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^'iiSSiâríSMBíls

Elegância—Que tal acha a nossa festa, Doutor ?

Elle—Com poças cartolas, minha Senhora. MJ^ste.

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ARARA

ARARA Num. 45

SABBADO 16 DE DEZEMBRO DE 1905

EXPEDIENTE PUBLIGA-SE NOS SABBADOS

A SSIGNATÜRAS: Capital, anno, 10$000 Interior, 15$ÜOO

NUMERO AVULSO, 2ÜO REIS. - NUMERO ATRASADO, 500 REIS

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>♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦

O caso do Pauther continua a ser objecto de todas as con- versações da semana.

Commenta-se, calmamente, a brutalidadedos officiaes alie- mães e todos esperam que a nossa diplomacia liquide a questão duma maneira honrosa para os dois paizes.

E o que nos admira neste facto, não é somente o atten- tado em si; é a extraordinária calma com que o nosso povo se tem conduzido nesta emergência. O calor tropical que tudo exagera e dilata, que tão facilmente nos faz vêr num argueiro um cavalleiro, não conseguiu desta vez desviar-nos da attitude nobre e digna, que assumimos desde o primeiro dia.

E' o critério superior, a provada competência do sr. de Rio Branco que nos incutiu a precisa confiança, para encararmos com sangue frio a situação, dizem uns.

E' porque o povo reconhece na douta e gloriosa pátria de Topsieus o sentimento da justiça, explicam outros.

E tanto uns como outros não nos parece que acertem. A nosso vêr, a verdadeira explicação do caso está em que o povo tem hoje uma comprehensão mais nitida e mais segura dos seus direitos, reconhecendo nelles uma força superior que tudo vence. O nosso enthusiasmo de latinos, mais bem orientado e dirigido, evoluiu deixando a fanfarronada espectaculosa e inútil para se revestir duma sobriedade mais elevada e consciente.

Passamos o periodo critico da rhetorica inflammada, que nos estonteia e desorienta; entramos na phase da reflexão ama- durecida, que nos fortalece a conciencia e nos dá a noção exa- cta da realidade.

Ainda surgem aqui e alli umas vozes dissonantes, ten- tando perturbar o socego, alterar a serenidade, que até agora temos conservado. Mas não encontram eco, não conseguem fazer vibrar a alma nacional. Podem ser sinceros, exprimir um modo especial de vêr as coisas; não representam, porém, uma corrente de opinião.

Isolados estão, pois, esses que procuram desviar-nos para as explosões contraproducentes da patriotice, paixão mui diver- sa do sentimento do patriotismo.

FERNANDO PRESTES

Os campos de Itapetininga viram-no crescer e brincar. Era con-

tacto com a Natureza, a boa màe como a chamam os poetas realistas,

o sr. Fernando Prestes robusteceu-se; o a fama do seu pulso forte

espalhou-se pelas circumvisinhanças da sua terra natal, irradiando

d'ahi até S. Paulo.

Por isso, quando Gumersindo, ameaçando céos e terra, tentou

invadir o Estado de S. Paulo, o sr. Fernando Prestes foi o escolhido

para commando de Itapetininga, transformada em praça de guerra.

Mais tarde, foi eleito presidente do Estado; e para esta eleição

muito concurreu o sr. Peixoto Gomide que, consultado a respeito, não

hesitou em declaral-o a nossa melhor mão de rédea. E, realmente,

durante os quatro annos do seu governo, o sr. Fernando Prestes mos-

trou superiores qualidades de administrador, resistindo ás suggestões

da Comuiissão Central.

E' partidário do duollo; e ainda nào ha muito tenipo que se

oftereceu para substituir um sacerdote catholico numa pendência de

honra. Roger de Beauvoir censurou o procedimento do sr. Fernan-

do Prestes como contrario ao código do duello; e o sr. Paulo Egy-

dio, sabedor do caso, exclamou entre irado o timorato : este Prestes

tem a mania de comprar brigas.

