaceitveis. Quer dizer que aquilo que temos como certo, daqui a pouco vemos que j no maisto certo, que se tornou obsoleto. As regras mudam em alguns casos, em outros apenas se

    ampliam.

    Em dado momento posso me perguntar; "Onde que a minha conscincia est?" Estar ela emalgum prazer do paladar, do tato, da viso, da audio, da memria, do corpo em geral? O prazerguiado apenas nestes aspectos prova de inconscincia. A pessoa que consegue procurar umequilbrio entre a dor e o prazer, geralmente demonstra um pouco mais de conscincia.

    Como se comporta esta conscincia a nvel de vrias realidades? Quando uma pessoa comea adescobrir o motivo pelo qual existe, a ela comea a aplicar de maneira mais direcionada a suavida. Ento, por que ns existimos, o que ns estamos fazendo aqui? De onde viemos e por queviemos? Para onde iremos? O que sabemos que esta vida dura, tanto para a pessoa

    espiritualizada com para a materialista, para todos enfim. No existe ningum aqui para quem avida seja fcil.

    Mesmo uma pessoa que parea ter tudo sob controle, que aos olhos alheios tenha uma vidamaravilhosa, na realidade no tem uma vida fcil. O nvel de conscincia dela que pode faz-later "recreios". Ela pode de repente conseguir isolar sua mente dos problemas desta realidadeaqui. um descanso momentneo, para que ela possa juntar foras para voltar e resolver asdificuldades, para que seus problemas sejam solucionados.

    Qualquer pessoa pode ligar-se fonte do conhecimento universal, onde existem respostas paratodas as coisas. No entanto, como o vo de um pssaro. Se o pssaro estiver carregando muitacoisa pesada nas suas costas ele no vai dar conta nem de alar vo. Precisa muitas vezes abrirmo dos apegos maiores que se tem na vida para conseguir ascender. Mas, veja bem, quando eufalo deste "abrir mo" no quero dizer que a pessoa deva radicalizar, tipo desfazer-se de tudo quetem e ficar sem nada para no mais ter preocupao. Se agir assim, ela vai ter preocupaonovamente. Por isto, preciso encontrar um ponto de equilbrio, para que atravs deste ela possaaprender a utilizar seu intelecto, suas capacidades mentais, emocionais e os conhecimentos dembito geral, para a finalidade do auto crescimento, aumentando sua maturidade.

    Tenho falado muito sobre projeo astral e projeo mental, mas existe uma manifestao daqual ainda falarei muito no futuro: a projeo consciencial, que permite a pessoa viajar

    consciencialmente, onde ela consegue expandir sua conscincia e fazer uma empatia com asconscincias de outras pessoas, ampliando o seu grau de sensao. Um exemplo disso o amordo grande amigo ou amiga, que mesmo distantes fisicamente conseguem manter acesos osvnculos afetivos, graas ao amor na conscincia. A conscincia sem amor no tem como seexpandir.

    A conscincia precisa de amor. O amor faz com que uma pessoa sinta a outra mesmo estandolonge dela, quer dizer, no precisa estar colada a ela, sente-lhe a vida, sente o seu nvelconsciencial. Nossa comunicao ainda muito pobre: normalmente nos expressamos atravs desons, de cdigos sonoros. No entanto, a conscincia se manifesta por vibrao. Uma pessoachega perto de outra e sente a sua conscincia, sem que haja necessidade de verbalizar ou

    decodificar, simplesmente sente a sua vibrao.

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    medida que vai aumentado o contato com a conscincia, a pessoa entra tambm em contatocom a sua prpria essncia (o seu eu superior interno), com a mnada, atravs da expansoconsciencial. A voz mais ampla manifesta-se em cada pensamento e a pessoa vai deixando de serfruto de uma personalidade mutante.

    Antes que acontea a transio planetria, as pessoas vo precisar alcanar um nvel muito alto

    de expanso consciencial, o que inclui a transcendncia sobre o efmero. Isto seria realmentegrandioso. A pessoa come para se alimentar, mas se tem prazer com a comida, que tenha umprazer sem abuso. Bebida, se prejudica, corte-a. "Ah, mas por que eu deixaria de comer carne?Para me tornar menos animalizado? Todo mundo come! Se eu deixar vou comer o qu, capim?""E a bebida? Para que vou parar de beber? Um pouquinho s no faz mal para ningum." Veja

    bem o que voc est buscando na comida ou na bebida. Seria uma fuga ou o qu?Paulatinamente veja, de acordo com a sua fora interna, que hbitos voc precisa mudar, o quevoc quer largar ou no. Com muita lucidez, procure certificar-se se estas coisas efmerascumprem algum papel em sua vida. Se no cumprem, por que atrapalhar a conscincia commanifestaes inteis?.

