18-62-1-PB

download 18-62-1-PB

of 7

Transcript of 18-62-1-PB

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    1/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    59

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    COMPORTAMENTO DA GLICEMIA PLASMTICA DURANTE UMA SESSO DE

    TREINAMENTO DE FORABEHAVIOR OF GLYCEMIA PLASMATIC DURING A SESSION OF FORCE TRAINING

    Vinicius Guerra Pinheiro Silva1,Miguel Arcngelo Silva Saar1,

    Igor de Miranda Souza1RESUMO

    Nos ltimos anos, numerosos estudos tmmostrado os benefcios do treinamento defora sobre a sade e o condicionamentofsico; proporcionando o ganho ou a

    manuteno da massa muscular. Em vistadisso, a procura pelo treinamento de fora temaumentado e, junto com ela, a busca porsuplementos alimentares que poderiamotimizar a performance do indivduo. Esteestudo verificou o comportamento da glicemiaplasmtica durante uma sesso detreinamento de fora para observar que no hnecessidade de utilizar suplementao decarboidrato durante o mesmo. No primeiro dia,11 jovens experientes no treinamento de forativeram a glicemia medida antes, durante edepois dos exerccios de agachamento livre,

    agachamento unilateral, flexor de joelhos eflexo plantar. Cada exerccio continha trssries de oito repeties, com intervalo de umminuto entre uma srie e outra e com intervalode um minuto e meio entre um exerccio eoutro. No segundo dia, os participantesapenas se submeteram a verificao daglicose plasmtica, obedecendo aos intervalosentre as medies, porm sem realizar osexerccios. No foram verificadas diferenassignificativas entre os valores de glicemiaplasmtica durante o treinamento de fora(grupo experimental e controle). Em

    concluso: a) a glicemia plasmtica no sofrealteraes significativas durante uma sessode treinamento de fora; b) os suplementos base de carboidratos, com a finalidade demanter a glicemia plasmtica e evitar a quedano desempenho durante a sesso detreinamento de fora, no possuem utilidadeneste caso.

    PALAVRAS-CHAVES: Treinamento de fora.Glicemia. Exerccio. Carboidrato

    1- Programa de Ps-Graduao Lato Sensu

    em Fisiologia do Exerccio da UniversidadeGama Filho - UGF

    ABSTRACT

    In recent years, numerous studies have shownthe benefits of the strength training on thehealth and the physical conditioning; providingthe profit or the maintenance of the muscular

    mass. Considering this, the search for thestrength training has increased, as well as thesearch for alimentary supplements that couldoptimize the performance of the person. Thisstudy verified the behavior of the plasmaticglycemia during a strength training session inorder to observe that there is no necessity touse carbohydrate supplement during the same.In the first day, 11 young people withexperience in strength training had theirglycemia measured before, during and afterthe free weight squats, unilateral lunges, lyingleg curls and standing heel raises. Each

    exercise contained three series of eightrepetitions, with one minute interval between aseries and another, and with one minute and ahalf interval between the exercises. In thesecond day, the participants were onlysubmitted to the plasmatic glucose verification,obeying the intervals between themeasurements, however without doing theexercises. It was not verified significantdifferences between the plasmatic glycemiavalues during the strength training(experimental and control group). Inconclusion: a) the plasmatic glycemia does not

    suffer significant alterations during a strengthtraining session; b) the carbohydratesupplements, with the purpose to keep theplasmatic glycemia and to prevent the fall inthe performance during a strength trainingsession, do not possess utility in this case.

    KEY-WORDS: Strength training. Glycemia.Exercise. Carbohydrate

    Endereo para correspondncia: ViniciusGuerra Pinheiro Silva - 30110-047 Av.Contorno, 7187/sala 02 - BHte MG

    [email protected]

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    2/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    60

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    INTRODUO

    Nos ltimos anos, numerosos estudostm mostrado os benefcios do treinamento defora sobre a sade e o condicionamentofsico; proporcionando o ganho ou amanuteno da massa muscular (Feigenbaume colaboradores, 1999; Boileau; Horswill 2000;Antonio, Gonyea 1993; Booth; Thomason1991; MacDougall 1992; Saltin; Gollnick 1983).Dessa forma, a atrofia muscular decorrente daidade e doenas como a AIDS e o cncerpodem ser evitadas, uma vez que essas

    enfermidades levam o individuo a uma perdaacentuada da massa muscular e,consequentemente, a um declnio do sistemaimune e da expectativa de vida (Roubenoff;Wilson 2001; Schmitz; Ahmed; Yee 2003).

