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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS ESCOLA DE ADMINISTRAO

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ADMINISTRAO - PPGA GESTO EM SADE

    GILMARA RODRIGUES DE SOUZA

    IMPACTO DA IMPLANTAO DE UM CALL CENTER

    SOBRE O VOLUME DE EXAMES EM UM SERVIO DE

    DIAGNSTICO POR IMAGEM

    Porto Alegre, 2005

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS ESCOLA DE ADMINISTRAO

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ADMINISTRAO - PPGA GESTO EM SADE

    GILMARA RODRIGUES DE SOUZA

    IMPACTO DA IMPLANTAO DE UM CALL CENTER

    SOBRE O VOLUME DE EXAMES NUM SERVIO DE

    DIAGNSTICO POR IMAGEM

    Trabalho de concluso do curso de Especializao apresentado ao Programa de Ps-Graduao em Administrao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial par a a obteno do ttulo de Especialista em Gesto em Sade.

    Orientador: Prof. Dr. Roger dos Santos Rosa

    Porto Alegre, 2005

  • Aos meus pais, Alirio (in memorian) e Terezinha, por terem sido meus alicerces, e serem para mim, motivos de orgulho e admirao.

    Aos meus irmos, Solange, Cristina, Tiago e Xismara, por serem pessoas especiais, que me proporcionam momentos de muita alegria.

    Aos meus sobrinhos, Filipe e Lucas, aos quais tenho muito carinho.

    Ao meu companheiro Irenio, pela pessoa maravilhosa, ntegra e compreensiva que s, e por me mostrar a cada dia, que possvel acreditar nos nossos sonhos.

    Aos meus amigos, em especial, ao Perci Mello e ao Clerio Antnio, pelo carinho, apoio e incentivo.

    E por fim, ao Lucas Silva, por me proporcionar uma nova experincia de vida, na qual aprendi muito.

  • Agradeo ao meu orientador Prof. Dr. Roger dos Santos Rosa, pelo apoio e dedicao

    dispensados na orientao deste trabalho.

    Ao Sr. Francisco Costa, Gerente do Servio de Diagnstico e Tratamento do Hospital

    Me de Deus, por aceitar a execuo deste estudo nesta organizao.

    Ao Dr. Joo Arthur, que viabilizou o incio deste estudo no Servio de Neurofisiologia

    do Hospital Me de Deus e sempre apoiou o mesmo.

    Aos funcionrios do Sistema de Sade Me de Deus, que disponibilizaram as

    informaes necessrias para realizao deste trabalho, alm do interesse demonstrado em

    contribuir para o mesmo.

    E finalmente, ao meu amigo Rodrigo Amorim, que desde os primeiros meses de

    pesquisa me auxiliou e incentivou para a realizao deste estudo.

    A todos vocs, o meu muito obrigada!

  • Se as coisas so inatingveis... ora! No motivo para no quer-las... Que tristes os caminhos, se no fora A presena distante das estrelas! Mrio Quintana

  • RESUMO

    A tecnologia da informao obrigou as instituies de sade a desenvolver novas estratgias organizacionais para manterem-se competitivas. O CRM (Customer Relationship Management) uma estratgia de negcios voltada ao entendimento e antecipao das necessidades dos clientes utilizando ferramentas como os Call Centers. Na rede de atendimento de um hospital filantrpico em Porto Alegre, as taxas de transbordo das ligaes telefnicas superavam 30%, representando perda de potenciais clientes. Objetivou-se analisar o impacto da implantao de um Call Center na rea de diagnstico por imagem do Sistema de Sade Me de Deus atravs de um estudo de caso, de carter descritivo e quantitativo, das unidades I e II do respectivo Servio de Diagnstico por Imagens. O volume por grupo de exames executados (ressonncia magntica, tomografia computadorizada, ecografia, mamografia, densitometria ssea e radiografias) nos trs primeiros meses de implantao do Call Center (nov/2004-jan/2005) foi comparado ao mesmo trimestre correspondente no ano anterior. Evidenciou-se o aumento mdio de 7% na unidade I e 84% na unidade II. A unificao do atendimento (independentemente da unidade para onde o cliente ligar, identifica-se atravs da chamada telefnica a unidade que melhor atende seu interesse) proporcionou melhor adequao s necessidades dos clientes atravs da centralizao das informaes. A implantao do Call Center beneficiou a instituio, j no primeiro trimestre de funcionamento, atravs do aumento significativo no volume de exames. O efeito foi maior na unidade II que apresentava ociosidade na rea de produo da Medicina Diagnstica.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Organograma funcional do Call Center. ................................................................ 33

    Figura 2. Nmero mensal de exames realizados no CDI antes da implantao do Call Center. ........................................................................................................................... 36

    Figura 3. Nmero mensal de exames realizados no CDI aps a implantao do Call Center. ........................................................................................................................... 37

    Figura 4. Comparao do nmero mensal de exames realizados no CDI antes e aps a implantao do Call Center. .................................................................................................. 38

    Figura 5. Nmero mensal de exames realizados no MDI antes da implantao do Call Center. ........................................................................................................................... 39

    Figura 6. Nmero mensal de exames realizados no MDI aps a implantao do Call Center. ........................................................................................................................... 40

    Figura 7. Comparao do nmero mensal de exames realizados no MDI antes e aps a implantao do Call Center. .................................................................................................. 41

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Volume de exames realizados no CDI antes da implantao do Call Center (1 perodo da anlise). ......................................................................................................... 36

    Tabela 2. Volume de exames realizados no CDI aps a implantao do Call Center (2 perodo da anlise). .......................................................................................................... 37

    Tabela 3. Comparao do nmero de exames realizados no CDI antes e aps a implantao do Call Center. ...................................................................................................................... 38

    Tabela 4. Volume de exames realizados no MDI antes da implantao do Call Center (1 perodo da anlise). .......................................................................................................... 39

    Tabela 5. Volume de exames realizados no MDI aps a implantao do Call Center (2 perodo da anlise). .......................................................................................................... 40

    Tabela 6. Comparao do nmero de exames realizados no MDI antes e aps a implantao do Call Center. ...................................................................................................................... 41

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    ACD Automatic Call Distribution

    CDI Centro de Diagnstico por Imagem

    CRM Customer Relationship Management

    CTI Coputer Telephony Integration

    DAC Distribuidor Automtico de Chamadas

    DENSI Densitometria ssea

    ECO Ecografia

    HMD Hospital Me de Deus

    ITC Integrao Telefnica Computadorizada

    IVR Interative Voice Response

    LTV Life Time Value

    MAMO Mamografia

    MDC Me de Deus Center Carlos Gomes

    MDI Medicina Diagnstica por Imagem

    PA Posio de Atendimento

    RM Ressonncia Magntica

    RX Raio X

    SAC Servio de Atendimento ao Cliente

    SSHMD Sistema de Sade do Hospital Me de Deus

    TC Tomografia Computadorizada

    URA Unidade de Resposta Audvel

    SIR Servio de Imagem Radiolgica

  • SUMRIO

    1 INTRODUO 10 1.1 DEFINIO DO PROBLEMA 11

    1.1.1 Tema e sua Contextualizao 11 1.1.2 Problema de Pesquisa 12

    1.2 JUSTIFICATIVA 13

    2 REVISO DA LITERATURA 14 2.1 O HOSPITAL DO SCULO XXI 14 2.2 ESTRATGIA ORGANIZACIONAL 15 2.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO 16 2.4 CRM - GESTO DO RELACIONAMENTO COM CLIENTES 17

    2.4.1 Seleo da Soluo Orientada ao Retorno Sobre o Investimento (ROI) 20 2.4.2 Gerenciamento da Mudana 21 2.4.3 Principais Benefcios Econmicos do CRM 22

    2.5 CALL CENTER 23 2.5.1 Funcionalidade do Call center 24

    3 OBJETIVOS 26 3.1 OBJETIVO GERAL 26 3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS 26

    4 MTODO DA PESQUISA 27 4.1 DELINEAMENTO 27 4.2 DELIMITAO DA POPULAO ALVO / AMOSTRA 27 4.3 TCNICAS DE COLETAS E ANLISE DE DADOS 28 4.4 LIMITAES DO MTODO E DO ESTUDO 28

    5 RESULTADOS 29 5.1 SISTEMA DE SADE ME DE DEUS 29 5.2 SERVIO DE RADIOLOGIA DO SISTEMA DE SADE ME DE DEUS 29 5.3 SISTEMA DE SADE ME DE DEUS E O CALL CENTER 31

    5.3.1 Estrutura, Organograma e Servios do Call Center 32 5.4 ATENDIMENTO AO CLIENTE - ANTES DA IMPLANTAO DO CALL CENTER 34

    5.4.1 CDI 34 5.4.2 MDI 34

    5.5 ATENDIMENTO AO CLIENTE APS A IMPLANTAO DO CALL CENTER 35 5.6 INFORMAES GERENCIAIS FORNECIDAS PELO CALL CENTER 35 5.7 ANLISE DO VOLUME DE EXAMES NO CDI 36 5.8 ANLISE DO VOLUME DE EXAMES NO MDI 39

    6 DISCUSSO 42

    7 CONSIDERAES FINAIS 44

    ANEXO A 48

  • 10

    1 INTRODUO

    A rea hospitalar encontra-se num momento histrico de muitas mudanas

    tecnolgicas no apenas voltada para a medicina, mas para todo o complexo da sade, tanto

    administrativo quanto assistencial. Hoje, principalmente nos hospitais privados, o paciente

    passou a ser chamado de cliente e, como conseqncia disto, as organizaes passaram a se

    preocupar com a satisfao do cliente com o objetivo de fideliz-lo.

