Sumário · 2019-09-05 · Sumário 1. Morfofisiologia veterinária.....19 1. Anatomia.....19
1-SUMÁRIO...1 1-sumÁrio 1.sumÁrio..... 1 2.apresentaÇÃo..... 6 3. identificaÇÃo do...
Transcript of 1-SUMÁRIO...1 1-sumÁrio 1.sumÁrio..... 1 2.apresentaÇÃo..... 6 3. identificaÇÃo do...
1
1- SUMÁRIO
1.SUMÁRIO........................................................................................................... 1
2.APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 6
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.................................................... 8
3.1 Escola …..................................................................................................... 8
3.2 Endereço .................................................................................................... 8
3.3 Município .................................................................................................... 8
3.4 Dependência Administrativa ….................................................................. 8
3.5 NRE …....................................................................................................... 8
3.6 Entidade Mantenedora .............................................................................. 8
3.7 Ato de Criação e Autorização …................................................................ 8
3.8 Ato de Reconhecimento …......................................................................... 8
3.9 Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar........................... 8
3.10 Distância da Instituição Escolar até o NRE.............................................. 9
3.11 Localização .............................................................................................. 9
3.12 Site …....................................................................................................... 9
3.13 E-mail …................................................................................................... 9
4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO …............... 9
5. MARCO SITUACIONAL …................................................................................ 10
5.1 Organização da entidade escolar ….......................................................... 10
5.1.1 Modalidade de Ensino ….................................................................. 10
5.1.2 Números …....................................................................................... 10
5.1.3 Turno de funcionamento ….............................................................. 10
5.1.4 Ambientes pedagógicos …............................................................... 10
5.2 Histórico da Realidade ….......................................................................... 10
5.3 Dados Históricos da Instituição …............................................................. 12
5.4 Caracterização da Comunidade Escolar …............................................... 13
5.5 Porte do Colégio ….................................................................................... 13
2
5.6 Regime Escolar …..................................................................................... 14
5.7 Classificação ….......................................................................................... 14
5.8 Promoção …............................................................................................... 15
5.9 Regime de Progressão Parcial ….............................................................. 16
5.10 Quantidade de Profissionais em Cada Setor …....................................... 16
5.11 Formação dos Profissionais em Educação ….......................................... 16
5.12 Problemas Existentes no Colégio …........................................................ 17
5.12.1 Índice de Aproveitamento Escolar ….............................................. 20
5.12.2 Contradição e Conflitos Presentes na Prática Docente …............. 22
5.12.3 Formação Inicial e Continuada …................................................... 22
5.12.4 Organização do Tempo e do Espaço …......................................... 24
5.12.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos …........................................ 25
5.12.6 Relações Humanas de Trabalho no Colégio ….............................. 26
5.12.7 Organização da Hora-Atividade ….................................................. 27
5.12.8 Inclusão …....................................................................................... 27
5.13 Gestão Democrática …............................................................................ 28
5.13.1 Conselho de Classe …................................................................... 28
5.13.2 Conselho Escolar …....................................................................... 28
5.13.3 Grêmio Estudantil …....................................................................... 29
5.13.4 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (AMPF) …................ 29
5.13.5 Participação dos Pais …................................................................. 29
5.13.6 Critérios de Organização e Distribuição de Turmas …................... 30
5.14 Desafios Educacionais Contemporâneos …............................................ 30
5.15 Diversidade ….......................................................................................... 30
6. MARCO CONCEITUAL …........................................................................... 31
6.1 Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio ….......... 31
6.1.1 Filosofia do Colégio …...................................................................... 32
6.1.2 Concepção Educacional …............................................................... 33
6.1.3 Princípios Norteadores da Educação …........................................... 33
3
6.1.4 Objetivos da Escola …...................................................................... 34
6.1.5 Fins Educativos …............................................................................ 34
6.1.6 Concepções Norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional …................................................................................
35
6.1.7 Diretrizes Curriculares que Norteiam a Ação do Colégio …............. 37
6.1.8 Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente …............... 38
6.1.9 Concepções das Capacitações Continuadas ….............................. 38
6.1.10 Concepção de Homem, Sociedade, Cultura, Mundo, Educação, Escola, Conhecimento, Tecnologia, Ensino-aprendizagem, Cidadania e Cidadão …................................................................................................. 39
6.1.11 Concepção e Princípios da Gestão Democrática …....................... 44
6.1.12 Administração Colegiada …............................................................ 45
6.1.13 Concepção de Formação Continuada …........................................ 46
6.1.14 Concepção da Hora-Atividade ….................................................... 47
6.1.15 Concepção de Plano de Trabalho Docente …............................... 47
6.1.16 Concepção da Reunião Pedagógica ….......................................... 47
6.1.17 Concepção de Conselho de Classe …........................................... 48
6.2 Concepção do Tempo Escolar …............................................................... 49
6.3 Organização Curricular …........................................................................... 49
6.4 Matriz Curricular …..................................................................................... 51
6.5 Resolução CP N° 1 de 17/06/2004 …......................................................... 54
6.6 Lei 13.381/2001 …...................................................................................... 57
6.7 Lei 11.788/2008 …...................................................................................... 58
6.8 Ensino de Filosofia e Sociologia …............................................................. 66
6.9 Concepção de Currículo …......................................................................... 66
6.9.1 Relação entre Conteúdo, Método, Contexto Sociocultural e Fins da Educação …............................................................................................... 67
6.9.2 Relações entre as Concepções de Homem, Sociedade, Mundo, Educação, Aprendizagem e a Finalidade dos Conteúdos …..................... 68
6.9.3 Relação Professor-Aluno ….............................................................. 71
6.9.4 Desenvolvimento de uma Prática Pedagógica que Articule Conteúdos e a Dinâmica de um Processo Educativo que Empregue os Recursos Didáticos-Pedagógicos Facilitadores da Aprendizagem …....... 72
4
6.9.5 Interdisciplinaridade e Contextualização …...................................... 73
6.9.6 Concepção de Avaliação ….............................................................. 73
6.9.7 Indicadores da Aprendizagem …..................................................... 75
6.9.8 Critérios de Promoção ….................................................................. 76
6.9.9 Periodicidade de Registro da Avaliação …....................................... 77
6.9.10 Resultado da Avaliação ….............................................................. 77
6.10 Planos de Avaliação …............................................................................. 78
6.10.1 Adaptação Curricular ….................................................................. 78
6.10.2 Dependência …............................................................................... 78
6.10.3 Progressão Parcial …..................................................................... 78
6.10.4 Recuperação …............................................................................... 79
6.10.5 Classificação …............................................................................... 79
6.10.6 Reclassificação …........................................................................... 80
6.10.7 Procedimento de Informação aos Pais …....................................... 81
7. MARCO OPERACIONAL …........................................................................ 82
7.1 Plano de Ação 2010 …............................................................................... 82
7.1.1 Objetivos …....................................................................................... 84
7.1.2 Facilitadores da Aprendizagem ….................................................... 86
7.1.3 Organização da Hora-Atividade, Reuniões Pedagógicas e Conselho de Classe …............................................................................... 86
7.1.4 Procedimentos de Recuperação de Estudos …................................ 89
7.1.5 Plano de Trabalho Docente ….......................................................... 90
7.1.6 Diretrizes para a Avaliação Geral de Desempenho …...................... 90
7.1.7 Ações Envolvendo outras Instituições ….......................................... 91
7.1.8 Recursos Financeiros …................................................................... 91
7.1.9 Organização Interna do Colégio …................................................... 91
7.1.10 Qualificação dos Equipamentos Pedagógicos …............................ 106
7.1.11 Família e Comunidade …................................................................ 107
7.2 Redimensionamento da Gestão Democrática …........................................ 107
7.3 Formação Continuada …............................................................................ 107
5
7.4 Ações Didático-Pedagógicas …................................................................. 108
8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ….............................................................................................
110
8.1 Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político-Pedagógico …............ 110
9. BIBLIOGRAFIA …....................................................................................... 112
10. ANEXOS …................................................................................................ 115
10.1 Cópia da Ata do Conselho Escolar para Aprovação do PPP .................. 115
10.2 Cópias das Atas das Reuniões da Comissão de Elaboração do PPP …. 116
11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE 5ª A 8ª SÉRIES ….........................................................
120
12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO .. 200
6
2. APRESENTAÇÃO
Este Projeto Político-Pedagógico é um trabalho compartilhado,
participativo que estabelece prioridades, define caminhos, busca um rumo e tem
como princípio norteador a intencionalidade.
Segundo Celso Vasconcellos (1995, p. 86)”... o Projeto é justamente
um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do
cotidiano da escola, só que de forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e
o que é essencial, participativa”.
Num trabalho e esforço coletivo de construção, foram tomadas
decisões sobre a seleção de valores a serem consolidados, a busca de
pressupostos teórico-metodológicos postulados por todos, a identificação das
maiores aspirações dos pais em relação à escola na educação de seus filhos e da
comunidade escolar na contribuição específica que irá oferecer “para o
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”, obedecendo ao que está exarado no artigo 2º da Lei nº
9394/96, bem como, procurou-se instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico, que supere os conflitos e resgate a escola como um espaço público,
fundado na reflexão coletiva.
O Projeto Político Pedagógico está fundamentado na LDB 9394/96, em
seu artigo 1º, o qual abrange vários modos de formação do ser humano: o trabalho,
as manifestações culturais e o aprendizado na escola. Nos artigos 12, 13 e 14,
determina aos docentes a incumbência de participar da elaboração deste projeto, na
elaboração e cumprimentos do plano de trabalho; zelar pela aprendizagem dos
alunos, estabelecer estratégias de recuperação durante o processo de ensino-
aprendizagem, para os que necessitem, ministrar os dias letivos e horas-aulas
estabelecidas, participar integralmente do planejamento e avaliação das atividades
educacionais, como também das atividades que proporcionam um desenvolvimento
profissional mais amplo. Atende o que preconiza o Estatuto da Criança do
Adolescente em seu artigo 4º, bem como o que determina o Capítulo IV em seus
7
artigos 53, 54, 55, 56, 57, 58 e 59, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Este Projeto Político-Pedagógico está fundamentado também, nas
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, pois os sujeitos do campo têm
direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e com sua participação,
vinculada à sua cultura e as necessidades humanas e sociais, contribuindo assim
com a construção de uma sociedade cada vez mais justa e solidária.
Com base nos princípios democráticos e visando buscar para a escola
pública um ensino de qualidade, garantiu-se a participação dos profissionais da
educação e da comunidade local na elaboração e construção deste Projeto Político-
Pedagógico bem como, ministrar os recursos financeiros, humanos e materiais de
forma democrática e transparente. A participação da comunidade escolar e local no
dia-a-dia da instituição, na elaboração e planejamento das ações que venham a
desenvolver nas informações sobre a frequência e rendimento dos alunos, possibilita
um caminhar mais objetivo em termos de educação, uma vez que há objetivos
comuns dos segmentos envolvidos com o projeto educativo da escola.
Assim, esse projeto busca transparecer a realidade desse momento
histórico vivido pela escola, e alcançar coletivamente soluções propostas e
sugestões que possam promover o atendimento com qualidade a comunidade da
qual faz parte, antenada com o contexto social, econômico e cultural do mundo
globalizado, pois uma escola sem seu Projeto Político-Pedagógico, encaixa-se nos
versos de Fernando Pessoa, escritos em 1921:
Como passam os dias, dia a dia,
E nada conseguido ou intentado!
Como, dia após dia, os dias vão,
Sem nada feito e nada na intenção!
Um dia virá o dia em que já não
Direi mais nada.
Quem nada foi nem é não dirá nada.
8
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3.1. ESCOLA: Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – Ensino Fundamental
e Médio Código: 00048-6
3.2. ENDEREÇO: Patrimônio Três Corações
3.3. MUNICÍPIO: Ribeirão Claro/PR Código: 2200
3.4. DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Estadual Código: 02
3.5. NRE: Jacarezinho Código: 17
3.6. ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
3.7. ATO DE CRIAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO: Resolução: 3477/97
DOE de 28/10/97
3.8. ATO DE RECONHECIMENTO DO COLÉGIO: Resolução nº 4.239/08 de
16/09/08
3.8.1. ATO DE RECONHECIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL:
Resolução 4.239/08 de 16/09/08
3.8.2. ATO DE RECONHECIMENTO DO ENSINO MÉDIO: Resolução
4.852/08 de 21/10/08
3.9. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR:
Aprovado pelo parecer nº 035/08 do dia 13/02/08 e homologado pelo Ato
Administrativo nº 045/08 do NRE de Jacarezinho
9
3.10. DISTÂNCIA DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR ATÉ O NRE: 51 Km(cinquenta e
um quilômetros)
3.11. LOCALIZAÇÃO: Do campo
3.12. SITE: http://www.rbcsebastiaosilva.seed.pr.gov.br/
3.13. E-MAIL: [email protected]
4- OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
-Organizar o trabalho pedagógico da escola na sua globalidade, no
sentido de reduzir os efeitos da divisão do seu trabalho, de sua fragmentação e do
controle hierárquico, fundamentado nos princípios da Igualdade, Qualidade, Gestão
Democrática, Liberdade e Valorização do Magistério;
-Nortear os afazeres pedagógicos da escola de modo a favorecer o
entrelaçamento das ações de ensinar e aprender os conteúdos científicos, culturais
e tecnológicos e seu processo de produção pela humanidade na perspectiva não só
de conhecê-los e compreendê-los, mas de agir sobre eles, transformando-os e
produzindo novos sentidos;
-Possibilitar reflexão crítica sobre as finalidades sócio-políticas e
culturais da escola;
-Promover a interação e a coesão das ações educativas na busca de
uma identidade de escola e educação, através do compromisso dos seus atores
com o papel que desempenham;
10
5 - MARCO SITUACIONAL
5.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
5.1.1. MODALIDADE DE ENSINO:
- ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª a 8ª série regular
- ENSINO MÉDIO – 1ª a 3ª série regular
5.1.2. NÚMEROS:
Nº. Turmas
Alunos Professores Pedagogos Funcionários Dir. Auxiliar Salas de Aula
8 123 18 3 5 - 7
5.1.3. TURNO DE FUNCIONAMENTO: Tarde e Noite
5.1.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS:
-07 salas de aula;
-01 sala para biblioteca e equipe pedagógica juntas;
-01 sala para laboratório de informática – Paraná Digital;
-01 quadra coberta para esporte.
5.2. HISTÓRICO DA REALIDADE:
A Educação brasileira apresenta crises antigas e seus principais
motivos são bastante conhecidos. Equívocos das políticas governamentais, as
negligências em relação ao Ensino Fundamental, o descuido à qualidade, o
abandono da educação pública do campo, o vergonhoso atraso do Brasil em relação
ao que existe no resto do mundo. De acordo com o Ministério da Educação e
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), em 2003, o exame
do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, detectou que 26,8% dos
11
alunos chegam a 8ª série com desempenho crítico e muito crítico em Língua
Portuguesa. Em Matemática o percentual subiu para 57,1%. Em relação à Educação
do Campo, o desempenho é ainda pior, conforme nos diz Schwendler (2005), e de
acordo com a definição do Censo Demográfico (2000), verifica-se que comparando
os dados da área urbana e da área rural, ambas enfrentam sérios problemas
educacionais, embora no campo estes se apresentem de forma mais acentuada.
A escolaridade média da população de 15 anos ou mais que vive na
zona rural é de 3,4 anos, o que corresponde a quase metade da estimada para a
população urbana. Segundo analisa Abramovay (2000), no Brasil, onde estão os
piores indicadores educacionais rurais da América Latina, o principal obstáculo à
acumulação de capital social no campo é a existência de um ambiente educacional
incompatível com a noção de desenvolvimento. A permanência no campo então
passa a ser associada à incapacidade pessoal, ao baixo desempenho escolar.
Então, o nosso jovem encontra um conjunto de limites para
permanecer no campo: a falta de perspectivas quanto às atividades desenvolvidas, o
problema de geração de renda, o modelo educacional que não os prepara para o
trabalho no campo.
O SAEB mostrou também em 2003 que os alunos que já sofreram
uma reprovação tem pior desempenho do que aqueles que nunca foram reprovados.
Esses maus resultados recaem sempre sobre a escola, e mais
especificamente sobre o professor, que é responsabilizado pelo aluno que sai da
escola sem os instrumentos básicos para tornar-se um profissional capaz de
prosseguir sua vida nas localidades onde moram e trabalham e muito menos, tornar-
se um profissional capaz de conseguir espaço no mercado de trabalho.
O campo e sua educação nos apontam vários desafios a superar,
porém, acreditamos em nosso papel de agente transformador, enquanto educadores
e, nossa capacidade aumenta à medida que aprendemos e ensinamos, sonhamos e
confiamos que podemos construir a escola que queremos, com uma proposta
pedagógica que articule aos saberes universais historicamente construídos, a
história, a cultura, os saberes e a realidade dos povos do campo, incentivando o
aprender a ser e viver no campo.
12
5.3. DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO:
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – E.F.M., está localizado
no Patrimônio Três Corações, zona rural do município de Ribeirão Claro, Estado do
Paraná.
O nome Sebastião Leite da Silva foi escolhido para homenagear esse
ilustre cidadão local, que realizou muitas benfeitorias e atos junto à comunidade do
Patrimônio.
O Colégio iniciou suas atividades, provisoriamente, em 28 de abril de
1997, num prédio cedido por terceiros, até a construção de seu prédio próprio, o
qual foi inaugurado em 03 de dezembro de 1999, ano em que ocorreu a mudança
em definitivo de suas instalações.
Foi fundado em 13 de junho de 1997 e obteve Autorização de
Funcionamento através da Resolução nº 3.477/97, publicado em Diário Oficial de 28
de outubro de 1997, com a denominação de Escola Estadual Sebastião Leite da
Silva – Ensino de Primeiro Grau, ofertando somente as quatro últimas séries do
Ensino de Primeiro Grau.
No ano de 2001 foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio no
estabelecimento, através da Resolução nº 650/2001, publicada em Diário Oficial do
dia 18 de abril de 2001, ofertando simultaneamente as três séries do Ensino Médio,
passando a denominar-se Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – Ensino
Fundamental e Médio, até então, funcionando apenas no período da noite.
Em 2007, atendendo à solicitação da comunidade, o Ensino
Fundamental passou a funcionar no período da tarde e o Ensino Médio permaneceu
no período noturno.
Em 2008, o Colégio obteve o RECONHECIMENTO DO ENSINO
Fundamental através da Resolução nº 4239/08 de 16/09/08 e publicada no D.O.E.
de 05/12/08 e do Ensino Médio, através da Resolução nº 4852/08 de 21/10/08 e
publicada no D.O.E. de 05/07/09.
13
5.4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR:
Para que esta escola deixasse de ser um sonho e se tornasse
realidade, houve um trabalho de pesquisa, muito esforço, disposição e dedicação
dos órgãos municipais e dos professores estaduais para que, não só os alunos
residentes nesta comunidade do campo, mas também os oriundos de outros bairros,
retornassem às salas de aula, na Escola de Campo, de acordo com o art. 6º das
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.
Nossos alunos são filhos de boias-frias, arrendatários, de meeiros, e
de pequenos sitiantes. Sempre ajudam os pais nas tarefas rotineiras da terra e isto
faz com que tenham pouco tempo para desenvolverem as atividades extraclasse.
Trazem consigo as práticas culturais peculiares do campo, bem como
respeitam e valorizam as relações familiares e os mais velhos.
Possuem aparelhos eletrônicos de primeira necessidade e têm acesso
limitado às práticas culturais desenvolvidas na zona urbana. Não leem jornais, nem
“olham” revistas, tudo isso faz com que o contato com a língua chamada “padrão”,
seja muito pequeno. Como têm sede de muita informação, é na escola, com os
profissionais da educação, que buscam as respostas, fazendo questionamentos
próprios da idade.
Nossos professores, envolvidos em valorizar e atender às indagações
feitas, procuram através de diálogos e/ou debates, adaptação de conteúdos,
interdisciplinaridade, ou seja, pensar em formas alternativas de adaptar as práticas
pedagógicas a realidade dos alunos, dar-lhes as respostas.
A superação das dificuldades encontradas para que os alunos possam
percorrer o trajeto de suas casas até a escola, enfrentando sol, chuva, poeira,
estradas sem pavimentação asfáltica, esburacadas e escorregadias, está no prazer
em que sentem em frequentar as aulas, não perdendo dia letivo. Este sentimento faz
com que todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, sintam-se
orgulhosos e gratificados em trabalhar neste colégio.
5.5. PORTE DO COLÉGIO: Porte I
14
5.6. REGIME ESCOLAR:
O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, com a
seguinte organização:
- por séries, nos anos finais do Ensino Fundamental;
- por série, no Ensino Médio.
5.7. CLASSIFICAÇÃO:
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que
o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
- por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a
série ou fase anterior, na própria escola;
- por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do
país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação
para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
- organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
- proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
- comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
- arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
- registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
15
5.8. PROMOÇÃO:
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
O Sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória da
nota 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades diversificadas, mais a nota 6,0
(seis vírgula zero) resultante de no mínimo 02 (duas) avaliações, (instrumentos
diversificados), totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero). Serão considerados
aprovados, os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
com avaliação bimestral, após apuração da média aritmética, em todas as
disciplinas, seguindo a seguinte fórmula:
MA= 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0
4
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
- frequência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;
- frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção
do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição
de documentação escolar.
16
5.9. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL:
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,
não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá
cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes.
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – Ensino Fundamental e
Médio não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. As
transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão
aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com
dependência de disciplina no Ensino Fundamental.
A expedição de Certificado de conclusão do curso ocorrerá após
atendida a carga horária mínima exigida em lei.
5.10. QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR:
FUNÇÃO QUANTIDADE
Diretor 01
Equipe Pedagógica 03
Agente Educacional II 02
Auxiliar de Serviços Gerais 03
Docentes 18
5.11. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO:
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
Irene Carmem Corrêa de Araújo Diretora Pós-Graduada
Luciane Maria Camargo Lima Equipe Pedagógica Pós-Graduada
Maria de Lourdes Salvador Equipe Pedagógica Pós-Graduada
Silvana do Carmo Scatolin de Oliveira
Equipe Pedagógica Pós-Graduada
Aline Baggio de Almeida Agente Educacional II Ensino Superior
17
Patrícia Maria de Moraes Agente Educacional II Pós-Graduada
Geni Maria da Silva de Oliveira Aux. de Serv. Gerais Ensino Fundamental
Lucinéia Leite da Rosa Ferreira Auxiliar de Serv. Gerais
Ensino Médio
Rosileni Aparecida Ferreira Auxiliar de Serv. Gerais
Ensino Superior Incompleto
Adriane Rahuam da Silva Docente Ensino Superior
Ana Paula Verona de Almeida Docente Ensino Superior
Eliana Maria Baggio da Silva Docente Pós-Graduada
Eliza de Lourdes M. L. de Oliveira Docente Pós-Graduada
Elizabeth dos Santos Araujo Docente Ensino Superior
Evandro Cirelli Giroldo Docente Ensino Superior
Fábio Antonio da Silva Docente Pós-Graduado
Gilmar Lourenço Docente Pós-Graduado
Giovana Aparecida Cornélio Docente Pós-Graduada
Hévila Regina Gomes da Silva Docente Pós-Graduada
Jair da Silva Felix Docente Ensino Superior
João Batista Martins Docente Pós-Graduado
José Roberto Lobo Docente Pós-Graduado
Leonardo Teodoro Gama Filho Docente Ensino Superior
Maria Aparecida Pereira Docente Pós-Graduada
Olinda Terezinha Fortini da Silva Docente Pós-Graduada
Rita de Cássia Pedrete Nogueira Docente Pós-Graduada
Rosa Lúcia Ziroldo Docente Ensino Superior
5.12. PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO:
Tendo em vista as informações adquiridas após a coleta de dados
realizada com a comunidade escolar, diagnosticamos os seguintes problemas:
- inadequação do conteúdo ao tempo escolar e à educação do campo;
- necessidade de rigor metodológico em relação à recuperação de
estudos;
- não há cumprimento do cronograma da hora-atividade, por disciplina;
18
- falta de material didático adequado e desconsideração de conteúdos
básicos inerentes à educação do campo;
- necessidade de capacitação dos profissionais da educação do
campo;
- necessidade de equipe multidisciplinar para atendimento
especializado;
- ausência de espaço físico adequado para salas de aula, laboratório
de Ciências, Física e Química, sala dos professores, biblioteca, bem como,
banheiros para professores e funcionários;
- ausência de cursos técnicos profissionalizantes;
- necessidade de sala de apoio/recursos e/ou oferta de contra-turno;
A perspectiva da Educação do Campo é a de educar as pessoas que
trabalham no campo, para que se articulem, organizem-se e assumam a condição
de sujeitos da direção de seu destino, permanecendo no campo.
Um dos traços fundamentais que vêm desenhando a identidade do
movimento por uma Educação do Campo é a luta do povo do campo por políticas
públicas que garantam o seu direito à educação, e a uma educação que seja no e do
campo. No: o povo tem direito a ser educado no lugar onde vive; Do: o povo tem
direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.
(CALDART,2002).
Uma das maiores preocupações dos pais e alunos é com relação à
inserção dos educandos no mercado de trabalho. Estes têm a ilusão de sair do
campo e mesmo do município, para tentar a sorte na vida, arranjar um emprego que
lhes dê dignidade, conforto e até status. É bastante comum se aventurarem sem
completar o Ensino Fundamental, para outros lugares em busca desse sonho, mas o
que encontram, invariavelmente, é a miséria, a segregação e acabam engrossando
o número de favelados e desqualificados profissionalmente.
Cabe, portanto a escola fortalecer a identidade dos povos do campo,
possibilitando a valorização da história e da cultura do homem e da mulher do
campo, ampliando e incentivando o aprender a ser e viver no campo.
19
Sabemos que o trabalho forma e produz o ser humano, então a
Educação do Campo precisa recuperar uma tradição pedagógica de valorização do
trabalho como princípio educativo, precisa estar atenta para os processos
produtivos que conformam hoje o ser trabalhador do campo.
A cultura também forma o ser humano e dá referências para o modo
de educá-lo. Portanto, a Educação do Campo precisa recuperar a tradição
pedagógica que nos ajuda a pensar a cultura como matriz formadora.
Pensar a educação vinculada à cultura, significa construir uma visão
de educação em uma perspectiva de longa duração, de formação das gerações.
Depois de muitas discussões, reflexões e observação dos problemas
existentes em nossa escola e que interferem no processo de ensino-aprendizagem,
na permanência e na frequência dos alunos, chegamos à conclusão de que há
necessidade de um trabalho redirecionado de natureza pedagógica, em consonância
com as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, que busque minimizar e ou
solucionar problemas de ordem sócio-econômica, culturais, psíquicas,
comportamentais, cognitivas e outros que apresentarem. Tentaremos enfrentar os
obstáculos buscando superar a distância entre a realidade cotidiana do aluno com
as intenções pedagógicas em sala de aula, identificar e produzir ações necessárias
que atendam os problemas de aprendizagem como: falta de interesse, cansaço
físico, hiperatividade, desmotivação, indisciplina, falta de expectativa de vida, entre
outros, além de efetuar um controle mais rígido sobre drogas ou bebidas alcoólicas,
para que esses problemas não adentrem os portões da escola.
No que diz respeito aos profissionais da educação, buscaremos
controlar o estresse físico e emocional apresentados por todos, devido à distância
percorrida da cidade até o colégio.
Esse processo só ganhará sentido se houver um casamento entre a
teoria x prática nas aulas, com a vida cotidiana dos alunos e buscando direcioná-los
para alcançarem seus objetivos, valorizando a cultura e a identidade desses alunos.
20
5.12.1. ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR:
ENSINO FUNDAMENTAL - TARDE
2007
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
5ª 20 1 1 17 1
6ª 23 2 1 20 -
7ª 20 1 - 18 1
8ª 18 - - 18 -
ENSINO MÉDIO - NOITE
2007
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
1ª 12 1 2 9 -
2ª 17 2 - 15 -
3ª 8 1 - 7 -
ENSINO FUNDAMENTAL – TARDE
2008
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
5ª 28 7 - 21 -
6ª 20 4 - 15 1
7ª 22 5 - 17 -
8ª 19 2 - 17 -
21
ENSINO MÉDIO - NOITE
2008
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
1ª 18 1 - 17 -
2ª 11 - - 11 -
3ª 15 2 - 13 -
ENSINO FUNDAMENTAL – TARDE
2009
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
5ª 18 2 - 15 1
6ª 23 1 - 22 -
7ª 19 - - 18 1
8ª 12 - - 12 -
ENSINO FUNDAMENTAL – NOITE
2009
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
8ª 11 1 - 10 -
ENSINO MÉDIO - NOITE
2009
SÉRIE MATRIC. T.EXP. DESIST. AP. REP.
1ª 20 3 - 16 1
2ª 16 1 2 13 -
3ª 11 - - 11 -
22
Temos criado uma força tarefa composta por professores e auxiliares
da administração que têm se empenhado em buscar o aluno, contactando seus pais
toda vez que se verifica a sua ausência. Isso comprova conforme gráfico acima, que,
se não mantemos o aluno na escola é em virtude de problemas sócio-econômicos,
mas não pela qualidade do nosso ensino.
5.12.2. CONTRADIÇÃO E CONFLITOS PRESENTE NA PRÁTICA
DOCENTE:
A educação do campo tem sido historicamente marginalizada na
construção de políticas públicas. A educação dos povos do campo é trabalhada a
partir de um currículo essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das
necessidades e da realidade do campo.
A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos
povos do campo raramente são tomados como referência para o trabalho
pedagógico, bem como, para organizar o sistema de ensino, a formação de
professores e a produção de materiais didáticos.
Há uma produção cultural no campo que se deve fazer presente na
escola. Os conhecimentos desses povos precisam ser levados em consideração,
constituindo ponto de partida das práticas pedagógicas na escola do campo.
Da mesma forma, a escola não pode reduzir o processo pedagógico
às discussões da realidade camponesa, desconsiderando a interdependência
campo-cidade.
Portanto se faz necessário ampliar as proposições pedagógicas,
propiciar um repensar das aulas, da prática social dos professores, dos alunos e da
comunidade escolar, bem como, repensar a organização dos saberes escolares
através da construção de políticas públicas voltadas para a educação do campo.
5.12.3. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA:
Em busca da qualidade de ensino, os professores frequentam cursos
de formação continuada ofertada pela SEED, como Semana Pedagógica e Cursos
23
Específicos para cada disciplina, bem como para a Escola de Campo. Nas horas-
atividades trocam experiências e re-estruturam suas metodologias, oferecendo aos
alunos, oportunidades de desenvolvimento da criatividade desde a concepção de
ideias até sua realização, proporcionando a multiplicidade de sua inteligência e
participação nas atividades escolares e comunitárias.
A capacitação dos funcionários segue a mesma linha, é realizada
seguindo orientações da SEED, com leituras de textos próprios.
Através dos problemas levantados, busca-se, um envolvimento no
processo educativo:
-Inclusão Social: temos um aluno com dificuldade visual, assim,
necessitamos que haja um profissional especializado, para servir de elo de ligação
entre professores e este aluno. Em sala de aula ele conta com a ajuda dos colegas e
professores para realizar suas tarefas. Nas tarefas orais ele tem apresentado
rendimento satisfatório, o que possibilita sua aprovação;
-Dos professores utilizarem a incentivação e a motivação
principalmente aos alunos que não têm expectativa de vida, de crescimento tanto
material quanto cultural;
-Revelar a importância de um trabalho interdisciplinar e
contextualizado na prática em sala de aula, articulando os conteúdos sistematizados
com a realidade do campo;
-Dos professores utilizarem estratégias direcionadas à tecnologia,
principalmente quanto ao uso de computadores e Internet, para incrementar seu
modo de viver no campo.
-Atualizar os professores e redirecionar o trabalho educativo sobre a
evasão e repetência;
-Realizar estudo de grupo e treinamento aos funcionários dos diversos
setores para que possam construir um ambiente agradável a todos e ao público,
conscientizando-os de que eles também são educadores;
-Ofertar estudos sobre a importância da relação:
-professor/aluno, aluno/professor.
-prática e teoria.
24
-Equipe pedagógica – realizar trabalhos mensais, de leitura de
documentos, estudos e reuniões com os professores, que envolvam o fazer
pedagógico da escola.
-Ofertar capacitação aos professores, com currículos adequados às
necessidades dos sujeitos sociais do campo.
5.12.4. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO:
A escola é compreendida como um direito e como um dos espaços
educativos em que mulheres e homens se educam, é o lugar das relações
educativas formais.
Repensar o espaço escolar e as formas de encaminhamentos
metodológicos induzirá a uma reorganização dos tempos escolares.
Em relação ao tempo, há que se considerar a dinâmica da vida do
campo, com seus ciclos produtivos, épocas de chuvas, entre outros que devem ser
considerados na elaboração do calendário escolar, evitando assim, a evasão ou um
número excessivo de faltas dos alunos.
A Lei da Diretrizes e Bases nº 9394/96, dá respaldo para que o
calendário seja organizado em função das particularidades de cada lugar, porém,
isto de fato não ocorre. No período da noite, principalmente, após um dia exaustivo
de trabalho é que haveria de ter o reconhecimento do fato de que a lógica temporal
não tem contribuído para uma aprendizagem crítica dos conteúdos. Há a
necessidade de diminuir o tempo de permanência diária do aluno na escola, devido
ao cansaço provocado pelo longo trajeto de sua casa até a escola e pela rotina de
trabalho que lhe é imposta durante o dia.
Quanto ao espaço escolar, faz-se necessário a realização de aulas
fora do prédio escolar, para que os alunos compreendam as relações sociais de
produção e o processo de criação da mercadoria, circulação e de consumo. Porém,
para que isto se efetive na prática precisamos de:
- corpo docente identificado com a proposta da Educação do Campo;
- cursos de formação continuada específicos para a Educação do
Campo;
25
- materiais didáticos e equipamentos pertinentes;
- recursos para deslocamento dos alunos e professores;
- autonomia na elaboração de um calendário diferenciado, sem
redução do número de horas letivas, como previsto na LDB nº 9394/96;
- implantação de cursos profissionalizantes;
- proposta pedagógica que privilegie conteúdos vinculados à realidade
do campo;
- um currículo onde, além da Base Nacional Comum, haja uma Parte
Diversificada, exigida pelas características regionais(LDB, Artigo 26).
Os tempos e lógicas escolares nos parecem naturais, mas são
construções históricas, conforme nos afirma Arroyo(2004, p. 196)
[...] para muitos professores(as) não está sendo cômodo manter a lógica
temporal que organiza nosso trabalho. Estão convencidos da
necessidade de repensar nossos tempos de ensinar. Tarefa que não
depende de cada um, mas exige propostas coletivas não apenas de cada
escola, mas das redes de ensino.
5.12.5. EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS:
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – E.F.M., possui:
- 05 salas de aulas, sendo que, dessas, 02 possuem divisórias,
perfazendo um total de 7 salas, atendendo 62 alunos no turno da tarde e mais 61
alunos no turno da noite, deste Estabelecimento de Ensino. As salas de aula foram
repartidas com divisórias, para que todas as turmas ficassem no mesmo prédio, sem
ter que se deslocarem para outras instalações da comunidade, pois nosso Colégio
funciona em dualidade com a Escola Rural Municipal João Teodoro da Silva – EIEF,
a qual possui 6 turmas no período da tarde. No período da noite o colégio cede 2
salas nas quais é ofertada a Educação de Jovens e Adultos.
- 01 sala de direção;
- 01 sala de secretaria;
- 01 sala de biblioteca e equipe pedagógica juntas;
- 01 sala de informática – Paraná Digital;
- 01 cozinha e cantina adjacente;
26
- 03 sanitários femininos para uso das alunas;
- 03 sanitários masculinos para uso dos alunos;
- 01 pátio aberto e coberto utilizado como refeitório;
- 01 quadra coberta para esportes;
- 01 casa do segurança (vigia) da escola com: uma sala, dois quartos,
um banheiro e uma cozinha. Atualmente, destinada para a sala de professores;
- 01 televisão (antena Paulo Freire);
- 02 vídeos cassetes;
- 02 aparelhos de DVD;
- 07 Tvs Pendrive;
Há grande queixa de professores e alunos sobre a ausência de espaço
adequado para desenvolver as atividades práticas de Ciências, Biologia, Química e
Física, bem como, para a biblioteca e sala de leitura. Há a necessidade de
ampliação do prédio escolar em mais duas salas, uma para ser utilizada como sala
de aula e outra para o curso do CELEM – Espanhol e/ou cursos de pintura e
bordado ministrados voluntariamente em horário contrário das aulas, para as alunas
interessadas.