Mas o sr Fernando Prestes, fazendo ouvidos de mercador, não

se importou com as censuras.

E assim é que agora inflammado de justa indignação, esteve

vai não vai para desafiar o navio Panther. Desistiu do propósito,

por não saber nadar.

Falla-se, por ahi, na sua eleição para suceessor do sr. Tibiriçá.

Para não desgostarmos este cavalheiro nem anteciparmos o juizo da

Historia, não diremos que elle faça melhor governo; de melhor gente,

porém, ha de elle saber-se rodear. E já não é pouco.

♦♦♦♦♦♦♦♦»»♦♦♦»»»♦♦♦»»♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦»♦♦»♦♦»» Consta que a Academia de Lettras receberá em seu seio o

illustre sr. Mario de Alencar, e que o primeiro discurso d'esse joven

será um protesto contra o governo que, depois de collocar a estatua

de seu pae n'uma praça, & mudou, sem lhe ter primeiramente man-

dado engraxar as botas.

♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ A garden party infantil foi descripta por todos os jornaes

com as tintas mais vivas da imaginação. Mas quem ganhou o record da vibração estylistica foi o Correio Paulistano que, depois de entoar louvores a Deus, nas alturas, e aos srs. Jorge Tibiriçá e Cardoso de Almeida cá na terra, exclamou, enternecido de espanto :

«Excelsior! Excelsior!» E, accrescenta, immediatamente: «Que a população de S. Paulo ainda tem aos ouvidos os bel-

lo» cânticos da creançada, repetindo os versos de Júlio Prestes:

«Seremos nós no futuro Quem, de victoria em victoria, Escalaremos o muro Do livro grande da fnstoria!*

Ficamos também a exclamar, durante nina hora: Excelsior! Excelsior! Sabem porquê ? Porque temos a certeza de que a creançada não escalará o

muro do livro grande da historia, a menos que elle não seja cons- truído de pães de lot!

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ARARA

Na corda Os jornaes deram conta do caso interessante d'iim homem que,

alta hora da noite, foi encontrado nú, em pelo, vagando pela rua das

Palmeiras. Conducido á policia depois de ter envergado o competen-

te capote do guardacivico que o prendeu, o nootambulo declarou que

fôia tomar banho, adormecera depois e alguém, aproveitando-se do

seu somno, roubara-lhe as vestes.

E os diários, a este propósito, bordaram umas tantas variações

lamurientas, queixando-se amargamente da gatunice que por ahi anda

desenfreada e atrevida. Não houve quem não lastimasse o pobre dia-

bo ; e dicem até que a Commissão Central, condoída da sorte do mí-

sero lhe enviara alguns ternos de roupa velha mas ainda em muito

bom uso.

Ora, tamanho azar pareceu-nos demasiado. Fizemos por conta

própria o inquérito e averiguamos que não foi positivamente quando

dormia que furtaram ao homem as roupas que vestia. Estava até

muito bem acordado quando tal desastre lhe aconteceu. Elle corta-

javsi uma dama, ligada pelo conjugo bobis aos destinos de um outro,

e que lhe dera volta ao miolo. Persegui-a com as declarações in-

tempestivas do seu amor ; a bella dama resistiu e o d. Juan não de-

sanimou. Então, aquella resolveu-se a contar tudo ao marido ; d'ahi

uma cilada em que o namorado teve de sahir para a rua nos trajes

primitivos de Adão.

E os infelizes gatunos que durmam com um barulho destes!

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦

Caça e pesca O gordo Ephraim, sábio judeu, cuja argúcia ora me

deslumbra, ora me desespera tem, sobre a concepção dj mun- do, as mais estranhas, contradictorias theorías.

