005 Termoplasticos Avaliacao Informacoes n5pg46

download 005 Termoplasticos Avaliacao Informacoes n5pg46

of 3

Transcript of 005 Termoplasticos Avaliacao Informacoes n5pg46

  • 8/19/2019 005 Termoplasticos Avaliacao Informacoes n5pg46

    1/3

    Avaliação de defeitosem peças injetadas em termoplásticos

    Notas explicativas A obtenção de peças de boa quali-

    dade está diretamente associada adois importantes fatores técnicos nainjeção de termoplásticos: o projeto/construção do molde e o processo detransformação, estando estes dois fatores sujeitos a variáveis de difícilcontrole.

    No projeto/construção do molde,os cálculos relativos ao comporta-mento do plástico durante o proces-so de transformação são extrema-mente complexos. Também, é prati-camente impossível conseguir a repe-tição exata no aço das medidas espe-cificadas no projeto devido ao des-gaste das ferramentas de usinagem edas partes mecânicas das máquinasoperatrizes.

    No processo, a obtenção dos pa-râmetros de injeção especificados noprojeto sofre variações, tanto em rela-

    ção às características da resina a serinjetada, quanto nas condições decontrole de temperaturas, pressões,velocidades, tempos, e todos os ou-trosparâmetros de controle.

    Desse fato resulta que, freqüen-temente, nos primeiros testes de ummolde existem correções que devemser procedidas. Após o teste inicial ascotas são controladas relativamenteao desenho de produto, e então sãoefetuadas as devidas alterações.

    Entretanto, todo teste de moldedeve ser realizado com critério, se-guindo uma seqüência de ações quepermitam obter o máximo de aproxi-mação com os requisitos projetados.

    Com o intuito de auxiliar na re-solução de problemas durante os tes-tes de injeção de materiais termo-plásticos, a ficha técnica apresentadanesta edição descreve os principaisdefeitos encontrados em peças inje-tadas, relacionando as possíveisações que devem ser tomadas para

    minimizar ou eliminar tais defeitos,que podem ter origem no projeto, no

    processo ou em ambos. A ficha téc-nica deve acompanhar todos os tes-tes até a aprovação finaldo molde.

    O uso é bastante simples. Porexemplo, se durante o teste a peçaestá apresentando porosidade, ooperador da máquina, conforme a ficha técnica, deve seguir a seguinteseqüência:

    1 - secarmaterial;2 - reduzirtemperatura do cilindro;3 - reduzirvelocidade de injeção;4 - reduzirvelocidade da rosca;5 - limpar saídas degases; e6 - verificar contaminação dematerial.

     A terminologia utilizada em grande parte da literatura técnica disponível no Brasil, apresenta definiçõesna língua inglesa. Para melhor en

    tendimento, as Figuras 1, 2 e 3 apresentam esquematicamente os termoscanal de injeção ( ), canal deataque ( ) e canal de entrada( ).

    --

    -

    -

    runner sprue 

    gate 

    Figura 1- Indicação de canal de injeção (runner)e de ataque (sprue) para injeção capilar 

    Existem ainda outros fatores quepodem afetar o desempenho do pro-

    cesso e conseqüentemente a quali-dade da peça injetada. O mais signi-

     ficativo é o sistema de refrigeração domolde. Não são apresentadas aquipossíveis ações para este fator umavez que implicam em alterações sig-nificativas da ferramenta sendo, ge-ralmente necessárias revisões com-pletas do projeto original.

    Figura 2 - Indicação de canal de injeção (runner)e de ataque (sprue) para injeção em leque 

    Figura 3 - Indicação de canal de entrada (gate) para injeção submarina

     A ficha traz também um resumodas informações técnicas dos termo-plásticos mais utilizados comer-cialmente, principalmente no queconcerne a características para iden-tificação do material e o seu respec-tivo código de reciclagem.

    Devido as variações que podeha-ver entre as resinas de diferentes fabricantes, é altamente recomen-dado que, ao definir a matéria-prima,seja solicitado a ficha de especificação

    do material ao fabricante.

