1º bimestre Gabarito · História – 8º ano 1º bimestre ... Gravura com a representação da...

Material Digital do Professor

História – 8º ano

1º bimestre – Gabarito

1. Leia o texto abaixo:

A Assembleia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser

Supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:

Art. 1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções

sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos

naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade

a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação.

Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane

expressamente.

Declaração de direitos do homem e do cidadão – 1789. Disponível em: < www.direitoshumanos.usp.br/index.php/

Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/

declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html >. Acesso em: 10 out. 2018.

O trecho acima faz parte da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, surgida no contexto da Revolução Francesa. A partir dele, identifique três características do Iluminismo, comentando essa relação.




Objeto(s) de conhecimento

A questão do iluminismo e da ilustração

Habilidade (EF08HI01) Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e discutir a relação entre eles e a organização do mundo contemporâneo.

Tipo de questão Aberta Capítulo 1

Grade de correção

100%

A resposta do aluno deverá conter pelo menos três das seguintes características do Iluminismo, presentes na Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão: os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à propriedade e o princípio da soberania da nação. Também precisa apresentar comentários interligando a Declaração com o movimento iluminista.

50%

Caso o aluno cite apenas um ou dois dos aspectos defendidos pelo Iluminismo ou apenas cite liberdade, igualdade e fraternidade, sem explicar, sua resposta será considerada incompleta. É necessário citar três aspectos explicando a relação com o trecho da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.

0% A resposta será considerada nula somente caso o aluno não conseguir retirar do texto nenhuma das características do Iluminismo presentes no trecho da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, inicie uma discussão a respeito da defesa dos direitos expressos pelos iluministas: à vida, à liberdade, à igualdade e à propriedade. Explique que nem todos os filósofos defendiam as mesmas ideias, mas para a maioria deles tais direitos deveriam ser preservados pelo governo da nação, que não poderia ser tirânico, em oposição ao absolutismo. Para eles, a nação deveria ser soberana e o governante deveria seguir o que ela estabelece, constituindo uma relação na qual o governante garantiria e preservaria esses direitos. Para aprofundar a discussão, imprima, distribua e leia em sala de aula alguns trechos da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão. Em seguida, peça aos alunos que indiquem os artigos nos quais as ideias do direito à vida, à liberdade, à igualdade e à propriedade aparecem. Sugerimos a impressão do artigo primeiro ao décimo sétimo (In: Textos Básicos sobre Derechos Humanos. Madrid. Universidad Complutense, 1973, traduzido do espanhol por Marcus Cláudio Acqua Viva. Apud. FERREIRA Filho, Manoel G. et. alli. Liberdades Públicas. São Paulo, Ed. Saraiva, 1978. Disponível em: <https://bit.ly/1h6Elwi>. Acesso em: ago. 2018.). Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda as principais características do lluminismo e possa estabelecer uma relação entre eles e a organização do mundo contemporâneo. Para um avanço ainda maior, destaque que Rousseau tinha uma posição mais radical, com críticas à propriedade (apontada como a raiz das infelicidades humanas) e a prevalência da vontade da maioria (sobre a dos indivíduos), diferentemente de outros teóricos iluministas (como Montesquieu, por exemplo), que ressaltava a vontade popular sobre a da burguesia e de outros grupos sociais. Tais discussões permitem mostrar coesão e diferenças entre os teóricos iluministas, aspecto importante para entender a dinâmica dos acontecimentos nas décadas seguintes (a exemplo da própria Revolução Francesa).




2. Observe a imagem abaixo:

Reprodução/Biblioteca Nacional, Paris, França

Gravura com a representação da fuga da nobreza da França.

Com base na imagem, responda: trata-se uma representação de qual etapa da Revolução Francesa? Explique.


Revolução Francesa e seus desdobramentos

Habilidade (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo.