Foram elaboradas propostas de mudanças em nossa comunidade
escolar para que pudéssemos projetar as melhorias que a escola necessita. Toda a
comunidade, pais, professores e alunos assim como a Prefeitura Municipal em
conjunto com o Estado, são parceiros nas soluções dos problemas apresentados.
5.12.6. RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO NO COLÉGIO:
A relação de trabalho no Colégio é de grande comprometimento, tanto
os professores quanto os funcionários apresentam, às vezes, divergências nas
opiniões, o que significa um relacionamento normal na gestão democrática, onde há
também a participação de pais e de toda comunidade.
Existe um bom relacionamento entre os colegas, direção, equipe
pedagógica e funcionários, fazendo com que as determinações emanadas pela
direção e pelo Núcleo Regional de Educação sejam acatadas sem dificuldades e
questionamentos.
27
Baseado no diálogo e no consenso das relações entre direção, equipe
pedagógica, professores, funcionários e alunos, este colégio trabalha com o
princípio de relações humanas produtivas e coletivas na busca de objetivos comuns
aos da escola, comprometida com a qualidade de ensino, numa combinação de
exigência e respeito no trato humano.
O comprometimento com a educação aplica a visão de como as
relações humanas e de trabalho, influenciam na qualidade de ensino.
5.12.7. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE:
Os professores deste Estabelecimento de Ensino dependem do
transporte escolar para terem acesso à escola. Portanto, não é possível atender à
sugestão do NRE, em relação aos dias previstos por disciplina, para a realização da
hora-atividade, pois a escola tem que aproveitar a permanência do professor no
colégio, conforme sua disponibilidade de horário, por ser longa a distância entre a
sede do município e a escola.
Este tem sido um dos maiores problemas do nosso colégio, pois os
professores sentem a necessidade deste trabalho coletivo, para um melhor
desempenho de suas atividades pedagógicas.
5.12.8. INCLUSÃO:
O colégio atende a um aluno de 18 anos de idade com deficiência
visual, que está cursando a 1ª série do Ensino Médio. Suas atividades são
desenvolvidas com maior atenção e dedicação, no sentido de não apenas garantir a
permanência desse aluno no espaço escolar, mas de assegurá-lo um ensino de
qualidade.
Os professores sentem a necessidade de cursos de aperfeiçoamento
em Braile e outros que possam proporcionar maior desempenho no trabalho
educacional, ou mesmo de um profissional qualificado para tal atividade.
28
O colégio necessita de adaptações físicas, para atender à diversidade.
Necessita também, de Sala de Recursos e/ou Apoio, pois temos uma clientela
escolar que precisa de maior atenção e de um trabalho diferenciado.
5.13. GESTÃO DEMOCRÁTICA:
O colégio conta com o apoio dos órgãos colegiados: Conselho de
Classe, Grêmio Estudantil, APMF, Conselho Escolar e alunos representantes de
turmas.
5.13.1. CONSELHO DE CLASSE:
Para garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos
curriculares estabelecidos, o Conselho de Classe deveria abranger três etapas
distintas: o Pré-Conselho de Classe, o Conselho de Classe propriamente dito e o
Pós-Conselho de Classe. Estes procedimentos se configuram como oportunidade
de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à análise do colegiado,
permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino com vistas à
superação dos problemas levantados e que não são privativos deste ou daquele
aluno ou desta ou daquela disciplina. Assim se tem a necessidade da efetivação
desses três momentos, pois em nosso colégio realiza-se somente o Conselho de
Classe por falta de profissionais habilitados para o desenvolvimento desse trabalho.
5.13.2. CONSELHO ESCOLAR:
É um órgão colegiado que interfere nas tomadas de decisões, nas
funções deliberativas e financeiras que permite a prática democrática dentro do
colégio.
Há frequente solicitação de participação dos membros do Conselho
Escolar por meio de reuniões, troca de experiências para levantar soluções nos
problemas cotidianos da escola.
29
Sempre que possível, há a conscientização dos membros do Conselho
Escolar, por parte da direção e/ou equipe pedagógica da importância dos papéis
que ocupam dentro do segmento educacional.
5.13.3. GRÊMIO ESTUDANTIL:
Incentivar os alunos a lutarem pelos seus sonhos e conseguir
alcançá-los, são valores que a escola proporciona.
É através da participação ativa do Grêmio Estudantil que os
educandos criam argumentos para defender suas ideias e objetivos. O jovem se
depara com uma situação nova, de responsabilidade e criatividade.
Desde 2006 o Colégio tem se empenhado em desenvolver a formação
do Grêmio Estudantil, onde muitos jovens já fizeram parte da construção coletiva da
história da escola.
Além do crescimento individual dos participantes, o Grêmio apoia as
atividades esportivas, artísticas e culturais, visando ampliar a democracia na escola.
5.13.4. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF):
Só se consegue um bom funcionamento interno no colégio com o
comprometimento dos professores, pais, funcionários, alunos, enfim da comunidade
escolar.
A APMF é o alicerce que direciona os recursos materiais, que controla
o processo educacional e participa de todas as decisões que a direção tem que
tomar. Como alicerce, é o ponto fundamental para que o processo ensino-
aprendizagem se concretize fielmente.
5.13.5. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS:
A direção, equipe pedagógica e professores realizam reuniões
periódicas com os pais e/ou responsáveis pelos alunos, para a entrega de boletins,
30
onde são repassadas todas as informações referentes ao desempenho da
aprendizagem dos educandos.
Além desses momentos, sempre que se faz necessário, os pais e/ou
responsáveis são convidados a virem até a escola para discutirem temas que
contribuam para a boa formação do educando. Para isto, são realizados: palestras,
grupos de estudos com temas variados e atividades culturais, esportivas e festivas
das datas comemorativas e desenvolvimento de atividades complementares que
estimulam a participação de toda comunidade escolar.
Assim, através dos órgãos colegiados como Conselho Escolar e
APMF, os pais participam dos processos decisórios para suprir as necessidades
educacionais deste estabelecimento de ensino, bem como, acompanham e avaliam
a qualidade das atividades escolares.
5.13.6. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS:
A escola possui somente uma turma de cada série, tanto no Ensino
Fundamental quanto no Ensino Médio, portanto, não segue nenhum critério
específico de organização e distribuição de turmas.
5.14. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS:
Há a necessidade da escola repensar e (re)definir os conteúdos, meios
e formas de ensinar, isto é, ensinar bem e preparar todos os indivíduos para
exercerem a cidadania e o trabalho no contexto de uma sociedade complexa,
enquanto se realizam como pessoas.
Neste contexto, nossa escola vem trabalhando os temas dos Desafios
Educacionais Contemporâneos, ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas.
5.15. DIVERSIDADE:
A escola é um local onde observa-se e lida-se com a diversidade, ou
seja, as diversas culturas, as influências do ambiente, entre outros.
31
Sendo a escola o local do conhecimento produzido, cabe aos
profissionais da educação, a tarefa de trabalhar de modo que estes temas sejam
repassados aos alunos de maneira a levá-los a refletirem e compreenderem as
tomadas das decisões da sociedade em geral.
Em relação ao Paraná Alfabetizado, nossos alunos convivem
diariamente com este programa, pois em nosso bairro ele é amplamente difundido,
tendo várias turmas de alfabetização. Contamos, aqui na escola, com uma agente
mobilizadora do programa que está divulgando-o entre os alunos e seus familiares.
No que diz respeito à Educação do Campo e assegurando aos nossos
alunos o direito à educação e à escolarização, respeitando a especificidade e a
diversidade cultural e valorizando a identidade dos povos do campo, procuramos
desenvolver nos educandos, ainda que de forma desarticulada, atividades
complementares como:
- palestras e grupos de estudos desenvolvidos em parceria com a
Secretaria Municipal de Agricultura e EMATER/PR;
- cursos aos finais de semana, em parceria com o Sindicato Patronal e
SENAR/PR;
- aulas de pintura e bordado, com o intuito de melhorar a renda
familiar.
6 - MARCO CONCEITUAL
6.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO
COLÉGIO:
A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu
processo educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com
base em seus alunos. Nesta perspectiva, é fundamental que ela assuma suas
responsabilidades, sem esperar que as esferas administrativas superiores, tomem
32
esta iniciativa, mas que deem condições necessárias para levá-la adiante. Para
tanto, é importante que se fortaleçam as relações entre escola e sistema de ensino.
Assim, este Projeto Político-Pedagógico busca transparecer a
realidade deste momento histórico vivido pela escola e alcançar coletivamente
soluções propostas e sugestões que possam promover o processo educativo com
qualidade à comunidade da qual faz parte, tendo como fundamentação teórica a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, bem como as Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Educação
do Campo, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo,
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
de cada disciplina ofertada por este Estabelecimento de Ensino, elaboradas pela
SEED, Cadernos Temáticos dos Desafios Contemporâneos, da Diversidade, bem
como a Resolução CP nº 1 de 17/06/2004, a qual institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Lei Complementar nº 11.645/08 e Lei nº
13.381/2001
6.1.1. FILOSOFIA DO COLÉGIO:
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – E.F.M. tem como
Filosofia acreditar na Educação como prática social, intencional, comprometida com
a transformação da sociedade, possibilitando aos sujeitos, através do diálogo entre
os diferentes, a circulação dos saberes e a construção do conhecimento, numa
prática interdisciplinar e significativa onde se construam como agentes deste
processo de mudança.
Como escola de campo, trabalha a diversidade dos povos do campo
em todos os seus aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, valorizando os
saberes e a identidade destes povos.
33
6.1.2. CONCEPÇÃO EDUCACIONAL:
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e
da sociedade, aplica-se cada vez mais com a finalidade de desenvolver o educando
e assegurar sua formação indispensável ao exercício da cidadania, fornecendo-lhe
meios para progredir no trabalho e nos estudos com ensino de qualidade e gratuito.
A escola proporciona igualdade de acesso e permanência a todos os
alunos, inclusive aos que não concluíram os estudos na idade prevista, e aceita a
inclusão nos casos onde o atendimento é possível de ser realizado de forma
satisfatória. É vedada qualquer forma de discriminação racial ou social.
A instabilidade econômica e social em que se encontra o país, está
presente e exerce grande influência na educação, nos valores morais, religiosos e
intelectuais da comunidade escolar.
Estes fatores, juntamente com a preservação da identidade, da
cultura e dos valores dos povos do campo, através do fortalecimento da educação
escolar como processo de apropriação e elaboração de novos conhecimentos, são
trabalhados na escola para a construção de uma sociedade mais justa e para a
melhoria da qualidade de vida.
É, portanto, a educação, o eixo fundamental para modificar o meio de
vida das pessoas que passam pela escola.
6.1.3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO:
A escola pública e de qualidade precisa resgatar o seu papel junto à
sociedade, mostrando o comprometimento com a formação integral do cidadão,
promovendo um ambiente educacional de união, participação e responsabilidade,
garantindo o acesso, o regresso, a permanência e o sucesso do aluno no sistema
educacional, assegurando a atualização necessária no desenvolvimento cultural,
científico e tecnológico; desenvolvendo situações educacionais de produção e
socialização de conhecimentos para que o aluno seja sujeito do processo de
construção da cidadania; enfim, desenvolvendo práticas pedagógicas que venham
contemplar as diversidades culturais exploradas, as diferenças étnicas e raciais
34
presentes na sala de aula e na sociedade, valorizando a cultura e a identidade dos
povos do campo, possibilitando uma reflexão crítica.
6.1.4. OBJETIVOS DA ESCOLA:
- Proporcionar uma educação de qualidade, fazendo com que os
alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia;
- Possibilitar, como escola de campo, através da educação de
qualidade, diminuir as contradições sociais, tais como: fome, miséria, exclusão social
e desigualdade de renda;
- Preservar a identidade, a cultura e os valores dos povos do campo,
através do fortalecimento da educação escolar como processo de apropriação e
elaboração de novos conteúdos;
- Proporcionar a formação integral do homem do campo.
6.1.5. FINS EDUCATIVOS:
A escola persegue finalidades. É importante ressaltar que os
educadores precisam ter clareza das finalidades de sua escola. Para tanto, há
necessidade de se refletir sobre a ação educativa que a escola desenvolve com
base nas finalidades e nos objetivos que ela define. As finalidades da escola
referem-se aos efeitos intencionalmente pretendidos e almejados(Alves 1992, p.19).
Dentre as finalidades estabelecidas na legislação em vigor, podemos
destacar que este colégio vem trabalhando de modo enfático nas diferentes
disciplinas as finalidades cultural, política e social e a humanística. Porém, deixa a
desejar quanto a formação profissional, pois a escola necessita da implantação de
curso técnico profissionalizante, de uma proposta pedagógica que privilegie
conteúdos vinculados à realidade do campo, entre outros.
35
6.1.6. CONCEPÇÕES NORTEADAS PELA LEI DE DIRETRIZES E
BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL:
A ação educativa proposta é norteada pelos princípios estabelecidos
na Lei 9394 – LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação, nos seguintes artigos:
Art. 3. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I- igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV- respeito á liberdade e apreço à tolerância;
V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII- valorização do profissional da educação escolar;
VIII- gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX- garantia de padrão de qualidade;
X- valorização da experiência extracurricular;
XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I- elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II- administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III- assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
estabelecidas;
IV- velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V- prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI- articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
36
VII- informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o
caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem
como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
VIII- notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da
Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos
que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual
permitido em lei.
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento
de ensino;
II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;
III- zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
V- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de
participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
VI- colaborar com as atividades de articulação da escola com as
famílias e a comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II- participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais,
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma
diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar.
37
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar
de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como
base as normas curriculares gerais.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais,
inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem
com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os
sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às
peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais
necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário
escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
6.1.7. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DO
COLÉGIO:
As diretrizes curriculares atenderão a realidade da região e da
clientela, observado os recursos disponíveis, as diferenças individuais e diversidade
culturais que tem seu currículo determinado pelas disciplinas que seguem a Base
Nacional Comum e a determinação da LDB nº 9394/96, bem como as Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Educação
do Campo, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo,
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
de cada disciplina ofertada por este Estabelecimento de Ensino, elaboradas pela
SEED e estudadas pelos professores, adaptadas com a realidade de nossa escola
de campo e com a filosofia de trabalho já mencionada neste documento.
Inclui a interdisciplinaridade com a difusão de valores fundamentais ao
convívio social, os direitos e deveres do cidadão e respeito ao bem comum e a
práxis no processo ensino-aprendizagem, libertando o indivíduo culturalmente,
propiciando-lhe uma visão política e social da realidade histórica para que possa
38
atuar coletivamente na sociedade em que está envolvido, combatendo a evasão e a
exclusão.
A escola tem como ênfase os conteúdos científicos das disciplinas que
compõe a matriz curricular, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do
cotidiano dos povos do campo, a relação professor e aluno como construtor do
saber, a gestão participativa e a valorização dos profissionais de educação.
6.1.8. CONCEPÇÕES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE:
Com o Estatuto da Criança e do Adolescente, crianças e adolescentes
passaram a ser considerados “sujeitos de direitos”, cabendo ao Estado, à família e à
sociedade a reunião de esforços, num princípio de cooperação mútua, para garantir
os direitos fundamentais da pessoa humana, além daqueles considerados especiais,
decorrentes da condição de pessoa em desenvolvimento.
O ECA no que diz respeito à educação, concentra o básico em seu
capítulo IV, tendo no Art. 54 uma repetição do que está contido no Art. 208 da CF de
1988. O caput do artigo 53 nos traz que a educação é um direito a criança e ao
adolescente, para que se desenvolvam como pessoa, para não serem excluídos da
sociedade. Portanto, tem-se claro que o Estatuto assegura, coerentemente, uma
educação voltada para o pleno desenvolvimento da pessoa, o que torna explícita a
prática para a cidadania e a capacitação para o trabalho.
O Artigo 53 é aquele que traz as conquistas básicas do estado
democrático de direito em favor da infância e da juventude para o interior da
instituição escolar sendo que este colégio segue e aplica estes preceitos.
6.1.9. CONCEPÇÕES DAS CAPACITAÇÕES CONTINUADAS
A formação continuada, conforme era concebida por Freire, permite
que o educador faça de sua prática objeto de estudo, reflita-a coletivamente e à luz
de teoria, recriando-a permanentemente.
39
A construção de uma prática reflexiva requer do professor a
investigação contínua de seu fazer pedagógico, que pode indicar limites no processo
de aprendizagem dos alunos, na comunicação em sala de aula, nas situações de
ensino, de avaliação e na relação pedagógica, cujo sucesso se dará pela formação
docente. Tanto o saber pedagógico, como experimental e específico, são essenciais
para a formação, que precisam ser apropriados criticamente pelo professor no
processo de formação continuada.
A capacitação continuada é específica dos profissionais da educação,
principalmente dos professores, a qual ocorre ao longo da vida do ser
humano/professor. Esta formação acontece mediante diversas situações do
cotidiano e viabilizam aprendizagens para o exercício profissional docente, são elas:
reuniões técnicas, grupos de estudos, jornadas pedagógicas, GTR, PDE, DEB e
NRE Itinerantes, entre outros.
6.1.10. CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE, CULTURA, MUNDO,
EDUCAÇÃO, ESCOLA, CONHECIMENTO, TECNOLOGIA, ENSINO-
APRENDIZAGEM, CIDANIA E CIDADÃO:
- Homem:
Educar envolve um novo desafio a cada dia. Cada situação tende a se
repetir muitas e muitas vezes.
O ser humano , por natureza, tem o desejo de sentir-se amado,
aprovado e elogiado. Portanto, temos de aproveitar esse aspecto em prol da boa
formação de nossos alunos.
O homem atual é constituído sob os aspectos do saber, das
oportunidades de expressão e das normas do convívio social. Devemos atuar neste
contexto os aspectos pedagógicos, psicológicos, filosóficos e sociais que traduzem
em um conjunto.
A educação deve estar atenta à formação dos indivíduos que vão
atuar nesta realidade, tornando-os ativos, reflexivos, críticos, questionadores e
agentes de transformação social. Deste modo, a educação não deve ser passiva,
acomodada, presa a conceitos e preconceitos.
40
-Sociedade:
Todos erram: a maioria usa erros para se destruir; a minoria, para se
construir. Estes últimos são os sábios, e esta é a nossa visão de sociedade. Sendo
assim, um bom educador deve valorizar mais as pessoas que erram do que o erro
da pessoa.
A forma de educar “para o mundo” usando a autoestima como
elemento fundamental, capacitar os educandos a empregar os recursos tecnológicos
para a aquisição e construção do conhecimento, além de conscientizá-los que o
campo é um modo de vida social que contribui para autoafirmar a identidade dos
povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os
seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza,
recriando desta forma a sua história, retratando a diversidade sócio cultural do
campo, são os nossos modelos de educação.
-Cultura:
Cultura é entendida como toda produção humana que se constrói a
partir da relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo.
Não pode ser resumida apenas a manifestações artísticas, devendo ser
compreendida como os modos de vida, que são os costumes, as relações de
trabalho, familiares, religiosas, de diversão, festas etc. Trata-se de elementos
culturais presentes os quais caracterizam os diferentes sujeitos no mundo e,
portanto, os diferentes povos do campo. A cultura é gerada na prática social
produtiva de cada uma das categorias sociais dos povos do campo.
Esses conteúdos culturais devem estar presentes nas práticas
pedagógicas, pois são eles que fazem a escola ter um sentido na formação dos
alunos.
- Mundo:
“O maior pecado capital que os educadores podem cometer é destruir
a esperança e os sonhos dos jovens. Sem esperança não há estrada, sem sonhos
não há motivação para caminhar.
O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo
na vida, mas se tem esperança e sonhos, ele tem brilho nos olhos e alegria no
olhar.” (AUGUSTO CURY)
41
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná – Educação do Campo, o ser humano é
sujeito da história, não está “colocado” no mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo,
faz cultura. Portanto o mundo é visto como descobertas que são capazes de
construir significantemente o desenvolvimento das potencialidades dos seres
humanos; é reconhecer o universo que os educandos trazem em si, propiciando
situações de ensino-aprendizagem que promovam a sua descoberta para o bem
comum.
- Educação:
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – Ensino Fundamental e
Médio, desenvolve um trabalho voltado para a educação do campo que tem como
ponto de partida a reflexão sobre as atividades humanas produtivas desenvolvidas
pelos moradores do campo.
É a formação educacional que dará a peculiaridade à função social de
determinado indivíduo. Mas, entre os povos do campo há uma lógica de divisão
social do trabalho que é cultural, podendo estar centralizada na organização da
família ou nas peculiaridades de cada atividade produtiva.
A formação do professor e sua disposição para a problematização dos
aspectos da vida cotidiana são essenciais à educação que se quer para o campo.
Cultura e identidade são dois conceitos que podem ser
problematizados a partir da identificação da trajetória de vida dos alunos, da
caracterização das práticas socioculturais vividas na comunidade onde a escola está
localizada, da análise das relações sociais vividas nos ambientes familiares,
comunitário e de trabalho.
A interdependência campo-cidade pode ser problematizada a partir das
atividades cotidianas e das necessidades sociais básicas.
Portanto o urbano e o campo não estão dissociados, afinal são
diferentes movimentos sociais que reivindicam direitos. É a partir da organização
política, movimentos sociais e cidadania que o professor poderá definir os
conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados, tendo a possibilidade
de desvelar com os alunos as relações sociais do mundo capitalista, nas quais os
povos do campo estão inseridos.
42
- Escola:
Só podemos educar para serem livres para pensar, porque somente
uma mente livre é capaz de gerar pessoas livres. (Cury – 2004)
A escola tem a função de estimular e elevar o nível de consciência do
educando a respeito da realidade social em que ele se insere, a fim de capacitá-lo
para atuar no sentido de sua emancipação social, econômica, política e cultural.
Portanto, ser uma instituição preocupada em compreender o momento
atual e suas consequentes tendências, procurando oferecer à sociedade, aquilo que
considere faltar ao mundo contemporâneo, é a função da escola.
Os povos do campo querem que a escola seja o local que possibilite a
ampliação dos conhecimentos.
A participação dos membros da comunidade escolar nos processos
decisórios da escola assegura o seu sucesso, permite as pessoas se
conscientizarem sobre as suas práticas e resgatarem os seus valores estabelecendo
novas relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos,
possibilidades e projetos de ação.
- Conhecimento:
O conhecimento é um instrumento que possibilita os indivíduos a se
tornarem sujeitos no processo histórico de sociedade em que vivem.
Hoje, os professores são cozinheiros do conhecimento, mas preparam
o alimento para uma plateia sem apetite. É por causa da saúde de nossos alunos
que a educação tem que ser reconstruída.
Talvez esta seja uma das experiências negativas em relação à escola
pública.
Busquemos com ardor no processo educacional, a aplicação de
técnicas motivadoras e psicopedagógicas para se obter o sucesso.
A preocupação com o conhecimento no processo ensino-
aprendizagem se faz pela necessidade de seu domínio, principalmente, para que o
educando seja capaz de se defender e ajudar ideologicamente em seu cotidiano.
Que ele possa atuar politicamente destruindo toda a opressão e dependência.
Como escola de campo, devemos realizar uma interpretação da
realidade que considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como
43
produção material e cultural da existência humana. A partir dessa perspectiva,
devemos construir conhecimentos que promovam novas relações de trabalho e de
vida para os povos no e do campo.
- Tecnologia:
A escola tem por obrigação propiciar aos alunos e também aos
mestres a condição inclusiva das tecnologias.
Hoje, a humanidade tem que se adequar à modernidade das
máquinas, principalmente no tocante à informática, para poderem trabalhar em
situação de igualdade.
Sejam professores ou alunos, essa parceria terá como consequência a
produtividade na educação.
- Ensino-aprendizagem:
Uma pessoa mais livre no processo de aprender, torna-se mais livre
no processo de interagir na sociedade e definir os rumos de sua vida.
Thomas Edison acreditava que as conquistas humanas compõem-se
de 1% de inspiração e 99% de transpiração. O inventor de “luz exterior” teve uma luz
interior. Seu princípio tem fundamento, mas precisa de correção. As conquistas
dependem de 50% de disciplina e determinação e 50% de estudos. Esses pilares
contribuem para formar o caráter de um líder.
A escola atual tornou-se o lugar fundamental na qual o conhecimento
ganha sentido. Nesse aspecto, a escola deve realizar uma interpretação da
realidade que considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como
produção material e cultural da existência humana. Daí a necessidade dos
conteúdos voltarem-se para tudo o que é preciso para o aluno conquistar seu
espaço na sociedade e praticar a cidadania, construindo conhecimentos que
promovam novas relações de trabalho e de vida para os povos no e do campo.
- Cidadania/cidadão:
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade
perante a lei: em resumo, ter direitos civis. É, também, participar no destino da
sociedade, votar e ser votado, ter direitos políticos e sociais como participação do
indivíduo na riqueza coletiva: direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à
saúde, a uma velhice tranquila.
44
Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e
deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade.
Para o educador brasileiro Demerval Saviani, ser cidadão significa ser
sujeito de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a
participar da vida da cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”.
Cidadania, na sua acepção mais ampla, é a expressão concreta do
exercício da democracia.
A cidadania é exercida pelos cidadãos. A ideia de cidadania ativa é ser
alguém que cobra, propõe e pressiona o tempo todo.
6.1.11. CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA:
A gestão escolar é o processo que rege o funcionamento da escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões pedagógicas e administrativas,
envolvendo a participação de toda a comunidade escolar que é o conjunto
constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e
funcionários que participam da ação educativa na escola.
A administração escolar pautada pelo autoritarismo em suas relações
e pela ausência de participação dos diversos setores da escola e da comunidade
não combina, não condiz com uma concepção de sociedade democrática. E para
que a gestão democrática se efetue é preciso que todos os envolvidos da
comunidade escolar participem das decisões que dizem respeito à organização e
funcionamento da escola.
Portanto, lutar pela democratização da escola é implementar a luta
pela democratização da sociedade. Os objetivos de uma gestão escolar devem estar
acordados com os de uma sociedade democrática.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos deste colégio nas
decisões/ações administrativo-pedagógicas aqui desenvolvidas. Nas palavras de
Marques:
A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece
as pressões para que elas sejam legítimas, garante o controle sobre os
45
acordos estabelecidos e, sobretudo contribuem para que sejam
contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação.
(1990, p. 21)
Princípios Orientadores da Gestão Democrática:
- Empoderamento: a escola deve construir uma identidade.
- Participação: a escola tem o papel principal de propiciar a educação
dos estudantes.
- Representatividade: no processo de participação, principalmente no
Conselho Escolar ou em outras reuniões, cada um deve falar em função do
pensamento de seu grupo, de uma discussão prévia com os representados.
- Autonomia: A democracia não representa bagunça, desorganização.
Pelo contrário, tudo tem de ser decidido e feito de acordo com regras já assentadas
e as decisões tomadas. Esse processo vai construindo a autonomia da escola, no
sentido de que ela reconhece e resolve por si os problemas, sem, é óbvio, dispensar
a cooperação das autoridades e da comunidade.
- Transparência: a escola democrática é aquela onde as informações
são públicas. Qualquer dinheiro que a escola recebe ou adquire é conhecido de
todos, e seu destino é alvo de decisão do colegiado. As despesas viram notícia
pública, em mural ou boletim. Assim como os alunos aprendem cidadania em
eleição de diretor, preparando-se para as eleições gerais, todos aprendem a
controlar as verbas públicas pelo acompanhamento dos gastos escolares.
6.1.12. ADMINISTRAÇÃO COLEGIADA:
O Projeto Político-Pedagógico enquanto expressão política das
necessidades sociais e expressão política da Lei Maior, e considerando a estrutura e
funcionamento deste colégio, é o nosso ponto de referência, nosso documento-base,
a maneira como se dispões a organização interna e a fisionomia da instituição. Ele
delineia a identidade da escola e é o documento fonte/instrumento das políticas
educacionais em ação na escola. As decisões que são tomadas pelo conjunto da
comunidade escolar, isto é, coletivamente, garantem a política educacional e a
qualidade do ensino.
46
Neste sentido, o presente Projeto expressa em seu teor a
administração colegiada, através da transparência e impessoalidade, autonomia e
participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e competência, desde
a construção de sua concepção, de sua execução até a sua avaliação.
6.1.13. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA:
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que
trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional
baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas
também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos
professores articulado com as escolas e seus projetos.
A melhoria da qualidade da formação profissional e a valorização do
trabalho pedagógico, requerem a articulação entre instituições formadoras e a rede
de ensino. A formação profissional implica, também, a indissociabilidade entre a
formação inicial e a formação continuada.
O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo-lhes
o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa “valorizar a
experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de sua prática
pedagógica”(Veiga e Carvalho 1994, p.51).
6.1.14. CONCEPÇÃO DA HORA-ATIVIDADE:
A hora-atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de
docência para estudos, avaliação e planejamento, realizado preferencialmente de
forma coletiva, favorecendo o trabalho dos professores quanto a:
-preparação e correção de atividades realizadas pelos alunos;
-realização de atividades que desenvolvam a elaboração e
implementação de propostas para a melhoria de qualidade de ensino;
-formação de grupos de professores para o planejamento e
desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemas
diagnosticados no interior da escola;
47
-reflexão, estudo, investigação, avaliação do processo ensino-
aprendizagem.
6.1.15. CONCEPÇÃO DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE:
O plano de trabalho docente é a representação escrita do
planejamento do professor, e é entendido como expressão do currículo em sala de
aula e que este, na sua natureza, não é neutro, pois os conteúdos selecionados
também não são neutros, uma vez que expressam e legitimam uma intencionalidade
e estão voltados para as finalidades da educação e a quem se destinam. O plano de
trabalho docente permite a dimensão transformadora do conteúdo. Ele é um
documento que antecipa a ação do professor, organizando o processo de ensino-
aprendizagem. É o currículo em ação. Todas as atividades da escola devem estar
previstas nos planos de trabalho docente dos professores e por consequência esse
conteúdo será repassado aos alunos.
6.1.16. CONCEPÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA:
As reuniões pedagógicas são momentos de reflexão, análise e
debates que vão desencadear soluções de problemas existentes, para melhor
organização do trabalho pedagógico e integração entre direção, equipe pedagógica,
professores, funcionários e pais. São voltadas para a troca de experiências e
informações, onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplicando-a no exercício
do cotidiano.
A reunião é espaço de encontro, de escuta, de trocas e de
transformação. Informações que viram conhecimentos, palavras que viram
documentos, vivências que viram experiências, e planos que se concretizam.
Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir
coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,
percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades
e necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto.
48
Nesta perspectiva, instâncias de decisões coletivas fazem parte da
estrutura de funcionamento da escola e as reuniões pedagógicas de professores ou
de pais, são fundamentais e merecem toda atenção da direção e equipe
pedagógica, que deverão pautar seus trabalhos pelas discussões e pelos
encaminhamentos definidos por elas.
6.1.17. CONCEPÇÃO DE CONSELHO DE CLASSE:
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, é parte integrante do
processo de avaliação desenvolvido na escola. Dentro da concepção progressista, é
um espaço de grande valor, se considerarmos que é neste momento que se
processa a avaliação dos encaminhamentos tomados no período escolar. “Ele é um
juízo emitido pelo conjunto de professores da turma sobre a realidade”. (GANDIM e
CARRILHO, p.103). É neste momento que se dá o julgamento sobre a realidade do
aluno – sua busca de identidade, seu esforço na instrumentalização para a
participação, seu novo modo de pensar, fazer e agir, e da realidade do professor –
sua relação interpessoal com a turma, a metodologia utilizada e outros aspectos
significativos.
O que se busca no Conselho de Classe é que o grupo possa identificar
o porquê do insucesso de alguns, o porquê das atitudes identificadas – apatia,
desinteresse, atos e omissões e outros sintomas demonstrados durante o bimestre.
É importante que se avalie onde é que a ação do professor, a linha de trabalho, a
estrutura da escola pode estar sendo geradora dos problemas e até se a conduta
reflete uma situação externa.
É este o espaço onde os profissionais podem e devem avaliar seu
próprio trabalho, a atuação de sua turma e propor novas ações, atitudes, rotinas e
regras para o próximo período.
Cumpre, portanto, a todos os profissionais da educação realizar
enfrentamentos no sentido de superar a estrutura de Conselho de Classe autoritária,
burocrática e excludente, que serve mais para legitimar o fracasso escolar do que
para reorganizar o trabalho pedagógico e, mais especificamente, o trabalho
educativo que se concretiza na relação aluno-professor.
49
6.2. CONCEPÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:
O tempo escolar compreende o período de vivência pedagógica dos
alunos no ambiente escolar durante o curso, onde ocorrem as aprendizagens
significativas para toda a vida.
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – E.F.M oferta o Ensino
Fundamental, organizado em séries, dando ênfase à igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola, liberdade de aprender, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber e a vinculação entre a educação escolar, o
trabalho e as práticas sociais, considerando a dinâmica da vida do campo
Oferta também, o Ensino Médio, organizado em séries, dando ênfase
ao aprimoramento do aluno como cidadão consciente com formação ética,
autonomia intelectual e pensamento crítico, embasamento da parte diversificada, a
consolidação e o aprofundamento do conhecimento do ensino fundamental,
continuação da parte diversificada e o prosseguimento das três áreas de
conhecimento, com características de finalização do curso, fornecendo meios para o
prosseguimento dos estudos ou ingresso no trabalho, assim como a parte
diversificada com ênfase para os estudos e ou ingressos no mercado de trabalho.
Ao final do Ensino Médio o aluno deve demonstrar a compreensão
crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos processos de
mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos processos de
mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das formas de
exclusão, bem como, ter percepção própria como indivíduo e personagem social,
com consciência, reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica
da relação homem-mundo, fortalecendo e difundindo a identidade do homem do
campo.
6.3. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Ensino
Fundamental terá por objetivo a formação básica do cidadão mediante o
desenvolvimento da capacidade de aprender, a valorização da cultura local/regional
50
e o respeito a diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de
ideologia e de condição socioeconômica. O Ensino Médio deve assegurar a todos os
cidadãos, a oportunidade de consolidar e aprofundar seus conhecimentos adquiridos
no Ensino Fundamental, aprimorar a educação como pessoa humana possibilitando
o prosseguimento de estudos, garantindo o verdadeiro papel de cidadania.
Na concepção de Lei, o Ensino Fundamental está organizado da
seguinte forma:
-ensino seriado com quatro anos de duração, perfazendo um total de
3.200 horas;
-os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas.
O Ensino Médio está organizado conforme:
-ensino seriado com três anos de duração, perfazendo um mínimo de
2.400 horas;
-os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas.
Serão inseridos os conteúdos relacionados ao Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, os Desafios Educacionais Contemporâneos e a
Educação do Campo, através da análise e reflexão sobre a diversidade cultural e
racial em todas as disciplinas ofertadas tanto no Ensino Fundamental quanto no
Médio.
51
6.4. MATRIZ CURRICULAR:
- Ensino Fundamental Diurno:
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 2200 – RIBEIRÃO CLARO
ESTABELECIMENTO: 00486 – COL. EST. SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – E.F.M.
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO:TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES C. HORÁRIABASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 3 3 480 400
Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67
Geografia (401) 3 3 3 4 520 433
História (501) 3 3 4 3 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Matrícula facultativa para o aluno.
52
- Ensino Fundamental Noturno
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 2200
ESTABELECIMENTO: 00486 – COL. EST. SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – E.F.M.
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES C. HORÁRIABASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 3 4 520 433
Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67
Geografia (401) 4 4 3 3 560 467
História (501) 3 3 4 3 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativo
para o aluno.OBS: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45
minutos.
53
- Ensino Médio
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 2200 – RIBEIRÃO CLARO
ESTABELECIMENTO: 00486 – COL. EST. SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – E.F.M.
CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA
BASE
NACIONA
COMUM
1ª 2ª 3ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 240 200
Biologia (1001) 2 2 2 240 200
Educação Física (601) 2 2 2 240 200
Filosofia (2201) 2 2 2 240 200
Física (901) 2 2 2 240 200
Geografia (401) 2 2 2 240 200
História (501) 2 2 2 240 200
Língua Portuguesa (106) 2 3 2 280 233
Matemática (201) 3 2 3 320 267
Química (801) 2 2 2 240 200
Sociologia (2301) 2 2 2 240 200
SUB TOTAL 23 23 23 2760 2300
P. D. L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 240 200
SUB TOTAL 25 25 25 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/R 833 833 833 2.500
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
OBS: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
54
6.5. RESOLUÇÃO CP Nº 1 DE 17/06/2004:
Resolução nº 1, de 17/06/2004: Institui Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
O Presidente do Conselho Nacional de Educação, tendo em vista o
disposto no art. 9º, § 2º, alínea "c", da Lei nº 9.131, publicada em 25 de novembro de
1995, e com fundamentação no Parecer CNE/CP 3/2004, de 10 de março de 2004,
homologado pelo Ministro da Educação em 19 de maio de 2004, e que a este se
integra, resolve:
Art. 1° A presente Resolução institui Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que
atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por
Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de
professores.
