1 Prof. Saulo Barbará. Conhecimento Científico Ao contrário do que dão a entender a maioria dos...
-
Upload
edison-sousa-marreiro -
Category
Documents
-
view
218 -
download
0
Transcript of 1 Prof. Saulo Barbará. Conhecimento Científico Ao contrário do que dão a entender a maioria dos...
1
Prof. Saulo Barbará
Conhecimento CientíficoAo contrário do que dão a entender a maioria dos livros demetodologia, o conhecimento científico não é algo pronto
e acabado, indiscutível. Na verdade, o século XX foi palco de uma apaixonada discussão sobre o que é
ciência, quais são suas características e sua relação com os outros tipos de conhecimento. Os pensadores que
exploraram o tema discordam entre si e há até aqueles que defendem que um método científico é impossível. Outros têm denunciado a ideologia por trás do método
científico, tais como Edgar Morin e Hebert Marcuse, que acusam a ciência e a
tecnologia de promoverem a transformação do homem em coisa e a compartimentação do saber.
DANTON, Gian. Metodologia Científica. 2000/2002. Disponível em: http://www.virtualbooks.com.br/v2/capa/. Acesso em: dez. 2008.
2
Sumário
Conhecimento, ciência, método, metodologia e pesquisa.
Característica do pesquisador. Tipos de trabalhos científicos:
Relatório de pesquisa, monografia, dissertação, tese, resenha, ensaio, artigos científico.
Tipos de artigos científicos – Estrutura e composição.
Exemplos3
Conhecimento O que é criado a partir do processo de
aprendizado ou da interpretação de dados e informações.
O conhecimento é próprio das pessoas e é criado num processo mental complexo ainda não completamente desvendado.
O conhecimento não existe apenas na “cabeça das pessoas”.
4
Tipos de Conhecimento Explícito – Presente nas diversas forma de
representação: documentos, livros, etc. Implícito – O que está na nossa cabeça,
mas que pode ser explicitado. Exemplo: para ir para a Faculdade é só.....
Tácito – Conhecimento subjetivo, interiorizado nas pessoas e que é muito difícil de ser explicitado e transmitido. Exemplo: eu sei ir, mas não sei explicar com
chegar lá.
5
Noção atual do conhecimento A noção que se tem hoje do
conhecimento científico é influenciada pelos pontos de vista do Círculo de Viena e dos pensadores:
Karl Popper e Thomas S. Kuhn pela influência de suas propostas epistemológicas.
6
Epistemologia*
7
* Ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados à crença e ao conhecimento
Círculo de Viena Europa – Início do século XX.
InteresseDiferenciar o conhecimento científico dos outros tipos de conhecimento.
Ponto de partida (perguntas básicas)O que é conhecimento científico?Que tipo de conhecimento pode ser caracterizado como científico?
Avanço - Distinção de dois contextosO da descoberta e o da verificação.
8
Círculo de Viena O contexto da descoberta é aquele
em que o cientista faz sua descoberta. Irrelevante para definir se o
conhecimento é científico ou não. A descoberta pode ter surgido de um
sonho, de uma alucinação ou simplesmente de uma coincidência...
Para o CV o que realmente importa: Como o cientista explica a sua
descoberta aos pares.
9
Círculo de Viena O CV dava grande importância à
verificação: O Cientista deveria explicar
detalhadamente como chegou aos seus resultados para que outros pesquisadores, repetindo a experiência, pudessem chegar aos mesmos resultados.
Para evitar equívocos é necessário usar: Linguagem unívoca - Cada termo utilizado
no trabalho deveria ter uma única interpretação.
10
Método/Raciocínio Cartesiano
Duvidar de tudo. Procurar axiomas (verdades
inquestionáveis). Procurar deduzir a partir dos
axiomas novas verdades.
11
A Verificação Num trabalho sobre performance é preciso
questionar e definir: O que é performance? Que componentes constitui o ambiente? Que componentes afetam este ambiente? Quais destes componentes serão pesquisados, e
porquê? A definição exata e uso com significado
único asseguram a interpretação correta e a cientificidade do trabalho.
12
A Verificação Antes de divulgar os resultados:
Repetir a experiência e verificar se chega sempre ao
mesmo resultado. Jamais se deve fazer juízos
precipitados. Essa corrente de pensamento
também acreditava que o método cientifico deveria utilizar a indução.
13
Ciência Conjunto de conhecimentos
precisos e metodologicamente ordenados em relação a um determinado domínio do saber.
