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1 Tintas e vernizes Tintas e vernizes Tintas e vernizes Introdução Materiais de construção – Materiais de construção ou de resistência – Materiais de proteção ou materiais auxiliares (tintas, mastiques, etc.)

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Tintas e vernizesTintas e vernizesTintas e vernizes

Introdução • Materiais de construção

– Materiais de construção ou de

resistência

– Materiais de proteção ou materiais

auxiliares (tintas, mastiques, etc.)

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Funções das pinturas • Ornamentar

• Proteger

• Outras– Propaganda, sinalização e identificação

• Aplicação funcional da cor– Corolário

• Cores diferentes despertam emoções diferentes

Tons do bem-estar• Vermelho: é excitante. Na sala de jantar, por

exemplo, estimula o apetite.

• Amarelo: ativa o intelecto e a comunicação.

• Verde: neutro, traz equilíbrio e harmonia.

• Azul: o tom do céu acalma e inspira.

• Roxo e lilás: estimulantes e relaxantes, favorecem a meditação e a concentração.

• Laranja: alegre e social, traz otimismo e entusiasmo

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Cromática• Encurtando o AmbientePinte as paredes menores com uma cor mais escura. • Alongando Ambiente QuadradoAplique cor mais escura em duas paredes, uma de frente para a

outra. • Escondendo Objetos.Pinte a parede no mesmo tom do objeto que você quer esconder. • Destacando Objetos.Aplique uma cor intensa ou contrastante na parede de fundo. • Rebaixando o Teto.Pinte o teto com uma cor mais escura do que a das paredes.

Cromática• Elevando o TetoPinte o teto com uma cor mais clara que a das paredes. • Alargando o CorredorPinte as extremidades do corredor (paredes menores) e o teto com

uma cor mais escura do que a das paredes que acompanham o sentido do corredor.

• Alongando a ParedeParede bicolor, com a divisa entre as duas cores à meia altura (pode-

se aplicar um barrado). Na parte de cima, o tom deve ser mais claro do que a parte de baixo.

• Encurtando a ParedeSituação inversa do item acima. A parte de cima deve ser de um tom

mais escuro que a parte de baixo.

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Processamento da pintura • Preparação das superfícies

– Classificação das superfícies (natureza química dos materiais componentes)• Madeira• Alvenaria• Concreto• Metais

– Ferrosos– Não ferrosos: Al, Zn, Sn, Cu

Processamento da pintura – Superfície preparada (limpa, seca, lisa e

plana)• Superfície de madeira

– Considerar a umidade da madeira

– Lixamento: lixas cada vez mais finas

» Lixas de diversas granas

» Superfícies irregulares – lã fina de aço

» Finos acabamentos – raspilha

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Processamento da pintura – Alvenaria ⇒ reboco grosso, reboco fino e desempeno

feltrado– Superfícies metálicas ⇒ desengraxe e eliminação de

ferrugem• Métodos mecânicos

– Abrasão» Manual » Mecânica

– Chama– Jato de areia

• Métodos químicos– Limpeza por solventes– Limpeza alcalina– Limpeza por emulsão– Pickling ou decapagem– Pickling fosfórico– Fosfatização apassivadora

Processamento da pintura • Aplicações de fundos, massas e

condicionadores– Aplicação de fundos para:

• Maior aderência à tinta de acabamento• Rendimento• Homogeneizar a coloração• Ferrugem

– Aplicação de massas• Vedamento dos nós

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Métodos de aplicação de tintas

• Aplicação a pincel e rolo manual– Qualidades que a tinta deve ter

• Espalhar-se com facilidade• Não deve ficar com as marcas do pincel• Em paredes não deve escorrer

• Nebulização a ar comprimido– Tintas de baixa viscosidade– Solventes rápidos

Métodos de aplicação de tintas

• Nebulização sem ar– Necessita de pouca ventilação

– Pequena perda de solventes ⇒escorrimentos

– Entupimento dos bocais

• Nebulização eletrostática

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Métodos de aplicação de tintas

• Imersão– Dificuldades

• Bolhas• Pontos de drenagem• Cobertura pequenos orifícios

– Soluções• Velocidade de entrada e saída • Viscosidade da tinta• Volatilidade solvente

Métodos de aplicação de tintas

– Tamanho dos tanques de imersão

– Risco de incêndio ⇒ tintas à base

d`água

– Tintas impróprias

• Instáveis

– Gelificação

– Separação de cor

– Sedimentação do pigmento

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Métodos de aplicação de tintas

