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    Com mais doadores, mais vidas sero salvas

    NDICE

    Alguns mitos e verdades

    O que pode ser doado

    Blogueiros engajados

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.

    Aumente a linha da vidaSe voc ou uma pessoa prximapodem um dia precisar de um trans-plante, por que no doar? A doao um ato de solidariedade e cidadania.Um nico doador tem a possibilidadede salvar ou melhorar a qualidade devida de muitas pessoas.No Brasil, o nmero dedoaes cresceu 40%nos ltimos dois anos,mas o nmero de doa-dores ainda significa-tivamente menor doque a necessidade de rgos paratransplante. Como consequncia, onmero de pacientes em lista de espe-ra e o tempo de espera por uma doa-o aumentam.Por que faltam doadores? O tema, deli-cado por implicar morte ou doena, evitado pela maioria das pessoas efamlias. Faltam esclarecimentos eorientaes sobre o assunto muitosbrasileiros no compreendem a impor-tncia da doao e os procedimentos a

    ela relacionados e muitos mitos per-correm os meios de comunicao, cau-sando mais dvidas. A doao de rgos pode salvarmuitas vidas e melhorar a qualida-de de tantas outras, no apenas dosdoentes, mas dos familiares e ami-

    gos, que enfrentam aangs tia provocadapor uma doena.Esta publicao preten-de levar informaescorretas s pessoas,

    para que elas possam pensar e deba-ter a respeito do tema. Com isso, serpossvel aumentar a corrente de soli-dariedade em prol da doao e darcontinuidade linha da vida de mui-tas pessoas. Venha fazer parte dessaaliana, incentive amigos e familiaresa se informarem tambm.Dr. Valter Duro Garcia,presidente da Associao Brasileira de Transplantede rgos (ABTO)

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.

    Pgs.

    Pgs.

    Pgs.

    Pg.

  • A participao da populao em prol da doao de rgos pode melhorar a realidade dos transplantes no Pas. Informe-se sobre a doao e passe as mensagens adiante. Voc ajudar a prolongar a linha da vida de muitas pessoas.

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    Pensar no filho ainda di. Dona Dirce Thomaz Fernandes, 73anos, se emociona ao lembrar deClvis, falecido h cinco anos.Ele estava viajando, caiu numalanchonete no Paran e bateu acabea. Teve traumatismocraniano, ficou em coma edepois teve morte enceflica,conta, com a voz triste. Ele eramaravilhoso para mim, muitotrabalhador, me ajudou muito.Clvis morreu aos 38 anos, erasolteiro, trabalhava como auditorem uma grande empresa. Elemorou muito tempo fora do Pas,mas estava sempre em casa,pelo menos duas vezes porms, lembra a me. Quando foidiagnosticada a morte enceflica,dona Dirce diz que perguntaramse a famlia permitia a doaodos rgos. Ela no sabia se era ou no avontade do filho. Procurou osamigos dele, que revelaram a ela que Clvis tinha afirmado serdoador. Ela seguiu a vontadedele. No fiquei arrependida,conta. Clvis pde doar no apenas as crneas, opulmo e o corao,mas sim diversosrgos e tecidos.Fico feliz emsaber que estegesto salvouvidas. Nesse ponto,meu coraoest alegre.Ainda tem umpedacinho deleandando por a.

    EXPEDIENTE Suplemento produzido pela 2M10 Comunicao e Empreendimentos de Mdia

    [email protected] Jornalista-responsvel: Lenita Outsuka - MTb n0 14.329 Projeto grfico: Agncia Click/ More - Arquitetura de Informao www.more-ai.com.br Fotos: Arquivo Novartis

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    O que transplante?

    Transplante um procedimento cirrgico no qual os mdicos substituemum rgo ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro rgo ou tecido saudvel de um doador, vivo ou falecido. Hoje mais de 80% dos transplantesso realizados com sucesso.

    Transformando a dor em amor

    Constatada a morte cerebral, ohospital aciona a coordenaohospitalar de transplante, queentrevista a famlia. Autorizada adoao, a coordenao hospitalaravisa a Central de Notificao,Captao e Distribuio de rgos(CNCDO) do Estado, que selecionaos receptores e avisa as equipes detransplante para irem ao hospitalremover os rgos do doador e

    lev-los ao localonde ser

    realizado otransplante.

    O Brasil o segundo pas do mundo em nmero absoluto de transplantes e oque mais investe recursofinanceiro pblico em

    transplantes no mundo. Mas ainda preciso evoluir. Temos um nmero muito grandede pacientes em lista de espera e,infelizmente, um nmero pequeno de doadores.

