· Os prêmios emitidos da Companhia totalizaram no primeiro semestre de066,72014 R$ 3. milhões,...

79

Transcript of  · Os prêmios emitidos da Companhia totalizaram no primeiro semestre de066,72014 R$ 3. milhões,...

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 

 Senhores Acionistas, 

 

Submetemos à apreciação de V.Sas. o  relatório da administração e as demonstrações  financeiras  relativas aos 

semestres findos em 30 de junho de 2014 e de 2013, acompanhadas do relatório dos auditores independentes. 

 

Prêmios emitidos 

 

Os prêmios emitidos da Companhia totalizaram no primeiro semestre de 2014 R$ 3.066,7 milhões, aumento de 

R$ 408,5 milhões ou 15,4% em relação aos R$ 2.658,2 milhões no primeiro semestre de 2013.  

 

Investimentos 

 

A Companhia fez investimentos, no montante de R$ 155,5 milhões em 2014. Do total investido, R$ 57,5 milhões 

foram destinados a terrenos, obras e edificações; R$ 98,0 milhões foram destinados a equipamentos e sistemas 

de informática, rastreadores, móveis, veículos e outros investimentos. 

 

Despesas administrativas e com tributos 

 

 

Em 2014, o índice de despesas administrativas e com tributos sobre os prêmios ganhos foi de 18,8% e em 2013 foi de 20,9%, com redução de 2,1 pontos percentuais.  O modelo  adotado  pela  empresa  para  gestão  de  custos  e  os  investimentos  realizados  para  otimização  de processos  e  sistemas  estão  contribuindo  para  ganhos  de  eficiência  operacional.  Isso  faz  parte  da  nossa estratégia, que visa obter ganhos contínuos de produtividade, sem  impactar negativamente o nível de serviço para clientes e corretores.  

Resultado financeiro 

 

As receitas financeiras totalizaram em 2014 R$ 203,6 milhões, com um aumento de R$ 66,3 milhões, ou 48,3% em  relação aos R$ 137,3 milhões em 2013 devido a:  (i) as  receitas com aplicações  financeiras  totalizaram em 2014 R$ 114,1 milhões, com um aumento de R$   46,1 milhões, ou 67,8% em  relação aos R$ 68,0 milhões em 2013, que decorre do aumento da taxa efetiva para 5,60% em 2014 em relação aos 2,92% em 2013, compensada pela redução de 12,5% nas aplicações financeiras médias para R$ 2.037,5 milhões em 2014, em relação aos R$ 2.328,8 milhões em 2013 e (ii) as outras receitas financeiras totalizaram R$ 89,5 milhões em 2014, com aumento de R$ 20,2 milhões, ou 29,1% em relação aos R$ 69,3 milhões em 2013.  As despesas financeiras totalizaram em 2014 R$ 30,9 milhões, com uma redução de R$ 20,7 milhões, ou 40,1% em relação aos R$ 51,6 milhões em 2013.       

3

Índice combinado 

 

O  índice  combinado  (total  de  gastos  com  sinistros  retidos,  despesas  de  comercialização,  despesas 

administrativas e despesas com tributos, sobre prêmios ganhos), em 2014 foi de 91,3%, aumento de 1,1 ponto 

percentual em  relação aos 90,2% do ano anterior. Esta variação decorre, principalmente, do aumento de 3,1 

pontos percentuais no  índice de sinistralidade para 50,6% em 2014, em relação aos 47,5% do ano anterior, do 

aumento de 0,1 ponto percentual no índice de despesas de comissionamento, para 21,9% em 2014, em relação 

aos  21,8%  do  ano  anterior,  compensado  pela  redução  de  2,1  pontos  percentuais  no  índice  de  despesas 

administrativas e com tributos, para 18,8% em 2014, em relação aos 20,9% do ano anterior. 

 

O  índice combinado ampliado, que  inclui o  resultado  financeiro, em 2014  foi de 86,3%,  redução de 1,0 ponto 

percentual em relação aos 87,3% do ano anterior. 

 

Lucro líquido do semestre 

 

O  lucro  líquido  totalizou  em  2014  R$ 168,8 milhões,  registrando  um  aumento  de  34,8%  sobre  os  R$ 125,2 

milhões obtidos em 2013.  

 

O lucro por ação foi de R$ 0,38 em 2014 comparado com R$ 0,28 do ano anterior. 

 

Distribuição de dividendos 

 

De acordo com o estatuto são assegurados aos acionistas dividendos mínimos obrigatórios de 25%, calculados 

sobre o lucro líquido ajustado, os quais são determinados por ocasião do encerramento do exercício. 

 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL 

 

Os  conceitos  e  atributos da Responsabilidade  Social  e Ambiental  sempre  estiveram,  de  alguma maneira,  em 

pauta nas estratégias corporativas e de negócios da Porto Seguro. 

 

Ao longo dos últimos anos, as iniciativas socioambientais da Companhia têm crescido de forma consistente, um 

exemplo disso foi a inclusão deste posicionamento na missão da empresa. Essa conquista e visibilidade fizeram 

com que  funcionários e demais públicos da Porto Seguro passassem a olhar as atividades e o próprio negócio 

com o viés da Sustentabilidade. Seguindo esse novo modelo de atuação, a Sustentabilidade tornou‐se integrada 

e sistêmica, voltada a cada um dos  inúmeros produtos e serviços, potencializando assim, a leveza e a gentileza 

com que a empresa busca atender seus públicos de interesse. 

 

Percebendo a importância do tema, o mercado segurador também se movimentou para consolidar a cultura da 

Sustentabilidade.    Em  junho  de  2012  foi  lançado  o  PSI  –  Princípios  para  Sustentabilidade  em  Seguros,  uma 

iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente/Iniciativa Financeira – UNEP/FI em parceria 

com  a  CNseg  (Confederação  Nacional  das  Empresas  de  Seguros  Gerais,  Previdência  Privada  e  Vida,  Saúde 

Suplementar e Capitalização).  

4

Acreditando que o movimento  contribuiria  para  a  formação de uma nova  consciência  entre  as  empresas do 

setor, ainda em 2012, a Porto Seguro aderiu ao PSI e adotou ações em sinergia com o programa. São elas: 

‐ diretriz de Responsabilidade Social e Ambiental que orienta na toma da de decisões; 

‐ inserção de cláusula socioambiental em contratos de prestadores; 

‐ capacitação e diálogos com funcionários e prestadores sobre questões ambientais, sociais e de governança; 

‐ integração dessas questões ao processo de concorrência e seleção de parte da cadeia de fornecedores. 

 

PROJETOS SOCIAIS 

Os  projetos  sociais  da  Porto  Seguro  estão  fundamentados,  principalmente,  na  educação  e  capacitação 

profissional para contribuir com o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e cidadã. Em 2014, destacam‐

se os seguintes projetos: 

 

Programa de voluntariado 

Propicia aos  funcionários, prestadores e Corretores a oportunidade de praticarem o voluntariado. Acredita‐se 

que é preciso estimular, sensibilizar e oferecer ambiente favorável para que as pessoas encontrem sua melhor 

maneira de ser voluntário. A estratégia é promover diversas formas de atuação voluntária, sejam individuais ou 

coletivas, dentro ou fora do horário de expediente, com crianças, adultos ou idosos. 

Neste ano, foram aproximadamente 500 participações voluntárias que atenderam, por meio de ações pontuais 

como oficinas  socioeducativas, palestras educacionais, atividades de  lazer e qualidade de vida,  cerca de 1490 

pessoas em organizações sociais de todo o Brasil. 

 

Campanhas de arrecadações 

Ao  longo do ano, são  realizadas campanhas de arrecadação por todo o Brasil. No primeiro semestre de 2014, 

foram 24866 itens arrecadados entre roupas, sapatos, brinquedos, material escolar, produtos de higiene pessoal 

e alimentos. No total foram 20965 pessoas beneficiadas de 106 instituições credenciadas pela Porto Seguro pelo 

Brasil. 

 

Instituto Porto Seguro 

Inaugurada  em  2005,  a  Casa  Campos  Elísios Melhor  tem  o  objetivo  de  promover  a  educação,  a  capacitação 

profissional e a geração de trabalho e renda exclusivamente para a comunidade de baixa renda. 

Em 2014, a Casa Campos Elísios Melhor tornou‐se o Instituto Porto Seguro. A mudança deu‐se com o objetivo de 

potencializar o desenvolvimento de projetos socioambientais e culturais da região.  

 

O  Instituto  tem como  foco a atuação em projetos que possam  inspirar e envolver os públicos com as quais a 

Porto  Seguro  se  relaciona,  como  funcionários,  prestadores,  Corretores,  acionistas,  fornecedores,  empresas  e 

comunidade. 

 

A estrutura é composta por duas frentes: cultural, sob responsabilidade de Ronaldo Celestino, e socioambiental, 

sob responsabilidade de Mirian Mesquita.  

 

5

A primeira contempla ações de patrocínios culturais, que envolvem espetáculos, exposições, o Prêmio Brasil de 

Fotografia, o Teatro e o Espaço Cultural Porto Seguro.  

 

Destacam‐se  na  segunda,  a  ampliação  das  ações  de  desenvolvimento  socioambiental,  como:  cursos 

profissionalizantes,   oficinas de geração de  renda e meio ambiente, projetos educacionais por meio de  leis de 

incentivo e atuação voluntária. 

 

Cursos de Capacitação Profissional 

Os cursos de capacitação profissional têm por objetivo proporcionar uma melhor condição socioeconômica, por 

meio do acesso ao emprego e da valorização individual.  

O público atendido é composto de pessoas, entre 16 e 60 anos, em situação de risco e vulnerabilidade social. 

Após a conclusão do curso, a Porto Seguro encaminha os alunos que  têm aproveitamento  satisfatório para o 

mercado de trabalho. 

 

No primeiro semestre de 2014 foram capacitadas aproximadamente 290 pessoas nos seguintes cursos:   Técnico 

Administrativo Básico em Seguros, Auxiliar de Mecânica, Funilaria e Pintura, Orçamentista de Auto, Auxiliar de 

Instrumentos de Alarmes Monitorados, Elétrica e Hidráulica, Formação em Portaria, Formação em Recepção e 

Socorrista de Auto. 

 

Geração de Renda e Formação Inicial 

Os  cursos  de  geração  de  trabalho  e  renda  estão  diretamente  ligados  aos  aspectos  qualitativos,  de 

empregabilidade  informal,  autônoma  e  empreendedora.  Já  a  Formação  Inicial  não  está  direcionada  a 

empregabilidade, mas complementa a formação do aluno.  

 

No primeiro  semestre de 2014, 576 pessoas participaram dos  cursos de Auxiliar de Cabeleireiro, Cabeleireiro 

Profissional, Manicure, Montagem e Manutenção de Micros,  Informática,   Auxiliar de   Escritório e Artesanato 

(Patchwrok, Pintura em Tecido, Revestimento de Caixas/Decoupage e Biscuit).

O  índice de geração de renda, ou seja, o percentual de alunos que conseguem gerar renda em decorrência do 

curso realizado, gira em torno de 81%. 

Ação Educa ‐ Crianças 

O projeto Ação Educa visa o complemento das atividades do ensino  formal, por meio de oficinas pedagógicas 

pautadas  em  temas  transversais. A  ideia  é  tornar  a  aprendizagem mais  atrativa  com  a  prática  de  atividades 

esportivas e socioculturais despertando assim mais interesse nos conceitos básicos de cooperação e cidadania.  

O  projeto  é  destinado  a  crianças  e  adolescentes,  entre  6  e  15  anos  que  residem  nas  imediações  do  bairro 

Campos Elísios, e está dividido em turmas de acordo com a faixa etária. A programação é composta por oficinas 

simultâneas  como:  Esporte  Cooperativo,  Capoeira,  Dança, Música,  Incentivo  à  Leitura  e  Escrita,  Artesanato, 

Informática e Futsal.  No primeiro semestre de 2014, o projeto atendeu 97 crianças.  

 

 

 

6

A Casa é Nossa 

A  Casa  é Nossa  é  um  programa  de  relacionamento  do  Instituto  Porto  Seguro  que  propicia  integração  entre 

alunos e educadores, bem como aproximação com os moradores e organizações sociais da região. 

A  Casa  é  Nossa  é  composta  por  programação  com  foco  em  cultura,  cidadania,  prevenção  à  saúde  e meio 

ambiente.   

No  primeiro  semestre  de  2014  foram  registradas  728  participações,  em  atividades  como:  Capoeira,  Futsal  e 

Dança de Salão. 

