1. 2 um momento de síntese ou uma nova tese? FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de síntese...

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um momento de um momento de síntese ou uma nova síntese ou uma nova tese? tese?

FERREIRA, R. F. FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.

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Teorias científicas atuaisTeorias científicas atuais o conhecimento está ligado o conhecimento está ligado necessariamente ao conhecedornecessariamente ao conhecedor

UNIPProfª Lina SueConstrutivismo: síntese ou tese?Construtivismo: síntese ou tese?

ConstrutivismoConstrutivismo outra concepção epistemológica = outra concepção epistemológica = assumindo ser, o conhecimento, uma construção do sujeito assumindo ser, o conhecimento, uma construção do sujeito cognoscente e buscando preservar a complexidade do cognoscente e buscando preservar a complexidade do fenômeno humano.fenômeno humano.

Profª Lina Sue Matsumoto

FERREIRA, R. F. FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.3

Reflexão Reflexão Nos encontramos num momento onde o Nos encontramos num momento onde o construtivismo institui-se como uma concepção construtivismo institui-se como uma concepção epistemológica antagônica à concepção objetivista, ou epistemológica antagônica à concepção objetivista, ou estabelece uma continuidade e ampliação das concepções estabelece uma continuidade e ampliação das concepções anteriores sobre o conhecimento? anteriores sobre o conhecimento?

1. 1. A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.A ciência moderna, a realidade e o conhecimento. 2. 2. A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.A ciência moderna e o sujeito do conhecimento. 3. 3. A pós-modernidade e a crise do paradigma da ciência A pós-modernidade e a crise do paradigma da ciência

moderna.moderna. 4. 4. O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o

conhecimento.conhecimento. 5. 5. Uma ciência articulada com as necessidades da pós-Uma ciência articulada com as necessidades da pós-

modernidade.modernidade. 6. 6. Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.Pós-modernidade, psicologia e construtivismo. 7. 7. Ser construtivista.Ser construtivista. 8. 8. Construtivismo: continuidade ou ruptura?Construtivismo: continuidade ou ruptura? 9. 9. Conclusão.Conclusão.

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Matsumoto

FERREIRA, R. F. FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.

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1. 1. A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.A ciência moderna, a realidade e o conhecimento.

Ciência Moderna = mundo = ordem única;

Construção Conhecimento = homem = poder+controle+domínio;

Natureza Conhecimento = representação/cópia do mundo real;

Meta Ciência= desenvolvimento de representações da realidade;

Ciência = linguagem matemática = a verdade contida nos fatos;

Epistemologia Objetivista = universal + singular + a-histórica.

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2. 2. A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.A ciência moderna e o sujeito do conhecimento.

Ciência Moderna = Método Científico;

Distanciamento entre o conhecedor e o objeto do conhecimento;

Cientista fica ausente do seu próprio discurso;

Método Científico = Galileu = formulação de testes de hipóteses;

Ciências da Natureza Ciências Humanas (séc. XIX).

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3. 3. A pós-modernidade e a crise do paradigma da A pós-modernidade e a crise do paradigma da ciência moderna.ciência moderna.

Consenso Momento de transição= Revolução científica;

Ciência Moderna limite?

Questão Universo constituído de regularidades?

Impossibilidade Reduzir a natureza a uma linguagem única, matematizável e decifrável pela experimentação;

Verdade múltipla e contextual;

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4. 4. O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o O paradigma emergente, o sujeito, o objeto e o conhecimento.conhecimento.

1: Idealistas ou Racionalistas pólo do sujeito

2: Empiristas ou Realistas pólo do objeto

3: Interacionistas superar a dicotomia sujeito X objeto

4: sujeito + objeto resultados de processos de construção; Sujeito e objeto passam a ser vistos como construções sócio-

históricas = Independente do conhecedor, nenhum objeto existe identificado como tal na realidade.