    A fidelizao de clientes uma tendncia no setor da sade. Diante deste novo

    cenrio, algumas instituies de sade esto investindo em ferramentas tecnolgicas, como o

    Call Center para monitorar os clientes na hora do atendimento, com base nos dados e

    informaes fornecidas ou solicitadas. Alm disso, buscam fornecer um atendimento mais

    completo, qualificado e com informaes mais precisas.

    De acordo com Almeida e Mello (2004), o aumento considervel de dados

    disposio dos gestores necessita de uma abordagem mercadolgica para que decises sejam

    tomadas eficazmente, a partir de informaes relevantes, desconsiderando outras desprovidas

    de significado, para a construo de estudos sobre o consumidor e seus hbitos.

    Este trabalho est estruturado em seis captulos, que sero apresentados da seguinte

    forma: Neste captulo, apresentado ao leitor, o problema de pesquisa com a introduo do

    tema, a contextualizao da empresa estudada e a justificativa, ou seja, as razes para a

    execuo do estudo e a viabilidade do mesmo.

    No captulo seguinte encontra-se a reviso terica que serve de base para

    fundamentao da pesquisa, com o objetivo de mostrar o que alguns autores tm escrito sobre

    os conceitos que envolvem o estudo, como Estratgia Organizacional, Gesto de

    Relacionamento com Clientes (CRM) e Call Centers.

    No terceiro captulo so apresentados o objetivo geral e os objetivos especficos da

    pesquisa.

    O quarto captulo aborda o procedimento metodolgico da pesquisa, que um estudo

    de caso nas unidades 1 e 2, do Servio de Radiologia do Sistema de Sade Me de Deus,

    atravs de uma pesquisa qualitativa e quantitativa.

  • 11

    No quinto captulo apresentado o estudo de caso propriamente dito, atravs do

    volume de exames nos perodos mapeados e os impactos da implantao do Call Center no

    primeiro trimestre de implantao.

    Finalmente, nos ltimos captulos, so apresentadas as concluses e consideraes

    finais do estudo.

    1.1 DEFINIO DO PROBLEMA

    1.1.1 Tema e sua Contextualizao

    A rea hospitalar um dos segmentos mais complexos entre as organizaes para se

    gerir, pois envolve equipes de trabalho multidisciplinares (mdicos, enfermeiros,

    nutricionistas, atendentes, etc), com o principal objetivo de proporcionar assistncia de forma

    adequada, suprindo assim as necessidades do paciente e conseqentemente fideliz-lo. Alm

    disso, possui um grande volume de dados e informaes que so gerados na entrada do

    paciente (cliente), mas que nem sempre so adequadamente gerenciados.

    O Centro de Diagnstico por Imagem (CDI) uma empresa da rea da sade

    especializada na realizao de exames por imagem, com a finalidade de auxiliar no

    diagnstico de doenas das diversas reas da medicina. O CDI realiza os seguintes exames:

    Ressonncia Magntica Nuclear (RM), Tomografia Computadorizada (TC), Ecografia (Eco),

    Raio X (RX), Mamografia (Mamo) e Densitometria ssea (Densi).

    O CDI atua no mercado h 25 anos e iniciou suas atividades no Hospital Me de Deus.

    A empresa composta por 6 unidades que ficam inseridas dentro das instituies hospitalares

    que so: Hospital Me de Deus, Me de Deus Center Carlos Gomes, Hospital Nossa Senhora

    do Navegantes (Torres), Hospital So Camilo (Esteio), Hospital Santa Luzia (Capo da

    Canoa) e o Hospital Lauro Rus (Campo Bom).

    A Medicina Diagnstica por Imagem (MDI) foi inaugurada em agosto de 2002, h

    quase 3 anos. a 2 unidade do servio de radiologia em Porto Alegre e fica inserida dentro

    de Me de Deus Center Carlos Gomes.

    O sistema de informaes do CDI disponibilizado pelo Hospital Me de Deus para

    fazer a incluso ou ingresso dos pacientes assim como o faturamento. Hoje, o agendamento e

    a marcao de exames esto sendo realizados pelo Call Center e pela recepo do servio

    quando o paciente vai pessoalmente marcar.

  • 12

    1.1.2 Problema de Pesquisa

    Atualmente, existe uma preocupao muito grande com a satisfao do cliente, pois

    algumas empresas j perceberam que a satisfao do cliente o segredo para aumentar o

    lucro. Acabou o tempo de ver em cada pessoa um cliente; chegou a hora de ver em cada

    cliente uma pessoa (JAN CARLSON, 1995).

    Sendo assim, algumas instituies hospitalares j esto desenvolvendo recursos para

    investir em um sistema de gerenciamento de clientes conhecido como CRM (Customer

    Relationship Management), que significa Gesto de relacionamento com o cliente.

    De acordo com Peppers & Rogers (2004), o CRM uma estratgia de negcio voltada

    ao entendimento e antecipao das necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

    empresa. Alm disso, de um modo geral, os sistemas de CRM devem vislumbrar aplicaes

    analticas para a busca da competitividade no mercado, atravs da sua fonte de informaes

    do cliente.

    O CRM divide-se em trs tipos de estratgias que so o operacional, o colaborativo e o

    analtico, que sero definidos melhor posteriormente. As aplicaes operacionais de CRM

    tratam de aspectos com o cliente atravs da implantao dos Call Centers.

    De acordo com a ABRASPE (2002), o atendimento telefnico estruturado Call Center

    no serve somente para vender, mas tambm para orientar, pesquisar e ouvir as sugestes do

    cliente e, com isso, produzir um diferencial nos produtos, favorecendo a sua melhor

    performance no mercado.

    Diante disto, as empresas da rea da sade esto se voltando para esta tendncia de

    mercado, a implantao de Call Centers. Mas ser que isto vivel na rea da sade, onde o

    fluxo e a demanda de informaes emergem a todo o momento pela complexidade dos

    hospitais e as particularidades de cada paciente exigindo muitas vezes conhecimento tcnico?

    Alm disso, esta ferramenta de certa forma poder engessar o sistema de atendimento, pois o

    padroniza, o que na rea da sade poder causar complicaes, visto que cada paciente possui

    uma peculiaridade parte.

    Sendo assim, o foco central deste trabalho consiste em analisar o impacto da

    implantao de um Call Center numa empresa de diagnstico por imagem.

  • 13

    1.2 JUSTIFICATIVA

    Esta pesquisa de interesse do centro de diagnstico por imagem, pois servir de base

    para futuras tomadas de decises, assim como uma avaliao da implantao tecnolgica Call

    Center, o que ajudar na deciso de ampliao nos demais hospitais do Sistema de Sade Me

    de Deus. Sendo assim, o momento para a pesquisa foi bastante oportuno, visto ser necessrio

    um retorno e um posicionamento em relao a esta estratgia organizacional.

    Outro aspecto importante saber se o Call Center traz benefcios na rea hospitalar,

    visto que a implantao desta tecnologia no setor muito recente no Brasil. Sendo assim, no

    encontramos uma definio ou referncia a respeito.

    Cabe salientar que a empresa proporcionou ao pesquisador todas as condies para

    realizao da pesquisa, atravs do fornecimento dos dados, entrevistas e outras informaes

    necessrias.

  • 14

    2 REVISO DA LITERATURA

    Neste captulo a fundamentao terica do trabalho apresentada, o que propiciou

    referncias para sustentar e gerar o conhecimento cientfico.

    2.1 O HOSPITAL DO SCULO XXI

    Podemos dizer que todas as organizaes esto descobrindo o valor do cliente como

    fator de ganho e sobrevivncia. Os hospitais no esto fora desta abrangncia, embora tenham

    levado mais tempo para se conscientizarem. De certa forma, o cliente de hoje est mais

    exigente, pois conhece mais os seus direitos, logo reivindica por eles.

    De acordo com Londoo et al (2003), o hospital moderno tem algumas caractersticas

    diferentes daquelas do hospital antigo, uma vez que hoje tais instituies so concebidas

    como empresas prestadoras de servios de sade, em disposio permanente para atender a

    todas as expectativas e demandas de um cliente, o paciente; ainda assim dispostas a operar em

    um mundo de competncias e qualidade.

    Cabe salientar que a Tecnologia da Informao (TI), ao expandir-se precisamente no

    final do sculo XX, contribuiu muito para este novo cenrio, pois foi possvel tratar de forma

    mais eficaz, rpida e precisa as informaes. Atualmente, com o volume de dados e

    informaes existentes sobre os clientes disposio dos gestores imprescindvel uma

    anlise mercadolgica para que sejam realizados planejamentos estratgicos adequados e as

    tomadas de decises a partir das informaes sobre o perfil dos clientes, pacientes ou

    consumidores.

    Para Mezomo (2001), o hospital j no pode ser mais o que ele quer, ele precisa ser o

    que seus clientes necessitam, e por isso deve mudar. O passado, mesmo de sucesso, no

    mais parmetro e garantia de qualidade, e nem de sobrevivncia.

    Sendo assim, alguns hospitais, como por exemplo o Hospital Me de Deus, esto

    investindo em sistemas e metodologias de relacionamento com os clientes, atravs da

    implantao de Call Centers, visando aumentar as oportunidades de negcio para a

  • 15

    organizao e para os pacientes (clientes), que sero identificadas atravs do atendimento, ou

    seja, das suas necessidades.

    Na prxima seo, ser abordado o tpico de Estratgia Organizacional, pois

    atravs dela que as decises de uma empresa so norteadas.