Tipo de questão Aberta Capítulo Capítulo 2

Grade de correção

100%

O aluno identificou a etapa conhecida como Assembleia Nacional, em que as insurreições populares no campo, chamadas de “Grande Medo”, atemorizavam as elites francesas, explicando que parte da nobreza, temendo os desdobramentos da Revolução, fugiu para outras cortes (ou países).

50% Caso o aluno tenha respondido apenas que os nobres fugiram da França em decorrência da Revolução, sua resposta deverá ser considerada parcialmente respondida, pois é preciso que ele indique em qual etapa isso ocorreu.

0% Se o aluno respondeu que os nobres fugiram da França, sem associar esse evento à Revolução, a resposta deverá ser anulada.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, inicie uma discussão sobre o período denominado Assembleia Nacional, época do Grande Medo, retomando o desenrolar da Revolução Francesa. Explique que, em razão da grande estratificação social na França, o campesinato – parte do Terceiro Estado – sofria com pesados tributos enquanto a nobreza usufruía de uma riqueza derivada do trabalho desse grupo. Assim, quando a Revolução eclodiu em Paris, os camponeses aproveitaram o momento revolucionário e promoveram, no campo, ataques à nobreza. Os revoltosos chegaram a invadir Versalhes ameaçando a corte francesa. Com medo de ser morta, parte da nobreza fugiu para outros países onde a monarquia estaria “segura”. Um dos principais destinos desses nobres era a Áustria, terra natal da rainha francesa, onde buscaram ajuda para deflagrar uma contrarrevolução e retornar com o antigo sistema de governo. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda o processo incial da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa.





O que lhes importava era uma certa concepção de liberdade. Os homens que

participaram ou circularam em torno do grupo de letrados de Vila Rica e de São João

del Rey deixaram atestado seu gosto pela estabilidade e pareciam desejar a liberdade

sobretudo para cuidar de seus próprios assuntos. [...] Na realidade, o ponto de partida

para a sensibilidade republicana da maior parte desses homens estava no ideal de

cidade caro ao republicanismo anglo‐americano, significando independência mais

autogoverno. De fato, os letrados mineiros haviam aprendido, com a experiência

histórica da América inglesa, que o poder estava nos diversos Estados soberanos, livres

e independentes, e que esse poder se concentrava nos legislativos e, em particular, nas

câmaras baixas.

STARLING, Heloisa Maria Murgel. Liberdade ainda que tardia. Revista de História da UFF.

Disponível em: <www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/wp-content/uploads/2017/02/

Liberdade-ainda-que-tardia-Revista-de-Hist%C3%B3ria.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018.

Com base no trecho do texto, explique o que foi a Conjuração Mineira, associando-a às ideias iluministas.





Rebeliões na América portuguesa: as conjurações mineira e baiana.

Habilidade (EF08HI05) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.


Grade de correção

100%

O aluno explicou que a Conjuração Mineira foi uma revolta contra os desmandos do governo português, influenciada pelos iluministas e pelo movimento de independência dos Estados Unidos. Um dos ideais iluministas defendidos pelos conjurados era a liberdade, como citado no texto, a exemplo do lema na proposta de bandeira “Liberdade ainda que tardia”.

50%

Caso o aluno responda que a Conjuração Mineira foi uma revolta contra os desmandos do governo português sem associar ao ideal de liberdade iluminista, sua resposta será considerada incompleta. Mesmo que ele associe o movimento às outras ideias ilustradas, é preciso que a noção de liberdade seja citada, pois é ela que aparece no texto.