Papel do observador = Participação construtiva

Não se pode mais eliminar de cena o observador.

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5. 5. Uma ciência articulada com as necessidades da Uma ciência articulada com as necessidades da pós-modernidade.pós-modernidade.

Ciência necessidades da pós-modernidade;

Superação das rupturas realizadas pelas ciências modernas:

conhecimento científico X conhecimento senso-comum

ciências naturais X ciências humanas

sujeito X objeto

pesquisa qualitativa X pesquisa quantitativa

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6. 6. Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.Pós-modernidade, psicologia e construtivismo.“O homem procura, consistentemente,

organizar suas várias experiências de vida através de um conjunto significativo e articulado

de construções de conhecimento, permitindo-lhes localizar-se no mundo

e realizar seus projetos pessoais, sem a preocupação de alcançar

representações ‘verdadeiras’ “ (Ferreira)

“É enfatizada a natureza ativa de toda percepção, aprendizagem e memória,

vistos como fenômenos a refletirem tentativas contínuas do corpo e do cérebro em organizar

(e continuamente reorganizar) seus próprios padrões de ação e experiência” (Mahoney)

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7. 7. Ser construtivista.Ser construtivista. É desenvolver uma subjetividade aberta e efetivamente

interessada em compreender a singularidade do outro, tendo como base as construções de realidade dele, mesmo que aparentemente estranhas.

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As referências teóricas do psicólogo passam a ser consideradas simplesmente como metáforas suas, construções suas, não revelando nem a “verdade” do outro e tampouco um “padrão verdadeiro” a ser atingido.

É, efetivamente, o profissional estar aberto à alteridade.

É articular-se na complexidade, apesar da angústia causada.

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8. 8. Construtivismo: continuidade ou ruptura?Construtivismo: continuidade ou ruptura? Considero, sim, ser uma ruptura com a concepção objetivista. Ser construtivista não se reduz a uma simples opção teórica ou

técnica, mas é a assunção de outra epistemologia que, em última análise, implica na constituição de uma nova subjetividade pelos profissionais, portanto, uma transformação enquanto indivíduos.

Mudança = processo gradual = a coexistir 2 concepções: OBJETIVISTA X CONSTRUTIVISTA

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explicação de explicação de fenômenos que tendem fenômenos que tendem

a manter uma a manter uma regularidade no temporegularidade no tempo

compreensão de compreensão de fenômenos históricos e fenômenos históricos e irreversíveis, como os irreversíveis, como os fenômenos humanos. fenômenos humanos.

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9. 9. ConclusãoConclusão“Acredito ser a concepção construtivista, (...) o terreno no qual a ciência virá a apoiar-se, no futuro (...)

Talvez, esta concepção de conhecimento passe a constituir as subjetividades e, futuramente, deixe de haver a necessidade de darem-se adjetivos à ciência

– ciência moderna, ciência pós-moderna – para, já com a subjetividade transformada, as pessoas passem a se referir a ela como,

simplesmente, ciência” (Ferreira)

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Sobre a reconstrução do significado: Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica uma análise epistemológica e hermenêutica

da prática clínicada prática clínica

Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Terapia Terapia prática social = tipo especial de discursoprática social = tipo especial de discurso Conversação terapêutica = Conversação terapêutica = dialógica dialógica dilemasdilemas Criação de um contexto facilitador para a Criação de um contexto facilitador para a construção de construção de

novos significados novos significados (novas narrativas, ampliando o seu (novas narrativas, ampliando o seu sentido de autoria e suas possibilidades existenciais)sentido de autoria e suas possibilidades existenciais)

16Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Prática colaborativa Prática colaborativa se constrói no presente e a se constrói no presente e a partir de dentro do próprio contexto dos participantespartir de dentro do próprio contexto dos participantes

Deixa de lado os conceitos de Deixa de lado os conceitos de patologia x normalidadepatologia x normalidade Terapeuta = Terapeuta = expertexpertX

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Um encontro que se dá na linguagem Um encontro que se dá na linguagem evento evento linguístico = linguístico = pessoas com diferentes tipos de pessoas com diferentes tipos de experiências, uma das quais, se define como terapeuta, experiências, uma das quais, se define como terapeuta, interagem a partir de um interesse comum que os coloca interagem a partir de um interesse comum que os coloca juntos.juntos.