§ 1° As Instituições de Ensino Superior incluirão nos conteúdos de
disciplinas e atividades curriculares dos cursos que ministram, a Educação das
Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que
dizem respeito aos afrodescendentes, nos termos explicitados no Parecer CNE/CP
3/2004.
§ 2° O cumprimento das referidas Diretrizes Curriculares, por parte das
instituições de ensino, será considerado na avaliação das condições de
funcionamento do estabelecimento.
Art. 2° As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africanas constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o
planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a
educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e
pluri-étnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção
de nação democrática.
55
§ 1° A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a
divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores
que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos
legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia
brasileira.
§ 2º O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por
objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-
brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das
raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas.
§ 3º Caberá aos conselhos de Educação dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios desenvolver as Diretrizes Curriculares Nacionais
instituídas por esta Resolução, dentro do regime de colaboração e da autonomia de
entes federativos e seus respectivos sistemas.
Art. 3° A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História
e Cultura Afro-Brasileira, e História e Cultura Africana será desenvolvida por meio de
conteúdos, competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas
Instituições de ensino e seus professores, com o apoio e supervisão dos sistemas
de ensino, entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas, atendidas as
indicações, recomendações e diretrizes explicitadas no Parecer CNE/CP 3/2004.
§ 1° Os sistemas de ensino e as entidades mantenedoras incentivarão
e criarão condições materiais e financeiras, assim como proverão as escolas,
professores e alunos, de material bibliográfico e de outros materiais didáticos
necessários para a educação tratada no "caput" deste artigo.
§ 2° As coordenações pedagógicas promoverão o aprofundamento de
estudos, para que os professores concebam e desenvolvam unidades de estudos,
projetos e programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares.
§ 3° O ensino sistemático de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na Educação Básica, nos termos da Lei 10639/2003, refere-se, em
especial, aos componentes curriculares de Educação Artística, Literatura e História
do Brasil.
56
§ 4° Os sistemas de ensino incentivarão pesquisas sobre processos
educativos orientados por valores, visões de mundo, conhecimentos afro-brasileiros,
ao lado de pesquisas de mesma natureza junto aos povos indígenas, com o objetivo
de ampliação e fortalecimento de bases teóricas para a educação brasileira.
Art. 4° Os sistemas e os estabelecimentos de ensino poderão
estabelecer canais de comunicação com grupos do Movimento Negro, grupos
culturais negros, instituições formadoras de professores, núcleos de estudos e
pesquisas, como os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros, com a finalidade de buscar
subsídios e trocar experiências para planos institucionais, planos pedagógicos e
projetos de ensino.
Art. 5º Os sistemas de ensino tomarão providências no sentido de
garantir o direito de alunos afrodescendentes de frequentarem estabelecimentos de
ensino de qualidade, que contenham instalações e equipamentos sólidos e
atualizados, em cursos ministrados por professores competentes no domínio de
conteúdos de ensino e comprometidos com a educação de negros e não negros,
sendo capazes de corrigir posturas, atitudes, palavras que impliquem desrespeito e
discriminação.
Art. 6° Os órgãos colegiados dos estabelecimentos de ensino, em suas
finalidades, responsabilidades e tarefas, incluirão o previsto o exame e
encaminhamento de solução para situações de discriminação, buscando-se criar
situações educativas para o reconhecimento, valorização e respeito da diversidade.
§ Único: Os casos que caracterizem racismo serão tratados como
crimes imprescritíveis e inafiançáveis, conforme prevê o Art. 5º, XLII da Constituição
Federal de 1988.
Art. 7º Os sistemas de ensino orientarão e supervisionarão a
elaboração e edição de livros e outros materiais didáticos, em atendimento ao
disposto no Parecer CNE/CP 3/2004.
Art. 8º Os sistemas de ensino promoverão ampla divulgação do
Parecer CNE/CP 3/2004 e dessa Resolução, em atividades periódicas, com a
participação das redes das escolas públicas e privadas, de exposição, avaliação e
57
divulgação dos êxitos e dificuldades do ensino e aprendizagens de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana e da Educação das Relações Étnico-Raciais.
§ 1° Os resultados obtidos com as atividades mencionadas no caput
deste artigo serão comunicados de forma detalhada ao Ministério da Educação, à
Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, ao Conselho Nacional de
Educação e aos respectivos Conselhos Estaduais e Municipais de Educação, para
que encaminhem providências, que forem requeridas.
Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
6.6. LEI 13.381/2001:
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono
a seguinte lei:
Art. 1º. Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública
Estadual de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino
Fundamental e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
§ 1º. A disciplina História do Paraná deverá permanecer, como parte
diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos
em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
§ 2º. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer
abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da
cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e
microrregiões do Estado.
Art. 2º. A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser
incluídos nos conteúdos da disciplina História do Paraná.
Parágrafo único. O hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do
Hino do Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também, nas
comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
58
Art. 3º. As instituições escolares e a comunidade poderão concorrer
para a eficácia da aprendizagem da História do Paraná, através de um processo de
cooperação permanente.
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
6.7. LEI 11.788/2008
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis
nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o
parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o
da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO
Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido
no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos.
§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de
integrar o itinerário formativo do educando.
§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da
atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento
do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme
determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do
projeto pedagógico do curso.
59
§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do
curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
§ 3o As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica
na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser
equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.
Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei
quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de
qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:
I – matrícula e frequência regular do educando em curso de educação
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte
concedente do estágio e a instituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e
aquelas previstas no termo de compromisso.
§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter
acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por
supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no
inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final.
§ 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de
qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de
emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da
legislação trabalhista e previdenciária.
Art. 4o A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos
estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no País,
autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante,
na forma da legislação aplicável.
Art. 5o As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio
podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e
60
privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado,
devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação
que estabelece as normas gerais de licitação.
§ 1o Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de
aperfeiçoamento do instituto do estágio:
I – identificar oportunidades de estágio;
II – ajustar suas condições de realização;
III – fazer o acompanhamento administrativo;
IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais;
V – cadastrar os estudantes.
§ 2o É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título
de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo.
§ 3o Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se
indicarem estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a
programação curricular estabelecida para cada curso, assim como estagiários
matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio
curricular.
Art. 6o O local de estágio pode ser selecionado a partir de cadastro de
partes cedentes, organizado pelas instituições de ensino ou pelos agentes de
integração.
CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos
estágios de seus educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu
representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz,
e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à
proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do
estudante e ao horário e calendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua
adequação à formação cultural e profissional do educando;
61
III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no
estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do
estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não
superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades;
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o
estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação
dos estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período
letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas.
Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em
acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei,
será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for
avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.
Art. 8o É facultado às instituições de ensino celebrar com entes
públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o
processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus
educandos e as condições de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei.
Parágrafo único. A celebração de convênio de concessão de estágio
entre a instituição de ensino e a parte concedente não dispensa a celebração do
termo de compromisso de que trata o inciso II do caput do art. 3o desta Lei.
CAPÍTULO III
DA PARTE CONCEDENTE
Art. 9o As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da
administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais
liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes
obrigações:
62
I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o
educando, zelando por seu cumprimento;
II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao
educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;
IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes
pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique
estabelecido no termo de compromisso;
V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de
realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos
períodos e da avaliação de desempenho;
VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem
a relação de estágio;
VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6
(seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.
Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade
pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá,
alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.
CAPÍTULO IV
DO ESTAGIÁRIO
Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum
acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu
representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com
as atividades escolares e não ultrapassar:
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de
estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional de educação de jovens e adultos;
63
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de
estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino
médio regular.
§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos
períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de
até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto
pedagógico do curso e da instituição de ensino.
§ 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem
periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será
reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para
garantir o bom desempenho do estudante.
Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não
poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de
deficiência.
Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de
contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão,
bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.
§ 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
§ 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado
facultativo do Regime Geral de Previdência Social.
Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha
duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser
gozado preferencialmente durante suas férias escolares.
§ 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado
quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.
§ 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de
maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.
Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e
segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte
concedente do estágio.
CAPÍTULO V
64
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta
Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio
para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
§ 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de
que trata este artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos,
contados da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente.
§ 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou
agência em que for cometida a irregularidade.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário
ou com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte
concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração
a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das partes.
Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de
pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes
proporções:
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco)
estagiários;
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento)
de estagiários.
§ 1o Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto
de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio.
§ 2o Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou
estabelecimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados
a cada um deles.
§ 3o Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput
deste artigo resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro
imediatamente superior.
65
§ 4o Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de
nível superior e de nível médio profissional.
§ 5o Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o
percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do
estágio.
Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados antes do início da
vigência desta Lei apenas poderá ocorrer se ajustada às suas disposições.
Art. 19. O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 428. ......................................................................
§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação
na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz na
escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de
aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação
técnico-profissional metódica.
......................................................................
§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por
mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
......................................................................
§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para
o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá
ocorrer sem a frequência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino
fundamental.” (NR)
Art. 20. O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de
realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria.
Parágrafo único. (Revogado).” (NR)
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
66
Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e
8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de
agosto de 2001.
6.8. ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA:
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – E.F.M, a partir do ano
2010 passou a cumprir o que determina a Lei 11.684/08, a qual altera o artigo 36 da
Lei 9394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir
a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do Ensino
Médio, bem como, a Deliberação 03/08-CEE, a qual normatiza o ensino destas
disciplinas nas instituições do Sistema de Ensino do Paraná. Portanto, a Filosofia e a
Sociologia são ofertadas neste colégio como disciplinas específicas pertencentes a
Base Nacional Comum da Matriz Curricular do Ensino Médio, deste Estabelecimento
de Ensino.
6.9. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO:
O currículo é um importante elemento constitutivo da organização
escolar. O currículo implica, necessariamente, a interação entre os sujeitos que têm
um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente. Podemos
situar o currículo como um produto histórico, resultado de um conjunto de forças
sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes que
circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são
também históricos e sociais. Nesta perspectiva, o currículo deve oferecer, não
somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos, como também, os
movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma
os sujeitos se inserem neles. O currículo da escola é a seleção intencional de uma
porção de cultura. Cultura por sua vez, refere-se a toda a produção humana que se
constrói a partir das inter-relações do ser humano com a natureza, com o outro e
consigo mesmo. Esta ação essencialmente humana e intencional é realizada a partir
67
do trabalho, através do qual o homem se humaniza e humaniza a própria a
natureza. Neste sentido, à escola cabe erigir seu papel fundamental na
transmissão, apropriação e socialização dos saberes culturais, numa base
teleológica (intencional) que pressuponha uma ação intencional e transformadora
da realidade concreta.
Quando currículo expressa a centralidade das políticas educacionais,
ele está também expressando as intenções sociais, políticas, ideológicas e até
econômicas que se manifestam sobre a escola e sobre as aspirações que se tem
sobre ela. Assim, currículo acaba se manifestando nas tensões e contradições
entre o caminho que se almeja percorrer, a intenção deste caminho e o ponto de
chegada dele.
Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de
mundo, de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações
sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela
vividas. É, como consequência disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e
conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população, uma
vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade
cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.
6.9.1 RELAÇÃO ENTRE CONTEÚDO, MÉTODO, CONTEXTO
SÓCIOCULTURAL E FINS DA EDUCAÇÃO:
Os saberes escolares localizam-se em dois planos: os saberes da
experiência trazidos pelos alunos e os saberes da experiência trazidos pelos
professores, somados aos específicos de cada área do conhecimento e aos gerais.
Para que isto se efetive, os conteúdos escolares terão que ser
selecionados a partir do significado que têm para a valorização da cultura dos povos
do campo, de forma que contribuam nos diversos momentos pedagógicos para a
ampliação dos conhecimentos dos educandos.
De acordo com a função de sua relevância social, os conteúdos
devem ser estabelecidos e selecionados a partir da “cultura” e convertidos em “saber
escolar” (...) os conteúdos devem ser sequenciados e dosados, visando a
68
compreensão reflexiva e crítica da realidade na produção de novos conhecimentos
(CF. SILVA, 1988).
A função política da escola consiste em socializar o conhecimento
sistematizado, tornando-se um instrumento às classes populares na aquisição de
conhecimentos para a luta contra as desigualdades e para a participação no
processo de transformação social.
A compreensão crítico-social dos conteúdos se dá pela visão de
historicidade dos conteúdos, o qual se justifica pela elaboração e desenvolvimento
do currículo, portanto os conteúdos escolares não são atividades neutras.
O ensino refere-se tanto ao processo de busca, de descoberta, de
apreensão da realidade objetiva, quanto à assimilação dos resultados das
investigações e do saber sistematizado. Na base do conhecimento está a natureza
já transformada pelo homem. Na atividade prática, o homem encontra saberes que
não precisam ser novamente descobertos a cada dia.
Na perspectiva de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos, é
importante a existência de um currículo básico com entendimento como um conjunto
sistematizado de conhecimento propostos para subsidiar o trabalho da escola e dos
professores.
6.9.2. RELAÇÕES ENTRE AS CONCEPÇÕES DE HOMEM,
SOCIEDADE, MUNDO, EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM E A FINALIDADE DOS
CONTEÚDOS:
Concebemos o homem como um ser natural e social. Para sobreviver
ele precisa relacionar-se com a natureza, já que ela provêm as condições que lhe
permitem perpetuar-se enquanto espécie. Na busca das condições para a sua
sobrevivência, o ser humano atua sobre a natureza transformando-a segundo suas
necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve
múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos que são
produzidos e transmitidos de geração a geração.
69
A transmissão dessas experiências e conhecimentos se dá por meio
da educação e da cultura. Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A
interação homem-natureza é um processo permanente, de mútua transformação e
se constitui no processo de produção da existência humana. Sua ação é intencional
e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais
que são apropriados de diferentes formas pela humanidade. O processo de
produção da existência humana é um processo social, sendo assim, o ser humano
não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros para sobreviver. Existe
interdependência dos seres humanos em todas as formas da atividade humana,
sejam quais forem suas necessidades, desde a produção de bens até a
elaboração de conhecimentos, costumes, valores. Essas necessidades são criadas,
atendidas e transformadas a partir da organização e do estabelecimento de
relações entre os homens.
A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com diferentes
ideologias, histórias e culturas; uma sociedade capitalista, na qual a maioria dos
indivíduos não tem acesso ao desenvolvimento, tendo poucas oportunidades sobre
a ação social. Como em muitas das instituições escolares públicas, neste colégio
vivemos as evidências e consequências desse conflito. Apesar da diversidade e
especialmente em função dela, a luta diária pela transformação se faz. Alunos,
social e economicamente carentes, travam batalhas, juntamente com a comunidade
escolar, pelas mudanças desejadas e merecidas.
Dentre as ideias que o homem produz, parte delas constitui o
conhecimento referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes
formas (senso comum, científico, tecnológico, filosófico, estético, etc) exprime as
condições materiais de um dado momento histórico. O conhecimento é construído
por meio das relações de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado
pelo modo de produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e
sociedade. É a formação educacional que dará a peculiaridade à função social de
determinado indivíduo. Mas, entre os povos do campo há uma lógica de divisão
social do trabalho que é cultural, podendo estar centralizada na organização da
família ou nas peculiaridades de cada atividade produtiva. É a partir da organização
política, movimentos sociais e cidadania que o professor poderá definir os
70
conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados, tendo a possibilidade
de desvelar com os alunos as relações sociais do mundo capitalista, nas quais os
povos do campo estão inseridos.
Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação do conhecimento
pelos educandos, representantes da classe trabalhadora, permitindo aos mesmos,
reconhecer e defender seus interesses. A escola tem a função social de garantir o
acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade e permitir que
os estudantes desvelem a realidade. Esse processo é indispensável para que não
apenas conheçam e saibam o mundo em que vivem, mas com isso saibam nele
atuar e transformá-lo. O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva, acordado com o
ideal acima expressado, busca entre seus profissionais, disseminar esse ideal,
apoiando iniciativas que promovam o acesso amplo e aprofundado, na medida do
possível, a seus alunos. Portanto, deste Colégio se espera a disseminação do
conhecimento dinâmico pela troca de experiências, que busque inovações, que saia
da rotina, que instigue o aluno a ousar, pôr em prática o conhecimento científico
mediado pela escola. Neste aspecto, a escola deve realizar uma interpretação da
realidade que considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como
produção material e cultural da existência humana. Nessa perspectiva, deve
construir conhecimentos que promovam novas relações de trabalho e de vida para
os povos no e do campo.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos
homens que o situa dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode
ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. De acordo
com Demerval Saviani, a ”educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, o
que significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma experiência do e para o
processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho” (SAVIANI,
1992, p. 19). Pretendemos uma educação voltada para a transformação social,
sendo essa libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um
conhecimento científico, político e cultural, visando formar um cidadão crítico e
consciente de seus direitos e deveres, preparado para a vida, e incentivado a
aprender a ser e viver no campo.
71
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade
precisa contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de
cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais
diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas
populares de forma a levá-las à produção de uma cultura erudita. Respeitando a
diversidade cultural e valorizando a cultura e identidade dos povos do campo, cabe à
esta escola aproveitar essa diversidade existente para conhecer e vivenciar o
multiculturalismo, que vise a transformação do ser humano, da sociedade e do
mundo. É necessário continuar lutando pela escolarização como um bem público,
contra a domesticação política, contribuindo para que a educação em geral e o
currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os mais
desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder.
6.9.3. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na
realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise
dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo
esta interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes
mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos
membros da espécie humana.
Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de
conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos
alunos e exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos.
No entanto este paradigma deve ser quebrado, é preciso não limitar
este estudo em relação comportamento do professor com resultados do aluno;
devendo introduzir os processos construtivos como mediadores para superar as
limitações do paradigma processo-produto.
Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o
diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-
se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é
portador do conhecimento mais importante: o da vida.
72
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente,
do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua
capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da
criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o
professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para
as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global,
trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente
de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
6.9.4. DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA QUE
ARTICULE CONTEÚDOS E A DINÂMICA DE UM PROCESSO EDUCATIVO QUE
EMPREGUE RECURSOS DIDÁTICOS-PEDAGÓGICOS FACILITADORES DA
APRENDIZAGEM:
A melhor prática pedagógica é aquela que motiva e envolve o aluno
nas aulas, que leva em conta sua realidade, suas necessidades e que está ligada a
fatos do cotidiano e da atualidade, além de ter como fio condutor, o envolvimento
coletivo na construção do saber escolar, a fim de torná-los agentes de seu próprio
pensamento, pela interação e pelo conhecimento.
Nesta perspectiva, para formarmos alunos capazes de re-elaborarem
o pensamento de forma significativa, caminhar na construção de uma escola
inclusiva, faz-se necessário enfrentar o desafio da complexidade, isto é, repensar as
teorias da educação dentro de um contexto mais abrangente, com visões e
entendimentos de perspectivas globais, buscando dentro do contexto histórico,
compreender qual a melhor metodologia de ensino a ser utilizada, traçar metas
identificando que tipo de alunos queremos formar e para que tipo de sociedade, isso
porque para trabalhar com as classes populares, os enfoques não podem ser
simplificadores, mas sim ricos e diversificados. Neste sentido, Zibas (2003), nos
alerta: “... a maior dificuldade é reconhecer que a imprescindível valorização da
cultura popular não nos exime da necessidade de tornar significativo, principalmente
para os filhos das camadas populares, o conhecimento historicamente acumulado.
Caso contrário, continuaremos com um sistema educacional irremediavelmente
73
cindido entre a escola para a classe média e a escola dos pobres, em que a
aprendizagem de conteúdos significativos se torna uma farsa...”.
6.9.5. INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO
A interdisciplinaridade significa utilizar conhecimentos de várias
disciplinas para a compreensão de uma situação problema. É uma integração de
saberes.
A contextualização do conteúdo traz importância ao cotidiano do
aluno, mostra que aquilo que se aprende, em sala de aula, tem aplicação prática em
suas vidas. A contextualização permite ao aluno sentir que o saber não é apenas um
acúmulo de conhecimentos técnico-científicos, mas sim uma ferramenta que os
prepara para enfrentar o mundo, permitindo-lhe resolver situações até então
desconhecidas.
6.9.6. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação deve ser vista como um processo inerente ao processo
educativo e deve ser constante. Os resultados se constituirão em ferramentas para
tomadas de decisões acerca do aprendizado do aluno e da metodologia utilizada
pelo professor. Enfim, é um referencial de todo o trabalho pedagógico.
Ela também é indispensável para o levantamento das dificuldades
específicas dos alunos e para a busca de auxílio dos mesmos , para que cada um
trilhe com sucesso o caminho da aprendizagem.
A avaliação deve ser entendida como elemento favorecedor da
melhoria da qualidade da aprendizagem. A avaliação deixa de ser uma arma contra
o aluno para ser assumida como instrumento de autorregulação do processo ensino
e aprendizagem, garantindo desta forma que os objetivos propostos sejam atingidos.
74
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A função da avaliação é harmonizar a atuação do professor aos
ritmos de aprendizagem dos alunos possibilitando-o avançar nos patamares do
conhecimento.
Ela deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação
pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
A avaliação do resultado imediato de aprendizagem deverá ser
expresso sempre com palavras de fé, amor, incentivo, coragem, que contribuam
para o aluno continuar aprendendo, criando e realizando-se.
O professor deverá oferecer ao aluno a oportunidade de refazer ou
reorganizar um determinado trabalho, cuja nota não foi satisfatória, sendo que, a
nota da atividade avaliativa obtida pelo aluno, poderá ser substituída para ser
evidenciada a melhoria em seu desempenho.
Nenhum critério ou processo avaliativo poderá ser utilizado como
função punitiva ao aluno ou ao grupo.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
A avaliação será realizada durante o processo educacional, verificando
sempre os conteúdos necessários e fundamentais para a aprendizagem, dando
subsídios ao professor para emitir julgamento e atribuir ao aluno a nota relativa ao
seu rendimento escolar. Ela deverá obedecer à ordenação e à sequência do ensino
e da aprendizagem, bem como a orientação do currículo.
A avaliação na perspectiva de um processo contínuo de ensino e
aprendizagem não deverá ser negada ao aluno que por razões de saúde ou motivos
justificáveis, deixa de realizá-la, garantindo assim a sua função educativa e para que
o mesmo não seja prejudicado.
75
A avaliação traduzirá um trabalho cooperativo entre direção,
professores, equipe pedagógica, alunos e a família, integrados na diagnose dos
problemas que interferem no processo ensino e aprendizagem, para dar-lhes
solução adequada.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento pleno do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
As disciplinas de Educação Física e de Arte deverão adotar
procedimentos avaliativos visando desenvolvimento formativo e cultural do aluno.
6.9.7. INDICADORES DA APRENDIZAGEM
A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando
métodos e instrumentos diversificados, tais como: avaliações orais e escritas,
atividades individuais ou em grupos, relatórios, entrevistas, apresentação de
trabalhos, debates, trabalhos de campo, elaboração de textos, criação de atividades
que possam ser “um diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento,
pesquisas e outros recursos que o professor achar necessário.
As médias bimestrais deverão ser os resultados de diversos
instrumentos de avaliações, das qualificações, aptidões e habilidades adquiridas
pelos alunos. As médias bimestrais serão compostas pela somatória da nota 4,0
(quatro vírgula zero) referente a atividades diversificadas, mais a nota 6,0 (seis
vírgula zero) resultante de no mínimo 02 (duas) avaliações (instrumentos
diversificados), totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
Haverá, bimestralmente, o Pré-Conselho de Classe realizado com toda
a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma
e/ou pelo pedagogo, com a finalidade de levantar dados e informações junto aos
alunos. Cabe ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação
por série, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na
aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
76
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
6.9.8. CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO:
A promoção será feita tendo em vista a verificação do rendimento
escolar, que envolverá a apuração da assiduidade e do aproveitamento.
Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência,
serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
Serão considerados aprovados, os alunos dos anos finais do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, com avaliação bimestral, após apuração da média
aritmética, em todas as disciplinas, seguindo a seguinte fórmula:
MA= 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0
4
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
-frequência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;
-frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de
retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
77
Os resultados finais serão comunicados aos alunos e/ou responsáveis
através de boletins, podendo ser requeridas a revisão dos resultados finais no prazo
de 72 (setenta e duas) horas úteis após sua comunicação.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição
de documentação escolar.
No resultado da média final do aluno não se fará aproximação nem
redução da casa decimal.
O aluno do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio reprovado, ao
transferir-se para outro estabelecimento de ensino estará:
-reprovado quando a retenção incidir em disciplina da Base Nacional
Comum;
-aprovado quando:
a) tiver sido reprovado exclusivamente em disciplina da Parte
Diversificada que não conste no currículo do estabelecimento de ensino de destino;
b) a disciplina em que ficar retido no estabelecimento de ensino de
origem, constar nas séries subsequentes na escola de destino;
c) a disciplina em que ficar retido no estabelecimento de ensino de
origem já tiver sido ministrada em série anterior no estabelecimento de ensino de
destino, devendo o aluno neste caso, fazer adaptação da referida disciplina.
6.9.9. PERIODICIDADE DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO:
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição
de documentação escolar, bimestralmente, neste Estabelecimento de Ensino.
6.9.10. RESULTADO DA AVALIAÇÃO:
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
78
6.10. PLANOS DE AVALIAÇÃO:
6.10.1. ADAPTAÇÃO CURRICULAR:
As dificuldades de aprendizagem serão levantadas pelos professores
durante o decorrer do bimestre em sala de aula e nas avaliações, e, serão sanadas
através da recuperação de estudos concomitante. Será desenvolvida paralelamente
às atividades regulares do aluno, através de instrumentos diversificados, à medida
que forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem, mediante o
acompanhamento do aluno, oportunizando-lhe reforço para atingir os objetivos
propostos. Os professores deverão utilizar técnicas e estratégias pedagógicas
adequadas às dificuldades de aprendizagem dos alunos, assumindo várias formas
como: estudo dirigido, pesquisas, atividades individuais, oral, escrita, dramatizada e
em grupos com monitoramento de alunos que se sobressaem no conteúdo.
6.10.2. DEPENDÊNCIA:
As transferências de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
6.10.3. PROGRESSÃO PARCIAL:
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o
aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado,
poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes.
O Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva – Ensino Fundamental e
Médio não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. As
transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão
aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com
dependência de disciplina no Ensino Fundamental.
79
A expedição de Certificado de conclusão do curso ocorrerá após
atendida a carga horária mínima exigida em lei.
6.10.4. RECUPERAÇÃO:
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhes permitam a apreensão de conteúdos básicos.
Ela tem caráter pedagógico e será ofertado obrigatoriamente por este
estabelecimento, de forma contínua e progressiva durante o período letivo, visando
a melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
A recuperação de estudos será desenvolvida paralelamente às
atividades regulares do aluno, à medida que forem constatadas as dificuldades ou
falhas de aprendizagem, mediante o acompanhamento contínuo do aluno,
oportunizando-lhe reforço para atingir os objetivos propostos.
Para que os conteúdos sejam recuperados, os professores deverão
utilizar atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados como: estudo dirigido, pesquisa, atividade em grupo, retomada de
conteúdos, avaliação oral, escrita e ou dramatizada, adequadas às dificuldades de
aprendizagem demonstradas pelos alunos.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de
Classe.
6.10.5. CLASSIFICAÇÃO:
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que
o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
80
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
- por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a
série ou fase anterior, na própria escola;
- por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do
país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação
para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
- organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
- proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
- comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
- arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
- registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
6.10.6. RECLASSIFICAÇÃO:
A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através
da avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a
responsabilidade deste estabelecimento de ensino que, considerando as normas
curriculares, encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s)
compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrados,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do
81
nível de Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo
vedada a reclassificação para conclusão do Ensino Médio
Este estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de
avanço de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com
frequência na série/ano/disciplina(s), deverá notificar o NRE para que este proceda
orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que
o fundamentam.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
reclassificação, facultando à escola aprová-lo.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas
reuniões, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos
realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe
pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata,
integrará a Pasta Individual do aluno e será realizado por este estabelecimento de
ensino, o qual será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
6.10.7. PROCEDIMENTO DE INFORMAÇÃO AOS PAIS:
Aos pais ou responsáveis, além dos direitos outorgados por toda a
legislação aplicável, têm as prerrogativas de serem informados sobre o Sistema de
Avaliação deste estabelecimento de ensino, bem como, serem informados, no
decorrer do ano letivo, sobre a frequência e rendimento escolar obtido pelo seus
filhos, através de reuniões pedagógicas, entregas de boletim. ou sempre que se fizer
necessário.
82
7. MARCO OPERACIONAL
7.1. PLANO DE AÇÃO 2010:
PROBLEMAS AÇÕES RESPONSÁVEL CRONOGRAMA
Inadequação do conteúdo ao tempo
escolar e à educação do campo
Readequar a proposta pedagógica curricular,
matriz curricular e calendário
Implantar escola de tempo integral
Equipe Pedagógica e
Direção, Professores e
Funcionários NRE e SEED
2010
Necessidade de rigor metodológico em
relação à recuperação de
estudos
Readequar a prática pedagógica
Equipe e professores
2010
Não há cumprimento do cronograma da hora-atividade por
disciplina
Articular junto aos estabelecimentos
estaduais do município para a organização de
um horário que possibilite o
cumprimento efetivo do cronograma da
H/A.
Equipe Pedagógica e
Direção, Professores e Funcionários
Decorrer do ano.
Falta de material didático adequado e
equipamentos pertinentes
Solicitar aquisição desses materiais e
equipamentos
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
No decorrer do ano
Falta de profissionais capacitados para a educação do campo
Capacitar profissionais da educação,
especificamente para a educação do campo
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
2010
Falta de corpo docente identificado com a proposta da
educação do campo
Solicitar que o corpo docente seja específico da
educação do campo
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
2010
83
Necessidade de equipe
multidisciplinar para atendimento
especializado
Solicitar profissionais
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
No decorrer do ano
Ausência de espaços físicos(biblioteca,sala
de professores, sanitários para
professores masculino/feminino, 02 salas de aula e
salas para laboratório de
Ciências, Física e Química)
Solicitar ampliação do prédio escolar
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
2010
Necessidade de sala de apoio/recursos
e/ou oferta de contra-turno
Solicitar implantação
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
Imediatamente
Falta de professores preparados para
acompanhamento de aluno com
deficiência visual.
Capacitar especificamente os
professores para este atendimento
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
No decorrer do ano
Falta formação continuada
específica para a educação do campo
Solicitar formação continuada específica
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
2010
Tempo de permanência na
escola no período noturno inadequado
para o aluno trabalhador do
campo
Solicitar autonomia para poder flexibilizar
esse tempo
Equipe Pedagógica,
Direção, NRE e SEED
Imediatamente
84
Atendimento insuficiente em
relação à comunidade escolar, bem como, falta de
um veículo para locomoção de alunos
em casos de emergência
Buscar parceria junto às Secretarias de
Saúde e de Educação e Cultura, Esporte e
Lazer
Direção Imediatamente
Necessidade da Patrulha Escolar ser
mais atuante em nosso colégio
Solicitar ao NRE a presença da Patrulha
Escolar neste Estabelecimento de
Ensino, principalmente às quintas e sexta-
feira no período noturno
Direção Imediatamente
Necessidade de cursos
profissionalizantes voltados para a
educação do campo
Solicitar implantação de cursos
profissionalizantes
Equipe Pedagógica e
Direção, Professores e
Funcionários NRE e SEED
No decorrer do ano
7.1.1. OBJETIVOS:
- Possibilitar, como escola de campo, através da educação de
qualidade, diminuir as contradições sociais, tais como: fome, miséria, exclusão
social, desigualdade de renda;
- Ser uma escola transformadora, oferecendo oportunidades para que
os alunos tenham autonomia e se tornem cidadãos emancipados e conscientes de
seus valores perante a sociedade em que vivem;
- Preservar a identidade, a cultura e os valores dos povos do campo,
através do fortalecimento da educação escolar com o processo de apropriação e
elaboração de novos conteúdos;
- Promover uma educação de qualidade, oferecendo aos professores
um horário que possibilite o cumprimento da hora-atividade, conforme cronograma
estabelecido pelo NRE;
85
-Combater a discriminação e o preconceito com relação às
diversidades étnicas, sociais, religiosas, culturais e econômicas;
-Combater a evasão e a repetência;
-Difundir a postura ética das atitudes e ações de toda comunidade
escolar;
-Valorizar e divulgar as habilidades individuais do aluno e da
comunidade, abrindo a escola para as manifestações artísticas e culturais;
-Motivar a participação mais ativa dos pais na escola;
-Incentivar e oferecer condições para a capacitação contínua dos
professores e funcionários;
-Resgatar o papel da escola, incorporando as diferenças e o combate
às desigualdades, assegurando no plano social e cultural a posse do conhecimento;
-Incutir no aluno valores como civismo, respeito, disciplina, ética, etc;
-Instrumentalizar o aluno para que ele aprenda a buscar o
conhecimento, numa formação permanente;
-Promover o progresso contínuo dos alunos de forma a transparecer o
crescimento gradativo do resultado na média exigida para a aprovação;
-Dinamizar a atuação do Conselho Escolar, APMF e Grêmio
Estudantil, incitativos a participarem mais efetivamente nas tomadas de decisões e
responsabilizando seus membros como co-gestores da unidade escolar;
-Promover a construção do conhecimento e da organização escolar,
tendo como referência o mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura vivida
pelos alunos do campo;
-Resgatar, em sala de aula, a valorização dos diferentes saberes, em
um diálogo permanente com os saberes produzidos nas diferentes áreas do
conhecimento;
- Promover relações interpessoais;
- Fornecer uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento de
um ensino com qualidade;
- Promover gestão democrática;
86
- Fortalecer a integração com a sociedade em busca de novas
parcerias, ofertando cursos de aperfeiçoamento voltados à educação do campo,
para contribuir com a diminuição das desigualdades sociais;
- Promover a oferta de cursos profissionalizantes.
7.1.2. FACILITADORES DA APRENDIZAGEM:
O uso da oratória, lousa e giz deixaram de ser os únicos recursos em
sala de aula. Passou-se a buscar formas para permitir visualizar os exemplos. Uma
nova fase veio agregar à aula recursos para auxiliar o professor. O livro, com sua
importância até hoje e por muito tempo destacada, ganhou companheiros: o Globo
terrestre, o mapa e outros auxiliares. Com o avanço da tecnologia surgem os
acetatos e os retroprojetores. As transparências passam a auxiliar na construção do
conhecimento, oferecendo apresentações projetadas, preparadas com calma e
antecedência, substituindo a lousa em alguns tópicos.
Lentamente o projetor de slides entrou como auxiliar ao professor de
geografia, ganhando espaço para as demais aulas.
Recursos audiovisuais passaram a ser apoio fundamental para as
aulas em classe. O videocassete, o computador, tv pendrive e a multimídia vem
contribuir com os recursos que tornam uma aula mais interessante, favorecendo a
aprendizagem dos nossos alunos, principalmente, daqueles que apresentam maior
dificuldade de aprendizagem.
Neste contexto, os professores deste colégio, utilizam destes recursos
para enriquecer suas aulas e facilitar o entendimento dos conteúdos estudados.
7.1.3. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE, REUNIÕES
PEDAGÓGICAS E CONSELHO DE CLASSE:
- Hora-Atividade:
A hora-atividade deste colégio, acontece em horários pré-
determinados, porém, não segue a orientação emanada do Núcleo Regional de
Educação, a qual explicita a disciplina por dia da semana, pois temos que aproveitar
87
o dia em que o professor se encontra no estabelecimento, para que o mesmo possa
cumprir a sua hora-atividade. Isso ocorre porque somos uma escola de campo,
distante 25 quilômetros da sede do município e os professores dependem do
transporte escolar para se deslocarem até a escola.
Mesmo assim, tentamos reunir os professores para que reflitam,
discutam, organizem, façam as correções das atividades e troquem experiências de
sala de aula, para o bom andamento da escola e da qualidade de ensino.
“Da escola, espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de
distinguir, de pensar que supõe assumir o mundo, a realidade (...) que nos permita
sua maior compreensão e intervenções deliberadas. Da escola espera-se o
fortalecimento dos sujeitos que, capazes de elaborar conhecimentos, possam
imaginar outros mundos ainda não concretizados e neles investir com paixão por
construir tempos e lugares que ampliem as alternativas da realização humana e
social.”