    Se o papel que as coisas efmeras cumprem vem em funo de uma carncia, de um vazio, veja acausa real desse vazio e saiba que ainda resta algum tempo para trabalhar em cima disso, antesda coisa ficar ainda mais difcil. preciso que no se deixe que a solido umente dentro de cada

    pessoa, que ela busque agora acordar e ver que no apenas estando com algum ou junto com amultido que vai deixar de estar s. preciso estar consigo mesma para que a conscincia

    perceba as outras conscincias.

    O corpo que vestimos aqui no passa de uma casca, porm raros so os momentos em que temosessa certeza. Aquilo que verdade ou mentira muito relativo. Cada um de ns tem suas

    prprias verdades, porm existem algumas verdades que nunca mudam, estas se expandem, j asque mudam no se expandem.

    Se algo em ns deixa radicalmente de ser como antes porque se expande, aumenta, intensifica,isso faz com que consigamos no ser o produto do comportamento de milhares de pessoas ou demanipuladores de massas. A maioria de ns somos teleguiados, fazemos coisas que no sabemos

    porque estamos fazendo, como o impulso de comprar, por exemplo, mesmo quando aquilo que jtenho supre as minhas necessidades, mas eu quero comprar porque o que saiu novidade, aindaque aquilo no me proporcione vantagem alguma. Se agimos assim, nossa inteligncia est sendomanipulada por aqueles que alimentam o materialismo e o animalismo.

    Aqueles que alimentam o materialismo e o animalismo no se preocupam se o que fazem

    correto, querem apenas nos induzir a fazer o que eles querem. Existe uma hierarquia nisso, podem ter certeza. H aqueles que so animalistas da base da pirmide, verdadeiros"coitadinhos" que fazem coisas sem nem saber o porque. Os outros l de cima so conspiradores,so os que se alimentam dos outros. como se uma cobrinha fosse engolida por outra maior, eoutra maior ainda come aquela maior e assim uma vai se alimentando da outra, da outra e daoutra. Para matar a grande cobra, as cobrinhas precisam deixar de ser cobrinhas. Se uma delasacorda, transforma-se num ser humano e as cobras vo morrer de fome. Imagine ento asfbricas do vcio. J pensou? No dia em que ningum mais alimentar-se de vcios, as fbricasiro falncia e as pessoas vo aprender a direcionar suas foras para as coisas positivas.

    Cada pessoa manifesta uma realidade bem particular. No entanto, esta influenciada por outras

    realidades criadas por outros universos pessoais de seres pertencentes a reinos inferior a reinohumano e superior a reino humano. A grande questo aprender quais regras ou leis coordenam

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    esse sistema de expanso consciencial para podermos aplic-lo a nosso favor, naturalmente quecontra ningum, mas a favor do crescimento geral.

    Atravs de observao cientfica podemos analisar uma srie de sistemas empregados naexpanso consciencial. H os sistemas que se baseiam na experincia diretamente obtida e outrosna indiretamente obtida. Quando uma pessoa vivencia uma manifestao em grupo, sua

    conscincia constituda por uma sntese da conscincia do grupo. Essa sntese pode serchamada de conscincia grupal.

    Possumos muitos nveis conscienciais grupais. Quando nos referimos, por exemplo, ao grupo doanimalismo, este preenche as necessidades emocionais, de pensamentos, de sensaes e decrenas que cada pessoa desse grupo precisa para alimentar a si mesma e ao grupo. Podemosdizer que no mundo em que vivemos o nvel de conscincia , no mbito geral, o da conscincia

    grupal. Mesmo quem se considera individualista est sendo inconscientemente guiado por essasntese de conscincia grupal. Vamos primeiro analisar aqueles que podem ser guiadosconscientemente. Ainda que uma pessoa pense que dona de si, de seus pensamentos e emoes,ela no o de maneira alguma. Se algum tenta mudar um pensamento, isto vai refletir em suas

    emoes e em suas aes, fazendo mudar suas atitudes perante o grupo ou meio em que ela viva,seja a escola, a famlia, o trabalho ou outro. Dependendo de suas atitudes, este indivduo discriminado negativamente pelo grupo que constitui aquela realidade existencial e que induz onvel consciencial da pessoa a ver apenas dentro de um cercado. Este cercado tem diviseshierrquicas que estimula a pessoa a lutar pela ascenso dentro daquele parmetro de realidade. o estmulo dela, o trofu, aquilo que lhe d ideal de vida, a razo pelo que viver.