A terapia constitui-se de pessoas que se relacionam A terapia constitui-se de pessoas que se relacionam nana e e por meio por meio da da linguagemlinguagem, em torno dos dramas de , em torno dos dramas de diferentes complexidades que restringem as suas diferentes complexidades que restringem as suas alternativas existenciais.alternativas existenciais.

17Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Prática conversacional Prática conversacional = não é trivial.= não é trivial. Natureza terapêutica Natureza terapêutica = não apenas as histórias mudam, = não apenas as histórias mudam,

mas as próprias pessoas que as narram.mas as próprias pessoas que as narram.

O O espaço dialógico espaço dialógico = conversações = conversações externasexternas entre os entre os participantes = participantes = internasinternas dentro de cada participante dentro de cada participante

a possibilidade da expressão do ainda não-dito.a possibilidade da expressão do ainda não-dito.

Dizer e Dizer e expandir o não-dito expandir o não-dito e o ainda por ser dito = e o ainda por ser dito = diálogo = novos significados.diálogo = novos significados.

18Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Mudança Mudança contar histórias sobre sua vida contar histórias sobre sua vida.. Terapeuta Terapeuta bom editor bom editor = contar e recontar histórias.= contar e recontar histórias.

Criação de contextos exploratórios para as histórias de Criação de contextos exploratórios para as histórias de vida dos clientes vida dos clientes revelando revelando recursosrecursos, , competênciascompetências e e habilidadeshabilidades veladas pelos recortes feitos na experiência, veladas pelos recortes feitos na experiência, por meio de narrativas dominantes, edificadas em torno por meio de narrativas dominantes, edificadas em torno de problemas (opressoras do de problemas (opressoras do selfself))

19Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Metáfora narrativa Metáfora narrativa as pessoas vivem e as pessoas vivem e estruturam suas vidas por meio de históriasestruturam suas vidas por meio de histórias

Histórias narradas Histórias narradas efeitos podem tanto efeitos podem tanto ampliar, como restringir as suas possibilidades ampliar, como restringir as suas possibilidades existenciais.existenciais.

20Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Diagnóstico Diagnóstico reconhecer uma doença.reconhecer uma doença. Acreditar é ver Acreditar é ver = encontrar o que procuramos.= encontrar o que procuramos. Acreditar é ouvir Acreditar é ouvir = nosso clientes vão tender a = nosso clientes vão tender a

apresentar os problemas cuja existência acreditamos.apresentar os problemas cuja existência acreditamos. O que obtemos com nossas definições dos problemas O que obtemos com nossas definições dos problemas

= são apenas as nossas próprias descrições e explicações = são apenas as nossas próprias descrições e explicações dos problemas.dos problemas.

Terapeutas + clientes Terapeutas + clientes co-constroem narrativasco-constroem narrativas = = preferências temáticas do terapeuta (etnia, minoria, preferências temáticas do terapeuta (etnia, minoria, ciclo vital, cultura, perdas e lutos...) ciclo vital, cultura, perdas e lutos...)

21Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Clientes Clientes Terapia Terapia são pessoas envolvidas em são pessoas envolvidas em histórias de sofrimentoshistórias de sofrimentos, mais ou menos dolorosos e , mais ou menos dolorosos e alarmantes, de alguma forma, alarmantes, de alguma forma, protagonistas de histórias protagonistas de histórias de dificuldades existenciaisde dificuldades existenciais (restrições de autonomia, da (restrições de autonomia, da condição de autoria e de melhores e mais esperançosas condição de autoria e de melhores e mais esperançosas alternativas de vida).alternativas de vida).