Ephraim, o gordo, é negociante de trastes velhos e to- dos os dias, firme no seu armazém, passeando do fundo para a porta e da porta para o fundo, absorve-se em cogitações so- bre as causas primarias e acaba por negar a existência de Deus—isto, se durante as doze horas de plantão não conseguiu vender uma cadeira austríaca ou um retrato a óleo do rei Vic- tor Manuel.

Mas Ephraim muda de repente de opinião e acredita na existência de um Deus se o dia lhe corre fecundo de in- teresses, se os alcaides têm saida. Então a sua face corada, o seu olho penetrante, toda a sua alongada figura brilha de clara satisfacção e a sua voz desafia-me, se acontece o eu pas- sar junto ao armazém, para uma discusãosinha religiosa.

Ora, hontem, sob o calor inclemente do dia, calor que convidava para as molles preguiças, o Ephrain tinha vendido doze cadeiras de balanço e três ventiladores electricos.

Estava radiante e a sua face nedia parecia destilar por entre camarinhas de suor, a felicidade um mundo.

Vendo-me passar, Emphraim sauda-me, grita-me: "Um momento, amigo, quero falar-lhe do milagre. E com um jor- nal de Ribeirão Preto nas mãos, aponta-me uma correspondên- cia de Batataes onde, num estylo subtil e sagaz, um missivis- ta conta a sua visita ao logar denominado Capão e de como lá encontrou entre três quadros, na casa de uma tal Paula, beata rígida, a effigie da Senhora das Dores suando por todos os poros... do papel e deslumbrando a massa enorme da christandade.

Leio a correspondência de fio a pavio e demoro-me a re- ler dois períodos em que o epístolographo se queixa de que o não deixaram tocar na effície santíssima, pois Paula, a dona do nicho, mal descobria as intenções dos analyticos, erguia a voz auctoritaria e ferina, gritava : "Aquelles que já viram dêm logar aos que querem ver !„

—Mas, Ephraim amigo, bondoso homem, o que con- clue você disto ? disse eu, entregando-lhe o jornal.

O gordo judeo enxugou pela vigésima vez a larga fronte resplandecente e respondeu-me :

—Tudo pôde ser, meu caro, tudo pôde ser. Precisamos par-

tir deste principio: se o crente admitte um deus todo poderoso, tem necessariamente de admittir o sobrenatural. (Pausa.) Já você reparou no calor que tem feito nos últimos dias, ao ponto de morrerem de insolação centenas de pessoas. Não é um facto ex- cepcional ? Ora, hoje, lendo o jornal de Ribeirão Preto tive logo a crença de que a Senhora das Dores era um augurio misericor- dioso : suando por todos os poros, ella vinha annunciar á christandade peccadora a influencia de um calor terribilissimo, ponde baques nas fontes aos espíritos mais serenos e levando-os ás mais disparatadas violências, senão ao crime.

Ri-me. Rindo-me, vinha-me á lembrança a argumentação de Ephraim, tantissimas vezes repetida, para negar a existência de Deus.

Elle cavou uma ruga profunda no seu longo, aquilino na- riz, e disse -me :

—Olhe o caso do Panther, o caso da marinhagem da Bahia, os casos de São Manuel do Paraizo. Que julga você que seja essa enfiada de desgraças hediondas ? Nada mais, nada menos que a influencia da hora, da temperatura se- negalesca. O sol á solta é peor que uma vibora ultrajada. Já Shakespeare punha na bocca de Hamlet um certo ridículo sob a invocada pureza do astro-rei, accrescentando que o olhar deste, incindindo sobre um cadáver, produziria, inevitavelmente, um alluvião de miasmas.

A vida é um encadeado de coisas subtis e mysteriosas. Emquanto ha sangue na guelra ha o atheismo por chie. Quan- do, porém, os nervos cançam e o equilíbrio do cérebro é um facto incontestável, o objectívo de cada ser busca naturalmen- te a solução do que seja a vida do além, com todo o seu cortejo de mysteríos... (Pausa).