- Reuniões Pedagógicas:
Para que os profissionais da educação, possam desenvolver bem o
seu trabalho, se faz necessária a valorização dos mesmos, garantindo-lhes um
espaço para as reuniões pedagógicas. Além disso, conforme diz REGO:
Para que o professor possa desempenhar com competência sua função, é preciso que, além de
melhores condições salariais e de trabalho, ele também seja escutado. Os professores têm
ideias, hipóteses, princípios explicativos e conhecimentos ( baseados na sua experiência de
vida e na sua trajetória como aluno e profissional) que, quando revelados, podem oferecer
importantes pistas e subsídios na busca de novos modos de ação junto a eles (p.117, 1995).
A abertura de espaços para prosseguir as reflexões e os estudos são
a raiz sustentadora de todo processo de construção de uma educação de qualidade.
Nesse sentido, o Colégio Estadual Sebastião Leite da Silva-E.F.M., além das
reuniões pedagógicas previstas em calendário, realiza sempre que necessário,
reuniões com os profissionais da educação, para garantir essa qualidade de ensino.
Acolhemos e respeitamos os anseios da comunidade
escolar(funcionários, pais, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil),
promovendo assembleias e reuniões para discutirmos regulamentos, propostas,
ideias, além de repassarmos informações sobre a frequência e o rendimento escolar
dos alunos, de forma que possamos atender às expectativas de todos.
88
- Conselho de Classe:
O Conselho de Classe é mais que uma reunião pedagógica, é parte
integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola. É o momento
privilegiado para definir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a
fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que
realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado diretamente ligado à
avaliação da aprendizagem, sendo necessária a reflexão constante sobre os
encaminhamentos metodológicos e avaliativos no pré-conselho, conselho e no pós-
conselho, portanto o Conselho de Classe deste colégio, será realizado em três
etapas distintas: O Pré-Conselho, o Conselho de Classe propriamente dito e o Pós-
Conselho de Classe.
A realização do Pré-Conselho de Classe será efetuada com cada
turma do colégio sob a orientação e coordenação de pedagogos e/ou professor
representante da turma, com o registro dos relatos em ficha própria; no Pré-
Conselho dos professores, estes preencherão uma ficha própria descrevendo as
dificuldades encontradas, informando as medidas já tomadas, apresentando
sugestões e solicitações, fazendo análise do próprio Plano de Trabalho Docente.
Após a tabulação e análise dos dados do Pré-Conselho dos
professores e dos alunos e a organização do material necessário, acontecerá o
Conselho de Classe.
Será realizado com a presença da direção, equipe pedagógica,
secretária, professores da série, e a representação facultativa dos alunos
representante de turmas e pais.
Os alunos serão chamados pelo nome, evitando comparações e
apelidos desnecessários.
Nesse espaço, acontecerá a explicitação dos critérios a serem
respeitados no decorrer do Conselho de Classe, a apresentação do relato construído
pelas pedagogas, com os dados colhidos no Pré-Conselho e a reflexão coletiva
sobre o relato/problemas evidenciados no Pré-Conselho ou fora dele. Haverá
também a apresentação das sugestões de soluções para os problemas e a
89
combinação coletiva das ações a serem colocadas em prática para a melhoria do
processo ensino e aprendizagem.
O Pós-Conselho de Classe traduz-se nos encaminhamentos e ações
previstas no Conselho de Classe que implicam em retorno aos alunos sobre a
situação escolar e as questões que as fundamentam (combinados necessários),
retomada do plano de trabalho docente, retorno aos pais/responsáveis e o
acompanhamento das ações pelas pedagogas.
Um Conselho de Classe, dentro desta perspectiva, servirá de
instrumento de crescimento da consciência crítica de todos que participam, como
confere à ação pedagógica o rigor metodológico e a dimensão participativa, que tem
sido fruto de nossos esforços.
7.1.4. PROCEDIMENTOS DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS:
Para que possamos garantir o pleno desenvolvimento do educando,
ofertar a recuperação de estudos, de acordo com o Regimento Escolar, ou seja, de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, sendo esta,
direito de todos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos, e com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados, é compromisso dos profissionais da educação deste
estabelecimento de ensino.
Esta é a oportunidade que o professor tem de reorganizar sua
metodologia em função das necessidades dos alunos, mesmo daqueles que
conseguem alcançar a média ou notas melhores, com vistas a que estes se
apropriem dos conteúdos de tal forma que se possa atribuir a qualidade real à
aprendizagem que se expressará consequentemente em uma nota melhor.
Far-se-á uma nova avaliação após a recuperação de estudos, cujo
resultado será expresso através de notas, com prevalência da maior para efeitos de
registro escolar.
Porém, para que esta recuperação de estudos se efetive
concomitantemente, será necessário a implantação de salas de apoio e/ou recursos
neste estabelecimento de ensino.
90
7.1.5. PLANO DE TRABALHO DOCENTE:
O Plano de Trabalho Docente é a expressão do currículo em sala de
aula e este não é neutro, pois os conteúdos selecionados também não são neutros,
uma vez que expressam e legitimam uma intencionalidade.
A Proposta Pedagógica Curricular, por sua vez, é a expressão de uma
determinada concepção de educação e de sociedade, pensada filosófica, histórica e
culturalmente no Projeto Político Pedagógico. Ela é construída pelos professores
das disciplinas e mediada pela equipe pedagógica os quais lançam mão dos
fundamentos curriculares historicamente produzidos para proceder a esta seleção
de conteúdos e métodos com sua respectiva intencionalidade.
O princípio norteador de um Projeto Político-Pedagógico é sempre sua
intencionalidade. Algo que se apresenta como desejado e necessário.
Desta forma a intencionalidade representa a relação entre o Projeto
Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho
Docente.
7.1.6. DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO:
A avaliação geral de desempenho dos docentes, pedagogos,
funcionários e diretor, além de obedecer à legislação vigente, emanada da SEED, é
realizada bimestralmente como parte do Conselho de Classe, bem como, através do
acompanhamento da direção e equipe pedagógica, no desempenho de professores
e alunos no processo ensino-aprendizagem.
Os alunos através de questões objetivas e subjetivas avaliam o
desempenho dos professores e de todas as outras funções. As respostas são
tabuladas, analisadas, divulgadas e refletidas com todos, buscando soluções que
diminuam as deficiências levantadas.
91
7.1.7. AÇÕES ENVOLVENDO OUTRAS INSTITUIÇÕES:
Para estabelecer integração com outras instituições, o colégio está
em constante contato com as mesmas, propondo parcerias e verificando
possibilidades de novas oportunidades, tais como: estágios, participação em
projetos, cursos, palestras e visitas técnicas.
7.1.8. RECURSOS FINANCEIROS:
Com a participação dos órgãos colegiados como APMF e Conselho
Escolar são realizadas reuniões nas quais são decididos e avaliados o destino dos
recursos do Estado, bem como os adquiridos através de eventos promovidos por
estes órgãos, realizando-se, dessa forma, a socialização e a transparência das
ações, constituindo assim, uma gestão democrática.
7.1.9. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO:
-Diretor:
A função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos neste
Projeto Político-Pedagógico.
Assim, compete ao diretor:
-cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
-responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no
ato da posse;
-coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do
Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo
Conselho Escolar;
-coordenar e incentivar a qualificação permanente dos
profissionais da educação;
-implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
92
-coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento
de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
-convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
-elaborar os planos de aplicação financeira sob sua
responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital
público;
-prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à
aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
-coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho
Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
-garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e
deste com os órgãos da administração estadual;
-encaminhar aos órgãos competentes as propostas de
modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho
Escolar;
-deferir os requerimentos de matrícula;
-elaborar juntamente com a equipe pedagógica, o calendário
escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do
Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
-acompanhar juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho
docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de
conteúdos aos discentes;
-assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos;
-promover grupos de trabalho e estudos ou comissões
encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de
natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
-propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo
Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta
de ensino e abertura ou fechamento de cursos;
93
-participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos
e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
-supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda
escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
-presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
-definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-
administrativa e equipe auxiliar operacional;
-articular processos de integração da escola com a comunidade;
-solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de
funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas
da SEED;
-participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de
projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, juntamente com a comunidade escolar;
-cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de
vigilância sanitária e epidemiológica;
-assegurar a realização do processo de avaliação institucional
do estabelecimento de ensino;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
-assegurar o cumprimento dos programas mantidos e
implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
- Equipe Pedagógica:
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas
neste Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a
94
política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.
Assim, compete à equipe pedagógica:
-coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do
Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação deste estabelecimento de ensino;
-orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, em uma perspectiva democrática;
-participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar;
-coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta
pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas
educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
-orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho
Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
-acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de
horas-aula aos discentes;
-promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de
estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico
visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para
todos;
-participar da elaboração de projetos de formação continuada
dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
-organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-
Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de
reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de
ensino;
-coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de
propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
95
-subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas
de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
-organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento
de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
pedagógico;
-proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de
forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à
comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
-coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento
do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
-participar do Conselho Escolar, quando representante do seu
segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
-orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização
dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino,
fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC - FNDE;
-coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo
e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a
partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-participar da organização pedagógica da biblioteca do
estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas,
fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;
-acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de
Química, Física e Biologia e de Informática;
-propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e
de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
-coordenar o processo democrático de representação docente
de cada turma;
-colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme
orientação da SEED;
96
-coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas
e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior
quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
-promover a construção de estratégias pedagógicas de
superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
-coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-acompanhar o processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
-participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
-orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de
procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos
processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e
progressão parcial, conforme legislação em vigor;
-organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à
direção as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;
-orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de
Registro de Classe;
-organizar registros de acompanhamento da vida escolar do
aluno;
-organizar registros para o acompanhamento da prática
pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino;
-solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização
da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
-coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional
no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,
visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação
Especial, se necessário;
97
-acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem
dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o
seu desenvolvimento integral;
-acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as
famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
-acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente,
sempre que houver necessidade de encaminhamentos;
-orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos
com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações
físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
-manter contato com os professores dos serviços e apoios
especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para
intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do
trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
-assegurar a realização do processo de avaliação institucional
do estabelecimento de ensino;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-elaborar seu Plano de Ação;
-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
- Professores:
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados.
Compete aos professores:
-participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
-elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-
Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
98
-participar do processo de escolha, juntamente com a equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
-desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a
apreensão crítica do conhecimento pelo aluno;
-proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias
letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
-proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos
alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas
no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-promover o processo de recuperação concomitante de estudos
para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem,
no decorrer do período letivo;
-participar do processo de avaliação educacional no contexto
escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação
e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
-participar de processos coletivos de avaliação do próprio
trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
-participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
-assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação
sexual, de credo, ideologia, condição histórico-cultural, entre outras;
-viabilizar a igualdade de condições para a permanência do
aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades
de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
-estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura,
pesquisa e criação artística;
99
-participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de
Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do
processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e
decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
-propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
-zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
-cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-
aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
-cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as
a estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da
equipe pedagógica, conforme determinações da SEED;
-manter atualizados os Registros de Classe, conforme
orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino;
-participar do planejamento e da realização das atividades de
articulação da escola com as famílias e a comunidade;
-desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo
para o desenvolvimento do processo educativo;
-dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação
educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da
prática profissional e educativa;
-participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de
projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
-comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de
trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando
convocado;
100
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
-participar da avaliação institucional, conforme orientação da
SEED;
-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
- Funcionários:
A função de agente educacional II é exercida por profissionais que
atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de informática do
estabelecimento de ensino.
O funcionário que atua na secretaria como secretário escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED, sendo seu serviço coordenado e supervisionado pela
direção.
Compete ao Secretário Escolar:
-conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
-cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas
emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do
estabelecimento de ensino;
-distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos
demais técnicos administrativos;
-receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for
confiada;
-organizar e manter atualizados a coletânea de legislação,
resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
-efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência e conclusão de curso;
-elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a
serem encaminhados às autoridades competentes;
101
-encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos
que devem ser assinados;
-organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e
conservar o inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da
identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos
documentos escolares;
-responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação
escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
-manter atualizados os registros escolares dos alunos no
sistema informatizado;
-organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da
vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
-atender a comunidade escolar, na área de sua competência,
prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento
Escolar;
-zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e
equipamentos da secretaria;
-orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro
Registro de Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar
dos alunos;
-cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à
documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos,
progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
-organizar o livro-ponto de professores e funcionários,
encaminhando ao setor competente a sua frequência, em formulário próprio;
-secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as
respectivas Atas;
-conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos
recebidos;
-comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que
102
venha ocorrer na secretaria da escola;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que
convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
-manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento
dos Livros Didáticos;
-fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da
secretaria escolar, quando solicitado;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
-participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
exercer as específicas da sua função.
Compete aos agentes educacionais II que atuam na secretaria dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do secretário:
-cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas
da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão
parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
-atender a comunidade escolar e demais interessados,
prestando informações e orientações;
-cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente
estabelecida;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que
convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
-controlar a entrada e saída de documentos escolares,
prestando informações sobre os mesmos a quem de direito;
103
-organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os
serviços do seu setor;
-efetivar os registros na documentação oficial como Ficha
Individual, Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo
sua idoneidade;
-organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o
arquivo inativo da escola;
-classificar, protocolar e arquivar documentos e
correspondências, registrando a movimentação de expedientes;
-realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil
e patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;
-coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar,
alimentando e atualizando o sistema informatizado;
-executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento
Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
- Agente Educacional I:
O agente educacional I tem a seu encargo os serviços de
conservação, manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no
âmbito escolar, sendo coordenado e supervisionado pela direção do
estabelecimento de ensino.
Compete ao funcionário que atua na limpeza, organização e
preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
-zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações,
cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;
104
-utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à
direção, com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
-zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando
qualquer irregularidade à direção;
-auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários
de recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança
dos estudantes, quando solicitado pela direção;
-atender adequadamente aos alunos com necessidades
educacionais especiais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de
locomoção, de higiene e de alimentação;
-auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de
rodas, andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a
participação no ambiente escolar;
-auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais
quanto a alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de
higiene e as correspondentes ao uso do banheiro;
-auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das
diversas atividades escolares;
-cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas
previstas, respeitado o seu período de férias;
-participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional;
-coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de
ensino, dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
105
-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento
Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
São atribuições do funcionário que atua na cozinha deste
estabelecimento de ensino:
-zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e
utensílios, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
-selecionar e preparar a merenda escolar balanceada,
observando padrões de qualidade nutricional;
-servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de
higiene e segurança;
-informar ao diretor do estabelecimento de ensino da
necessidade de reposição do estoque da merenda escolar;
-conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento
da merenda escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
-zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do
depósito da merenda escolar;
-receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido
para a cozinha e da merenda escolar;
-cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas
previstas, respeitado o seu período de férias;
-participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional;
-auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre
que se fizer necessário;
-respeitar as normas de segurança ao manusear fogões,
aparelhos de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da
SEED;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
106
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
-participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
exercer as específicas da sua função.
7.1.10. QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS:
A escola não oferece estrutura diferenciada para o processo ensino e
aprendizagem por ser uma escola de campo, porém, suas instalações e mobiliários,
estão organizados de forma a proporcionar um ambiente agradável e acolhedor.
A escola vem recebendo livros da SEED, que estão ajudando o acervo
cultural da biblioteca, bem como o avanço cultural dos alunos.
Possui salas de aula arejadas, bem ventiladas e iluminadas, com
quadro de giz apropriado e carteiras limpas .
O Laboratório de Informática está em funcionamento, atendendo os
professores em seus trabalhos e os alunos, sob a coordenação e orientação dos
professores, realizam suas pesquisas.
A escola não possui laboratório de Química, Física, Biologia e
Ciências para atender aos alunos deixando a desejar a aulas práticas destas
disciplinas.
A quadra de esportes está concluída, porém sem muro e alambrado e
as aulas práticas de Educação Física, por enquanto, estão sendo ministradas com
certas dificuldades.
A escola conta com um pátio grande, o qual serve de refeitório, uma
cozinha, sala para armazenamento de merendas, banheiros com excelentes
condições de higiene.
As dependências da diretoria e equipe pedagógica permitem realizar
um trabalho sério e prazeroso.
A sala dos professores, está atualmente, localizada na casa do vigia
da escola, o que permite a estes, um espaço maior para compenetração e
dedicação em seus trabalhos, sem a interferência de alunos.
107
7.1.11. FAMÍLIA E COMUNIDADE:
O diretor, equipe pedagógica, e professores deverão agendar reuniões
periódicas com os pais e a comunidade, para discutir temas que ajudem na boa
formação do educando.
Para isso, serão realizadas: palestras, grupos de estudos com temas
variados e atividades culturais, esportivas e festivas, das datas comemorativas e
desenvolvimento de projetos educacionais que estimulem a participação de pais e
de toda comunidade.
7.2. REDIMENSIONAMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA:
O colégio pretende dinamizar as ações do Grêmio Estudantil, dos
Representantes de Turmas, do Conselho Escolar, do Conselho de Classe, da APMF
com as seguintes sugestões:
-grupos de Estudos que possam colaborar no diagnóstico das
necessidades ou atitudes para a transformação da realidade ;
-elaboração de fichas de registros para os representantes de turmas
para que possam registrar o desempenho e dificuldades dos colegas (Pré-
Conselho);
-ficha de autoavaliação e ficha de avaliação para que os alunos
possam avaliar suas falhas e rendimentos no processo ensino e aprendizagem ,
bem como o trabalho da direção e equipe pedagógica e de todos os profissionais da
educação;
-manter uma comunicação constante com todas as instâncias
colegiadas, fazendo um acompanhamento contínuo das ações propostas;
-abertura da escola para toda a comunidade.
7.3. FORMAÇÃO CONTINUADA:
Primando pela gestão democrática e considerando como parte da
formação continuada, o aprimoramento do trabalho escolar, este colégio pretende:
108
-promover grupos de estudos visando uma aprendizagem mais
significativa e contextualizada, voltada para a educação do campo;
-preparar os professores para utilizarem estratégias diferenciadas de
ensino como: rádio, vídeo, DVD, e outros materiais interativos;
-elaboração de material para a discussão crítica sobre as tendências
pedagógicas, a LDB, as Diretrizes Curriculares, as Diretrizes Curriculares da
Educação do Campo, a importância da relação professor-aluno;
-utilizar o tempo destinado à hora-atividade do professor, para
capacitá-lo na utilização dos recursos tecnológicos, contribuindo para o
enriquecimento de suas aulas;
-possibilitar situações educacionais de produção e sensibilização de
conhecimentos para que o aluno seja sujeito do processo de construção da
cidadania;
-promover o envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos,
orientando-os sobre a forma mais apropriada de ajudarem seus filhos alcançarem
melhores resultados na escola, bem com na vida.
-favorecer a ação articulada e conjunta do coletivo da escola de forma
contínua e autônoma na efetivação do Projeto Político Pedagógico, criando
condições para cumprir o plano de formação continuada estabelecido.
7.4. AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS:
Têm como objetivo, o desenvolvimento de projetos e ações
pedagógicas, que possibilitem um processo de construção de soluções que
fortaleçam a interação aluno/professor e que o aluno possa ser sujeito de seu
conhecimento, estimulado a conhecer novos métodos e técnicas de ensino.
Dentro dessa visão, podemos dizer que essas ações pedagógicas
facilitam o ato de aprender, entendendo que as emoções e as descobertas
vivenciadas pelos educandos, permitem a invenção e a reinvenção de sua própria
história. São elas:
-Feira de Cultura- atividades desenvolvidas durante o ano letivo, pelas
diferentes disciplinas, que serão apresentadas à comunidade e aos pais. Dentre
109
elas, serão selecionadas alguns trabalhos para serem apresentados no Fera Com
Ciência do Paraná ;
-Fera Com Ciência: atividades culturais e artísticas desenvolvidas no
decorrer do ano letivo e que serão apresentadas à comunidade e selecionadas para
participarem do Fera Com Ciência Estadual;
-Programa Segundo Tempo: vem se constituindo como uma prática
transformadora de uma realidade social. E tem como foco o esporte como meio de
inclusão social, permitindo que as crianças e jovens em situação de risco tenham
oportunidades de ocupar seu tempo ocioso com atividades de lazer, sendo assim
dentro desse programa será ofertado: futebol, futsal, tênis de mesa, xadrez e
voleibol;
-Antidrogas: a ideia deste programa é trabalhar a prevenção das
substâncias psicoativas (drogas), no qual utilizaremos como recursos
metodológicos: palestras, filmes, relatórios, teatro, desenhos e outros que se fizerem
necessários. Ao final, contamos com a mudança de atitudes dos alunos em usar
cigarros, bebidas alcoólicas, e outras drogas nocivas à saúde;
-Menarca (sexualidade): este projeto tem a finalidade de orientar as
meninas sobre o risco que correm em obter uma gravidez indesejada, as doenças
sexualmente transmissíveis, a autoestima, o preconceito de conhecer o próprio
corpo e de se informarem corretamente sobre a sexualidade, contando com a ajuda
das próprias adolescentes;
-Incentivar os professores a participarem do Programa “Viva a
Escola”, com a finalidade de expandir as atividades pedagógicas realizadas no
colégio, como complementação curricular, a fim de atender às especificidades da
formação do aluno e de sua realidade;
-Desfile Cívico, em comemoração ao aniversário do município;
-Busca de parcerias com a Prefeitura Municipal, Secretaria da Saúde,
Secretaria de Cultura, Colégio Cepam de Ponta Grossa, e outros órgãos
necessários para a implantação de cursos voltados para a educação do campo;
-Atividades complementares de carga horária como: aulas de teatro,
bordado e pintura;
-Difundir o Programa Paraná Alfabetizado através da agente
110
mobilizadora, alunos, envolvendo toda a comunidade;
-Promover palestras e grupos de estudos desenvolvidos com a
Secretaria Municipal de Agricultura e EMATER-PR.
-promover aos finais de semana cursos direcionados as mães, em
parceria com o Sindicato Patronal e SENAR/PR.
8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
8.1. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
A avaliação precisa ser espelho e lâmpada, precisa não apenas refletir a
realidade, mas iluminá-la, criando enfoques e perspectivas, mostrando
relações e atribuindo significados às ações e aos resultados.(Dilvo
Ristoff)
Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com
base em dados concretos sobre como a escola se organiza e assim, colocar em
ação o que preconiza este Projeto Político-Pedagógico.
Partindo de uma concepção de educação centrada na formação
humana, na mediação do saber historicamente produzido e na construção da
cidadania, a avaliação ganhou força como um processo fundamental na gestão
democrática.
A avaliação deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de
identificar as qualidades e fragilidades, se o que foi proposto está sendo cumprido e
o que precisa ser implementado, subsidiando assim, o trabalho de aperfeiçoamento
da gestão democrática.
No entanto, qualquer que sejam as mudanças impostas pelas
circunstâncias históricas, não invalidará a riqueza da experiência construída em
dados momentos e em dado lugar, sobretudo pelas convicções construídas de que o
111
trabalho coletivo, o comprometimento, o enraizamento da escola em sua realidade, a
explicitação da intencionalidade política e a abertura à participação, são elementos
que dão sustentação às práticas comprometidas e consequentes.
O Projeto Político-Pedagógico será acompanhado por todos os
envolvidos na sua construção. As avaliações acontecerão, em especial, no momento
do Conselho de Classe, podendo também ocorrer todas as vezes que se fizer
necessário.
Duas grandes avaliações sobre todo o Projeto Político-Pedagógico
deverão acontecer semestralmente, ou seja, no início do ano letivo e no início do
segundo semestre do mesmo ano. Para a realização destas avaliações semestrais
serão convocados os pais, alunos, funcionários, direção, professores, pedagogo,
bem como as Instâncias Colegiadas, objetivando analisar os pontos positivos e
negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças necessárias.
Assim, pretende-se facilitar e estimular a participação de todos os
envolvidos no processo educativo, na tomada de decisão e implementação de
ações, aprimorando, comparando e fornecendo elementos que possam servir de
subsídios para a manutenção e transmissão de conhecimentos, assegurando
efetivamente, o que reza o Projeto Político- Pedagógico.
112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, José Matias. Organização, gestão e projecto educativo das escolas.
Porto, Edições Asa, 1992.
ARROYO, M.G. Imagens quebradas. Petrópolis: Vozes, 2004.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Estado Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC, 1999.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Brasil. Estatuto da criança e do adolescente. -- Edição: 5. ed. rev. atual. --.
Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Serviços Gráficos, 2006.
Cadernos Temáticos: avaliação institucional/Thelma Alves de Oliveira et al. -
Curitiba: SEED – Pr.,2004.
Cadernos Temáticos: educação do campo/ Paraná. SEED. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED – Pr. 2005. -72
vp
CALDART, Roseli S. Por uma educação do campo: traços de uma identidade em
construção. In: Educação do campo: identidade e políticas públicas – Caderno 4.
Brasília: Articulação Nacional “Por uma Educação Do Campo”, 2002.
GANDI, D. O planejamento e suas questões básicas. Petrópolis: Vozes, 1984.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
113
JUNIOR, C.A. da S. Organização do trabalho na escola pública: o pedagógico e o
administrativo na ação supervisora. Campinas: Papirus, 1997.
KUENZER, A. Z. A escola desnuda: reflexões sobre a possibilidade de construir o
ensino médio para os que vivem do trabalho. In: ZIBAS, D. M. L.; AGUIAR, M. A. de
S.; BUENO, M. S. S. (org.). O ensino médio e a reforma da educação básica.
Brasília: Plano Editora, 2002.
LÜCK, Heloísa (coord). Empreendedorismo na educação. Revista Gestão em
Rede. Curitiba: CONSED, abril 2006, nº 68, p. 13-19.
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretriz Curricular Educação do Campo.
Curitiba,2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretriz Curricular para as Disciplinas da
Educação Básica. Curitiba,2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba: SEED – Pr.,2008.
SAVIANI, D. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. Revista da ANDE, São
Paulo, nº 09, 1994.
SEVERINO, A.J. O projeto político pedagógico: a saída para a escola. Revista da
AEC. Brasília, v. 27, nº 107, 1998.
114
VEIGA, I. P. A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político
pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
VEIGA, I. P. A. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível.
Campinas: Papirus, 2005.
115
116
117
118
119
120
COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – ENS. FUND. E MÉDIOPatrimônio Três Corações, s/n – Ribeirão Claro
NRE Jacarezinho
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE
5ª a 8ª SÉRIES
2010
APRESENTAÇÃO GERAL
De acordo com a concepção adotada pela SEED, currículo é uma
produção social construída por pessoas, que vivem em determinados contextos
históricos e sociais. Essa produção deve ser coletiva, num fazer e pensar articulados
que tenha como objetivo central a competência do docente para agir criticamente em
seu cotidiano. A construção dessa competência se dá num processo coletivo, no
qual tanto o crescimento individual quanto o coletivo, é resultante da troca e da
reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada
um.
No âmbito da Educação do Campo, objetiva-se que o estudo tenha a
investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos
conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize
características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos
povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país.
A visão de mundo, de homem e de escola; a concepção de Educação,
suas teorias e práticas; a contextualização da Educação frente à conjuntura
nacional, os estudos da realidade socioeconômica e cultural da região; o perfil do
aluno e do professor, bem como da escola e dos órgãos colegiados; as diretrizes
curriculares nacionais; a legislação educacional, e projetos que fazem parte da
cultura escolar, explicitados no Projeto Político-Pedagógico da Escola, se
constituíram como referencial básico para a construção de uma Proposta
Pedagógica Curricular legitimada pelo seu caráter coletivo de ideias e concepções
121
unificadas ou tornadas comuns para atender as necessidades básicas da educação
de clientelas diferenciadas.
O papel da escola está subordinado às diretrizes estabelecidas pela
União e às normas do seu sistema de ensino, cabendo a ela, elaborar e executar
junto com os professores a sua proposta pedagógica e o seu plano de trabalho.
Assim, a discussão a partir de cada disciplina resultou na presente Proposta, que foi
construída coletivamente, e que apresenta uma concepção da área e do objeto de
cada disciplina, do valor educativo, dos princípios, pressupostos e eixos norteadores
a serem observados no tratamento dos conteúdos escolares.
122
COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – ENS. FUND. E MÉDIOPatrimônio Três Corações, s/nº – Ribeirão Claro
NRE Jacarezinho
ENSINO FUNDAMENTAL DIURNO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 2200 – RIBEIRÃO CLARO
ESTABELECIMENTO: 00486 – COL. ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – E.F.M.
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO:TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES C. HORÁRIABASE
NACIONAL
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 3 3 480 400
Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67
Geografia (401) 3 3 3 4 520 433
História (501) 3 3 4 3 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Matrícula facultativa para o aluno.
Ribeirão Claro, 12 de novembro de 2009.
123
COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – ENS. FUND. E MÉDIOPatrimônio Três Corações, s/nº – Ribeirão Claro
NRE Jacarezinho
ENSINO FUNDAMENTAL NOTURNO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 2200
ESTABELECIMENTO: 00486 – COL. ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – E.F.M.
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES C. HORÁRIABASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 3 4 520 433
Educação Física (601) 3 3 3 3 480 400
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 67
Geografia (401) 4 4 3 3 560 467
História (501) 3 3 4 3 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativo para o aluno.
OBS: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
Ribeirão Claro, 12 de novembro de 2009.
124
125
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
1.APRESENTAÇÃO
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento
artístico, que caracteriza um modo particular de dar sentido as experiências das
pessoas. Por meio dele o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a
imaginação. Aprender arte envolve conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da
natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas
e épocas.
A arte na educação procura a valorização da cultura tanto nacional
quanto estrangeira. Através do seu caráter artístico e estético, visa a formação do
aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
A arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando do universo cultural da
humanidade nas suas diversas apresentações. A arte é desafiadora porque expõe
as emoções, os sentidos, as contradições e suas construções, interferindo nos
nossos sentidos, expandindo nossa visão e o espírito crítico, nos situamos dentro de
uma história, tempo e espaço.
Ela é produto de um conjunto de ideias, crenças e doutrinas, próprias
de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. Sua função é levar o individuo,
à apropriação do conhecimento, dentro de um processo criador que transforma o
real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo.
A prática pedagógica em arte contemplará as artes visuais, a dança, a
música, o teatro, a história da arte, a poesia, a arquitetura, a escultura, a fotografia, o
cinema e a gravura.
O ensino da arte se preocupa também com o desenvolvimento do
sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e com constante
transformação.
126
1.1 JUSTIFICATIVA
A Arte na educação procura a valorização da cultura tanto nacional
como estrangeira. Através do seu caráter artístico e estético, visa a formação do
aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
A Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando do universo cultural da
humanidade nas suas diversas apresentações. A Arte é desafiadora porque expõe
as emoções, os sentidos, as contradições e suas construções, interferindo nos
nossos sentidos, expandindo nossa visão e o espírito crítico, nos situando dentro de
uma história, tempo e espaço.
Ela é produto de um conjunto de ideias, crenças e doutrinas, próprias
de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. Sua função é levar o indivíduo
à apropriação do conhecimento, dentro de um processo criador que transforma o
real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo.
A prática pedagógica em arte contemplará as artes visuais, a dança, a
música, o teatro a história da arte, a poesia, a arquitetura, a escultura, a fotografia, o
cinema, a gravura.
1.2 OBJETIVOS
Expressar e saber comunicar-se em arte mantendo uma atitude de
busca pessoal e ou coletiva, articulando a percepção, imaginação, a emoção, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
Aprender a realidade do meio ambiente;
Desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao individuo analisar a
realidade percebida, compreender e saber identificar a arte como fato histórico
contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar
as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e
do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e
estéticos;
127
Assegurar o desenvolvimento da imaginação e autonomia
compreendendo e sabendo identificar aspectos da função e dos resultados do
trabalho do artista, reconhecendo e desenvolvendo a criatividade de maneira a
mudar a realidade.
Expressar-se artisticamente e individualmente;
Identificar culturas gêneros, movimentos e períodos da história;
Construir conhecimentos históricos e sociais;
Reconhecer a analisar elementos formais das artes visuais, teatro e
música;
Analisar criações e produções artísticas;
Conduzir o aluno a expressar, por meio de atividades artísticas as suas
vivências emocionais;
Desenvolver uma forma pessoal de expressão;
Expandir habilidade de utilização dos meios naturais de comunicação:
linguagem, cisão, tato e audição;
Melhorar a coordenação motora;
Estimular o hábito de utilizar o lazer construtivamente;
Fazer descobrir e apreciar os valores estéticos;
Capacitar a observação e improvisação;
Familiarizar o educando com os meios de comunicação e com a
produção artística (musical, plástica, coreográfica e teatral), erudita, folclórica e
popular do Brasil e do mundo;
Desenvolver destrezas e habilidades de acordo com as possibilidades
individuais;
Promover hábitos de disciplina natural e concentração no trabalho
individual e grupal;
Participar com empenho e competência nas tarefas produzidas do
grupo, assumindo seus saberes, opiniões e valores perante os outros com sentido
crítico.
128
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 5ª SÉRIE
Elementos formais Composição Movimentos e PeríodosConteúdos Básicos
Ponto Bidimensional Arte PrimitivaLinha Figurativa Arte PopularForma Geométrica Arte GregaSuperfície Técnicas Arte RomanaCor Desenho, Pintura Arte na Idade MédiaElementos formais da
Música
Ritmo, Improvisação,
gêneros da músicaPersonagens Técnicas de jogos
teatraisExpressões corporais
e gestuais
Improvisações
Movimentos corporais Adereços, Máscaras
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Grafia / script
• Estudo das cores
• Cores primárias
• Cores secundárias
• Cores terciárias
• Ponto geométrico e gráfico
• Estudo das linhas
• Linha curva
• Linha ondulada
• Linha quebrada
• Linha angular
• Reta horizontal
• Reta vertical
• Reta inclinada
• Aplicação das linhas
• Ângulos
129
• Classificação dos triângulos quanto aos lados e ângulos
• Desenhos com formas geométricas
• Estilização com formas geométricas
• Desenhos quadriculados
• História em quadrinhos
• Tipos de balões
• Onomatopeias
• Recursos gráficos
• Teoria da música
• Altura, duração, ritmo, timbre, intensidade, densidade da música
• Produção e execução de instrumentos rítmicos
• Comunicação visual
• Comunicação gestual
• Comunicação corporal no tempo e espaço
• Cultura popular
• Cultura afro-brasileira
• Danças folclóricas
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 6ª SÉRIE
Elementos formais Composição Movimentos e períodos Conteúdos Básicos
Textura Bidimensional Arte indígena Linha Figurativa Arte Popular Brasileira
Abstrata AbstracionismoForma Geométrica Música popular e étnica Superfície Técnicas Teatro PopularCor Desenho, pintura,
escultura
Teatro Brasileiro
Volume Melodia Dança PopularElementos formais da
música
Ritmo, improvisação,
gêneros da música
Dança Africana
Personagens Técnicas de jogos
teatrais
Dança Indígena
130
Expressões corporais
e gestuais
Improvisações
Ação MímicaEspaço Leitura dramática Movimentos corporais Adereços
Gênero de dança:
folclórica, popular e
étnica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Gramática das cores
• Círculo das cores
• Cores e linguagem
• Estudo das cores
• Escala cromática
• Cores quentes e cores frias
• Harmonia das cores
• Monocromia
• Policromia
• Isocromia
• Contraste
• Posição das linhas
• Direção das linhas
• Composição com linhas
• Texturas: própria, tátil, produzida e gráfica
• Representação das linhas
• Módulos na arte
• Faixas decorativas e gregas
• Frisas
• Letras ilustrativas
• Quadriláteros e seus elementos
131
• Circunferências e seus elementos
• Criação com polígonos
• Linguagem poética
• Trabalhos artísticos a partir da observação da natureza
• Comunicação corporal no tempo e espaço
• Linguagem e forma musical
• A expressividade da linha
• Cultura popular
• Folclore na música
• Cultura afro-brasileira
• Ritmo musical popular e étnico
• Ritmo e harmonia na composição visual
• Qualidade no som
• Mímica
• Ação cênica
• Iniciação ao teatro
• Jogos teatrais
2.2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 7ª SÉRIE
Elementos Formais Composição Movimentos e períodos
Conteúdos BásicosTextura Bidimensional Indústria cultural
TridimensionalLinha Figurativa Arte Popular BrasileiraLuz Abstrata Arte Contemporânea
Arte DigitalForma Geométrica Música eletrônica
Música Clássica
Superfície Técnicas: Teatro de VanguardaCor Desenho, pintura,
escultura, áudio visual
Teatro Brasileiro
132
Cenografia Dança da Indústria
CulturalGêneros: natureza
morta, retrato, paisagem
Dança clássica
Volume Harmonia Dança popularElementos formais da
música
Ritmo, improvisação,
gêneros da música
Dança moderna
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônicaSonoplastia
Personagens Técnicas de jogos
teatraisExpressões corporais
e gestuais
Improvisações
Ação MímicaEspaço Leitura dramática
MaquiagemAdaptações teatrais
Movimentos corporais AdereçosPersonagens Gênero de dança:
folclórica, popular e
étnica Coreografia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Cores e linguagens
• Estudo das cores
• Harmonia das cores
• Polígonos
• Classificação dos polígonos quanto a nomenclatura
• Cubismo
• Arte abstrata
• Criação com polígonos
• Linguagem poética
• Comunicação visual
133
• Bandeiras e símbolos
• Circunferência: elementos em construção
• Composição com circunferência
• Pontilhismo
• Linhas e simetria
• Figuras simétricas
• Pintura indígena
• Comunicação corporal
• Mosaico
• O circo: origem e desenvolvimento
• Expressão corporal no circo
• Teatro popular
• Linguagem e forma musical
• Cultura afro-brasileira
• Ritmo e harmonia na composição visual
• Ritmo musical
• Classificação dos instrumentos musicais
• Construção de instrumentos musicais
• Danças modernas e clássicas
• Montagem de cartaz
• Arte e suas obras
• Qualidade do som
• Ação cênica
2.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - 8ª SÉRIE
Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Conteúdos Básicos
Textura Bidimensional Industria culturalTridimensional
Linha Figurativa Arte Popular BrasileiraLuz Abstrata Muralismo
134
Figura e fundo RomantismoRealismo
Forma Geométrica Musica Popular BrasileiraSemelhança Teatro Pobre
Superfície Técnicas: Teatro do oprimidoCor Desenho, pintura,
escultura, áudio visual
Teatro Brasileiro
Cenografia Danças da indústria
culturalGêneros: natureza
morta, retrato, paisagemVolume Harmonia Dança popularElementos formais da
música
Ritmo, improvisação,
gêneros da música
Dança moderna
Técnicas: Vocal,
instrumental e eletrônica Sonoplastia
Personagens Técnicas de jogos
teatrais Expressões corporais
e gestuais
Improvisações
Ação Mímica Espaço Leitura dramática
Adaptações teatraisMovimentos corporaisPersonagens Gênero de dança:
folclórica, popular e
étnica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Alfabeto para faixa: comunicação e símbolo
• Comunicação através das faixas
• Letra modula
• Espaçamentos: uniforme, mecânico e visual
• Cores análogas
• Cores complementares
135
• Harmonia por tríades
• Cores neutras
• Cultura erudita e popular
• História da arte moderna
• História do teatro
• História da moda
• Imagem e fundo na representação visual
• Forma e luz
• Luz e sombra
• Paisagens
• Desenho do rosto humano
• Retratos
• A fotografia
• O cinema
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Mostrar a importância das cores no dia a dia, sua influência na vida e
na mente levando o aluno a notar a beleza da combinação das cores e ensinando-o
a combiná-las. Despertando no aluno o bom gosto e facilidade no manejo das cores.