Seja qual for o caso Seja qual for o caso TERAPIA TERAPIA quando algo abala quando algo abala sua sensação de bem-estar, o reconhecimento de suas sua sensação de bem-estar, o reconhecimento de suas competências e a validação de si mesmas como pessoascompetências e a validação de si mesmas como pessoas..

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Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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Seus Seus dilemas existenciais dilemas existenciais organizam-se em histórias de organizam-se em histórias de queixas para as quais, ou não vêm saídas, ou não queixas para as quais, ou não vêm saídas, ou não conseguem colocá-las em prática.conseguem colocá-las em prática.

TERAPEUTA = TERAPEUTA = “aquele que sabe”“aquele que sabe”

CLIENTE = CLIENTE = “o que não sabe”“o que não sabe”

MODELO CONSTRUTIVISTA:MODELO CONSTRUTIVISTA:

clientes clientes especialistasespecialistas

“ “terapeutas aprendem e clientes ensinam”terapeutas aprendem e clientes ensinam”

23Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

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A mudança, coerentemente com o conceito de A mudança, coerentemente com o conceito de problema, envolve problema, envolve o desenvolvimento de narrativas o desenvolvimento de narrativas em primeira pessoa (“Eu...”).em primeira pessoa (“Eu...”).

24Grandesso, M. A. Grandesso, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do Psicólogo,2000.SP: Casa do Psicólogo,2000.

Terapia bem-sucedida Terapia bem-sucedida favorece a libertação em favorece a libertação em relação às histórias saturadas de problemas relação às histórias saturadas de problemas

Sentido de esperança Sentido de esperança à medida que as histórias à medida que as histórias mais libertadoras, vindas do acesso e mais libertadoras, vindas do acesso e expansão do expansão do ainda não-dito, ainda não-dito, podem construir futuros mais podem construir futuros mais promissores.promissores.

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25Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de Terapia Breve. Campinas:Editorial Psy. 1998

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Em torno deste conceito, organiza-se uma malha Em torno deste conceito, organiza-se uma malha de quatro pressupostos:de quatro pressupostos:1.1. 1.1. Existência como conhecimento;Existência como conhecimento;1.2. 1.2. Conhecimento como hermenêutica;Conhecimento como hermenêutica;1.3. 1.3. Hermenêutica como discurso narrativo;Hermenêutica como discurso narrativo;1.4. 1.4. Discurso narrativo como cultura.Discurso narrativo como cultura.

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Psicólogos Psicólogos conhecimento = processo de conhecimento = processo de construção ativa = indissociável da existência construção ativa = indissociável da existência ((conhecimento = experiênciaconhecimento = experiência).).

Objeto da psicologia Objeto da psicologia essencialista e intrapsíquica essencialista e intrapsíquica contexto da experiência do indivíduo (não no contexto da experiência do indivíduo (não no sentido das representações do mundo “lá fora” mas sentido das representações do mundo “lá fora” mas como um processo contínuo de construção do mundo como um processo contínuo de construção do mundo através da própria vida)através da própria vida)

Todos os seres conhecem, reconhecem, transformam Todos os seres conhecem, reconhecem, transformam e transformam-se no decurso de sua existência.e transformam-se no decurso de sua existência.

Visão Visão visão existencialvisão existencial..

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Todo conhecimento (e por implicação, toda existência) Todo conhecimento (e por implicação, toda existência) tem uma natureza inerentemente hermenêutica.tem uma natureza inerentemente hermenêutica.Hermenêutica Hermenêutica interpretação textos sagrados (leis). interpretação textos sagrados (leis).

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Assim, compreender o comportamento humano é Assim, compreender o comportamento humano é compreender os sistemas interpretativos utilizados compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significado pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significado às suas experiências.às suas experiências.