0% Caso o aluno responda que a Conjuração Mineira foi uma luta pela liberdade, a resposta será considerada nula, pois é preciso que ele explique e associe a luta pela liberdade às ideias iluministas.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, inicie uma discussão sobre a influência das ideias iluministas na Conjuração Mineira. Explique que os principais envolvidos nela conheciam as ideias dos filósofos ilustrados por meio de livros proibidos, que chegavam à colônia contrabandeados, ou por sua formação em universidades europeias. Informe que entre os autores do Iluminismo, um dos mais lidos pelos inconfidentes era Abade Raynal, que tinha uma obra chamada Histoire philosophique et politique des établissements et du commerce des européens dans les Deux Indes (História filosófica e política dos estabelecimentos e do comércio europeus nas duas Índias), escrita em 1770, na qual criticava a política tributária portuguesa imposta à colônia. Em sua obra, ainda, o conceito de Revolução perdia o caráter que tinha no século XVII e passava a ser lida como a mudança de uma ordem à outra, como uma maneira de superar a injustiça e a desigualdade. Ele coloca que a igualdade e a liberdade deveriam ser garantidas pelo Estado e glorificava a “natureza humana”, acreditando na capacidade de redenção do homem pelo entendimento. Tais ideias dialogavam com a situação pela qual os inconfidentes estavam passando, principalmente no que se refere ao decreto da derrama. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, principalmente a Conjuração Mineira, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa.





Reprodução/Museu do Exército Polonês, Varsóvia, Polônia

Batalha em San Domingo, pintada por January Suchodolski, 1845, representando uma luta

entre as tropas polonesas, a serviço dos franceses, e rebeldes do Haiti.

Identifique a revolução retratada na imagem, indicando suas principais características.





Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingos e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti

Habilidade (EF08HI10) Identificar a Revolução de São Domingos como evento singular e desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas implicações.


Grade de correção

100%

O aluno deverá identificar a Revolução de São Domingos (ou Revolução do Haiti), apresentando suas principais características, como a defesa da liberdade e da igualdade, ideais pregados pelo Iluminismo. Deverá indicar, também, que os principais sujeitos históricos foram os escravizados negros.

50% Caso o aluno identifique a Revolução de São Domingos (ou Revolução do Haiti), mas não aponte suas principais características, a questão foi parcialmente respondida.

0% A resposta somente será considerada nula se o aluno não conseguir identificar qual era o levante, nem nenhuma de suas principais características.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, inicie uma discussão sobre os grupos sociais envolvidos na Revolução do Haiti e seus principais interesses. Explique que o levante tinha como base ideológica o Iluminismo e como exemplo a Revolução Francesa. Explique que São Domingos era uma colônia francesa com mão de obra escravizada, na qual a desigualdade e a violência se estendiam aos negros mesmo após sua liberdade. Informe que as ideias do Iluminismo e da Revolução Francesa atravessaram o oceano e chegaram até São Domingos, cuja população, ao tomar conhecimento desses ideais, resolveu lutar por sua liberdade e o estabelecimento da igualdade entre negros e brancos. Se julgar conveniente, apresente as ideias dos principais líderes da revolução: Louverture e Dessalines. Saliente, porém, as diferenças fundamentais entre o movimento e a Revolução Francesa, mostrando a especificidade do caso de São Domingos no que se refere à noção de liberdade e igualdade: se na França a defesa pela liberdade não levava em consideração o fim da escravidão e nem a igualdade para diferentes povos, em São Domingos lutou-se pelo fim da escravidão e pela igualdade entre seus habitantes. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda a Revolução de São Domingos como um evento singular, mas também como um desdobramento da Revolução Francesa.




5. Leia o texto:

Durante todo o sec. XVIII, continuaram as cobranças de impostos e dos

trabalhos da mita, responsabilidades de administração ainda dos curacas, mas que

seguiam as ordens dos dominadores. Além das práticas de trabalhos forçados e

da extorsões que levavam os indígenas à miséria, carregadores enviados diretamente

das metrópoles, responsáveis pelas questões civis e criminais, detinham a permissão

de Fernando VI de praticar uma espécie de comércio, chamado reparto, qual a

prática estabelecia-se na compra obrigatória pelos indígenas de mercadorias de baixa

qualidade, inutilidade e por preços superestimados, mercadorias essas como meias,

vestidos de veludos, alfinetes, baralhos e etc.