    2.2 ESTRATGIA ORGANIZACIONAL

    Estratgia, segundo Oliveira (1999), um caminho, maneira ou ao estabelecida e

    adequada para alcanar os desafios e objetivos da empresa. Ou ainda um conjunto de decises

    formuladas com objetivo de orientar o posicionamento da empresa no ambiente.

    De acordo com Ohmae (1985), entende-se por estratgia, o modo pelo qual a empresa

    procura distinguir-se de maneira positiva da concorrncia, usando seus pontos fortes para

    atender melhor s necessidades dos clientes.

    Para Oliveira (1999), a estratgia dever ser sempre uma opo inteligente, econmica

    e vivel e, sempre que possvel, original e at ardilosa. Dessa forma, constitui-se na melhor

    arma de que pode dispor uma empresa para otimizar a explorao das possveis

    oportunidades. Sejam quais forem os objetivos e desafios estabelecidos, as empresas

    formulam estratgias para o seu alcance. Essas estratgias correspondem a procedimentos e

    dispositivos que a empresa deve usufruir da maneira mais adequada possvel para a situao.

    No conceito de Castelar et al (1995), estratgia , essencialmente, ou pelo menos

    simplificadamente, a fixao de objetivos. Entretanto, deve ser esclarecido que nada serve

    definir uma estratgia da empresa, se ela no for resultado de uma reflexo do conjunto de

    seus autores. Dever haver tambm uma associao destes realizao dos objetivos,

    verificando a pertinncia do processo e se foram obtidos os meios necessrios sua

    realizao.

    Numa empresa, de acordo com Oliveira (2001), a estratgia est relacionada arte de

    utilizar adequadamente os recursos tecnolgicos, fsicos, financeiros e humanos, tendo em

    vista a minimizao dos problemas empresariais e a maximizao do uso das oportunidades

    identificadas no ambiente da empresa. Alm disso, segundo este autor, a estratgia

    empresarial o ajustamento da empresa a seu ambiente, em geral em constante mutao,

    quase sempre com a empresa alterando suas prprias caractersticas, tendo em vista esse

  • 16

    ajustamento. por isso que o processo de implantao e acompanhamento das estratgias

    empresariais ocorre em circunstncias de constante mudana.

    Sendo assim, podemos definir que a estratgia organizacional uma ferramenta

    utilizada para orientar as aes ou decises a serem tomadas com base no posicionamento da

    empresa no ambiente, de maneira que os objetivos da empresa sejam alcanados atravs da

    estratgia organizacional.

    No prximo tpico ser abordado o Marketing de Relacionamento como uma das

    estratgias organizaciona is utilizadas pelas empresas prestadoras de servios.

    2.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO

    O marketing de relacionamento, na definio de Lovelock & Wright (2002), envolve

    atividades destinadas a desenvolver ligaes economicamente eficazes de longo prazo entre

    uma organizao e seus clientes para o beneficio mtuo de ambas as partes.

    Para Gordon (1999), o marketing de relacionamento o processo contnuo de

    identificao e criao de novos valores com clientes individuais e o compartilhamento de

    seus benefcios durante uma vida toda de parceria. Assim como, o processo de identificao e

    satisfao das necessidades do cliente de um modo competitivamente superior a atingir os

    objetivos da organizao.

    De acordo com Gordon (1999), existem seis dimenses que so as essncias do

    marketing de relacionamento. Segundo o autor, tomadas em conjuntos, essas diferenas tm o

    potencial para transformar a viso da empresa sobre o marketing que ela pratica at atingir

    seus objetivos. A seguir as seis dimenses do marketing de relacionamento:

    - Procura criar novo valor para os clientes e compartilhar esse valor entre o produtor e

    o consumidor;

    - Reconhece o papel fundamental que os clientes individuais tm, no apenas como

    compradores, mas na definio do valor que desejam;

    - Exige que uma empresa, com estratgia de marketing focada no cliente, planeje e

    alinhe seus processos de negcios, suas comunicaes, sua tecnologia e seu pessoal

    para manter o valor que o cliente individual deseja;

    - um esforo contnuo e colaborativo entre comprador e o vendedor;

  • 17

    - Reconhece o valor dos clientes por seu perodo de vida de consumo e no como

    clientes que devem ser abordados a cada ocasio de compra;

    - Procura construir uma cadeia de relacionamentos dentro da organizao para criar o

    valor desejado pelos clientes.

    Na prxima seo, ser abordado o CRM (Customer Relationship Management)

    Gesto do Relacionamento com os Clientes, um sistema que vem sendo adotado em

    algumas empresas.

    2.4 CRM - GESTO DO RELACIONAMENTO COM CLIENTES

    Segundo Peppers & Rogers (2004), CRM uma estratgia de negcio voltada ao

    entendimento e antecipao das necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

    empresa. Do ponto de vista tecnolgico, CRM envolve capturar os dados do cliente ao longo

    de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em um banco

    de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa anlise aos

    vrios pontos de contato com o cliente e usar essa informao ao interagir com o cliente

    atravs de qualquer ponto de contato com a empresa.

    CRM, na definio de Swift (2001), uma abordagem empresarial destinada a

    entender e influenciar o comportamento dos clientes, por meio de comunicaes significativas

    para melhorar as compras, a reteno, a lealdade e a lucratividade deles. Ou seja, um

    processo interativo que transforma informaes sobre os clientes em relacionamentos

    positivos com os mesmos.

    Sobre CRM a empresa Symnetics BusinessTransformation (2000, p.5) considera.

    CRM - Customer Relationship Management, ou Gesto do Relacionamento com os Clientes, um Modelo de Gesto que busca prover a empresa de meios mais eficazes e integrados para atender, reconhecer e administrar o relacionamento com o cliente, partindo-se do pressuposto de que mais rentvel manter um bom cliente que conquistar um novo.

    Para Turban et al (2004), CRM significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Esta

    uma abordagem que reconhece que os consumidores so o ncleo do negcio e que o

    sucesso da empresa depende da gesto eficiente das relaes com os mesmos.

    Alm disso, CRM envolve muito mais do que apenas marketing de relacionamento,

    que segundo Mowen e Minor (apud Turban, 1998, p.270), uma tentativa explcita de

    construir uma parceria de longo prazo, caracterizada por uma cooperao significativa e

  • 18

    interdependente entre parceiros, para o desenvolvimento de laos sociais e estruturais,

    subentendendo conceitos de fidelidade e de confiana. Ou seja, o CRM envolve muito mais do

    que vendas ou marketing, pois a empresa precisa ser capaz de mudar a forma como seus

    produtos so configurados ou como proporciona servio ao cliente, baseando-se nas

    necessidades individuais dos consumidores, criando fidelidade do consumidor e, como parte

    do processo, lucratividade para a empresa.

    Segundo Rissato (2004), o grande desafio do CRM gerenciar de forma eficiente

    grandes volumes de informaes e perfis de comportamento. Foi com esta inteno que

    muitas empresas gastaram milhes de dlares comprando softwares, sem saberem que a

    estratgia de CRM deve estar calcada no trip estratgia, banco de dados e sistema.

    De acordo com Pozo (2004), a estratgia de CRM pressupe uma integrao de todos

    os departamentos da empresa para que todos vejam o cliente da mesma forma. Segundo o

    autor, no h nenhum valor dispor de ferramentas como Call Center ou Notebooks com

    acesso on line se no forem usados interligados.

    Para Pozo(2004) o CRM dividi-se em trs partes, o operacional, o colaborativo e, por

    fim, o analtico, que sero definidos a seguir.

    - O CRM operacional, como exemplificado anteriormente, Call Center ou Notebooks

    responsvel pelo suporte do prprio sistema, ou seja, a automao do atendimento, atravs

    da discagem automtica, ampliando o numero de ligaes por operador. Um exemplo na rea

    de suprimentos so os Notebooks utilizados pelas equipes de vendas, com acesso on line, que

    gerenciam os pedidos e a cadeia de suprimentos da empresa.

    - O CRM colaborativo engloba todos os pontos de contato com o cliente em que ocorre

    a interao entre ele e a empresa. Os diversos canais de contatos devem ser preparados para

    no s permitir essa interao, mas tambm o fluxo adequado dos dados resultantes dela para

    o resto da organizao. Entre eles: sistema de escuta ao cliente, e-mail, fax, cartas e outros

    tipos de interao. no CRM colaborativo que so feitas todas as anlises, segmentadas e

    traduzidas para as demais reas da empresa.

    - O CRM analtico, fonte de toda inteligncia do processo, segundo o autor, serve para

    o ajuste das estratgias de diferenciao dos clientes, bem como para o acompanhamento de

    seus hbitos, com o objetivo de identificar suas necessidades e suas futuras necessidades que

    possam ocorrer na vida de cada cliente. Tudo isso com o objetivo de tornar, para os clientes, a

    relao com a empresa algo fcil e conveniente, buscando sua satisfao e fidelidade.

  • 19

    A principal ferramenta do CRM analtico o Data Warehouse (DWR), pois ele que

    fornece informao para os relatrios analticos.

    Segundo Norris (2001), o CRM nos convida a olhar com mais ateno a base atual de

    clientes, entend-los melhor, estreitar o relacionamento buscando prolong-lo e fideliz-lo. A

    proposta do CRM desenvolver, em toda a empresa, um processo contnuo de comunicao

    interativa com os clientes, caracterizando-se por um ciclo de trs fases que so o

    conhecimento, a estratgia e a ao.

    na fase do conhecimento que a empresa, atravs da reunio das informaes

    provenientes dos contatos com os clientes, passa a entender suas necessidades e conhecer suas

    peculiaridades, possibilitando a segmentao em nveis bastante detalhados.