Subjetividade hermenêutica Subjetividade hermenêutica necessidade necessidade psicológica de dar ordem, sentido e coerência.psicológica de dar ordem, sentido e coerência.Vivemos hoje, não no Vivemos hoje, não no UNIVERSOUNIVERSO mas num mas num MULTIVERSOMULTIVERSO = = MULTIRREALIDADEMULTIRREALIDADE

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O conhecimento é indissociável da existência.O conhecimento é indissociável da existência.ExistênciaExistênciaconhecimentoconhecimento processo hermenêutico processo hermenêutico de construção de significados (LINGUAGEM).de construção de significados (LINGUAGEM).

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A A multiplicidade de significados multiplicidade de significados só é possível graças só é possível graças ao poder criativo e múltiplo da ao poder criativo e múltiplo da linguagem.linguagem.

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Linguagem Linguagem fenômeno psicológico de 1ª ordem = fenômeno psicológico de 1ª ordem = elemento fundacional da experiência.elemento fundacional da experiência.NarrativaNarrativa = não escolhemos = algo que somos. = não escolhemos = algo que somos.

Tal como a vida, a narrativa é inerentemente aberta Tal como a vida, a narrativa é inerentemente aberta e e multipotencialmultipotencial, abrindo-nos para uma , abrindo-nos para uma multirrealidademultirrealidade e e multirracionalidademultirracionalidade..

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Discurso Narrativo Discurso Narrativo narrativa não é um ato mental narrativa não é um ato mental individual = produção discursiva de natureza individual = produção discursiva de natureza interpessoal.interpessoal.

Toda narrativa = todo conhecimento Toda narrativa = todo conhecimento localizada = localizada = contexto.contexto.

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SignificadosSignificados = só fazem sentido quando localizados no = só fazem sentido quando localizados no espaço/tempo = contexto interpessoal que os espaço/tempo = contexto interpessoal que os enquadra.enquadra.NarrativasNarrativas = formas de significação = contexto = formas de significação = contexto dialógico, situando-se no espaço da dialógico, situando-se no espaço da interindividualidade.interindividualidade.Dão sentido à existência, tornando a experiência Dão sentido à existência, tornando a experiência comum = dar sentido é sobretudo tornar comum.comum = dar sentido é sobretudo tornar comum.Sou tanto mais autor quanto menos idêntico.Sou tanto mais autor quanto menos idêntico.

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Os pressupostos põe em questão: Os pressupostos põe em questão: 1) 1) A crença na existência de elementos de uma A crença na existência de elementos de uma realidade interna essencial.realidade interna essencial. 2) 2) A existência de um ser humano completamenteA existência de um ser humano completamente individualizado e autônomo.individualizado e autônomo.

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PSICOTERAPIA COGNITIVA

O indivíduo isolado transformar-se-á num espaço O indivíduo isolado transformar-se-á num espaço relacional de interlinguagem.relacional de interlinguagem.

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Decorrem implicações clínicas em 2 níveis:Decorrem implicações clínicas em 2 níveis:1º) 1º) Uma nova concepção de Uma nova concepção de psicopatologiapsicopatologia, equacionando , equacionando a fenomenologia da perturbação, não como o reflexo de a fenomenologia da perturbação, não como o reflexo de uma disfunção interna, seja ela “mental” ou uma disfunção interna, seja ela “mental” ou “neurobiológica”, mas como um disfuncionamento do “neurobiológica”, mas como um disfuncionamento do próprio discurso narrativo.próprio discurso narrativo.

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PSICOTERAPIA COGNITIVA

2º) 2º) Uma Uma psicoterapiapsicoterapia que deixará de metaforizar o que deixará de metaforizar o terapeuta como doutor da interioridade e da terapeuta como doutor da interioridade e da individualidade, e que procurará criar condições, no individualidade, e que procurará criar condições, no contexto da realidade conversacional que é a terapia, para contexto da realidade conversacional que é a terapia, para um desenvolvimento da um desenvolvimento da coerênciacoerência, , complexidadecomplexidade e e multiplicidade multiplicidade do cliente.do cliente.