Rio-me de Ephraim, vou para elle quasi de bengala erguida, indignado com tanta hypocresia. E digo-lhe tezo:

— Mas oceasiões tem havido em que você me disse o contrario: lembra-me muitíssimo bem que de uma das vezes em que eu dizia mal do mundo e de quem o fez, torturado por contrariedades leoninas, você bateu palmas ás minhas idéas, chamou-me, com olhos luzentes — diabinho turuna.

Ao que Ephraim, de prompto e com uma grande, ir- ritante calma, me objectou:

— Nessas oceasiões a face da vida era para mim mais negra que a peste. A caixa da armazém não tinha recebido dez tostões em nickel. Hoje, é differente. E' preciso acredi- tar na generosidade dos céus, porque já hoje vendi doze ca- deiras de balanço e três ventiladores á pessoas que, acima de qualquer pensamento philosophico, põem, as commodidades, os regalos desta vida....

PASCHOAL.

♦♦»♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦-♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

Um jornal da tarde diz que os gafanhotos chegaram a Bariry e que estão estragando a pequena lavoura. No mesmo numero, ainda esse collega dá a noticia de que a Câmara de Bariry pediu ao governo augmento do destacamento policial.

Ora, até agora estava Bariry no goso da mais impertur- bável felicidade, graças ao carinhoso zelo e paternaes cuidados do seu directorio político. Para que augmentar o destacamen- to ? Que terá acontecido no pacato município, para que os seus edis peçam reforço de tropa ?

Dirigimo-nos a um conhecido e bravo coronel, pedindo-lhe explicações do caso.

E o garboso quão mellifluo militar, escusando-se de não nos responder, promptamente, pois não estava fardado, disse- nos que voltássemos mais tarde.

Com effeito, quando tornamos a fallar com o destemido miliciano, elle em pé, fardado de grande gala e com a mão esquerda elegantemente descançada nos copos reluzentes da sua espada de combate, deixou cahir dos lábios estas palavras:

—São os gafanhotos, meu caro senhor; são esses noci- vos pachidermes a que alguns botânicos chamam cryptomerias japonicas, que assustaram os habitantes de Bariry. A' seme- lhança da Republica Argentina, os de Bariry pedem tropa para a caçada aos gafanhotos. E, pôde dizer no seu jornal, se não houver policia que chegue, o meu batalhão, assim que vierem do Rio os uniformes, marchará para onde o chama o seu de- ver. Os gafanhotos, eis o inimigo, concluiu s. s. despedindo- nos com um gesto marcial.

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Na fazenda da Ressaca Revista da Semana

Enlendo-me melhor com estes do que com os de dois pés!

Sem desconto

0 banquete Glicerio ü crime de S. Manuel do Paraizo

Água de menos

Água de mais

Quem disse que eu não gostava de Papai Grande e do Tibiriçá J O assassino Damião Marciano, (copia duma photographia)

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ARARA

?oliticando •••

Não deixou de impressionar um pouco as nossas rodas politicas a nomeação do sr. Gustavo de Godoy para secretario dointerior. Nomeação que ainda não foi feita, é verdade; mas é como se o tivesse sido, porque o sr. Tibiriçá já mandou publi- car o consta nos jornaes officiosos.

Muitos que andavam á espera de ser contemplados no desdobramento ficaram desapontados, e alguns mesmo não pro- curam occultar a decepção soffrida. A que princípios obede- ceu o sr. Tibiriçá para a escolha do sr. Gustavo de Godoy? Que motivos imperiosos determinaram essa resolução ? E' o que nem o próprio sr. Cardoso de Almeida, que tem de disistir da pasta, sabe explicar segundo declarou ao nosso repórter.