Levar ao aluno o valor da imensa utilidade, como fonte de
conhecimento, o surgimento de muitos tipos de códigos de comunicação através dos
tempos.
Incentivar a pesquisa das características das artes gráficas, levando o
aluno a desenvolver o gosto pela estética e sua funcionalidade.
Saber comunicar-se musicalmente, transmitindo seu pensamento,
fazendo notar a música como meio de comunicação e expressão.
Focalizar no folclore musical os diversos tipos de contos, danças,
jogos e instrumentos diversos.
Levar o educando a perceber diversificação de fazer trabalhos com
artes visuais, musicais, teatrais nas diferentes culturas e mídias.
136
Na arte dramática estudo do personagem, ação dramática e do espaço
cênico e sua articulação com os elementos de composição, movimentos e período
do teatro;
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
As atividades para desenvolvimento dos conteúdos devem ocorrer de
forma dinâmica, motivadora, dentro das possibilidades de cada aluno e da escola,
trazendo uma melhor aprendizagem, atingindo assim o nosso objetivo.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O estudo da arte considera o pensamento, a sensibilidade e a
percepção que se organizam e se expressam sob a forma de representações
artísticas ocorrendo de forma dinâmica, motivadora despertando o interesse e
trazendo a aprendizagem. Sendo assim, segue-se o imaginário, a formalização e a
apresentação da prática do conhecimento e resoluções de problemas, exposição,
confecção e montagem.
Dessa forma a postura do professor se torna clara e definida passando
a reconhecer cada aluno como um ser individual e com diferenças em relação aos
outros, com valores, habilidades e limites próprios. É importante considerar na
avaliação, a participação, a criatividade, a ordem, o capricho e a forma de
apresentação. Também o interesse, a pontualidade, a organização e limpeza do
trabalho.
Para tanto, é necessário utilizar vários instrumentos de avaliação
durante o trabalho pedagógico, pesquisas, avaliações teóricas e práticas, trabalhos
artísticos, atividades em sala de aula entre outras.
5. RECURSOS DIDÁTICOS:
Quadro-negro Internet TV Pen Drive
Vídeo / DVD Materiais impressos TV Paulo Freire
DCEs Revistas e jornais Portal dia-a-dia Educação
CD Retro – projetor Cadernos Temáticos
137
6. BIBLIOGRAFIA
A História da Arte, E. H. Gombrich.
Arte (Linguagem Visual), Bruna R. Cantele e Ângela Cantele Leonardi.
Arte para que? Aracy A. Amaral.
Dança, Débora Barreto.
Dançando na Escola, Izabel A. Marques.
Diretrizes Curriculares.
Inquietações e Mudanças no ensino da Arte, Ana Mãe Barbosa.
Metodologia do Ensino de Teatro, Ricardo Gipiassu.
Palavras em Ação, Maria Augusta Bertello.
Pequena Viagem pelo Mundo da Arte, Hildegarde Viest.
138
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua
volta e aprender com eles, a ciência já estava presente. Mesmo antes da descoberta
do fogo o homem já utilizava técnicas para apanhar alimentos, caçar, usar outros
materiais disponíveis na natureza, procurando satisfazer suas necessidades.
Com o passar dos anos cada vez mais o homem foi aperfeiçoando
suas técnicas, fabricando novos instrumentos, desenvolvendo noções de cálculo,
criando calendários a partir de movimentos celestes, enfim, formulando teorias,
crenças e valores, ponto de partida para o aparecimento de um ciência racional.
Isso fez com que o homem, no decorrer da história mudasse a forma
de expressar seu conhecimento referente ao mundo e assim a ciência passa a ser
determinada pela maneira com que ela expressa esse conhecimento.
Enfim, a história da ciência está relacionada e integrada aos
processos que constituem a própria história da sociedade humana.
Como toda construção o conhecimento científico está em permanente
transformação, as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas
como completas e definitivas.
A partir de uma abordagem pedagógica crítica histórica, a corrente
teórica, contribui, juntamente com os conhecimentos físicos, químicos e biológicos,
como instrumento positivos que favorece a reflexão, a contextualização e a
articulação dos conteúdos específicos propiciando uma análise crítica sobre a
relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade,visando seus aspectos sociais,
políticos, econômicos e éticos, abordados por meio da historicidade, da
intencionalidade, da provisoriedade, da aplicabilidade e das relações e inter
relações.
Nessa perspectiva, o currículo de ciências, permitirá aos alunos
estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdo da ciência), o mundo
construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade). Além disso, essa
139
abordagem do currículo potencializará a função social da disciplina pois, orienta uma
tomada de decisão desses sujeitos como agentes transformadores.
2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
Universo, Sistema Solar, Movimentos Celestes e Terrestres, Astros e
Origem e Evolução do Universo
• A terra um planeta do sistema solar
• Eclipses e fases da Lua
• Estações do ano
• Origem e formação do sistema solar
• Astros
• Galáxias
• Lei de Hubble
• Formação do universo
• Teorias da formação do universo
• Movimentos dos astros
Constituição propriedade da matéria
• Formação da Terra: interior e composição
• Formação, propriedades e tipos e manejo dos solos
• Água na Terra
• Estados físicos da água
• Ciclo, propriedades e tratamento da água
• O ar na Terra
• Características e camadas
140
• Composição e propriedades do ar
• Fenômenos
• Ar em movimento
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
• Ar e saúde
• Solo e saúde
• Água e saúde
Formas de Energia
• Energia eólica
• Energia elétrica
• Energia solar
Organização, interações ecológicas, ecossistemas, sistemáticas e
origem da vida dos seres vivos
• Componentes, relações, organizações e tipos de ecossistemas
• Biomas terrestres
• Efeito estufa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
6ª SÉRIE
Origem e evolução do universo
• Teorias sobre a origem do universo
141
• Constituição da matéria
Composição do planeta Terra primitivo
• A Terra antes do surgimento da vida
Níveis de organização
• A célula
• Descoberta, estrutura e tipos de células
• Características e classificação dos reinos
Formas de energia
• A interferência da energia luminosa nos seres vivos
Organização, interações ecológicas, ecossistemas, sistemáticas e
origem da vida dos seres vivos
• Diversidade das espécies
• A interações entre os seres vivos
• Populações e relações ecológicas
• Ação humana, formação e renovação dos ecossistemas
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
7ª SÉRIE
Astros
• Constituição físico-químico dos astros
Constituição da matéria
142
• Estrutura química da célula
Níveis de organização, Célula, Morfologia e Fisiologia dos Seres
Vivos e Mecanismos de Herança Genética
• Célula
• Estrutura e formação de tecidos
• Estrutura e funcionamento dos sistemas humanos
• Reprodução humana
• Hereditariedade humana
Formas de Energia
• Energia dos alimentos
Organização, interações ecológicas, ecossistemas, sistemáticas e
origem da vida dos seres vivos
• Evolução, teorias, adaptação, seleção e adaptação de novas
espécies
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
8ª SÉRIE
Universo, Sistema Solar, Movimentos Celestes e Terrestres Astros e
Gravitação Universal
• As fontes de energia do universo
• Constituição físico-químico dos astros
• Leis de Kepler e Newton
143
Constituição e Propriedades da Matéria
• Conceito e formação da matéria
• Modelos atômicos
• Elementos químicos
• Ligações químicas
• Reações químicas
• Funções inorgânicas
• Lei da conservação da massa
• Propriedades da matéria
• Estados físicos e mudanças da matéria
Morfologia e Fisiologia dos seres Vivos
• Função físico-químico dos sistemas humanos
Formas, conversão e transmissão de energia
• Tipos de energia
• A interferência da energia luminosa nos seres vivos
• Fontes de energia
• Conversão de energia potencial em cinética
• Movimentos, velocidade, aceleração
• Trabalho
• Potência
• Forma de transmissão de energia
• Leis de Newton
• Máquinas simples
• Equilíbrio de força
Ecossistemas e interações ecológicas
• Efeito estufa
• Ciclos biogeoquímicos
144
Serão inseridos ainda, conteúdos relacionados a História e Cultura
Afro-Brasileira e indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e
racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e
do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriética, Lei
11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-Brasileira e indígena ao Currículo
de Ensino Fundamental e de Ensino Médio.
3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um
método que não é único, nem permanece inalterado, pois reflete o momento
histórico em que o conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da
humanidade, a movimentação social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da
tecnologia, as ideias e os saberes previamente elaborados.
O processo de aprendizagem de Ciências deve compreender as
diversas transformações integrando os sistemas que compõem o corpo humano,
suas funções de nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução e questões
relacionadas á saúde e a manutenção, entendendo também o funcionamento da
natureza, a importância da biodiversidade e das ações humanas que interferem
nela.
Quanto a matéria e energia é importante considerar as interações, as
transformações, as propriedades, as transferências, as diversas fontes e formas, os
modos que comportam, as relações com o ambiente, os problemas sociais e
ambientais relacionados com o consumo, desperdício, produção e descarte de
resíduos referentes ao seu uso.
A medida que o aluno estabelece relações sociais de produção de
ciência e da tecnologia, visto ao entendimento de suas tecnologias, passa a
perceber que a ciência e a tecnologia não são neutras. Podem compreender que o
bom e o mau uso que faz delas depende muitas vezes de interesses políticos e
empresariais que se apoderam de seus resultados e os utilizam em benefício de
uma elite, visando lucro e dominação.
145
Relacionando conteúdos com a prática, trazendo para a sala de aula a
realidade social, cultural e econômica na qual ele está inserido, para que o mesmo
tenha subsídios para analisar e atuar como agente transformador dessa realidade.
Dessa forma é imprescindível que existam conhecimentos físicos,
químicos e biológicos, para o processo de ensino e de aprendizagem, que precisam
ser abordados tanto na 5ª , quanto na 6ª, 7ª e 8ª séries, sob forma de atividades
como: pesquisas em livros, revistas científicas, modelos e observação em
microscópios, pesquisa on line, exposições de trabalhos em grupo, debates,
problematização, contextualização e interdisciplinaridade. Utilizando recursos
disponíveis na escola como: livros, revistas, jornais, textos, atividades impressas,
microscópios, computadores e a TV pendrive.
4.AVALIAÇÃO
Como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, a
avaliação será realizada na interação entre alunos e professor de forma contínua,
identificando avanços e dificuldades referentes à compreensão do conteúdo.
Oferecendo possibilidades ao aluno de se expressar e aprofundar sua visão em
relação ao conteúdo abordado.
A avaliação possibilitará ao professor condições de repensar sua
prática diária e garantir o acompanhamento e o avanço de seus alunos por meio de
explicações orais e escritos.
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliações,
encaminhamentos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e
subjetividade, buscando diversos métodos avaliativos (escritos, orais,
demonstrações e experiências), individuais e em grupos.
146
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENS. FUNDAMENTAL –
2009
-Projeto Araribá – Ciências, Ed. Moderna
-VALLE, Cecília. COLEÇÃO CIÊNCIAS
147
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
1.APRESENTAÇÃO
A disciplina de Educação Física, assim como outras de tradição
curricular, desenvolveu historicamente, discursos teóricos e metodológicos algumas
vezes hegemônicos, outras contra hegemônicos, que contribuíram para a
manutenção ou resistência à formação/conformação do trabalhador em seus
aspectos bio-psico-sociais.
A relação de saberes acadêmicos e/ou escolares com os interesses
do modo capitalista de produção é u ma constante histórica, e pressupõe numa
concepção crítico-superadora, para a formação do sujeito que compreende o mundo
em que vive e as relações complexas que o envolvem.
É importante ressaltar que várias teorias pedagógicas surgiram com o
intuito de resignificar a Educação Física e, por consequência, muito se tem discutido
a importância desta disciplina como componente curricular.
Buscamos uma proposta pedagógica que forme sujeitos capazes de decidir com
autonomia, dialogar junto à sociedade com clareza e coerência, refletir sobre sua
condição humana e lutar por dignidade e condições melhores de vida.
A Educação Física, contribui, numa concepção crítico-superadora,
para a formação do sujeito que compreende o mundo em que vive e as relações
complexas que o envolvem.
A teoria crítico-superadora trata da cultura corporal numa proposta
que possibilita interpretar e estabelecer relações dos conhecimentos com as
mudanças sociais.
148
2.OBJETIVOS
O papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se
apresenta como senso comum, desmistificar formas arraigadas e equivocadas
sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações corporais.
Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como
oportunidade de reelaboração de ideias e práticas que, por meio de ações
pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno sobre os conhecimentos
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.
Apresentar a discussão sobre a diversidade cultural em termos
corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças
identificadas, bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo,
realizando opções, pautadas nos conhecimentos relevantes apresentados pelo
professor.
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante que compõe as orientações curriculares,é
constituído de saberes que identificam o campo de estudo da Educação Física,
garantindo uma abordagem de seu objeto de estudo/ ensino, em sua totalidade e
complexidade.
Com o propósito e compromisso firmado para uma Educação Física
Transformadora, apresenta-se como conteúdos estruturantes o esporte, jogos e
brincadeiras, a dança, a ginástica e a Luta:
ESPORTE: Deve ser abordado tanto como prática quanto como
objeto de estudo e reflexão, possibilitando ao aluno, mais do que vivenciá-lo, realizar
uma leitura crítica das relações sociais que se constituem na sociedade e se
manifestam nas práticas esportivas.
149
JOGOS E BRINCADEIRAS: os jogos e as brincadeiras são pensados
de forma complementar, mesmo apresentando cada qual suas especificidades.
Como conteúdo estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que
ampliam a percepção e a interpretação da realidade. Os trabalhos com os jogos e as
brincadeiras são de relevância para o desenvolvimento do ser humano, pois atuam
como formas de representação do real através de situações imaginárias, cabendo,
por um lado, aos pais e, por outro, à escola fomentar e criar as condições
apropriadas para as brincadeiras e jogos. Tanto os jogos quanto as brincadeiras são
conteúdos que podem ser abordados, conforme a realidade regional e cultural do
grupo, tendo como ponto de partida à valorização das manifestações corporais
próprias desse ambiente cultural.
GINÁSTICA : A ginástica compreende uma gama de possibilidades,
desde a imitativa de animais, a geral, até as esportivizadas. Dar condições ao aluno
de reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-se da ginástica
competitiva. Considerar a criação espontânea de movimentos e coreografias e os
espaços e condições materiais a serem utilizados.
DANÇA : A dança pode refletir os diversos aspectos culturais dos
povos e pode ser abordada sob inúmeras possibilidades. Oferecer-se-á as mais
diversas modalidades de dança, privilegiando sempre as experiências livres e
espontâneas.
LUTAS : O processo de escolarização desta atividade deve trilhar
num caminho para o esclarecimento dos propósitos aos quais elas servem, inclusive
as transformações pelas quais passaram ao longo dos tempos, distanciando-se, em
grande parte de suas finalidades iniciais.
150
4.CONTEÚDOS POR SÉRIE
CONTEÚDOS PARA 5ª SÉRIE
ConteúdoEstruturante
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-metodológica
Esporte- Coletivos
- Individuais
- Origem e histórico dos esportes
- Atividades pré-desportivas
- Fundamentos e regras adaptadas
- Fundamentos básicos
Jogos e Brincadeiras
- Jogos e brincadeiras
populares
- Brincadeiras e
cantigas de roda
Jogos de Tabuleiro
- Jogos Cooperativos
- Origem e histórico dos jogos,
brinquedos e brincadeiras.
- Brinquedos, jogos e brincadeiras com e
sem materiais alternativos.
- Construção de brinquedos.
- Disposição e movimentação básica dos
jogos de tabuleiro.
Dança
- Danças Folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
- Origem e histórico das danças.
- Contextualização das danças.
- Atividades de criação e adaptadas.
- Movimentos de experimentação corporal
(sequência de movimentos)
Ginástica- Ginástica rítmica
- Ginásticas circenses
- Ginástica geral
- Origem e histórico da ginástica artística.
- Movimentos Básicos (ex: parada de
mão, rolamento, roda)
- Construção e experimentação de
materiais utilizados nas diferentes
modalidades ginásticas.
151
- Cultura do Circo.
- Consciência Corporal.
Lutas- Lutas de
aproximação
- Capoeira
- Origem e histórico das lutas
- Atividades que utilizem materiais
alternativos
- Jogos de oposição
- Musicalização
- Ginga, esquiva e golpes
CONTEÚDOS PARA 6ª SÉRIE
ConteúdoEstruturante
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-metodológica
Esporte- Coletivos
- Individuais
- Origem dos diferentes esportes e
mudanças no decorrer da história.
- Noções das regras e elementos básicos.
- Prática dos fundamentos das diversas
modalidades esportivas.
- Sentido da competição esportiva.
Jogos e
brincadeiras
- Jogos e
brincadeiras
populares
- Brincadeiras e
cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
- Recorte histórico delimitando tempo e
espaço nos jogos, brinquedos e
brincadeiras.
- Diferença entre brincadeira, jogo e
esporte.
- A construção coletiva dos jogos,
brinquedos e brincadeiras.
- Os Jogos, as brincadeiras e suas
diferenças regionais.
- Difusão dos jogos e brincadeiras
populares e tradicionais no contexto
152
brasileiro.
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
- Danças circulares
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços, na dança.
- Desenvolvimento de formas corporais
rítmico/expressivas.
- Criação e adaptação de coreografias.
- Construção de instrumentos musicais.
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginásticas
circenses
- Ginástica geral
- Aspectos históricos e culturais da
ginástica.
- Noções de posturas e elementos
ginásticos.
- Cultura do Circo.
Lutas
.
- Lutas de
aproximação
- Capoeira
- Origem das lutas, mudanças no decorrer
da história
- Jogos de oposição
- Ginga, esquiva e golpes
- Rolamentos e quedas
CONTEÚDOS PARA 7ª SÉRIE
ConteúdoEstruturante
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-metodológica
Esporte - Coletivos
- Radicais
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços, no esporte.
- Possibilidade do esporte como atividade
corporal: lazer, esporte de rendimento,
condicionamento físico.
- Esporte e mídia.
153
- Esporte: benefícios e malefícios à saúde
- Prática dos fundamentos das diversas
modalidades esportivas.
Jogos e
brincadeiras
- Jogos e
brincadeiras
populares
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços, nos jogos, brincadeiras e
brinquedos.
- Festivais
- Estratégias de jogo
Dança - Danças criativas
- Danças circulares
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços, na dança.
- Elementos e técnicas de dança
- Esquetes (são pequenas sequências
cômicas).
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginásticas
circenses
- Ginástica geral
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços, na ginástica.
- Noções de postura e elementos
ginásticos.
- Origem da Ginástica com enfoque
específico nas diferentes modalidades,
pensando suas mudanças ao longo dos
anos.
- Manuseio dos elementos da Ginástica
Rítmica.
- Movimentos acrobáticos
- Manusear os diferentes elementos da
GR como: corda; fita; bola; maças; arco
154
Lutas
- Lutas com
instrumento
mediador
- Capoeira
- Roda de capoeira
- Projeção e imobilização
- Jogos de oposição
CONTEÚDOS PARA 8ª SÉRIE
ConteúdoEstruturante
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-metodológica
Esporte - Coletivos
- Radicais
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços.
- Organização de festivais esportivos
- Análise dos diferentes esportes no
contexto social e econômico.
- Regras oficiais e sistemas táticos.
- A prática dos fundamentos das diversas
modalidades esportivas.
- Súmulas, noções e preenchimento.
Jogos e
Brincadeira
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
- Organização e criação de gincanas e
RPG (Role-Playing Game, Jogo de
Interpretação de Personagem)
- Diferenciação dos jogos cooperativos e
competitivos
Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
- Recorte histórico delimitando tempos e
espaços na dança.
- Organização de festivais.
- Elementos e técnicas de dança
155
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
- Origem da Ginástica: trajetória até o
surgimento da Educação Física.
- Construção de coreografias.
- Ginástica e a cultura de rua (circo,
malabares e acrobacias).
- Análise sobre o modismo.
- Vivência das técnicas específicas das
ginásticas desportivas.
- Recursos ergogênicos (doping).
Lutas
- Lutas com
instrumento
mediador
- Capoeira
- Origens e aspectos históricos
5.METODOLOGIA DA DISCIPLINA :
Na organização dos critérios para trabalhar com os desdobramentos,
devem ser levados em consideração os pressupostos metodológicos na seleção,
sistematização e organização do planejamento, como: os aspectos sociocognitivos,
sujeitos da aprendizagem, compreensão do saber de uma forma superadora e aulas
como espaço da diversidade.
Assim o conhecimento não deve ser transmitido de forma
fragmentada e etapista. Ao tratarmos pedagogicamente os desdobramentos, é
preciso levar em consideração os pressupostos referenciados, observando o
aumento da complexidade de uma tarefa em relação à outra. Estes pressupostos
apontam para uma estratégia: a Prática Social, trás o conhecimento prévio e o senso
comum para, posteriormente problematizá-los.
156
O professor tem papel central nesse processo, ao apresentar aos
alunos, através da instrumentalização, o saber elaborado com base nas diversas
produções humanas. Apresentar ao aluno uma contraposição ao saber produzido
pelo senso comum, tornando necessário a verificação para compreender esta
contraposição.
Ao final deste processo, pretende-se que o aluno retorne à prática
social, com um salto qualitativo decorrente da formação da consciência crítica e da
estruturação do saber escolar.
6.AVALIAÇÃO
As dimensões do processo avaliativo devem contemplar os
significados pedagógicos, políticos e sociais dos desdobramentos contemplados nas
orientações curriculares e, outros que tratem da cultura corporal que possam ser
selecionados pelos professores e constantes no Projeto Político Pedagógico.
Neste sentido, avaliar, em Educação Física, deve levar e conta a
totalidade da conduta humana expressada no conjunto das atividades desenvolvidas
e discutidas de maneira aberta entre professor e alunos. Ao avaliar, o professor deve
observar atentamente as diferenças sociais entre os alunos que hoje frequentam as
escolas públicas do nosso estado. Estes alunos são sujeitos de sua história, com
patrimônio cultural próprio e, portanto, com leitura de mundo diferenciada.
Fundamental é proporcionar uma leitura crítica das condições que envolvem as mais
diversas realidades, a fim de interpretá-las e compreendê-las. È importante
considerar a avaliação como um processo diagnóstico, contínuo, permanente e
cumulativo e ser colocada a serviço da aprendizagem do aluno, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como elemento externo.
157
7.BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede Pública Estadual. 2009
Orientações Curriculares - Departamento do Ensino Médio Fev. 2009.
158
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
1.APRESENTAÇÃO
O Ensino Religioso, anteriormente, era o ensino da Religião Católica
Apostólica Romana, religião oficial do Império. A partir da Constituição de 1934, o
Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na Escola Pública, porém
com matrícula facultativa.
Em meados da década de 60, surgiram debates para que houvesse
liberdade religiosa devido à manifestação do pluralismo religioso da sociedade
brasileira.
Em decorrência da Lei n.º 5.942/71, o Ensino Religioso foi implantado
como disciplina escolar, em 1972, no estado do Paraná, a partir da criação da
Associação Interconfessional de Curitiba (ASSINTEC). Procurou-se com a
elaboração de material pedagógico e cursos de formação continuada a preparação
de professores para ministrar a disciplina.
Somente em 2002, o conselho Estadual de Educação do Paraná
aprovou a Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas escolas
públicas do Paraná.
A sociedade civil hoje reconhece como direito os pressupostos desse
conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas
as suas formas.
Com o repensar da disciplina, o foco no sagrado e em diferentes
manifestações possibilita a reflexão sobre a realidade contida na pluralidade, numa
perspectiva de compreensão da religiosidade, da diversidade cultural e da forma de
ver o sagrado. Com isso, se pretende o reconhecimento e respeito às diferentes
expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, com enfoque
especial na lei Nº10.639/03, referente à História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Nessa perspectiva contribui para superar a desigualdade étnico-
religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão,
conforme Art. 5º, Inciso VI, da Constituição Brasileira. Porém, isso deu-se na medida
159
em que a disciplina de Ensino Religioso e o corpo docente também contribuíram
para que, no dia-a-dia da escola, o respeito à diversidade fosse construída.
2.JUSTIFICATIVA
Esta disciplina é necessária pôr dar a oportunidade de conscientização
e conhecimento da liberdade do exercício de crença religiosa, respeitando cultos,
ritos em suas diversas origens: europeia, africana, oriental, indiana, e etc., criando
condições para melhorar a convivência entre as pessoas através do conhecimento
do universo da cultura do Sagrado.
3.OBJETIVOS GERAIS
- Privilegiar o estudo das diferentes manifestações do sagrado,
possibilitando a análise do mesmo como cerne da experiência religiosa que se
expressa no universo cultual de diferentes grupos sociais;
- Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas
relações éticas e sociais, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma
de preconceito e discriminação, reconhecendo a todos, como portadores de
singularidades.
4.CONTEÚDOS
Todo ser humano é portador de uma religiosidade e tem necessidade
de se relacionar com o seu Criador. Devido à diversidade religiosa, o trabalho com
os alunos deve ser desenvolvido de modo a respeitar as diferentes formas dessa
relação, levando-se em conta os diversos níveis de entendimento dos alunos em
relação aos conteúdos abordados.
160
5ª SÉRIE
- Respeito à diversidade religiosa;
- Lugares Sagrados;
- Textos Orais e Escritos – Sagrados;
- Organizações Religiosas.
6ª SÉRIE
- Universo Simbólico Religioso;
- Ritos;
- Festas Religiosas;
- Vida e Morte.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino fundamental e ensino médio.
5.METODOLOGIA
As práticas pedagógicas desenvolvidas fomentarão o respeito às
diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos
alunos.
O processo de ensino-aprendizagem visa à construção/produção do
conhecimento que se caracteriza pela promoção do debate da hipótese divergente,
da dúvida-real ou metódica, do confronto de ideias, de informações discordantes e
também da exposição competente do conteúdo formalizado, de pesquisa, exposição
de trabalhos, depoimentos de pessoas de diferentes religiões e outros.
161
6.AVALIAÇÃO
A Avaliação de Ensino Religioso se fará pela observação do grau de
ampliação e conhecimento do aluno referente a outros procedimentos religiosos
dogmáticos praticados em várias religiões do mundo, o respeito à sua crença e
divindades, religiosidades, conceitos e rituais e das diversas religiões que há no
mundo, uma vez que o conhecimento religioso é amplo e diverso.
Não haverá atribuição de notas ou conceitos, mas sim um registro
formal do processo avaliativo, pelo professor, garantindo a identificação do
progresso obtido na disciplina.
162
7.BIBLIOGRAFIA
-Apostilas da ASSINTEC;
-Caderno – Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Secretaria Especial de
Direitos Humanos.
-Diretrizes Curriculares Estaduais do Ensino Religioso – SEED
-Estatuto da Criança e do Adolescente.
-Textos diversos;
163
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia baseia-se numa Geografia que compreende
o espaço geográfico como social, produzindo e reproduzindo pela sociedade
humana. Uma disciplina que enfatiza a dimensão econômica da produção do espaço
geográfico, com destaque para as atividades industriais e agrárias, além das
questões relativas à urbanização e ao meio ambiente.
O ensino de Geografia contribui para o desenvolvimento da realidade
pelo aluno, aponta a possibilidade de tornar a geografia um ensino que leve à
cidadania.
O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica. O
caminho do geógrafo é que tem que ser representado e, as alternativas para isso
são múltiplas.
Os conteúdos têm como principal objetivo contribuir para o
desenvolvimento da realidade pelo aluno, apontar a possibilidade de tornar a
geografia um ensino que leve à cidadania.
A abordagem teórico crítica proposta para o ensino de Geografia,
baseia-se numa Geografia que compreenda o espaço geográfico como o social,
produzido e reproduzido pela sociedade humana.
A partir do pressuposto da Geografia Crítica, propõem uma análise
social, política e econômica sobre o espaço geográfico.
As teorias críticas da Geografia procuram entender a sociedade em
seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas relações que
estabelecem com a natureza para a produção do espaço geográfico.
Os conceitos fundamentais de Geografia são trabalhados com o
intuito de permitir a compreensão integrada da realidade, articulando-se, no
conjunto, as relações sociedade-natureza de forma a superar essa tradicional
dicotomia.
Além disso, favorece a construção da cidadania na medida em que
trabalha valores e possibilita vivências, além de estar isenta de preconceitos.
164
Respeita as diversidades, não se notando discriminação quanto a condições
socioeconômicas, étnicas ou mesmo regional. Em seu conjunto, volta-se à formação
do caráter do aluno, favorecendo o convívio social, o respeito, a tolerância e a
liberdade.
A educação do campo tem sido historicamente marginalizada na
construção de políticas públicas. A educação para os povos do campo é trabalhada
a partir de um currículo essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das
necessidades e da realidade do campo.
No âmbito escolar da educação do campo, objetiva-se que o estudo
tenha a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos
conteúdos escolares, como por exemplo de Geografia, de forma que valorize
singularidades regionais e localize características nacionais, ou seja, o povo tem
direito de ser educado no lugar onde vive.
Na educação do campo, devem emergir conteúdos e debates, entre
outros, sobre: o preparo do solo, a pesca ecologicamente sustentável, a
diversificação de produtos relativos à agricultura e o uso de recursos naturais, a
agroecologia e o uso das sementes crioulas, a questão agrária e as demandas
históricas por reforma agrária, entre outros aspectos.
165
2. CONTEÚDOS: ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6 º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico.
166
GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/7 º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
167
GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8 º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
168
GEOGRAFIA ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/9 º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básico
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
169
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino fundamental e ensino médio.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia abre possibilidades de aprofundar os
conhecimentos geográficos, referentes ao processo de constituição e organização
do espaço.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a fina-
lidade do ensino dessa disciplina.
Os conteúdos serão desenvolvidos por meio de uma linguagem
simples, para que haja a aproximação do saber cientifico com o do cotidiano
vivenciado pelo aluno.
Além disso, os alunos serão instigados a perceberem o
reconhecimento do seu espaço geográfico no contexto global.
A partir de discussões feitas aos alunos, mediadas pelo professor,
será efetivado um trabalho de conscientização.
As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Para motivar a participação dos alunos, os conteúdos serão
problematizados, usando-se, além de charges, desenhos, cartuns, manchetes de
jornais e figuras, atividades para uma reflexão sobre os temas abordados.
Para desenvolver os conteúdos propostos serão utilizados os recursos
didáticos abaixo relacionados:
jornais e revistas;
jogos;
livros didáticos;
170
mapas, globos, atlas;
retroprojetor e transparências;
vídeos;
atividades mimeografadas e xerocadas
aulas de campo.
mídia televisiva
computador
4. AVALIAÇÃO
Propõe-se, que a avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem
dos alunos quanto nortear o trabalho do professor, que a avaliação do processo de
ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual.
Valoriza-se a noção de que o aluno possa, durante e ao final do
percurso, avaliar a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de
transformá-la, onde quer que esteja.
A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo
professor, a avaliação deverá ser continua, para perceber os avanços dos alunos no
processo de apropriação do conhecimento. O professor deverá estar atento às
atividades propostas aos alunos, avaliando-os no processo em busca a superação
das dificuldades. Tendo como critérios de avaliação, espera-se que o aluno:
• entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a
apropriação do território;
• compreenda o processo de crescimento da população e sua
mobilidade no território;
• reconheça a configuração do espaço de circulação de pessoas,
mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros;
• estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes
atividades econômicas e as consequentes mudanças nas relações socioespaciais e
ambientais;
171
• reconheça os movimentos sociais como forma de luta pelo
direito ao espaço urbano e rural;
• identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas
tecnologias na agropecuária brasileira;
• identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do
trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas;
• entenda o processo de transformação de recursos naturais em
fontes de energia;
• identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos
sociais;
• identifique as relações existentes entre espaço urbano e rural:
questões econômicas, ambientais políticas, culturais, movimentos demográficos,
atividades produtivas;
Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes,
entre outros.
172
5. REFERÊNCIAS
ADAS, Melhem. Geografia – Noções Básicas.
Cadernos Temáticos
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – Geografia e Educação do Campo
LUCCI, E. A. & BRANCO, A. L. Geografia: Homem e Espaço.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial.
Projeto Araribá – Geografia
Projeto Político Pedagógico
173
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
1.APRESENTAÇÃO
A disciplina de História propõe trabalhar com uma concepção que
considere as experiências dos diversos grupos, e que seja capaz de dialogar com
diferentes culturas, procurando construir e reconstruir com o educando um saber
que tenha sentido no contexto de suas experiências e de seu grupo social.
A fim de atender a proposta de organização curricular deste
documento, os conteúdos estruturantes ( relações de trabalho, relações de poder e
relações culturais) apontam para o estudo das ações e relações humanas que
constituem o processo histórico dinâmico, assim, as dimensões da vida humana
podem constituir enfoques historiográficos.
É importante ressaltar que tais dimensões visam à busca de grandes
sínteses. O aluno não pode ficar a mercê de compreender a História através de
recortes com sentido fechado em sim, onde os conteúdos não sejam tomados de
forma isolada.
Em síntese, os conteúdos estruturantes aqui apresentados em suas
respectivas dimensões, articulações ou inter-relações, em concordância com os
fundamentos teórico-metodológicos da disciplina, propostos nesta Proposta
Pedagógica Curricular.
A interação professor aluno é fundamental no trabalho do
conhecimento histórico, demonstrando que é possível repensar e transformar o
ensino dessa disciplina de tal forma que os trabalhos realizados possam levar o
educando a entender esse mundo, e, que nele se insira de forma crítica
desenvolvendo e utilizando todo seu potencial.