    O treinamento de fora tambmmelhora a estabilidade das articulaes,aumenta a fora dos tendes e dos ligamentos(Stone; Wilson 1985; Stone 1988). Estesbenefcios so de extrema importncia para osesportes que causam grande impacto nasarticulaes, como o atletismo, levantamentoolmpico. Do mesmo modo, a densidade ssea

    preservada, o que ajuda a prevenir aosteoporose e a retardar o desenvolvimentoda osteopenia em idades mais avanadas(Komi, 1995; Nickols-Richardson, e colabora-dores, 2000; Mazzeoe colaboradores, 1998). O metabolismo dirio pode ser aumen-tado com o treinamento de fora atravs doganho da massa muscular, uma vez que cada500g de msculo consome cerca de 35 a 50kcal dirias (Flatt; Tremblay, 1998; Dunstanecolaboradores, 2002). Em 1990 o AmericanCollege of Sports Medicine(ACSM) divulgou asua posio e destacou os benefcios e as

    formas de aplicao em relao ao nmero desries, intervalo entre elas, nmero derepeties e de exerccios (Pollock ecolaboradores, 1998).

    Hoje as pessoas procuram otreinamento de fora por vrios objetivos: paraprevenir leses, para ingressar em programasde reabilitao, para realar e melhorar osdesempenhos na rea esportiva e paraaumentar o tamanho dos msculos. Junto como aumento na procura pelas academias,visando o treinamento de fora no ganho demassa muscular, houve tambm um aumento

    no consumo de suplementos alimentares. H acrena de que essas substncias, se

    consumidas durante o treino, melhorariam a

    performance do individuo. Dentre essassubstancias destacam-se, principalmente, oscarboidratos.

    Esse artigo tem como objetivoobservar que no h necessidade de utilizarsuplementao de carboidrato durante otreinamento de fora, desde que o individuotenha uma dieta equilibrada, com quantidadesideais de nutrientes que garantam amanuteno da glicemia plasmtica (Jackson;Pollock, 1978; Keul; Haralambie; Bruder, 1978;MacDougall e colaboradores, 1988; Mcmillan;Stone; Sartin, 1993; Peters e colaboradores,

    1995; Robergs e colaboradores, 1991).

    MATERIAIS E MTODOS

    Amostra

    A amostra inicial deste estudo foiformada por um grupo de vinte e duaspessoas que obedeceram aos seguintescritrios: seguir uma dieta balanceadaprescrita pelo mesmo nutricionista, na qual70% do total de nutrientes sejam provenientes

    de carboidratos (7g por kg de peso corporal)para que as reservas de glicognio muscularno ficassem depletadas e o rendimento nasesso ficasse comprometido (Green, 1991;Jeejeebhoy, 1988; Pichard e colaboradores,1988; Walberg-Rankin, 1995); no ternenhuma contra indicao para a prtica deatividade fsica; ser praticante de treinamentode fora a mais de dois anos. Esse ltimocritrio foi adotado a fim de evitar falha nadeterminao da carga de trabalho devido falta de coordenao necessria para aexecuo dos exerccios. Todos assinaram

    termo de consentimento para a realizao doexperimento.

    Para compor a amostra final foramrandomizadas onze pessoas que passaram aformar o grupo experimental e, ao mesmotempo, o grupo controle. Dentre essaspessoas, cinco eram homens (27 8 anos; 75 5 kg; 170 5 cm) e seis eram mulheres (27 8 anos; 58 4 kg; 160 4 cm).

    Todos os participantes foramsubmetidos avaliao fsica, em especial aoprotocolo de Pollock de sete dobras, paramensurar o percentual de gordura de cada um.

    Os homens obtiveram um ndice de 14 4% eas mulheres 18 2%.