 

Associação Crescer Sempre  

A  Associação  Crescer  Sempre  foi  criada  em  1998,  baseada  na  observação  realizada  pelo  projeto  Parceria 

Empresa Escola, mantido pela Porto Seguro. O projeto, que atua nas Escolas Públicas Estaduais de Paraisópolis 

desde 1991, identificou que os alunos entravam na 1ª série totalmente despreparados pois o local não possuía 

nenhuma escola de educação infantil. Tendo em vista esta real necessidade, foi implantada por esta instituição, 

uma escola de educação infantil que atendesse a região. 

 

Durante este processo aconteceram momentos de reflexão, pois a criança não poderia ser vista como membro 

isolado  e  sim  como  parte  integrante  da  família,  que  apresentava  dificuldades  socioeconômicas  e  culturais. 

Concluiu‐se que não bastava atender somente a criança, era importante criar alternativas para o fortalecimento 

da  família, então  foram criados cursos profissionalizantes e de Ensino Médio. No primeiro  semestre de 2014, 

foram atendidas 460 crianças na Educação Infantil e 95 jovens no Ensino Médio. 

  

Em 2014, o projeto Educação em Parceria atendeu três escolas da rede pública, totalizando:  

‐ 2450 alunos no Projeto Informática Educativa; 

‐ 95 atendimentos psicológicos e psicopedagógicos; 

‐ 42 participações em oficinas de leitura e escrita; 

‐118 participações de alunos no Projeto Apoio ao 8º e 9º ano; 

‐ 74 professores na formação continuada em Língua Portuguesa e Matemática; 

‐ participação de 145 professores em oficinas de desenvolvimento humano; 

‐  120  pessoas  formadas  nos  cursos  profissionalizantes  em  Técnicas  Administrativas,  Portaria,  Recepção, 

Informática e Manicure. 

 

PROJETOS AMBIENTAIS 

O  segmento  ambiental  da  área  de  Responsabilidade  Social  e  Ambiental  da  Porto  Seguro  tem  dois  eixos  de 

atuação que são correlacionados: Educação Ambiental e Sistema de Gestão Ambiental. 

 

O  objetivo  da  Educação  Ambiental  é  sensibilizar  todos  os  públicos  de  interesse  (funcionários,  Corretores, 

prestadores,  fornecedores, clientes e comunidade) para a  importância das questões socioambientais e engajá‐

los em uma mudança de atitude no dia a dia de suas ações. 

 

O  Sistema de Gestão Ambiental  (SGA)  Porto  Seguro  tem o objetivo de  eliminar  riscos  ambientais,  atender  a 

legislação aplicável e melhorar o desempenho ambiental da organização e de seus parceiros, além de minimizar 

7

custos. Desenvolve e  implementa ações preventivas e corretivas na empresa e  recomendações para parceiros 

por meio  do  estabelecimento  de  procedimentos,  condutas,  normas  e  técnicas  que  gerenciam  os  aspectos  e 

impactos ambientais provenientes de suas atividades. 

 

Projetos de Educação Ambiental  

 

Projeto Abrigo Dom Bosco 

A Porto Seguro apoia o ABRIGO DOM BOSCO, mantido pela rede SALESIANOS – Liceu Coração de Jesus. Local de 

moradia de catadores que buscam  reintegração social por meio da coleta de materiais  recicláveis gerados no 

centro de São Paulo.  

Busca‐se desse modo, equilibrar as ações de preservação ambiental (ao propiciar que materiais voltem para o 

ciclo produtivo por meio da  reciclagem),  inclusão social  (ao estimular a participação de cidadãos e combate a 

exclusão dos benefícios da vida em sociedade) e geração de renda (ao possibilitar que o grupo tenha retornos 

financeiros com a coleta seletiva). 

Em 2014, foram desenvolvidos oito encontros com um grupo de dez abrigados que buscou a formação de uma 

Cooperativa  para  potencializar  ainda  mais  a  coleta  dos  materiais.  Além  disso,  promoveu  o  estímulo  à 

comunicação entre o  grupo, o  senso de  cooperativismo e organização e  a  gestão dos  resíduos  recolhidos. O 

projeto também  incluiu parcerias com estabelecimentos no centro de São Paulo para ampliar a rede de  locais 

que disponibilizam materiais ao grupo. 

 

Hora da Terra 

Desde  2008,  os  prédios  da  Porto  Seguro  apagam  parte  de  suas  luzes,  entre  11h30  e  13h30,  em  prol  da 

conscientização para o consumo consciente de energia elétrica. A ideia é contribuir com o planeta e usar menos 

energia, ajudando a poupar recursos da Terra. 

 

Em 2014,  foram economizados 81341,41MWh, equivalente R$ 26.019,65. Esse valor corresponde ao consumo 

médio de 452 famílias paulistanas em um mês e ainda representa grande redução de despesa para a Companhia. 

 

Campanhas de Reciclagem de Óleo de Cozinha 

A  Porto  Seguro  iniciou  a  campanha  de  Coleta  e  Reciclagem  do Óleo  de  Cozinha,  em  2008,  com  o  objetivo 

principal  de  alertar  a  população  sobre  as  consequências  do  descarte  incorreto  de  resíduos  e mostrar  que  o 

material também pode ser reaproveitado para a reciclagem. Inclusive, o óleo reciclado serve para a produção de 

Biodiesel, um combustível renovável, mais limpo do que o diesel comum e que é utilizado de forma indireta em 

nossos guinchos de atendimento.   

Em 2014, foram coletados 738 litros de óleo de cozinha. 

 

 

 

 

8

Campanhas de Reciclagem de Cartões, Pilhas e Baterias 

Quando  jogados  no  lixo  comum,  cartões  plásticos  ou  magnéticos,  pilhas  e  baterias  vão  parar  em  aterros 

sanitários ou lixões a céu aberto, onde começam a se decompor, contaminando o meio ambiente. Os cartões são 

nocivos porque contêm substâncias não biodegradáveis, como chips,  tintas e  tarjas magnéticas.  Já as pilhas e 

baterias  contêm metais pesados  como mercúrio,  chumbo,  cádmio, níquel, entre outros. Esses elementos  são 

altamente  tóxicos  e  causam  danos  ao  solo,  água,  fauna  e  flora. O  objetivo  dessa  campanha  é  oferecer  aos 

clientes  e  não‐clientes  a  logística  reversa  dos  materiais,  atendendo  assim,  a  Política  Nacional  de  Resíduos 

Sólidos.  Em  2014,  foram  coletados  1200  kg  de  resíduos  eletroeletrônicos  entre  pilhas,  baterias  e  cartões 

plásticos. 

 

Sistema de Gestão Ambiental 

 

Programa de Gerenciamento de Resíduos Automotivos  

A  Porto  Seguro  está  sempre  em  busca  de  alternativas  para  diminuir  o  impacto  de  suas  atividades  no meio 

ambiente.  Por  isso,  começou  o  trabalho  dentro  da  própria  casa,  ao  adotar  a  coleta  seletiva  e  promover 

campanhas para incentivá‐la em suas unidades.  

 

Um  segundo  passo  foi  encontrar  uma maneira  de  ajudar  nossos  parceiros  a  deixarem  seus  negócios mais 

sustentáveis.  Com  isso,  nasceu  o  Programa  de  Gerenciamento  de  Resíduos  Automotivos,  que  é  o  descarte 

correto da sucata automotiva ‐ isenta de óleo, tintas, graxas e solventes‐ proveniente dos Centros Automotivos 

da Porto Seguro e de algumas oficinas referenciadas. 

 

Em 2014, foram recicladas cinco toneladas de papelão, sete toneladas de plásticos, uma tonelada de alumínio e 

144 toneladas de ferro e aço provenientes das oficinas referenciadas e Centros Automotivos Porto Seguro.  

 

Programa de Coleta Seletiva 

O objetivo é destinar os materiais  recicláveis gerados na Porto Seguro para  reciclagem, por meio de projetos 

sociais e cooperativas que realizem a venda dos materiais direto para a indústria, visando a geração de trabalho 

e renda, além de possibilitar a inclusão e transformação social. 

 

No Complexo Matriz e Sucursais da Grande São Paulo os materiais recicláveis e orgânicos são retirados por uma 

empresa  transportadora de resíduos. Àqueles orgânicos são destinados para aterros sanitários e os recicláveis 

são encaminhados para uma cooperativa que separa o material e vende para indústrias recicladoras. 

 

Nas  demais  sucursais  e  regionais  são  realizadas  parcerias  locais  com  cooperativas,  prefeituras  e  empresas 

especializadas em gerenciamento de resíduos a fim de se implantar o processo completo da coleta seletiva. 

 

Em  2014,  399  toneladas  de  resíduos  foram  destinadas  adequadamente,  sendo  106  toneladas  destinadas  à 

reciclagem por meio de cooperativas. 

 

 

9

Perspectivas 

No cenário internacional, o início do primeiro semestre de 2014 registrou uma certa frustração com o ritmo de 

crescimento  da  economia mundial,  em  particular  com  os  Estados Unidos  afetados  por  um  inverno  rigoroso, 

enquanto as medidas  restritivas de  crédito na China ameaçaram gerar uma nova desaceleração da economia 

asiática. Indicadores mais recentes dão conta que os fundamentos dessas economias seguem consistentes com 

um quadro de crescimento mais vigoroso para o restante deste ano. 

 

Na Europa, embora o temor de que a inflação muito baixa reflita uma fraqueza econômica da região, o processo 

de  recuperação  seguirá  em  curso,  ainda  que  de  forma  irregular  e  volátil. Os  conflitos  geopolíticos na  região 

afetam  negativamente  o  ambiente  de  negócios, mas  não  deverão  ser  duradouros  e,  consequentemente,  se 

mostrarão limitados sobre o desempenho da região.  

 

No Brasil, a atividade continuou frustrando e a inflação segue próximo no teto da meta.  Para a segunda metade 

do ano, a expectativa é que a atividade siga desacelerando e registre crescimento, medido pelo PIB, inferior ao 

de 2013. 

 

A  inflação  seguirá persistentemente elevada e deverá  registrar variação próxima a 6,5% no  final deste ano e 

superará a alta de 5,9% registrada em 2013.  

 

Diante do quadro de desaceleração adicional da atividade e  inflação elevada, o Banco Central deverá manter a 

Selic no patamar de 11% nos próximos meses. O modelo  adotado  pela  empresa  para  gestão  de  custos  e  os  investimentos  realizados  para  otimização  de 

processos  e  sistemas  estão  contribuindo  para  ganhos  de  eficiência  operacional.  Isso  faz  parte  da  nossa 

estratégia, que visa obter ganhos contínuos de produtividade, sem  impactar negativamente o nível de serviço 

para clientes e corretores. 

 

Portanto,  a  Companhia  dará  continuidade  à  busca  de  crescimento  com  lucratividade, mantendo  subscrições 

conservadoras  por  meio  de  linhas  produtos  lucrativas  em  áreas  geográficas  favoráveis,  mantendo  os 

investimentos  e  a  qualificação  dos  processos  de  atendimentos  a  corretores  e  clientes  e  a  gestão  de  custos 

administrativos. 

 Agradecimentos 

 

Registramos nossos agradecimentos aos corretores e  segurados pelo apoio e pela confiança demonstrados, e 

aos funcionários e colaboradores pela contínua dedicação. Aproveitamos também para agradecer às autoridades 

ligadas às nossas atividades, em especial aos representantes da SUSEP. 

  

São Paulo, 14 de agosto de 2014. 