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A psicopatologia, como processo de significação, é o A psicopatologia, como processo de significação, é o produto da interação entre sistemas de significação de produto da interação entre sistemas de significação de paciente e especialista.paciente e especialista.

Assim, aquilo que caracteriza a psicopatologia é a sua Assim, aquilo que caracteriza a psicopatologia é a sua existênciaexistência, e não a sua , e não a sua essênciaessência..

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A psicopatologia é uma produção discursiva de A psicopatologia é uma produção discursiva de organização de significados, indissociável de uma organização de significados, indissociável de uma contextualização conversacional e sociocultural.contextualização conversacional e sociocultural.

Por isso, as psicopatologias mudam, quando mudam Por isso, as psicopatologias mudam, quando mudam os pacientes, os tempos, as culturas e os especialistas.os pacientes, os tempos, as culturas e os especialistas.

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A psicoterapia A psicoterapia ouvir as narrativas do cliente como ouvir as narrativas do cliente como uma forma de compreender os seus sistemas de uma forma de compreender os seus sistemas de significação = expandir estas formas de significação.significação = expandir estas formas de significação.

Não há pois psicopatologia sem interlocutor, e outra Não há pois psicopatologia sem interlocutor, e outra eventualmente seria a patologia, se outro fosse o eventualmente seria a patologia, se outro fosse o interlocutor.interlocutor.

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As significações do cliente existem numa realidade As significações do cliente existem numa realidade conversacional com as significações discursivas do próprio conversacional com as significações discursivas do próprio terapeuta.terapeuta.

Mas... Como as significações se organizam na matriz Mas... Como as significações se organizam na matriz narrativa do indivíduo?narrativa do indivíduo?

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Há 3 dimensões centrais da matriz narrativa: Há 3 dimensões centrais da matriz narrativa: (1) (1) coerência, coerência, (2) (2) complexidade e complexidade e (3) (3) multiplicidade.multiplicidade.

“ “Viver narrativamente é ser capaz de explorar múltiplas Viver narrativamente é ser capaz de explorar múltiplas narrativas do passado, presente e futuro narrativas do passado, presente e futuro

((multiplicidade narrativamultiplicidade narrativa), ), enriquecer estas narrativas por uma variedade de processos enriquecer estas narrativas por uma variedade de processos e atitudes que nos dêem conta da multipotencialidade e atitudes que nos dêem conta da multipotencialidade

de cada instante episódico da nossa existência de cada instante episódico da nossa existência ((complexidade narrativacomplexidade narrativa))

e construir um sentido de conexão e construir um sentido de conexão intra e inter-narrativas intra e inter-narrativas

((coerência narrativacoerência narrativa)”)”

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PCNPCN Papel atribuído às narrativas como elemento Papel atribuído às narrativas como elemento central da construção do conhecimento.central da construção do conhecimento.

Objetivo Objetivo levar o cliente a construir, no decurso com levar o cliente a construir, no decurso com sua interação com o terapeuta e com a sua comunidade sua interação com o terapeuta e com a sua comunidade conversacional, uma realidade múltipla de experiências conversacional, uma realidade múltipla de experiências sensoriais, emocionais, cognitivas e de significação.sensoriais, emocionais, cognitivas e de significação.

Nesta perspectiva Nesta perspectiva a perturbação psicológica é a perturbação psicológica é provocada pela incapacidade de dar conta da diversidade provocada pela incapacidade de dar conta da diversidade e potencialidade da experiência através da organização e potencialidade da experiência através da organização de um discurso narrativo que seja simultaneamente de um discurso narrativo que seja simultaneamente diversificado, complexo e coerente.diversificado, complexo e coerente.