GOMES, Morgana. A Conquista Espanhola na Visão dos Vencidos. In: Caderno Temático de História,

v. 2, n. 1, 1º sem. 2014 (jan./jun.), p. 53-54. Disponível em: <http://repositorio.uniceub.br/bitstream/

235/6919/1/5%20%20A%20Conquista%20Espanhola%20na%20Vis%C3%A3o%20dos%20Vencidos.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2018.

Identifique uma revolta promovida nos Andes contra os abusos da metrópole, como os apontados no texto acima, e indique os principais grupos sociais e étnicos nela envolvidos.


Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.


Grade de correção

100% O aluno deverá identificar a Revolta de Túpac Amaru. Deverá afirmar que os principais grupos envolvidos foram os indígenas, mestiços, escravizados e colonos mais pobres.

50% Caso o aluno apenas identifique o levante e/ou apenas aponte os principais grupos envolvidos, sua resposta será considerada parcialmente respondida.

0% A resposta somente será considerada nula se o aluno não conseguir identificar qual era o levante, nem citar os principais grupos envolvidos.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, explique que os indígenas do Vice-Reinado de Nova Granada (onde hoje estão localizadas a Colômbia e o Equador) sofriam com as cobranças de impostos e com o regime de mita, uma forma de trabalho compulsório. A administração local era feita pelos curacas, chefes das aldeias, que se aliaram aos espanhóis e em troca recebiam parte dos impostos arrecadados. Havia também os corregedores, que representavam as autoridades metropolitanas. Na ocasião, a população passava por uma situação de miséria e, assim, promoveram um levante, cujo principal líder foi Túpac Amaru II, que se dizia descendente de Túpac Amaru I – líder da resistência indígena no início da colonização espanhola. A ele se juntaram outros grupos que estavam insatisfeitos com a exploração metropolitana: mestiços, escravizados e colonos mais pobres. Saliente que as ideias iluministas também foram a base dessa revolta e Túpac Amaru foi um de seus propagadores. Ele havia estudado na Universidade de São Marcos, em Lima, e lá teve contato com os filósofos do Iluminismo e suas noções de liberdade, igualdade e crítica ao sistema absolutista. Se julgar conveniente, proponha a análise, em grupos, da petição enviada às autoridades metropolitanas por Túpac Amaru (Disponível em http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/tupac_amaru6.htm). Apesar da revoltar ter sido deflagrada e seu líder executado, ela foi o estopim para que outros movimentos ocorressem, culminando, anos mais tarde, na independência dos territórios. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência na América espanhola.

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/tupac_amaru6.htm





Reprodução/Biblioteca Nacional, Paris, França

Caricatura do Antigo Regime em que o camponês carrega um membro do clero e um da nobreza.

O texto abaixo diz: "Espero que o jogo termine logo". Autoria de Michel Hennin, 1789.

Identifique os ideais iluministas que a imagem representa:

a) O Iluminismo defendia o uso da razão no lugar do pensamento religioso, valorizando a

ciência em vez da religião.

b) Os iluministas defendiam e propagavam a ideia de que todos os homens nasciam livres

perante a lei.

c) Os iluministas criticavam o poder absolutista dos monarcas, pois para eles nenhum rei deveria

ser soberano, pois soberana era a nação.

d) O Iluminismo criticava o caráter estamental da sociedade de Antigo Regime e a exploração do

terceiro estado pela nobreza e pelo clero.

e) Os iluministas acreditavam que o conhecimento estava em permanente construção,

diferentemente do que pensavam os escolásticos.