 

A Administração 

10

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

Balanços patrimoniais em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013

(em milhares de reais)

ATIVONota 

explicativa 

             Junho 

de 2014 

        Dezembro de 

2013PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Nota 

explicativa 

             Junho de 

2014 

        Dezembro de 

2013

Circulante 3.519.899          4.382.127              Circulante 4.287.650              4.458.057             

Disponível 24.112                30.929                    Contas a pagar 323.702                  662.026                 

Caixa e bancos 24.112                30.929                     Obrigações a pagar 17.1 117.870                  481.268                 

Equivalentes de caixa 5                       26.429                130.875                   Impostos e encargos sociais a recolher 17.2 110.040                  113.046                 

Aplicações 6.1.1 819.080             1.491.626               Encargos trabalhistas 17.3 60.599                    55.670                   

Créditos das operações com seguros e resseguros 1.406.701          1.494.374               Impostos e contribuições 9.3 23.707                    276                         

 Prêmios a receber 7.1 1.396.290          1.486.123               Outras contas a pagar 17.4 11.486                    11.766                   

 Operações com seguradoras 161                     161                          Débitos de operações com seguros e resseguros 421.740                  426.873                 

 Operações com resseguradoras 10.250                8.090                       Prêmios a restituir 763                          915                         

Outros créditos operacionais 7.2 388.955             349.993                   Operações com seguradoras 300                          300                         

Ativos de resseguro ‐ provisões técnicas 65.941                72.175                     Operações com resseguradoras 41.819                    43.000                   

Títulos e créditos a receber 117.083             183.433                   Corretores de seguros e resseguros 18                373.599                  376.231                 

 Títulos e créditos a receber 8                       35.476                32.352                     Outros débitos operacionais 5.259                      6.427                     

 Créditos tributários e previdenciários 9.1 16.528                89.379                    Depósitos de terceiros 19                58.022                    63.072                   

 Outros  créditos 11                     65.079                61.702                    Provisões técnicas ‐ seguros 20                3.484.186              3.306.086             

Outros valores e bens 12                     73.982                44.995                     Danos 20.1 3.243.653              3.068.184             

 Bens a venda 52.930                30.391                     Pessoas 20.2 149.459                  153.327                 

 Outros valores 21.052                14.604                     Vida individual 20.3 91.074                    84.575                   

Despesas antecipadas 17.791                6.436                     

Custos de aquisição diferidos 13                     579.825             577.291                  Passivo não circulante 974.867                  931.862                 

 Seguros 579.825             577.291                 

Contas a pagar 87.989                    81.972                   

Ativo não circulante 4.226.156          3.498.829               Obrigações a pagar 17.1 18.155                    16.998                   

 Tributos diferidos 9.2.2 69.834                    64.974                   

Realizável a longo prazo 2.446.534          1.777.677              Provisões técnicas ‐ seguros 20                19.951                    19.933                   

Aplicações 6.1.1 e 6.1.2 1.150.447          534.660                   Danos 20.1 18.456                    18.454                   

   Ativos de resseguro ‐ provisões técnicas 732                     823                           Pessoas 20.2 620                          615                         

Títulos e créditos a receber 1.291.070          1.237.914               Vida individual 20.3 875                          864                         

         Títulos e créditos a receber 8                       1.554                  3.677                      Outros débitos 866.927                  829.957                 

         Créditos tributários e previdenciários 9.1 193.295             177.237                   Provisões judiciais 21                866.927                  829.957                 

         Depósitos judiciais e fiscais 10                     1.090.714          1.051.959             

         Outros créditos operacionais 11                     5.507                  5.041                      Patrimônio líquido 22                2.483.538              2.491.037             

Despesas antecipadas 30                       30                             Capital social 830.000                  830.000                 

Custos de aquisição diferidos 13                     4.255                  4.250                       Aumento de capital (em aprovação) 280.000                  ‐                         

        Seguros 4.255                  4.250                       Reservas de reavaliação 92.521                    93.183                   

 Reservas de lucros 1.094.076              1.554.076             

Investimentos 339.434             377.716                   Ajustes de avaliação patrimonial 17.465                    13.778                   

 Participações societárias 14                     339.434             377.716                   Lucros acumulados 169.476                  ‐                         

Imobilizado 15                     1.144.122          1.091.736             

 Imóveis de uso próprio 838.385             825.222                 

 Bens móveis 187.557             184.262                 

 Outras imobilizações 118.180             82.252                   

Intangível 16                     296.066             251.700                 

 Outros intangíveis 296.066             251.700                 

TOTAL ATIVO 7.746.055          7.880.956              TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 7.746.055              7.880.956             

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 11

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

Demonstrações dos resultados para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013

(em milhares de reais, exceto para informações sobre lucro por ação)

Nota 

explicativa  2014 2013

Prêmios emitidos 3.066.698          2.658.151         

Variações das provisões técnicas de prêmios 23                       (136.938)            (60.146)             

Prêmios ganhos 24                       2.929.760          2.598.005         

Receitas com emissão de apólices 6.673                 4.249                

Sinistros ocorridos 25                       (1.483.553)        (1.234.612)       

Custos de aquisição 26                       (642.955)            (566.626)           

Outras receitas e despesas operacionais 27                       (156.657)            (133.518)           

Resultado com resseguro (11.359)              (2.324)               

     Receitas com resseguro 19.061               23.730              

     Despesas com resseguro (30.420)              (26.054)             

Despesas administrativas 28                       (535.713)            (472.478)           

Despesas com tributos 29                       (13.866)              (69.584)             

Resultado financeiro 30                       172.728             85.651              

Resultado patrimonial 31                       27.965               17.879              

Resultado operacional 293.023             226.642            

Ganhos ou perdas com ativos não correntes 799                     (145)                  

Resultado antes dos impostos e participações 293.822             226.497            

Imposto de renda 9.4 (50.582)              (45.788)             

Contribuição social 9.4 (34.870)              (27.892)             

Participações sobre o lucro (39.556)              (27.600)             

Lucro líquido do semestre 168.814             125.217          

Quantidade de ações (mil) 440.165             440.165            

Lucro líquido por ação ‐ R$ 0,38                    0,28                   

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

12

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

Demonstrações dos resultados abrangentes para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013

(em milhares de reais)

2014 2013

Lucro líquido do semestre 168.814             125.217            

Outros resultados abrangentes 3.687                  (212)                   

Ajustes de títulos e valores mobiliários (*) 18.290                (4.137)               

 Efeitos tributários sobre ajustes de títulos e valores mobiliários (40%) (7.316)                1.655                 

Ajustes acumulados de conversão (7.287)                2.270                 

Total dos resultados abrangentes para o semestre, líquido dos efeitos tributários 172.501             125.005            

Atribuível a 

Acionistas da Companhia 172.501             125.005            

(*) Referem‐se aos ganhos não realizados da Companhia no valor de R$ 16.068 e de sua controlada Porto Vida no valor de R$ 2.222.

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

13

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013

(em milhares de reais, exceto para informação sobre dividendos por ação)

Capital Lucros

social Capital Reavaliação  Lucros acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2012 750.000                      50.000                        10.631                         94.507                        912.231                      12.843                        ‐                                   1.830.212                    

Pagamento dividendos adicionais ‐ ano anterior (R$ 0,30 por ação) ‐                                   ‐                                   ‐                                     ‐                                   (134.117)                     ‐                                   ‐                               (134.117)                      Aumento de capital:  AGO/E de 28/03/2013 22 a ‐                                   30.000                        (10.631)                        ‐                               (19.369)                       ‐                                   ‐                               ‐                                   Portaria SUSEP nº 5.152 de 15/02/2013 22 a 50.000                        (50.000)                       ‐                                     ‐                               ‐                                   ‐                                   ‐                               ‐                                 Reserva de reavaliação  Realização 22 b ‐                                   ‐                                   ‐                                     (662)                            ‐                                   ‐                                   662                              ‐                                 Ajustes de avaliação patrimonial 22 d ‐                                   ‐                                   ‐                                     ‐                                   ‐                                   (212)                            ‐                                   (212)                              Lucro líquido do semestre ‐                                   ‐                                   ‐                                     ‐                                   ‐                                   ‐                                   125.217                      125.217                       

Saldos em 30 de junho de 2013 800.000                      30.000                        ‐                                     93.845                        758.745                      12.631                        125.879                      1.821.100                    

Saldos em 31 de dezembro de 2013 830.000                      ‐                                   ‐                                     93.183                        1.554.076                   13.778                        ‐                                   2.491.037                    

Pagamento dividendos adicionais ‐ ano anterior (R$ 0,41 por ação) 22 e ‐                                   ‐                                   ‐                                     ‐                                   (180.000)                     ‐                                   ‐                                   (180.000)                      Aumento de capital:  AGO/E de 31/03/2014 22 a ‐                                   280.000                      ‐                                     ‐                               (280.000)                     ‐                                   ‐                               ‐                                 Reserva de reavaliação

  Realização 22 b ‐                                   ‐                                   ‐                                     (662)                            ‐                                   ‐                                   662                              ‐                                 Ajustes de avaliação patrimonial 22 d ‐                                   ‐                                   ‐                                     ‐                                   ‐                                   3.687                          ‐                                   3.687                           Lucro líquido do semestre ‐                                   ‐                                   ‐                                     ‐                                   ‐                                   ‐                                   168.814                      168.814                       

Saldos em 30 de junho de 2014 830.000                      280.000                      ‐                                     92.521                        1.094.076                   17.465                        169.476                      2.483.538                    

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Reservas deNota 

explicativa 

Aumento de capital 

(em aprovação)Ajustes de avaliação 

patrimonial

14

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

Demonstrações dos fluxos de caixa para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013

(em milhares de reais)

2014 2013

Atividades operacionais

Lucro líquido do semestre 168.814                    125.217                   

Ajustes para:

  Depreciações e amortizações 56.544                      44.679                     

  Perda (Reversão de perdas) por redução ao valor recuperável dos ativos 4.049                        256                           

  Perda (Ganho) na alienação de imobilizado e intangível 800                            (1.751)                      

  Resultado de equivalência patrimonial (24.270)                     (14.383)                    

Variação nas contas patrimoniais:

  Ativos financeiros ‐ aplicações 56.759                      (8.244)                      

  Créditos das operações de seguros e resseguros 83.624                      96.847                     

  Ativos de resseguro 6.325                        (8.711)                      

  Créditos fiscais e previdenciários 71.892                      5.681                       

  Ativo fiscal diferido (15.099)                     (31.850)                    

  Depósitos judiciais e fiscais (38.755)                     (59.635)                    

  Despesas antecipadas (11.355)                     (11.314)                    

  Custos de aquisição diferidos (2.539)                       (1.892)                      

  Outros ativos (72.794)                     (77.772)                    

  Impostos e contribuições 98.169                      80.301                     

  Outras contas a pagar (355.738)                   (50.055)                    

  Débitos de operações com seguros e resseguros (5.133)                       39.722                     

  Depósitos de terceiros (5.050)                       11.704                     

  Provisões técnicas ‐ seguros e resseguros 178.118                    (1.682)                      

  Provisões judiciais 36.970                      65.912                     

  Outros passivos 9.641                        13                             

Caixa gerado/(consumido) pelas operações

  Recebimento de dividendos  56.599                      134.087                   

  Imposto sobre o lucro pagos (74.738)                     (75.978)                    

Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 222.833                    261.152                   

Atividades de investimento

Recebimento pela venda:

  Imobilizado 1.408                        3.649                       

Pagamento pela compra:

  Imobilizado (89.790)                     (113.076)                  

  Intangível (65.714)                     (44.144)                    

Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (154.096)                  (153.571)                 

Atividades de financiamento

Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio (180.000)                   (134.117)                  

Caixa líquido consumido nas atividades de financiamento (180.000)                  (134.117)                 

Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa (111.263)                (26.536)                    

Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre 161.804                    180.852                   

Caixa e equivalentes de caixa no final do semestre 50.541                      154.316                   

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

15

Demonstrações do valor adicionado para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013

(em milhares de reais)

2014 2013

Receitas 3.077.564           2.658.177           

  Receitas com operações de seguros  3.066.698           2.658.151           

  Outras 8.659                   1.515                   

  Redução ao valor recuperável 2.207                   (1.489)                 

Variações das provisões técnicas (146.341)             (73.357)               

  Operações de seguros (*) (146.341)             (73.357)               

Receita líquida operacional  2.931.223           2.584.820           

Benefícios e sinistros (1.467.740)         (1.210.915)          

  Sinistros (*) (1.467.740)         (1.210.915)          

Insumos adquiridos de terceiros (893.639)             (774.244)             

  Materiais, energia e outros (118.999)             (107.297)             

  Serviços de terceiros, comissões líquidas (*) (781.284)             (684.097)             

  Variação das despesas de comercialização diferidas 5.845                   18.810                 

  Perda de valores ativos 799                      (1.660)                 

Valor adicionado bruto  569.844              599.661              

Depreciação e amortização (56.544)               (44.679)               

Valor adicionado líquido produzido pela entidade  513.300              554.982              

Valor adicionado recebido/cedido em transferência 219.678              142.254              

  Receitas financeiras  207.298              140.637              

  Resultado de equivalência patrimonial 24.270                14.383                 

  Outras (11.890)               (12.766)               

Valor adicionado total a distribuir  732.978              697.236              

Distribuição do valor adicionado 732.978              697.236              

  Pessoal  372.084              320.029              

   Remuneração direta 229.361              200.057              

   Benefícios 125.464              105.157              

   F.G.T.S 17.259                14.815                 

  Impostos, taxas e contribuições 158.818              199.158              

   Federais 158.757              195.570              

   Municipais 61                        3.588                   

  Remuneração de capitais de terceiros 33.262                52.832                

    Juros 18.985                38.724                 

    Aluguéis 14.277                14.108                 

  Remuneração de capitais próprios 168.814              125.217              

    Lucros retidos do semestre 168.814              125.217              

(*) Os valores apresentados estão líquidos de resseguro.