    J na segunda fase possvel determinar estratgias refinadas e mais assertivas de

    atuao junto aos diferentes segmentos de mercado, a partir dos insumos obtidos

    anteriormente.

    Na ltima fase, ocorrem a implementao das estratgias definidas, a monitorao dos

    resultados e a ampliao do conhecimento sobre os clientes atravs da anlise dos resultados

    das aes.

    Na abordagem CRM, esse ciclo se repete continuamente, buscando o aperfeioamento

    constante e o atingimento das metas da empresa.

    O CRM funciona como ferramenta viabilizadora na medida em que auxilia a

    mensurao do grau de alcance dos objetivos estratgicos desde que eles se encontrem

    refletidos nas diferentes dimenses que compem uma organizao. O CRM influencia

    variveis Receitas e Despesas, da seguinte forma:

    As despesas auxiliam na otimizao dos processos de marketing, vendas, atendimento

    ao cliente, entre outros, possibilitando inclusive a otimizao do uso dos oramentos destas

    reas.

    J as receitas possibilitam um melhor relacionamento com o cliente, permitindo o

    aumento proveniente do incremento do Life Time Value (LTV), ou seja, do valor vitalcio do

    cliente. Auxilia na manuteno da base de clientes possibilitando maior preciso nas

    estratgias de marketing e vendas, como por exemplo, cross-sell, keep-sell, up-sell.

    O desdobramento dos objetivos estratgicos nas dimenses de mercado e processos,

    considerando que so as que viabilizam a dimenso financeira, norteiam a escolha das

  • 20

    funcionalidades do CRM, inclusive priorizando aquelas que possuem maior impacto na

    rentabilidade. Auxilia tambm na definio de quais informaes provenientes do sistema

    CRM sero mais crticas para a melhor operacionalizao destas estratgias, ao mesmo tempo

    em que fornece suporte para o monitoramento de seu desempenho, possibilitando inclusive

    anlises de causa e efeito.

    2.4.1 Seleo da Soluo Orientada ao Retorno Sobre o Investimento (ROI)

    De acordo com Norris (2001), na escolha da melhor soluo tecnolgica, o que

    diferencia a escolha, alm das suas prprias caractersticas, a necessidade de cada empresa.

    Nesse sentido, torna-se necessrio analisar as diferenas crticas e estratgicas dos softwares

    disponveis no mercado para que se possa encontrar a melhor soluo para as necessidades

    especficas da empresa.

    Os objetivos esperados so selecionar a melhor soluo CRM para a empresa,

    considerando seus diferenciais competitivos e a plena integrao e atendimento das

    especificidades dos processos relacionais. Alm disso, os produtos gerados da seleo da

    soluo CRM, software e integrador, o estabelecimento das metas a serem alcanadas com a

    implementao.

    Segundo Norris (2001), a transformao proposta pela iniciativa CRM somente se

    viabiliza aps sua implementao. Esta, por sua vez, requer equipar a organizao de modo a

    absorver a mudana, determinar um lder da implementao, estabelecer planos de ao

    detalhados e definir papis e recompensas.

    Para Norris (2001), muitas equipes de projeto no tm qualquer referncia sobre como

    criar um planejamento de projeto realstico, como monitorar o progresso do projeto ou como

    responder s necessidades de mudanas nos planos. O gerenciamento de projetos fornece s

    equipes um processo que as auxilia a coordenar seus esforos de modo que criem o produto

    certo, no tempo certo, para o cliente certo e dentro dos limites estabelecidos pela organizao.

    De acordo com Norris (2001), para a composio da equipe do projeto, deve ser

    considerado a Combinao de Autoridade, Poder e Influncia (CAPI) do mesmo, de modo

    que as mudanas decorrentes do projeto CRM no venha a esbarrar em problemas de ordem

    organizacional.

  • 21

    Habilidade, competncia e conhecimento dos integrantes tambm devem ser

    considerados, como viso empresarial, comprometimento, sistemtica organizacional alm de

    possuir bons conhecimentos da metodologia utilizada e noes de informtica.

    O monitoramento da implementao do CRM, segundo Norris (2001), deve ser

    realizado periodicamente, de acordo com os benefcios estratgicos e econmicos previstos

    inicialmente, possibilitando a tomada de aes corretivas durante todo o seu desenvolvimento.

    A organizao pode julgar o sucesso do projeto a partir dos seguintes critrios:

    - Satisfao dos acionistas:

    Os objetivos estratgicos do projeto foram atendidos bem como os benefcios

    previstos no Business Case foram alcanados;

    - Satisfao dos clientes externos:

    O cliente fica satisfeito ou maravilhado com o produto final (atendimento final);

    O produto final ent regue ao cliente no prazo estipulado com qualidade;

    - Satisfao dos clientes internos:

    A equipe do projeto cumpriu o oramento e a alocao de pessoal;

    Os membros das equipes aumentaram suas competncias e conhecimento como

    resultado do projeto;

    A empresa beneficiou-se das lies aprendidas pelas equipes.

    2.4.2 Gerenciamento da Mudana

    Durante todo o planejamento e implementao do CRM na empresa, de fundamental

    importncia que o Gerenciamento da Mudana (Change Management) seja desenvolvido

    (Norris, 2001).

    Para gerenciar a mudana com sucesso, trs pontos foram destacados:

    - Comprometimento: a transformao deve ser feita pelas pessoas envolvidas no

    processo, incluindo clientes.

    - Equipes: se os integrantes das equipes no possurem uma clara compreenso dos

    vnculos, direo e fronteiras, permanecero estticos, perdero energia e falharo no

    cumprimento das expectativas.

  • 22

    - Anlise de Competncias: o conceito de competncias reflete uma habilidade,

    caracterstica pessoal, atitude e/ou conhecimento que em determinada atividade agrega valor

    ao converter-se em uma ao. Os novos processos redesenhados precisam ser avaliados e

    testados atravs de uma verificao das competncias das pessoas que sero afetadas.

    Os softwares disponveis no mercado oferecem basicamente as seguintes

    funcionalidades: Automao da Fora de Vendas (Sales Force Automation), Marketing,

    Centro de Atendimento aos Clientes (Call Centers), e-Business, Suporte (Help Desks),

    Atendimento ao Campo (Field Service).

    2.4.3 Principais Benefcios Econmicos do CRM

    Para Norris (2001), os principais benefcios do CRM esto relacionados com a reduo

    de custos e aumento de receitas.

    A reduo de custos, aqui considerados como custos de oportunidade, ocorre

    sobretudo na reduo de perdas de clientes ocasionada por uma maior fidelidade. E a grande

    pergunta que acompanha tal afirmao : Como mensurar o custo das perdas de clientes?.

    Para tanto, se faz necessrio o uso do conceito de life time value, que procura calcular o valor

    vitalcio dos clientes.

    Fidelizar os clientes, segundo (Brown apud Pozo, 2004, p.32), traz os seguintes

    benefcios:

    Os benefcios que a empresa tem em fidelizar seu cliente aumento do ciclo de vida do cliente, aumento das vendas, aumento de lucratividade por cliente, aumento de participao na carteira do cliente, reteno do cliente, diminuio de custos, reduo de custos nos processos, melhoria na comunicao com o cliente. Os benefcios para o cliente o acesso a melhor comunicao, melhor facilidade de compra, maior facilidade de comunicao, economia de tempo, necessidades especficas atendidas.

    Um dos princpios bsicos do atendimento estratgico ao cliente reconhecer que

    alguns clientes so mais valiosos do que outros. Todos os empresrios, de alguma forma,

    esto cientes da importncia de alguns clientes em relao a outros, (Brown apud Pozo 2004,

    p.33).

    Podemos citar ainda como benefcios tangveis reduo em custos de marketing, o

    planejamento de mdia e outros que esto relacionados com as receitas das empresas. Tais

    benefcios apresentam caractersticas mais de longo prazo que as redues de custo. So eles

    o aumento das vendas cruzadas (cross selling) e o aumento do valor de cada venda.

  • 23

    2.5 CALL CENTER

    Na definio da Abraspe (2002), o Call Center o local na empresa onde as chamadas

    telefnicas so recebidas e processadas, em grande quantidade, com objetivos ligados s

    funes de contato tais como vendas, marketing, servio ao cliente, orientao, suporte

    tcnico ou qualquer outra atividade administrativa especializada.

    Segundo Peppers & Rogers (2004), no Brasil, os Call Centers tm sido utilizados

    como ferramenta de televendas, na maioria das vezes sem nenhum critrio, pois muitas vezes

    eles tentam vender um produto que o cliente j tem, o que demonstra ausncia de respeito

    com a privacidade do cliente.

    De acordo com Leite (2003), o mercado de Call Centers no Brasil tem se

    desenvolvido fortemente na ltima dcada, atingindo taxas de crescimento anuais em torno de

    30%, o que representou um movimento de R$ 67,4 bilhes durante o ano de 2001, equivalente

    a 6,3% do PIB.

    O avano da utilizao dos Call Centers deve-se tambm ao contnuo

    desenvolvimento da tecnologia da informao e das telecomunicaes, melhorando

    sensivelmente a qualidade do mix de servios prestados por empresas de telefonia. Rapidez de

    resultados, aumento das taxas de reteno, fidelizao e economia no contato com os clientes,

    proporcionadas por Call Centers, tambm so apontados por Leite (2003).