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    3/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    61

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    AlimentaoTodos os integrantes da amostra final

    realizaram o treinamento de fora no perododa manh, em que faziam o desjejum eapenas duas horas depois praticavam aatividade. O caf da manh foi padronizadosem alterar, de forma significativa, o hbitodas pessoas. Para obtermos esse controlesobre a alimentao, contamos com o apoioda empresa Marieta, que foi a responsvel porconceder vinte e dois sanduches e vinte edois sucos que seriam utilizados para a

    primeira refeio antes do treino.A alimentao utilizada na refeioque antecedia o treino era um sanduchenatural com po de forma integral (70g),recheio de peito de frango desfiado (50g) commaionese (10g), salada de tomate (30g) ealface (30g); e um copo de suco de laranja. Osvalores nutricionais podem ser vistos nastabelas 1 e 2.

    TABELA 1

    Informao nutricional do sanduche natural

    Quantidade por poro

    Valor energticoCarboidratosProtenasGorduras totais

    190g

    330,25Kcal44,46g19g8,49g

    TABELA 2

    Informao nutricional do suco de laranja comacar

    Quantidade por poroValor energticoCarboidratosProtenas

    Gorduras totais

    500ml464Kcal108,8g5,4g

    0,8g

    Treinamento de fora

    Os materiais de musculao utilizadospara o treinamento de fora foram o suportepara barra e mesa flexora (Iron Man Fitness,Brasil, 2000); aparelho para flexo plantar(Manejo, Brasil, 2005); barra de ferro (FitnessService, Brasil, 2000) e anilhas (Weider, USA,1998).

    Este experimento foi realizado em doisdias, com uma semana de intervalos entre

    eles. O primeiro dia foi destinado ao treino dosmembros inferiores, com durao total de vinte

    e cinco minutos. Os exerccios utilizados foram

    o agachamento livre, o agachamentounilateral, o flexor de joelhos e a flexoplantar.

    Cada exerccio continha trs sries deoito repeties. O nmero de sries erepeties foram estabelecidos com base nasdiretrizes do ACSM sobre o treinamento defora (Pollock et al, 1998). O intervalo entreuma srie e outra foi de um minuto, enquantoque o descanso de um exerccio para o outrofoi de um minuto e meio.

    No segundo dia, os participantesapenas se submeteram a verificao da

    glicose plasmtica, obedecendo aos intervalosentre as medies, porm sem realizar osexerccios.

    Mtodo para verificao da glicoseplasmtica

    A glicemia plasmtica foi medidaatravs do monitor de glicemia (Accu-ChekGo, Roche Group, Germany, 2004). Para ofuncionamento deste aparelho fez-senecessrio a utilizao de um lancetador(Accu-chek Softclix, Roche Group, Germany

    2004) e de fitas de teste (Accu-chek Go,Roche Group, Germany 2005).

    O monitor de glicemia Accu-Chek Gopermite verificar a taxa da glicose plasmticade forma direta. O sangue aspirado, atravsde uma lanceta, para uma tira teste. Cada tirateste possui uma zona de teste contendoreagentes de deteco. Quando o sangue aplicado nesta zona, ocorre uma reaoqumica que causa alterao da cor na zonateste. O Accu-Chek Go registra esta alteraode cor e, a partir dela, calcula o valor daglicemia.

    A medio foi realiza em trsmomentos: antes do exerccio, quinze minutosaps o incio do treinamento de fora e ao finaldo treino, cerca de vinte e cinco minutos apsa primeira coleta.

    RESULTADOS

    O tratamento estatstico foi efetuadopor anlise de varincia e pelo teste dediferenas de mdias dos dois grupos durante

    o treinamento de fora. Foi adotado aestatstica teste (t de student) para 95% de

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    4/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    62

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    confiana para a aceitao da hiptese nula,

    tendo p < 0,05 como nvel de significncia.As tabelas 3 e 4 apresentam osvalores mdios da glicemia plasmtica antes,durante e depois do treinamento de fora, paramulheres e homens e para toda a amostra,respectivamente.