O futuro secretario do interior como político occupou e ainda occupa uma cadeira no Senado estadoal, onde se tem distinguido pelo silencio guardado acerca de todas as questões debatidas, naquella illustre assembléa de velhos servidores da pátria. E talvez seja por isso mesmo que o sr. Tibiriçá se lem- brou de o chamar para o seu governo: á espafalhatosa admi- nistração do sr. Cardozo de Almeida quer oppôr a administra- ção do sr. Gustavo de Godoy.

Quem não se importa com estas coisas é o general Gli- cerio. Ainda agora no Rio, num banquete político, elle fallou pelas estopinhas e penitenciou-se das reviravoltas que andou dando. Mas, fino e astuto como sempre, não se deu por acha- do. E' verdade que tanto os amigos do sr. Bernardino de Cam- pos, como os do sr. Rodrigues Alves se queixam amargamente delle. O próprio sr. Tibiriçá não lhe mostra boa cara, attribuin- do-lhe a bonita figura que os governistas de S. Paulo tem fei- to nesta luta de candidaturas. O general Glicerio, porém, sal- vou-se e a todos no brinde do banquete. Quando elle com os olhos razos de lagrimas, levantando-se perguntou ao aud torio: "Quem disse que eu não gosto do Papai Grande e do Tibiri- çá", todos os assistentes se commoveram.

E o sr. Ruy Barbosa meneou gravemente a cabeça em si- gnal de protesto, não fallando porque uma espinhosa regra de collocação de pronomes, que lhe mandara da Bahia o gramma- ticographo Carneiro, lhe estava attravessada na garganta. ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»»»»»»»»»»»»»+

• Depois de algumas horas de estudo neste meio, a gen- te fica na duvida se é aqui ou se é lá fora, que estão os ver- dadeiros doidos.

Aqui ha de tudo que ahi existe, com a differença de se passarem as cousas de modo muito mais simples, sem as com- plicações das sociedades modernas.

Ha imperadores, bispos, papas, cardeaes, estadistas, ho- mens de lettras, políticos, militares, guardas nacionaes e até Deuses immortaes I

Os imperadores erigem o seu império e ao mesmo tem- po fazem a sua cama e arramjam o quarto.

Os papas e os bispos pastoréam os seus rebanhos e ao mesmo tempo cultivam a horta e plantam cebolas e alhos

Os políticos e homens de lettras, fazem discursos, mas fazem também outras cousas úteis e necessárias.

E assim por deante. Elles são tudo aquillo que querem ser sem a menor dif-

ficuldade, porque têm em si todas as pessoas e cousas exigi- das para sua representação social.

No cérebro está o seu mundo. Na cabeça de um doido, chapeusizo de coco, transfor-

ma-se, por effeito mágico, em luzida cartola capaz de fazer inveja ao próprio secretario da justiça, que tém para seu uso o que ha de mais fino no gênero.

Os doidos têm o poder das transformações; um paletot de algodaosinho, é transformado em bem talhada sobrecasa- ca, como transformam um banco de madeira em uma estrada de ferro de bitola larga, vencendo 100 kilometros por hora.

E tudo isto fazem com a maior naturalidade, sem ODDO- sição de ninguém...

Mas esta já vae longa e muito vos tenho ainda a contar das minhas observações neste novo mundo, em que a sorte em boa ou má hora me atirou.

Até, pois, á proximase mana. Abraça-vos affectuosamente

O sempre amigo,

15-12-05. U™0-

Cartas de Juquery Meu caro B. Em minha ultima palestra chronica, ou o que melhor no-

me tenha, publicada na secção de vosso jornal sob o titulo — "Direito... para rir", tive eu a infeliz idéa de associar á crise da lavoura, os fartos e sedosos bigodes do dr. Tibiriçá Piratininga, sublime e divino presidente deste Estado.

Acreditei que não haveria nisso algum mal, porque já tinha ouvido criticar-se impunemente altos representantes dos poderes públicos da Egrégia Commissão Central.