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

16

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras  em 30 de junho de 2014 (em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 

1. Contexto operacional   

A Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais  (“Companhia”) é uma sociedade por ações de 

capital fechado constituída em 06 de setembro de 1945, autorizada a operar pelo Decreto nº 

20.138 de 06 de dezembro de 1945,  localizada na Av. Rio Branco, 1.489 em São Paulo  (SP)  ‐ 

Brasil. Tem por objeto social a exploração de seguros de danos, pessoas e vida  individual em 

qualquer das suas modalidades ou formas conforme definido na  legislação vigente, operando 

por meio de sucursais em todo território nacional. A Companhia é uma controlada direta da 

Porto Seguro S.A. a qual possui ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, sob a 

sigla PSSA3. 

 

2. Resumo das principais políticas contábeis   

As  principais  políticas  contábeis  utilizadas  na  preparação  das  demonstrações  financeiras 

intermediárias estão demonstradas a seguir. Essas políticas foram aplicadas consistentemente 

para todos os períodos comparativos apresentados, exceto quando indicado o contrário. 

2.1 Base de preparação  

A elaboração das demonstrações  financeiras  intermediárias  requer que a Administração use 

julgamento  na  determinação  e  no  registro  de  estimativas  contábeis.  Os  ativos  e  passivos 

significativos sujeitos a essas estimativas e premissas envolvem, entre outros, a determinação: 

(i) do valor justo de ativos   financeiros, (ii) dos valores das provisões técnicas (iii) da provisão 

para redução ao valor recuperável de créditos (“impairment”), (iv) da realização do imposto de 

renda e contribuição social diferidos, e (v) das provisões para processos judiciais. A liquidação 

das transações que envolvem essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos 

estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação.  

 

A Companhia revisa essas estimativas e premissas periodicamente (vide nota explicativa nº 3). 

As  demonstrações  financeiras  intermediárias  foram  preparadas  segundo  a  premissa  de 

continuação dos negócios da Companhia em curso normal. 

 

A emissão destas demonstrações financeiras intermediárias foi autorizada pela Administração 

em 14 de agosto de 2014. 

 

 

17

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

2.1.1 Demonstrações financeiras intermediárias 

As demonstrações  financeiras  intermediárias da Companhia  foram elaboradas e estão sendo 

apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades 

supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados ‐ SUSEP, com base nas disposições 

contidas  na  Lei  das  Sociedades  por  Ações,  e  normas  expedidas  pelo  Conselho Nacional  de 

Seguros Privados  ‐CNSP e pela SUSEP  , segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas 

instituído  pela  Circular  SUSEP  nº  483/14,  e  de  acordo  também  com  as  práticas  contábeis 

expedidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis  ‐ CPC, aprovadas pela SUSEP, no que 

não  contrariam  as  disposições  contidas  nesta  circular.  Essas  demonstrações  financeiras 

seguem os princípios de “demonstrações intermediárias”, de acordo com o CPC 21 (R1). 

 

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia e suas controladas não estão sendo 

apresentadas para a data base 30 de junho de 2014, conforme facultado pela SUSEP. Contudo, 

as demonstrações  financeiras  consolidadas do grupo Porto  Seguro  foram apresentadas pela 

sua controladora Porto Seguro S.A., conforme CPC 36 (R3) ‐ Demonstrações Consolidadas. 

 

Conforme previsto na Circular SUSEP nº 483/14, em 30 de junho de 2014 a Companhia optou por apresentar a Demonstração de  Fluxo de Caixa pelo método  indireto. Dessa  forma, essa demonstração  do  semestre  findo  em  30  de  junho  de  2013,  previamente  apresentada  pelo método direto, está sendo reapresentada.  

2.2 Moeda funcional e de apresentação 

 

As demonstrações financeiras da Companhia são apresentadas em reais (R$), que é sua moeda 

funcional e de apresentação. Para determinação da moeda funcional é observada a moeda do 

principal ambiente econômico em que a Companhia opera. 

 

(a) Transações e saldos em moeda estrangeira 

 

As transações denominadas em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da 

Companhia  utilizando‐se  as  taxas  de  câmbio  da  data  das  transações. Ganhos  ou  perdas  de 

conversão  de  saldos  resultantes  da  liquidação  de  tais  transações  são  reconhecidos  no 

resultado do exercício, exceto quando reconhecidos no patrimônio como resultado de itens de 

operação no exterior caracterizada como investimento no exterior. 

 

O  resultado e o balanço patrimonial da controlada Porto Uruguai  (cuja moeda  funcional é o 

Peso  uruguaio)  são  convertidos  para  a moeda  de  apresentação  da  Companhia  da  seguinte 

forma:  (i) ativos e passivos  são  convertidos pela  taxa de  câmbio de  fechamento da data de 

encerramento do balanço; (ii) receitas e despesas são convertidas pela taxa de câmbio média 

do exercício (exceto se a média dessa taxa não corresponder a uma aproximação razoável para 

tal  propósito);  e  (iii)  todas  as  diferenças  de  conversão  de  balanço  dessas  controladas  são 

referidas como um componente separado do patrimônio líquido. 

 

 

18

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

2.3 Caixa e equivalentes de caixa  

Incluem os depósitos bancários e outros  investimentos de  curto prazo de alta  liquidez,  com 

vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor. 

 

2.4 Ativos financeiros  

(a) Classificação e mensuração 

 

A Administração  da  Companhia  determina  a  classificação  de  seus  ativos  financeiros  no  seu 

reconhecimento inicial. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros 

foram adquiridos/constituídos, os quais são classificados nas seguintes categorias:  

 

(i) Ativos  financeiros mensurados ao valor  justo por meio do  resultado  ‐ Títulos para 

negociação 

 

A  Companhia  classifica  nesta  categoria  os  ativos  financeiros  cuja  finalidade  e  estratégia  de 

investimento são manter negociações ativas e frequentes. Os ganhos ou as perdas decorrentes 

de variações do valor  justo são  registrados  imediatamente e apresentados na demonstração 

do resultado em “Resultado financeiro” no momento em que ocorrem.  

 

(ii) Títulos disponíveis para venda 

 

São  instrumentos  financeiros  não  derivativos  reconhecidos  pelo  seu  valor  justo.  Os  juros 

destes títulos, calculados com o uso do método da taxa efetiva de juros, são reconhecidos na 

demonstração do  resultado em “Resultado  financeiro”. A variação no valor  justo  (ganhos ou 

perdas não realizados) é  lançada contra o patrimônio  líquido, na conta “Ajustes de avaliação 

patrimonial”, sendo realizada contra o resultado por ocasião da sua efetiva  liquidação ou por 

perda considerada permanente (“impairment”). 

 

(iii) Empréstimos e recebíveis 

 

Incluem‐se  nesta  categoria  os  recebíveis  (prêmios  a  receber  de  segurados  e  recebíveis  de 

resseguro) que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, 

não cotados em um mercado ativo. Esses recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, 

usando o método da  taxa efetiva de  juros, e são avaliados por “impairment” a cada data de 

balanço (vide nota explicativa nº 2.6.1).  

 

(b) Determinação de valor justo de ativos financeiros 

 

Os valores justos dos investimentos com cotação pública são registrados com base em preços 

de negociação. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia 

estabelece o valor  justo por meio de  técnicas de avaliação. Essas  técnicas  incluem o uso de 

operações  recentes  contratadas  com  terceiros;  a  referência  a  outros  instrumentos  que  são 

substancialmente  similares,  fazendo  o  maior  uso  possível  de  informações  geradas  pelo 

19

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

mercado e o mínimo possível de  informações geradas pela Administração. O valor  justo dos 

ativos classificados como “Títulos para negociação” e “Títulos disponíveis para venda” baseia‐

se na seguinte hierarquia: 

 

Nível 1: preços cotados e não ajustados, em mercados ativos para ativos idênticos.  

 

Nível 2: classificado quando se utiliza uma metodologia de fluxo de caixa descontado 

ou outra metodologia para precificação do ativo com base em dados de mercado e 

quando todos esses dados são observáveis no mercado aberto. 

 

Nível 3: ativo que não  seja  com base em dados observáveis do mercado, quando a 

Companhia  utiliza  premissas  internas  para  a  determinação  de  sua  metodologia  e 

classificação. 

 

2.5 Ativos de resseguro  

Os ativos de resseguro são os valores a receber de resseguradores e os valores das provisões 

técnicas  de  resseguro  (ativo),  avaliados  consistentemente  com  os  saldos  associados  aos 

passivos de seguro que foram objeto de resseguro. Os valores a serem pagos a resseguradores 

são compostos substancialmente por prêmios pagáveis em contratos de cessão de resseguro. 

Quaisquer ganhos ou perdas originados na contratação  inicial de  resseguro  são amortizados 

durante o período de vigência do risco dos contratos. 

 

As  perdas  por  “impairment”,  quando  aplicáveis,  são  avaliadas  utilizando‐se  metodologia 

similar àquela aplicada para ativos financeiros (vide nota explicativa nº 2.6). Essa metodologia 

também  leva  em  consideração  disputas  e  casos  específicos  que  são  analisados  pela 

Administração  quanto  à  documentação  e  ao  trâmite  do  processo  de  recuperação  com  os 

resseguradores. 

 

2.6 Análise de recuperação de ativos (“impairment”) 

2.6.1 Ativos financeiros avaliados ao custo amortizado (prêmios a receber de segurados) 

 

A Companhia avalia constantemente se há evidência de que um determinado ativo classificado 

na categoria de empréstimos e recebíveis (ou grupo de ativos) esteja deteriorado (“impaired”). 

Caso um ativo financeiro seja considerado deteriorado, a Companhia somente registra a perda 

no  resultado do  exercício  se houver  evidência objetiva de perda  como  resultado de um ou 

mais eventos que ocorram após a data  inicial de  reconhecimento do ativo  financeiro e  se o 

valor da perda puder  ser mensurado  com  confiabilidade pela Administração. As perdas  são 

registradas e controladas em uma conta retificadora do ativo. Para a análise de “impairment”, 

a Companhia utiliza diversos fatores observáveis que incluem: 

 

 

 

20

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Base histórica de perdas e inadimplência. 

 

Quebra de contratos, como inadimplência ou atraso nos pagamentos.  

Para  avaliação  de  “impairment”  de  ativos  financeiros  classificados  nesta  categoria  a 

Companhia utiliza a metodologia de perda  incorrida, que considera a existência de evidência 

objetiva de  “impairment” para  ativos  individualmente  significativos.  Se  for  considerado que 

não existe tal evidência, a Companhia os inclui em um grupo de ativos com características de 

risco de crédito similares (tipos de contrato de seguro) e os testa em uma base agrupada. Para 

o teste agrupado a Companhia utiliza a metodologia conhecida como “modelo de rolagem”. Os 

ativos  individualmente  significativos  que  são  avaliados  por  “impairment”  em  uma  base 

individual não são incluídos na base de cálculo de “impairment” agrupado.  

 

2.6.2 Ativos financeiros disponíveis para a venda   

A  Companhia  avalia  a  cada  data  de  balanço  se  há  evidência  objetiva  de  que  um  ativo 

classificado como disponível para a venda está individualmente deteriorado. Caso tal evidência 

exista, a perda acumulada (avaliada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor de 

mercado atual do ativo, menos quaisquer perdas por “impairment” registradas previamente) é 

removida  do  patrimônio  líquido  e  reconhecida  imediatamente  no  resultado.  Perdas  por 

“impairment” em  instrumentos de capital que são  registradas no  resultado do exercício não 

são revertidas em exercícios subsequentes.  

 

2.6.3 Ativos não financeiros  

Os ativos que estão sujeitos à depreciação e amortização, tais como  intangíveis com vida útil 

definida e imobilizados são revisados para a verificação de “impairment” sempre que eventos 

ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma 

perda é reconhecida no valor pelo qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. 

Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o 

seu valor em uso.  

 

Para fins de avaliação do “impairment” os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os 

quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente, chamadas de Unidades Geradoras 

de  Caixa  ‐ UGCs. As UGCs  são  determinadas  e  agrupadas  pela Administração  com  base  na 

distribuição geográfica dos seus negócios e com base nos serviços e produtos oferecidos, nos 

quais  são  identificados  fluxos  de  caixa  específicos.  Os  ativos  não  financeiros  que  tenham 

sofrido  “impairment”  são  revisados  subsequentemente  para  a  análise  de  uma  possível 

reversão do “impairment”. 