14
Método Conjunto de etapas,ordenadamente
dispostas, para o estudo de uma ciência, ou para alcançar um determinado fim.
Método Científico Conjunto de processos a serem seguidos
sistematicamente, na investigação dos fatos ou na procura de uma verdade.
15
Metodologia Estudo do método.
16
Pesquisa Atividade de investigação capaz de
produzir conhecimento novo ou sintetizar o que já se sabe a respeito de um determinado assunto ou área.
Procedimento racional, sistemático, que tem por objetivo buscar respostas aos problemas que são propostos.
17
O Método de Indução
18
1 2
3 4
1 2
43
Princípio segundo o qual deve-se partir das partes para o todo.
O Método de Indução Numa pesquisa, ir coletando casos particulares
e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, dizendo que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo.
Exemplo - Para saber temperatura de fervura da água: Coloco água no fogo e, munido de um termômetro Meço a temperatura e descubro que a fervura
aconteceu a 100 graus centígrados. Repito a experiência e chego ao mesmo resultado. Repito de novo e vou repetindo até chegar à
conclusão de que a água sempre ferverá a 100 graus centígrados.
19
O Método de Indução Umberto Eco e exemplo curioso: os sacos de
feijões. Vejo um saco opaco sobre a mesa. Quero saber o
que tem no mesmo. Uso o método indutivo: Vou tirando o conteúdo do saco um a um. Da primeira vez, me deparo com um feijão branco. Na outra tentativa, de novo um feijão branco. Repito a experiência até achar que está bom (ou até
acabar a verba). Então extraio uma lei:
Dentro deste saco só há feijões brancos.
20
Karl Popper Ciência caracterizada pelo falseamento. O cientista não deve procurar fatos que
comprove a sua tese. Estudando as galinhas.
Pesquiso uma e descubro que ela bota ovos. Encontro outra galinha e observo o mesmo
comportamento. Por indução, chego à conclusão de que todas as
galinhas botam ovos. Popper isso não é científico, pois se eu encontrar
uma única galinha que não bote ovos, minha tese cai por terra.
21
Karl Poper As verdades científicas são
provisórias. São apenas hipóteses esperando
pelo falseamento.
22
Princípio segundo o qual deve-se partir todo para as partes.
O Método da Dedução
23
1 2
3 4
1 2
43
O Método da Dedução Devemos primeiro criar uma lei geral, depois
observar casos particulares e verificar se essa lei não é falseada.
Para os adeptos da dedução, basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
No caso do saco, se o vendedor nos disse que ele estava cheio de feijões brancos. Eu então retiro um feijão de dentro do saco. Se for um feijão branco, então minha hipótese está,
por enquanto, correta. O problema da dedução é que ela geralmente se
origina de induções anteriores. Geralmente fazemos uma lei geral depois de já ter observado casos particulares.
24
THOMAS S. KUHN Thomas Kuhn percebeu uma falha na teoria de
Popper: Nenhum cientista procura falsear sua hipótese. Ninguém passa a vida toda pesquisando clonagem para
depois chegar à conclusão de que clonar um ser vivo é impossível (falseamento).
A ciência caminha através de revoluções científicas. Para explicar sua teoria, ele criou o termo
Paradigma. Paradigmas: grandes teorias que orientam a visão de
mundo do cientista. Mudança de paradigma pode representar uma
alteração total na maneira como as pessoas vêm o mundo.
São as chamadas revoluções científicas.
25
THOMAS S. KUHN Paradigmas: visão de mundo que orienta
os pesquisadores. De tempos em tempos surgem as anomalias,
fenômenos que não se encaixam no paradigma.
Para explicá-los os cientistas mais jovens criam um novo paradigma, que leva bastante tempo para ser aceito, pois os cientistas antigos não mudam de idéia.
Exemplos de revoluções científicas: O heliocentrismo, a teoria da evolução, a lei
da gravidade, a teoria da relatividade,...26
Paradigmas A ciência é guiada por
paradigmas. É o paradigma que vai costurar os
vários conhecimentos sobre o mundo, diferenciando do senso comum.
As pesquisas procuram verificar e confirmar o paradigma.
27
Características do pesquisador
O espírito científico é uma atitude ou disposição subjetiva do pesquisador que busca soluções sérias, com métodos adequados, para o problema que enfrenta.