    Dr. Ben-Hur Ferraz Neto,vice-presidente da ABTO e chefe doPrograma de Transplantes do HospitalIsraelita Albert Einstein

    O caminho dos rgos

    Morte cerebralMorte cerebral

    constatadaconstatada

    CoordenaoCoordenaodo hospitaldo hospitalentrevistaentrevista

    famliafamlia

    Famlia Famlia autorizaautorizadoaodoao

    Notificao Notificao

    da da CNCDOCNCDO

    CNCDOCNCDO

    selecionaselecionareceptoresreceptores

    rgos so rgos so

    encaminhadosencaminhadospara para

    transplantetransplante

    Equipes de Equipes de transplante transplante

    retiramretiramrgosrgos

    Quem pode serum doador?Qualquer pessoa pode ser doadora a exceo so os portadores de doenasinfecciosas ativas ou decncer. Fumantes, emgeral, no so doadores de pulmes,mas podem doar outros rgos e tecidos.

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.

    Com mais doadores, mais vidas sero salvas

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    90%Dos transplantes

    realizados no Pas

    so feitos por meio do SUS

    25Estados participam

    do sistema de captao de rgos,

    por meio das Centrais Estaduaisde Transplantes

    Queremos que o nmero de doadores triplique at2017. A inteno chegar a 20 doadores por milho depessoas. E j estamos

    progredindo: de 2006 para c, onmero de doadores cresceu 40%. Hoje, a taxa de 8,6 doadores por milho de pessoas.

    Dr. Valter Duro Garcia,presidente da Associao Brasileira deTransplante de rgos (ABTO)

    548Estabelecimentos

    de sade fazem parte

    da rede

    1.376 Equipes mdicas em todo o Brasil so autorizadas

    a realizar transplantes

    no Pas

    Uma pessoa em comapode ser doadora?

    No. No coma, no ocorreu a mortecerebral, ou seja, as clulas do cre-bro continuam vivas e o quadropode ser revertido.

    Por que ser doador?

    A maioria das pessoas temmedo de falar no assunto, uma vez que o mesmo envolve a idia de morte. Da mesma forma, mais fcilimaginar que nunca ser preciso transplantar um rgo. A possibilidade, entretanto, existe. Se algum necessitar deum rgo, precisar tambm deum doador. Um nico doadortem a possibilidade de salvar ou melhorar a qualidade de vida demais de vinte pessoas.

    O que pode ser transplantado?

    rgos, tecidos e clulas (medula ssea) podem ser transplantados. O doador vivo pode doar um rim, parte do fgado,parte do pulmo, parte do pncreas e a medula ssea esta ltima pode ser feita at por crianas e mulheres grvidas, por no acarretar nenhum risco ao doador. No caso do doador falecido, depois de declarado o bito, com o consentimento da famlia, podem ser doados corao, pulmes, rins, fgado, pncreas, crneas, pele, ossos e vlvulas cardacas.

    Por que o Dia Nacional da Doaode rgos e Tecidosocorre no dia 27 desetembro?

    Nessa data celebrado o dia de So Cosme e So Damio, os santosgmeos mdicos

    considerados padroeiros damedicina e dos transplantes.Obra exposta no Museu doPrado, em Madri, do pintorespanhol Fernando del Rincn (1491-1525), mostraos santos transplantandouma perna em um paciente,com o corpo do doador aolado da cama.

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    Veja a rede do SUS

    O que morte cerebral?

    Chamada pelos mdicos de morteenceflica, a parada irreversvelda funo do encfalo (crebro etronco cerebral), ou seja, quandoo crebro para de funcionar. Elaocorre geralmente por causa de umferimento grave ou um derrame,quando o crebro deixa de receberfluxo sanguneo e no executa maissuas funes vitais. A constataoda morte enceflica feita por pelomenos dois mdicos, um delesneurologista, a partir de examesclnicos realizados em intervalo dediversas horas. A morte cerebraldeve ser confirmada por um examede imagem, que pode ser arterio-grafia cerebral, eletroencefalogra-ma ou doppler transcraniano. Amorte cerebral permite a doao dergos e tecidos; a morte cardaca,s a doao de tecidos.

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.