    Atualmente, os Call Centers so considerados uma ferramenta competitiva que

    determina a prpria sobrevivncia do negcio, desencadeando esforos com o objetivo de

    melhorar a imagem da empresa (Abraspe, 2002).

    De acordo com Rissato (2004), existem cinco variveis que devem ser analisadas para

    um Call Center ser produtivo e ser considerado de qualidade.

    - Qualidade das informaes: podemos dizer que a base de um Call Center a

    qualidade das informaes que ele presta. O cliente quer receber informaes seguras e

    objetivas e consegue identificar claramente quando isso ocorre, pela presteza do atendente.

    - Unidade da Comunicao: este um aspecto bastante relevante. Quando h um

    marketing direto divulgando telefone para contato, os agentes do Call Center j devem

    conhecer a campanha como um todo.

    - Tecnologia: a tecnologia apropriada para coletar dados e informaes um fator

    muito importante, pois depender dela para armazenar e gerir as informaes posteriormente.

  • 24

    - Acessibilidade: podemos dizer que este um fator de alto risco para muitos Call

    Centers. medida que disponibilizam um telefone, o caminho j deve estar aberto para

    atender as pessoas rapidamente.

    - Desenvolvimento de pessoas: a importncia do desenvolvimento de pessoas

    indiscutvel. As pessoas necessitam estarem aptas para transmitir informaes de acordo com

    a estratgia da empresa.

    De acordo com a Abraspe (2002), o mais importante de todos os aspectos o fator

    humano. Um Call Center precisa contar, em seu quadro, com profissionais especializados,

    treinados e constantemente reciclados, no que se refere a conhecimentos dos produtos,

    servios e tcnicas de atendimento.

    Podemos dizer que, na rea da sade, deve-se haver uma preocupao ainda maior

    com relao ao fator humano, pois o produto ou servio ofertado requer um atendimento mais

    personalizado do que padronizado, como na grande maioria das empresas que possuem Call

    Center, devido s necessidades peculiares de cada cliente.

    2.5.1 Funcionalidade do Call center

    A funcionalidade do Call Center constituda basicamente por trs fases do processo

    de atendimento ao cliente. De acordo com Greenberg (2001), vejamos no prximo pargrafo,

    as partes que compem o processo de atendimento do Call Center so:

    1 ACD (Automatic Call Distribution) DAC (Distribuidor Automtico de

    Chamadas). Esta a primeira parte do processo, o DAC um roteador de chamadas, ele

    distribui o fluxo das chamadas telefnicas, de acordo com suas caractersticas definidas.

    2 IVR (Interative Voice Response) URA (Unidade de Resposta Audvel). O objetivo

    da URA possibilitar que certas rotinas sejam automatizadas, nesta fase h uma gravao de

    voz que oferece as opes de servios e direciona a um operador capacitado.

    3 CTI (Computer Telephony Integration) - (Integrao Telefnica Computadorizada).

    Esses aplicativos e interfaces que permitem a integrao dos dados com os telefones. Esta

    tecnologia permite que as informaes obtidas tanto via telefone como via Internet sejam

    coletadas a um determinado agente ou roteadas para um computador.

    Segundo a Telemedicina (2005), os principais recursos e aplicaes do Call Center,

    so as posies de atendimento digitais ou analgicas, a gerao de chamadas; a superviso

  • 25

    dos atendimentos entre outros. Alm desses recursos, o correio de voz, os relatrios

    estatsticos sobre trfego, as condies de atendimento, a integrao com qualquer outro

    banco de dados e a URA integrada so outros benefcios de aplicaes do Call Center.

  • 26

    3 OBJETIVOS

    3.1 OBJETIVO GERAL

    Analisar o impacto da implantao de um Call Center sobre o volume de exames

    nas unidades I e II do Servio de Radiologia do Sistema de Sade Me de Deus, nos trs

    primeiros meses.

    3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    ? Identificar as mudanas do processo de agendamento - marcao de exames no

    servio aps a implantao do Call Center nas duas unidades do CDI.

    ? Comparar o volume de exames nas duas unidades no perodo mapeado.

  • 27

    4 MTODO DA PESQUISA

    Neste captulo, apresentado o mtodo de pesquisa que foi utilizado, o delineamento

    da pesquisa, a delimitao da populao, o plano de coleta, anlise de dados e as limitaes do

    mtodo.

    4.1 DELINEAMENTO

    A pesquisa realizada classificada como qualitativa e quantitativa e o mtodo de

    pesquisa um Estudo de Caso em um servio da rea hospitalar. Alm disso, uma pesquisa

    de carter descritivo, pois envolve a obteno e coleta de dados descritivos.

    Segundo Gil (1991), as pesquisas descritivas tm como objetivo a descrio das

    caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou, ento, o estabelecimento de

    relaes entre variveis.

    De acordo com Yin (2001), o estudo de caso uma estratgia de pesquisa que busca

    examinar um fenmeno contemporneo dentro de seu contexto.

    4.2 DELIMITAO DA POPULAO ALVO / AMOSTRA

    A anlise foi realizada nos exames de diagnsticos por imagem realizados no Servio

    de Radiologia do Hospital Me de Deus, unidades I e II. A delimitao desta populao, deve-

    se ao fato da empresa realizar exames de imagem nessas duas unidades e ambas estarem com

    o mesmo servio de Call Center . Foram analisados o volume dos exames realizados no

    Centro de Diagnstico por Imagem das Unidades Jos de Alencar e Carlos Gomes em dois

    momentos, um antes da implantao do Call Center (de 01 de novembro de 2003 a 31 de

    janeiro de 2004) e outro aps (de 01 de novembro de 2004 a 31 de janeiro de 2005). Cabe

    salientar, que esta coleta de dados, objetiva evitar perodos de sazonalidades.

  • 28

    4.3 TCNICAS DE COLETAS E ANLISE DE DADOS

    Conforme Yin (2001), as evidncias para um estudo de caso podem vir de seis fontes

    distintas: documentos, registros em arquivos, entrevistas, observao direta, observao

    participante e artefatos fsicos.

    Nesta pesquisa, foi avaliado o volume de exames no perodo mencionado no tpico

    anterior, que foi coletado atravs de relatrios administrativos fornecidos pelas supervisoras

    das unidades.

    Alm disso, foram obtidas informaes relacionadas aos dados coletados pelo servio

    durante o atendimento e a forma de funcionamento anterior e atual.

    Aps a coleta dos dados, foi feita uma anlise do volume dos exames antes e aps a

    implantao do Call Center, buscando o impacto desta ferramenta tecnolgica para o Centro

    de Diagnstico.

    4.4 LIMITAES DO MTODO E DO ESTUDO

    A limitao do mtodo nesta pesquisa deve-se ao perodo da anlise do impacto da

    implantao do Call Center, por serem nos trs primeiros meses de implantao.

  • 29

    5 RESULTADOS

    5.1 SISTEMA DE SADE ME DE DEUS

    O Sistema de Sade Me de Deus composto pelo Hospital Me de Deus, Centro

    Clnico Me de Deus e Me de Deus Center Carlos Gomes, localizados em Porto Alegre e

    pelos hospitais de Santa Luzia (Capo da Canoa), Campo Bom Dr. Lauro Rus (Campo

    Bom), Nossa Senhora dos navegantes (Torres), Nossa Senhora Aparecida (Muum), pela

    Unidade Mvel de Sade Comunitria (Alvorada), pela Unidade Sanitria Vila Gacha

    (Morro Santa Tereza) e pelo Projeto Viso.

    O Hospital Me de Deus o centro de todo o sistema. uma obra da Congregao das

    Irms Missionrias de So Carlos Borromeo Scalabrianas. Atravs do atendimento a

    pacientes privados e de convnios, obtm recursos para viabilizar cerca de 70% de todo

    atendimento SUS nas regies mais carentes, como o caso dos municpios de Capo da

    Canoa, Campo Bom, Torres, Muum e Alvorada. Alm de transferir os recursos, o Hospital

    Me de Deus repassa seu conhecimento e tecnologia aos hospitais que fazem parte do Sistema

    de Sade. Esse modelo de atendimento assistencial foi adotado h dez anos e vem se

    destacando no setor da sade, alm disso, desde 2002 o hospital firmou um convnio com o

    Ministrio da Sade com a finalidade de levar essa experincia rede pblica nacional.

    Vejamos a seguir o Servio de Radiologia do Sistema de Sade Me de Deus

    5.2 SERVIO DE RADIOLOGIA DO SISTEMA DE SADE ME DE DEUS

    O Servio de Radiologia do Sistema de Sade Me de Deus composto por seis

    unidades que esto inseridas dentro dos seguintes hospitais: 1 Hospital Me de Deus (HMD),

    com uma equipe de 42 mdicos; 2 Me de Deus Center Carlos Gomes com 60 mdicos; 3

    Hospital Nossa Senhora de Navegantes com 1 mdico; 4 Hospital So Camilo com 6

    mdicos; 5 Hospital Santa Luzia, tambm com 1 mdico, e por fim, o 6 Hospital Lauro Rus

    com 2 mdicos no servio de radiologia.

  • 30

    O Centro de Diagnstico por Imagem (CDI) faz parte do Hospital Me de Deus, pois

    os exames realizados so da prpria instituio. Talvez possamos dizer que um servio

    misto, pois a mo de obra tcnica e mdica terceirizada, ou seja, os exames so faturados

    via hospital, e repassados ao SIR (Servio de Imagem Radiolgica) que a empresa dos

    mdicos da radiologia do HMD. Os funcionrios tcnicos da rea de radiologia, como

    auxiliares e tcnicos de enfermagem, tambm so terceirizados por uma empresa

    Cooperativa dos Tcnicos de Radiologia que so supervisionados pelos mdicos do SIR.

