114 - Meu Pet

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94 | VIVA SAÚDE WWW.REVISTAVIVASAUDE.COM.BR Meu pet | por Jéssie Panegassi FOTOS: SHUTTERSTOCK. Fisioterapia é também alternativa para pets Quando eles já estão mais velhinhos ou sofreram algum tipo de acidente, a prática pode devolver o bem-estar e prolongar a vida dos animais A quela briga com o bichano do vi- zinho, o brinquedo esquecido que fez que o cachorro caísse escada abaixo, aquela patinha quebrada que sem- pre volta a doer, o antigo amigo da famí- lia – que parece até um vovozinho – que já não consegue se sustentar por muito tempo em pé... Cães e gatos, assim como os humanos, estão sujeitos a doenças, aci- dentes e sintomas da velhice. Nesses ca- sos, a fisioterapia veterinária pode ser de grande ajuda também para os bichinhos. “Ela visa diminuir o tempo de recupe- ração e o uso de medicamentos, que so- brecarregam os rins e o fígado, em cães e gatos”, afirma Luiz Fernando, veterinário e fisioterapeuta da clínica Professor Isra- el (MG). O especialista explica que a prá- tica se divide em dois focos primários: o primeiro é a reabilitação do que fez algu- ma cirurgia ou lesou algum tendão e/ou músculo, conseguindo um maior alonga- mento e fortalecimento muscular – resul- tado que é bastante similar nos humanos – e o segundo são os exercícios controla- dos para a perda de peso e fortalecimento cardiovascular nas mascotes. As lesões de coluna também são bas- tante beneficiadas por esse tipo de abor- dagem terapêutica. “A fisioterapia pode tratar desde inflamações diretas na re-

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Fisioterapia é também alternativa para pets

Quando eles já estão mais velhinhos ou sofreram algum

tipo de acidente, a prática pode devolver o bem-estar e prolongar a vida dos animais

Aquela briga com o bichano do vi-zinho, o brinquedo esquecido que fez que o cachorro caísse escada

abaixo, aquela patinha quebrada que sem-pre volta a doer, o antigo amigo da famí-lia – que parece até um vovozinho – que já não consegue se sustentar por muito tempo em pé... Cães e gatos, assim como os humanos, estão sujeitos a doenças, aci-dentes e sintomas da velhice. Nesses ca-sos, a fi sioterapia veterinária pode ser de grande ajuda também para os bichinhos.

“Ela visa diminuir o tempo de recupe-ração e o uso de medicamentos, que so-brecarregam os rins e o fígado, em cães e gatos”, afi rma Luiz Fernando, veterinário e fi sioterapeuta da clínica Professor Isra-el (MG). O especialista explica que a prá-tica se divide em dois focos primários: o primeiro é a reabilitação do que fez algu-ma cirurgia ou lesou algum tendão e/ou músculo, conseguindo um maior alonga-mento e fortalecimento muscular – resul-tado que é bastante similar nos humanos – e o segundo são os exercícios controla-dos para a perda de peso e fortalecimento cardiovascular nas mascotes.

As lesões de coluna também são bas-tante benefi ciadas por esse tipo de abor-dagem terapêutica. “A fi sioterapia pode tratar desde infl amações diretas na re-

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Para que o animal permaneça coope-rando enquanto tratado, o dono deve acompanhar as sessões pelo menos no começo, até que ele se adapte. O ta-manho do bichinho não infl uencia nos resultados. “Essa técnica já é mundial-mente comprovada e utiliza uma força padronizada para o animal pequeno, médio e grande”, conclui Fernando.

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médio e grande”, conclui Fernando.

gião dos ossos da coluna até fortalecer a musculatura que a sustenta. Com isso se consegue, inclusive, diminuir as crises de dor ao longo de toda a vida do animal de estimação”, defende Fernando.

Como é que ela funciona?Normalmente os pacientes da fi siotera-

pia veterinária são os cães. Gatos, pelo seu tipo de comportamento, agilidade e pou-co peso, normalmente não têm problemas que necessitem desse tipo de tratamento. “Os que mais frequentam as clínicas são os cães de médio e grande porte e a partir dos 7 anos”, diz Fernando.

O médico-veterinário especializado nesse tipo de tratamento utiliza as pró-prias mãos durante as sessões. Ele faz massagens, alongamentos e algumas po-sições especiais necessárias para o trata-mento. “Também são utilizados aparelhos próprios, como a laserterapia, outros que transmitem calor, e esteira aquática. Com isso, o animal consegue usar a força para vencer a densidade da água”, explica Fer-nando. “Esse tipo de exercício também é benéfi co por diminuir a pressão e o atrito nas articulações enquanto é realizado”, esclarece Daniele Augusto, fi sioterapeuta veterinária do Pet Hotel Dog Life (SP).

Terapias com água morna exercem uma pressão no corpo que, quando movimen-tado, faz uma espécie de massagem que ativa a circulação. Contudo, não deve ser utilizada em animais com feridas abertas.

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