504ec_ANTECEDENTES COLONIAIS
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Europa Moderna e a Colonização: A Formação dos Estado Modernos.
Desde pequeno, Marco Polo acompanhava as partidas de seu
pai e de eu tio em viagens rumo ao Oriente. Os viajantes sempre voltaram trazendo preciosas informações e artigos que eram desconhecidos na Europa. Assim o garoto Marco Polo sonhava com a possibilidade de um dia viajar acompanhado de seus familiares em aventuras fantásticas.
Aos quinze anos, o sonho de Marco Polo foi realizado. Ele partiu em direção ao Oriente e só retornou vinte e quatro anos depois. Durante todo esse período, o aventureiro esteve em diversas regiões da Ásia. Visitou terras onde hoje estão a Índia, China, Afeganistão, Irã, visitou o Império Mongol e conheceu Kublai Kan. Foi convidado por esse imperador para ser fiscalizador oficial do reino, devendo viajar por todos os cantos do vasto império e relatar ao imperador o que viu e ouviu.
Marco Polo só retornou a Europa em 1292 e suas histórias eram tão fantásticas que muitos não acreditaram serem verdadeiras.
Desde o século VII a península Ibérica era domínio
dos Visigodos, povos germânicos que invadiram Roma a
partir do século V. Os visigodos mal haviam se convertido
ao cristianismo quando no século VIII a península foi
conquistada pelos Muçulmanos1. Aos cristão permaneceu
a região das Astúrias, os condado de Leão, Castela
Navarra Aragão e o Condado Portucalense.
No reinado de Afonso VI (1069-1109) o reino iniciou
uma guerra de Reconquista da Península contra seus
invasores. Nessa guerra destacou-se dois nobres francos,
Raimundo e Henrique de Borgonha. Como recompensa a
bravura de ambos, o rei Afonso concebeu suas filhas em
casamento a ambos e Henrique Borgonha ficou com o
condado Portucalense e Raimundo Borgonha ficou com o
condado Navarra e Aragão.
O filho de Henrique de Borgonha e neto de Afonso
VI, Afonso Henriques, em 1139 libertou-se de Leão e
proclamou a independência do condado Portucalense,
dando origem ao reino de Portugal.
Portugal foi legalmente reconhecido pelo rei Henrique
VII em 1143. Tornava-se um reino independente, mas
não havia se libertado totalmente dos mouros. Sua luta
contra eles durou até 1249 com a conquista de Algraves
1 A Conquista da peninsula Ibérica foi feita por uma coligação formada por árabes, sírios, persas e egípcios em uma ação movida pela fé islâmica.
do Sul, dando origem a sua menção geográfica atual.
Com isso Portugal tornou-se o primeiro estado
moderno.
Por outro lado, em 1469 o rei de Aragão, Fernando
casou-se com Isabel de Castela, a união deu origem ao
reino unificado de Aragão e Castela, a Espanha, o
segundo estado moderno.
I. Expansão Comercial Ibérica: o I Ciclo Ocidental
das Grandes Navegações.
Após as guerras de “Reconquista” e a centralização
do poder na Espanha a engendrar uma política econômica
correspondente a sua nova forma de Estado.
As bases para essa nova política econômica era a
expansão de seus mercados, no entanto, para isso a
burguesia espanhola necessitava quebrar os custos de
seus produtos, era necessário então desonerar os custos
dos produtos disponibilizados no mercado europeu. Para
isso os espanhóis tinham que fugir do monopólio das
cidades da península Itálica Genova e Veneza2.
2 As cidades italianas havia se tornado a rota comercial obrigatória para a burguesia mercantil européia após a tomada Constantinopla pelos turcos otomanos. Com a queda da única rota territorial que ligava a Europa a Ásia fechava qualquer possibilidade de se atingir as Índias por terra, só restando então às cidades italianas.
Por outro lado, o prévio contato dos ibéricos com o
mundo árabe possibilitou-os assimilarem também as
técnicas e instrumentos orientais: o astrolábio, a bússola
e a pólvora.
Outra condição que favorecia a Espanha era sua
localização geográfica. A Espanha se localizava na parte
mais ocidental da Europa e se estendia sob um extenso
litoral que servia de entreposto para as rotas de comércio
que ligavam a Europa e África e o Mediterrâneo ao
Atlântico.