 

2.7 Bens à venda 

 

A Companhia detém certos ativos circulantes que são mantidos para a venda como estoques 

de bens salvados recuperados após o pagamento de sinistros aos segurados. Esses ativos são 

21

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

avaliados ao valor realizável, líquido das despesas que são de responsabilidade do comprador, 

como despesas de leilão do bem. 

 

2.8 Direito de comercialização 

 

A Companhia adquiriu certos direitos de comercialização de seus produtos em diversos canais 

de vendas nas atividades comerciais de varejo. O valor pago por esses direitos, acrescido dos 

custos diretos incrementais da transação, são amortizados pelo prazo contratual. 

 

2.9 Custo de aquisição diferido (DAC) 

 

As  comissões  sobre  prêmios  emitidos  e  os  custos  diretos  de  angariação  são  diferidos  e 

amortizados  de  acordo  com  o  prazo  de  vigência  das  apólices  e  são  registrados  na  conta 

“Custos de aquisição diferidos”. A Companhia não difere custos indiretos de comercialização. 

 

2.10 Participações societárias 

 

A  Companhia  possui  investimentos  em  sociedades  controladas,  avaliadas  pelo método  de 

equivalência  patrimonial.  Considera‐se  controlada  a  sociedade  na  qual  a  Companhia, 

diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio ou acionistas que 

lhe  assegurem  o  poder  e  a  capacidade  de  dirigir  as  atividades  relevantes  das  sociedades, 

afetando,  inclusive,  seus  retornos  sobre estas, e quando houver o direito  sobre os  retornos 

variáveis das sociedades. 

 

2.11 Ativo intangível 

 

Compreende  “softwares”  e  sistemas  de  computadores  adquiridos  que  são  reconhecidos  e 

amortizados conforme sua vida útil. Os gastos com aquisição e  implantação de “softwares” e 

sistemas  são  reconhecidos  como  ativo  quando  há  evidências  de  geração  de  benefícios 

econômicos  futuros,  considerando  sua  viabilidade  econômica.  As  despesas  relacionadas  à 

manutenção de “software” são reconhecidas no resultado do exercício quando incorridas. 

 

A amortização do ativo intangível com vida útil definida é efetuada segundo o método linear e 

conforme o período de vida útil estimada dos ativos. As taxas de amortização utilizadas pela 

Companhia estão divulgadas na nota explicativa nº 16. 

 

2.12 Ativo imobilizado de uso próprio 

 

Compreende imóveis de uso próprio, equipamentos, móveis, máquinas e utensílios e veículos 

utilizados na condução dos negócios da Companhia. O  imobilizado de uso é demonstrado ao 

custo histórico, reduzido por depreciação acumulada do ativo  (exceto para terrenos que não 

são  depreciados)  até  a  data  das  demonstrações  financeiras.  O  custo  histórico  desse  ativo 

compreende gastos diretamente atribuíveis para a aquisição dos  itens capitalizáveis a  fim de 

que o ativo esteja em condições de uso. 

 

22

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Gastos subsequentes são capitalizados ao valor contábil do ativo imobilizado ou reconhecidos 

como  um  componente  separado  do  ativo  imobilizado  somente  quando  é  provável  que 

benefícios futuros econômicos associados com o item do ativo fluirão para a Companhia e esse 

gasto possa ser avaliado com confiabilidade. Todos os outros gastos de reparo ou manutenção 

são registrados no resultado conforme incorridos. 

 

A depreciação do ativo imobilizado é efetuada segundo o método linear e conforme o período 

de  vida  útil  estimada  dos  ativos.  As  taxas  de  depreciação  utilizadas  pela  Companhia  estão 

divulgadas na nota explicativa nº 15. 

 

O valor residual e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se necessário, a cada data de 

balanço. O valor contábil de um item do ativo imobilizado é baixado imediatamente se o valor 

recuperável do ativo for inferior ao valor contábil do ativo. 

 

2.13 Contratos de arrendamento mercantil (“leasing”) 

 

Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é 

retida pelo  arrendador  são  classificados  como  arrendamentos operacionais. Os pagamentos 

efetuados para arrendamentos operacionais são  registrados como despesa do exercício pelo 

método linear durante o período do arrendamento. Os arrendamentos nos quais a Companhia 

detém, substancialmente, todos os riscos e as recompensas da propriedade são classificados 

como arrendamentos financeiros e capitalizados no início do contrato pelo menor valor entre 

o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos do arrendamento. 

 

2.14 Contratos de seguro e contratos de investimento ‐ classificação 

 

A  Companhia  emite  diversos  tipos  de  contratos  de  seguros  gerais  que  transferem  riscos 

significativos  de  seguro  e  financeiro  ou  ambos.  Como  guia  geral,  a  Companhia  define  risco 

significativo de seguro como a possibilidade de pagar benefícios significativos aos segurados na 

ocorrência de um  evento de  seguro  (com  substância  comercial). Os  contratos de  resseguro 

também são classificados segundo os princípios de transferência de risco de seguro do CPC 11.  

 

Os  contratos  de  assistência  a  segurados,  como  serviços  a  residências  e  automóveis,  entre 

outros, também são avaliados para fins de classificação de contratos e são classificados como 

contratos  de  seguro  quando  há  transferência  significativa  de  risco  de  seguro  entre  as 

contrapartes no contrato. 

 

Na data de balanço, a Companhia não  identificou  contratos classificados como contratos de 

investimentos. 

 

 

 

 

 

23

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

2.15 Passivos de contratos de seguros 

2.15.1 Avaliação de passivos originados de contratos de seguro 

 

A Companhia utilizou as diretrizes do CPC 11 para avaliação dos contratos de seguro e aplicou 

as  regras de procedimentos mínimos para avaliação de contratos de seguro, como:  teste de 

adequação  de  passivos  ‐  TAP;  avaliação  de  nível  de  prudência  utilizado  na  avaliação  de 

contratos de seguro; entre outras políticas aplicáveis. 

 

A Companhia não aplicou os princípios de “Shadow Accounting” (contabilidade reflexa), já que 

não  dispõe  de  contratos  cuja  avaliação  dos  passivos  ou  benefícios  aos  segurados  seja 

impactada por ganhos ou perdas não realizados de títulos classificados como disponíveis para 

a venda. 

 

As  provisões  técnicas  são  constituídas  de  acordo  com  as  orientações  do  CNSP  e  da  SUSEP, 

cujos critérios, parâmetros e fórmulas são documentados em Notas Técnicas Atuariais ‐ NTAs, 

descritas resumidamente a seguir: 

 

Seguros  de  danos  (automóvel,  transportes,  patrimonial,  etc.)  e  vida  sem  cobertura  por 

sobrevivência 

 

(a) A Provisão de Prêmios Não Ganhos ‐ PPNG é calculada “pro rata” dia, para os seguros 

de danos e seguros de pessoas, com base nos prêmios emitidos, calculada  líquida da 

parcela do prêmio definida como  receita destinada à  recuperação dos custos  iniciais 

de  contratação  e  tem por objetivo provisionar  a parcela destes,  correspondente  ao 

período de risco a decorrer contado a partir da data‐base de cálculo. 

 

(b) A Provisão de Prêmios Não Ganhos de Riscos Vigentes mas Não Emitidos ‐ PPNG‐RVNE 

é  calculada,  para  os  seguros  de  danos  e  seguros  de  pessoas,  de  acordo  com 

metodologia  específica  descrita  em NTA  e  tem  como  objetivo  estimar  a  parcela  de 

prêmios não ganhos, referentes aos riscos assumidos pela seguradora, cujas vigências 

já se iniciaram e que estão em processo de emissão. 

 (c) A Provisão de  Sinistros  a  Liquidar  ‐ PSL  (administrativa e  judicial) é  constituída  com 

base na estimativa dos valores a  indenizar efetuada por ocasião do  recebimento do 

aviso de  sinistrou notificação do processo  judicial, bruta dos  ajustes de  resseguro e 

líquida de cosseguro. É constituída provisão adicional para sinistros a  liquidar (IBNeR) 

com o objetivo de estimar os valores dos ajustes que os sinistros avisados sofrerão ao 

longo  dos  respectivos  processos  de  análise  até  sua  liquidação.  Essa  provisão  é 

calculada  através de  técnicas estatísticas e  atuariais descritas em NTA  com base no 

desenvolvimento  histórico  de  sinistros,  para  os  seguros  de  danos  e  seguros  de 

pessoas.   

 (d) A  Provisão  de  Sinistros  Ocorridos  mas  não  Avisados  (IBNR)  é  constituída  para 

pagamento  dos  sinistros  que  já  ocorreram,  mas  que  ainda  não  foram  avisados  à 

24

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

seguradora até data base de apuração, e é calculada através de técnicas estatísticas e 

atuariais descritas em NTA com base no comportamento histórico observado entre a 

data da ocorrência do sinistro e a data do seu registro na seguradora, para os seguros 

de danos e de pessoas. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados do  ramo 

DPVAT (seguro obrigatório) é constituída conforme determina a Resolução do CNSP. 

 

(e) A Provisão de Despesas Relacionadas – PDR é constituída com o objetivo de garantir a 

cobertura  dos  valores  esperados  relativos  a  despesas  relacionadas  com  sinistros.  A 

provisão  deve  abranger  as  despesas  alocáveis  e  não  alocáveis,  relacionadas  à 

liquidação de indenizações ou benefícios. 

 

(f) As Outras Provisões Técnicas – OPT representam todas as provisões constituídas, que 

não  se enquadram no  rol de provisões destacadas na Resolução CNSP nº 281/2013, 

com  autorização  concedida  pela  SUSEP.  São  calculadas  com  base  em metodologia 

própria, prevista em NTA.  

  

2.15.2 Teste de adequação dos passivos (TAP)  

Conforme requerido pelo CPC 11 e pelos requerimentos adicionais da SUSEP, em cada data de 

balanço  a  Companhia  elabora  o  TAP  (ou  “Liability  Adequacy  Test”  ‐  LAT)  para  todos  os 

contratos  vigentes  na  data  de  execução  do  teste,  exceto  DPVAT.  Esse  teste  é  elaborado 

considerando‐se  como  valor  contábil  líquido  de  todos  os  passivos  de  contratos  de  seguro, 

deduzidos dos custos de aquisição diferidos (ativo). Para o teste, a Companhia elaborou uma 

metodologia que considera a sua melhor estimativa de todos os  fluxos de caixa  futuros, que 

também incluem as despesas incrementais e de liquidação de sinistros, utilizando‐se premissas 

correntes.  Para  determinação  das  estimativas  dos  fluxos  de  caixa  futuros,  os  contratos  são 

agrupados por características de risco. Os fluxos de caixa são trazidos a valor presente a partir 

de premissas de taxas de juros livres de risco. 

 

Caso  seja  identificada  qualquer  insuficiência  no  TAP,  a  Companhia  registra  a  perda imediatamente  como  uma  despesa  no  resultado,  constituindo  provisões  adicionais  aos passivos de seguro já registrados na data do teste.  Alguns contratos permitem que a Companhia adquira a titularidade sobre o ativo ou o direito 

de venda do ativo danificado que tenha sido recuperado (salvados). A Companhia também tem 

o  direito  contratual  de  buscar  ou  cobrar  ressarcimentos  de  terceiros,  como 

sub‐rogação de direitos para pagamentos de danos parciais ou totais cobertos em um contrato 

de seguro. Consequentemente, estimativas de recuperação de salvados e ressarcimentos são 

incluídas como redutoras na avaliação e, consequentemente, na execução do TAP.  

 

Como conclusão dos  testes  realizados não  foram encontradas  insuficiências em nenhum dos 

agrupamentos analisados, para os períodos apresentados. 

 

 

25

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

2.16 Demais passivos 

Fornecedores  e outras  contas  a pagar  são mensurados pelo  valor de  custo  e  acrescidos de 

encargos incorridos até a data de balanço, quando aplicável.   

 

2.17 Benefícios a empregados 

 

A Companhia patrocina o plano Portoprev, que é classificado como um plano de contribuição 

definida.  Adicionalmente,  a  Companhia  oferece  benefícios  pós‐emprego  de  seguro‐saúde, 

seguro de vida e benefícios calculados com base em uma política que atribui uma pontuação 

para seus funcionários conforme o período de prestação de serviços e a idade. O passivo para 

tais  obrigações  foi  calculado  por  meio  de  metodologia  atuarial  específica  que  leva  em 

consideração  taxas  de  rotatividade  de  funcionários,  taxas  de  juros  para  a  determinação  do 

custo de  serviço  corrente  e  custo de  juros. Outros benefícios demissionais,  como multa  ou 

provisões  ao  Fundo  de  Garantia  do  Tempo  de  Serviço  ‐  FGTS,  também  foram  calculados 

segundo essa metodologia para os  funcionários  já aposentados, para os quais esse direito  já 

tenha sido estabelecido. 