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    A espera continuaO tcnico em eletrnica e informtica Etevalter Pereira dosSantos, 35 anos, recebeu, recente-mente, um rim da irm, Marlene.Se existe a possibilidade de salvaruma vida, por que no?, diz ela.Mas a luta de Etevalter ainda continua. Ele est na fila de esperapor um pncreas. Diabtico h 20anos, Etevalter conta que sofre muito com a doena, em especialpor ter rejeio insulina. Os

    mdicos demoraram para descobrir, achavam que eu no faziaa dieta direito ou que deixava detomar os medicamentos, conta. Ele diz que j perdeu 30% daviso e tem crises de neuropatia. Para controlar o diabetes, precisa de um tipo de insulina especial. Agora, com o novorim, Etevalter j se sentiu melhor nodia seguinte ao transplante. Foi maravilhoso, conta, sorrindo e commuita esperana. Tenho f de quetudo vai dar certo.

    H legislao especfica sobre doaes no Brasil?

    No Pas, a doao sistematizada por meio de legislao (Lei n 9.434/1997e Lei n 10.211/2001) que trata sobre a remoo de rgos, tecidos e partesdo corpo humano para fins de transplante. A doao de rgos no Brasil orga-nizada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), em mbito nacional, epelas Centrais Estaduais de Transplantes, que controlam a lista de espera pelosrgos e toda a logstica do processo de doao e transplante em cada estado.A poltica de transplante est em sintonia com as Leis n 8.080/1990 e n8.142/1990, que regem o funcionamento do Sistema nico de Sade (SUS).

    Cada um dos transplantesbem-sucedidos so histriasde felicidade, renascimentopara a vida e esperana namedicina e na cincia. Os

    doadores annimos so sempre um exemplo de coragem e desprendimento. As famlias quedoaram rgos de familiares representam gestos de altrusmo esolidariedade do ser humano.

    Dr. Mrio Abbud Filho,do Instituto de Urologia e Nefrologia e diretor do Centro de Transplantes de Orgos do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto (Famerp)

    Quem beneficiado?

    Milhares de pessoas, incluindocrianas, que contraem doenascujo nico tratamento um trans-plante. Geralmente, essas pessoasvo para listas de espera forma-das nas Centrais de Transplantesdas Secretarias Estaduais de Sa-de e aguardam a chamada. Mas asua vez pode demorar: a lista deespera por um pulmo, por exem-plo, renovada anualmente, umavez que a maioria morre sem con-seguir um doador. importante,ainda, saber que a indicao paraum transplante feita com muitocritrio pelos mdicos, de acordocom a legislao vigente. A fam-lia do doador falecido no escolheo receptor, que designado a par-tir das listas de espera das Cen-trais de Transplantes.

    necessrio assinar algum documento para ser um doador?

    Para se tornar doador, no preciso deixarnada por escrito, nenhum documento. Basta avi-sar a famlia ela quem vai autorizar a remo-o dos rgos no caso de doao aps a mor-te cerebral. Por isso, importante que haja umconsentimento da pessoa ainda em vida, dei-xando clara a sua vontade famlia. Esse con-sentimento no precisa ser por escrito, podendoser apenas por meio de uma comunicao ver-bal. Para doaes em vida, o doador deve termais de 18 anos de idade e o receptor deve sercnjuge ou parente consanguneo (pais, filhos,irmos, avs, tios ou primos). Se no houverparentesco, ser preciso autorizao judicial.

    Voc tambm pode precisar um dia

    No Brasil, anualmente, 60 pessoas a cada 1 milho apresentam morte cerebral, representando aproximadamente 12 mil pessoas.Destas, em torno de 6 mil (50%)poderiam ser doadoras de rgos. Tm a necessidade de receber umtransplante de rgo a cada ano:

    Portanto, a chance de que algumseja doador de rgos quatro vezes menor do que a chance de que venha a precisar de um transplante.

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    pessoas para rim

    pessoas para fgado

    pessoas para corao

    pessoas para pulmo

    pessoas para pncreas

    pessoas para intestino

    14 mil6 mil1.6001.600

    400200

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.

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    Um idoso ou uma pessoa que j tenha tido alguma doena no podem ser doador

    Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independen-temente da idade ou do histrico mdico. O que determinar a possibilidadede transplante e quais os rgos e tecidos que podem ser transplantados acondio de sade no momento da morte e uma reviso do histrico mdicodo paciente. Os recentes avanos da medicina na rea de transplantes garan-tem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores.

    Alguns mitos e verdades Legislao, financiamento,organizao de hospitais eeducao da populaodevem se desenvolver deforma harmoniosa. Legislao

    e financiamento devem ser aprimorados, enquanto a ateno,agora, deve se voltar principalmente para a organizaoe a educao. Precisamos atuar emvrios estados e aumentar o nmero de transplantes em todo oBrasil. O nmero de cirurgias estabaixo das necessidades da populao porque falta doao de rgos.