  • 8/19/2019 005 Termoplasticos Avaliacao Informacoes n5pg46

    2/3

    4

    61

    3

    2

    5

    1

    2

    34

    5

    6

    7

    8

    91

    2

    34

    5

    6

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    89

    10

    11

    121

    2

    3

    4

    5

    67

    8

    9

    1011

    1

    23

    4

    5

    6

    7

    7456

    3

    9

    102

    12

    111

    8

    1

    1

    1

    2

    2

    2

    3

    3

    3

    4

    4

    4

    5

    5

    5

    6

    6

    6

    7

    7

    7

    8

    8

    8

    910

    7456

    113

    9

    12

    2

    8

    1

    10

    5

    61

    8

    73

    4

    2

    106

    1

    47

    8

    9

    3

    2

    5

    Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

     AVALIAÇÃO DE DEFEITOS EM PEÇASINJETADAS EM TERMOPLÁSTICOS

    CLIENTE

    DESCRIÇÃO

    ANÁLISE DOS DEFEITOS (Assinale com “x”)

    Teste Nº

    Data

    Ordem de Serviço Nº

    Empresa:

    Contato:

    Nome da Peça:

    Material a Processar:

    e-mail:

    Fone: Fax:

     Avaliação feita por:

    Observações:

         P    o     r    o     s      i

          d     a 

          d     e 

         F    r    a     g  

         i      l     i      d     a 

          d     e 

         E    x     c     e     s     s     o 

          d     e 

         r    e       b 

        a     r      b     a 

         Q      u     e 

         i    m    a 

           d     e 

         g      a     s     e     s 

         P    e     ç      a 

         a     c 

         i    m    a 

          d     a     s 

         m    e 

          d      i      d     a     s 

         Q      u     a 

          l     i      d 

        a       d 

        e 

        s     u     p      e     r      f

         i    c      i    a 

          l       b 

        a      i    x     a 

         L     i    n

          h    a 

           d     e 

        s     o       l      d 

        a      r    u 

         i    m

         P    e     ç      a 

          i    n    c     o     m    p  

          l    e      t     a 

         L     i    s      t     r    a     s 

         p      r    a 

         t     e     a 

          d     a     s 

         M    a     r    c     a 

           d     e 

         r    e     c 

          h    u     p      e 

         P    e     ç      a 

         a       b 

        a      i    x     o 

          d     a     s 

         m    e 

          d      i      d     a     s 

         F    a 

          l      h    a     s 

           d     e 

        p      r    e     e     n    c 

          h     i    m    e     n

         t     o 

         E    m    p      e     n    a     m    e     n

         t     o 

    AÇÕES SUGERIDAS(seguir a seqüência das ações conforme a numeração - em

    ordem crescente - da coluna do “defeito apresentado”)

     Aliviar tensão de moldagem

     Aumentar carga de material no canhão

     Aumentar contrapressão

     Aumentar força de fechamento

     Aumentar pressão de injeção

     Aumentar pressão de recalque

     Aumentar temperatura do molde

     Aumentar tempo de injeção

     Aumentar tempo de recalque

     Aumentar tempo de resfriamento

     Aumentar velocidade de injeção

    Elevar temperatura do material

    Limpar faces do molde

    Limpar saídas de gasesReduzir contrapressão

    Reduzir pressão de injeção

    Reduzir pressão de recalque

    Reduzir quantidade de material reciclado

    Reduzir temperatura do cilindro

    Reduzir temperatura do molde

    Reduzir todos os tempos de ciclo

    Reduzir velocidade da rosca

    Reduzir velocidade de injeção

    Secar material

     Verificar contaminação de material

     Verificar temperatura desigual no molde

     Aumentar dimensão das saídas de gases

     Aumentar dimensão do canal de ataque de injeção ( )

     Aumentar dimensão do canal de injeção ( )

     Aumentar dimensão do canal de entrada ( )

    Posicionar canal de entrada ( ) perto de seções espessas

    Reposicionar canal de entrada ( )

    Reprojetar mecanismos de extração

     Verificar fechamento do molde

    sprue 

    runner 

    gate 

    gate 

    gate 

         N      O 

         P     R 

          O       C      E

          S       S       O 

         N      O 

         P     R 

          O      J       E     T

          O 

    Fonte: RTP Co. e Centimfe - Manual do Projectista para Moldes de Injeção de Plástico

  • 8/19/2019 005 Termoplasticos Avaliacao Informacoes n5pg46

    3/3

    Revista Brasileira da Indústria de Ferramentais

    TABELA ORIENTATIVA(valores reais de cada material devem ser obtidos junto aos fabricantes)

    INFORMAÇÕES TÉCNICAS DAS RESINASTERMOPLÁSTICAS MAIS UTILIZADAS

    Códigode

    reciclagem

    Classes   Materiais   Sigla

    Temperaturasadmissíveisao uso (°C)

    Breve   Constante

    Contração(%)