 

As demais provisões trabalhistas são calculadas segundo normas e leis trabalhistas em vigor na 

data  de  preparação  das  demonstrações  financeiras  e  são  registradas  segundo  o  regime  de 

competência e conforme os serviços são prestados pelos funcionários. 

 

2.18 Provisões judiciais, ativos e passivos contingentes  

 

A Companhia reconhece uma provisão somente quando existe uma obrigação presente (legal 

ou de responsabilidade social) como resultado de um evento passado, quando é provável que 

o pagamento de recursos será requerido para liquidar a obrigação e quando a estimativa pode 

ser  feita  de  forma  confiável  para  a  provisão.  Quando  alguma  dessas  características  não  é 

atendida, não é reconhecida uma provisão. 

 

As provisões são constituídas para fazer face a desembolsos futuros que possam decorrer de 

ações judiciais em curso, de natureza cível, fiscal e trabalhista. As constituições baseiam‐se em 

uma análise individualizada, efetuada pelos assessores jurídicos da Companhia, dos processos 

judiciais em  curso e das perspectivas de  resultado desfavorável  implicando um desembolso 

futuro. Os tributos, cuja exigibilidade está sendo questionada na esfera judicial, são registrados 

levando‐se em consideração o conceito de “obrigação legal”.  

 

As obrigações  legais (fiscais e previdenciárias) decorrem de processos  judiciais relacionados a 

obrigações  tributárias,  cujo  objeto  de  contestação  é  sua  legalidade  ou  constitucionalidade, 

que,  independentemente da avaliação acerca da probabilidade de êxito, têm seus montantes 

reconhecidos  integralmente e são atualizadas monetariamente pela  taxa SELIC. Os depósitos 

judiciais também são atualizados monetariamente. 

 

 

26

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

2.19 Capital social  

O capital social da Companhia é formado por ações ordinárias. 

 

2.20 Reconhecimento de receitas 

2.20.1 Prêmio de seguro e resseguro 

 

As receitas de prêmio dos contratos de seguro são reconhecidas quando da emissão da apólice 

ou  quando  da  vigência  do  risco, o  que  ocorrer  primeiro,  proporcionalmente  e  ao  longo do 

período de cobertura do risco das respectivas apólices, por meio da constituição/reversão da 

PPNG  (vide  nota  explicativa  nº  2.15.1  (a)). O  Imposto  sobre Operações  Financeiras  ‐  IOF  a 

recolher,  incidente  sobre  os  prêmios  a  receber,  é  registrado  no  passivo  da  Companhia  e  é 

retido e recolhido simultaneamente no recebimento do prêmio.  

 

As  despesas  de  resseguro  cedido  são  reconhecidas  de  acordo  com  o  reconhecimento  do 

respectivo  prêmio  de  seguro  (resseguro  proporcional)  e/ou  de  acordo  com  o  contrato  de 

resseguro (resseguro não proporcional). 

 

2.20.2 Receita de juros e dividendos recebidos 

 

As receitas de  juros de  instrumentos  financeiros são reconhecidas no resultado do exercício, segundo  o  método  do  custo  amortizado  e  pela  taxa  efetiva  de  retorno.  As  receitas  de dividendos de investimentos em ativos financeiros representados por instrumentos de capital (ações) são reconhecidas no resultado quando o direito a receber o pagamento do dividendo é estabelecido.  Os juros cobrados sobre o parcelamento de prêmios de seguros são diferidos para apropriação no resultado no mesmo prazo do parcelamento dos correspondentes prêmios de seguros.  2.20.3 Programas de fidelidade 

 

A  Companhia  avalia  situações  em  que  os  contratos  de  seguro  vendidos  apresentem 

componentes de valor  financeiro  significativo nos quais uma porção da  receita ou o prêmio 

tenham  sido majorados  em  sua precificação para  cobrir diversos benefícios que podem  ser 

utilizados pelos clientes em estabelecimentos de terceiros, ao longo da vigência dos contratos. 

A Companhia avalia a materialidade desses componentes e se o padrão de reconhecimento de 

receita (por exemplo, o padrão de utilização desses benefícios) divergiria significativamente do 

padrão de reconhecimento do prêmio de seguro emitido. 

 

2.21 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio 

 

A  distribuição  de  dividendos  e  juros  sobre  capital  próprio  para  os  acionistas  é  reconhecida 

como  um  passivo,  com  base  no  estatuto  social  da  Companhia.  Qualquer  valor  acima  do 

mínimo  obrigatório  (25%)  somente  é  provisionado  na  data  em  que  é  aprovado  pelos 

acionistas.  

27

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 

O  benefício  fiscal  dos  juros  sobre  o  capital  próprio  é  reconhecido  na  demonstração  do 

resultado. A  taxa utilizada no cálculo dos  juros  sobre o capital próprio é a Taxa de  Juros de 

Longo Prazo ‐ TJLP durante o período aplicável, conforme a legislação vigente.  

 

2.22 Imposto de renda e contribuição social 

 

A despesa de imposto de renda e contribuição social inclui as despesas de impostos correntes 

e os efeitos dos tributos diferidos. A Companhia reconhece no resultado do exercício os efeitos 

de  imposto de renda e contribuição social, exceto para os efeitos tributários sobre  itens que 

foram  diretamente  reconhecidos  no  patrimônio  líquido;  nesses  casos,  os  efeitos  tributários 

também são reconhecidos no patrimônio líquido. 

 

Os impostos correntes são calculados com base em leis e regras tributárias vigentes na data de 

preparação  do  balanço  patrimonial.  No  Brasil,  o  imposto  de  renda  corrente  é  calculado  à 

alíquota‐base de  15% mais  adicional de  10%  sobre o  lucro  real  tributável  acima de R$  240 

anuais.  A  provisão  para  contribuição  social  para  as  sociedades  seguradoras  é  constituída  à 

alíquotas de 15%.  

 

Os  impostos diferidos  são  reconhecidos utilizando‐se o método dos ativos e   passivos  sobre 

diferenças temporárias originadas entre as bases tributárias de ativos e passivos e os valores 

contábeis respectivos desses ativos e passivos. Impostos diferidos ativos são reconhecidos no 

limite de que seja provável que lucros futuros tributáveis estejam disponíveis. 

 

3. Estimativas e julgamentos contábeis  

 

As  estimativas  e  os  julgamentos  contábeis  são  continuamente  avaliados  e  baseiam‐se  na 

experiência  histórica  e  em  outros  fatores,  incluindo  expectativas  de  eventos  futuros, 

considerados  razoáveis  para  as  circunstâncias.  Os  principais  itens  sujeitos  a  estimativas  e 

julgamentos são: 

 

3.1 Avaliação de passivos de seguros 

 

O componente em que a Administração mais exerce o  julgamento e utiliza estimativas é na 

constituição dos passivos de seguros. Existem diversas fontes de  incertezas que precisam ser 

consideradas na estimativa dos passivos que a Companhia irá liquidar em última instância. São 

utilizadas  todas  as  fontes  de  informação  internas  e  externas  disponíveis  sobre  experiência 

passada e indicadores que possam influenciar as tomadas de decisões da Administração e dos 

atuários para a definição de premissas atuariais e da melhor estimativa do valor de liquidação 

de sinistros para contratos cujo evento segurado já tenha ocorrido.  

 

Consequentemente,  os  valores  provisionados  podem  diferir  dos  valores  liquidados 

efetivamente em datas futuras para tais obrigações. As provisões que são mais impactadas por 

uso de julgamento e incertezas são aquelas relacionadas aos ramos de contratos de seguro de 

28

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

grandes riscos (como riscos especiais) e contratos de seguro com cobertura de vida (vide nota 

explicativa nº 4). 

 

 

3.2 Avaliação das provisões de processos judiciais fiscais, cíveis e trabalhistas  

A  Companhia  dispõe  de  um  grande  número  de  processos  judiciais  em  aberto  na  data  de 

preparação  das  demonstrações  financeiras. O  processo  utilizado  pela Administração  para  a 

construção  das  estimativas  contábeis  leva  em  consideração  a  assessoria  jurídica  de 

especialistas na área, a evolução dos processos, a situação e a instância de julgamento de cada 

caso específico. Adicionalmente, a Companhia utiliza seu melhor julgamento sobre esses casos 

e  informações  históricas  de  perdas  em  que  existe  alto  grau  de  julgamento  aplicado  para  a 

constituição  dessas  provisões,  seguindo  os  princípios  do  CPC  25  –  Provisões,  Passivos 

Contingentes e Ativos Contingentes. 

 

3.3 Cálculo de valor justo e “impairment” de ativos financeiros  

A  Companhia  aplica  regras  de  análise  de  “impairment”  para  créditos  individualmente 

significativos, bem como premissas para avaliação de “impairment” para grupos de ativos de 

riscos similares em uma base agrupada. Nessa área é aplicado alto grau de  julgamento para 

determinar o nível de  incerteza, associado com a realização dos fluxos contratuais estimados 

dos ativos financeiros,  incluindo os prêmios a receber de segurados. Nesse  julgamento estão 

incluídos o  tipo de contrato, segmento econômico, histórico de vencimento e outros  fatores 

relevantes que possam afetar a constituição das perdas para “impairment”. 

 

O valor  justo de  instrumentos  financeiros que não  são negociados em mercados ativos  (por 

exemplo, cotas de empresas de capital fechado) é determinado mediante o uso de técnicas de 

avaliação.  A  Companhia  usa  seu  julgamento  para  escolher  diversos  métodos  e  definir 

premissas que  se baseiam principalmente nas  condições de mercado  existentes na data do 

balanço.   

 

3.4 Cálculo de créditos tributários  

Impostos diferidos ativos são reconhecidos no  limite de que seja provável que  lucros futuros 

tributáveis  estejam  disponíveis.  Essa  é  uma  área  que  requer  a  utilização  de  alto  grau  de 

julgamento da Administração da Companhia na determinação das estimativas futuras quanto à 

capacidade de geração de lucros futuros tributáveis.  

 

4. Gestão de riscos  

A Companhia está exposta a um conjunto de riscos  inerentes às suas atividades e, para gerir 

estes  riscos,  possui  uma  série  de  princípios,  diretrizes,  ações,  papéis  e  responsabilidades 

necessários a identificação, avaliação, tratamento e controle dos riscos. 

 

A gestão de riscos compreende as seguintes categorias: 

29

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 

 

Riscos Financeiros  

 (a) Risco  de  Crédito:  definido  como  possibilidade  de  perdas  associadas  ao  não 

cumprimento  pelo  tomador  ou  contraparte  de  suas  respectivas  obrigações 

financeiras nos termos pactuados (ver item 4.1).  

 

(b) Risco de Liquidez: definido como eventual indisponibilidade de recursos de caixa para 

fazer frente a obrigações futuras (ver item 4.2). 

 

(c) Risco de Mercado: aquele associado à possibilidade de ocorrência de perdas devidas 

a oscilações nos preços de mercado das posições mantidas em carteira (ver item 4.3). 

  

Riscos de Seguro  

(d) Risco de  Subscrição:   definido  como  a possibilidade de ocorrência de eventos que 

contrariem  as  suas  expectativas  e  que  possam  comprometer  o  resultado  das 

operações  e  o  patrimônio  da  Companhia,  incluindo  falhas  na  precificação  ou 

estimativas de provisionamento (ver item 4.4). 

 

Riscos Não Financeiros 

 (e) Risco Operacional: definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes 

de  falha, deficiência ou  inadequação de processos  internos, pessoas e sistemas, ou 

de eventos externos. Essa definição  inclui o risco  legal, mas exclui o estratégico e o 

de imagem (ver item 4.5). 

 

(f) Outros:  incluem  os  riscos  de  estratégia,  legal/“compliance”,  regulatório  e 

socioambiental. 

 A governança de gerenciamento de riscos conta com a participação de todas áreas, tendo por 

finalidade  proteger  o  resultado  da  Companhia  e  os  acionistas,  contribuir  para  sua 

sustentabilidade  e  valor,  envolvendo  aspectos  relacionados  à  transparência  e  prestação  de 

contas.  