    Dr. Valter Duro Garcia,presidente da Associao Brasileira deTransplante de rgos (ABTO)

    Foi uma vida que se foi, mas que me deu uma nova vida.H quatro anos, Luciane Viegas deMoraes nasceu de novo. assimque ela se sente hoje, com 39 anos,depois de um transplante de pncreas e rim. Luciane era diabti-ca desde os 12 anos de idade e teveo primeiro filho aos 23. Era umagestao de risco, mas no trouxeconsequncias, pois eu controlava o

    diabetes. Entretanto, ela enfrentouproblemas srios na segunda gravidez. O rim parou de funcionar eela teve trs edemas pulmonares.Foi muito difcil, passei grande parte da gestao no hospital eminha filha nasceu no sexto ms,conta. Luciane iniciou a hemodilisee entrou na lista de espera pelostransplantes de rim e de pncreas,por ser diabtica dependente deinsulina. Foram dois anos e doismeses aguardando, um perodo

    terrvel, revela. Mas veio o chamado: Um mdico me ligou,perguntou se eu estava bem e disseque havia uma chance de eu sertransplantada. Depois de algunsexames, muita angstia, nove horasde cirurgia e quinze dias de internao, tudo deu certo. Tive omelhor tratamento possvel, semgastar nada, diz.Hoje, ela toma remdios diariamente para evitar a rejeiodos rgos e leva uma vida normal.

    Religiosa ela pastora da IgrejaBola de Neve , Luciane diz que afilha a prova de seu milagre.Hoje, a Rebecca uma menina linda, inteligente e saudvel, contaa me. Valeu muito a pena. Eu oromuito pela famlia da pessoa queme doou os rgos, revela. Gostaria de encorajar as pessoasque esto na fila de espera. Temosde acreditar que tudo vai dar certo eter a oportunidade de comear avida do zero.

    Religio impedimento para doao

    Todas as religies pregam osprincpios de solidariedade eamor ao prximo, que so asprincipais caractersticas do atode doar. A grande maioria dasreligies francamente favor-vel doao, en quanto outrasdeixam a cri trio de seus segui-dores a deciso de serem ouno doadores. At mesmo as re -li gies que so contrrias transfuso de sangue no in ter -ferem na deciso de doao.

    A doao deixa o corpo deformado

    Os rgos e tecidos doados soremovidos por meio de uma operao cirrgica. Portanto, adoao no desfigura o corpo, quepode ser velado normalmente,podendo ser inclusive cremado.

    A famlia precisa arcar com os custos relacionados doao

    O doador ou sua famlia no tm custos nem ganho financeiro, sendo ape-nas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidrio e humano.O receptor tambm no precisa pagar pela cirurgia de transplante. A con-dio social e/ou financeira do receptor no importa quando se est numalista de espera. O que realmente conta a gravidade da doena, tempode espera, tipo de sangue e outras informaes mdicas importantes.Quem arca com os custos dos procedimentos relacionados aos transplan-tes o Sistema nico de Sade (SUS), que tambm se responsabiliza pelofornecimento, durante toda a vida, das medicaes necessrias para evi-tar a rejeio do rgo transplantado.

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    PULMES

    O que pode ser doadoNo Brasil, so considerados de rotina transplantes de rgos (rins, corao, fgado, pulmo e pncreas), tecidos (crneas, vlvulascardacas, ossos e pele) e clulas (medula ssea) e sangue.

    Se os mdicos souberem que um paciente quer ser doador, no vo se esforar para salv-lo

    A equipe mdica que atende uma pessoa na emergncia no a mesmaque promove a retirada de rgos para transplante. A primeira tem comoprioridade salvar vidas, no tendo conhecimento sobre a deciso da pessoade ser doadora ou no; a segunda s atua depois de anunciada a morte ecom o consentimento da famlia. No verdade que os mdicos do setor deemergncia podem no se esforar para salvar a vida de uma pessoa, da qualse conhece o desejo de ser doadora.

    Uma pessoa que se manifesta doadora podeser sequestrada e ter seusrgos roubados

    O transplante de rgos exige cuida-dos mdicos especiais, exameslaboratoriais e ao rpida. Um cora-o ou um pulmo, por exemplo,devem ser transplantados, no mxi-mo, entre quatro a seis horas. Almdisso, a cirurgia de remoo dergos deve ser realizada em centrocirrgico, com toda assepsia neces-sria. Isso inviabiliza o mito de pes-soas desaparecidas queressurgem sem umrim. A histria desequestros de pes-soas para vendade rgos, divul-gada pela inter-net, fantasiosae no se baseiana realidade dostransplantes dergos no Pas.