Cultiva a honestidade, sensibilidade social, curiosidade, integridade intelectual, perseverança.
Evita o plágio.
28
Quem são os melhores cientistas?
29
Características do pesquisador
Albert Einstein
PESQUISA PURA Tem como objetivo principal a busca do
saber. PESQUISA APLICADA
Busca de solução para problemas concretos e imediatos.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA É feita a partir de documentos
Livros, cd-rom, internet, revistas, jornais... Deve anteceder todos os tipos de pesquisas.
30
Pesquisa Científica(Tipos)
Pesquisa Científica(Tipos) PESQUISA DESCRITIVA Observa, registra e analisa os fenômenos,
sem manipulá-los. Procura descobrir a freqüência do fenômeno, sua
natureza, suas características, sua relação com outros fenômenos.
PESQUISA EXPERIMENTAL Manipula diretamente as variáveis
relacionadas ao objeto de estudo. Quer saber as causas e efeitos, como o evento
ocorre. O cientista cria situações de controle para evitar
interferências (o placebo, por exemplo).
31
Tipos de Pesquisa(Objetivos) PESQUISA EXPLORATÓRIA Primeira aproximação de um tema. Visa criar maior familiaridade em relação a
um fato ou fenômeno. A pesquisa EXPLICATIVA segue a exploratória.
PESQUISA EXPLICATIVA Procura criar uma teoria aceitável para um
fato ou fenômeno.
32
Tipos de Pesquisa(Coleta de dados) Procedimentos de coleta de
dados Métodos práticos utilizados para
juntar as informações, necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato/fenômeno/problema.
33
Pesquisa Quantitativa Expressa em números
As pessoas gostam mais de sorvete de chocolate ou de morango?55% das pessoas gostam de chocolate40% preferem morango5% não gostam de sorvete.Cinco das maiores empresas usam ERP.Todas as grandes empresas usam mainframes.
34
Técnicas Quantitativas OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA
Para evitar interferências é comum se utilizar câmeras na observação sistemática.
Ou um espelho falso, onde o observador não é visto.
35
Técnicas Quantitativas QUESTIONÁRIO
Deve seguir uma estrutura lógica; Ser progressivo (do mais simples ao
mais complexo) Conter uma questão por vez Ter linguagem clara. Antes de aplicar o questionário
Aconselhável testá-lo para verificar se é necessário fazer alterações nas questões.
36
Técnicas Quantitativas ENTREVISTA DIRIGIDA
O informante apenas escolhe uma entre várias possibilidades.
Importante que as questões sejam fechadas.
Pergunta fechada:A internet pode ser usada como instrumento de apoio na educação?
Pergunta aberta:Qual a sua opinião sobre a internet como instrumento de apoio pedagógico?
37
Pesquisa Qualitativa Nos últimos anos a pesquisa quantitativa
vem sofrendo diversas críticas. A sociedade muda de estratégia de
acordo com as informações que recebe, sendo, portanto, impossível matematizar o homem, explicá-lo a partir de números.
38
Técnicas Qualitativas OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Obtida através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado.
Procura compreender o sentido que os atores atribuem aos fatos.
Os resultados devem ser expressos com base na percepção, sentimento, observação.
39
Técnicas Qualitativas ENTREVISTA NÃO-DIRETIVA
Esse instrumento de pesquisa foi criado pelo psicólogo Carl Rogers.
Parte do princípio de que o informante é capaz de se exprimir com clareza.
O entrevistador deve se manter apenas escutando, anotando e interagindo com breves perguntas.
40
Técnicas Qualitativas ESTUDO DE CASO
O estudo de caso parte de uma lógica dedutiva.
O caso é tomado como unidade significativa do todo.
41
Técnicas Qualitativas Aplicação do estudo de caso (três fases)
1 - Seleção e delimitação do caso O uso da webaula na Escola XPTY.
2 – Trabalho de campo Coleta de informações: diários de classe, depoimentos
de professores, gravações (as crianças usando o software).
3 – Organização e redação do relatório Ordenação e tratamento dos dados Análise dos resultados Descrição do relatório.
42
43
Tipos de trabalhos científicos
Relatório de pesquisa Forma de apresentação
semelhante ao artigo e monografia (mas reduzido)
Expõe os resultados de experiências práticas ou investigativas.
44
Monografia – Definição/Uso Trabalho sistemático e completo sobre um
assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance.
American Libray Association.