Essas novas metas levaram os reis católicos
Fernando de Aragão e Isabela de Castela a costurar
acordos com diferentes navegadores a fim de que esses
buscassem novas rotas comerciais.
Nessa lógica de acordos e alianças na busca de uma
nova dimensões para a economia espanhola o navegador
genovês Cristóvão Colombo convenceu os reis
espanhóis a financiar-lhe uma viagem às Índias pelo
Ocidente. A idéia de Colombo era tirar proveito da forma
esférica da Terra para chegar ao oriente navegando
sempre para o ocidente, ou seja, ele daria a volta ao
mundo para chegar ao ponto pretendido, as Índias
ocidentais.
Além de todo o aparato
necessário e de todas as dificuldades de navegar pelos Oceanos é necessário destacar o imaginário europeu em relação ao desconhecido.
O Oceano Atlântico era denominado como um mar tenebroso, habitado por monstros marinhos devoradores de homens e embarcações. Além do risco de cair em um abismo sem fim. Para vencer esses temores de cair no espaço infinito, ao se afastarem da costa européia. Para vencer esses temores foi necessários homens que desafiassem seu tempo e buscassem suas próprias verdades. Mesmo diante de toda conjuntura desfavorável, C.
Colombo e os reis de Espanha assinaram, em Abril de
1492, o acordo conhecido como “Capitulações da Santa
Fé”. Esse acordo estabelecia os seguintes pontos:
As bases do acordo legava ao navegador o título de
Almirante; Vice-Rei e Capitão Geral todas as terras
além-mar (Oceano Atlântico) de modo vitalício e
Hereditário e a participação nos lucros provenientes
do comércio advindos dessas terras.
A Espanha seria a proprietária de todas as terras
descobertas seriam propriedade única e exclusiva da
coroa espanhola, assim como os ganhos
provenientes dessas terras.
Realizado os acordos e devidamente provido, C.
Colombo parte para a materialização de seus planos. Essa
ação deu origem a I Expedição européia a terras
americanas.
• Partindo do porto de Palaos de la Frontera (Huelva
na Espanha) em 03 de agosto de 1492, C. Colombo
segue no sentido ocidental para chegar as Índias
orientais. Sua expedição era composta pelas
caravelas Santa Maria, Pita Niña
• Em 12 de outubro de 1492 C. Colombo chegava as
América, na ilha Maia de Guanami (São Salvador),
nas Bahamas.
• Após primeiro contato com os nativos e com a
natureza americana, C. Colombo seguiu viagem
mar adentro levando ao encontro de novas ilhas
(Santa Maria de la Concepcion, Isabela e Joana
onde constatou a existência de metais preciosos).
• Na volta para Espanha encontrou La Española
(Haiti) onde fundou o forte de La Navidad.
Em sua volta desembarcou antes em Portugal onde
foi recebido por D. João II dando o alarde ao velho
mundo sobre as terras recém descobertas. Seguiu de
volta para Espanha anunciando suas descobertas na
corte.
Roteiro das viagens espanholas pela América durante o séc. XV
II. Portugal e a Centralização do Poder: A Revolução de Avis
Em 1383 o rei D. Fernando I morre e chegava ao fim
a dinastia de Borgonha, pois sem deixar herdeiros.
Casado com a filha do rei morto, o rei de Castela
apresentou-se como pretendente ao trono português. A
alta nobreza de pronto anunciou seu apoio ao rei
castelhano, no entanto, seus interesses se chocavam com
os interesses da burguesia mercantil
Sob a liderança de Alváro Pais, a burguesia mercantil
aliou-se a D. João, mestre de Avis, irmão bastardo de D.
Fernando I. Com pleno apoio da população urbana, os
castelhanos foram derrotados na batalha de Aljubarrota
(1385) colocando fim aos intentos estrangeiros e em
seguida permitiu que os revoltosos saqueassem e se
apropriassem dos bens da nobreza enquanto que D. João
tornou-se D. João I, rei de Portugal inaugurando a
dinastia de Avis.