• Aplicação por jorro– Elimina o tanque de tinta

– Mesmos problemas da imersão

– Adaptável a peças de formas complexas

– Não serve para artigos de formas diferentes

Métodos de aplicação de tintas

• Aplicação por rolos

– Processo de impressão

– Espessura da película

• Viscosidade da tinta

• Ajuste dos rolos

– Utilizado para placas planas

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Métodos de aplicação de tintas

• Aplicação por “cortina”

– Difícil ajuste da cortina

Composição das tintas e vernizes

• Tintas– Pigmento (pó) ⇒ cobre e decora a superfície– Veículo (líquido) ⇒ aglutina o pó e forma a

película de proteção– Cargas (inertes) ⇒ barateiam, dão corpo e

facilitam a aplicação da tinta• Fundos ⇒ pouco pigmento, veículo e alguma

carga• Massas ⇒ tem mais cargas c consistência

sólida

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Composição das tintas e vernizes

35 - 4055 - 65Rendimento m2/galão/demão

50%25%Pigmento

25%65%Não voláteis

25%10%Solvente

FoscaBrilhanteConstituição

Composição das tintas e vernizes

– Tintas fosca e brilhante

• A tinta brilhante tem uma camada de verniz

de elevado poder de refringência –

superfície lisa

• Na tintas fosca o verniz serve para aglutinar

o pigmento – superfície irregular

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Composição das tintas e vernizes

• Pigmentos– Pó, insolúvel no aglutinante

• Funções– Dar consistência– Facilitar a secagem– Colorir– Proteger dos raios ultra violeta

– Classificações• Origem

– Naturais– Artificiais

• Natureza– Minerais– Orgânicos (vegetais, animais e sintéticos)

Composição das tintas e vernizes

• Pigmentos– Propriedades

• Poder de cobertura• Endurecimento• Estabilidade• Capacidade de proteção aos raios nocivos do sol

– Cor• Absorção e reflexão relativas das radiações luminosas• Radiações de diferentes comprimentos de onda implicam em

tonalidades diferentes• Tamanho e agregação das partículas

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Composição das tintas e vernizes

• Pigmentos– Poder de cobertura

• Capacidade de tapar o fundo• Tamanho das partículas ⇒ 4 µ• Forma das partículas

– Esférica é melhor

• Diferença entre os índices de refração do pigmento e do veículo

Composição das tintas e vernizes

– Exemplos de pigmentos• Brancos

– Alvaiade– Branco de zinco– Litopon– Branco de titânio

• Vermelho– Zarcão– Vermelho de ferro– Cinábrio– Vermelho de cromo

• Amarelos– Amarelo de cromo– Litargírio

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Composição das tintas e vernizes

– Exemplos de pigmentos• Azuis

– Ultramar– Azul de cobalto

• Verdes– Verde de cromo– Verde de Scheele

• Negros– Grafite– Negro de fumo– Negro de marfim

• Violetas– Violeta de cobalto

Composição das tintas e vernizes

• Veículos

– É a parte líquida das tintas• Parte volátil ⇒ solvente: facilita a aplicação

• Parte não volátil ⇒ ligante: formador de filme

– São óleos ou resinas ou misturas dos dois mais

o dissolvente ⇒ verniz

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Composição das tintas e vernizes

• Veículos não voláteis: formadores de filmes– Secagem da tinta

• Evaporação do solvente • Pega e endurecimento dos óleos secantes

– Formador de filme ⇒ base da tinta• Tinta à base nitrocelulose• Tinta à base alquídica

Composição das tintas e vernizes

• Sistemas que sofrem oxidação e polimerização

Aumentam a durabilidade das tintas a óleo, prolongam a

duração do brilho sem sacrifício da elasticidade

Curtas, médias e longas em óleo

Resinas alquídicas

Linhaça, Tungue, Mamona

desidratado

Elasticidade e durabilidadeCaracterísticas

Óleos secativos

Material

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Composição das tintas e vernizes

• Sistemas que sofrem polimerização– Resinas fenólicas

• Melhoram a adesão quando adicionadas a outras resinas e resistem a ácidos fracos

– Resinas epóxi• Grande resistência a ácidos e bases fracos e médios

– Resinas vinílicas• Semelhantes às anteriores, mas mais permeáveis.