Mas, enganei-me redondamente. Sob qualquer pretexto, que ainda ignoro, porque não me

foi dada nota de culpa, vi-me inesperadamente agarrado por dous secretas, conduzido em carro fechado á estação da Luz e d'ahi para esta casa de doidos, onde graças á corrupção de um vigilante vos transmito estas linhas.

Diante da. inqualificável violência contra a minha tão que- rida liberdade, foi o meu primeiro movimento incumbir um es- pecialista em habeas-corpus de requerer a minha soltura, re- correndo para isso por vosso Intermédio ao poder judiciário ou então, como bom guarda nacional, requisitei do coronel Pieda- de a necessária força para bombardear o palácio do governo, caso as autoridades estaduaes presistissem em manter a minha illegal prisão.

Entretanto, depois de alguns minutos de convivência com os meus divertidos companheiros de infortúnio, resolvi cousa inteiramente diversa, isto e, resolvi ficar, tal qual como D. Pedro I, diante das acclamações de seu povo.

E... fiquei. Ah ! meu caro B... que esplendido campo de observa-

ções aqui se encontra, com casa, cama, meza, roupa lavada e engomada!...

Nem podeis imaginar 1

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»»^

UNI POETA

Meu caro Barjona, Quando Aristêo Seixas mandou ao teu jornal o seu li-

vro de versos—Noites de Luar—promem dizer algo sobre elle e, o que é mais, disse ao próprio poeta que algo diria sobre o mérito da sua obra.

Ora agora, amigo, vou, sinceramente, dizerte o que penso de accordo com o meu temperamento, rebelde a tudo que é pos- tiço, um pouco mais rebelde do que o de Mailet, que acceitou, co- mo um gênio e não como uma risonha promessa, o academico'que Coelho Netto em breve receberá na Academia, só porque esse próximo immortal traduziu para a "Semana„ do defunto Va- lentim, um soneto de Lisle e, por esse tempo, contava quinze risonhas primaveras.

O poeta que surge agora, amigo, tem mais valor do que esse próximo acadêmico, porque nos atirou com o seu li- vro sem o proteccionismo de um meio, que faz e desfaz a seu falante reputações e a fascinação de um nome outr'ora glorioso em litteratura. Assim sendo, é justo que se perdoe a este novo certos defeitos de approximação de idéas com poetas consagrados, e que nos repercuta, de quando em vez, uma phrase já lida algures, uma idéa bebida em fonte já conhecida.

Como promessa, o seu livro tem valor; e, no dia em que Aristêo Seixas, fôr mais pessoal, tiver uma maneira de sentir toda sua, nesse dia, pódem-lhe ser abertas de par em par as portas da Academia, porque lá dentro, temos agora muitos de menos valor e que para ella entraram, porque lhes nao faltou o que perdeu o Raposão—a audácia de affirmar.

Abraça-te o Teu ex-corde

M. A.

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦*♦♦♦** Agora, que as conferências literárias se enraizaram de vez nos

nossos costumes, cremos que o sr. Cardoso de Almeida, não deverá furtar-se a inscrever em uma d'ellas, para nos dar a psychologia da cartola, desde os tempos prehistoricos até os nossos dias.

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ARARA

UMA 1DE1A

O sr. do Rio Branco, por que motivo não chama o sr. Barbos»

Lima para liquidar a questão Panther f

O illustre diputado, com aquella mansnetude que todos lhe co-

nhecem, iria ter com o kaiser, levar-lhe-ia a photographia do navio

de .S M., e, de Smith "Wesson na mão, repetiria a phrase:

— Ou engole ou morre !

E talvez o kaiser engulise com o retrato, a affronta que nos

fez.

Para alguma coisa serve a gente ser fera !

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

ASTERISCOS

E' provável que á saida deste numero do Arara já esteja re- solvida a questão do Panther. Mas, resolvida ou não, sempre ó tempo de fazer-se algumas considerações sobre o caso.