Ao contrário do que ocorreria na revolução inglesa,
do século XVII e francesa do século XVIII, a burguesia
não assumiu o poder, pois D. João II tratou logo de erigir
uma nova nobreza na lugar da derrotada, abrindo
caminho para essa nobreza diversificar suas atividades
econômicas. Essa nobreza já não dependia apenas da
agricultura, abriu-se a perspectiva para que atuassem na
área da pecuária, comércio externo e construção de
navios.
III. Expansão Comercial Portuguesa: Ciclo
Ocidental das Grandes Navegações.
No século XIV a burguesia mercantil portuguesa
buscava expandir seus mercados, para isso era
necessário quebrar os custos dos produtos. Era preciso,
portanto, fugir do monopólio das cidades da península
Itálica Genova e Veneza. As cidades italianas era rota
comercial obrigatória para a burguesia mercantil européia
e essa situação se tornou irreparável com a tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos fechando qualquer
possibilidade de se atingir as Índias por terra, só restando
então as cidades italianas.
O contato com o mundo árabe possibilitou aos
portugueses o contato com técnicas do Oriente, dentre
elas destacam-se: o astrolábio, a bússola e a pólvora.
Outra situação que favorecia Portugal era sua
localização geográfica. Portugal localizava-se na parte
mais ocidental da Europa e se estendia sob um extenso
litoral que servia de entreposto para as rotas de comércio
que ligavam a Europa e África e o Mediterrâneo ao
Atlântico.
Por outro lado, os portugueses premidos por suas
condições materiais eram obrigados a ter na pesca em
alto mar uma de suas atividades econômicas centrais.
Com apoio legal do Infante D. Henrique, O
navegador, surgia em Algrave um centro de estudos e
navegação, a ‘Escola de Sagre’. Uma escola de excelência
em arte náutica de onde se formavam astrônomos,
cartógrafos e navegadores. Esse avanço técnico era o
avanço necessário para o desenvolvimento das grandes
navegações.
No século XV, movidos pelas necessidades de
quebrar o monopólio das rotas comerciais das cidades
italianas, de suprir as demandas específicas de seu
mercado, pelo estimulo impresso pela realeza, financiados
pela burguesia mercantil, com o desenvolvimento de
técnicas eficientes e de posse de novas tecnologias, os
portugueses saíram em busca de uma nova rota
comercial.
Em suas primeiras viajens os portugueses atingiram
o périplo Africano. Em 1415 conquistaram Ceuta, região
localizada no norte da África. Esse ponto se tornou um
ótimo referencial para as embarcações que iam mais ao
sul.
Em 1433, o navegador Gil Eanes chegou ao cabo do
Bojador, local onde muitos navegadores tentaram atingie
sem sucesso. O sucesso de Eanes animou D. Henrique a
financiar novas viagens.
Assim em 1434, os portugueses atingem a região do
Zaire em 1482 com Diogo Cão. Após muitas expedições,
em 1486, Bartolomeu Dias atingiu o extremo sul da
África, o Cabo das Tormentas, local onde o Atlântico e o
Índico se encontravam.
Foi somente em 1498 que Vasco da Gama, refazendo
o trajeto de Bartolomeu Dias, chegou a Calicute na região
da Índias Orientais. Em seu retorno a Portugal a
embarcação conseguiu um lucro de 6 000% com
carregamentos das especiais que trouxe. Tal lucro não só
selava o ciclo Oriental das Navegações, como ainda foi o
estimulo necessário para que fossem organizadas novas e
mais arrojadas expedições.
A corrida por rotas mais rápidas e seguras para as
Índias já havia começado e a pelo menos uma década os
lusitanos já sabiam do caminho a oeste que os espanhóis
haviam descoberto para as Índias. Essas notícias levaram
D. Manuel I organizar uma frota com treze embarcações e
mais de mil homens sob o comando do fidalgo Pedro
Álvares Cabral, filho do Alcaide-Mor Fernão Cabral a fim
de buscar a nova rota para Oriente.
Precedida por uma missa no mosteiro de Belém,
onde o próprio Bispo D. Diogo Ortiz abençoou a bandeira
e as armas da frota e benzeu P. Álvares Cabral para que
cumprisse sua missão a frota partiu em 09 de Março de
1500 a frota de Cabral partiu do porto de Belém e em 22
de Abril de 1500 chegava a terras americanas.