Informe científico sobre um assunto restrito Uso comum
Trabalho de Conclusão de Cursos de Graduação ou Especialização.
45
Monografia/Características
Observa e acumula observações Organiza observações e informações Estabelece relações entre as observações Indaga os porquês das relações e regularidades Comprova as relações e regularidades através
de comentários, reflexões, interpretações, citação de Autores
Estabelece relações de conclusão, respondendo às questões propostas
Descreve/Comunica os resultados e as conclusões.
46
Monografia/Características O texto não pode
Repetir estudo sobre tema já explorado e não apresentar nada de novo em relação ao enfoque, desenvolvimento e às conclusões
Responder questões sem apresentar reflexão, comentário ou crítica fundamentada em autores
Manifestar opiniões pessoais sem fundamentação Comprobatória
Fazer citação de autores sem relação com o assunto, o tema, o problema da pesquisa
Apresentar texto irrelevantes ao estudo.
47
Dissertação Texto elaborado nos moldes de
uma tese Sem muita profundidade Supõe investigações futuras.
Trabalho final de mestrado. Confere o título de Mestre (M. Sc.)
48
Tese Texto expositivo de hipótese
explicativa ou compreensiva sobre o objeto de investigação;
O autor deve chegar a um alto nível de profundidade sobre o tema abordado;
Trabalho final de doutorado Confere título de doutor (D. Sc.; Ph.
D).
49
Artigo científico Distingue-se da monografia, pela
sua reduzida dimensão e pelo seu conteúdo.
Tem a mesma estrutura exigida para trabalhos científicos (introdução, desenvolvimento e conclusão).
50
Tipos de artigos Originais ou de divulgação
Relatos de experiência de pesquisa.
Revisão Descrição da análise e discussão
de trabalhos já publicados (revisões bibliográficas).
51
Estrutura do artigo O artigo científico tem a mesma
estrutura dos demais trabalhos científicos: Pré-textual Textual Pós-textual
52
Elementos Pré-textuais
a) Título e subtítulo: devem figurar na página de abertura do artigo, na língua do texto;
b) Autoria: Nome completo do(s) autor(es) na forma direta, acompanhados de um breve currículo que o (s) qualifique na área do artigo;
c) Mini-currículo: incluindo endereço (e-mail) para contato, deve aparecer em nota de rodapé;
d) Resumo: descrito na língua do texto.53
Exemplo:Qualidade em Engenharia de Software:
o CMMI nos países emergentes.
João T. B. Carradino [1] e-mail: [email protected]
Mário A. C. Prates [2]e-mail: [email protected]
____________________[1] Analista de Sistemas: especialista em desenvolvimento de
software da Tci-Informática.[2] Analista de Sistemas e Métodos: professor do Centro Universitário
da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade).
54
Resumo Resumo na língua do texto
Deve apresentar de forma concisa, os objetivos, a metodologia e os resultados alcançados;
Não deve ultrapassar 250 palavras; Não deve conter citações; Uma seqüência de frases concisas e não
de uma simples enumeração de tópicos; Deve-se usar o verbo na voz ativa e na
terceira pessoa do singular .
Ref. ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2.
55
Palavras-chave
Na linguagem do texto De uso obrigatório, devem figurar
abaixo do resumo, antecedidas da expressão: Palavras-chave separadas entre si por ponto, conforme a NBR 6028, 2003, p. 2.
56
Exemplo: resumo e palavras-chave
RESUMO O artigo compara a experiência de empresas do Brasil, da Índia
e da China na adoção do Capability Maturity Model Integrated. Este modelo, crescentemente adotado em todo o mundo, preconiza a melhoria contínua no desempenho das atividades de desenvolvimento e manutenção de softwares. Após uma apresentação de dados gerais sobre a indústria de software nos três países e de uma descrição do CMM, são discutidos dados obtidos por meio de questionários respondidos por profissionais das empresas e tratados por Análise Fatorial. O impacto do modelo é analisado, distinguindo-se os resultados segundo o país, o nível de maturidade na adoção do modelo e o porte da empresa. Uma das principais conclusões é a importância do modelo para as pequenas empresas. São propostas políticas e estratégias para o controle da qualidade no setor de software.
Palavras-chave: Capability Maturity Model Integrated. CMMI. Engenharia de Software. Qualidade em Software.
57
Elementos textuais(Introdução)
Formulação clara e simples do tema da investigação
Apresentação sintética da questão Importância da metodologia Breve referência a trabalhos
anteriores sobre o mesmo assunto.