    No foram verificadas diferenas

    significativas entre os valores de glicemiaplasmtica durante o treinamento de fora(grupo experimental e controle) para asamostras divididas por gnero nem para aamostra total.

    Figura 1- Comportamento da glicemia plasmtica, expresso em mg/dl, antes, durante e depoisdo treinamento de fora em mulheres e homens no grupo controle e experimental.

    Figura 2 - Comportamento da glicemia plasmtica, expresso em mg/dl, antes, durante e depoisdo treinamento de fora em mulheres e homens no grupo controle e experimental.

    0.0

    10.0

    20.0

    30.0

    40.0

    50.0

    60.0

    70.0

    80.0

    90.0

    100.0

    110.0

    Antes Durante Depois

    MexperimentalMcontrole

    Hexperimental

    Hcontrole

    Para a melhor visualizao, as figuras1 e 2 ilustram os valores mdios da glicemia

    plasmtica antes, durante e depois do treinoentre os grupos experimental e controle.

    0.00

    10.00

    20.00

    30.00

    40.00

    50.00

    60.00

    70.00

    80.0090.00

    100.00

    110.00

    MulheresExperimental

    MulheresControle

    HomensExperimental

    HomensControle

    Antes

    Durante

    Depois

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    5/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    63

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    Os achados puderam ser

    comprovados pelos clculos da estatsticateste tendo, -2,2281 a + 2,2281 para os gruposde homens e mulheres e -2,0860 a +2,0860para toda a amostra, os valores crticos dadistribuio t de student para 95% deconfiana (5% de significncia).

    TABELA 3 Valores mdios ( desvio padro)da glicemia plasmtica, expresso em mg/dl,antes, durante e depois do treinamento defora para mulheres e homens.

    GC GE

    Antes 96,83 11,96 102,83 4,54

    Durante 97,33 9 93,67 4,27

    Mulhere

    Depois 99,50 8,87 92,00 6,93

    Antes 86,40 11,44 90,60 9,61

    Durante 84,60 7,57 85,00 12,14

    Homens

    Depois 89,40 9,99 89,40 7,40

    GC=Grupo controle; GE=Grupo experimental

    TABELA 4 Valores mdios ( desvio padro)da glicemia plasmtica, expresso em mg/dl,antes, durante e depois do treinamento defora para toda a amostra

    GE CVP

    Antes 97,27 9,38 9,6%

    Durante 89,73 9,41 10,5%

    Depois 88,91 7,65 8,6%

    GE=Grupo experimental; CVP=Coeficiente deVariao de Pearson.

    TABELA 5 Teste para diferenas de mdiasdo grupo controle e experimental durante otreinamento de fora para mulheres e homens

    DP T

    Mulheres 7,044 -0,900*

    Homens 10,116 0,068*

    Amostra 9,907 -0,318*

    DP = Desvio padro consolidado entre os doisgrupos controle e experimental; Clculo daestatstica teste t de student; *as estatsticas teste encontram-sedentro do intervalo de 95% de confiana para aaceitao da hiptese nula.

    Os resultados encontrados confirmama hiptese nula a qual afirma que h igualdadeentre as duas mdias de glicemia plasmtica

    durante o treinamento de fora nos dois

    grupos estudados. Os dados podem ser vistosna tabela 5.

    DISCUSSO

    Existem poucos estudos que falamsobre os valores da glicemia plasmticadurante o treinamento de fora (Jackson;Pollock, 1978; Keul; Haralambie; Bruder, 1978;MacDougall e colaboradores, 1988; Mcmillan;Stone; Sartin, 1993; Peters e colaboradores,

    1995; Robergs e colaboradores, 1991), e,entre eles, no encontramos nenhum estudoque contradiz os resultados que encontramos.

    Robergs e colaboradores, (1991)verificou a glicemia plasmtica durante oexerccio de extenso de joelho que continhaseis sries de seis repeties com 70% de1RM e seis sries de doze repeties com35% de 1RM. O autor no encontrou nenhumaalterao significativa nos valores da glicemiaplasmtica durante o treino.