O trabalho pedagógico ganha importância através de diversas
atividades: ensino e pesquisa, aprendizagem e pesquisa, relatos de acontecimentos,
filmes, fotos, cartas, visitas a monumentos, entrevistas, trabalho com texto, com a
finalidade de instigar nossos alunos a perceber e valorizar o espaço em que estão
inseridos.
174
O ensino de História deve ter como ponto de partida a problematização
da realidade do aluno, do seu presente, através de um processo de reflexão, que
parta do senso comum, visando o momento histórico.
Enfim, o ensino de História destina-se a atender os conteúdos
fundamentais a serem trabalhados no ensino fundamental, tendo como objeto de
estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas
praticadas no tempo, bem como o sentido que os sujeitos deram as mesmas, tendo
ou não consciência dessas ações.
2.JUSTIFICATIVA
Destacar a função transformadora da disciplina de história é cada vez
mais imprescindível e decisivo para a formação do aluno enquanto cidadão
consciente de suas obrigações, mas também de seus direitos e deveres e de seu
poder de viabilizar grandes mudanças criticando velhos privilégios e preconceitos.
Procura-se trabalhar o desenvolvimento da história sempre ligado a
atualidade abrindo a possibilidade para uma atuação realmente transformadora.
Dar ênfase a cultura afro- brasileira incentivando o desenvolvimento e
valorização na sociedade.
3.OBJETIVOS GERAIS
- Propiciar a formação de cidadãos preparados para a exigências
científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, para adaptá-los às constantes
mudanças sociais.
- Levar o aluno a compreensão do mundo em que vive, das relações
sociedade e trabalho, poder e cultura para que busquem fontes de explicações no
passado interligando nos dias atuais.
- Recuperar ações dos diversos tempos, procurando entender o
processo histórico, seus desafios e conflitos que colaboram para o homem em cada
tempo e lugar.
175
Portanto para que estes objetivos sejam alcançados teremos como
referência os conteúdos estruturantes propostos nas diretrizes curriculares bem
como: relações de trabalho, poder e cultural.
4.CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO - ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE :Relações de trabalho, de poder e culturais
- O que é História?
- Conceitos básicos de História.
- A origem do Homem e Evolução;
- Período da História;
- A origem dos primeiros povos da América;
- Os grupos indígenas no Brasil;
- As primeiras civilizações da África, Ásia, Europa e América, Egípcios,
Nubios, Hebreus, Gregos, Romanos,Olmecas, Mochicas, entre outros.
- Descobrimento do Brasil.
- A formação de sociedade Brasileira
- Encontro entre culturas, africanas e ibéricas;
6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : Relações de trabalho, poder e culturais
- A expansão ultramarina europeia
- Descobrimento do Brasil
- Partilha do mundo entre Portugal e Espanha
- Consolidação do território brasileiro e paranaense
- Formação Colonial articulado á consolidação dos Estados Nacional
europeus e a Reforma pombalina e colonização do território paranaense
- Os movimentos de contestação coloniais:negros, nativistas.
176
- Revolução Francesa
- Independência das 13 colônias.
- Independência do Brasil.
7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE :Relações de trabalho, poder e culturais
- Constituição de 1824 e a confederação do Equador
- Primeiro e Segundo Reinado
- Escravismo e a imigração europeia
- Emancipação política do Paraná
- Movimento de abolição brasileira
- O processo de industrialização no Brasil e Inglaterra
- Os primeiros anos da República no Brasil
- Questão agrária no Brasil: leis de terras 1850
- A Primeira Guerra Mundial
8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Relações de trabalho, poder e culturais
- Semana de arte moderna de 1922 e sua repercussão na sociedade
brasileira
- Origens e trajetórias do Brasil na 2º Guerra Mundial
- Construção do Paraná moderno
- Regime militar! Brasil e América Latina
- Movimentos de contestação no Brasil e no mundo
- Processo de redemocratização no Brasil e na América Latina
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
177
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino fundamental e ensino médio. Serão também
trabalhados no decorrer do ano letivo, a História do Paraná.
5.METODOLOGIA
O objetivo de estudo na disciplina de História está embasada nas
relações de trabalho, poder e cultura.
Com essa base formaremos alunos conscientes, investigadores onde
possam expressar-se desde o surgimento da sociedade até em sua sociedade atual,
tendo como objetivo a aproximação do saber científico com o cotidiano.
Pretendemos levar os alunos a pensar e agir criticamente, onde
possam ter uma concepção de tempo de uma sociedade articulada à consciência
histórica de seus sujeitos.
Estudando o passado e presente, investigado pelos alunos juntamente
com os professores, realiza-se à luz de uma expectativa de futuro.
Para realizarmos essas atividades com relação à História usaremos
também quadro de giz, livros, textos, filmes, palestras, retroprojetor, tv pen drive e
outros.
6.AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem
priorizando os fatores qualitativos deste, para o processo ser satisfatório, deverá
observar a formação dos conceitos históricos para que compreendam a História
como prática social, do qual participam como sujeito de seu tempo.
A proposta avaliativa deverá ser clara para os alunos, sabendo como
serão avaliados, a avaliação e na relação diagnóstica que acontece entre os sujeitos
do processo, processo, professor e aluno.
178
7.BIBLIOGRAFIA
Livro Didático da SEED
Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares de História – 2009.
Vicentino, Cláudio – História, Memória viva – Ed. Scipone, 1998 – Vols. 3 e 4
Villa, Marco Antonio, Joaci Pereira Furtado – História do Brasil, Das comunidades
primitivas à corte joanina no Rio de Janeiro – Ed. Moderna, 1997 – Vols. 1 e 2
179
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
1.APRESENTAÇÃO
No Ensino de Língua Portuguesa o professor deve estar envolvido na
prática de ensino, seja na dimensão crítica bem como na construção de alternativas.
A língua portuguesa deve estar dissociada da pedagogia transmissiva
estruturalista e mais direcionada para o discurso enquanto prática social, seja na
leitura, na oralidade, na escrita e na literatura, como também na qualidade de
formação do aluno que começa em sala de aula através do trabalho coletivo e deve
também considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,
a inclusão dos conceitos e definições, ou seja, os conhecimentos necessários ao
uso da norma padrão.
A língua portuguesa e suas literaturas destinam-se a atender os
conteúdos fundamentais a serem trabalhados no ensino Fundamental e no Ensino
Médio com a finalidade de propiciar aos alunos o domínio do uso das linguagens
verbais e não verbais através do contato direto com textos literários e não literários,
dos mais variados gêneros. É necessário que a inclusão da diversidade textual dê
conta de relacionar os gêneros com as atividades sociais onde eles se constituem,
incluindo a cultura afro-descendente e sua contribuição linguística Dessa forma, será
possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública, estar em uma
sociedade onde sua voz seja ativa.
2.JUSTIFICATIVA
O ensino da Língua Portuguesa e sua literatura faz-se necessário por
ser a língua oficial do povo brasileiro. Diante disto, é necessário que o educando
aprenda a norma culta para poder comunicar-se e entender a sua cultura. Saber ler
e escrever faz diferença na vida: é importante para se desenvolver como pessoa,
como estudante e como profissional, permitindo o exercício da cidadania.
180
3.OBJETIVOS
- Despertar o interesse do aluno a se tornar um leitor e produtor de
textos empregando a língua oral e escrita em diferentes situações, sabendo adequá-
la a cada contexto;
- Criar no educando o desejo de expressar as emoções, escrever
histórias, emitir opiniões;
- Relatar fatos de acordo com a realidade do aluno e da escola e do
cotidiano, aprimorando a capacidade de pensamento crítico;
- Respeitar as variedades linguísticas de todas e quaisquer pessoas;
- Propiciar através das práticas de leitura, oralidade e escrita a
compreensão de diferentes tipos de textos;
- Explorar textos e obras literárias de diferentes épocas, revelando seu
dinamismo e sua constante transformação.
4.CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
É através dele que serão inseridos os conteúdos básicos com os
conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa final do Ensino
Fundamental e Médio.
CONTEÚDOS BÁSICOS: LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE
A prática de leitura, oralidade e escrita apresentados em diferentes
gêneros textuais e desdobrados em conteúdos específicos, fornecerá discussões e
contextualização usando textos literários, imagens, quadrinhos, gráficos, etc.
Através da delimitação do tema, do estímulo e ampliação de leitura, a
escrita deverá apresentar-se de forma coerente e coesa ou seja, tendo ligação com
as ideias na produção e reflexão dos diferentes gêneros textuais.
181
Na utilização de diversos recursos da oralidade (contação de histórias,
entrevistas, reportagens, cenas de desenho, narração de fatos reais e fictícios, etc),
organizar, orientar, explorar e apresentar posteriormente as marcas típicas da
oralidade em textos produzidos pelos alunos.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino fundamental e ensino médio.
5.METODOLOGIA
A metodologia estará voltada para as práticas sociointeracionistas
presentes na vida em situações concretas, respeitando o conhecimento trazido pelo
aluno a fim de valorizar o que já aprendeu em séries anteriores. O papel do
professor é promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da
leitura e da escrita promovendo, desta forma, a sua emancipação e a autonomia em
relação ao pensamento e as práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio
social.
Desta forma, o aluno modificará, aprimorará e irá reelaborar sua visão
de mundo tendo voz ativa no seu convívio social.
O aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura
compreensiva dos textos que circulam socialmente, instrumentalizando-o para
assumir-se como sujeito.
No decorrer do processo poderão ser utilizados vários recursos como:
música, textos, filmes, vídeos, dicionários, trabalhos individuais e em grupos, além
de aulas expositivas, quadro de giz, pen drive, objetivando melhorar o
desenvolvimento e a assimilação dos conteúdos.
182
6. AVALIAÇÃO
A avaliação procura auxiliar não só o crescimento do educando, assim
como o do educador. Através dela o educador fará uma reflexão sobre sua prática
educativa, e ao mesmo tempo a utilizará como um instrumento a qual o educando
tomará consciência de suas dificuldades e avanços. O educador no caso das
dificuldades encontradas pela classe e ou educando fará uma retomada do conteúdo
procurando saná-las. Portanto, a avaliação deve ser contínua, permanente e
cumulativa, assim estará acompanhando e respeitando as diferenças individuais,
deve ainda ser um processo de aprendizagem contínua e que dê prioridade à
qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
183
7.BIBLIOGRAFIA
Apostila Positivo – Português Completo
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
Linguagem Nova (Faraco e Moura)
Livro Didático Público
Textos Complementares
184
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
1.APRESENTAÇÃO
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar
no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da
construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e
cultural. A sobrevivência na sociedade depende cada vez mais de conhecimentos,
pois diante da complexidade da organização social, a falta de recursos para obter e
interpretar informações impede a participação efetiva e tomada de decisões em
relação aos problemas sociais. Impede ainda, o acesso ao conhecimento mais
elaborado e dificulta o acesso às posições de trabalho. Ensinar e aprender
Matemática na escola são tarefas que exigem comprometimento e determinação de
todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Devemos ter como meta a incorporação e superação do conhecimento,
pois há um crescimento tecnológico em velocidade crescente, desenvolvendo a
consciência crítica, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das
relações sociais. Esperamos que o ensino da Matemática deva procurar contribuir
de um lado, para a valorização da pluralidade sociocultural, evitando o processo de
submissão no confronto com outras culturas, de outro, criar condições para que o
aluno tenha uma vida melhor para um determinado espaço social e se torne ativo na
transformação de seu ambiente. Nesse contexto é importante que o docente
construa por intermédio do conhecimento matemático, valores, atitudes, visando à
formação integral do ser humano. É preciso explicitar também que a prática docente
seja realizada de forma contextualizada, ou seja, parta-se de situações do cotidiano
do aluno sistematizando-os para o conhecimento elaborado cientificamente. Nessa
perspectiva, podemos utilizar a Educação Matemática que implica olhar a própria
matemática do ponto de vista do seu fazer e do seu pensar, do ensinar e do
aprender, da sua construção histórica, buscando compreendê-los,
185
Portanto é necessário que o processo de ensino e aprendizagem
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever
e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do conhecimento,
assim a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante criticar
questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
2.OBJETIVOS
- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo a sua volta.
- Questionar a realidade formulando-se problemas, resolvendo-os,
utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise
crítica selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
- Relacionar o conhecimento cotidiano sistematizando-o para o
conhecimento elaborado cientificamente.
- Possibilitar a formação crítica, valorizando desde a abordagem de
conteúdos específicos até suas implicações históricas.
- Valorizar as distintas maneiras de manifestação do conhecimento
matemático, ou seja, quantidades, medidas, formas e operações, manifestando-se
em modos peculiares de produzir um raciocínio e uma lógica matemática,
privilegiando situações ligadas ao meio cultural ao qual pertence o estudante.
- Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, sendo necessário
saber calcular, medir, raciocinar, argumentar e tratar informações estatisticamente.
- Inserir, através dos conteúdos trabalhados, assuntos relacionados à
Lei 11645/2008.
186
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Para o Ensino Fundamental da Rede Publica Estadual, os conteúdos
estruturantes são: Números, e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias e
Tratamento da Informação.
3.1.NÚMEROS E ÁLGEBRA
A princípio será abordado as noções preliminares de classificação,
seriação, as quais permitam que o aluno estabeleça relações entre agrupamentos,
perceba a inclusão de classes, compreenda as bases de contagem, a sucessão dos
números, a conservação de quantidade e que, ao mesmo tempo, registre este saber
através da linguagem numérica.
Propõe-se, o estudo de números, tendo como meta primordial, no
campo da aritmética, a resolução de problemas e a investigação de situações
concretas relacionadas ao conceito de quantidades.
Dessa forma, trabalharemos com as operações: adição, subtração,
multiplicação e divisão, por meio de situações-problema e fazendo relação com o
cotidiano dos alunos e também estimule os cálculos por estimativa.
Do conteúdo estruturante Números e Álgebra, desdobram-se os
conteúdos específicos a seguir:
. Sistema de Numeração Decimal e não decimal;
. Números Naturais e suas representações;
. Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais);
. As seis operações e suas inversas (adição, subtração. Multiplicação,
Divisão, potenciação e radiciação);
. Transformação de números fracionários (na forma de
razão/quociente) em números decimais;
. Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de
equivalência;
187
. Juros e porcentagem nos seus diferentes processos de cálculo
(razão, proporção, frações decimais);
. As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir
da substituição de letras por valores numéricos;
. Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança
e diferença;
- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
- Equações, inequações e sistemas de equações de 1º e 2º Graus;
- Polinômios e casos notáveis;
- Produtos notáveis;
- Ângulos;
- Fatoração;
- Cálculo do número de diagonais de um polígono;
- Expressões Numéricas;
- Funções;
- Trigonometria no triângulo retângulo.
3.2.GRANDEZAS E MEDIDAS
Desde a antiguidade, o ser humano teve a necessidade de medir e
criar instrumentos de medida, utilizavam unidades de medidas originadas de partes
do corpo humano (pé, polegada, palmo, cúbico, Jarda,. etc.). Mas, com o passar do
tempo, verificou-se a necessidade de padronização dessas medidas devido à
intensificação das relações sociais e econômicas, por exemplo, da expansão do
comércio e o surgimento do mercantilismo. Com isso a universalizaram-se padrões
como o metro, seus múltiplos e submúltiplos, padrão que se utiliza em nossa cultura.
No Ensino Fundamental, propõe-se o uso das medidas como elemento
de ligação entre os conteúdos de numeração e dos conteúdos de geometria; a ideia
presente neste conteúdo estruturante é a de que medir é essencialmente comparar.
Essa ideia pode ser trabalhada em várias situações que envolvem o aluno, ao
observar os tamanhos dos objetos na exploração do espaço, e vai, através de
comparações, classificando-os. Pode-se utilizar partes do corpo (palmo e pé) como
188
uma unidade de medida, e compará-las com o objeto, verificando o número de
vezes que esta unidade “cabe” no objeto a ser medido. Quando o resultado da
medida não puder ser representado por um valor inteiro (número natural) tem-se a
ocasião para apresentar noções sobre frações e números decimais. É importante
propor atividades dessa maneira até que surja a necessidade do uso da unidade
padrão.
O trabalho com as unidades de tempo, e as relações que as cercam
são de suma importância para a percepção da ordem, da sucessão dos
acontecimentos e da duração dos intervalos temporais, sem os quais não
poderíamos viver organizadamente em sociedade.
Do conteúdo estruturante Medidas, desdobram-se os conteúdos
específicos a seguir:
- Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;
- Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade,
comprimento e tempo;
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
resolução de problemas algébricos;
- Capacidade e volume e suas relações;
- Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo;
- Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Tales;
- Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras;
- Triângulos quaisquer;
- Poliedros e suas relações métricas.
3.3.GEOMETRIAS
Para iniciar atividades com o conteúdo estruturante de Geometria no
Ensino Fundamental, problematizadas a partir da realidade, o educando pode
explorar o espaço para situar-se nele e analisá-lo percebendo os objetos neste
espaço para então, poder representá-los. Isto sempre a partir de problemas,
atividades e situações vivenciadas pelos alunos com objetos cotidianos: caixas,
189
bolas, garrafas embalagens de todos os tipos, folhas de árvores, tocos de madeira,
dentre outros, sempre buscando, a partir deles, produzir falas ou textos que
indiquem e justifiquem as formas semelhança, diferença, pontas e todo tipo de
propriedade dos objetos. Através da resolução de problemas, o aluno é
constantemente exposto a situações em que precisa olhar, avaliar e interpretar a
realidade; discutir, questionar e compreender limites e valores estabelecidos e a
vivenciar a riqueza das experiências de flexibilidade e reversibilidade de
pensamentos e posturas.
Os alunos podem explorar situações que elaborem a ideia de forma
como atributo dos objetos.
Ao final do Ensino Fundamental espera-se que o aluno tenha
elementos para, a partir de situações problema, generalizar noções importantes
como congruência e semelhança de figuras planas.
Do conteúdo estruturante Geometria, desdobram-se os conteúdos
específicos a seguir:
- Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não
euclidiana;
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras
planas;
- Construções e representações no espaço e no plano;
- Planificação de sólidos geométricos;
- Padrões entre bases, faces e arestas das pirâmides e prismas;
- Condições de paralelismo e perpendicularidade;
- Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e
circuncentro;
- Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
- Ângulos, polígonos e circunferências;
- Classificação de triângulos;
- Representação cartesiana e confecção de gráficos;
- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
190
- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de
equações;
- Representação geométrica dos produtos notáveis;
- Estudos dos poliedros de Platão;
- Construção de polígonos inscritos em circunferências;
- Círculo e cilindro;
- Noções de geometria espacial.
3.4.TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Tudo o que se relaciona à informação tem importância cada vez maior.
Esta informação está, todos os dias, nos diferentes meios de comunicação, vêm
acompanhada, muitas vezes, de lista de dados, tabelas e gráficos de vários tipos.
Portanto, para entender o significado desses dados e, ao mesmo tempo, saber
interpretá-los, é importante utilizar diferentes instrumentos de tratamento de
informação.
Um trabalho crítico com a linguagem da informação, contribui para a
formação de um cidadão mais crítico frente ao tipo de sociedade em que vive. É
importante que o aluno, ao final do Ensino Fundamental, utilize a linguagem
matemática da informação – coleta de dados, médias, tabelas, gráficos,
porcentagem – na produção de textos e ao mesmo tempo que saiba analisar esta
linguagem nos contextos que circulam socialmente, como por exemplo, os jornais,
as revistas, a internet entre outros.
Do conteúdo estruturante Tratamento da informação, desdobram-se os
conteúdos específicos a seguir:
- Coleta, organização e descrição de dados;
- Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e
histogramas;
- Noções de probabilidade;
- Médias, moda e mediana.
191
Estes conteúdos serão trabalhados de 5ª a 8ª séries, sendo que serão
aprofundados respeitando-se a série, o grau de maturidade e o nível intelectual dos
educandos.
4.FUNÇÕES
Dado a relevância cultural do tema, tanto no que diz respeito as suas
aplicações e especificidades dentro ou fora da matemática, como a sua importância
no desenvolvimento da própria ciência, as primeiras noções de funções serão
introduzidas a partir de situações que tenha significado para o aluno, fazendo
conjecturas e conexões que dão maior significado a este estudo, sendo que as
nomenclaturas, simbologias, construção de gráficos e tabelas possam ser
compreendidos e descobertos num ritmo personalizado, havendo também uma
articulação do estudo da função com os conceitos dos conteúdos específicos.
O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino fundamental e ensino médio.
5.METODOLOGIA
Queremos que o aluno construa o conhecimento, partindo de situações
e questões que possibilitem a reflexão. Reflexão esta que permitirá uma melhor
compreensão e faça com que o estudante por intermédio do conhecimento
matemático construa valores e atitudes de natureza diversa, onde vise a formação
integral do ser humano e possa estabelecer conexões entre o conhecimento que
192
trazem em suas bagagens e aquele que está sendo construído. O processo de
ensino e aprendizagem em matemática tem como base o planejamento, que visa
romper com abordagem em matemática tem como base o planejamento, que visa
romper com abordagens que apregoam a fragmentação dos conteúdos, e possa
promover a organização, a articulação e a produção de forma significativa, a partir
dos inter-relacionamentos entre os conteúdos estruturantes e os conceitos de cada
conteúdo específico. No entanto, propomos que o professor utilize como ferramenta
os conhecimentos que o aluno já possui, pois a partir do que já é conhecido e
através de situações problemas que este irá construir novas ferramentas avançando
em relação ao conhecimento anterior, valorizando a experiência acumulada pelo
aluno dentro e fora da escola. Podendo também inserir no trabalho em sala de aula
a história da matemática vinculando estas descobertas aos fatos sociais e políticos,
as circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinavam o
pensamento de cada época. Podendo esta ser um elemento norteador para a
elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na
compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Também é
de grande importância para o estudo de matemática os recursos tecnológicos
(calculadora, computadores, televisão), onde os estudantes através destes
elementos de apoio, conseguem desenvolver argumentos e conjecturas
relacionadas às atividades com as quais se desenvolvem, sendo as conjecturas
resultado de uma experimentação. Quanto às aulas expositivas e o livro didático,
não devam ser o único meio utilizado e não tão pouco descartados. A aula
expositiva deve ser dinâmica e promover o diálogo entre professor/aluno, do
exercício da criatividade e do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento.
Através dessa técnica podemos, por exemplo, fornecer informações preparatórias
para um debate, jogo ou outra atividade em classe, análise e interpretação dos
dados coletados nos estudos do meio e laboratório. O livro didático permite mais
autonomia durante a aprendizagem de forma equilibrada, com preocupação de
conjecturar, de tentar, de questionar de forma mais direta, sendo este mais um
material de apoio que tanto ajudar[a os alunos na sala, quanto em seus estudos de
casa. O como ensinar matemática está vinculado às reflexões realizadas por
educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da prática
193
docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática.
Algumas propostas metodológicas que procura alterar as maneiras pelas quais se
ensina Matemática são destacadas em: resolução de problemas, a modelagem
matemática, o uso de mídias tecnológicas, a etnomatemática e a história da
matemática.
O professor deve iniciar o trabalho de construir e aplicar novos
conceitos e procedimentos matemáticos tomando como base os conteúdos
estruturantes: Números e Álgebra, funções, geometria, tratamento das informações,
priorizando relações de interdependências e do modo como se articulam,
possibilitando a produção de um ensino significativo de forma que o mesmo se paute
de abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos
de cada conteúdo específico. Para tanto, é justo acrescentar alguns ingredientes
para um aprendizagem satisfatório: entusiasmo nos afazeres, paixão nos desafios,
cooperação entre os participantes, ética nos procedimentos. Com estas
considerações estaremos construindo a cidadania em nossa prática, dando as
condições para a formação dos valores humanos fundamentais, que são centrais
entre os objetivos da educação.
6.AVALIAÇÃO
Como parte integrante do processo ensino aprendizagem a avaliação
será realizada na interação entre alunos e professor de forma contínua, identificando
os avanços e dificuldades referentes a compreensão do conteúdo, oferecendo
possibilidades ao aluno para se expressar e aprofundar a sua visão em relação ao
conteúdo abordado. A avaliação deverá possibilitar ao professor condições de
repensar sua prática pedagógica, dará possibilidade deste acompanhar se o aluno
avançou ou regrediu, por meio de suas explicações orais e registros escritos.
É necessário que o professor reconheça que o conhecimento
matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente,
o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar seus conhecimentos. Cabe
ao professor considerar no contexto das práticas de avaliações, encaminhamentos
diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividade,
194
buscando diversos métodos avaliativos (formas escritas, orais e de demonstração).
Tanto as exposições orais quanto os registros escritos, (testes, lições de casa,
pesquisas), podem mostrar ao professor como o aluno expressa seu conhecimento,
o grau de entendimento alcançado tanto em profundidade quanto em organização
mental da linguagem matemática, ajudando a todos os alunos se apropriarem do
conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania.
195
7.BIBLIOGRAFIA
D' Ambrósio, Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade, Autêntica,
2001.
Giovanni, José Ruy, José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Jr. Uma nova
abordagem matemática fundamental, Editora FTD, SP, 2000.
Ramos, Mn. Os contextos no Ensino Médio e os desafios na construção dos
conceitos, 2004.
Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares de Matemática para o
Ensino Fundamental, 2009.
196
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA - INGLÊS
1- APRESENTAÇÃO
O estudo de Língua Estrangeira Moderna através de seu conteúdo
estruturante – o discurso como prática social – possibilitará uma consciência crítica e
transformadora da realidade pelas práticas que compõem a aprendizagem.
O ensino de Língua Inglesa deve ser trabalhado permitindo aos alunos
a interação com textos de vários gêneros discursivos, possibilitando o
aperfeiçoamento da competência em Língua Inglesa, no discurso, nas práticas da
escrita, da expressão e compreensão oral, identificando a disciplina como campo do
conhecimento que constitui as relações políticas, econômicas, sociais e culturais das
diferentes sociedades. É de suma importância conhecer a Língua Inglesa para não
se sentir isolado no mundo globalizado de hoje, pois o inglês tornou-se um dos
principais veículos de comunicação em diversos meios políticos, sociais, esportivos,
tecnológicos, científicos, artísticos, etc.
1-1 JUSTIFICATIVA
O ensino de Língua Inglesa, faz-se necessário para que o aluno possa
constituir um conhecimento especializado e sistematizado e que possa garantir a ele
uma formação conceitual de qualidade numa contextualização histórica, social e
politicamente em diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo
com a formação cidadã.
1-2 OBJETIVOS
-Oportunizar a compreensão dos gêneros discursivos através de
diferentes textos.
197
-Propiciar por meio do estudo da Língua Estrangeira reflexões sobre a
língua materna, diferenças culturais, valores de cidadania e identidade.
-Fazer uso da mesma para melhorar todo esse processo de
aprendizagem.
-Ampliar o vocabulário.
-Despertar o interesse pela pesquisa interdisciplinar.
-Incentivar a conversação.
-Propiciar através das práticas de leitura, oralidade e escrita a
compreensão de diferentes tipos de textos.
2.CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
É através dele que serão inseridos os conteúdos básicos com os
conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa final do Ensino
Fundamental.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de Ensino Fundamental. Serão também trabalhados no
decorrer do ano letivo conteúdos referentes à Educação do Campo.
3.METODOLOGIA
A metodologia de Língua Estrangeira tendo como referência a DCE e
o conteúdo estruturante – discurso como prática social – utilizará uma metodologia
voltada às leituras e trocas de ideias referentes aos textos abordados em sala de
aula.
No decorrer do processo de aprendizagem poderão ser utilizados
recursos como: músicas, textos, filmes, vídeos, dicionários, trabalhos individuais e
198
em grupos, além de aulas expositivas, quadro de giz, pen drive, objetivando
melhorar o desenvolvimento do conhecimento e a assimilação dos conteúdos.
4.AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá de diversas maneiras observando o grau de
desenvolvimento cognitivo do aluno, norteando dessa forma o trabalho do professor,
de forma que possa romper com a linearidade do texto.
O professor deverá observar a participação dos alunos, considerando
o seu engajamento discursivo em sala de aula, levando-se em conta a interação do
aluno com o material didático, entre aluno e professor e com a própria turma.
A avaliação poderá ser acompanhada também pelo aluno que
identificará as dificuldades avaliativas, bem como propor novos encaminhamentos
no sentido de superar as dificuldades encontradas.
A avaliação como um processo pode ser apresentada e articulada com
as diferenças individuais e escolares apresentando-se em outras vertentes como
diagnóstica e formativa.
199
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES para o ENSINO de LEM
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – SEED
MARQUES, Amadeu (Novo Ensino Médio) São Paulo, 2000
MURPHY, Raymond, Essential Grammar in Use
PRESCHER, Elisabeth, Graded English – São Paulo, 2001
TEXTOS COMPLEMENTARES
200
COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – ENS. FUND. E MÉDIOPatrimônio Três Corações, s/n – Ribeirão Claro
NRE Jacarezinho
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
2010
APRESENTAÇÃO GERAL
De acordo com a concepção adotada pela SEED, currículo é uma
produção social construída por pessoas, que vivem em determinados contextos
históricos e sociais. Essa produção deve ser coletiva, num fazer e pensar articulados
que tenha como objetivo central a competência do docente para agir criticamente em
seu cotidiano. A construção dessa competência se dá num processo coletivo, no
qual tanto o crescimento individual quanto o coletivo, é resultante da troca e da
reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada
um.
No âmbito da Educação do Campo, objetiva-se que o estudo tenha a
investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos
conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize
características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos
povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país.
A visão de mundo, de homem e de escola; a concepção de Educação,
suas teorias e práticas; a contextualização da Educação frente à conjuntura
nacional, os estudos da realidade socioeconômica e cultural da região; o perfil do
aluno e do professor, bem como da escola e dos órgãos colegiados; as diretrizes
curriculares nacionais; a legislação educacional, e projetos que fazem parte da
cultura escolar, explicitados no Projeto Político-Pedagógico da Escola, se
constituíram como referencial básico para a construção de uma Proposta
Pedagógica Curricular legitimada pelo seu caráter coletivo de ideias e concepções
unificadas ou tornadas comuns para atender as necessidades básicas da educação
de clientelas diferenciadas.
201
O papel da escola está subordinado às diretrizes estabelecidas pela
União e às normas do seu sistema de ensino, cabendo a ela, elaborar e executar
junto com os professores a sua proposta pedagógica e o seu plano de trabalho.
Assim, a discussão a partir de cada disciplina resultou na presente Proposta, que foi
construída coletivamente, e que apresenta uma concepção da área e do objeto de
cada disciplina, do valor educativo, dos princípios, pressupostos e eixos norteadores
a serem observados no tratamento dos conteúdos escolares.
202
COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – ENS. FUND. E MÉDIOPatrimônio Três Corações, s/nº – Ribeirão Claro
NRE Jacarezinho
ENSINO MÉDIO
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 2200 – RIBEIRÃO CLARO
ESTABELECIMENTO: 00486 – COL. ESTADUAL SEBASTIÃO LEITE DA SILVA – E.F.M.
CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA
BASE
NACIONA
COMUM
1ª 2ª 3ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 240 200
Biologia (1001) 2 2 2 240 200
Educação Física (601) 2 2 2 240 200
Filosofia (2201) 2 2 2 240 200
Física (901) 2 2 2 240 200
Geografia (401) 2 2 2 240 200
História (501) 2 2 2 240 200
Língua Portuguesa (106) 2 3 2 280 233
Matemática (201) 3 2 3 320 267
Química (801) 2 2 2 240 200
Sociologia (2301) 2 2 2 240 200
SUB TOTAL 23 23 23 2760 2300
P. D. L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 240 200
SUB TOTAL 25 25 25 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/R 833 833 833 2.500
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
OBS: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
Ribeirão Claro, 12 de novembro de 2009.
203
204
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
De acordo com os pressupostos teóricos o ensino da arte acontece em
três momentos, o “Sentir e Perceber”- (apreciação e apropriação por parte do
educando), seria a análise e a fruição dos objetos e experiências educativas. O
“Trabalho Artístico”- (prática criativa) é o fazer artístico, e o “Conhecimento”-
(conceitos que o educando constrói depois de desenvolvidos os outros dois
momentos), fechando assim a prática educativa do ensino da arte.
A arte desenvolve o pensamento artístico, que caracteriza um modo
particular de dar sentido as experiências das pessoas. Por meio dela o aluno amplia
a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve
conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções
artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas.
A arte na educação procura a valorização da cultura tanto
nacional quanto estrangeira. Através do seu caráter artístico e estético, visa à
formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo
trabalho artístico.
1.1 JUSTIFICATIVA
A Arte na educação procura a valorização da cultura tanto nacional
com estrangeira. Através do seu caráter artístico e estético, visa à formação do
aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
A Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando do universo cultural da
humanidade nas suas diversas apresentações. A Arte é desafiadora porque expõem
às emoções, os sentidos, as contradições e suas construções, interferindo nos
nossos sentidos, expandindo nossa visão e o espírito crítico, nos situamos dentro de
uma história, tempo e espaço.
205
Ela é produto de um conjunto de ideias, crenças e doutrinas, próprias
de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. Sua função é levar o indivíduo
à apropriação do conhecimento, dentro de um processo criador que transforma o
real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo.
A prática pedagógica em arte contemplará as artes visuais, a dança, a
música, o teatro a história da arte, a poesia, a arquitetura, a escultura, a fotografia, o
cinema, a gravura.
1.2 OBJETIVOS GERAIS
O ensino da arte na educação tem como objetivo a expressão pessoal e a cultura.
É um importante instrumento para identificação cultural e o desenvolvimento individual.
Por meio da arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação,
aprender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica,
permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade
de maneira a mudar a realidade que foi analisada.
A construção do conhecimento se efetiva na inter-relação de saberes
que se concretiza na experiência estética por meio da percepção, da analise, da
criação produção, e da contextualização histórica.
O principal objetivo é o de assegurar o desenvolvimento da
imaginação e autonomia.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Os Elementos Formais
• A Composição
• Os Movimentos e Períodos
• O Tempo e o Espaço
Será trabalhada também a Cultura Afro-Brasileira e Africana de acordo
com a Lei 10.639/03 e a História do Paraná, conforme a Lei nº 13.381/2001, bem
como os conteúdos referentes à Educação do Campo.
206
2.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – 1º ANO
• História da arte – Arte rupestre
• Arte na Mesopotâmia
• Arte Egípcia
• Arte Grega
• Arte Romana
• Arte Paleocristã
• Arte Românica
• Arte Bizantina
• Arte Gótica
• Renascimento
• Barroco
• Rococó
• Neoclassicismo
• Romantismo
• Realismo
• Impressionismo
• Expressionismo
2.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – 2º ANO
• História da Música
• Elementos Sonoros
• Instrumentos musicais
• História do teatro
• Teatro Grego
• Teatro Romano
• Teatro do Renascimento
• Teatro Moderno
• Arte Brasileira – Arte Rupestre
• Arte Indígena
207
• Arte Colonial
• Influencia negra
• Brasil Holandês
• Barroco Brasileiro
• Missão Artística Francesa
• Modernismo
• Semana de Arte Moderna
• Leitura de imagens
• Retratos
• Representação Humana
• Fotografia
• Propaganda e Publicidade
• Teatro Brasileiro
• Dança
• Dança Regional
• Artesanato
2.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – 3º ANO
• Museu – História dos museus
• Principais Museus
• Cinema
• Cinema brasileiro
• Roteiros cinematográficos
• Câmera
• Gêneros de filmes
• Elementos técnicos do cinema
• Escultura
• Gravura – Xilogravura
• Litogravura
208
• Gravura em metal
• Poesias – Líricas e Épicas
• Romances
• Arquitetura
• Televisão
• Rádio
• Música Popular Brasileira
• Funções da arte
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As aulas de história da Arte serão desenvolvidas com aulas
expositivas, uso de CD Room (laboratório de informática) através de pesquisas
desenvolvidas pelos educandos, aguçando assim a investigação, apresentação de
trabalhos em grupos promovendo a socialização, responsabilidade e desenvoltura.
Os conteúdos de música, além das aulas expositivas, através de demonstrações de
estilos musicais, diferentes instrumentos de sopro, percussão e cordas. Podendo
passar por apresentações feitas pelos alunos que dominem uso de instrumentos
musicais. Os conteúdos de teatro serão explorados e desenvolvidos textos, peças
teatrais e dramatização.