    O grupo do animalismo tem caractersticas muito interessantes, algumas semelhantes aos gruposda religiosidade, do materialismo e do espiritualismo. Os animalistas pregam, basicamente, aexplorao mxima das sensaes emocionais e corporais. A razo no de forma alguma fator

    predominante nesse grupo indutor de um determinado nvel consciencial. Dentro de cada grupode nvel consciencial animalista existem graduaes de realidade. Nessa hierarquia, a realidadedaquele que est acima tanto mais animalista quanto mais prxima do topo da pirmide eleestiver. Tal realidade vai se animalizando mais e mais, a ponto da pessoa ser chamada de animale considerar isto um elogio. Prosseguindo na anlise, se algum disser: "puxa, voc tohumano", isto ser uma ofensa porque, dentro de grupo do animalismo, ser humano, justo econtrolado sinnimo de fraqueza.

    Como poderia algum que pertence a esse grupo mudar a sua conscincia? impossvel, no hcomo mud-la se continuar a seguir as regras do grupo. Para consegui-lo, mesmo que convivacom pessoas cujos parmetros de vida sejam animalizados, necessrio que se alcance um

    patamar bem mais elevado do que as regras contidas na hierarquia do animalismo, tais como oabuso dos cinco sentidos da matria de maneira inconseqente.

    Ns temos uma srie de instintos programados. Esses instintos vm de nossa origem genticaanimalizada. O medo da morte (o mais forte), as sensaes de prazer animal, de contato animal,de movimentos corporais, tudo isto faz parte dos nossos instintos. A agressividade proposital ouno, para se sobrepor a si mesmo e aos outros, vai fazendo as pessoas serem movidas por

    propsitos inconseqentes. Um animal jamais conseqente. O ser humano comea ademonstrar comportamentos semelhantes aos dos animais e tais comportamentos vo sendorequintados com a lgica e com a razo, algumas vezes todos presentes na pessoa quando ela,

    por exemplo, estiver tomada de ira, raiva, preguia, etc.

    Entretanto, no to importante continuar a definir agora o que so instintos animalizados. Eucreio que quem est dentro de um corpo de carne e ossos aqui desse mundo j sabe, porque j

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    conviveu com manifestaes de teimosia e de exploses emocionais e isso faz com que a pessoatenha conhecimento de que seduzida por sensaes fsicas.

    Continuemos a analisar os dois grupos conscienciais que so dos piores: o animalismo e omaterialismo. Enquanto os animalistas, que so pura emoo instintiva (no raciocinada, nointelectualizada), exploram ao mximo as sensaes corporais de origem corporal, os

    materialistas exploram as sensaes de origem emocional intelectualizada (a fuso da emoocom o intelectualismo) Portanto, preciso analisar primeiro o princpio emocional antes dededuzir o princpio intelectual de algum.

    Suponhamos um contingente de 10 milhes de pessoas que compem uma realidadeanimalizada. Este contingente enorme de pessoas ao alimentar essa realidade obriga todos os queconvivem naquele meio a obedecer regras que no so explicitamente impostas: so regrasveladas, sutis, que se revelam em determinadas atitudes. Por exemplo, uma pessoa chega e

    pergunta para a outra: "O que voc faz para se divertir?" A pergunta sugere que cada pessoaprecisa ter sua fonte de prazer atravs de uma diverso qualquer, porque uma regra daquelarealidade. Para uns a diverso o esporte (uma dimenso corporal); para outros a diverso via

    oral (falar, comer, beber...). A origem de diverso da pessoa vai desde a alimentao s bebidas.A maioria das pessoas que tm na bebida a sua fonte de prazer, ingerem bebidas alcolicas, quesabemos acabam alterando de maneira negativa a conscincia da pessoa.