58
Elementos textuais(Introdução)
Expor a finalidade e os objetivos do trabalho para uma visão geral do tema.
A introdução deve apresentar:a) tema (objeto de estudo);b) delimitação do tema, ou seja o ponto de vista sob o qual o tema foi abordado;c) estado da arte, ou pesquisas realizadas sobre o mesmo tema;d) justificativa, o trabalho é importante considerando quais
argumentações;e) problema, hipótese, o objetivos, método (a razão de
escolha do método e resultados.
59
Exemplo1. Introdução Um dos requisitos de competitividade no mercado global de desenvolvimento de software é a adoção de práticas de processos aceitas internacionalmente. Visando a melhoria desta competitividade, o Brasil lançou, em novembro de 2003, uma nova Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), onde o Software passou a ser uma questão estratégica do governo federal, principalmente devido ao fato de que o
software está presente e contribui para as inovações de diversas áreas, como: engenharia, medicina, educação, segurança, transportes, telecomunicações, gestão organizacional, etc. É um dos setores mais dinâmico, que desempenha um papel essencial na utilização, convergência e integração das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Mas, há vários anos o crescimento da complexidade e do tamanho das aplicações vem trazendo problemas de qualidade e produtividade à indústria de TIC e ao desenvolvimento de software em particular. A busca de uma solução tornou‑se um imperativo. Ferramentas e técnicas de apoio ao desenvolvimento de software vêm sendo usadas para minimizar o problema. Todavia, o rápido crescimento do número de padrões alternativos dificulta, cada vez mais, a escolha da ferramenta ideal. Para se ter uma idéia sobre a seriedade do problema, basta observar que somente o Catálogo on line da ISO (2006) registra, unicamente para o desenvolvimento de software e a documentação de sistemas, cerca de 80 normas ISO. Por isto, surgiu, nas últimas décadas, toda uma geração de métodos e modelos destinados a orientar a busca pela Qualidade da Engenharia de Software. Significa, basicamente, substituir o improviso no desenvolvimento de software, uma prática comum deste setor, pelo uso de normas capazes de permitir a utilização de padrões e garantir qualidade, como exatidão, correção, robustez, adaptabilidade, rentabilidade e manutenibilidade (TEKINERDOĞAN, 2003).
60
Exemplo Dentre os modelos desta geração o CMMI vem se impondo mundialmente
comoferramenta para gestão de processos de desenvolvimento e manutenção de software e como referência na contratação de software desenvolvido sob encomenda. Seu desenvolvimento surgiu do esforço e colaboração do SEI (Software Engineering Institute), da indústria e agentes do governo americano (SEI, 2002). Seu antecessor, o CMM (Capability Maturity Model), foi desenvolvido com base nos conceitos e princípios da Qualidade Total e posteriormente melhorado. O suporte a este modelo inicial foi descontinuado pelo SEI em dezembro de 2003, mas continua sendo usado em todo mundo como legado. O CMMI difere do CMM devido a sua maior ênfase não apenas no desenvolvimento de produtos, mas também no desenvolvimento do negócio. Seu objetivo é prover um modelo que dê apoio ao desenvolvimento e manutenção de produtos e serviços, oferecendo um framework extensivo de modo que novos corpos de conhecimentos possam ser adicionados (CHRISSIS, 2003).
As organizações podem usar a representação por estágio do CMMI para melhorar e
comparar o seu nível de maturidade com o de outras organizações, ou a representação contínua, para melhorar seu nível de capacidade em uma área de processo específica (GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007). Nesse estudo foram incluídas somente empresas que usam a representação por estágio, conforme descrito na sessão 3. Neste tipo de representação, o uso deste modelo permite avaliar o nível de maturidade organizacional, de acordo com a seguinte classificação: 1) inicial; 2) repetível; 3) definido; 4) gerenciado; 5) otimizado. A avaliação começa no nível 2, pois é considerado que as organizações começam a se diferenciar umas das outras a partir deste nível.
.................................
61
Elementos Textuais(Desenvolvimento)
Parte principal e mais extensa do trabalho, deve apresentar: a fundamentação teórica; a metodologia; os resultados; a discussão.
Divide-se em seções e subseções.
62
Resumo completo, mas sintetizado, do trabalho:a) as conclusões devem responder às
questões da pesquisa, correspondentes aos objetivos e hipóteses;
b) devem ser breves podendo apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros;
c) artigos de revisão: excluir material, método e resultados.
