08- As Primeiras Rebeliões Coloniais

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Prof. Marco Antonio Catanho Multimídia em aulas de História História do Brasil

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Prof. Marco Antonio Catanho

Multimídia em aulas de História

História do Brasil

As Rebeliões ColoniaisAs primeiras

manifestações de descontentamento não chegaram a propor a união dos Brasileiros numa luta comum pela independência.

O fato de essas lutas estarem voltadas para problemas locais contribuiu para seu fracasso.

Todas elas, sem exceção, foram sufocadas pelas

tropas portuguesas.

Guerra dos MascatesNa sociedade açucareira, Pernambuco foi a capitania que

mais prosperou, mas com a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas holandesas, o preço desse produto baixou muito, e o lucro dos senhores de engenho Nordestinos diminuiu. Para enfrentar suas despesas, eles contraíram dívidas junto aos comerciantes de recife.

Assim foi criado um clima de rivalidade entre fazendeiros arruinados de Olinda e comerciantes de Recife, apelidados de Mascates, tentando cobrar seus empréstimos.

Essa disputa assumiu um caráter nacionalista, pois, a aristocracia de Olinda era basicamente de origem Brasileira, enquanto os mascates do Recife, em sua maioria, eram imigrantes portugueses.

O governo intercedeu nesta disputa e elevou Recife à condição de Vila independente de Olinda. Os senhores reagiram e formaram uma milícia, invadiram Recife e destruíram o pelourinho, símbolo do poder político. Os mascates reagiram, dando início aos combates, que somente tiveram fim em 1711, quando o governo conciliou as duas partes. No entanto os mascates de Recife foram beneficiados, pois a vila do Recife tornou-se política e economicamente mais importante do que a de Olinda.

A guerra dos EmboabasApós a descoberta de ouro em Minas

Gerais, os Paulistas, como chegaram primeiro na região, achavam que tinham o direito exclusivo sobre as terras. Mas os forasteiros (portugueses, baianos e pernambucanos) tornavam-se cada vez mais numerosos, ameaçando os interesses paulistas.

A palavra Emboaba é de origem indígena e significa: “forasteiro” ,“inimigo”.

As lutas se estenderam por dois anos e os Emboabas, mais ricos do que os paulistas, foram conseguindo sucessivas vitórias. Até que eles fizeram um acordo de paz: os paulistas se rendiam e, em troca, os Emboabas concediam-lhes a liberdade. Imediatamente, os paulistas se renderam. Mas os Emboabas covardemente não cumpriram sua parte no acordo. Tão logo os paulistas depuseram suas armas, os Emboabas mataram todos, cerca de trezentas pessoas. E jogaram seus corpos no Rio.

A revolta de Vila Rica

ou a revolta de Filipe dos Santos A taxação excessiva da Metrópole portuguesa

provocou essa nova rebelião. Contrariados com a instituição das casas de fundição os donos das minas passaram a Ter menos lucros e imediatamente começaram a armar a população de Vila Rica. Ao mesmo tempo, reforços militares eram trazidos de Portugal para manter a ordem na região.

Liderando os Brasileiros, o tropeiro Filipe dos Santos, promoveu uma marcha até a cidade de Mariana (sede da capitania) com o objetivo de matar o governador, Conde de Assumar. Como o governador não tinha condições de reagir, ele prometeu que iria atender as reivindicações: acabar com as casas de fundição e isentar o comércio local dos impostos.

Diante dessas promessas, os rebeldes voltaram para vila rica. O Conde aproveitou-se então da trégua para agir. Reuniu rapidamente um exército, que conseguiu prender as lideranças do movimento e incendiar suas casas. Muitos foram deportados para Lisboa, mas Filipe dos Santos foi condenado e executado