    O lcool entorpece a conscincia, fazendo vir a tona o lado mais animalizado da pessoa, quepassa a alimentar o seu lado mais instintivo, e ela nada faz a esse respeito, porque existem9.999.999 pessoas incentivando-a agir assim. Ento, nesse grupo de 10 milhes, praticamenteimpossvel uma pessoa atritar com esses padres de normalidade que foram incutidos por tantagente. "Se voc beber s um pouquinho no vai fazer mal..." A pessoa vai entendendo queenquanto no cair de bbado o prazer da bebida no atrapalha nada. "Ah, mas eu s bebosocialmente!" "Bebida no me faz mal, porque eu sei beber!" Essas idias vo sendo alimentadase a pessoa continua a beber. A princpio ela no bate o carro, no agride ningum, no faz nadamais drstico, mas certo que vem a se arrepender depois. Mas no s a bebida que atrapalha,h tambm o descontrole da comida, cujo excesso pode levar a pessoa autodestruio. Essesdescontroles afetam a pessoa de forma muito sutil e so contabilizados de maneira quaseinvisvel ao longo de muito tempo. Ela est se tornando mais e mais animalizada e no se dconta disso! Ela no sabe que est entorpecendo o ser humano que h nela, amarrando,encantoando em algum lugar de seu ser, enquanto que seus animais esto soltos fazendo a maior

    baguna, tomando conta de todas as suas aes.

    Mesmo que o nmero de pessoas do grupo de influncia seja mil vezes menor, uma pessoa

    sozinha ainda ter que travar uma batalha sem trguas para que sua conscincia se veja libertadesse cercado que a aprisiona. S boa vontade no adianta. S querer no adianta. A pessoa precisa ter como, precisa ter conhecimento para travar uma verdadeira guerra contra amanifestao do animalismo que existe em si mesma e nos outros.

    Dizer que o animalismo incutido apenas exteriormente seria muito fraco. Ele pode ter origemgentica, tendo sido programado ao longo de centenas de geraes por quem encarava oanimalismo como coisa natural. O prprio esprito (alma) da pessoa vem com esse programa; omeio em que ela vive vem com esse programa - essa classe de animalismo. Poderamos pensarque tal pessoa jamais chegaria a fazer uma expanso consciencial, pois para isto preciso serespiritualista universalista. Mas no! Ela tambm pode consegui-lo. Como isso seria possvel?

    Ela chega atravs da sntese ou egrgora animalista da coletividade. Essa egrgora expansiva, anvel de bairro, cidade, estado, pas, continente, globo. O planeta inteiro alimenta determinadonvel consciencial. como se a coletividade gerasse bolinhas, l em cima. Essas bolinhas

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    controlam a manifestao das pessoas que alimentam essas energias que fluem, que sointeligentes. Essas energias so a sntese das emoes projetadas pelas pessoas; so egrgorascoletivas das emoes e dos pensamentos.

    Muitas vezes a pessoa pensa que est fazendo algo cujo pensamento vem dela, que as emoesvm dela, mas que ingenuidade! Tais emoes e pensamentos vm daquilo que h milnios e

    milnios ns criamos os parmetros de realidade existenciais coletivos. A pessoa vai precisaraprender a reconhecer quando a sua ligao com os parmetros inferiores est comeando asaturar, e tratar de romper essa ligao. Quando vai chegando a um nvel consciencial onde a

    pessoa v a sua vida sendo manipulada e se pergunta "Espere a, porque que eu estou fazendoisso?" Ao ver que j no precisa mais fazer aquilo, ela desperta o raciocnio e a partir dessemomento ela vai comear a atritar com as realidades emocionais animalizadas daquele setor.

    Nesse momento ela vai ver, ainda que inconscientemente, toda aquela egrgora do grupo voltar-se contra ela. Mas bom que isso acontea, porque isso vai choc-la e ela vai ver que aquilo quefez causou repercusso. Ela vai comear a perceber que, se ela agressiva, existem pessoasainda mais agressivas que ela, e ela j no quer, no tem como ser mais agressiva que as outras.

    Enquanto ns aceitarmos em nosso mundo interno determinado padro de realidade no temoscomo mudar. s a partir da no aceitao de algo que fazemos ou sentimos que podemosmudar, e essa mudana vem paulatinamente, no acontece da noite para o dia. preciso ir

    promovendo uma ruptura gradual para que possamos nos libertar daquele programa inteligenteque as geraes passadas criaram.