Filmes incolores– Resinas uréia-formoldeído

• Resistência a ácidos e bases, boa durabilidade– Siliconas

• Repelentes à água e resistentes a altas temperaturas (500oC)

Composição das tintas e vernizes

• Sistemas que não sofrem transformações químicas– Resinas derivadas de celulose (nitrocelulose)

• Boa dureza e durabilidade– Resinas de borracha sintética (estireno,

butadieno e borracha clorada)• Resistência excepcional a álcalis e boa a ácidos. Tem

baixa permeabilidade– Resinas vinílicas polimerizadas

• Usadas em dispersão aquosa nas tintas à base d`água– Resinas acrílicas polimerizadas

• Preço elevado. Reúnem o maior número de características favoráveis. Grande elasticidade, boa adesão. Incolores

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Composição das tintas e vernizes

• Diluentes e solventes voláteis– Diluente

• Aumentar a fluidez para facilitar a aplicação– Solventes

• Além desta função são dotados de qualidades ativas– Para tintas a óleo

» Essências de terebentina» Aguarrás» Álcool etílico

– Pinturas a base de cal» Água (diluente)

Composição das tintas e vernizes

• Solventes especialmente formulados– Hidrocarbonetos alifáticos

• Isa rás, ODD solvente, óleo rás, Varsol Shell rás, etc.– Hidrocarbonetos aromáticos

• Xilol, toluol, etc.– Thinners

• Misturas de solventes especiais• Cargas

– Melhoram a consistência e a capacidade de duração das tintas

– Talco (silicato de magnésio), gesso, sulfato de bário, caulim e carbonato de cálcio

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Composição das tintas e vernizes

• Vernizes– São formados por um solvente e um produto

dissolvido que gera o filme– Substância filmógena

• Óleo • Resina natural ou sintética• Uma mistura

– Classes • Vernizes gordos

– Um óleo secante, uma resina e um diluente• Vernizes a solventes voláteis• Vernizes celulósicos • Vernizes negros betuminosos

Métodos de controle de qualidade das tintas

• Método de exposição acelerada (Weather - Ometer)

• Ações de luz e de radiações ultra violeta• Ação de um chuveiro

• Método de exposição ao tempo• Painéis de madeira sem nós, pintados e

parcialmente cobertos, expostos em cavaletes inclinados a 450 na direção leste-oeste

• Vida útil da tinta é igual a 3 vezes o período de desempenho no ensaio

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Problemas nas PinturasFervura ou craterasIdentificação – Superfície totalmente

coberta por microcrateras.Origens – Evaporação muito rápida do

solvente. Aplicação sobre superfícies aquecidas. Tinta formulada inadequadamente para aplicação a rolo.

Correções – Usar solvente menos volátil. Deixar esfriar o substrato. Usar tinta aditivada com tensoativos/antiespumantes para aplicação a rolo.

Problemas nas PinturasEnrugamento• Identificação – A superfície

da pintura seca apresenta-se

com microrrugas.

• Origens – Camada espessa.

Secagem superficial muito

rápida.

• Correções – Aplicar camadas

mais finas. Usar solvente

menos volátil.

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Problemas nas PinturasEmpolamentoIdentificação – Formação de

bolhas ou vesículas contendo sólidos, líquidos ou gases.

Origens – Superfície mal preparada ou oleosa. Excesso de umidade no substrato. Solvente retido no substrato devido à secagem rápida da tinta. Excesso de umidade no ambiente.

Correções – Melhorar a limpeza superficial. Eliminar a umidade no substrato. Aplicar camadas mais finas e usar solvente mais pesado. Eliminar a umidade do ambiente ou utilizar tinta mais resistente.

Problemas nas PinturasMarcas de trinchaIdentificação – Falta de nivelamento; pintura estriada no sentido da aplicação.Origens – Tinta com desbalanceamentotixotrópico. Solvente de evaporação rápida. Inabilidade do pintor ou pincel de cerdas muito duras.Correções – Utilizar produtos adequados. Usar solventes de evaporação mais lenta. Treinamento do profissional ou utilização de pincel mais macio.

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Problemas nas PinturasGretamentoIdentificação – A superfície

apresenta-se com textura igual ao couro de jacaré.

Origens – Aplicação de tinta de alta dureza sobre fundo de menor dureza. Secagem superficial rápida, enquanto a película continua pastosa por retenção do solvente. Camada muito espessa.