    Dunstan e colaboradores, (2002), emseu estudo, analisou durante doze meses o

    comportamento da glicemia plasmtica empacientes idosos com diabetes tipo 2. Oprograma de treino foi dividido por semanas ea intensidade variou de 50% de 1RM a 85% de1RM, de acordo com o progresso do paciente.Os exerccios contemplavam os membrossuperiores e inferiores com trs sries de oitoa doze repeties. Tambm no foi observadoalteraes na glicemia plasmtica durante otreinamento.

    Mcmillan e colaboradores, (2002)comparou indivduos treinados e destreinadosdurante uma nica sesso de treinamento de

    fora, com intensidade de 1RM, na realizaode exerccios para os membros inferiores. Osindivduos foram divididos em trs grupos:treinados, destreinados e grupo controleformado tambm pelos destreinados. Aglicemia plasmtica no sofreu alterao emnenhum grupo durante os exerccios.

    CONCLUSO

    A glicemia plasmtica no sofre

    alteraes significativas durante uma sessode treinamento de fora. Isso pode ser devido

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    6/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    64

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    ao fato do treino de fora ser um treino de

    curta durao que utiliza as vias fosfagnicas(ATP-CP) e glicolticas (ltica), o que leva omsculo a utilizar apenas seu glicogniomuscular para a demanda energtica. Dessaforma, no ocorre a utilizao da glicoseplasmtica como fonte de energia. Assimsendo, os suplementos a base decarboidratos, com a finalidade de manter aglicemia plasmtica e evitar a queda nodesempenho durante a sesso de treino, nopossuem utilidade neste caso.

    REFERNCIAS

    1- Antonio, J.; Gonyea, W.J. Skeletal musclefiber hyperplasia. Med Sci Sports Exerc 1993;25: 1333-345.

    2- Boileau, R.A.; Horswill, C.A. Bodycomposition in Sports: Measurement andApplications for Weight Loss and Gain. In:Exercise and Sport science. Eds. Garret, W.E.& Kirkendall, D.T. Lippincott Williams &Wilkins, Philadelphia, 2000; 319-338.

    3- Booth, F.W.; Thomason, D.B. Molecular andcellular adaptation of muscle in response toexercise: perspectives of various models.Physiol Rew. 1991; 71: 541-585.

    4- Dunstan, W.D.; Daly, R.M.; Owen N.; Jolley,D.; Courten, M.; Shaw, J.; Zimmet, P. Highintensity resistance training improves glycemiccontrol in older patients with type 2 diabetes.Diabetes Care 2002; 25 (10): 1729-36.

    5- Feigenbaum, Matthew S.; Pollock, Michael

    L. Prescription of resistance training for healthand disease. Med Sci Sports Exerc 1999;31(1):38-45.

    6- Flatt, J.P.; Tremblay, A. Energy expenditureand substrate oxidation. In: Handbook ofObesity. Eds. Bray, G.A.; Bouchard, C.;James, W.P.T.; Marcel D. Inc New York. 513-538, 1998.

    7- Green, H.J. How important is endogenousmuscle glycogen to fatigue in prolongedexercise? Can. J. Physiol. Pharmacol., 69, pp.

    290. 1991.

    8- Jackson, A.S.; Pollock, M.L. Generalized

    equations for predicting body density of men.Br. J. Nutri. 40: 497-504, 1978.

    9- Jeejeebhoy, K.N. Bulk or bounce Theobject of nutritional support. J. Parenter. Enter.Nutr., 12, pp.539.1988.

    10- Keul, J.; Haralambie, G.; Bruder, M. Theeffect of weight lifting exercise on heart rateand metabolism in experienced weightlifters.Med. Sci. Sports Exerc. 10: 13-15, 1978.

    11- Komi, P.V. Strength and power in sport.

    Oxford: Blackwell Science, 1995.

    12- MacDougall, J.D. Hypertrophy orHyperplasia. In: Strength and Power in Sport.(eds) Komi, P. V. Oxford, England: BlackwellScience, 230-238, 1992.

    13- MacDougall, J.D.; Ray, S. Mccarteny, N.;Sali, D.; Lee, P.; Gardner, S. Substrateutilization during weigth lifting [Abstract]. Med.Sci. Sports Exerc. 20: S66. 1988.