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O cliente, em vez de ver a realidade como um processo O cliente, em vez de ver a realidade como um processo de negociação interpessoal de possibilidades múltiplas, de negociação interpessoal de possibilidades múltiplas, disponibilizadas pela variedade da matriz social, assume a disponibilizadas pela variedade da matriz social, assume a responsabilidade de único construtor desta realidade.responsabilidade de único construtor desta realidade.

Processo terapêutico Processo terapêutico 5 fases 5 fases

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(1) recordação: (1) recordação: identificar elementos episódicos da experiência; identificar elementos episódicos da experiência; (2) objetivação: (2) objetivação: explorar a multiplicidade do mundo sensorial;explorar a multiplicidade do mundo sensorial;(3) subjetivação: (3) subjetivação: identificar a variedade de experiências internas, identificar a variedade de experiências internas, emocionais e cognitivas;emocionais e cognitivas;(4) metaforização: (4) metaforização: diferenciação de significações da experiência;diferenciação de significações da experiência;(5) projeção: (5) projeção: elaboração de possibilidades alternativas para elaboração de possibilidades alternativas para narrativas de futuro. narrativas de futuro.

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Revisão episódica de vida = cada ano da vida. Revisão episódica de vida = cada ano da vida. É a capacidade de singularizar episódios significativos da É a capacidade de singularizar episódios significativos da

vida que faz de cada indivíduo um autor da sua própria vida que faz de cada indivíduo um autor da sua própria narrativa.narrativa.

É uma atitude não só voltada ao passado, mas É uma atitude não só voltada ao passado, mas igualmente voltada para o futuro = narrativa prototípica.igualmente voltada para o futuro = narrativa prototípica.

(1) recordação (1) recordação

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No final desta fase espera-se que o cliente esteja mais No final desta fase espera-se que o cliente esteja mais consciente do consciente do sentido de autoria sentido de autoria que tem construído à que tem construído à medida que se vai abrindo à exploração dos medida que se vai abrindo à exploração dos episódios da episódios da sua vida diáriasua vida diária, como condição de diferenciação da sua , como condição de diferenciação da sua própria narrativa e, por conseguinte, do respectivo autor própria narrativa e, por conseguinte, do respectivo autor que a escreve.que a escreve.

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A objetivação = elemento essencial para uma atitude A objetivação = elemento essencial para uma atitude

de construção narrativa.de construção narrativa. A realidade constitui um incomensurável menu de que A realidade constitui um incomensurável menu de que

o cliente em situação de perturbação raramente desfruta.o cliente em situação de perturbação raramente desfruta.

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O cliente é levado a experienciar a O cliente é levado a experienciar a multiplicidade de multiplicidade de

realidades externasrealidades externas, através de toda a dinâmica = , através de toda a dinâmica = capacidades sensoriais.capacidades sensoriais.

(2) objetivação (2) objetivação

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O objetivo é o de, a cada momento, fazer com que o O objetivo é o de, a cada momento, fazer com que o cliente se aperceba da complexidade e versatilidade das cliente se aperceba da complexidade e versatilidade das experiências na sua experiências na sua riqueza sensorial riqueza sensorial – – aquilo que vê, que aquilo que vê, que ouve, os odores e sabores que ele é capaz de identificar, ouve, os odores e sabores que ele é capaz de identificar, bem como a multitude de experiências táteis e cenestésicas bem como a multitude de experiências táteis e cenestésicas que a experiência lhe proporciona.que a experiência lhe proporciona.

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Na subjetivação o trabalho de construção múltipla Na subjetivação o trabalho de construção múltipla

prossegue prossegue variedade de exp. emocionais e cognitivas. variedade de exp. emocionais e cognitivas. Exercícios de ativação emocional Exercícios de ativação emocional o cliente vai o cliente vai

alargando o leque da sua experiência emocional = alargando o leque da sua experiência emocional = dar dar conta de emoções que antes não reconheciaconta de emoções que antes não reconhecia..