Os conteúdos voltados à leitura e releitura de imagens contarão com
projeção de figuras para análise e relatórios dos educandos. Retratos e fotografias
trabalhados serão mostrados pelos alunos com mostras de fotografias. Dentro do
conteúdo de propaganda e publicidade, os alunos desenvolverão uma campanha
publicitária televisiva, radiofônica, revista, logotipo, outdoor, página na internet, e
outros.
No conteúdo de dança, aulas explicativas da história da dança, danças
típicas e regionais, contando com vídeos de danças brasileiras. Os alunos poderão
desenvolver apresentação de expressão corporal ou danças.
Os conteúdos sobre museu serão desenvolvidos através de aulas
expositivas e se possível visitas a museus. Para conteúdo relacionado a cinema
209
após a teoria os alunos assistirão ao filme e farão análise crítica do mesmo,
envolvendo elementos que envolvem a arte cinematográfica.
Nos conteúdos de escultura e gravura, aulas explicativas e elaboração
de escultura com sucata, materiais encontrados no meio ambiente entre outros.
Nos conteúdos de poesia análise de poesias, principalmente
subjetivamente, compreendendo a linguagem poética e valorizando esse tipo de
estilo literário, conhecer romances e romancistas.
Nos trabalhos de conteúdos de arquitetura reconhecer a evolução da
arte arquitetônica e seus estilos (grego, romano, renascentista, barroco, etc).analisar
fachadas.
Para os conteúdos de Televisão, conhecer através de aulas
explicativas a história da TV, perceber a sua importância como veículo de
comunicação de massa, os alunos analisarão os programas e os comerciais.
Nos conteúdos de Rádio e Música Popular brasileira, os alunos
conhecerão a importância da música, os principais compositores e cantores da MPB,
ouvirão as músicas e conhecerão o contexto social, político e econômico que
influenciaram os movimentos musicais.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica e processual, avaliando-se
as diferenças individuais, valorizando o trabalho de cada aluno, gerando critérios
com os limites gosto e das afinidades, buscando propiciar a aprendizagem
socialmente significativa para o aluno, tornando-o responsável e consciente diante
dos colegas e principalmente como pessoa.
A habilidade de cada aluno, seu dom e talento será sempre
respeitado sem estabelecer comparativos entre os alunos e será discutido o seu
progresso a partir de cada produção e percorrido o seu processo de aprendizagem
acompanhando assim os seus avanços e dificuldades que serão percebidos em
suas criações.
210
Para tanto, é necessário utilizar vários instrumentos de avaliação
durante o trabalho pedagógico, pesquisas, avaliações teóricas e práticas, trabalhos
artísticos, atividades em sala de aula entre outras.
5. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro-negro Internet TV Pen Drive
Vídeo / DVD Materiais impressos TV Paulo Freire
DCEs Revistas e jornais Portal dia-a-dia Educação
CD Retro – projetor Cadernos Temáticos
211
6. BIBLIOGRAFIA
A arte é de todos, (amigos da escola)
A historia da arte, E H Gombrich
Arte (linguagem visual) Bruna R. Canteli e Ângela Canteli Leonardi
Arte (linguagem visual)Bruna R Cantele e Ângela Cantele Leonardi
Arte para que?, Aracy A Amaral
Dança, Débora Barreto
Dançando na escola, Isabel A. Marques
Diretrizes curriculares de artes para o ensino médio
Inquietações e mudanças no ensino da arte, Ana Mãe Barbosa
Metodologia do ensino de teatro, Ricardo Gipiassu
Palavra em ação, Mª Augusta Bertello
Pequena viagem pelo mundo da arte, Hildegard Fiest
212
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Biologia sendo uma ciência que estuda o fenômeno VIDA preocupa-
se em explicá-la e compreendê-la de maneira elaborada e evidente. Analisar VIDA
em seu contexto de origem implica interpretar fenômenos que impulsionam
mudanças conceituais no modo de com o homem interage com a natureza.
A História da Ciência mostra que as tentativas de definir a Vida têm sua
origem registrada desde a Antiguidade. As pessoas não tinham ideia de como as
coisas vivas funcionavam ou qual era a sua composição.
Para entender o funcionamento da Vida, a Biologia fracionou os
organismos em partes cada vez mais especializadas e menores procurando
compreender as relações causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas
partes.
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da
história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos
contextos em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
Atualmente, a Biologia apresenta propostas inovadoras de avanços
teóricos e metodológicos, partindo-se da dimensão histórica da disciplina foram
identificados nossos marcos conceituais da construção do pensamento biológico.
Estes marcos foram utilizados como critérios.
Para a escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos
metodológicos. Cabe ressaltar que a importância desta compreensão histórica e
filosófica da ciência está em conformidade com o atual contexto socioeconômico e
político, estabelecido a partir da compreensão da concepção de Ciência enquanto
construção humana.
1.1.JUSTIFICATIVA
A abordagem dos conteúdos de Biologia deve permitir a integração
213
dos quatro conteúdos estruturantes, proporcionando ao educando a aquisição de
conhecimento científico tecnológico, sociocultural, político e econômico, tornando-o
apto a enfrentar os desafios.
1.2 OBJETIVOS
- Reconhecer o conjunto de processos organizados e integrados, que
no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismos no seu meio é um
sistema vivo.
- Desenvolver o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão
sobre a origem, o significado, a estrutura orgânica e as relações do objeto de estudo
da disciplina, a Vida.
- Reconhecer 'sistema vivo', é sempre fruto de integração entre seus
elementos constituintes e pela interação entre esse mesmo sistema e os demais
componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas às
transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo ao mesmo tempo,
transformados e transformadoras do ambiente.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Organização dos seres vivos
− Mecanismos biológicos
− Biodiversidade
− Manipulação genética
Os conteúdos estruturantes devem permitir a integração e a aquisição
de conhecimentos adotando critérios políticos pedagógicos, fazendo com que o
educando conheça a organização dos seres vivos, compreendendo a diversidade
biológica de maneira a agrupar espécies e categorizar as mesmas, sendo assim,
proporcionando maior clareza para a classificação dos seres vivos.
Os mecanismos biológicos visa a explicação de sistemas orgânicos
dos seres vivos e seu funcionamento, levando a compreender as diferentes funções.
214
A biodiversidade apresenta proposta de análise em que os
conhecimentos biológicos interagem com processos dinâmicos que envolvem a
diversidade dos seres vivos com a natureza de desta forma observar transformações
e através da manipulação genética ou implicações dos avanços biológicos o
principal foco é o estudo da engenharia genética sobre à vida, mostrando as
possibilidades de se manipular o material genético dos seres vivos.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
Em concordância com as DCE de Biologia, a abordagem dos
conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes com os
conteúdos básicos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência
entre esses.
Deve-se introduzir aos conteúdos básicos:
− Classificação dos seres vivos: critérios toxonômicos e filogenéticos.
− Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
− Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
− Teorias Evolutivas.
− Transmissão de características hereditárias.
− Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
− Organismos geneticamente modificados.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino fundamental e ensino médio.
215
3. METODOLOGIA
A Biologia sendo uma ciência da vida atual, uma realidade em
construção, deve ser dinâmica e concebida como progresso de recriação de uma
nova realidade, com vias à preservação da vida com qualidade para tal, faz-se
necessário oportunizar espaços onde observações, comparações, discussões,
classificações, experimentações estejam presentes, e onde elementos do universo
vivencial do aluno também devem estar contemplados.
A metodologia a ser desenvolvida deve primar pela articulação entre
vários assuntos e demais áreas do conhecimento, buscando assim, oportunizar uma
apreensão maia ampla e completa.
O ensino dos conteúdos específicos da Biologia apontam para as
seguintes estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização,
instrumentalização, catarse e o retorno à prática social - da significação às
concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de
senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.
Problematização: é o momento para detectar e apontar as questões
que precisam ser resolvidas na prática social, e em consequência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões.
Instrumentalização: Apresentar os conteúdos sistematizados para os
alunos assimilarem e transformarem em instrumentos de construção pessoal e
profissional, para os alunos apropriarem das ferramentas culturais necessárias à luta
social para superar a condição de exploração em que vivem.
Catarse: Aproximação que o aluno adquiriu do conhecimento e o
problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,
transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa ao
entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, passa da ação
para a conscientização.
Retorno à prática social: O saber concreto e pensado por atuar e
transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade
mais igualitária. Passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento
216
científico a uma fase de maior clareza e compreensão. Neste contexto, o processo
educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua e diagnóstica, ou seja, instrumento para
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da pratica pedagógica e
reformular os processos de aprendizagem.
Também será formativa, pois é dessa forma de avaliar que garante a
aprendizagem dos alunos. Dessa forma, faz-se com que o professor processe
caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas,
envolvendo-se realmente no processo de ensino da aprendizagem, observando e
participando efetivamente das experiências práticas que a disciplina proporciona.
217
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
-Apostilas: III Milênio, Expoente, Nobel.
-Biologia - César e Sezar. São Paulo: Editora Atual, 1992.
-Biologia – Sérgio Linhares, Fernando Gewandsznajder. SP. Editora Ática, 1992
-Biologia 2° Grau - Roberto Apullo, Hélvio Nicolau Moisés, Neide Simões de Mattos.
São Paulo; Editora FTD, 1986.
-Biologia atual - Wilson Roberto Paulino. São Paulo; Editora Ática, 1992.
-Biologia novo Ensino Médio - Wilson Roberto Paulino. São Paulo: Editora Ática,
2000.
-Diretrizes Curriculares Biologia 2009.
-Livro Didático (SEED) – Biologia.
218
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de Educação Física, assim como outras de tradição
curricular, desenvolveu historicamente, discursos teóricos e metodológicos algumas
vezes hegemônicos, outras contra hegemônicos, que contribuíram para a
manutenção ou resistência à formação/conformação do trabalhador em seus
aspectos bio-psico-sociais.
A relação de saberes acadêmicos e/ou escolares com os interesses do
modo capitalista de produção é u ma constante histórica, e pressupõe numa
concepção crítico-superadora, para a formação do sujeito que compreende o mundo
em que vive e as relações complexas que o envolvem.
É importante ressaltar que várias teorias pedagógicas surgiram com o
intuito de resignificar a Educação Física e, por consequência, muito se tem discutido
a importância desta disciplina como componente curricular.
Buscamos uma proposta pedagógica que forme sujeitos capazes de
decidir com autonomia, dialogar junto à sociedade com clareza e coerência, refletir
sobre sua condição humana e lutar por dignidade e condições melhores de vida.
A Educação Física, contribui, numa concepção crítico-superadora,
para a formação do sujeito que compreende o mundo em que vive e as relações
complexas que o envolvem.
A teoria crítico-superadora trata da cultura corporal numa proposta que
possibilita interpretar e estabelecer relações dos conhecimentos com as mudanças
sociais.
1.2 OBJETIVOS
O papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se
apresenta como senso comum, desmistificar formas arraigadas e equivocadas
sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações corporais.
219
Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como
oportunidade de reelaboração de ideias e práticas que, por meio de ações
pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno sobre os conhecimentos
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.
Apresentar a discussão sobre a diversidade cultural em termos
corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças
identificadas, bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo,
realizando opções, pautadas nos conhecimentos relevantes apresentados pelo
professor.
2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante que compõe as orientações curriculares,é
constituído de saberes que identificam o campo de estudo da Educação Física,
garantindo uma abordagem de seu objeto de estudo/ ensino, em sua totalidade e
complexidade.
Com o propósito e compromisso firmado para uma Educação Física
Transformadora, apresenta-se como conteúdos estruturantes o esporte, jogos e
brincadeiras, a dança, a ginástica e a Luta:
ESPORTE: Deve ser abordado tanto como prática quanto como
objeto de estudo e reflexão, possibilitando ao aluno, mais do que vivenciá-lo, realizar
uma leitura crítica das relações sociais que se constituem na sociedade e se
manifestam nas práticas esportivas.
JOGOS E BRINCADEIRAS: os jogos e as brincadeiras são pensados
de forma complementar, mesmo apresentando cada qual suas especificidades.
Como conteúdo estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que
ampliam a percepção e a interpretação da realidade. Os trabalhos com os jogos e as
brincadeiras são de relevância para o desenvolvimento do ser humano, pois atuam
como formas de representação do real através de situações imaginárias, cabendo,
por um lado, aos pais e, por outro, à escola fomentar e criar as condições
220
apropriadas para as brincadeiras e jogos. Tanto os jogos quanto as brincadeiras são
conteúdos que podem ser abordados, conforme a realidade regional e cultural do
grupo, tendo como ponto de partida à valorização das manifestações corporais
próprias desse ambiente cultural.
GINÁSTICA : A ginástica compreende uma gama de possibilidades,
desde a imitativa de animais, a geral, até as esportivizadas. Dar condições ao aluno
de reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-se da ginástica
competitiva. Considerar a criação espontânea de movimentos e coreografias e os
espaços e condições materiais a serem utilizados.
DANÇA : A dança pode refletir os diversos aspectos culturais dos
povos e pode ser abordada sob inúmeras possibilidades. Oferecer-se-á as mais
diversas modalidades de dança, privilegiando sempre as experiências livres e
espontâneas.
LUTAS : O processo de escolarização desta atividade deve trilhar
num caminho para o esclarecimento dos propósitos aos quais elas servem, inclusive
as transformações pelas quais passaram ao longo dos tempos, distanciando-se, em
grande parte de suas finalidades iniciais.
3.CONTEÚDOS POR SÉRIE
CONTEÚDOS PARA 5ª SÉRIE
ConteúdoEstruturante
Conteúdo Básico Abordagem Teórico-metodológica
Esporte - Coletivos
- Individuais
- Radicais
-Recorte histórico delimitando tempos e
espaços.
-Analisar a possível relação entre o
esporte de rendimento X qualidade de
vida.
-Análise dos diferentes esportes no
221
contexto social e econômico.
-Estudar as regras oficiais e sistemas
táticos.
-Organização de campeonatos, torneios,
elaboração de súmulas e montagem de
tabelas, de acordo com os sistemas
diferenciados de disputa.
-Análise de jogos esportivos e confecção
de Scalt.
-Provocar uma reflexão acerca do
conhecimento popular X conhecimento
científico sobre o fenômeno esporte.
-Discutir e analisar o esporte nos seus
diferenciados aspectos:
• enquanto meio meio de Lazer.
• sua função social.
• sua relação com a mídia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos ergogênicos e
esporte alto rendimento.
• nutrição, saúde e prática esportiva.
-Analisar a apropriação do esporte pela
indústria cultural.
Jogos e
Brincadeiras
-Jogos de tabuleiro
-Jogos dramáticos
-Jogos cooperativos
-Analisar a apropriação dos jogos pela
indústria cultural.
-Organização de eventos.
-Analisar os jogos e brincadeiras e suas
possibilidades de fruição nos espaços
tempos de lazer.
-Recorte histórico delimitando tempo e
espaço.
222
Dança
-Danças folclóricas
-Danças de salão
-Danças de rua
-Possibilitar o estudo sobre a dança
relacionada a expressão corporal e a
diversidade de culturas.
-Analisar e vivenciar atividades que
representem a diversidade da dança e
seus diferenciados ritmos.
-Compreender a dança como mais uma
possibilidade de dramatização e
expressão corporal.
-Estimular a interpretação e criação
coreográfica.
-Provocar a reflexão acerca da
apropriação da dança pela indústria
cultural.
-Organização de festival de dança.
Ginástica
-Ginástica
artística/olímpica.
-Ginástica de
condicionamento
físico.
-Ginástica geral.
-Analisar a função social da ginástica.
-Apresentar e vivenciar os fundamentos da
ginástica.
-Pesquisar a interferência da ginástica no
mundo do trabalho.
-Estudar a relação entre a ginástica X
sedentarismo e qualidade de vida.
-Por meio de pesquisas, debates e
vivências práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, resistência
muscular, diferença entre resistência e
força, tipos de força, fontes energéticas,
frequência cardíaca, fonte metabólica,
gasto energético, composição corporal,
desvio posturais, LER, DORT,
compreensão cultural acerca do corpo,
223
apropriação da ginástica pela indústria
cultural entre outros.
-Analisar os diferentes métodos de
avaliação e estilos de testes físicos, assim
como a sistematização e planejamento de
treinos.
-Organização de festival de ginástica.
Lutas
-Lutas com
aproximação
-Lutas que mantêm à
distância.
-Lutas com
instrumentos
mediadores.
-Capoeira.
-Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico,
filosofia, características das diferentes
artes marciais, técnicas,
táticas/estratégias, apropriação da luta
pela indústria cultural entre outras.
-Analisar e discutir a diferença entre lutas
X artes marciais.
-Estudar o histórico da capoeira, a
diferença de classificação e estilos da
capoeira enquanto jogo/luta/dança,
musicalização e ritmo, ginga, confecção de
instrumentos, movimentação, roda, etc.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
-Futebol, voleibol, futebol de salão.
-Atletismo, tênis de mesa.
-Amarelinha, elástico, cinco marias, caiu no poço, mãe pega, stop,
bulica, bets, peteca, fito, raiola, relha, corrida de sacos, pau ensebado, paulada ao
cântaro, jogo do pião, jogo dos paus, queimada, polícia e ladrão.
-Gato e rato, adoletá, capelinha de melão, caranguejo, atirei o pau no
gato, ciranda cirandinha, escravos de jó, lenço atrás, dança da cadeira.
-Dama, trilha, resta um, xadrez.
-Improvisação, imitação, mímica.
224
-Fandango, quadrilha, dança de fitas, dança de São Gonçalo, frevo,
samba de roda, batuque, baião, cateretê, dança do café, cuá fubá, ciranda, carimbó.
-Valsa, merengue, forró, vanerão, samba, soltinho, xote, bolero, salsa,
swing, tango.
-Break, funk, house, locking, popping, ragga.
-Elementos de movimento(tempo, espaço, peso e fluência), qualidade
de movimento, improvisação, atividades de expressão corporal.
-Danças, contemporâneas, folclóricas, sagradas.
-Alongamentos, ginástica aeróbica, ginástica localizada, step, core
board, pular corda, pilates.
4.METODOLOGIA DA DISCIPLINA :
Na organização dos critérios para trabalhar com os desdobramentos,
devem ser levados em consideração os pressupostos metodológicos na seleção,
sistematização e organização do planejamento, como: os aspectos sociocognitivos,
sujeitos da aprendizagem, compreensão do saber de uma forma superadora e aulas
como espaço da diversidade.
Assim o conhecimento não deve ser transmitido de forma fragmentada
e etapista. Ao tratarmos pedagogicamente os desdobramentos, é preciso levar em
consideração os pressupostos referenciados, observando o aumento da
complexidade de uma tarefa em relação à outra. Estes pressupostos apontam para
uma estratégia: a Prática Social, trás o conhecimento prévio e o senso comum para,
posteriormente problematizá-los.
O professor tem papel central nesse processo, ao apresentar aos
alunos, através da instrumentalização, o saber elaborado com base nas diversas
produções humanas. Apresentar ao aluno uma contraposição ao saber produzido
pelo senso comum, tornando necessário a verificação para compreender esta
contraposição.
Ao final deste processo, pretende-se que o aluno retorne à prática
social, com um salto qualitativo decorrente da formação da consciência crítica e da
estruturação do saber escolar.
225
5.AVALIAÇÃO
As dimensões do processo avaliativo devem contemplar os
significados pedagógicos, políticos e sociais dos desdobramentos contemplados nas
orientações curriculares e, outros que tratem da cultura corporal que possam ser
selecionados pelos professores e constantes no Projeto Político Pedagógico.
Neste sentido, avaliar, em Educação Física, deve levar e conta a
totalidade da conduta humana expressada no conjunto das atividades desenvolvidas
e discutidas de maneira aberta entre professor e alunos. Ao avaliar, o professor deve
observar atentamente as diferenças sociais entre os alunos que hoje frequentam as
escolas públicas do nosso estado. Estes alunos são sujeitos de sua história, com
patrimônio cultural próprio e, portanto, com leitura de mundo diferenciada.
Fundamental é proporcionar uma leitura crítica das condições que envolvem as mais
diversas realidades, a fim de interpretá-las e compreendê-las. È importante
considerar a avaliação como um processo diagnóstico, contínuo, permanente e
cumulativo e ser colocada a serviço da aprendizagem do aluno, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como elemento externo.
226
BIBLIOGRAFIA :
Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede Pública Estadual. 2009.
Orientações Curriculares - Departamento do Ensino Médio - 2009.
227
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O texto das Orientações Curriculares apresenta algumas reflexões
quanto ao surgimento e desenvolvimento da Filosofia.
Os temas trabalhados na valorização filosófica abordam problemas da
vida atual, com significado histórico e social, no qual os alunos enfatizam os
problemas trazendo-os para o ambiente escolar, onde o mundo oferece diversos
caminhos e cabe a “ele” escolher o modo de vida de sua contextualização,
auxiliando o comprometimento e a autonomia do pensamento crítico.
A contextualização do professor faz com que o aluno desenvolva um
raciocínio lógico e crítico, capaz de perceber as diferentes formas de pensamento e
ideias do conhecimento, construindo um perfil de aluno preparado para viver sua
vida pessoal e profissional.
A filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um
conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de
pensamento. O ensino de filosofia e o filosofar com atividade indissociáveis que são
vida ao Ensino de Filosofia.
2.OBJETIVOS
-Conhecer e compreender os conteúdos de forma crítica e construtiva,
tendo como referência a contribuição da disciplina. O processo de escolarização ao
longo de toda a educação básica.
-Refletir sobre a Filosofia e o Filosofar.
-Desenvolver estilo próprio de pensamento
-Formar conceitos na disciplina de Filosofia
-Argumentar com clareza de ideias e a busca da superação do caráter
fragmentário do conhecimento.
228
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Mito e Filosofia
-Teoria do Conhecimento
-Ética
-Filosofia Política
-Estética
-Filosofia da Ciência
4.JUSTIFICATIVA
Estes conteúdos propiciam estimular o trabalho de mediação
intelectual, o pensar, a busca da profundidade, dos conceitos e suas relações
históricas. É um espaço necessário à critica do conhecimento dogmático, e tem
como fundamento o exame da própria razão.
5.CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
-A Origem da Vida
-O nascimento da Filosofia
-Os Primeiros Filósofos
-Origem os Mitos
-Atitudes filosóficas
-Conhecimento filosófico
-A existência da ética
-Senso Moral e Consciência Moral
-Ética e violência
-Ética da emoção e do desejo
-O senso comum
-Características do Senso Comum
-Principais concepções da Ciência
-Valores: Éticos, Hedônicos, Vitais, Úteis, Religiosos.
229
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de Ensino Médio, bem como os conteúdos referentes à
Educação do Campo.
6.JUSTIFICATIVA
Observamos que os conteúdos acima citados estão presentes em
todos os períodos da história da Filosofia – no antigo, no medieval, no moderno e no
contemporâneo. Cabe apenas lembrar que em cada um desses grandes períodos os
conteúdos estruturantes aqui apresentados recebem tratamento diferenciado.
Os conteúdos são mediadores do ensino de Filosofia e portanto devem
estar vinculados à tradição filosófica, de modo a confrontar diferentes pontos de
vista e concepções, levando o estudante a perceber a diversidade de problemas e
abordagens. Será distribuído em quatro momentos:
-a sensibilização
-a problematização
-a investigação
-a criação de conceitos.
7.METODOLOGIA
O trabalho com os conteúdos estruturantes e específicos se dará em
quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação, e a criação
de conceitos.
Pode-se começar com a exibição de filmes, leitura, audição de música
para sensibilização.
230
Para a problematização: discussão, questionamentos, identificação de
problemas, e investigação para possibilitar a experiência filosófica, diálogos, reflexão
e elaboração de textos.
É imprescindível o debate filosófico, para se chegar à elaboração de
conceitos, para que se garanta de fato a reflexão filosófica.
8.AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e função de
subsidiar e redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, pois o que deve ser considerado é a capacidade do aluno em se
argumentar e criar conceitos.
Com isso é possível entender a avaliação como um processo que se
dá no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.
Os pressupostos avaliativos são:
-o aluno criou, recriou e trabalhou o conceito dado.
-qual o discurso que o aluno tinha antes.
-que discurso o aluno apresentou após o estudo sob uma visão
filosófica.
231
9.BIBLIOGRAFIA
- A Filosofia de Aristóteles – Edição Ouro – RJ
- A Filosofia de Platão – Edição Ouro - RJ
- A Filosofia de Sócrates – Edição Ouro – RJ
- CHAUÍ, Marilene. Convite à Filosofia. Ed. Ática.
- Diretrizes Curriculares 2006
- GALLO, S. (Coord) Ética e cidadania. Caminhos da Filosofia. 13ª ed.
Campinas. Ed. Papirus 2005.
- GALLO, S. KOWAN, W.O (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis. Ed.
Vozes, 2000.
- Livro Didático Público (SEED)
- NEVES, Paulo. Tradução Filosóficas. SP. Ed. Martins Fontes, 2000.
- REAL, E, G; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica SP:
Paulus, 2003.
- SOUZA, Brandão. Mitologia Grefa. Petrópolis, Ed. Vozes, 1997.
- THOMAL, Alberto. O desafio de Pensar sobre o Pensar: Investigando sobre
Teoria do Conhecimento. 9º ed., Florianópolis, SC: Sophos, 2005.
- WONSOVICZ, Sílvio. Aprendendo a viver juntos: investigando sobre ética.9ª
ed, Florianópolis, SC: Sophos, 2005.
232
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
1.APRESENTAÇÃO
Entende-se que no ensino da Física deve enfatizar fenômenos físicos
com redução da ênfase na formulação Matemática, sem perder a consistência
teórica, vendo a importância da compreensão da evolução dos sistemas físicos, e
suas aplicações na sociedade contemporânea. Qualificando temas da Física
Moderna, lembrando que a física é uma ciência em processo de construção. A
Física tem como objetivo de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por
isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza que permite
elaborar modelos de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo
microscópico das partículas que compõem a matéria, ao mesmo tempo permite
desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.
2.OBJETIVOS
Compreender conceitos, textos, leis, teorias e modelos mais
importantes da Física, desenvolver habilidades para medir e quantificar os
parâmetros relevantes, sua evolução histórica que permitam uma visão global dos
processos que ocorrem na natureza presentes no seu dia-a-dia (tanto pessoal
quanto profissional), proporcionando uma formação científica básica que condiz com
sua realidade social.
3.CONTEÚDOS
MOVIMENTOS:
Quantidade de movimento (momentum) e inércia
A conservação do momentum
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª. Lei de Newton
Conceito de equilíbrio e 3ª. Lei de Newton
233
Potência e movimentos retilíneos e curvilíneos
Gravitação Universal
A energia e o principio da conservação da energia
Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema
de massa mola, ondulatória, acústica.
Movimentos dos fluidos: propriedades físicas da matéria, estados de
agregação, viscosidades dos fluídos, comportamento de superfícies e as interações
mecânicas.
Historia e cultura afro-brasileira e africana
Introdução aos sistemas caóticos.
TERMODINÂMICA:
Leis da Termodinâmica: Lei de Zero da Termodinâmica, equilíbrio
térmico, propriedades termométricas, medidas de temperatura;
1ª. Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, a ideia de entropia,
processos irreversíveis / reversíveis;
3ª. Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o
comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto.
A ideia da Termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica
Quântica e da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da
termodinâmica.
ELETROMAGNETISMO
Conceitos de carga elétrica e polos magnéticos;
As Leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Lei de Gaus, Lei de Faraday, Lei
de Ampere e Lei de Lenz.
Campos elétrico e magnético, Força de Lorentz;
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de
energia num circuito;
As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética;
Propriedades da luz como onda e como partícula: A Dualidade onda-
partícula;
234
Óptica Física e Geométrica. A dualidade da matéria;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio, bem como os conteúdos referentes à
Educação Campo.
4.JUSTIFICATIVA
Os conteúdos abordados nesta proposta têm como finalidade fazer
com que o aluno compreenda que a produção do conhecimento científico é parte da
cultura humana.
Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física
e faz parte do cotidiano do aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento
dos possíveis relações entre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia as
diversas transformações culturais, sociais e econômicas.
Abordar o uso da história da ciência pode ajudar os professores a
encontrar estruturas das concepções espontâneas de seus alunos. O conhecimento
passado, as ideias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a
ciência como parte da realidade que se relaciona com outras atividades humanas e
transformar a Física em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as ideias
espontâneas e o conhecimento científico.
5.METODOLOGIA
Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é a
metodologia, que é um conjunto de procedimentos para facilitar a ação do professor.
235
Portanto, não se trata de elaborar novas listas de tópicos de
conteúdos, mas sim dar ênfase à novas dimensões buscando trabalhar a
interdisciplinaridade assumindo que a Física é uma ciência em produção, um objeto
humano construído e produzido nas relações sociais.
O processo de ensino aprendizagem deve partir do conhecimento
prévio trazido pelos estudantes.
A experimentação no ensino da Física é importante se entendida
como uma metodologia e ensino que contribui para fazer a ligação entre a teoria e a
prática.
Utilizar os recursos áudio visual (TV, DVD) textos e outros.
O saber matemático não pode ser um pré-requisito para ensinar
Física. É preciso localizar os conteúdos a serem trabalhados num contexto social,
econômico, cultural e histórico tudo isso usando a interdisciplinaridade.
6.AVALIAÇÃO
Se o objeto é garantir o objetivo de estudo da Física, então ao avaliar
deve-se considerar a apropriação do conteúdo pelos estudantes, considerar o
progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a
evolução das ideias e a não neutralidade da ciência.
Deve-se buscar sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem
como um todo, não só para verificar o aprendizado, mas para a partir dela, o
professor encontrar subsídios para intervir.
236
7.BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio.
Livro Didático de Física – SEED.
237
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia baseia-se numa Geografia que compreende
o espaço geográfico como social, produzindo e reproduzindo pela sociedade
humana. Uma disciplina que enfatiza a dimensão econômica da produção do espaço
geográfico, com destaque para as atividades industriais e agrárias, além das
questões relativas à urbanização e ao meio ambiente.
O ensino de Geografia contribui para o desenvolvimento da realidade
pelo aluno, aponta a possibilidade de tornar a geografia um ensino que leve à
cidadania.
O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica. O
caminho do geógrafo é que tem que ser representado e, as alternativas para isso
são múltiplas.
Os conteúdos têm como principal objetivo contribuir para o
desenvolvimento da realidade pelo aluno, apontar a possibilidade de tornar a
geografia um ensino que leve à cidadania.
A abordagem teórico crítica proposta para o ensino de Geografia,
baseia-se numa Geografia que compreenda o espaço geográfico como o social,
produzido e reproduzido pela sociedade humana.
A partir do pressuposto da Geografia Crítica, propõem uma análise
social, política e econômica sobre o espaço geográfico.
As teorias críticas da Geografia procuram entender a sociedade em
seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas relações que
estabelecem com a natureza para a produção do espaço geográfico.
Os conceitos fundamentais de Geografia são trabalhados com o intuito
de permitir a compreensão integrada da realidade, articulando-se, no conjunto, as
relações sociedade-natureza de forma a superar essa tradicional dicotomia.
Além disso, favorece a construção da cidadania na medida em que
trabalha valores e possibilita vivências, além de estar isenta de preconceitos.
Respeita as diversidades, não se notando discriminação quanto a condições
238
socioeconômicas, étnicas ou mesmo regional. Em seu conjunto, volta-se à formação
do caráter do aluno, favorecendo o convívio social, o respeito, a tolerância e a
liberdade.
A educação do campo tem sido historicamente marginalizada na
construção de políticas públicas. A educação para os povos do campo é trabalhada
a partir de um currículo essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das
necessidades e da realidade do campo.
No âmbito escolar da educação do campo, objetiva-se que o estudo
tenha a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos
conteúdos escolares, como por exemplo de Geografia, de forma que valorize
singularidades regionais e localize características nacionais, ou seja, o povo tem
direito de ser educado no lugar onde vive.
Na educação do campo, devem emergir conteúdos e debates, entre
outros, sobre: o preparo do solo, a pesca ecologicamente sustentável, a
diversificação de produtos relativos à agricultura e o uso de recursos naturais, a
agroecologia e o uso das sementes crioulas, a questão agrária e as demandas
históricas por reforma agrária, entre outros aspectos.
2. CONTEÚDOS: ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do
espaço geográfico
A formação e transformação das paisa-
gens.
A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
A distribuição espacial das atividades pro-
239
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
dutivas e a (re)organização do espaço geo-
gráfico.
A formação, localização, exploração e utili-
zação dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional
e os novos arranjos no espaço da produ-
ção.
O espaço rural e a modernização da agri-
cultura.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territo-
rial.
A circulação de mão-de-obra, do capital,
das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a re-
configuração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbani-
zação recente.
A transformação demográfica, a distribui-
ção espacial e os indicadores estatísticos
240
da população.
Os movimentos migratórios e suas motiva-
ções.
As manifestações socioespaciais da diver-
sidade cultural.
O comércio e as implicações socioespa-
ciais.
As diversas regionalizações do espaço ge-
ográfico.
As implicações socioespaciais do processo
de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supra-
nacionais e o papel do Estado.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia abre possibilidades de aprofundar os
conhecimentos geográficos, referentes ao processo de constituição e organização
do espaço.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a fina-
lidade do ensino dessa disciplina.
Os conteúdos serão desenvolvidos por meio de uma linguagem
simples, para que haja a aproximação do saber cientifico com o do cotidiano
vivenciado pelo aluno.
241
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes esca-
las geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e orientação.
Além disso, os alunos serão instigados a perceberem o
reconhecimento do seu espaço geográfico no contexto global.
A partir de discussões feitas aos alunos, mediadas pelo professor, será
efetivado um trabalho de conscientização.
As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Para motivar a participação dos alunos, os conteúdos serão
problematizados, usando-se, além de charges, desenhos, cartuns, manchetes de
jornais e figuras, atividades para uma reflexão sobre os temas abordados.
Para desenvolver os conteúdos propostos serão utilizados os recursos
didáticos abaixo relacionados:
-jornais e revistas;
-jogos;
-livros didáticos;
-mapas, globos, atlas;
-retroprojetor e transparências;
-vídeos;
-atividades mimeografadas e xerocadas
-aulas de campo.
-mídia televisiva
-computador
4. AVALIAÇÃO
Propõe-se, que a avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem
dos alunos quanto nortear o trabalho do professor, que a avaliação do processo de
ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual.
Valoriza-se a noção de que o aluno possa, durante e ao final do
percurso, avaliar a realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de
transformá-la, onde quer que esteja.
242
A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo
professor, a avaliação deverá ser continua, para perceber os avanços dos alunos no
processo de apropriação do conhecimento. O professor deverá estar atento às
atividades propostas aos alunos, avaliando-os no processo em busca a superação
das dificuldades. Tendo como critérios de avaliação, espera-se que o aluno:
Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes
grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das
atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da
população.
Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços
produtivos rural e urbano.
Relacione o processo de urbanização considerando com as atividades
econômicas.
Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações
socioambientais.
Compreenda a formação natural e transformação das diferentes
paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade
capitalista.
Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de
exploração e uso dos recursos naturais.
Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes,
entre outros.
243
5. REFERÊNCIAS
ADAS, Melhem. Geografia – Noções Básicas.
Cadernos Temáticos
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – Geografia e Educação do Campo
LUCCI, E. A. & BRANCO, A. L. Geografia: Homem e Espaço.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial.
Projeto Araribá – Geografia
Projeto Político Pedagógico
244
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
1.APRESENTAÇÃO
A disciplina de História propõe trabalhar com uma concepção que
considere as experiências dos diversos grupos, e que seja capaz de dialogar com
diferentes culturas, procurando construir e reconstruir com o educando um saber
que tenha sentido no contexto de suas experiências e de seu grupo social.
A fim de atender a proposta de organização curricular deste
documento, os conteúdos estruturantes ( relações de trabalho, relações de poder e
relações culturais) apontam para o estudo das ações e relações humanas que
constituem o processo histórico dinâmico, assim, as dimensões da vida humana
podem constituir enfoques historiográficos.
É importante ressaltar que tais dimensões visam à busca de grandes
sínteses. O aluno não pode ficar a mercê de compreender a História através de
recortes com sentido fechado em sim, onde os conteúdos não sejam tomados de
forma isolada.
Em síntese, os conteúdos estruturantes aqui apresentados em suas
respectivas dimensões, articulações ou inter-relações, em concordância com os
fundamentos teórico-metodológicos da disciplina, propostos nesta Proposta
Pedagógica Curricular.
Os conteúdos estruturantes para o Ensino Médio são relações de
trabalho, relações de poder e relações culturais organizam a investigação do
conhecimento histórico e dão sequência às dimensões política, econômico-social e
cultural, trabalhadas no Ensino Fundamental.