Rotas dos primeiros navegadores portugueses no século XV.
Conquistas colonização portuguesas no oeste da África ao fim do século XV.
IV. Conflitos de Interesses e Diplomacia
A descoberta de novas terras além-mar no inicio do
século XV por parte dos países ibéricos, levou tanto
Portugal quanto Espanha a uma áspera negociação para
definir a posse das novas terras.
Diante da limitação da diplomacia ibérica e pela
impossibilidade da realização de acordos, os reis ibéricos
solicitaram a interferência da Igreja Cristã Romana.
Dessa forma a Igreja, tentando contemporizar as
desavenças, interfere na relação entre os países ibéricos
lançando alguns documentos oficiais:
Etsi-Suscepti (1442) igreja doava todas as ilhas
atlânticas a Portugal
Inter-Coetera (1493) Documento cristão que
legalizava a doação de todas as terras além-mar a
Espanha
Examinae Devorionis (1494) doava todas as
terras além mar a Portugal
Inter Coetera II (1495) Doava a Espanha todas
as terras a partir de Cabo Verde a Espanha
Dudum Siquidem (1496) Ampliação dos direitos
sobre a exploracão das terras além mar a
Espanha
Como é possível notar A intervenção da Igreja se
mostrou incapaz de solucionar o problema da partilha do
mundo oeste entre os ibéricos obrigando os dois países a
iniciarem uma intensa negociação diplomática. Essa
negociação deu origem a um novo acordo:
Tratado de Tordesilhas: partilhava o mundo entre
Portugal e Espanha a partir do meridiano 370º.
Tratado de Tordesilhas estabelecido entre Espanha e Portugal
V. Expansão Comercial Ibérica: II Expedição 1493
Solucionado as pendências legais e estabelecida as
possessões de portuguesas e espanholas a Espanha
organiza uma segunda expedição rumo a novas terras a
partir de 1493. Novamente comandada por C. Colombo, a
Espanha buscando legitimar suas posses com a ocupação
das terras americanas, envia uma segunda expedição
para terras americanas. A base dessa nova expedição
fixou como base expedicionária a ilha de La Española e
dali partiu para explorar as novas terras:
A chegar a La Española, os europeus descobriu que
o forte de Navidad havia sido destruído pelos povos
nativos. Ainda em La Española, os europeus fundaram o
primeiro núcleo colonial do continente americano e em
homenagem a rainha Isabela de Aragão, o núcleo recebeu
o nome de La Isabela. Partindo daí C. Colombo seguiu
com seus comandados para dar continuidade a II
Expedição em terras além-mar.
Seguiu com seus comandados para Oeste onde
descobriu a Jamaica.
Seguiu até desembarcar no litoral oeste de Joana
(Cuba)
Fundou Nova Isabela (Santo-Domingo) no sul da
La Espanhola
Em 1495, enquanto C. Colombo percorria as ilhas das
Bahamas, estourou uma revolta de colonos em La
Española. Diferente de todas as outras pequenas
revoltas, essa ganhou novas dimensões e proporções que
o próprio C. Colombo não esperava. As revoltas se davam
pelo cotidiano descontentamento dos colonos que não
encontraram o Eldorado prometido e, consequentemente,
por sentirem-se lesados de terem seguidos a uma terra
de difícil economia (dura adaptação agrícola) e das duras
hostilidades e intensivas investidas dos nativos contra o
povoado.
Ao tomar conhecimento da revolta C. Colombo voltou
para a base colonial e abafou a revolta, no entanto, além
desse conflito, levou diversos conflitos que estouraram
nas áreas coloniais, faziam com que os ganhos de
referidos pela Espanha sofresse uma grava baixa. O
prejuízo fez com os reis católicos concedessem a
permissão de exploração colonial a todos os comerciantes
que solicitassem. Ao saber das notícias C. Colombo
retornou imediatamente para a Espanha buscando
revogar as decisões reais.