    Se de repente todo mundo parasse de fazer determinadas coisas, as criaturas energticas,psquicas, que existem no mundo astral e que interferem no inconsciente das pessoas, morreriamde fome; no mais as alimentaramos e mudaramos a nossa civilizao. Na viso de algumas

    pessoas, somos to pequenos que, mesmo que parssemos com certas coisas, o mundocontinuaria como antes. Isso no verdade! Algo est acontecendo para que o mundo setransforme.

    A expanso consciencial provocada quando algum se v preso por uma inteligncia coletivainferior e no tem como se libertar das realidades animalistas das quais deseja se livrar. Expandira conscincia algo como uma sublimao da existncia, atravs da aplicao coerente econseqente de certas regras que o animalismo e o materialismo abusam, sobrecarregam, usamde maneira inadequada. Ns precisamos nos educar para que a nossa conscincia se expanda.

    Vamos ver agora essa conscincia em mbito geral. O animalismo impulsiona a pessoa aacreditar que determinadas coisas so normais. A idia de normalidade, do comum, vem pela

    exteriorizao da realidade fruto de um conjunto de conscincias. Vamos representar numaesfera a mente de algum e o que conscincia. Para isto vamos dividir a esfera em duas partes:uma que a pessoa credita ser e outra que ela no acredita ser. A primeira diz, por exemplo, "euacredito que ser vingativo no funciona, porque eu tive experincias concretas, palpveis, queme ensinaram que quem vingativo sempre sofre". Essa uma certeza que se cristalizou dentrodela. J na outra parte ela uma pessoa impaciente, mas est fora dela, ela no tem certeza sobrea sua prpria impacincia, ela no vivenciou experincias que pudessem sedimentar uma certezadentro da sua conscincia.

    Continuemos a analisar a mente da pessoa, pois na mente que a conscincia se manifesta, bemcomo a inconscincia. Por exemplo, muitas pessoas acham que, por pegar um livro tcnico e

    estud-lo inteiro, aquilo se tornou conscincia. Na verdade aquilo se tornou intelectualismo, noconscincia, sem se negar que o intelectualismo tambm pode oferecer instrumentos para aconscincia.

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    H uma diferena entre entender e compreender. Compreenso vem como conseqncia de umavivncia pessoal ou de uma empatia com alguma vivncia impessoal. Isto quer dizer que ns

    podemos aprender "por osmose" e temos a capacidade de, atravs disso, estabelecermosentendimentos e torn-los compreenso.

    As variaes das dedues sobre "colocar-se no lugar dos outros" so virtualmente infinitas. Ao

    observar o que outra pessoa est vivenciando , as conseqncias de seus atos, posso fazerassociao com algo que j vivi ou que ainda pretendo fazer, e com isto ver onde j errei, evitarnovos erros, enfim, concretizar coisas que vo para a conscincia.

    Muita gente apenas entendeu algo e pensa que compreendeu. A que est o problema. Quandoisso acontece uma tremenda confuso gerada na mente da pessoa, porque ela comea adefender aquela idia e acaba por colocar sobre seu apenas entendimento uma espcie de"mscara" de compreenso.

    Geralmente, as pessoas guiadas pela inteligncia grupal inferior apenas entendem, nocompreendem. Isso faz com que a pessoa seja direcionada por parmetros de realidades que somutantes. O que que essa mutao? O simples fato de comentarmos (isso no to raro) quealgum conhecido j "no o mesmo de um ano atrs", observando que aquela pessoa "estdiferente" significa que houve uma mutao. Ela j no mais a mesma pessoa, apesar de ser amesma conscincia, o mesmo esprito.

    Quando uma pessoa acrescenta conscincia sua vida ela deixa de ser como era, enquanto que apessoa que apenas tem entendimento (coisa na memria) no muda nada. Algum pode cometero mesmo erro mil vezes, mas se esse erro ficar s no campo do entendimento, vai continuarerrando sempre. De nada adianta a pessoa s saber que est errando, necessrio ela terconscincia de que est errando. Ao ter essa conscincia de que est errando, a idia vai secristalizando dentro da mente e mais elementos vo sendo adquiridos para aumentar a nossafora, possibilitando a libertao do controle exercido pelo animalismo e o materialismo.