A questão do iluminismo e da ilustração

Habilidade (EF08HI01) Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e discutir a relação entre eles e a organização do mundo contemporâneo.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 1

Justificativas

a O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que a razão era defendida pelos iluministas. Contudo, sua resposta não está correta, pois ele precisa associar a ideia com a imagem, que se refere à crítica feita à sociedade estamental.

b O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que os iluministas defendiam a liberdade. Contudo, sua resposta não está correta, pois ele precisa associar a ideia com a imagem, que se refere à crítica feita à sociedade estamental.

c O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que os iluministas criticavam o absolutismo. Contudo, sua resposta não está correta, pois ele precisa associar a ideia com a imagem, que se refere à crítica feita à sociedade estamental.

d O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que o Iluminismo criticava o caráter estamental e associou de forma correta a alternativa com a imagem.

e

O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que os iluministas acreditavam que o conhecimento estava em permanente construção. Contudo, sua resposta não está correta, pois ele precisa associar a ideia com a imagem, que se refere à crítica feita à sociedade estamental.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, inicie uma discussão sobre as ideias iluministas de crítica à sociedade do Antigo Regime. Explique que os filósofos defendiam que os homens nasciam livres e iguais perante a lei. Assim, a exploração do homem pelo homem deveria ser combatida. Havia uma forte crítica à forma como o primeiro e segundo estado (nobreza e clero) eram tratados em relação ao terceiro estado (burguesia, camponeses, artesões, etc.): os dois primeiros não pagavam impostos, não cultivavam as terras, não produziam mercadorias e viviam de forma abastada, enquanto o resto da população sustentava todo o sistema e ficava à mercê de crises e fome. Para os iluministas, o rei deveria governar de modo que os direitos naturais de todos fossem respeitados, combatendo a perpetuação da lógica estamental da sociedade. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda as características do Iluminismo e discuta a relação entre ele e a organização do mundo contemporâneo.




7. Observe a imagem e relacione-a com os desdobramentos da Revolução Francesa na Europa.

Reprodução/Coleção particular

Declaração de Pillnitz, 25 agosto 1791. Pintura de Johann Heinrich Schmidt, c. 1791.

A obra retrata o imperador Leopoldo II, o rei Frederico Guilherme II da Prússia

e o eleitor Frederico Augusto III da Saxônia, na ocasião em que a Áustria e a Prússia

apelaram à solidariedade dos soberanos europeus contra a Revolução Francesa.

a) A Revolução Francesa foi vista como ameaça por Leopoldo II, da Áustria, e Frederico

Guilherme II, da Prússia, que assinaram um acordo para instituir uma república na França

em 1791.

b) A Declaração de Pillnitz foi elaborada por absolutistas da Europa que tinham receio sobre os

desdobramentos da Revolução e decidiram unir-se para agir contra ela.

c) Os governantes absolutistas da Europa assinaram um tratado, a Declaração de Pillnitz, para

apoiar a instituição de uma monarquia constitucional na França.

d) A Declaração de Pillnitz foi uma resposta aos ataques da França à Áustria e à Prússia,

elaborada pelos seus governantes Leopoldo II e Frederico Guilherme.

e) A Declaração de Pillnitz tinha por intuito impedir que Luiz XVI retornasse ao trono francês,

pois isto seria considerado um retorno ao absolutismo.





Revolução Francesa e seus desdobramentos

Habilidade (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo.


Justificativas

a O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que a Declaração de Pillnitz foi uma declaração elaborada por monarcas absolutistas pedindo o apoio do resto da Europa para conter os avanços da Revolução.

b O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que a Declaração de Pillnitz foi uma tentativa de conter os avanços da Revolução, na qual monarcas absolutistas pedem apoio do resto da Europa.

c O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que os monarcas absolutistas não queriam apoiar a Revolução nem a instauração de uma monarquia constitucional.

d O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que a Declaração de Pillnitz foi elaborada antes dos ataques da Áustria e Prússia à França (que acabou vencendo, mas não foi quem atacou).