    14- Mazzeo, R.S.; Cavanagh, P.; Evans W.J.;

    Fiatarone M.; Hagberg J.; Mcauley E.; StartzellJ. Position stand on exercise and physicalactivity for older adults. Med Sci Sports Exerc1998; 30 (6):992-1008.

    15- Mcmillan, J.L.; Stone, M.H.; Sartin, J. 20 -hour physiological responses to a singleweight-training session. J. Strength Cond. Res.7(1):9 21, 1993.

    16- Nickols-Richardson S.M.; Modlesky, C.M.;O'Connor, P.J.; Lewis, R.D. Premenarchealgymnasts possess higher bone mineral density

    than controls. Med Sci Sports Exerc 2000;32(1):63.

    17- Peters, H.P.F.; van Schelven, W.F.;Versappen, P.A.; de Boer, R.W.; Bol, E.; Erich,W.B.M.; van der Togt, C.R.; De Vries, W.R.Exercise performance as a function of semi-solid and liquid carbohydrate feedings duringprolonged exercise. Int. J. Sports Med. 16:105-113, 1995.

    18- Pichard, C.; Vaughan, C.; Struk, R.;Armstrong, R.L.; Jeejeebhoy, K.N. Effect of

    dietary manipulations (fasting, hypocaloricfeeding, and subsequent refeeding) on rat

  • 7/25/2019 18-62-1-PB

    7/7

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do Exerccio, So Paulo, v. 1, n. 2, p.59-65, Mar/Abr, 2007. ISSN 1981-9900.

    65

    Revista Brasileira de Prescrio e Fisiologia do ExerccioISSN 1981-9900 verso eletrnica

    Per idico do Inst i tuto Brasi le i ro de Pesquisa e Ensino em Fis io logia do Exercc io

    w w w . i b p e f e x . c o m . b r / w w w . r b p f e x . c o m . b r

    muscle energetics as assessed by nuclear

    magnetic resonance spectroscopy. J. Clin.Invesg., pp 82, pp. 895.1988.

    19- Pollock, M.L.; Gaesser, G.A.; Butcher, J.;Desprs, J.P.; Dishman, R.; Franklin, B.;Garber, C.E. ACSM Position Stand: TheRecommended Quantity and Quality ofExercise for Developing and MaintainingCardiorespiratory and Muscular Fitness, andFlexibility in Healthy Adults - [Acsm PositionStand: The Recommended Quantity AndQuality Of Exercise For Developing AndMaintaining Cardiorespiratory And Muscular

    Fitness, And Flexibility In Healthy Adults]. Med.Sci. Sports Exerc. 30(6): 975-991, 1998.

    20- Robergs, R.A.; Pearson, D.R.; Costill, D.L.;Fink, W.J.; Pascoe, D.D.; Benedict, M.A.;Lambert, C.P.; Zachweija, J.J. Muscleglycogenolysis during differing intensities ofweight-resistance exercise. J. Appl. Physiol. 70(4): 1700-1706, 1991.

    21- Roubenoff, R.; Wilson, I.B. Effect ofresistance training on self-reported physicalfunctioning in HIV infection. Med Sci Sports

    Exerc 2001; 33(11):1811-1817.

    22- Saltin, B.; Gollnick, P.D. Skeletal muscleadaptability: Significante for metabolism andperformance. In: Handboock of physiology.Section 10, chapter 19. Skeletal muscle.American physiological society, WilkinsCompany. Baltimore, 555-631, 1983.

    23- Schmitz, K.H; Ahmed, R.L; Yee, D. Effectsof weight training on body composition ofbreast cancer survivors. Med Sci Sports Exerc2003; 35(5): p S376

    24- Stone M.H. Implications for connectivetissue and bone alterations resulting fromresistance exercise training. Med Sci SportsExerc 1988; 20:162-68.

    25- Stone M.H.; Wilson G.D. Selectedphysiological effects of weight- training.Medical Clinics of North America 1985; 69(1):109-22.

    26- Walberg-Rankin, J. Dietary carbohydrateas an ergogenic aid for prolonged and brief

    competitions in sport. Int. J. Sport Nutr., 5, pp.S13. 1995.