 

Nesse  contexto,  a  Companhia  exerce  o  gerenciamento  dos  riscos  de modo  integrado  e  de 

maneira  independente,  preservando  e  valorizando  o  ambiente  de  decisões  colegiadas.  As 

decisões  são  pautadas  em  fatores  que  combinam  o  retorno  sobre  o  risco  mensurado, 

permitindo  seu  alinhamento  na  definição  dos  objetivos  comerciais,  e  promovem  o 

aculturamento dos colaboradores em todos os níveis hierárquicos, desde as áreas de negócios 

até o Conselho de Administração (CAdm).  

 

30

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Todas estas  iniciativas proporcionam a ampliação da eficiência operacional da Companhia e 

consequente redução do nível de perdas, além de otimizar a utilização do capital disponível. 

 

Refletindo o compromisso da Companhia com a gestão de  riscos, destaca‐se a existência da 

área de Gestão Corporativa de Riscos, que atua como segunda linha de defesa e cuja missão é 

garantir  que  os  riscos  sejam  efetivamente  identificados,  mensurados,  mitigados, 

acompanhados e reportados de forma independente e integrada à Alta Administração.  

 

Com  o  intuito  de  obter  sinergias  ao  longo  do  processo  de  gerenciamento  de  riscos  há, 

permanentemente,  um  fórum  de  alto  nível  na  Companhia,  denominado  Comitê  de  Risco 

Integrado  ‐  CRI.  Este  tem  por  atribuição  assessorar  o  CAdm  na  aprovação  de  políticas 

institucionais e  limites de exposição a  riscos, analisar em base bimestral os  riscos  relevantes 

que  lhe  forem  submetidos,  assim  como  validar  as  ações  de  mitigação  e  estratégias  para 

desenvolvimento continuo dos processos de gestão de risco.    

 

O relatório completo descrevendo a estrutura de gerenciamento de riscos está disponível no 

“site” da Companhia (www.portoseguro.com.br), em “Relatório de Gerenciamento de Risco”. 

 

4.1 Risco de crédito 

 

De acordo com as características do negócio e operações vigentes na Companhia, o risco de 

crédito contempla as seguintes categorias:  

 

(a) Risco  de  Contraparte:  definido  como  a  possibilidade  de  não  cumprimento  por 

determinada  contraparte  de  obrigações  relativas  à  liquidação  de  operações  que  envolvam 

ativos financeiros. Este risco é composto por:  

 

(i)   Portfólio  de  Investimentos:    o  gerenciamento  do  risco  de  crédito  do  portfólio  de 

investimentos  é  de  responsabilidade  primária  da  Diretoria  de  Investimentos,  a  qual  possui 

política  e  processos  de monitoramento mensal  para  garantir  que  limites,  ou  determinadas 

exposições  ao  risco  de  crédito,  não  sejam  excedidos.  Para  determinação  dos  limites  são 

avaliados  critérios  que  contemplam  a  capacidade  financeira,  assim  como  rating mínimo  de 

grau  de  investimento  (“rating”  A)  da  contraparte  divulgados  por  agências  externas  (S&P, 

Moodys and Fitch). Na ausência de ratings externos, a Administração utiliza o conhecimento e 

a experiência de mercado para classificar essas contrapartes em sua grade de riscos (“ratings” 

internos),  suportados  por  um  processo  de  governança  para  devida  avaliação  e  aprovação 

destas operações.  

 

(ii)   Cessão de Risco: o gerenciamento do risco de crédito da cessão de risco (resseguro) é 

de responsabilidade primária da Diretoria Técnica.  A Companhia possui política específica para 

a  gestão  de  cessão  de  risco,  que  conta  com  limites  de  contraparte  fundamentados  em 

“ratings” de agências externas, considerando o “rating” A como mínimo para cessão do risco.    

 

(b) Inadimplência nos prêmios a receber: definida como a possibilidade de perda devido 

ao  não  cumprimento  de  obrigações  financeiras  nos  termos  pactuados  nas  operações  de 

31

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

seguro. O gerenciamento deste risco de crédito é de responsabilidade primária das Diretorias 

de Produtos. Para mitigação deste riscos estão estabelecidas regras de aceitação que incluem 

análise  do  risco  de  crédito  dos  segurados,  fundamentadas  em  informações  de  agências  de 

mercado  e  de  comportamento  histórico  junto  ao  grupo  Porto  Seguro.  Além  disso,  caso  os 

pagamentos dos prêmios não  sejam efetuados nas datas de  vencimentos,  as  coberturas de 

sinistros podem ser canceladas, conforme a regulamentação vigênte. 

 

A  tabela  a  seguir  apresenta  os  ativos  financeiros  expostos  ao  risco  de  crédito  detidos  pela 

Companhia: 

 

Tesouro 

nacional 

brasileiro AA

Outros 

"ratings" Saldo contábil 

 Caixa e equivalentes de caixa                  26.429                               ‐                    24.112                  50.541 

Total de aplicações financeiras (i)           1.708.351               248.758                  12.418           1.969.527 

‐ Empréstimos  e recebíveis

Prêmios  a  receber de segurados  (ii)                               ‐                                 ‐             1.396.290           1.396.290 

Recebíveis de resseguro (iii)                               ‐                                 ‐                    10.250                  10.250 

Exposição máxima ao risco de crédito em 30 

de junho de 2014           1.734.780               248.758           1.443.070           3.426.608 

Exposição máxima ao risco de crédito em 31 

de dezembro de 2013           1.728.518               416.900           1.536.885           3.682.303 

                     (i) As aplicações classificadas como “AA” referem‐se a títulos privados pós‐fixados. (ii) Os prêmios a  receber de  segurado da Companhia, em geral, não possuem  concentração de  riscos  (por  setor econômico, por exemplo), uma vez que são  recebíveis, principalmente, de pessoas  físicas, classificadas conforme “rating” interno. (iii) Referem‐se a sinistros a receber de resseguradoras. 

 A tabela a seguir demonstra os ativos de resseguro detidos pela Companhia, segregados pela 

categoria  de  risco  e  classe  das  resseguradoras  contrapartes.  O  “rating”  foi  atribuído  pela 

agência de classificação de risco Fitch: 

 

32

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Classe Categoria de risco

Local A         25.793          23.560 

AA‐         27.550          30.478 

A+               373                    ‐   

Admitida A            3.693          19.296 

A+         13.380             7.754 

AA‐            6.134                    ‐   

Total de ativos de resseguro (*)         76.923          81.088 

 (*) O total de ativos de resseguro é composto pelas contas “Operações com resseguradoras” e “Ativos de resseguro – provisões técnicas”. 

 4.2 Risco de liquidez 

 

O  gerenciamento do  risco de  liquidez  é de  responsabilidade da Diretoria  Financeira,  a qual 

possui controles com o objetivo de manter seus níveis de  liquidez em patamares adequados, 

alinhados  aos  requisitos  regulatórios  assim  como  equilibrar  a  relação  entre  as  taxas,  risco, 

retorno  e  necessidades  de  liquidez  imediata  da  Companhia.  Neste  contexto,  estão  

estabelecidas regras de prazo máximo de vencimento das operações e “rating” da contraparte. 

Adicionalmente,  a  Companhia  conta  com  um  definição  de  caixa  mínimo  em  relação  as 

projeções dos fluxos de caixa. 

  

Os principais itens abordados na gestão do risco de liquidez são: (i) limites de risco de liquidez, 

incluindo  caixa mínimo  e  de  ativos  de  alta  liquidez;  (ii)  simulações  de  cenários  (teste  de 

“stress”); e (iii) medidas potenciais para contingenciamento. 

 

Os  limites de  gestão do  risco de  liquidez, definidos  em política  específica,  são monitorados 

diariamente  e  reportados  à Alta Administração,  incluindo  avaliação  dos  descasamentos  das 

operações  ativas  e  passivas.  Neste  contexto,  estão  definidas  medidas  de  contingência  de 

liquidez para eventuais casos de “stress” e cenários adversos.  

A tabela a seguir apresenta o risco de liquidez a que a Companhia está exposta: 

 

33

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Sem 

vencimento 0 a 30 dias 1 a 6 meses 7 a 12 meses Acima de 1 ano Total Saldo contábil

Caixa e equivalentes de 

caixa                  24.112                   26.429                               ‐                                 ‐                                 ‐                     50.541                   50.541 

‐ Títulos  para negociação

Pós‐fixados ‐ públicos                               ‐                  261.827                                ‐                        1.214                308.106                571.147                485.927 

Pós‐fixados ‐ privados                               ‐                                  ‐                                  ‐                  214.539                   86.779                301.318                248.758 

Prefixados ‐ públicos                               ‐                                  ‐                                 ‐                                 ‐                    75.669                   75.669                   75.669 

Índices de inflação                               ‐                                  ‐                             238                           232                      7.966                      8.436                      8.436 

Outros                     1.562                                ‐                                 ‐                                 ‐                                 ‐                        1.562                      1.562 

‐ Títulos  disponíveis para  a  

venda

Índices de inflação                               ‐                                  ‐                    15.903                  15.478               530.622                562.003                562.003 

Prefixados ‐ públicos                               ‐                                  ‐                                 ‐                                 ‐                 493.962                493.962                493.962 

Pós‐fixados ‐ privados                               ‐                                  ‐                                  ‐                                  ‐                  110.030                110.030                   80.792 

Ações                  12.418                                ‐                                 ‐                                 ‐                                 ‐                     12.418                   12.418 

Total de aplicações 

financeiras                  13.980                261.827                  16.141               231.463           1.613.134            2.136.545            1.969.527 

‐ Empréstimos e recebíveis

Prêmios a receber de 

segurados                               ‐                  509.579               726.463                  98.214                          711            1.334.967            1.396.290 

Recebíveis de resseguro                  10.250                                ‐                                 ‐                                 ‐                                 ‐                     10.250                   10.250 

Total de ativos financeiros 

em 30 junho de 2014                  48.342                797.835               742.604               329.677           1.613.845            3.532.303            3.426.608 

Total de ativos financeiros 

em 31 de dezembro de 

2013               170.149                662.680               825.004               120.858           2.091.251            3.869.942            3.682.303 

Passivo de contratos de 

seguro                               ‐              1.678.044               530.109               350.239                  51.657            2.610.049            3.504.137 

Débitos  de operações de 

seguro e resseguro                  28.689                131.111               188.174                  25.440                          184                373.598                421.740 

Total de passivos de 

contratos de seguro em 30 

de junho de 2014                  28.689            1.809.155               718.283               375.679                  51.841            2.983.647            3.925.877 

Total de passivos de 

contratos de seguro em 31 

de dezembro de 2013                  25.864            1.298.935               732.007               429.306                  99.279            2.585.391            3.752.892 

Fluxo de caixa não descontado (*)

 (*)  Fluxos  de  caixa  estimados  com  base  em  julgamento  da  Administração,  expiração  do  risco  dos  contratos  de 

seguros e melhor expectativa quanto à data de liquidação de sinistros estimados. Esses fluxos foram estimados até 

a expectativa de pagamento e/ou recebimento e não consideram os valores a receber vencidos. Os ativos e passivos 

financeiros pós‐fixados foram distribuídos com base nos fluxos de caixa contratuais, e os saldos foram projetados 

utilizando‐se  curva  de  juros,  taxas  previstas  do  Certificado  de  Depósito  Interbancário  ‐  CDI  e  taxas  de  câmbio 

divulgadas para períodos futuros em datas próximas ou equivalentes. 

 

 

 

 

 

34

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

4.3 Risco de mercado 

 A Companhia esta exposta ao risco de mercado e possui como principal fator de risco a taxa de 

juros.  Seu  gerenciamento  é  de  responsabilidade  primária  da  Diretoria  de  Investimentos  e 

conta para  isso com políticas que estabelecem  limites, processos e  ferramentas para efetiva 

gestão do risco de mercado.   

 Entre os métodos utilizados na gestão, utiliza‐se a técnica de valor em risco (“Value at Risk” ‐ 

VaR) paramétrico, com  intervalo de confiaça de 95% em horizonte de 1 dia. Adicionalmente, 

são realizados acompanhamentos complementares, como análises de sensibilidade, testes de 

“stress” e as ferramentas de “tracking error” e ‘Benchmark‐VaR”.  

 Os  resultados  obtidos  são  utilizados  para mitigação  de  riscos  e  entendimento  do  impacto 

sobre os resultados e o patrimônio  líquido, em condições normais e de “stress”. Esses testes 

levam  em  consideração  cenários históricos  e de  condições  futuras de mercado,  sendo  seus 

resultados utilizados no processo de planejamento e decisão, bem como na  identificação de 

riscos específicos originados nos ativos e passivos financeiros detidos pela Companhia. 