Ha muito que a imprevidencia dos nossos governos dava mo- tivo para que qualquer das grandes potências commettesse um acto desasisado como o do Panther.

Os nossos grandes rios e as nossas costas têm sido visitados e revistados por uma dezena de navios de guerra, americanos e euro- peus, e os jacobinos, quo tanto zelam pela integridade e grandeza deste paiz, mal rosnaram contra essa pratica umas declamações pla- tônicas. Assim, o Amazonas foi todo estudado por um cruzador ame- ricano; assim, as costas do Brasil foram examinadas por um buquê argentino, que, ainda mal conhecedor das nossas águas, chegou a en- calhar numas pedras de Santa Catharina. E, emquanto isso suoce- dia, os ministros do exterior do Brasil davam banquetes em Petropo- lis aos representantes das outras nações, cuidavam de estreitar as relações da Republica leiga com a Santa Sé, arranjavam cardeaes brasileiros para offusoar os argentinos e para aggravar mais os or- çamentos do paiz, com despezas inúteis e que só pela verba clandes- tina podem ser feitas. Era o rogabofe, era a troça.

E ainda mais: o sr. barão de Rio Branco, com a sua política de grandezas, arranjava-nos uma embaixada em Washington, para mostrar que o Brasil é o paiz mais importante do sul da America, ao menos pela estensão do seu território, aos olhos do governo do Uncle Sam.

Tudo isto ia bem, até o dia em que a embriaguez d'uns ma- rinheiros e ofticiaes do navio allemão deu para prender um indiví- duo em território brasileiro. Mas, nessa eccasião, não se sabe bem porque, houve quem gritasse contra o procedimento da marinhagem do kaiser, o qual, pelo que corre, não é uma occorreneia virgem. Gritou alguém e depois a grita augumenton e de tal forma, que o sr. de Rio Branco já se mostra magoado com toda essa barulheira in- fernal, que só pôde demostrar que perdemos a nossa calma..,

Ora, para mim, que faço tanto caso que o paiz seja latino ou saxão, que tanto me incommodo que seja administrado pelo sr. Ro- drigues Alves ou que fique sob a tutella do kaiser ou de qualquer Roo- sevelt, o incidente do Panther não causa a menor affronta nem vem alterar o somno. Mas, desde que o resto do paiz, todo imbuido do sentimento pequenino da pátria, se revolta contra o caso do Pan- ther, será de bom aviso que o sr. de Rio Branco, com a sabedoria que jú o fez careca e obeso, cuide de demostrar immediatamente o va- lor da sua diplomacia e obrigue o governo do sr. de Biilow, a dar ao pavilhão brasileiro as satisfações que lhe possam ser exigidas.

E, depois, o governo que não fique na iuactividade; que vá adeanto, pondo sempre era relevo a pujança iutellectual dos seus au- xiliares, fazendo ao mesmo tempo exhibições navaes e a conquista definitiva de um logar no seio das nações que têm força e se dão ao respeito.

A Venezuela, ha pouco, mostrou que não temia a interven- ção do yankee na sua política e, apesar das ameaças, fez com que a França se curvasse deante das imposições do governo do general Cas tro, que não passa, na opinião das nossas celebridades de encommen- da, de um simples caudilho arrojado...

O Brasil, que faça o mesmo, mas que também procure refor- çar a sua marinha, que fortifique as suas costas e mande, em vez de as obrigar a comprar fardas desnecessárias, que as creanças apren- dam a dar tiros, afim de saberem matar gente quando ellas forem grandes.

Depois, com o sentimento patriótico que quasi todo o mundo tem, o Brasil poderá arrotar grandezas e fazer bonito...

BALZAC.

FOLHETIM DO «ARARA

O Coronel Arara (Romanee de costumes)

POR

Primo da Ribeira & Comp

CAPITULO I

(Continuação)

Nada lhe faltaria : — talento, saber, dinheiro — Que prazer, que goso supremo, esse de um pae poder, de longe, do recanto da sua velhice opulenta, acompanhar a trajectoria luminosa do her- deiro único, do filho querido, orgulho da família, gloria da Pátria, assombro do Universo.