    A unidade 1 fica localizada no trreo do hospital, na Rua Jose de Alencar 286 - Bairro

    Menino Deus em Porto Alegre, RS. A empresa est inserida dentro da instituio hospitalar

    h 25 anos realizando os exames de imagem. Atualmente so realizados em mdia 16 mil

    exames por ms, normalmente com horrio previamente marcado exceto o Raio X, que feito

    por ordem de chegada.

    A marcao dos exames pode ser agendada pelo Call Center ou pessoalmente na

    recepo do servio, que funciona das 05 s 24 horas, das 00 s 05 horas o atendimento do

    servio via emergncia. Os pacientes internados so excees, pois so agendados pelo

    servio de enfermagem do andar que liga diretamente para o CDI e marca o horrio do exame,

    que dever ser realizado, preferentemente, no mesmo dia.

    O horrio de atendimento do CDI de 24 horas. Os exames de Raio X no possuem

    horrio pr determinado, pois so realizados por ordem de chegada. Para os demais exames

    existem horrios para agendamento.

    Os exames de Ressonncia Magntica, Tomografia Computadorizada e Ecografia so

    realizados de segunda a sexta-feira das 07 s 22 horas, aos sbados a RM e a TC ocorrem das

    07 s 19 horas e aos domingos das 08 s 19 horas. J a Eco, funciona aos sbados das 07 s 22

    horas e nos domingos das 08 s 12 horas.

    Finalmente, a Densitometria ssea funciona de segunda a sexta - feira das 08 s 19

    horas e aos sbados das 08 s 12 horas.

    A unidade 2, inaugurada h quase trs anos, fica localizada no 6 andar do Me de

    Deus Center, na Rua Soledade - 569, no bairro Trs Figueiras, tambm em Porto Alegre, RS.

    Nesta unidade, o servio de radiologia chamado de Medicina de Diagnstico Por Imagem

    (MDI). Atualmente so realizados em mdia 4 mil exames por ms, sendo feitos normalmente

    com horrio previamente marcado, inclusive o Raio X.

  • 31

    O agendamento dos exames do servio de radiologia da unidade 2 realizado somente

    via telefone, inclusive para os pacientes que vo diretamente na recepo do servio de

    radiologia do MDC, pois os agentes de atendimentos ligam para o Call Center e fazem a

    marcao do exame.

    No MDI, o horrio de atendimento de 24 horas para os pacientes do Pronto

    Atendimento. Para os demais pacientes existem horrios para o agendamento dos exames.

    Os exames de Ressonncia Magntica e o Raio X so realizados de segunda a sexta-

    feira das 07 s 24 horas e aos sbados das 07:30 s 18 horas. A Tomografia Computadorizada

    funciona somente de segunda a sexta-feira das 08 s 19 horas. As Ecografias so realizados de

    segunda a sexta-feira das 08 s 22 horas e aos sbados das 08 s 12 horas. E finalmente, a

    Densitometria ssea e a Mamografia que funcionam das 08 s 18 horas de segunda a sexta-

    feira.

    5.3 SISTEMA DE SADE ME DE DEUS E O CALL CENTER

    O Hospital Me de Deus inaugurou em outubro de 2004 o Call Center, a primeira

    central telefnica a funcionar na rea hospitalar gacha.

    O Call Center foi criado com o objetivo de atender a uma demanda reprimida de

    chamadas realizadas por clientes e mdicos aos servios do Sistema de Sade Me de Deus.

    Para tanto, foi adquirida uma central telefnica que concentrou o atendimento via

    telefone, atravs dos seus nmeros de acesso aos servios. Esse servio funciona 24 horas por

    dia, sete dias por semana, interligando na primeira fase o Hospital Me de Deus, o Centro

    Clnico Me de Deus e o Me de Deus Center Carlos Gomes.

    Os atendimentos que esto sendo realizados pelo Call Center so o agendamento de

    servios de diagnsticos e tratamento no CDI, como mamografia, densitometria, ecografia,

    ressonncia e tomografia. Alm destes exames, tambm so feitas as marcaes para a

    medicina fetal, a endoscopia, a audiologia, o laboratrio de an lises clnicas, a litotripsia, a

    radiologia odontolgica e a urodinmica.

    Alm desses servios, atravs do Call Center, agenda-se cirurgias, internaes e

    consultas mdicas. Alm disso, abrange o servio de informao, atendimento ao cliente e

    servio de telefonia para o cliente em internao.

  • 32

    O Call Center est estruturado com uma central nica de atendimento e possui 25

    posies de atendimentos (PA). Atualmente, localiza-se na Rua Costa, 150 (fundos do

    Hospital Me de Deus). Posteriormente todos os hospitais do Sistema de Sade Me de Deus

    estaro interligados no Call Center.

    Atualmente, no existe um nmero nico para o Call Center, pois vrios nmeros

    telefnicos so atendidos pelo Call Center, como por exemplo, o geral, (51) 3230-2000, o do

    CDI, (51) 3230-2420, o do Centro Clnico, (51) 3230-2600, o do Me de Deus Center, (51)

    3378-9999 entre outros, que tambm do acesso.

    A URA (Unidade de Resposta Audvel) disponvel no Call Center do Sistema de

    Sade Me de Deus, de acordo com Greenberg (2001), um servio oferecido pela central

    telefnica, que inicia o processo de atendimento atravs de uma URA. Tal unidade

    composta por uma gravao de voz que oferece um menu de servios que qualificam a

    chamada e a designam a um operador capacitado ao atendimento solicitado conforme anexo

    A, tambm chamado de Ilhas de Atendimento, bem como identifica o agente da ligao

    realizada ao Me de Deus.

    Uma das vantagens ao trafegar pela URA ao ligar para o Call Center a prioridade de

    atendimento na entrada das chamadas, identificao do servio desejado, agilidade na

    resposta, alm da identificao do cliente ou do mdico. Alm disso, neste momento que se

    identifica a preferncia do cliente para ser atendido, se no Hospital Me de Deus ou no Me

    de Deus Center, atravs do identificador de chamadas pelo nmero do telefone discado.

    5.3.1 Estrutura, Organograma e Servios do Call Center

    5.3.1.1 Estrutura

    O Call Center do Sistema de Sade do Hospital Me de Deus est estruturado com

    uma central nica de atendimento, funcionamento 24horas por dia, 7 dias por semana, 365

    dias por ano.

    Alm disso, possui uma URA (Unidade de Resposta Audvel), um discador para Call

    Back e um software para gesto de Call Center com roteamento do perfil de agente.

    A rea composta de 25 posies de atendimento, conta com um quadro funcional de

    44 agentes de atendimento I, 03 agentes de atendimento II, 02 analistas e um 01 assistente.

  • 33

    5.3.1.2 Organograma Bsico

    Figura 1: Organograma funcional do Call Center

    5.3.1.3 Produtos e Servios do Call Center

    Os produtos do Call Center so o agendamento de servios de diagnstico e

    tratamento e de cirurgias e intrenaes. Alm disso, torre de controle para verificar

    autorizao dos convnios para internao de pacientes assim como, solicitao de materiais

    cirrgicos. E por fim, a marcao das consultas mdicas do Centro Clnico Me de Deus.

    Os servios disponibilizados pelo Call Center so de informaes, de atendimento ao

    cliente (SAC) e aos servios terceirizados pelo Sistema de Sade Me de Deus, pois nestes, o

    agendamento e as informaes referentes aos exames so transfereridos para os terceiros que

    iro finalizar o atendimento.

    CALL CENTER GERENTE

    SUPERVISOR

    ANALISTAS ASSISTENTE

    AGENTES DE ATENDIMENTO

    DIRETORIA

  • 34

    5.4 ATENDIMENTO AO CLIENTE - ANTES DA IMPLANTAO DO CALL CENTER

    5.4.1 CDI

    O agendamento de exames era realizado basicamente de duas formas. A primeira com

    o paciente pessoalmente na recepo no horrio entre as 06 e 22 horas, de segunda a sbado.

    Domingos, feriados e entre as 22 e 06 horas no havia agendamento de exames, pois nesse

    perodo no h agente de atendimento no servio.

    A outra maneira de agendamento era via telefone, atravs de um grupo de quatro

    funcionrios que trabalhavam 8 horas / dia (220 horas / ms), no perodo das 06 s 20 horas

    de segunda a sexta-feira e nos sbados das 08 s 12 horas. Com exceo destes horrios, as

    telefonistas informavam aos clientes o horrio de funcionamento do servio para que ligassem

    posteriormente para marcar ou obter alguma informao mais especfica.

    De acordo com o projeto de implantao do Call Center, o Hospital Me de Deus

    possua uma taxa de transbordo das ligaes telefnicas de 37%. Isto significa, que 37% das

    ligaes recebidas no conseguia ser atendida, pois ficava na espera ou acabava desistindo

    aps o 5 toque da chamada.

    Alm desse ndice, existe outro dado relevante com o atendimento telefnico. O

    padro universal de ligaes por agente de atendimento de 200 ligaes/ dia, os agentes do

    hospital possuem uma mdia superior a 300 ligaes/ dia.

    Este ltimo dado coincide com dois fatores existentes nos setor que so: um alto ndice

    de Turn-over e a diminuio da qualidade no atendimento.