e O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que a Declaração de Pillnitz pedia o retorno de Luiz XVI ao trono francês.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade para responder à questão, inicie uma discussão sobre como as monarquias absolutistas receberam a notícia da Revolução Francesa. Explique que tais Estados viram com muito receio a Revolução, pois temiam que acontecesse algo parecido em seus territórios. Assim, alguns monarcas acharam prudente unir forças, caso fosse necessário conter o avanço da Revolução. A Declaração foi elaborada no intuito de atender aos pedidos dos exilados franceses por um apoio mais efetivo. Dessa forma, ela foi redigida pedindo o retorno do monarca ao trono francês e à ordem social anterior. Posteriormente, houve ataque austríaco e prussiano à França para conter os avanços da Revolução, mas ambos os países saíram derrotados pelas forças francesas. Assim, espera-se que o aluno compreenda, identifique e relacione os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa.





Reverendíssimo em Christo Padre Prior dos Carmelitas Descalços: e para o

futuro Geral em Chefe da Igreja Bahinense: [...] quer e manda o Povo que seja feita

a sua revolução nesta Cidade por consequência de ser exaltada a bandeira da

igualdade, Liberdade, e fraternidade Popular [...].

Carta de um padre Carmelita apud VALIM, Patrícia. Corporação dos enteados: tensão, contestação

e negociação política na Conjuração Baiana de 1798. São Paulo: USP, 2012. (Tese de Doutorado), p. 157.

Disponível em: <www.historia-bahia.com/bibliografia/patricia-valim.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018.

De acordo com o texto, identifique a alternativa que explica as características da Conjuração Baiana.

a) A Conjuração Baiana teve participação de membros da Igreja que se inspiravam nos ideais

iluministas e da Revolução Francesa.

b) A Conjuração Baiana contou com a participação de diversos setores da sociedade, menos os

membros da Igreja.

c) O clero era contra a Conjuração Baiana porque ela pregava ideias iluministas como liberdade,

igualdade e fraternidade.

d) Os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade não foram defendidos na Conjuração Baiana,

mas somente na Revolução Francesa.

e) A Revolução Francesa e o pensamento iluminista não influenciaram os ideais da Conjuração

Baiana.





Rebeliões na América portuguesa: as conjurações mineira e baiana

Habilidade (EF08HI05) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.


Justificativas

a O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que membros da Igreja participaram da Conjuração Baiana, que contava com o apoio de diversos setores da sociedade.

b O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que o clero foi membro importante da Conjuração Baiana.

c O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que o clero foi membro importante da Conjuração Baiana e que nem todas as ideias iluministas eram incompatíveis com as ideias da Igreja, exceto aquelas que faziam críticas diretas ao clero.

d O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que os ideias de liberdade, igualdade e fraternidade foram também defendidos e propagados pela Conjuração Baiana.

e O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que a base ideológica da Conjuração Baiana foi o Iluminismo e a Revolução Francesa.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldades em responder à questão, explique que a Conjuração Baiana, assim como a Mineira, teve forte influência dos iluministas e do processo revolucionário na França. Os líderes do movimento na Bahia tinham contato com obras dos pensadores ilustrados e as utilizaram para tecer suas críticas à presença portuguesa na América. Para que o aluno tenha maior compreensão sobre o movimento, imprima, leia e medeie uma discussão em sala de aula acerca do seguinte documento: “Aviso ao Clero e ao Povo Bahiense” (Arquivo Público do Estado da Bahia, Maço 581, Autos da Devassa da Conjuração dos Alfaiates. Disponível em: <https://bit.ly/2vbdRJm>. Acesso em: jul. 2018.). Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa.

https://bit.ly/2vbdRJm




9. Leia os dois textos abaixo:

As constituições haitianas redesenhavam e rearticulavam o legado da teoria

política do Iluminismo e da era revolucionária. A concepção de liberdade não se

limitava à ideia de uma simples “porção de terra”, mas invocava uma nova e radical

articulação do conceito de raça e da relação entre liberdade e igualdade.