    A lei brasileira uma dasmais rigorosas do mundosobre a questo da morteenceflica e da doao dergos aps a morte.

    Dr. Ben-Hur Ferraz Neto,vice-presidente da ABTO e chefe doPrograma de Transplante do HospitalIsraelita Albert Einstein

    SANGUE

    CRNEAS

    CORAO OU VLVULAS

    FGADO

    PELE

    OSSOS

    PNCREAS

    RINS

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    Pulmo

    Transplante indicado para pessoas comdoena pulmonar grave, tais comoenfisema, fibrose cstica e fibrose pul-monar. Em situaes especiais, paracrianas, uma parte do pulmo podevir de um doador vivo (so necessriosdois doadores para um receptor). Ondice de sobrevida dos transplantados de cerca de 78% no primeiro ano.

    Corao

    O transplante, recomendado a pessoas com insuficincia cardacaque no respondema nenhum tratamentoou cirurgia, pode ser realizado somente por doadorfalecido, com morte enceflica constatada. O ndicede sobrevida dostransplantados de cerca de 85% no primeiro ano.

    Pele

    O transplante de pele indicadopara pessoas que sofreram grandeperda de pele, seja por queimadu-ra ou por alguma doena dermato-lgica grave. Ela pode ser obtida dedoadores falecidos ou, ainda, depessoas que tiveram a pele remo-vida em cirurgias estticas.

    Sangue

    Este o tipo de doao que todomundo conhece e que pode ser fei-ta em qualquer hemocentro, onde osangue ser utilizado quando fornecessria uma transfuso. O doa-dor deve apresentar boa sade, terentre 18 e 65 anos, pesar mais de50 quilos, entre outros critrios.Antes da doao, um questionrio aplicado para verificar se as pessoaspodem ou no ser doadoras.

    Crneas

    Transplantes de crnea, par-te do olho que controla apassagem de luz para a reti-na, s podem ser realizadosa partir de doadores faleci-dos, com idade entre 2 e 80anos. Entre as doenas gra-ves que podem afetar a cr-nea esto o ceratocone e adistrofia do endotlio.

    A cada transplante, a alegria coletiva. A chance de um transplantede rim dar certo superior a 90%.

    Dr. Jos Medina Pestana,do Hospital do Rim e professor titularda Escola Paulista de Medicina

    Pncreas

    O pncreas uma glndula que atua nadigesto dos alimentos e produo deinsulina, elemento qumico responsvelpelo equilbrio dos nveis de acar no san-gue. Esse transplante realizado geral-mente junto com o transplante de rim empessoas diabticas com srios problemasrenais, a partir de doador falecido. O ndicede sobrevida dos transplantados de cer-ca de 86% no primeiro ano.

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    Importncia da participao da populaoNecessidade estimada e transplantes - 2008 X tranplantes realizados

    Novas possibilidades

    Mdicos brasileiros investi-gam ainda a possibilidadede transplante de outrosrgos, tecidos e clulas,como intestino, membrossuperiores, face, traquia,laringe, ilhotas de pncreas,clulas neuronais e hepat-citos. Crneas Rim Fgado Corao Pulmo Pncreas

    Necessidade ppm*

    Crneas 90Rim 70Figado 25

    Pulmo 8Corao 6Pncreas 3

    Necessidade Transplantes realizados

    66%

    16.56018.000

    16.000

    14.000

    12.000

    10.000

    8.000

    6.000

    4.000

    2.0000

    13.300

    4.600

    1.104 1.472570

    12.160

    3.780

    1.174200 53 166

    28%

    26%18% 4% 29%

    Medula ssea

    Encontrada no interior dos ossos, amedula ssea responsvel por pro-duzir os componentes do sangue e uti-lizada para a cura de doenas que afe-tam as clulas do sangue, como a leu-cemia. a nica forma de doao per-mitida a crianas e gestantes e tam-bm a nica que mantm um bancode doadores.

    Vlvulas cardacas

    Em muitos casos no possvel uti-lizar para transplante o corao deuma pessoa que teve morte ence-flica, mas, nessa situao, as vl-vulas cardacas podem ser doadas eenviadas para um banco de vlvu-las, onde so mantidas por anos eutilizadas em pessoas com doenasda vlvula do corao.