    5.4.2 MDI

    No MDI a marcao dos exames era realizada somente por telefone, mesmo que os

    pacientes se dirigissem recepo do servio, pois os agentes de atendimentos ligavam para a

    central de marcao e agendavam o exame do paciente. A recepo do servio funcionava de

    segunda a sexta feira das 08 s 20 horas e nos sbados das 08 s 12 horas. O atendimento

    telefnico era centralizado em uma sala, com um grupo de 15 agentes de atendimentos. Estes

    funcionrios possuam uma carga horria de 6 horas /dia x 6 dias por semana. Esta central

    telefnica operava diariamente, 24 horas por dia. Nesta unidade, alm da marcao de exames

    eram fornecidas todas as informaes do Me de Deus Center, sendo elas referentes ao

    hospital dia, medicina diagnstica e s clnicas especializadas. Segundo informaes do

  • 35

    projeto de implantao, no MDC, a taxa de transbordo de ligaes era de 12%, ndice este

    melhor, se comparado com o do Hospital Me de Deus.

    De acordo com o projeto de implantao do Call Center uma das metas era diminuir

    para 5% as taxas de transbordo existentes anteriormente nas duas unidades.

    5.5 ATENDIMENTO AO CLIENTE APS A IMPLANTAO DO CALL CENTER

    Com a implantao do Call Center as duas unidades se unificaram. Os funcionrios da

    unidade 2, no Me de Deus Center, foram todos desligados da empresa e contratados pelo

    Hospital Me de Deus com exceo de um, que foi demitido. J os funcionrios do CDI com

    carga horria de 8 horas foram includos no Call Center, mas com funes diferenciadas dos

    demais agentes de atendimento.

    Os atendimentos telefnicos passaram a ser de 24 horas por dia, 7 dias por semana,

    365 dias por ano. Conforme o anexo 1, podemos visualizar melhor como ficou a estrutura do

    servio com o quadro de funcionrios nas respectivas Ilhas de Atendimento ou tambm

    chamadas de Posies de Atendimentos (PA).

    5.6 INFORMAES GERENCIAIS FORNECIDAS PELO CALL CENTER

    De acordo com a proposta do Call Center, possvel que os gestores obtenham as

    informaes gerenciais como o nmero de ligaes que entram no sistema de sade por hora,

    o nmero de atendimentos por agente, o tempo mdio exercido por turno e por ilhas de

    atendimento. Alm dessas, podemos mensurar a taxa de abandono em tempo real, o horrio

    crt ico, os horrios de vale e a efetividade do CallBack, assim como, a seleo dos grupos de

    clientes e a escuta telefnica, incluindo conferncia entre o agente o analista e o cliente.

    Todas estas informaes so disponveis no software utilizado. No entanto, ainda no

    havia, no hospital, resultados analticos destas informaes. Alm disso, o software que as

    gerencia armazena estes dados por no mximo dois meses, no havendo como obt-los para

    analisar o perodo estudado.

  • 36

    5.7 ANLISE DO VOLUME DE EXAMES NO CDI

    Tabela 1. Volume de exames realizados no CDI antes da implantao do Call Center (1 perodo da anlise).

    Exame nov/03 dez/03 jan/04 Total RM 785 748 846 2.379 TC 1.077 959 762 2.798 RX 7.433 7.281 6.180 20.894 ECO 4.923 4.608 4.722 14.253 MAMO 781 642 620 2.043 DENSI 433 516 403 1.352 Total 15.432 14.754 13.533 43.719

    Figura 2. Nmero mensal de exames realizados no CDI antes da implantao do Call Center.

    0 1000

    2000 3000 4000

    5000 6000 7000

    8000

    Volume de exames

    nov/03 dez/03 jan/04

    1 Perodo: Antes do Call Center

    RM TC RX ECO MAMO DENSIO

  • 37

    Tabela 2. Volume de exames realizados no CDI aps a implantao do Call Center (2 perodo da anlise).

    Exame nov/04 dez/04 jan/05 Total RM 884 883 911 2.678 TC 1.092 1.049 1.057 3.198 RX 7.801 7.018 6.590 21.409 ECO 4.986 5.733 4.880 15.599 MAMO 733 782 667 2.182 DENSI 584 584 532 1.700 Total 16.080 16.049 14.637 46.766

    Figura 3. Nmero mensal de exames realizados no CDI aps a implantao do Call Center.

    0 1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    Volume de Exames

    nov/04 dez/04 jan/05

    2 Perodo: Aps o Call Center

    RM TC RX ECO MAMO DENSIO

  • 38

    Tabela 3. Comparao do nmero de exames realizados no CDI antes e aps a implantao do Call Center.

    Novembro Dezembro Janeiro Exame Antes Aps % Antes Aps % Antes Aps %

    RM 785 884 12,6 748 883 18,0 846 911 7,7 TC 1077 1092 1,4 959 1049 9,4 762 1057 38,7 RX 7433 7801 5,0 7281 7018 -3,6 6180 6590 6,6 ECO 4923 4986 1,3 4608 5733 24,4 4722 4880 3,3 MAMO 781 733 -6,1 642 782 21,8 620 667 7,6 DENSIO 433 584 34,9 516 584 13,2 403 532 32,0 Total 15.432 16.080 4,2 14.754 16.049 8,8 13.533 14.637 8,2

    Figura 4. Comparao do nmero mensal de exames realizados no CDI antes e aps a implantao do Call Center.

    0

    2000

    4000

    6000

    8000 10000

    12000

    14000

    16000

    18000

    Antes Aps Antes Aps Antes Aps

    Novembro Dezembro Janeiro

    RM

    TC

    RX

    ECO

    MAMO

    DENSIO

    Total

  • 39

    5.8 ANLISE DO VOLUME DE EXAMES NO MDI

    Tabela 4. Volume de exames realizados no MDI antes da implantao do Call Center (1 perodo da anlise).

    Exame nov/03 dez/03 jan/04 Total RM 339 309 340 988 TC 172 174 246 592 RX 834 730 885 2.449 ECO 645 542 687 1.874 MAMO 97 84 109 290 DENSIO 50 34 43 127 Total 2.137 1.873 2.310 6.320

    Figura 5. Nmero mensal de exames realizados no MDI antes da implantao do Call Center.

    0 100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    nov/03 dez/03 jan/04

    1 Perodo: antes do Call Center

    RM TC

    RX ECO MAMO DENSIO

  • 40

    Tabela 5. Volume de exames realizados no MDI aps a implantao do Call Center (2 perodo da anlise).

    Exame nov/04 dez/04 jan/05 Total RM 667 599 581 1.847 TC 395 347 297 1.039 RX 1.822 1.678 1.420 4.920 ECO 1.064 1.075 925 3.064 MAMO 176 194 114 484 DENSIO 97 109 81 287 Total 4.221 4.002 3.418 11.641

    Figura 6. Nmero mensal de exames realizados no MDI aps a implantao do Call Center.

    0 200 400 600 800

    1000 1200

    1400 1600 1800

    2000

    nov/04 dez/04 jan/05

    2 Perodo: aps o Call Center

    RM TC RX ECO MAMO DENSIO

  • 41

    Tabela 6. Comparao do nmero de exames realizados no MDI antes e aps a implantao do Call Center.

    Novembro Dezembro Janeiro Exame Antes Aps % Antes Aps % Antes Aps %

    RM 339 667 96,8 309 599 93,9 340 581 70,9 TC 172 395 129,7 174 347 99,4 246 297 20,7 RX 834 1822 118,5 730 1678 129,9 885 1420 60,5

    ECO 645 1064 65,0 542 1075 98,3 687 925 34,6 MAMO 97 176 81,4 84 194 131,0 109 114 4,6

    DENSIO 50 97 94,0 34 109 220,6 43 81 88,4 Total 2.137 4.221 97,5 1.873 4.002 113,7 2.310 3.418 48,0

    Figura 7. Comparao do nmero mensal de exames realizados no MDI antes e aps a implantao do Call Center.

    0500

    1000

    15002000250030003500

    400045005000

    Antes Aps Antes Aps Antes Aps

    Novembro Dezembro Janeiro

    RMTCRXECOMAMODENSIOTotal

  • 42

    6 DISCUSSO

    Com base na anlise do volume de exames da unidade 1, do Servio de Radiologia do

    Hospital Me de Deus, conhecido tambm como CDI, podemos concluir que houve um

    aumento mdio de 7% nos meses comparados. Este ndice deve-se ao fato da unidade

    trabalhar com a capacidade mxima de atendimento, sendo assim este aumento esta dentro da

    perspectiva de crescimento da organizao. Acredito que o Call Center trouxe para esta

    unidade maior disponibilidade no atendimento telefnico, e como conseqncia, um possvel

    aumento da satisfao dos clientes ao entrarem em contato com o hospital, pois podem obter

    informaes sobre os exames e realizar a marcao independente do dia ou horrio que

    ligarem.

    Por outro lado, ao analisarmos o volume dos exames da unidade 2, no Me de Deus

    Center tambm conhecido como MDI, percebemos um aumento mdio de 84%, sendo que ao

    compararmos o ms de dezembro em 2003 e 2004 obtemos um aumento de 113,7% sobre o

    volume de exames. Podemos concluir que este aumento deve-se a alguns fatores importantes,

    alm claro, da implantao do Call Center.

    Primeiramente devemos lembrar que a unidade 2, est no mercado h pouco tempo, 3

    anos, e a cada ano a Medicina Diagnstica por Imagem est aumentando o volume de

    atendimentos em funo de toda estrutura do Me de Deus Center Carlos Gomes, que o

    hospital dia e as clnicas especializadas, que vem crescendo a cada ano.