63
Elementos Textuais(Conclusão)
Elementos(Pós-Textuais) resumo em língua estrangeira referências: Elemento obrigatório, constitui
uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto.
glossário: elemento opcional elaborado em ordem alfabética;
apêndices: Elemento opcional. Texto ou documento elaborado pelo autor
anexos: Elemento opcional, “texto ou documento que serve de fundamentação, comprovação e ilustração”.
64
Ilustrações Quadros, figuras, fotos, etc.,
devem ter numeração seqüencial.
Identificação na parte inferior, seguida do seu número em algarismo arábico.
65
Exemplo
66FIGURA 1 – Os níveis da representação por estágioFontes: (SEI, 2005; SEI, 2006; GUERRERO, 2004).
Tabela Título por extenso, inscrito no topo da
tabela, para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo
Fonte: a fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela, precedida da palavra Fonte.
67
Exemplo
68
TABELA 1 – Número de participantes da pesquisa
Fonte: Elaboração própria.
Exemplos: citação no texto As organizações podem usar a representação por
estágio do CMMI para melhorar e comparar o seu nível de maturidade com o de outras organizações, ou a representação contínua, para melhorar seu nível de capacidade em uma área de processo específica (GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007).
De acordo como Tigre e Botelho (2001, pp. 100-101) “a possível vantagem comparativa do Brasil está no desenho e na engenharia intensiva de aplicações”.
69
Exemplo: citação longa Apesar de ser um país com grau de informatização comparável
aos mais desenvolvidos, a exportação do software não atingiu ainda as expectativas estabelecidas no início da década de 90. Na visão de Resende,
A estimativa é que ele exporte anualmente cerca de 300 milhões de dólares em software e serviços, com a meta de exportar 2 bilhões de dólares até 2007, que é ambiciosa. Para isso é preciso pensar numa política integrada para o setor, que passa também pela promoção comercial e pelo fortalecimento da indústria nacional, com aumento da participação no mercado interno e estímulo à fusão e criação de empresas de grande porte (RESENDE, 2006).
O mercado interno, por sua vez, está em forte mudança, devido à entrada significativa de organizações multinacionais, limitando a participação das empresas constituídas no país a ocuparem menos que 20% desse mercado (BARROSO, 2006).
70
Referências - Exemplos CSIA (2006). China Software Export Achieved 7 Times Growth in Five Years.
Disponível em: <http://www.csia.org.cn/chinese_en/index/index.htm>. Acesso em: 19 aug., 2006.
CRUZ, Tadeu. Workflow: a tecnologia que vai revolucionar processos. São Paulo: 2ª. Ed, Atlas, 2000, pp. 33-42.
___________. Sistemas, Métodos e Processos: administrando organizações por meio de processos de negócios. São Paulo: Atlas, 2003, pp. 33-43.
GIBB, Allan; LI, Jun. Organizing for Enterprise in China: what can we learn from the chinese micro, small, and medium enterprise development experience. Futures, 35, 2003, pp. 403-421.
RESENDE, Sergio. Ministro fala sobre as ações estratégicas da SOFTEX. Disponível em: <http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=6348&sid=178>. Acesso em: 19 aug. 2006.
SEI (2002). Capability Maturity Model Integration (CMMI), Version 1.1. (CMMI-SE/SW, V1.1. Continuous Representation. CMU/SEI-2002-TR-001. Available at: <http:\\www.sei.cmu.edu/CMMI>. Accesso em: mar 8, 2007.
SEI (2005). Capability Maturity Model Integrated Overview. Carnegie Mellon & Software Engineering Institute. USA, Pittisburg, PA, 152133890, 2005, p. 38.
TIGRE, P. Bastos; BOTELHO, A. J. J. Brazil Meets the Global Challenge: it policy in port liberalization environment. The Information Society, n. 17, 2001, pp. 101-102.
71
Normas da ABNT e Outras Para consultas posteriores:
Elaboração de Trabalhos Acadêmicos: TCC Pós-Graduação Suporte Tecnológico para
Mainframes – Versão 2008-2.pdf; Norma ABNT NBR 14724/2005; Normas para trabalhos acadêmicos (UTFPR).
Elaboração de Referências: Norma ABNT NBR 6023/2002; Como Preparar Referências (JUNG).
Citações: Norma ABNT NBR10520/2002.
72
Obrigado!
73