    Densidade(Sólido)

    g/cm3

    Características da chama /reconhecimento do material

         M    a     t     e     r     i    a      i    s 

          O      l    e      f     í    n     i    c     o     s 

         M    a     t     e     r     i    a      i    s 

          E    s     t      i    r    e     n     i    c     o 

        s 

         M    a     t     e     r     i    a      i    s 

         C      l    o     r    a      d     o     s 

         M    a     t     e     r     i    a      i    s 

          d     e 

          E    n    g  

        e     n     h    a     r     i    a 

    130

    Polietileno deBaixa Densidade

    Polietileno de Alta Densidade

    PolipropilenoHomopolímero

    PolipropilenoCopolímero

    Poliestireno

    CristalPoliestireno de Alto Impacto

    Copolímero de Acrilonitrila,Butadieno e Estireno

    Copolímero de Acrilonitrilae Estireno

    Poli (Cloreto de Vinila)Flexível

    Poli (Cloreto de Vinila)Rígido

    Poli (Óxido de Metileno)Poliacetal

    Policarbonato

    Poli(Tereftalato de Etileno)

    Poli(Tereftalato de butileno)

    Poliamida 6

    Poliamida 6.6

    Poliamida 11

    Poliamida 12

    Poliamida 610

    Poli(Fluoreto de Vinilideno)

    Poliamidas c/ 30%

    Fibra de vidro

    PEBD

    PEAD

    PPH

    PPC

    PSC

    PSAI

    ABS

    SAN

    PVCf

    PVCr

    POM

    PC

    PET

    PBT

    PA 6

    PA 6.6

    PA 11

    PA 12

    PA 610

    PVDF

    100

    120

    130

    140

    90

    90

    100

    95

    100

    80

    120

    140

    140

    130

    140

    150

    150

    150

    150

    200

    150

    95

    100

    110

    120

    80

    80

    80

    85

    70

    70

    100

    120

    120

    110

    120

    120

    120

    120

    120

    120

    +/– 3

    0,3 - 0,6

    1,2 - 1,8

    1,8 - 2,5

    1,0 - 2,5

    0,5 - 2,2

    0,3 - 1,2

    1,2 - 2,0

    0,5 - 0,7

    1,9 - 2,3

    0,5 - 0,7

    1,0 - 2,0

    0,4 - 0,7

    0,4 - 0,7

    0,4 - 0,7

    0,3 - 0,6

    1,2 - 2,2

    1,2 - 2,2

    1,5 - 2,0

    1,5 - 2,0 0,954

    0,965

    0,92

    0,905

    1,04 - 1,08

    1,03 - 1,06

    1,04 - 1,06

    1,06 - 1,10

    1,19 - 1,35

    1,38 - 1,41

    1,41 - 1,42

    1,20 - 1,22

    1,39

    1,57

    1,12 - 1,15

    1,13 - 1,16

    1,15

    1,01 - 1,04

    1,01 - 1,05

    1,3

    1,78

    Facilmente inflamável, continuando acesoapós retirada a chama. Goteja, tem chama

    clara com núcleo azulado. Cheira a parafina.

    Queima na chama e extingue-sevagarosamente ou não quando forada chama. A chama é amarela com

    centro azulado com odor de vela/parafina.Materiais com vapores neutros.

    Queima imediatamente e continuaqueimando fora da chama. Aparência dachama é brilhante, fuliginosa e o odor da

     fumaça é doce/borracha queimada.Materiais com vapores neutros.

    Facilmente inflamável, queima com luminosi-dade até depois de retirado da chama.

    Chama cascateante, com fuligem (preta).Cheiro de doce de fruta.

    Difícil de queimar e se apaga quandoretirado da chama. Aparência da chamacom borda verde. Odor da fumaça é de

    ácido clorídrico.Materiais com vapores ácidos.

    Queima imediatamente e continuaqueimando fora da chama. Aparência da

    chama é azul. Odor da fumaça é de formol.Material com vapor neutro.

    Difícil de queimar e se apaga quandoretirado da chama. Aparência da chama

    é luminosa e fuliginosa.Material com vapor neutro.

    Queima na chama e extingue-sevagarosamente ou não quando fora dachama. Aparência da chama é amarela/

    laranja fuliginosa. Odor da fumaça é doce/aromático. Materiais com vapores ácidos.

    Difícil de queimar e se apaga quandoretirado da chama. Aparência da chama

    com fumaça azulada.Odor da fumaça é de osso queimado.

    Materiais com vapores alcalinos.

    Não queima, odor da fumaça é picanteMaterial com vapor ácido.

    Fonte: Rosalina Borguezan - Plastibrás Ind. de Plásticos Ltda. - Joinville - SC

    4

    2

    5

    6

    7

    7

    3

    7

    7

    1

    7

    7

    7