16042009 o velhoburrorapaz[1]
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E.B.1
Outubro de 2009
ANO LECTIVO 2009/10
PROFESSORAS:
Célia Santos
Maria Ester
Maria do Céu
Era uma vez um velho que tinha um neto e um burro. Um dia teve que ir com o seu neto à aldeia. Mas como ficava ainda um pouco distante da sua velha casinha, decidiu levar o rapaz montado no seu burro.
E quando iam a caminho, cruzaram-se com uns homens que disseram:
- Parece impossível que o rapaz que é novo vá montado no burro e o velho, coitado, meio trôpego, vai a pé!
O velho ficou incomodado com este comentário e decidiu trocar com o seu neto. Assim sentia-se muito mais tranquilo e melhor com a sua consciência.
Vamos cantar a canção do velho
Hoje é dia de ir à aldeia
Sinto uma grande alegria.
Vou passear com o meu neto
Que é a melhor companhia!
O meu fiel ajudante
É um burro dedicado.
Tenho já muitos projectos
Para um dia bem passado.
Refrão
O mais velho aqui sou eu,
Já tenho uma bela idade…
E tenho boas ideias,
Essa é uma grande verdade!
Passaram depois uns homens
Que vinham a comentar,
E quando ouvi a conversa,
Comecei logo a pensar…
Acho que esta é uma boa ideia
Simplesmente genial!
Já não vão comentar mais,
Já não podem dizer mal!
Refrão
Refrão
Pensei neste problema
E encontrei a solução:
Vou eu montado no burro
E vem o rapaz para o chão!
Este caminho é comprido,
Mas já estou habituado.
Sentei o rapaz no burro
Para ele ir mais descansado.
Continuaram o seu caminho e, ao chegarem a uma fonte decidiram ir matar a sua sede, encontraram duas mulheres que aí enchiam os seus cântaros e que, mal viram o velho em cima do burro, apressaram-se a comentar:
- Devia ter vergonha, seu velho mandrião! Então o seu neto é que vai a pé, um rapazinho ainda de tenra idade?
O velho ficou outra vez surpreendido, mas agora sem saber o que fazer. Pensou um pouco e achou que o melhor era os dois irem em cima do burro.
Assim fez e prosseguiram em direcção à aldeia. Passaram por um campo onde um homem que juntava o feno para os animais, ao vê-los, disse:
- Ó compadre, coitado do animal! A carregar com duas pessoas! Por amor de Deus, dê-lhe algum descanso, alivie-lhe os costados!
E, desesperado, o velho disse ao rapaz:
- Ó meu rapaz, agora é que eu não sei o que fazer! Dá-me uma ideia, ajuda-me a calar esta gente.
Vamos cantar a canção do rapaz
Passear com o meu avô
É o que eu prefiro fazer
Conversamos todo o dia,
Nunca paro de aprender.
Falamos dos animais,
Esquilos, corujas, escaravelhos…
E quando eu lhe peço ajuda
Dá-me sempre bons conselhos.
Refrão
Eu sou um rapaz normal,
Gosto de ser como sou;
Tenho uma sorte na vida:
Cresci com o meu avô!
E aproveito para dizer
O que todos já sabemos:
É preciso aproveitar
As coisas boas que temos!
Falamos também dos homens,
Do que é ser justo e sincero,
De tudo o que é importante,
Do que fiz e do que espero.
É por causa das conversas
Que nós costumamos ter,
Que eu sei que o mundo é enorme
Para quem quiser crescer!
Refrão
Hoje vamos à aldeia
Mas estamos num dilema…
Sempre que vemos alguém,
Aparece um problema!
Uns querem que eu vá de burro,
Outros que seja o avô…
Já experimentámos ir juntos,
Mas nem isso resultou!
Refrão
Agora é a minha vez
De ajudar o meu avô.
Acho que há uma resposta
Em que ainda não pensou:
Porque não irmos os dois
Calmamente, a caminhar?
O burro vai descansado;
Ninguém mais vai criticar!
Refrão
Ficou contente o avô. Agora tinham encontrado a solução. Era impossível que alguém comentasse também esta atitude do velho e do rapaz. Estavam já a chegar à aldeia, quando dois homens que seguiam numa carroça se atreveram a dizer:
- Estes dois endoideceram! Em vez de irem descansados em cima do burro, vão a pé e assim o burro não se cansa!
Depois de ouvir isto, disse o avô ao neto:
- Sabes uma coisa, meu rapaz, o melhor que temos que fazer é não darmos ouvidos ao que dizem os outros, pois vai haver sempre alguém a criticar as nossas opções, por melhor que nós as achemos.
Para todos agradar
Foi fazendo o que ouvia.
E só no fim percebeu
Que a sua razão é que valia.
VITÓRIA! VITÓRIA!
ACABOU-SE A HISTÓRIA!
MORAL DA HISTÓRIA
Há quem muito tenha como desporto preferido a maledicência e vá lançando, a torto e a direito, setas envenenadas que vão ferir a susceptibilidade dos inseguros.
O que nos parece bem, parece mal aos outros. O que temos como belo, parece horrendo aos olhos dos vizinhos.
São tantas e tão variadas as opiniões que, quem não quiser ser mal visto e andar nas bocas do mundo, como o velho e o rapaz da fábula, melhor fará em proceder como o burro, que trotava, indiferente aos sarcasmos.
Caso contrário, não terá mais sossego nem parança. Será forçado a mudar de posição, de roupa, de penteado, de hábitos, de ideias, ao sabor das modas e das línguas afiadas.
Alguns fartam-se, um dia, de serem paus mandados e resolvem, de uma vez por todas, guiar-se pelas suas ideias, seguir o que consideram justo. O que ouvem passa a entrar-lhes por um ouvido e a sair por outro.
Os colegas da escola nem sempre são anjos e muitos se divertem a troçar dos amigos, que têm, desde tenra idade, de aprender a reagir, não se deixando amachucar.
FIM
Os colegas da escola nem sempre são anjos e muitos se divertem a troçar dos amigos, que têm, desde tenra idade, de aprender a reagir, não se deixando amachucar.
Convém que conheçam diversas opiniões, até para reflectirem sobre elas e fazerem opções indispensáveis ao crescimento. Mas igualmente ou mais importante é terem autoconfiança e consciência de que as suas cabeças não servem apenas para ter orelhas e usar chapéu. Servem para PENSAR.
FIM
1- Indica:
- qual a moral desta história
INTERPRETAÇÃO DA HISTÓRIA
Acompanha as questões pela tua ficha e responde:
- o nome do autor do texto
- o nome da editora do texto
- o titulo do texto
- quem são as personagens principais da história
- onde acontece a história
FIM
2- Assinala V (verdadeiro) ou F (falso):
- a zebra é uma das personagens da história
- o rapaz era sobrinho do velho
- o velho estava cansado
- o velho pediu ajuda ao rapaz
FIM
3- Procura, na história:
- dois nomes comuns
- um nome próprio
- dois adjectivos
- três verbos
FIM
4 - Lê atentamente a frase abaixo indicada e responde.
O avô sentiu alegria!
Indica:
- o grupo nominal
- o grupo verbal
- o tipo da frase
- a forma da frase
4.1- Inventa um grupo móvel para a frase e reescreve-a de diferentes formas.
FIM
5 - Faz a conjugação do verbo sentir.
6 – Escreve palavras da:
família de casa
área vocabular de aldeia
7 - Separa as palavras em sílabas e classifica-as quanto ao número.
velho
incomodado
cântaros
barulho
FIM
8 – Faz um pequeno resumo da história e ilustra-o.
Bom trabalho