DUARTE, Evandro Charles Piza; QUEIROZ, Marcos Vinícius Lustosa. A Revolução Haitiana e o Atlântico Negro: o Constitucionalismo

em face do Lado Oculto da Modernidade. In: Direito, Estado e Sociedade, n. 49, jul./dez. 2016, p. 34.

Disponível em: <http://direitoestadosociedade.jur.puc-rio.br/media/Direito%2049_artigo%201.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018.

Ainda que vários filósofos iluministas admitam que a escravidão seja, por si

só, injusta, não parece grave que a escravidão incida sobre os negros [...]. Por

conseguinte, a suposta inferioridade do negro em relação aos padrões europeus

justifica, para alguns iluministas, a escravidão, ou, pelo menos, a sua continuidade

até que os europeus tenham ensinado aos negros o caminho para a emancipação.

ANDRADE, Érico. A opacidade do Iluminismo: o racismo na filosofia moderna. In: Kriterion, v. 58, n.137, Belo Horizonte, Mayo/Aug.

2017. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2017000200291>. Acesso em: 10 out. 2018.

A partir dos trechos, indique as diferenças entre a Revolução de São Domingos (Haiti) e os ideias de liberdade e igualdade do Iluminismo, defendidos na Revolução Francesa:

a) A revolução de São Domingos pregava liberdade e igualdade, mas somente entre os homens

que já eram livres, pois o levante tinha como líderes muitos senhores de escravizados.

b) O Iluminismo afirmava que a escravidão era injusta e deveria ser abolida, tal como ocorreu

no início da Revolução Francesa. Já na revolução de São Domingos, a escravidão foi defendida.

c) A revolução de São Domingos pregava apenas a igualdade entre alguns povos, enquanto o

Iluminismo e a Revolução Francesa pregavam a igualdade universal.

d) O Iluminismo e a Revolução Francesa colocaram fim à escravização dos povos africanos, já a

revolução de São Domingos a manteve e a defendia.

e) A revolução de São Domingos pregava liberdade e igualdade entre todos, já o Iluminismo não

propunha o fim da escravidão.





Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingos e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI10) Identificar a Revolução de São Domingos como evento singular e desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas implicações.


Justificativas

a O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que a revolução de São Domingos era encabeçada por escravizados e que eles defendiam a liberdade de todos. Além disso, demonstra não ter lido os textos da questão.

b O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que o Iluminismo pregava que a escravidão era injusta, mas não defendia o seu fim, e que ela só foi abolida em 1794 na França e no Haiti. Além disso, demonstra não ter lido os textos da questão.

c O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que a revolução de São Domingos pregava a liberdade e igualdade para todos, já o Iluminismo não. Além disso, demonstra não ter lido os textos da questão.

d O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que o Iluminismo, apesar dos ideais de liberdade, não propunha o fim da escravidão.

e O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreende que a especificidade da revolução de São Domingos era a defesa da liberdade e da igualdade para todos.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, explique que a Revolução Francesa, que propagava os ideais de liberdade e igualdade, foi encabeçada por homens brancos que não defenderam sua extensão aos escravizados. Ou seja, a liberdade e a igualdade defendida não eram para todos. Já em São Domingos, a revolta foi promovida por escravizados e negros livres que pregavam a liberdade e igualdade para todos, defendendo com veemência o fim da escravidão. Explique que grande parte dos filósofos iluministas acreditava que a escravidão era algo injusto, mas não pregava o seu fim. Com o caminhar da Revolução, o discurso de que a escravidão era um mal a ser combatido levou à sua extinção em 3 de fevereiro de 1794, em todos os territórios da República Francesa, pela Assembleia Nacional. Porém ela foi retomada em 1802, por Napoleão Bonaparte, nas colônias francesas, sendo extinta, de forma permanente, em 1848. As lutas de escravizados e libertos nas colônias francesas foram fundamentais para que a escravidão tivesse um fim. Para melhor compreensão, leia o seguinte texto para o aluno e inicie uma discussão sobre a posição dos revolucionários franceses acerca da escravidão em diferentes momentos da Revolução: SAES, Laurent Azevedo Marques de. A primeira abolição francesa da escravidão (4 de fevereiro de 1794) e o problema dos regimes de trabalho. In: Sæculum - Revista de História [29]; João Pessoa, jul./dez. 2013, p. 125-126. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/download/19812/10947>. Acesso em: jul. 2018. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda a Revolução de São Domingos como um evento singular e desdobramento da Revolução Francesa e seja capaz de avaliar suas implicações.