    Em conseqncia disto, existe de certa forma disponibilidades de horrios, ou seja,

    ociosidade na agenda dos exames, que com a centralizao da marcao de exames foi

    possvel oferecer ao cliente do Sistema de Sade Me de Deus a disponibilidade para realizar

    os exames nesta unidade para em casos de urgncia ou preferncia. Alm disso, cabe salientar

    que no MDI ainda no existe o atendimento para clientes UNIMED, exceto para os

    atendimentos realizados na emergncia, o que centraliza estes atendimentos no Hospital Me

    de Deus, ocasionando por outro lado, um aumento do nmero de atendimentos de outros

    convnios no Me de Deus Center Carlos Gomes.

    Entretanto, apesar das variveis existentes, tempo de atividade e ociosidade de

    horrios, existe um crescimento no volume de exames com a implantao do Call Center na

  • 43

    unidade 2. Alm disso, podemos crer que este aumento maior do que o volume estimado

    pela instituio para esta unidade, uma vez que se obteve uma mdia de 84% de aumento.

  • 44

    7 CONSIDERAES FINAIS

    De acordo com a Abraspe (2002), os Call Centers so considerados uma ferramenta

    competitiva que determina a prpria sobrevivncia do negc io, desencadeando esforos com

    o objetivo de melhorar a imagem da empresa.

    O Sistema de Sade Me de Deus est com esta viso de negcio, pois um dos

    objetivos de estratgia da implantao do Call Center gerar oportunidades de negcio com

    base no modelo de gesto coorporativa, ou seja, no olhando para uma unidade, mas

    trabalhado em prol das duas, e isto pode ser observado no volume dos exames apresentados

    anteriormente.

    Sendo assim, foi possvel verificar neste estudo, que houve um impacto considervel

    sobre o volume de exames na unidade 2 aps a implantao do Call Center. Alm disso, o

    hospital esta atingindo os objetivos institucionais, a partir do momento que o cliente liga para

    marcar um exame e agendado de acordo com as necessidades do mesmo.

    O perodo de realizao da pesquisa foi no primeiro trimestre de implantao do

    sistema, que possibilitou verificar algumas dificuldades encontradas, alm de perceber que os

    treinamentos dos agentes so realizados periodicamente com a finalidade de todos estarem

    cientes das informaes e mudanas existentes, at porque, neste perodo, o Call Center est

    em processo de adaptao e tambm de melhorias.

  • 45

    REFERNCIAS

    ABRASPE.Call Center em Sistemas de Sade . So Paulo: Navegar, 2002.

    ALMEIDA, G. W; MELLO, R. C. Uso de Novas Tecnologias de Informaes por Profissionais da rea da Sade na Bahia. Revista de Administrao Contempornea, So Paulo, v.8, n. 3, p.9-27, Jul / Set 2004.

    AMORIM, R. M. CRM (Customer Relationship Management): Estudo de Caso no Sistema de Sade Me de Deus . 2004. 120 f. Monografia do curso de Administrao Hospitalar) UNISINOS, So Leopoldo.

    CASTELAR, Rosa M. MORDELET, Patrick.; GRABOIS, Victor. Gesto hospitalar: Um desafio para o hospital brasileiro. So Paulo: ENSP, 1995.

    DAVIDSON, Phillip L. Healthcare Information Systems . Flrida: Averbach, 2000.

    FURAST, Pedro Augusto. Normas Tcnicas para o Trabalho Cientfico. Explicitao das Normas da ABNT. 11 ed. Porto Alegre: s.n., 2002.

    GIL,A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. So Paulo: Atlas, 1991.

    GORDON, Ian. Marketing de Relacionamento: estratgias, tcnicas e tecnologias para conquistar clientes e mant-los para sempre. So Paulo: Futura, 1998.

    GREENBERG, Paul. CRM: Customer Relationship Management na Velocidade da Luz: Conquista e lealdade de clientes em tempo real na internet. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

    LEITE, Marcos. O passado, o presente e o futuro do call center no Brasil.2003. Disponvel em: http://www.callcenter.inf.br/default.asp?sp=Materia_integra.asp&secao=1&Codigo=3726 Acesso em: 19 de jan. 2005.

    LONDOO, Malagn; MORERA, Galn; LAVERDE Pontn. Administrao Hospitalar. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003.

    LOVELOCK, Christopher; WRIGHT, Lauren. Servios: Marketing e Gesto. So Paulo: Saraiva, 2002.

    MEZOMO, Joo C. Gesto da Qualidade na Sade : Princpios Bsicos. So Paulo: Manole, 2001.

    MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL. Safri de Estratgia: Um roteiro pela selva do planejamento estratgico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

  • 46

    NOGUEIRA , Luiz Carlos L. Gerenciando pela Qualidade Total na Sade . 2 ed. Belo Horizonte, MG: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1999.

    NORRIS, Grant et al. E Business e ERP. Transformando as Organizaes. Rio de Janeiro: Qualitymark 2001.

    O BRIEN, James A. Sistemas de Informao e as Decises Gerenciais na Era da Internet. 9 ed. So Paulo: Saraiva, 2001.

    OHMAE, Kenichi. O estrategista em ao. A arte japonesa de negociar. Traduzido por: Oswaldo Chiquetto. So Paulo: Pioneira, 1985.

    OLIVEIRA, Djalma P. R de. Estrtgia Empresarial e Vantagem Competitiva: Como estabelecer implementar e avaliar: So Paulo: Atlas, 2001.

    OLIVEIRA, Djalma P. R de. Planejamento Estratgico: Conceitos, metodologia e prtica. So Paulo: Atlas, 1997.

    PEPPERS & ROGERS GROUP. CRM Series Marketing 1 to 1 3 ed. - So Paulo, 2004.

    POZO, Hamilton. Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais: Uma abordagem Logstica. 3 ed. - So Paulo: Atlas, 2004.

    Projeto de Implantao de Call Center Sistema de Sade Me de Deus - Etapa II, 2004.

    RISSATO, Marcelo. O cliente por um fio: O que voc precisa saber sobre marketing e call center. So Paulo: Nobel, 2004.

    Servios: Call Center agiliza atendimento e acesso aos servios. Giornale: Comunicao Empresarial, Porto Alegre, dezembro de 2004.

    Sistema de Sade Me de Deus implanta Call Center. Disponvel em: http://www.maededeus.com.br/1_sistemacall.asp> Acesso em 18 de nov. 2004.

    SWIFT, Ronald. CRM, Customer Relationship Management : o revolucionrio marketing de relacionamento com o cliente; - 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

    Symnetics Business Transformation. Revista Excellence. Customer Relationship Management. Ano IV, n Abril de 2000.

    Telemedicina: Por que usar Call Center na rea da Sade? Disponvel em: Acesso em: 19 jan. 2005.

    TURBAN, Efraim; EPHRAIM MacLean; WETHERBE James. Tecnologia da Informao para Gesto. Porto Alegre: Bookman, 2004.

  • 47

    VIEIRA, Fabio. Humanizar o relacionamento. 2005 Disponvel em: Acesso em: 19 de jan. 2005.

    YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e mtodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

  • 48

    ANEXO A

    HORRIOS DO CALL CENTER

    PK

    08:00 12:00 13:30 17:00 Funcionrio: 01

    14:00 20:15 Funcionrio: 02

    Central de Materiais Pr

    08:00 12:00 13:30 17:06 Funcionrio: 03

    09:30 13:00 15:00 18:36 Funcionrio: 04

    12:00 16:00 17:00 20:36 Funcionrio: 05

    Agendamento Cirrgico

    07:00 13:15 Funcionrio: 06

    08:00 14:15 Funcionrio: 07

    08:45 15:00 Funcionrio: 08

    13:00 19:00 Funcionrio: 09

    14:15 20:30 Funcionrio: 10

    13:30-19:00-20:00 22:06 Funcionrio: 11

    17:45-00:00 Funcionrio: 12

    Central de Leitos

    08:00 14:15 Funcionrio: 13

    10:00 12:00 13:30 19:00 Funcionrio: 14

    17:45 00:00 Funcionrio: 15

  • 49

    CDI

    07:05 13:20 Funcionrio: 16

    07:45 14:00 Funcionrio: 17

    08:00 14:15 Funcionrio: 18

    08:30 15:45 Funcionrio: 19

    08:30 11:00 12:00 17:06 Funcionrio: 20

    09:00 13:00 14:00 17:36 Funcionrio: 21

    09:00 12:00 13:00 17:36 Funcionrio: 22

    10:00 16:15 Funcionrio: 23

    11:00 17:15 Funcionrio: 24

    12:00 16:00 -17:00 -21:00 Funcionrio: 25

    14:00 20:15 Funcionrio: 26

    14:45 21:00 Funcionrio: 27

    16:00 22:15 Funcionrio: 28

    Informaes / Consultas

    06:00 12:15 Funcionrio: 29

    06:30 12:45 Funcionrio: 30

    07:30 13:45 Funcionrio: 31

    08:00 14:15 Funcionrio: 32

    08:00 11:30 12:30 16:30 Funcionrio: 33

    08:45 15:00 Funcionrio: 34

    10:00 16:15 Funcionrio: 35

    11:00 13:30 14:30 19:36 Funcionrio: 36

    12:15 18:30 Funcionrio: 37

    13:30 19:45 Funcionrio: 38

    14:00 20:15 Funcionrio: 39

    14:00 20:15 Funcionrio: 40

    17:45 00:00 Funcionrio: 41

    00:00 06:15 Funcionrio: 42