10 sugestões para fazer um viral (à maneira russa)

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Jayme Kopke, da Hamlet 10 SUGESTõES PARA FAZER UM VIRAL (à MANEIRA RUSSA)

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Desde que produzir vídeos baratinhos e distribuí-los online se tornou possível, “fazer um viral” é o sonho de qualquer responsável de marketing. (space) Gastar uns tostões, ser visto por milhões. Quem não gosta? O problema é que produzir o vídeo baratinho é fácil. Pô-lo online também. Conseguir que seja partilhado pelos tais milhões é que são elas. (space) Pois a Hamlet tem a receita e preparou um guia com 10 sugestões para fazer um viral. - See more at: http://hamlet.com.pt/10-sugestoes-para-fazer-um-viral-a-maneira-russa/#sthash.JwBK2Fyt.dpuf

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Jayme Kopke, da Hamlet

10 sugestões para fazer um

viral (à maneira

russa)

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Desde que produzir vídeos baratinhos e distribuí-los online se tornou possível, “fazer um viral” é o sonho de qualquer responsável de marketing.

Gastar uns tostões, ser visto por milhões. Quem não gosta?O problema é que produzir o vídeo baratinho é fácil. Pô-lo online também. Conseguir que seja partilhado pelos tais milhões é que são elas. Se ao menos existisse uma receita para fazer o viral…

Pois eu encontrei a receita, e onde menos esperava: nas páginas de um romance russo do século XIX. Muito antes, portanto, de haver vídeos, ou até de se falar em vírus.

É verdade que Tolstoi não dominava a tecnologia. Nem fazia a mais vaga ideia das 15 redes sociais mais importantes que surgiram na última semana. Mas a sua receita para fazer um viral continua tão válida nas redes sociais como era na corte vienense.

E contém mesmo 10 dicas, que assinalo no texto e comento a seguir — e que você pode aplicar, uma a uma, no seu marketing digital (e não só). Confira:

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“Bilibine gostava tanto da conversa como do trabalho, desde que ela fosse espirituosa e distinta. Quando em sociedade (1), estava sempre à espreita do momento (2) de dizer fosse o que fosse digno de ser notado e só com essa condição (3) consentia embrenhar-se numa conversa. A sua conversação era toda salpicada (4) de frases originais (5) e espirituosas (6), e de interesse geral (7). Preparava as suas frases no silêncio do gabinete (8) expressamente para que elas pudessem vir a ser espalhadas, para que as mais significativas pessoas (9) da sociedade pudessem lembrar-se delas facilmente e repeti-las de salão em salão. E, efetivamente, os ditos de espírito de Bilibine espalhavam-se nos salões de Viena, e por vezes tinham influência nos assuntos considerados sérios (10).”

Leão Tolstoi, in Guerra e Paz. 1973, Publicações Europa-América, Trad. Isabel da Nóbrega e João Gaspar Simões.

E agora a tradução para marquetês moderno:

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Não seja um

eremita.

Hoje, como no século 19, um bom viral precisa de terreno fértil. Se esconder os seus ditos numa praia deserta, ou os seus vídeos numa página online que ninguém visita, não vão infectar ninguém. A “sociedade” é feita de muitos salões: facebooks, twitters, youtubes, vimeos, a sua lista de email… Não há notícia de epidemia causada por um vírus tímido.

O momento conta, mas para o apanhar é preciso estar à espreita. Para “embrenhar-se na conversa” com total “à propos” – como diriam os russos francófonos de Tolstoi – é preciso estar de guarda a conversa inteira. Ande por ali, participe, veja do que se está a falar. Ou vai tropeçar no ponto 7.

Não sei no caso dos vírus a sério, mas quando se trata de comunicação os profissionais do contágio têm que ser mesmo profissionais. Influenciar é um trabalho a tempo inteiro, intencional e planeado.

Esteja atento.

Não ande a brincar aos

vírus.

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Seja um reincidente.

Já reparou que, no Governo Sombra, sempre que o Ricardo Araújo Pereira abre a boca o Carlos Vaz Marques desata a rir – mesmo que não haja ainda nada engraçado? Com o Bilibine devia ser a mesma coisa. Quanto o vírus cria a expectativa de que vai ser contagioso – leia engraçado, inteligente, o que for – os hospedeiros ficam logo assanhados para o espalhar pelos quatro cantos. Mas para conseguir isso foi preciso que já o tivessem sido muitas vezes – que o RAP, ou o Bilibine, tivessem salpicado muitas vezes a sua conversa de “ditos espirituosos”. Ponha o Vítor Gaspar a proferir chalaças sobre o Benfica e não é bem a mesma coisa.

Mais fácil falar do que fazer, mas há profissionais para dar uma ajuda. Para isso servem as boas agências (quer que lhe indique uma?). E o silêncio dos gabinetes.

Mais uma vez, mais fácil falar do que fazer (Vítor Gaspar, novamente, que o diga). Mas se é este o seu dom na vida (ou o de quem faz a sua comunicação), use-o à grande.

Seja original.

Faça rir.

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Apanhe uma

boleia.

Como qualquer surfista sabe, fica mais fácil quando existe uma onda. Em vez de tentar criar interesse do nada, surfe um tema que já esteja nas conversas. Por exemplo, assumindo que o objetivo deste post era partilhar a minha paixão pela literatura russa, se eu me limitasse a falar em Tolstoi não ia haver muita gente a olhar para ele. Mas como eu sei que os virais são algo que interessa a umas quantas pessoas que frequentam os mesmos salões online que eu, não falo de Guerra e Paz mas de como fazer um viral. Captei ou não o seu interesse?

Aquilo que mais gostamos de partilhar nunca parece o resultado de um esforço, mas uma inspiração espontânea e brilhante. Mas, se formos ver, é quase sempre premeditado no silêncio de um gabinete. Quando pensamos num “viral” como uma espécie de bilhete premiado – a internet que de repente faz explodir, surpreendente e gratuitamente, a visibilidade da nossa mensagem – estamos a esquecer essa componente de planeamento, treino, investimento de tempo e trabalho.

Transpire.

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Vá reclamar

o seu prémio.

Influenciar é um poder e tanto, por isso o estatuto de celebridade é tão procurado. Seja mundial, nacional, local ou de nicho (“o maior especialista do mundo em comandos electrónicos de garagem”), uma celebridade tem uma aura que vai além do seu domínio estrito. Por isso jogadores de futebol facilmente são vozes na política, cantores opinam sobre a felicidade, até especialistas em comandos eletrónicos acabam ganhando comando sobre coisas mais importantes.

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Bilibine sabia quem eram as “pessoas significativas” – capazes de contagiar mais rapidamente o ambiente em volta. E você, conhece os seus? Líderes de opinião, grupos ou fóruns com interesse muito afim com a sua mensagem — mas capazes de a pôr a circular noutras esferas — é lá que o seu vírus tem que ser injetado.

Procure os seus

hubs.9

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O Autor Jayme Kopke é um redator e diretor criativo com um longo percurso tanto na publicidade como no marketing direto e relacional. Atualmente está à frente da Hamlet, uma agência de comunicação de marketing com foco na comunicação business-to-business, que tem trabalhado para clientes como a Novabase, a ANA Aeroportos de Portugal, a EDP, a CA Seguros, a CP Carga, a Otlis, a APAN, a APEMETA e outros.

A Hamlet ajuda grandes e pequenas empresas a melhorarem dramaticamente os resultados do seu marketing através de ferramentas e ideias de comunicação simples mas que funcionam.

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