VI. Expansão Comercial Ibérica: III Expedição 1498
Colombo ao voltar para Espanha não conseguiu
revogar a autorização para que outros comerciantes
explorassem as novas terras, no entanto, ratificou sua
posição como vice-rei da América.
Dessa forma, a III Expedição foi comandada
também por C. Colombo. Nessa nova fase de exploração,
C. Colombo atingiu novos territórios, chegando a atingir o
litoral continental, fundando a Venezuela. Em meio a
exploração continental, estourou uma nova revolta nativa
em La Espanhola.
Os constantes levantes comprometiam o projeto
colonial espanhol, levando a coroa espanhola a realizar
mais uma brusca interferência em seu projeto colonial.
Diferente da outra vez, Colombo foi preso e enviado de
volta para a Espanha. Perdeu definitivamente sua
autoridade política (perdeu o título de Vice-Rei e perdeu o
cargo de governador-geral só mantendo seu título de
Almirante) e todo seu prestigio.
Diante dos baixos rendimentos apresentados por sua
empresa, a coroa espanhola iniciou um processo de
reestruturação de seu projeto e a inserir uma nova
política administrativa. Fruto desse processo, vários
exploradores se remeteram a explorar as terras
americanas:
Expedição de Alonso Ojeda: almirante da
marinha espanhola e foi em sua expedição que
trouxe Américo Vespúcio e o prussiano Martin
Waldsee Mulher que publicou o “Cosmographie
Introductio-Mapa Mundi” que trouxe o primeiro
relato da existência das Américas. Sua expedição
participou ainda da busca de regiões auríferas,
para isso teve que enfrentou as comunidades
indígenas (capturando e matando o cacique
Caonabó). Por sua aproximação do Bispo Fonseca,
tornou-se governador de Santo Domingo.
Expedição Pedro Alonso Niño: conhecido por el
“Negro” foi uma dos mais enigmáticos
expedicionários. Já havia explorado a costa da
África e as Indias orientais. Após ter acesso às
cartas de C. Colombo seguiu com uma expedição
para América, onde fundou a Costa das Pérolas
(atual Panamá).
Expedição de Vicente Yañes Pinzon: integrou a
primeira armada de C. Colombo que descobriu a
América em 1492. Quatro anos depois organizou a
expedição que cruzou a linha do Equador chegando
a alcançar as costas brasileiras (Cabo de Santo
Agostinho, Pernambuco onde fundou o rio Vicente
Pinzón, o atual Oiapoque) onde entrou em um
violento combate com os povos potiguares. Atingiu
ainda a foz do rio Amazonas onde capturou 33
nativos. De volta as caribe aportou nas ilhas das
Bahamas. Em 1504 ao porto de Palos na Espanha.
VII. Focos de Irradiação e Povoamento:
Através dessas expedições comandadas por C.
Colombo, os espanhóis conseguiram montar núcleos de
irradiação permanente. A base dessas missões era o
povoado de La Espanhola (Haiti). Dessas expedições
originou-se o povoado de Trujillo fundado por Bartolomeu
Colombo em 1506 e que logo foi convertida em capital
colonial.
Logo foi fundou-se a colônia de Porto Rico em 1508
e a Jamaica em 1509 e a própria Cuba em 1509 que
tornou-se a capital comercial do colônia.
A partir de 1510 notou-se um progressivo abandono
das colônias caribenhas e a entreda dos expedicionários
para a parte continental da colônia. As ilhas caribenhas
tornaram-se alvo de piratas e corsários e entre posto
para a prática de contrabandos.
VIII. Achamento do Brasil: Pré Colonização.
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas
portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A
primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande
monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de
abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na
incerteza se a terra descoberta tratava-se de um
continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para
Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras
expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se
realmente de um continente, e novamente o nome foi
alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de
Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil,
ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser
chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes
navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o
oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da
descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo,
navegando pela Espanha, chegou a América, fato que
ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato
de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de
evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha
assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo
com este acordo, Portugal ficou com as terras recém
descobertas que estavam a leste da linha imaginária (
200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a
Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras,
Portugal continuava empenhado no comércio com as
Índias, pois as especiarias que os portugueses
encontravam lá eram de grande valia para sua
comercialização na Europa. As especiarias
comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz
moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc.
Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal
realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil,
explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa
madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na
Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os
indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas
(apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o
trabalho no corte e carregamento das toras de madeira
até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição
organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa
portuguesa começou a interessar-se pela colonização da
nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos
portugueses em perderem as novas terras para invasores
que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas,
como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses.
Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando
a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A
colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o
território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer
experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando
um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
Primeiros contatos entre portugueses e índios
A carta que o escrivão Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei d. Manuel é considerada o primeiro documento da nossa história, e também como o primeiro texto literário do Brasil.
Esta crônica do nascimento do Brasil, redigida em forma de diário, vem motivando um volumoso número de estudos e edições, desde quando o padre Manuel Aires de Casal a publicou pela primeira vez na Corografia brazílica. O original desse precioso documento, em sete folhas de papel manuscritas, cada uma em quatro páginas, num total de 27 páginas de texto e mais uma de endereço, encontra-se guardado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, (gaveta 8, maço 2, n.2).
A carta de Caminha caracteriza-se pela descrição da tipicidade humana do indígena. Observou Carlos Malheiro Dias que "Caminha não era um cosmógrafo. O que ele redigiu para recreio e esclarecimento do rei foi uma narrativa impressionista em que revela aquela cultura literária tão própria dos portugueses da sua grande época, e aquela capacidade de observação, e aquela capacidade de compreender e descrever judiciosamente, que constituem o mais esplêndido encanto dos cronistas". A preocupação em traduzir gestos, a caracterização corporal, a sua alimentação e abrigo, enfim, o seu modo de existir, demonstra o valor dessa carta narrativa como documento e obra literária. Referências: . Corografia brazílica, ou relação histórico-geográfica do reino do Brazil.
IX. As Navegações Tardias: Inglaterra, Holanda e França.
O pioneirismo português e espanhol nas navegações
deixaram países que ainda se viam com problemas
internos como a Inglaterra, a França e a Holanda. Esses
países equacionaram seus respectivos processos de
centralização apenas no século XVI. Assim esses novos
Estados mercantilistas tinham uma grande necessidade
de metais preciosos, mercados e matérias primas. Isso
favoreceu uma forte disputa colonialista entre os Estados
europeus no século XVII, o que provocou muitas guerras
dentro e fora da Europa.
A França e a Inglaterra privilegiaram a exploração e
colonização da América do Norte. Esta última também
deu grande apoia às práticas de pirataria no reinado de
Elizabeth I o que originou grandes rivalidades com a
Espanha, haja vista que o alvo principal dos corsários
ingleses eram os galeões espanhóis invariavelmente
carregados de ouro e prata. O Brasil foi, por diversas
vezes, alvo das investidas de franceses (Rio de Janeiro) e
holandeses (Bahia e Pernambuco). Esses chegaram a
dominar regiões de interesse por vários anos no nordeste
açucareiro. Não obstante, foram expulsos pelos
portugueses passado algum tempo.
X. O Triângulo Comercial: Tudo para Europa
Os europeus estruturaram uma grande estrutura de
exploração colonial abrangendo um triângulo cujos
vértices apontam para a Europa, África e América. Esse
relação de cunho globalizante colocava em conexão direta
a Europa que ficava com toda riqueza advinda que podia
explorar, a África com seus nativos seqüestrados e feitos
de escravos de modo vitalício e a América fornecedora de
produtos naturais feitos de mercadoria no mercado
europeu para se tornarem matérias primas.
Negros e produtos nativos americanos circulavam to
o mercado europeu. Dessa relação os europeus
conseguiram não só promover lucros exorbitantes,
realizar um enorme acúmulo de capital e assim alavancar
o desenvolvimento do capitalismo do mercado.
Para garantir essas condições, os europeus
estabeleceram o pacto colonial, um acordo unilateral que
se pautava européia se pautava por dois princípios
básicos:
• Monopólio Comercial: A metrópole tinha total
exclusividade no comércio com suas colônias
• Complementariedade: A produção da colônia
deveria ser complementar à da metrópole para
permitir o lucrativo intercâmbio de mercadorias. Era
vetado à colônia ter manufaturas.
Centros de Poder Mundial no início do século XVI