Correções – A tinta aplicada deve ser de dureza adequada ao fundo. Usar solvente adequado. Aplicar em camadas finas.

Problemas nas PinturasEscorrimentoIdentificação – Em superfícies verticais, as tintas tendem, por ação da gravidade, a se deslocar enquanto líquidas, em forma de onda ou gotas até a parte inferior.Origens – Viscosidade muito baixa da tinta. Camada muito espessa. Desbalanceamento de solventes. Reologia inadequada.Correções – acertar a viscosidade. Aplicar camadas finas. Usar produtos de boa qualidade.

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Problemas nas PinturasTrincamentoIdentificação – a superfície apresenta-se com minúsculas trincas.Origens – intervalos entre demãos menores que o estipulado. Uso excessivo de solvente nas camadas subsequentes. Ganho ou perda de água (quando a superfície é de madeira).Correções – Obedecer o tempo recomendado pelo fabricante para repintura. Usar menor quantidade de solventes. Selar o substrato da madeira convenientemente.

Problemas nas PinturasManchas Identificação – aparecimento de

áreas com coloração e textura diferenciadas.

Origens – fixação de sujeiras em áreas de maior porosidade ou de fusão térmica. Efeitos de sais do substrato sobre o veículo da tinta ou sobre os pigmentos/cargas. Presença de umidade no substrato.

Correções – lavar a superfície. Quando da repintura, usar selador adequado. Eliminar a causa da umidade no substrato.

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Problemas nas PinturasDescoramento Identificação – perda de cor

por degradação dos pigmentos ou por fotodegradação da resina.

Origens – pigmentos ou resinas inadequados para a finalidade.

Correções – empregar tintas de formulação adequada para

resistir às condições

ambientais específicas.

Problemas nas PinturasBaixa resistência à

lavabilidadeIdentificação – ao tentar remover

sujeiras por lavagem com sabão neutro, a tinta se desmancha ou deixa sinais da operação.

Origens – a tinta não está curada. A formulação não é adequada para ser lavada.

Correções – deixar curar a tinta por 30 dias antes de lavar. Usar tintas de formulação adequada.

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Problemas nas PinturasDescascamentoIdentificação – descascamento do filme de tinta do substrato, parcial ou

totalmente.Origens – superfície mal preparada, contaminada com gorduras ou

partículas sólidas soltas. Umidade no substrato sob efeito de calor ambiental passa ao estado de vapor. Pintura sobre superfície aquecida. Reação da tinta com o substrato, resultando em compostos solúveis em água.

Correções – Melhor a limpeza superficial removendo os contaminantes. Eliminar partículas sólidas e soltas. Ajustar a viscosidade de maneira a garantir a tensão superficial baixa para uma completa umectação da superfície. Nunca usar tintas convencionais sobre superfícies aquecidas acima de 60°C.

Problemas nas PinturasCalcinaçãoIdentificação – envelhecimento

superficial das pinturas resultando no seu engizamento.

Origens – degradação da resina das tintas sob o efeito dos raios solares. Nas tintas brancas e pastéis, uso de pigmento (dióxido de titânio) inadequado.

Correções – Escolher tintas de formulação adequada para resistir às radiações ultravioletas e às intempéries.

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Problemas nas PinturasEflorescênciaIdentificação – Sais inorgânicos de

coloração esbranquiçada que migram do interior do substrato e pode, inclusive, romper a película de tinta.

Origens – Superfície de alvenaria contendo alto teor de umidade, sem estar suficientemente curada.

Correções – Raspar o substrato e aguardar sua cura completa. Utilizar fundo selador álcali-resistente e repintar com látex adequado. Se necessário, neutralizar previamente a superfície com solução de ácido muriático.

Problemas nas PinturasDesenvolvimento de

fungos ou algasIdentificação – formação de colônias de

fungos. Torna a película esverdeada ou rosada dependendo do tipo.

Origens – umidade elevada associada àpresença de materiais orgânicos em decomposição ou parasitas de plantas. Temperatura ambiente entre 0°C e 40°C e oxigênio favorecem o desenvolvimento de fungos.

Correções – lavar a superfície com solução de hipoclorito de sódio ou formol. Usar tintas que contenham agentes fungicidas/algicidas. Diminuir a umidade. Aplicar esquemas de pintura que tomem a superfície nivelada, livre de microcavidades e imperfeições em que os fungos ou algas possam se alojar.