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(3) subjetivação (3) subjetivação

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Só através de uma Só através de uma flexibilidade da sua experiência flexibilidade da sua experiência emocional e cognitiva, emocional e cognitiva, poderá o cliente estar capacitado poderá o cliente estar capacitado para assegurar a viabilidade dos seus mecanismos de para assegurar a viabilidade dos seus mecanismos de adaptação.adaptação.

Viver uma Viver uma realidade múltipla realidade múltipla é ser capaz de é ser capaz de construir construir múltiplas versões dessa realidademúltiplas versões dessa realidade..

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As metáforas = condensadores de significado = damos As metáforas = condensadores de significado = damos

sentido a cada uma das recordações que vamos sentido a cada uma das recordações que vamos experimentando sensorial, emocional e cognitivamente.experimentando sensorial, emocional e cognitivamente.

Na metaforização = produzir Na metaforização = produzir múltiplos significados para múltiplos significados para cada memória episódicacada memória episódica, que vive ou intencionaliza = , que vive ou intencionaliza = enriquecer intencionalmente a experiência.enriquecer intencionalmente a experiência.

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(4) metaforização (4) metaforização

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METÁFORA RAIZMETÁFORA RAIZ forma prototípica idiossincrática forma prototípica idiossincrática de organização dos significados de sua vida, realizada de organização dos significados de sua vida, realizada clinicamente através do processo de metaforização da clinicamente através do processo de metaforização da própria narrativa-protótipo.própria narrativa-protótipo.

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Projeção Projeção indivíduo em constante movimento indivíduo em constante movimento

espaço /tempo = espaço /tempo = intencionalizarintencionalizar as as experiências do futuroexperiências do futuro.. Cliente = crie suas próprias memórias do futuro = novas Cliente = crie suas próprias memórias do futuro = novas

metáforas de si próprio = atualizar novos significados, metáforas de si próprio = atualizar novos significados, novas emoções, novas cognições e novas sensações.novas emoções, novas cognições e novas sensações.

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(5) projeção (5) projeção

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METÁFORA ALTERNATIVA METÁFORA ALTERNATIVA (no lugar da (no lugar da METÁFORA RAIZMETÁFORA RAIZ) ) nova revisão da HV, de modo a encontrar e fundamentar, no seu nova revisão da HV, de modo a encontrar e fundamentar, no seu passado histórico, episódios caracterizadores desta nova forma de passado histórico, episódios caracterizadores desta nova forma de significação.significação.

O cliente aprende também a reconhecer que o passado é um O cliente aprende também a reconhecer que o passado é um espaço aberto a múltiplas significações e que, dependendo do ponto espaço aberto a múltiplas significações e que, dependendo do ponto metafórico de partida, nós podemos construir não só metafórico de partida, nós podemos construir não só diversos diversos futurosfuturos, mas também , mas também múltiplos passadosmúltiplos passados..

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GRANDESSO, M. AGRANDESSO, M. A. . Sobre a reconstrução do significado: uma análise Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do São Paulo: Casa do Psicólogo,2000Psicólogo,2000..

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FERREIRA, R. F. FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.C.Psicologia, R.Preto, v.4, n.1, p.27-39, 2001.

GONÇALVES, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de Terapia Breve. Campinas:Editorial Psy. 1998

http://www.slideshare.net/linasue/a-aula-mgrandesso-prof-lina-2010http://www.slideshare.net/linasue/a-aula-ogonalves-i-prof-lina-2010http://www.slideshare.net/linasue/a-aula-ogonalves-ii-prof-lina-2010http://www.slideshare.net/linasue/aula-oscar-gonalves-iii-prof-lina-2010http://www.slideshare.net/linasue/a-aula-rfranklin-prof-lina-2010

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E-mail : E-mail : [email protected]: Contato: (11) 866.01234(11) 866.01234

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