http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/download/19812/10947





Dentre os cerca de 20 mil homens que tomaram parte na revolta, segundo

Ocampo López, a metade era constituída por grupos indígenas de toda a região

central e oriental de Nova Granada, armados com suas respectivas ferramentas de

campo. Embora o processo de divisão e anexação das terras indígenas tenha

alcançado sua intensidade máxima somente a partir de meados do século XIX,

a ampla receptividade do Movimento Comunero entre os grupos indígenas é

reveladora do descontentamento profundo provocado pelos efeitos das reformas

bourbônicas sobre essas populações já a partir da segunda metade do século XVIII .

CECCHIA, Cristiane. As terras indígenas e o Movimento Comunero: Novo Reino de Granada, 1781.

Anais Eletrônicos do IV Ecnontro da ANPHLAC, Salvador, 2000. Disponível em:

<http://anphlac.fflch.usp.br/sites/anphlac.fflch.usp.br/files/cristiane_checchia_1.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018.

De acordo com o texto e com seus estudos sobre o Movimento Comunero, assinale a alternativa correta.

a) O Movimento Comunero era formado somente por criollos, proprietários rurais, e funcionários

públicos.

b) O Movimento Comunero era formado somente por proprietários rurais e comerciantes.

c) Os indígenas tiveram grande importância no movimento, conforme destaca o texto.

d) O Movimento Comunero era formado somente por filhos de espanhóis nascidos na América,

criollos e comerciantes.

e) O Movimento Comunero era formado somente por pequenos agricultores e funcionários

públicos.





Independências na América espanhola

Habilidade (EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.


Justificativas

a O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que os pequenos produtores e indígenas também estavam envolvidos no movimento.

b O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que os pequenos produtores, indígenas e a elite criolla também estavam envolvidos no movimento.

c O aluno que marcar esta alternativa provavelmente compreendeu a importância da participação dos indígenas no Movimento Comunero.

d

O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que criollos era a forma pela qual os filhos de espanhóis nascidos na América eram conhecidos e não percebeu a redundância da alternativa, além de não observar a falta dos demais sujeitos históricos envolvidos.

e O aluno que marcar esta alternativa provavelmente não compreende que o movimento tinha mais sujeitos históricos envolvidos, como os indígenas, elite criolla de proprietários rurais e funcionários públicos.



nos resultados

Caso o aluno apresente dificuldade em responder à questão, lembre-o que os movimentos de emancipação ocorridos na América eram bastante diversificados no que se refere aos grupos sociais envolvidos. Inicie uma discussão, em sala de aula, a respeito do seguinte trecho: “No caso do Movimento Comunero neogranadino, o que chama a atenção é a amplitude social e a multiplicidade de interesses que estiveram em jogo no desenrolar dos conflitos: grandes fazendeiros criollos; pequenos agricultores; populações indígenas; escravos negros; pequenos comerciantes; tropas e criollos fiéis à Coroa, estiveram todos frente a frente, ora unidos ora em desacordo”. É preciso salientar a participação dos indígenas nesse movimento. Dessa forma, espera-se que o aluno compreenda a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência na América espanhola.

1º bimestre Gabarito · História – 8º ano 1º bimestre ... Gravura com a representação da...

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