09.Dor Lombar

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Introdução

A dor lombar constitui uma causa freqüente de morbidade e incapacidade, sendo sobrepujada apenas pela cefaléias na escala dos distúrbios que afetam o homem. No entanto, quando do atendimento primário por médicos não-especialistas, para apenas 15% das lombalgias e lombociatalgias se encontra uma causa especifica.

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Dificuldades no estudo e na abordagem

Inexistência de uma fidedigna correlação entre os achados clínicos e os de imagem.

Dificuldade em determinar com precisão o local de origem da dor, exceto nos acometimentos radículo-medulares.

Há escassas e inadequadas informações quanto aos achados anatômicos e histológicos das estruturas possivelmente comprometidas, o que torna difícil a interpretação do fenômeno doloroso.

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Síndrome Dolorosa Lombar

A caracterização da etiologia da doença lombar é um processo eminentemente clínico, onde exames complementares servem para confirmar uma hipótese diagnóstica.

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Classificação

As lombalgias, lombociatalgias e ciáticas são divididas em agudas ou lumbagos, subagudas e crônicas.

Podem ser primárias ou secundárias (neoplasia, inflamatória, infecciosas, metabólicas, traumáticas, degenerativas e funcionais).

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Lombalgia mecânica comum

É a forma mais prevalente das causas de natureza mecânico-degenerativa.

Na maioria dos casos se limita à região lombar e nádegas.

Apresenta dor súbita pela manha acompanha de escoliose antálgica .

Episódio doloroso se resume em 3 ou 4 dias com ou sem tratamento.

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Hérnia de Disco

Ao realizar um esforço de flexão o disco nuclear é impelido para trás, mas é contido pelas fibras do anel fibroso.

A noite ocorre elevação da pressão intra discal pelo transporte de liquido, nesse momento as fibras se rompem.

Durante as primeiras horas do dia, à sintomatologia de quadro doloroso agudo, intenso, com irradiação da dor para um ou outro MI, apresentando manobras de compressão radicular positivas.

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Hérnia de Disco

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Hérnia de Disco

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Osteoma Osteóide

Dor desencadeada pela liberação de prostaglandinas pelas células tumorais durante a madrugada.

Nesse período pacientes queixam-se de dor ou no começo do dia.

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Osteoma Osteóide

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Estreitamento do Canal Raquidiano Artrósico

A dor lombar pode ser noturna;outras vezes ela se associa a ciatalgia uni ou bilateral intensa, que melhora ao sentar-se.

Pode apresentar dor na panturrilha e de claudicação neurogênica intermitente.

A dor piora ao caminhar ladeira abaixo e melhora ladeira acima.

Apresenta Lasègue negativo e Romberg positivo . Extensão da coluna lombar por 30s desencadeia

dor.

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Espondilite anquilosante

Pseudociatalgia alternante. Lombalgia de caráter insidioso. Antes dos 4o anos de idade. Duração maior que 3 meses. Rigidez matinal e melhora com

atividade física.

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Espondilite anquilosante

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Relação entre:

A dor e a atividade corporal ou repouso. Associação da dor com queixas sistêmicas. Tipo de irradiação da dor e sua distribuição

dermatomérica ou não.(Síndrome da Faceta articular).

Dor de origem raquidiana ou extra- raquidiana.

Dor psicossomatica.

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Elementos do exame neurológico.

Flexão e extensão da coluna lombar: flexão piora a dor da hérnia de disco; extensão dor piora no estreitamento artrósico do canal raquidiano.

Manobra de Valsalva: na compressão radicular provoca exacerbação da dor ou irradiação dela até o pé.

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Elementos do exame neurológico.

Manobra de Romberg: é positivo quando o paciente oferece resistência a flexão do pé. Costuma ser positivo na estenose do canal.

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Elementos do exame neurológico.

Manobra de Lasègue: positiva quando exacerba a dor no dermátomo de L4-L5, ou L5-S1; a 60 graus comprova compressão radicular.

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Elementos do exame neurológico.

Sinal das pontas: calcanhares L5 ponta do pé S1 Sinal do arco da corda: paciente

apresentando lasègue positivo faz-se flexão do joelho, se houver redução da dor. O sinal é positivo para hérnia discal.

Sinais não-orgânicos de lombalgias psicossomáticas.

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Sinais de Alerta

Sinais ou sintomas de enfermidades sistêmicas que não à lombalgia aguda mecânica.

Tumor: idade acima de 50 ou abaixo de 20 anos, história de câncer,febre, calafrios, perda de peso.

Infecção: infecções recentes, dependentes químicos, imunossuprimidos, dor com piora noturna ou em decúbito dorsal.

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Sinais de Alerta

Fratura: Trama maior, trauma menor em idoso ou osteoporóticos.

Síndrome da cauda eqüina: anestesia em sela, disfunção de bexiga, déficit neurológico progressivo ou grave em membros inferiores.

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Diagnóstico Complementar

A TC e RNM tem indicação nas lombalgias e ciatalgias agudas de evolução insatisfatória, cuja causa não foi determinada em seis semanas de tratamento clínico.

A TC oferece boa avaliação dos desarranjos discais, degeneração da face intervertebral, articulações zigapofisárias, canal vertebral, recessos laterais e forames intervertebrais.

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Diagnóstico Complementar

A RNM oferece boa avaliação dos desarranjos discais, alterações degenerativas, canal vertebral, cone medular, raízes da cauda eqüina e medula óssea.

Eletroneuromiografia não esta indicada nas lombalgias agudas e crônicas e nas lombociatalgias agudas.

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Diagnóstico Complementar

Densitometria óssea: não esta indicada como método de investigação inicial.

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Tratamento Conservador

O repouso é eficaz tanto na lombalgias, como nas lombociatalgias e ciáticas.

O posicionamento é feito em decúbito supino, com joelhos fletidos e pés apoiados sobre o leito e com flexão das pernas em 90 graus com as coxas; assim reduz a pressão sobre os discos intervertebrais e a musculatura paravertebral.

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Medicamentos

Acetaminofen (paracetamol). Dipirona. Ac. acetilsalicílico. Clonixinato de lisina. Viminol. Flupirtina. Opióides boa opção nas lombalgias e

ciatalgias agudas.

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Medicamentos

Fosfato de codeína. Cloridrato de tramadol. Corticoesteróides oferece vantagem

na compressão radicular. Carisoprodol e Ciclobenzaprina são

indicados na lombalgia aguda, mas a utilização prolongada não é recomendada.

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Medicamentos

Benzodiazepínicos: não são indicados. Antidepressivos Tricíclicos: são uma

boa opção nas lombalgias crônicas. Calcitonina: apenas em caso de

fratura osteoporótica, dor óssea por metástases e doença de Paget.

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Tratamento Cirúrgico

Na hérnia discal que apresenta déficit neurológico grave e agudo (menos 3 semanas).

Lombociatalgia hiperálgica. Síndrome da cauda eqüina. Lombalgias infecciosas

(espondiodiscites). Canal lombar estreito.

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Tratamento Cirúrgico

Claudicação neurogênica intermitente incapacitante e progressiva.

Radiculopatia unilateral. Espondilolise. Espondilolistese. Espondilolistese degenerativa.

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Reabilitação

Os exercícios aeróbicos e de fortalecimento da musculatura paravertebral são comprovadamente eficazes.

Educação e o esclarecimento dos pacientes são fundamentais para a sua reabilitação.