A disciplina de História no Ensino Médio se ocupa em trabalhar
recortes específicos e mais aprofundados dos conteúdos estruturantes, os quais
estão interligados com o objetivo de uma melhor compreensão das ações humanas.
Por meio desses conteúdos estruturantes, o professor deve discorrer acerca de
problemas contemporâneos, bem como daqueles que representam demandas
sociais estabelecidas em lei.
245
A interação professor aluno é fundamental no trabalho do
conhecimento histórico, demonstrando que é possível repensar e transformar o
ensino dessa disciplina de tal forma que os trabalhos realizados possam levar o
educando a entender esse mundo, e, que nele se insira de forma crítica
desenvolvendo e utilizando todo seu potencial.
O trabalho pedagógico ganha importância através de diversas
atividades: ensino e pesquisa, aprendizagem e pesquisa, relatos de acontecimentos,
filmes, fotos, cartas, visitas a monumentos, entrevistas, trabalho com texto, com a
finalidade de instigar nossos alunos a perceber e valorizar o espaço em que estão
inseridos.
O ensino de História deve ter como ponto de partida a
problematização da realidade do aluno, do seu presente, através de um processo de
reflexão, que parta do senso comum, visando o momento histórico.
Enfim, o ensino de História destina-se a atender os conteúdos
fundamentais a serem trabalhados no ensino fundamental e no ensino médio, tendo
como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações
humanas praticadas no tempo, bem como o sentido que os sujeitos deram as
mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
2.JUSTIFICATIVA
Destacar a função transformadora da disciplina de história é cada vez
mais imprescindível e decisivo para a formação do aluno enquanto cidadão
consciente de suas obrigações, mas também de seus direitos e deveres e de seu
poder de viabilizar grandes mudanças criticando velhos privilégios e preconceitos.
Procura-se trabalhar o desenvolvimento da história sempre ligado a
atualidade abrindo a possibilidade para uma atuação realmente transformadora.
Dar ênfase a cultura afro- brasileira incentivando o desenvolvimento e
valorização na sociedade.
246
3.OBJETIVOS
-Propiciar a formação de cidadãos preparados para a exigências
científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, para adaptá-los às constantes
mudanças sociais.
-Levar o aluno a compreensão do mundo em que vive, das relações
sociedade e trabalho, poder e cultura para que busquem fontes de explicações no
passado interligando nos dias atuais.
-Recuperar ações dos diversos tempos, procurando entender o
processo histórico, seus desafios e conflitos que colaboram para o homem em cada
tempo e lugar.
Portanto para que estes objetivos sejam alcançados teremos como
referência os conteúdos estruturantes propostos nas diretrizes curriculares bem
como: relações de trabalho, poder e cultural.
4.CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
-Concepção e conceito histórico.
-Surgimento do homem
-O mundo antigo
-Feudalismo
-Expansão Marítima Europeia
-Brasil Independente
-Mão-de-obra no Paraná
Relações de Poder
-Invasões Bárbaras
-Invasões Francesas e Holandesas
-Expansão Territorial
-Colonização Étnica
247
-Ciclos Econômicos
-Crise do Império
-Primeiro Reinado, Período Regencial, Colonial e Segundo Reinado
-República Velha e Nova
Relações Culturais
-Evolução Política
-Democracia, Ditadura e Racismo
-Movimentos Sociais
-Urbanização e Industrialização na Sociedade.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio. Serão também trabalhados no decorrer do
ano letivo, a História do Paraná, bem como os conteúdos da Educação do Campo.
5.METODOLOGIA
O Objetivo de estudo na disciplina de História está embasada nas
relações de trabalho, poder e cultura.
Com essa base formaremos alunos conscientes, investigadores onde
possam expressar-se desde o surgimento da sociedade até em sua sociedade atual,
tendo como objetivo a aproximação do saber científico com o cotidiano.
Pretendemos levar os alunos a pensar e agir criticamente, onde
possam ter uma concepção de tempo de uma sociedade articulada à consciência
histórica de seus sujeitos.
Estudando o passado e presente, investigado pelos alunos juntamente
com os professores, realiza-se à luz de uma expectativa de futuro.
248
Para realizarmos essas atividades com relação à História usaremos
também quadro de giz, livros, textos, filmes, palestras, retroprojetor, tv pen drive e
outros.
6.AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem
priorizando os fatores qualitativos deste, para o processo ser satisfatório, deverá
observar a formação dos conceitos históricos para que compreendam a História
como prática social, do qual participam como sujeito de seu tempo.
A proposta avaliativa deverá ser clara para os alunos, sabendo como
serão avaliados, a avaliação e na relação diagnóstica que acontece entre os sujeitos
do processo, processo, professor e aluno.
249
7.BIBLIOGRAFIA
Livro Didático da SEED
Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares de História – 2009.
Vicentino, Cláudio – História, Memória viva – Ed. Scipone, 1998 – Vols. 3 e 4
Villa, Marco Antonio, Joaci Pereira Furtado – História do Brasil, Das comunidades
primitivas à corte joanina no Rio de Janeiro – Ed. Moderna, 1997 – Vols. 1 e 2
250
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
1.APRESENTAÇÃO
No Ensino de Língua Portuguesa o professor deve estar envolvido na
prática de ensino, seja na dimensão crítica bem como na construção de alternativas.
A língua portuguesa deve estar dissociada da pedagogia transmissiva
estruturalista e mais direcionada para o discurso enquanto prática social, seja na
leitura, na oralidade, na escrita e na literatura, como também na qualidade de
formação do aluno que começa em sala de aula através do trabalho coletivo e deve
também considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,
a inclusão dos conceitos e definições, ou seja, os conhecimentos necessários ao
uso da norma padrão.
A língua portuguesa e suas literaturas destinam-se a atender os
conteúdos fundamentais a serem trabalhados no ensino Fundamental e no Ensino
Médio com a finalidade de propiciar aos alunos o domínio do uso das linguagens
verbais e não verbais através do contato direto com textos literários e não literários,
dos mais variados gêneros. É necessário que a inclusão da diversidade textual dê
conta de relacionar os gêneros com as atividades sociais onde eles se constituem,
incluindo a cultura afro-descendente e sua contribuição linguística Dessa forma, será
possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública, estar em uma
sociedade onde sua voz seja ativa.
2.JUSTIFICATIVA
O ensino da Língua Portuguesa e sua literatura faz-se necessário por
ser a língua oficial do povo brasileiro. Diante disto, é necessário que o educando
aprenda a norma culta para poder comunicar-se e entender a sua cultura. Saber ler
e escrever faz diferença na vida: é importante para se desenvolver como pessoa,
como estudante e como profissional, permitindo o exercício da cidadania.
251
3.OBJETIVOS
-Despertar o interesse do aluno a se tornar um leitor e produtor de
textos empregando a língua oral e escrita em diferentes situações, sabendo adequá-
la a cada contexto;
-Criar no educando o desejo de expressar as emoções, escrever
histórias, emitir opiniões;
-Relatar fatos de acordo com a realidade do aluno e da escola e do
cotidiano, aprimorando a capacidade de pensamento crítico;
-Respeitar as variedades linguísticas de todas e quaisquer pessoas;
-Propiciar através das práticas de leitura, oralidade e escrita a
compreensão de diferentes tipos de textos;
-Explorar textos e obras literárias de diferentes épocas, revelando seu
dinamismo e sua constante transformação.
4.CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
É através dele que serão inseridos os conteúdos básicos com os
conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa final do Ensino
Fundamental e Médio.
5.CONTEÚDOS BÁSICOS: LEITURA, ESCRITA E ORALIDADE
A prática de leitura, oralidade e escrita apresentados em diferentes
gêneros textuais e desdobrados em conteúdos específicos, fornecerá discussões e
contextualização usando textos literários, imagens, quadrinhos, gráficos, etc.
Através da delimitação do tema, do estímulo e ampliação de leitura, a
escrita deverá apresentar-se de forma coerente e coesa ou seja, tendo ligação com
as ideias na produção e reflexão dos diferentes gêneros textuais.
Na utilização de diversos recursos da oralidade (contação de histórias,
entrevistas, reportagens, cenas de desenho, narração de fatos reais e fictícios, etc),
252
organizar, orientar, explorar e apresentar posteriormente as marcas típicas da
oralidade em textos produzidos pelos alunos.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio, bem como os conteúdos referentes à
Educação do Campo.
6.METODOLOGIA
A metodologia estará voltada para as práticas sociointeracionistas
presentes na vida em situações concretas, respeitando o conhecimento trazido pelo
aluno a fim de valorizar o que já aprendeu em séries anteriores. O papel do
professor é promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da
leitura e da escrita promovendo, desta forma, a sua emancipação e a autonomia em
relação ao pensamento e as práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio
social.
Desta forma, o aluno modificará, aprimorará e irá reelaborar sua visão
de mundo tendo voz ativa no seu convívio social.
O aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura
compreensiva dos textos que circulam socialmente, instrumentalizando-o para
assumir-se como sujeito.
No decorrer do processo poderão ser utilizados vários recursos como:
música, textos, filmes, vídeos, dicionários, trabalhos individuais e em grupos, além
de aulas expositivas, quadro de giz, pen drive, objetivando melhorar o
desenvolvimento e a assimilação dos conteúdos.
253
7.AVALIAÇÃO
A avaliação procura auxiliar não só o crescimento do educando, assim
como o do educador. Através dela o educador fará uma reflexão sobre sua prática
educativa, e ao mesmo tempo a utilizará como um instrumento a qual o educando
tomará consciência de suas dificuldades e avanços. O educador no caso das
dificuldades encontradas pela classe e ou educando fará uma retomada do conteúdo
procurando saná-las. Portanto, a avaliação deve ser contínua, permanente e
cumulativa, assim estará acompanhando e respeitando as diferenças individuais,
deve ainda ser um processo de aprendizagem contínua e que dê prioridade à
qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
254
8.BIBLIOGRAFIA
Apostila Positivo – Português Completo
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
Linguagem Nova (Faraco e Moura)
Livro Didático Público
Textos Complementares
255
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
1.APRESENTAÇÃO
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar
no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da
construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e
cultural. A sobrevivência na sociedade depende cada vez mais de conhecimentos,
pois diante da complexidade da organização social, a falta de recursos para obter e
interpretar informações impede a participação efetiva e tomada de decisões em
relação aos problemas sociais. Impede ainda, o acesso ao conhecimento mais
elaborado e dificulta o acesso às posições de trabalho. Ensinar e aprender
Matemática na escola são tarefas que exigem comprometimento e determinação de
todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Devemos ter como meta a incorporação e superação do
conhecimento, pois há um crescimento tecnológico em velocidade crescente,
desenvolvendo a consciência crítica, permitindo a interpretação do mundo e a
compreensão das relações sociais. Esperamos que o ensino da Matemática deva
procurar contribuir de um lado, para a valorização da pluralidade sociocultural,
evitando o processo de submissão no confronto com outras culturas, de outro, criar
condições para que o aluno tenha uma vida melhor para um determinado espaço
social e se torne ativo na transformação de seu ambiente. Nesse contexto é
importante que o docente construa por intermédio do conhecimento matemático,
valores, atitudes, visando à formação integral do ser humano. É preciso explicitar
também que a prática docente seja realizada de forma contextualizada, ou seja,
parta-se de situações do cotidiano do aluno sistematizando-os para o conhecimento
elaborado cientificamente. Nessa perspectiva, podemos utilizar a Educação
Matemática que implica olhar a própria matemática do ponto de vista do seu fazer e
do seu pensar, do ensinar e do aprender, da sua construção histórica, buscando
compreendê-los,
256
Portanto é necessário que o processo de ensino e aprendizagem
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever
e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do conhecimento,
assim a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante criticar
questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
2.OBJETIVOS
-Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo a sua volta.
-Questionar a realidade formulando-se problemas, resolvendo-os,
utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise
crítica selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
-Relacionar o conhecimento cotidiano sistematizando-o para o
conhecimento elaborado cientificamente.
-Possibilitar a formação crítica, valorizando desde a abordagem de
conteúdos específicos até suas implicações históricas.
-Valorizar as distintas maneiras de manifestação do conhecimento
matemático, ou seja, quantidades, medidas, formas e operações, manifestando-se
em modos peculiares de produzir um raciocínio e uma lógica matemática,
privilegiando situações ligadas ao meio cultural ao qual pertence o estudante.
-Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, sendo necessário
saber calcular, medir, raciocinar, argumentar e tratar informações estatisticamente.
-Inserir, através dos conteúdos trabalhados, assuntos relacionados à
Lei 11645/2008.
257
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos
estruturantes são: Números e Álgebra, Geometria, Funções e Tratamento da
Informação.
3.1.NÚMEROS E ÁLGEBRA
Por conta de necessidades práticas, entre elas a necessidade de
facilitar a a elaboração de calendários, administrar as colheitas, organizar obras
públicas e cobrar impostos, surge uma tendência marcante na Matemática baseada
na vivência e no cotidiano das pessoas: o conhecimento matemático se volta,
naturalmente para a aritmética prática e medição. No entanto, a ciência Matemática
desenvolvida durante séculos não possui somente a tarefa de aplicar, mas também
desenvolve tendências para a abstração. Assim, a aritmética foi ganhando novas
configurações e, gradualmente, a ciência Matemática passou a ter um ramo
denominado Álgebra.
Trabalhar com o conteúdo estruturante Álgebra é estabelecer, nas
relações entre os desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto
linguagem. “Pensar algebricamente é produzir significado para situações em termos
de números e operações aritméticas (e igualdade ou desigualde) e, com base nisso,
transformar as expressões obtidas”(LINS, 1997, p. 151).
Juntamente com a Álgebra, formando um único conteúdo estruturante
estão os Números. Os números estão presentes na vida do homem desde tempos
“remotos”.
Com o passar do tempo, o homem começou a desenvolver um senso
de contagem um tanto quanto consistente, expresso em registros numéricos por
agrupamentos, entalhes em paus, nós e cordas, dispondo seixos ou conchas em
grupos, o que contribuiu para o desenvolvimento social. Esse método de contagem
favoreceu o surgimento de símbolos especiais tanto para a contagem quanto para a
escrita. Essa ideia de contagem evoluiu e outros povos adotaram conceitos e
criaram seus sistemas de numeração. Entre eles, citamos o sumérios, babilônios,
egípcios, gregos, romanos, hebreus, maias, chineses, indianos e árabes. O atual
258
sistema de numeração decimal surgiu quando o homem percebeu “diferenças
nítidas entre unidade, o par e a pluralidade”(IFRAH, 1994, p.17) e na medida em que
o homem avançou no conhecimento e se deparou com a complexidade de
problemas. Esse sistema de numeração chegou até nossos dias organizado em
conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais, reais e complexos), denominados
de indo-arábico., e se configurou na medida em que aconteceu a integração entre os
povos do ocidente com povos do oriente, principalmente por meio das atividades
comerciais entre os mercadores do século XIII.
O conteúdo estruturante Números e Álgebra, encontra-se desdobrado
em:
- Conjunto dos Números Reais;
- Noções de Números complexos;
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistemas Lineares;
- Polinômios.
3.2.GEOMETRIAS
Há necessidade no início do estudo da geometria fazer uma retomada
nos conceitos, teoremas, axiomas da geometria plana, dando ênfase ao triângulo, na
sua aplicação, na resolução de problemas e no desenvolvimento do conceito das
razões trigonométricas, reconhecendo e aplicando a lei dos cosenos e a lei dos
senos na resolução de um triângulo qualquer, desenvolvendo também conceitos
básicos e conceito de arco de circunferência e de ângulo central, bem como
expressar e converter medidas de um ângulo em graus e radianos, introduzindo
conceitos no ciclo trigonométrico. E na busca de soluções para problemas podendo
ser desenvolvido um trabalho adequado de geometria identificando poliedros e seus
elementos, aplicando a relação de Euler e a fórmula da soma das medidas dos
ângulos das faces de um poliedro convexo, reconhecendo definindo e analisando as
propriedades e os elementos da área e o volume de prismas, pirâmides, cilindros,
cones e esferas. De forma que o desenho, a argumentação lógica, a representação,
259
ajudem na visualização de partes do mundo que os cerca. De fato perceber as
relações entre as diversas geometrias e partindo de um ponto concreto, com os
objetos da história, do que o aluno já conhece, e da resolução de problemas, um
ensino de qualidade procurando a efetivação da aprendizagem.
O conteúdo estruturante Geometria, encontra-se desdobrado em:
- Geometria plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
-Noções básicas de Geometria não-euclidiana.
3.3.FUNÇÕES
Dado a relevância cultural do tema, tanto no que diz respeito as suas
aplicações e especificidades dentro ou fora da matemática, como a sua importância
no desenvolvimento da própria ciência, as primeiras noções de funções serão
introduzidas a partir de situações que tenha significado para o aluno,
concomitantemente com as progressões matemáticas e matemática financeira,
fazendo conjecturas e conexões que dão maior significado a este estudo, sendo que
as nomenclaturas, simbologias, construção de gráficos e tabelas possam ser
compreendidos e descobertos num ritmo personalizado, havendo também uma
articulação do estudo da função com os conceitos dos conteúdos específicos.
O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica,
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
260
3.4.TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dado a relevância de descrever e analisar um grande número de
dados, realizar inferências e fazer predições com base numa amostra de população,
aplicar as ideias de probabilidades e combinatória a fenômenos naturais e o
cotidiano são aplicações da matemática em questões do mundo real que tiveram um
crescimento muito grande e se tornaram muito complexo. Inicialmente estudaremos
os conceitos de combinatória e probabilidades que deverão ser intuitivos,
proporcionando aos alunos oportunidades de propor caminhos para solucionar
problemas para que ele seja motivado a desenvolver técnicas sistematizadas, para
descrever e resolver problemas de contagem. O estudo propriamente dito da
Estatística é a noção de grandeza, através da comparação, chegando ao conceito
de razão. O material para estudo encontra-se nas revistas, jornais, embalagens de
produtos, etc.
O Tratamento da Informação encontra-se desdobrado em:
-Análise Combinatória;
-Estatística,
-Probabilidade
-Matemática Financeira;
-Binômio de Newton.
Esses conteúdos serão trabalhados no 1º, 2º e 3º ao anos do Ensino
Médio, sendo que serão aprofundados respeitando a série e o nível intelectual dos
educandos.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio, bem como os conteúdos referentes à
Educação do Campo.
261
4.METODOLOGIA
Queremos que o aluno construa o conhecimento, partindo de
situações e questões que possibilitem a reflexão. Reflexão esta que permitirá uma
melhor compreensão e faça com que o estudante por intermédio do conhecimento
matemático construa valores e atitudes de natureza diversa, onde vise a formação
integral do ser humano e possa estabelecer conexões entre o conhecimento que
trazem em suas bagagens e aquele que está sendo construído. O processo de
ensino e aprendizagem em matemática tem como base o planejamento, que visa
romper com abordagem em matemática tem como base o planejamento, que visa
romper com abordagens que apregoam a fragmentação dos conteúdos, e possa
promover a organização, a articulação e a produção de forma significativa, a partir
dos inter-relacionamentos entre os conteúdos estruturantes e os conceitos de cada
conteúdo específico. No entanto, propomos que o professor utilize como ferramenta
os conhecimentos que o aluno já possui, pois a partir do que já é conhecido e
através de situações problemas que este irá construir novas ferramentas avançando
em relação ao conhecimento anterior, valorizando a experiência acumulada pelo
aluno dentro e fora da escola. Podendo também inserir no trabalho em sala de aula
a história da matemática vinculando estas descobertas aos fatos sociais e políticos,
as circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinavam o
pensamento de cada época. Podendo esta ser um elemento norteador para a
elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na
compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Também é
de grande importância para o estudo de matemática os recursos tecnológicos
(calculadora, computadores, televisão), onde os estudantes através destes
elementos de apoio, conseguem desenvolver argumentos e conjecturas
relacionadas às atividades com as quais se desenvolvem, sendo as conjecturas
resultado de uma experimentação. Quanto às aulas expositivas e o livro didático,
não devam ser o único meio utilizado e não tão pouco descartados. A aula
expositiva deve ser dinâmica e promover o diálogo entre professor/aluno, do
exercício da criatividade e do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento.
Através dessa técnica podemos, por exemplo, fornecer informações preparatórias
262
para um debate, jogo ou outra atividade em classe, análise e interpretação dos
dados coletados nos estudos do meio e laboratório. O livro didático permite mais
autonomia durante a aprendizagem de forma equilibrada, com preocupação de
conjecturar, de tentar, de questionar de forma mais direta, sendo este mais um
material de apoio que tanto ajudar[a os alunos na sala, quanto em seus estudos de
casa. O como ensinar matemática está vinculado às reflexões realizadas por
educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da prática
docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática.
Algumas propostas metodológicas que procura alterar as maneiras pelas quais se
ensina Matemática são destacadas em: resolução de problemas, a modelagem
matemática, o uso de mídias tecnológicas, a etnomatemática e a história da
matemática.
O professor deve iniciar o trabalho de construir e aplicar novos
conceitos e procedimentos matemáticos tomando como base os conteúdos
estruturantes: Números e Álgebra, funções, geometria, tratamento das informações,
priorizando relações de interdependências e do modo como se articulam,
possibilitando a produção de um ensino significativo de forma que o mesmo se paute
de abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos
de cada conteúdo específico. Para tanto, é justo acrescentar alguns ingredientes
para um aprendizagem satisfatório: entusiasmo nos afazeres, paixão nos desafios,
cooperação entre os participantes, ética nos procedimentos. Com estas
considerações estaremos construindo a cidadania em nossa prática, dando as
condições para a formação dos valores humanos fundamentais, que são centrais
entre os objetivos da educação.
5.AVALIAÇÃO
Como parte integrante do processo ensino aprendizagem a avaliação
será realizada na interação entre alunos e professor de forma contínua, identificando
os avanços e dificuldades referentes a compreensão do conteúdo, oferecendo
possibilidades ao aluno para se expressar e aprofundar a sua visão em relação ao
conteúdo abordado. A avaliação deverá possibilitar ao professor condições de
263
repensar sua prática pedagógica, dará possibilidade deste acompanhar se o aluno
avançou ou regrediu, por meio de suas explicações orais e registros escritos.
É necessário que o professor reconheça que o conhecimento
matemático não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente,
o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar seus conhecimentos. Cabe
ao professor considerar no contexto das práticas de avaliações, encaminhamentos
diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividade,
buscando diversos métodos avaliativos (formas escritas, orais e de demonstração).
Tanto as exposições orais quanto os registros escritos, (testes, lições de casa,
pesquisas), podem mostrar ao professor como o aluno expressa seu conhecimento,
o grau de entendimento alcançado tanto em profundidade quanto em organização
mental da linguagem matemática, ajudando a todos os alunos se apropriarem do
conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania.
264
6.BIBLIOGRAFIA
D' Ambrósio, Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade, Autêntica,
2001.
Giovanni, José Ruy, José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Jr. Uma nova
abordagem matemática fundamental, Editora FTD, SP, 2000.
Ramos, Mn. Os contextos no Ensino Médio e os desafios na construção dos
conceitos, 2004.
Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares de Matemática para o
Ensino Médio, julho 2009.
265
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
1.APRESENTAÇÃO
A Química encontra-se presente em todo processo desenvolvimento
das diferentes civilizações. Sabemos que consciente ou inconscientemente estamos
todos ligados à Quimica: quando comemos, respiramos, nas tarefas diárias.
O homem busca resposta, através de observações, estudos e relações
com a natureza. A cura de todas as doenças, é uma das buscas mais incessantes
para a humanidade.
O Ensino da Química deve estabelecer vínculos entre a história, os
saberes, a metodologia e a avaliação, identificando a disciplina como campo do
conhecimento que constitui as relações políticas, econômicas, sociais e culturais das
diferentes sociedades.
2.OBJETIVOS
Pretende-se com o ensino de química ,possibilitar aos alunos o
entendimento do mundo e a sua interação com ele.
Refletir criticamente toda a evolução histórica da química.
Reconstruir os conhecimentos químicos para que o aluno possa
refazer a leitura do seu mundo.
Obter uma visão de mundo no qual cada ser desenvolve atividades
corriqueiras, não ignorando a intrínseca presença da química.
Ter capacidade de resolver problemas relacionados à Química,
selecionando e processando informações, podendo organizar produções de forma
autônoma, desenvolvendo seu senso crítico, criativo, colaborando para a construção
de um mundo melhor através dos conhecimentos básicos adquiridos.
266
3.CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes estão relacionados entre si:
-MATÉRIA E SUA NATUREZA;
-BIOGEOQUÍMICA,
-QUÍMICA SINTÉTICA.
3.1.CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
-Estrutura da matéria; substâncias;
-Misturas; métodos de separação;
-Fenômenos físicos e químicos;
-Estrutura atômica;
-Distribuição eletrônica;
-Tabela periódica;
-Ligações químicas, funções químicas;
-Radioatividade;
-Soluções;
-Termoquímica;
-Cinética química;
-Equilíbrio químico;
-Química do carbono;
-Funções oxigenadas;
-Polímeros;
-Funções nitrogenadas;
-Isomeria.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
267
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio, bem como os conteúdos referentes à
Educação do Campo.
4.METODOLOGIA
O ensino da Química deve fazer com que o aluno entenda as idéias da
química com ciência e o transforme em cidadão crítico, capaz de expor suas idéias
para ser capaz de enfrentar os problemas relacionados com seu cotidiano.
Levar o aluno a compreender os benefícios da Química e aplicá-la à
serviço da melhoria na qualidade de vida do homem, bem como resgatar as
verdadeiras funções da Química, com atividades que envolvam pesquisas em livros,
revistas, jornais, relatórios de suas próprias observações, utilizando recursos como
trabalhos em grupo, individuais, exposições, debates e experimentos.
5.AVALIAÇÃO
Como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a
avaliação é formativa, processual e será realizada na interação entre o aluno e o
professor de forma contínua, identificando avanços, dificuldades, e descobertas
referentes a compreensão dos conteúdos, oferecendo oportunidade ao aluno de se
expressar e aprofundar sua visão de realidade.
A avaliação deve possibilitar também ao professor condições de
repensar sua prática pedagógica e garantir o acompanhamento e o avanço de seus
alunos, buscando diversos métodos avaliativos como escritas, orais, demonstrações
e experiências, leituras e interpretação de textos(aulas práticas).
A avaliação será feita atrvés de provas escritas, aulas práticas,
trabalhos em grupos e individuais, pesquisas, resolução de atividades propostas
pelo professor, exposição de trabalhos.
268
Todos os critérios e formas de avaliação ficarão bem claro para os
alunos, para que acompanhem todo o processo.
269
6.BIBLIOGRAFIA
Antonio Lembo & Antonio Sardela - Química V, I,II e III.
Carmo Gallo Neto – Química Básica V , 1, 2 e 3.
Diretrizes Curricular de Química
Química e Sociedade – Pequis, Ensino Médio, Vol.Único, Editora Nova Geração
Química Ensino Médio – SEED
Química Total, Geraldo José Covre, FTD
Saber Ciência – Hanzen & Trefil.
270
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
1.APRESENTAÇÃO
A disciplina de Sociologia apresenta papel fundamental para Ensino
Médio, pois trará ao educando um estudo sobre a sua própria realidade histórica,
fazendo com que ele entenda qual o seu papel dentro da sociedade. A Sociologia
tem a função de desconstrução e desnaturalização de determinada ideologia que
são criadas e “impostas” pelo sistema capitalista, no sentido de transformação. “É
tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores, de uma
nova ética e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de
construção de novas relações sociais.”. (Diretrizes Curriculares de Sociologia).
Outra razão importante para que a Sociologia esteja presente no
currículo do EM é a de que ela desempenha o papel da formação do educando em
sua preparação para o exercício da cidadania, que aponta em conhecer, praticar e
questionar os direitos e deveres de cidadão.
2.OBJETIVOS
O objetivo principal da Sociologia é o educando perceber que é
parte integrante da sociedade e, como tal, tem capacidade de entendê-la e
transformá-la.
2.1OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-Despertar e desenvolver o pensamento sociológico;
-Despertar e desenvolver o pensamento crítico
-Despertar o questionamento nos educandos
-Dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social
capitalista.
271
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
. Processo de socialização e as Instituições Sociais
. A Cultura e a indústria cultural
. Trabalho, produção e classes sociais, poder, política e ideologia
. Cidadania e movimentos sociais
4.JUSTIFICATIVA
Esses conteúdos seguem uma organização que possibilitam análises
conforme as perspectivas dos grupos e classes, situados no contexto histórico,
incluindo as distintas interpretações e concepções sistematizadas, reconstruindo
dialeticamente com o aluno, os conhecimentos de que ele já dispõe, do senso
comum, para uma cultura à luz do conhecimento científico.
5.CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
- A Instituição Escolar
- A Instituição Religiosa
- A Instituição Familiar
5.1.JUSTIFICATIVA
A vida em sociedade exige que seus membros conheçam e
internalizem as expectativas de comportamentos estabelecidos pelos valores, regras
e normas presentes nela. Isso se dá fundamentalmente através das instituições
sociais, as quais estão sempre vinculadas às situações econômicas, políticas e
culturais das sociedades. Estudar as instituições sociais contribui para a mudança
de atitudes, para o desenvolvimento de um pensamento reflexivo e livre de noções
preconceituosas.
272
CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
- Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica
- Diversidade Cultural Brasileira
- Cultura: criação ou apropriação
5.2.JUSTIFICATIVA
A cultura se reproduz à medida que os anos vão passando, no
entanto, uma de suas características é a de que ela é dinâmica e se transforma
muito rapidamente, incorporando aspectos que vem de fora do grupo ou modificando
aqueles que já estão dentro dela.
É importante mostrar para o educando o conceito de cultura, no
sentido que ele perceba que não existem culturas superiores ou inferiores, mas que
temos grupos que são diferentes na maneira da constituição da família, religião,
lazer, trabalho e educação.
TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
- O processo de trabalho e a desigualdade social
-Globalização
5.3.JUSTIFICATIVA
A ideologia é uma visão de mundo que se mostra verdadeira, mas
nem sempre o é, pois varia de acordo com os grupos que estão no poder, como tipo
de sociedade e com os interesses que serão objetivados por esses. É importante
fazer com que o educando do EM perceba quem está por trás da falsa ideologia e
saiba questionar.
DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
-Movimentos Sociais
-Movimentos Agrários no Brasil
273
-Movimento Estudantil
5.4.JUSTIFICATIVA
Possibilitar aos educandos a compreensão da dinâmica que os cercam
como também a capacidade de inserir-se e participar de movimentos já organizados
ou em processo de organização. É importante que o educando entenda a história e
o objetivo dos movimentos sociais antes de fazer críticas que o senso comum faz.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio, bem como os conteúdos referentes à
Educação do Campo.
6.METODOLOGIA
-Trabalhar com o educando através de aulas dialógicas – aulas
expositivas e incentivando a participação, considerando a sua realidade.
-Utilizar de filmes, propagandas de televisão, artigos de revistas e
jornais, músicas, contextualizando a teoria e a realidade em que vivemos.
-Contextualização histórica da sociologia e suas teorias fundamentais
que possibilitam sua explicação;
-As metodologias devem colocar o aluno como sujeito de seu
aprendizado e seu encaminhamento poderá ser a leitura, o debate, pesquisa de
campo e os recursos audiovisuais, especialmente, vídeos e filmes.
-Utilização do livro didático público de sociologia.
274
7.AVALIAÇÃO
Os critérios para avaliar o educando parte das seguintes observações:
se ele consegue explicitar os conceitos básicos da Sociologia como ciência,
articulando-os com a prática social; se ele consegue argumentar e problematizar um
tema de discussão; se tem clareza e coerência na exposição das ideias, seja na
oralidade ou na escrita; se ele consegue ter um olhar diferenciado do senso comum
para os problemas sociais.
Deverá Ter critérios de debates, críticas, acompanhados de todos os
envolvidos no processo pedagógico.
Verificar a apreensão dos conceitos básicos articulados com a prática
social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, clareza e a
coerência na exposição de ideias
Verificará também a importância na mudança na forma de olhar os
problemas sociais, a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e
criativas.
A reflexão crítica em debates, em participação nas pesquisas de
campo.
As formas de avaliação acompanham as próprias práticas de ensino e
de aprendizagem.
275
BIBLIOGRAFIA
COSTA, C., SOCIOLOGIA – Introdução à Ciência da Sociedade. 2 ed. São Paulo,
Moderna, 2001
DIMENSTEIN, G., O Cidadão de Papel – A infância, a adolescência e os direitos
humanos no Brasil. Ática. SP.
Diretrizes Curriculares –
Livro Didático (SEED)
MEKSENAS, P;, Sociologia 2 ed. São Paulo. Cortez, 1994
OLIVEIRA, P. S. de, Introdução à Sociologia. 24 ed. São Paulo. Ática, 2002
TELES, M.L.S., Sociologia para jovens – Iniciação à Sociologia. 8 ed. São Paulo.
Vozes, 1993
TOMAZI, N. D. (coordenador), Iniciação à Sociologia. 2 ed. São Paulo. Atual, 2001
276
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
MODERNA - INGLÊS
1- APRESENTAÇÃO
O estudo de Língua Estrangeira Moderna através de seu conteúdo
estruturante – o discurso como prática social – possibilitará uma consciência crítica e
transformadora da realidade pelas práticas que compõem a aprendizagem.
O ensino de Língua Inglesa deve ser trabalhado permitindo aos alunos
a interação com textos de vários gêneros discursivos, possibilitando o
aperfeiçoamento da competência em Língua Inglesa, no discurso, nas práticas da
escrita, da expressão e compreensão oral, identificando a disciplina como campo do
conhecimento que constitui as relações políticas, econômicas, sociais e culturais das
diferentes sociedades. É de suma importância conhecer a Língua Inglesa para não
se sentir isolado no mundo globalizado de hoje, pois o inglês tornou-se um dos
principais veículos de comunicação em diversos meios políticos, sociais, esportivos,
tecnológicos, científicos, artísticos, etc.
1-1 JUSTIFICATIVA
O ensino de Língua Inglesa, faz-se necessário para que o aluno possa
constituir um conhecimento especializado e sistematizado e que possa garantir a ele
uma formação conceitual de qualidade numa contextualização histórica, social e
politicamente em diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo
com a formação cidadã.
1-2 OBJETIVOS
-Oportunizar a compreensão dos gêneros discursivos através de
diferentes textos.
277
-Propiciar por meio do estudo da Língua Estrangeira reflexões sobre a
língua materna, diferenças culturais, valores de cidadania e identidade.
-Fazer uso da mesma para melhorar todo esse processo de
aprendizagem.
-Ampliar o vocabulário.
-Despertar o interesse pela pesquisa interdisciplinar.
-Incentivar a conversação.
-Propiciar através das práticas de leitura, oralidade e escrita a
compreensão de diferentes tipos de textos.
2.CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
É através dele que serão inseridos os conteúdos básicos com os
conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa final do Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados à História e Cultura Afro
brasileira, indígena e educação do campo através da análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na
construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica, Lei nº 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-brasileira e
indígena ao currículo de ensino médio. Serão também trabalhados no decorrer do
ano letivo os conteúdos referentes à Educação do Campo.
3.METODOLOGIA
A metodologia de Língua Estrangeira tendo como referência a DCE e o
conteúdo estruturante – discurso como prática social – utilizará uma metodologia
voltada às leituras e trocas de ideias referentes aos textos abordados em sala de
aula.
No decorrer do processo de aprendizagem poderão ser utilizados
recursos como: músicas, textos, filmes, vídeos, dicionários, trabalhos individuais e
278
em grupos, além de aulas expositivas, quadro de giz, pen drive, objetivando
melhorar o desenvolvimento do conhecimento e a assimilação dos conteúdos.
4.AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá de diversas maneiras observando o grau de
desenvolvimento cognitivo do aluno, norteando dessa forma o trabalho do professor,
de forma que possa romper com a linearidade do texto.
O professor deverá observar a participação dos alunos, considerando
o seu engajamento discursivo em sala de aula, levando-se em conta a interação do
aluno com o material didático, entre aluno e professor e com a própria turma.
A avaliação poderá ser acompanhada também pelo aluno que
identificará as dificuldades avaliativas, bem como propor novos encaminhamentos
no sentido de superar as dificuldades encontradas.
A avaliação como um processo pode ser apresentada e articulada com
as diferenças individuais e escolares apresentando-se em outras vertentes como
diagnóstica e formativa.
279
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES para o ENSINO de LEM
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – SEED
MARQUES, Amadeu (Novo Ensino Médio) São Paulo, 2000
MURPHY, Raymond, Essential Grammar in Use
PRESCHER, Elisabeth, Graded English – São Paulo, 2001
TEXTOS COMPLEMENTARES