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Críticas ao ciberespaço Jornalismo on- line Professor mestre Artur Araujo ([email protected]) Jean Baudrillard (1929–2007) Paul Virilio (*1932)

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Críticas ao ciberespaço

Jornalismo on-lineProfessor mestre Artur Araujo ([email protected])

Jean Baudrillard (1929–2007)Paul Virilio

(*1932)

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Quem foi Baudrillard

Jean Baudrillard foi um teórico polêmico. Era um dos mais destacados representantes da escola pós-moderna francesa. Ele escreveu mais de 30 livros. Neles, defendeu sua idéia-força de simulacro, a qual desenvolveu da década de 1960 até seus últimos trabalhos.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Um pensador de esquerda

Baudrillard pode ser definido como um pensador de esquerda. Começou militando no marxismo, na década de 1960, mas terminou adotando caminhos próprios nos anos seguintes, tornando-se um pensador independente, crítico do sistema capitalista, mas já afastado das teses de Marx.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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O consumismo A primeira obra teórica profunda

de Baudrillard foi o doutorado dele, de 1966, intitulado “O sistema dos objetos”. A esse, seguiu-se “A sociedade de consumo”, em 1970, e “Para a crítica da economia política do signo”, de 1972. Nessas três obras, o autor desenvolveu, conjugando Marx, a Escola de Frankfurt e Saussure, uma teoria sobre o uso dos bens de consumo como signos de um sistema de valores sociais.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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É mais que comprar Os bens de consumo não são

meramente objetos de uso: eles representam valores e status.

No novo capitalismo, os bens valem, de fato, pelo seu valor simbólico, não pelo seu valor de uso. Para Baudrillard, em uma sociedade em que tudo é mercadoria, a alienação é total e governa a vida social.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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A mobília Baudrillard teve como

ponto de partida de sua investigação o papel dos móveis domésticos como sinal de uma nova mentalidade e uma nova forma de lidar com a produção e o consumo.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Hedonismo O autor defendeu que a

mentalidade das classes média e alta estavam abandonando o padrão de austeridade e de comedimento que marcou o pensamento burguês até então e tornou-se hedonista (consumismo, liberação sexual).

Jean Baudrillard (1929–2007)

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O que mudou?

Antes, o importante era poupar, agora, o sistema capitalista exige o consumo. A mudança surgiu em decorrência das mudanças pelas quais o sistema passou:Concentração econômica (oligopólios)Novas técnicas de produção Novas tecnologias

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Radicalização No final da década de 1970,

Baudrillard aprofundou suas reflexões e chegou a pontos de vista radicais.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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O simulacro Para Baudrillard, vivemos em

um momento no qual o princípio do realismo como expressão estética foi de tal modo exacerbado que ocupou o lugar do real: a televisão, a fotografia, os parques temáticos, o discurso jornalístico e o discurso publicitário são hoje mais “reais” (hiper-reais) que a própria realidade: eis aí o sentido mais profundo, o caráter da pós-modernidade.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Informação “A informação devora os seus

próprios conteúdos. Devora a comunicação e o social. E isto por dois motivos. Em vez de fazer comunicar, esgota-se na

encenação da comunicação Por detrás desta encenação exacerbada da

comunicação, os mass media, a informação em forcing prosseguem uma desestruturação do

real.”

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Informação “Evidentemente que há

um paradoxo nesta inextricável conjunção das massas e dos media: são os media que neutralizam o sentido e que produzem a massa “informe”

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Espetacularização “os media assumem-se

como veículo da condenação moral do terrorismo e da exploração do medo com fins políticos, mas simultaneamente, na mais completa ambigüidade, difundem o fascínio bruto do acto terrorista”

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Publicidade vazia “A forma publicitária é aquela

em que todos os conteúdos singulares se anulam no próprio momento em que podem transcrever-se uns nos outros”

“A forma publicitária impôs-se e desenvolveu-se à custa de todas as outras linguagens”

Jean Baudrillard (1929–2007)

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A publicidade “some” “O aspecto atualmente mais

interessante da publicidade é o seu desaparecimento, a sua diluição como forma específica, ou como medium, muito simplesmente. Já não é (alguma vez o foi?) um meio de comunicação ou de informação.”

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Blue Bus A publicidade tem deixado o espaço

tradicional e agora se dilui no ambientesocial. Jean Baudrillard

(1929–2007)

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A inflação dos signos Para Baudrillard, o hiper-realismo,

decorrente da inflação de signos deflagrada no século XX, criou um mundo novo, no qual o jogo entre os signos substituiu os conceitos de conflitos de classe e de conflitos de classe: é o mundo da auto-ajuda e do consumismo, que substituiu o mundo da fé, da ideologia e da produção. A produção de signos não pára, e substitui a produção, assim como a tecnologia, no novo contexto, passa a ganhar autonomia e cada vez mais substitui o capital como fonte do poder econômico.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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A web Nos anos seguintes, o

surgimento da realidade virtual, do ciberespaço e dos sistemas de animação vetorial nos computadores sinalizam um reforço das teses dessa época. Ao final daquela década, em 1979, Baudrillard publicou “Simulacros e simulação”, obra que sistematiza suas hipóteses sobre o tema.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Nova dominação No livro, ele diz que a sociedade

moderna, baseada na produção e no consumo, está superada, e a ela seguiu-se a sociedade pós-moderna, que instaurou o simulacro (a representação, a imitação) como estratégia de domínio. Na sociedade da simulação, identidades são construídas pela apropriação de imagens, e códigos e modelos determinam como os indivíduos na sociedade se percebem em relação aos demais.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Críticas a Baudrillard Baudrillard é polêmico, e nunca

foi unanimidade, nem chegou perto disso. Foi um pensador multidisciplinar, misturando semiótica, filosofia, teoria social e sociologia. Para seus críticos, o autor foi lentamente perdendo o foco teórico de sua reflexão. Leitores céticos consideram a escrita de Baudrillard suspeita, justamente por ela reproduzir a estrutura de sedução dos signos que ele mesmo criticava.

Jean Baudrillard (1929–2007)

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Paul Virilio

O filósofo francês Paul Viriliodefende a tese de que a intensificação da tecnologia,a qual a internet é a expressão mais recente, são um instrumento de opressão das sociedades de classe.

Paul Virilio (*1932)

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Dromologia

Para Virilio, vivemos a era da“dromologia” (dromos= corrida),a pressa dita o ritmo das mídias.

A pressa, para Virilio, tem como propósito a exacerbação da superficialidade, a negação da reflexão, legitimando assim o status quo.

Paul Virilio (*1932)