    Fgado

    Maior rgo do corpohumano, o fgado tem capacidade de regenerao. Dessa maneira, uma pessoapode doar parte de seufgado em vida. Esse transplante realizado principalmente em casos de cirrose heptica. O ndice desobrevida dos transplantados de cerca de 85%no primeiro ano.

    Rim

    Como cada pessoapossui dois rins, estergo pode ser doadotambm em vida,geralmente para umparente prximo. Adoao beneficia pes-soas com insuficinciarenal crnica pornefrite, hipertenso,diabetes e outrasdoenas relacionadasaos rins. O ndice desobrevida dos trans-plantados de cercade 95% no primeiroano.

    *Pessoa por milho

    A nica certeza que temos na vida a de que umdia vamos morrer. A pergunta : por que noajudar as outras pessoas

    tambm neste momento? Com esse gesto, muitas pessoasvo ganhar vida. Se temos dificuldade em falar sobre a morte,vamos falar sobre a vida das pessoas que podem ser salvas.

    Dr. Ben-Hur Ferraz Neto,vice-presidente da ABTO e chefe doPrograma de Transplante do HospitalIsraelita Albert Einstein

    Ossos

    Vrios ossos ou fragmentos de ossos do corpohumano podem ser transplantados por meiode cirurgias simples. Esse procedimento podeser realizado em casos bastante variados,como, por exemplo, implantes dentrios,enxertos para leses da coluna e prteses. Os ossos doados podem ser mantidos em umbanco por longo tempo.

    Por uma vida melhor

    A doao de rgos tem como propsitomelhorar ou at salvar a vida de uma pessoa.Embora os avanos da medicina tenhamreduzido bastante os riscos desse tipo decirurgia, a pessoa que recebe o transplanteainda corre o risco de ter rejeitado o rgotransplantado. Da a necessidade do uso doschamados imunossupressores, medica-mentos que reduzem o risco de rejeio.

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.

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    Amlgama www.amalgama.blog.brAvenida de Escndalo colunas.multishow.globo.com/renatasimoesBlog do Erich Beting negociosdoesporte.blog.uol.com.brColherada Cultural www.colheradacultural.com.brChiqueiro Chique www.interney.net/blogs/chiqueirochiqueDica do Dia www.interney.net/blogs/dicadodiaHitech Live Blogs www.hitechlive.com.brHomem na Cozinha www.homemnacozinha.comIan Black www.ianblack.com.brLalai Load lalai.netMaestro Billy www.maestrobilly.com/podcastMellancia www.mellancia.com.brMinas de Ouro minasdeouro.glamurama.uol.com.br/category/perolasNo 2, no 1 nao2nao1.com.brOmedi oblog.virgula.uol.com.br/omediPensar Enlouquece www.interney.net/blogs/inagaki Papo Econmico www.papoeconomico.comBlog da Soninha mtv.uol.com.br/blogdasoninha/blog Blog do CPM22 cpm22.uol.com.brBlog do Rafa Losso www.mtv.com.br.com.br/blogdorafaQuerido Leitor queridoleitor.zip.netCasa da Gabi casadagabi.comBlog da Luisa mtv.uol.com.br/blogdaluisa/blog

    Manifestar em vida o desejo de ser um doador de rgos essencial. No entanto, nin-gum nunca sabe para quem seus rgos sero doados, no caso de ocorrer a doao. com esse esprito de apoio a causa que blogueiros lderes de opinio do Brasil irodoar posts entre seus blogs, sem saber em qual pgina seu post ser publicado. Todosos internautas podero acompanhar essa ao que envolve blogs com diferentes con-tedos: msica (blog do Maestro Billy), reflexes (Pensar Enlouquece, de AlexandreInagaki), entre outros.

    Para o Maestro Billy, a campanha vai divulgar para a populao uma atitude que a fam-lia dele j adota, e agora com a possibilidade de convencer mais pessoas.

    Todos os blogs que participam da campanha tero um selo da campanha com a fraseEu estendo a mo para essa causa. A corrente de posts ser desencadeada em 27 desetembro, Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos.

    Veja a lista dos blogs j engajados na causa:

    Blogueiros engajados

    Toda informao contida nesta publicao de inteira responsabilidade dos seus autores e noreflete necessariamente o posicionamento da Novartis, que apenas apoia sua divulgao.

    Dia 27 de setembro o Dia Nacional da Doao de rgos e Tecidos. Estenda a mo para essa causa.