E' preciso demover a Benivinda. EUa me acompanhará. De resto, orgulhosa como é, não ha de querer que eu continue por aqui valendo só pelo dinheiro, desprestigiado na política, veucido na assembléa provincial, debicado por todos. Pois se até o Jornal do Commercio já publicou varias inofinas contra mim. Patifes! Cana- lhas !

E não se continha : abria a carteira e relia, num pedacinho do Jornal, que guardava com enraivecido cuidado, as pesadas pala- vras que, contra o chefe político conservador de Araruama, despeja- ra qualquer malcreado, ura protegido ingiato, um devedor talvez ! Mas, o que mais lhe doia, o que mais lhe cruciava o coração era a assignatura da iminundicie: — Coionel Arara. Ah! A assignatura era o que mais o apoquentava, o que mais o torturava.

— Coronel Arara Eu coronel Arara, eu, coronel Arara! Que grande atrevido.' Arara serã o pae, seu bandido ! Arara será a mãe, grande sabugo.

E dobrava a tirinha, guardando-a novamente. E a resolução de mudança firmava-se, ganhava robustez. Era

preciso partir, era indispensável deixar a extreraecida Araruama. Ago- ra, depois daquella mofina atormentadora, o coronel já sentia náuseas pela sua villinha natal. Elb percebera ligações occultas entre arara e Araruama. Como se coronel arara quizesse significar—coronel, filho de Araruama, nascido era... Já não lhe queria repetir o norae... Que massada!

E' de mais. Mudo-me, e mudo-me quanto antes. Dentro de poucos raezes hei de estar em longes terras, onde nem oiça este no- me de Araruama, que tanto me faz soffrer. E, se a Bemvinda não quizer ir, vou eu. Levo os escravos, os aniraaes, os carros, o necessá- rio para a nova lucta, e uma das raucainas para o arranjo da casa. A Francisca, que já ó de meia idade não desperta ciúmes, nem coin- mentarios, e, afinal, é a melhor dellas. Em Araruama é que não fico, nem que me rachem.

Nesta suceessão de idéas estava o ciaram a visita do dr. Soares de Souza.

— Pois que entre, e que entre já. nha para a sala de jantar. São 4 horas, que melhore a mesa, e tu serve dos melhores vinhos e licores.

— Caro coronel, como vae o bom amigo ? — Oh ! meu caro dr., como folgo em vel-o por esta sua casa.

Jante coiumigo, tenho excellente vinho para lhe dar. Demais, con- versaremos sobre tantas coisas... tantas!... Emquanto me barbeio, o dr. toma um cálice de madeira e folheia estas illustrações que che- garam hontem.

O dr. Soares de Souza já então vulto proeminente, na política fluminense, começava a subir, como águia que era, ás alturas mais elevadas da política nacional.

Homem rico, talentoso e cheio de bondade, elle procurava e cultivava as relações de amizade com o coronel Oliveira, não por in- teresse ou por qualquer outro sentimento semelhante. Procurava-o porque lhe tinha viva sympathia, porque lhe admirava as qualidades de homem pratico, de lavrador, os sentimentos nobres, a altivez de caracter e a bondade de coração, coração sempre aberto ao bem, in- capaz de guardar ódios ou premeditar vinganças.

— Homem bora, este coronel. Pena é que seja tão arara em política, que tenha esta mania de ser deputado. Mania que lhe cus- ta tanto dinheiro e que lhe vale mil e ura dissabores.

(Continua).

coronel, quando lhe anuun-

Oh ! João O dr. que ve- EUe jantará. A Francisca

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Político. de pulso

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Hiierem que eu seja novamente o presidente do Estado..

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