 

A seguir é demonstrada a análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros aos fatores de 

risco e seus impactos no  resultado e no patrimônio líquido da Companhia, em 30 de junho de 

2014, nos termos da Instrução CVM nº 475/08. Para a análise de sensibilidade foram utilizados 

os seguintes cenários:  (I)   aplicação do cenário provável de “stress” para cada  fator de risco, 

dentre aqueles disponibilizados no “site” da BM&FBOVESPA; (II) deterioração de 25% em cada 

variável de risco utilizada no cenário “I”; e (III): deterioração de 50% em cada variável de risco 

utilizada no cenário “I”. 

 

Operação Risco Cenário I Cenário II Cenário III

InflaçãoTaxa de cupons de  

índices de preços             (591)          (1.267)          (1.868)

Pós‐fixadosTaxa de juros pós‐

fixados em reais             (445)             (556)             (667)

Cenários de "stress" BM&F

  Resalta‐se  que,  visto  a  capacidade  dinâmica  de  reação  da  Companhia,  os  impactos  acima 

apresentados podem ser minimizados.   

 

4.4 Risco de subscrição 

 

A Companhia define o risco de subscrição como sendo o risco de ocorrência de eventos que 

contrariem  as  suas  expectativas  e que possam  comprometer  significativamente o  resultado 

das operações e o seu patrimônio, assim como o segmenta nas seguintes categorias de risco: 

 

35

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

(a)   Risco de Prêmio: gerado a partir de uma possível  insuficiência dos prêmios cobrados 

para fazer frente aos dispêndios financeiros com o pagamento das obrigações assumidas com 

os segurados. 

 

(b)  Risco  de  Provisão:  gerado  a  partir  de  uma  possível  insuficiência  dos  saldos  das 

provisões  constituídas  para  fazer  frente  ao  dispêndio  financeiro  com  o  pagamento  das 

obrigações perante os segurados; 

 

(c)  Risco de Retenção: gerado a partir da exposição a riscos individuais com valor em risco 

(valor em risco, limite máximo de garantia, etc.) elevado, concentração de riscos ou ocorrência 

de eventos catastróficos; 

 

(d)  Risco  de  Práticas  de  aceitação:  gerado  a  partir  das  regras  e  procedimentos 

inadequados para a aceitação de riscos; e 

 

(e)  Risco de Práticas de sinistros: gerado a partir de regras e procedimentos inadequados 

para a regulação e liquidação de sinistros. 

 

O gerenciamento do risco de subscrição é de responsabilidade da Diretoria Técnica ‐ DT, a qual 

determina  as  premissas  atuariais  a  serem  consideradas,  tais  como  identificação  do  risco  e 

objeto  segurável,  valor  máximo  em  risco  e  disponibilidade  de  dados  para  tarifação  e 

subscrição.  

 

No âmbito de gestão, com  foco na mitigação dos riscos de prêmio, a Companhia  investe em 

técnicas de análise e precificação do risco, utilizando‐se de modelos estatísticos distintos para 

renovações e novos  seguros, permitindo avaliar antecipadamente os  resultados gerados em 

diversos cenários, que combinam níveis de preços, conversão de cotações e resultados, sendo 

as decisões tomadas considerando o cenário que gera as melhores margens para os produtos. 

 

Por  sua  vez, devido  às  incertezas em  relação  ao  valor  final para  liquidação dos  sinistros no 

futuro, as ações de mitigação do  risco de provisão  incluem dimensionamento das provisões 

fundamentadas no histórico do valor dos sinistros desde a sua ocorrência até a sua liquidação 

definitiva.  Para  avaliação  da  aderência  das  premissas  e  metodologias  utilizadas  para 

dimensionamento  das  provisões  técnicas,  são  realizados  testes  de  aderência  em  diferentes 

datas‐bases, que verificam a suficiência histórica das provisões constituídas.  

 

Dada à relevância do risco de retenção, as exposições a eventos catastróficos e a concentração 

de riscos são monitoradas periodicamente por meio de processos e modelos adequado, sendo 

contratadas proteções de resseguro de acordo com os limites legais como, por exemplo, limite 

de  retenção  por  risco  aprovado  pela  SUSEP,  assim  como  limites  gerenciais,  refletidos  em 

política corporativa de cessão de riscos (vide item 4.1 (a) (ii)).  

 

Adicionalmente,  cada  diretoria  de  produto  deve  estabelecer,  monitorar  e  documentar  as 

regras  e  práticas  de  aceitação  de  riscos  e  práticas  de  sinistros  em  consonância  com  as 

36

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

diretrizes  da  Companhia,  que  incluem,  por  exemplo,  parecer  prévio  da  DT  para 

comercialização de cada produto.  

 

Os  resultados obtidos nos processos de gestão e monitoramento do  risco de  subscrição  são 

formalizados  e  reportados  mensalmente  à  Alta  Administração,  permitindo  que  eventuais 

desvios em relação às projeções sejam corrigidos no menor espaço de tempo possível.  

 

Após a etapa descrita acima, a Administração determina as premissas atuariais relevantes ao 

risco que se pretende segurar e à origem e referência dos dados que serão utilizados para fins 

de  subscrição.  As  análises  de  sensibilidade  para  o  risco  de  seguro,  bem  como  o  teste  de 

adequação dos passivos são efetuadas utilizando‐se, no mínimo, as seguintes premissas: 

 

Utilização,  como  premissas  de  sinistralidade,  das  expectativas  de  prêmio  de  risco 

calculadas  na  data‐base  do  estudo,  baseadas  em  histórico  de  observações  de 

frequência e severidade para cada ramo e/ou agrupamento de ramos. 

Utilização de expectativas de cessão de prêmios e recuperação de sinistros calculadas 

na data‐base do estudo, baseadas em histórico de observações para cada ramo e/ou 

agrupamento  de  ramos.  Para  as  projeções,  respeitaram‐se  as  cláusulas  contratuais 

vigentes na data‐base do estudo dos contratos celebrados com os resseguradores.  

Taxas de juros de referência da SUSEP informadas pelo mercado para ativos e passivos. 

O  indexador  utilizado  foi  o  Índice  de  Preços  ao  Consumidor  Amplo  ‐  IPCA,  que  é 

predominante nos contratos padronizados da Companhia. 

Taxa de juros esperada para os ativos, equivalente à taxa SELIC, que é condizente com 

a rentabilidade obtida pela área de investimentos no exercício vigente. 

Premissas atuariais específicas em cada produto em consequência do  impacto destas 

na precificação do risco segurável. 

 

Os segmentos de atuação incluem: automóveis (ver item 4.1.1); vida (ver item 4.1.2); seguros 

de danos (exceto automóvel) e riscos financeiros (ver item 4.1.3). Informações sobre os riscos 

de crédito e liquidez das operações de seguros estão demonstradas nas notas explicativas 4.1 

e 4.2, respectivamente. 

 

4.4.1 Automóveis  

A  Companhia  opera  em  todo  o  território  nacional,  comercializando  apólices  de  seguro  de 

automóvel  para  pessoas  físicas  e  jurídicas,  através  de  contratação  individual,  ou  coletiva 

(frotas).   O risco de subscrição proveniente da operação de seguros de automóvel é dividido 

em dois tipos de riscos: (a) risco de prêmios e (b) risco de provisão 

 

Como medida de mitigação de risco, são utilizados dispositivos rastreadores,  localizadores de 

veículos e gravação da numeração de chassis em diversas partes da carroceria do veículo.  

 

 

 

 

37

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Exposição ao risco de seguro  A tabela a seguir apresenta a concentração de risco de seguro por região:   

LocalidadeJunho

de 2014

Dezembro 

de 2013

São Paulo 61,3% 62,7%

Rio de Janeiro 9,0% 9,0%

Região Sul 7,2% 6,8%

Outras  regiões 22,5% 21,5%

100,0% 100,0%

  

Testes de sensibilidade 

 A  tabela  a  seguir  apresenta  a  sensibilidade  da  carteira  às  premissas  atuariais,  líquidos  de efeitos tributários.   

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Aumento de 5% na frequência de 

sinistros      (261.285)     (261.260)     (220.339)     (220.339)

Aumento de 15% das  despesas  

administrativas           (2.166)          (2.165)          (1.809)          (1.809)

Aumento de 15% das  despesas  com 

sinistros           (1.648)          (1.648)          (1.714)          (1.714)

Aumento de 10% do percentual  de 

recuperação de salvados         16.718          16.717          14.535          14.535 

Redução de 5% do percentual  de 

recuperação de salvados  e 

ressarcimentos           (9.372)          (9.371)          (8.056)          (8.056)

Impacto no resultado e no patrimônio líquido

 Premissas atuariais

Junho de 2014 Dezembro de 2013

  

4.4.2 Vida  

Nesses segmentos são comercializados seguro vida  tradicional, com contratação  individual e 

coletiva,  que  abrangem  produtos  com  cobertura  por  morte,  invalidez  ou  renda  devido  à 

incapacidade  temporária. O  risco mais  relevante para este produto é o biométrico, no qual 

pode ocorrer aumento nas  indenizações causado pela ocorrência de eventos extraordinários, 

tais como pandemias ou aumento constante da ocorrência de invalidez. Adicionalmente, para 

a contratação coletiva existe o risco de antisseleção, em que o grupo segurado é diferente do 

grupo da cotação, e de catástrofes, atingindo várias vidas seguradas no mesmo evento.  

 

Para os seguros de vida com contratação individual, são estabelecidos limites de contratação e 

de  idade  a  partir  dos  quais  é  necessária  apresentação  de  documentações  específicas  para 

38

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

análise do risco individual. Para os seguros coletivos, destaca‐se a subscrição centralizada com 

análise prévia dos grupos seguráveis para determinação dos prêmios. 

 

Testes de sensibilidade 

 

A  tabela  a  seguir  apresenta  a  sensibilidade  da  carteira  às  premissas  atuariais,  líquidos  de efeitos tributários.   

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Agravo de 5% no risco da  Carteira          (3.673)          (3.027)          (2.881)          (2.942)

Agravo de 5% no risco da  cobertura  

de morte          (2.119)          (1.747)          (1.689)          (1.725)

Agravo de 5% no risco das  demais  

coberturas          (1.554)          (1.280)          (1.192)          (1.217)

Agravo de 5% nas  despesas  com 

sinistros                 (56)                (47)             (167)              (170)

Agravo de 5% na  importância  

segurada            2.084             2.030             2.384              2.325 

Impacto no resultado e no patrimônio líquido

 Premissas atuariais

Junho de 2014 Dezembro de 2013

  4.4.3 Danos (exceto automóvel) e riscos financeiros  

No  segmento  de  danos  (exceto  automóveis)  são  comercializados  seguros  para  residências, 

empresas,  condomínios,  obras  de  engenharia,  rurais,  responsabilidades,  equipamentos  e 

transportes.  Já  no  segmento  de  riscos  financeiros,  a  Companhia  comercializa  seguros  de 

garantia de obrigações contratuais e seguro fiança locatícia.  

 

As  principais medidas  de mitigação  de  riscos  incluem  além  da  contratação  de  resseguro,  a 

inspeção prévia dos locais segurados.  

 

A tabela a seguir apresenta a concentração de risco de seguro por região: 

 

São Paulo Rio de Janeiro Região Sul

Outras 

regiões

Transportes 33,3% 15,2% 45,8% 34,7%

Seguro empresarial 24,1% 26,9% 15,5% 28,1%

Seguro residencial 24,1% 25,8% 18,9% 13,4%

Seguro condomínio 15,4% 26,8% 16,4% 21,1%

Seguro de fiança  locatícia 1,7% 4,3% 2,0% 0,7%

Outros  riscos 1,4% 1,0% 1,4% 2,0%

100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Junho de 2014

  

39

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

São Paulo Rio de Janeiro Região Sul

Outras 

regiões

Transportes 33,8% 15,5% 46,7% 36,9%

Seguro empresarial 24,2% 26,4% 15,6% 27,5%

Seguro residencial 24,7% 29,8% 20,1% 15,4%

Seguro condomínio 14,2% 23,4% 14,6% 17,8%

Seguro de fiança locatícia 1,6% 4,0% 1,9% 0,7%

Outros  riscos 1,5% 0,9% 1,1% 1,7%

100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Dezembro de 2013

  

Testes de sensibilidade 

 

A  tabela  a  seguir  apresenta  a  sensibilidade  da  carteira  às  premissas  atuariais,  líquidos  de efeitos tributários.   

Seguros patrimoniais, fiança locatícia e garantia de obrigações contratuais. 

 

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Aumento de severidade dos  sinistros 

de fiança locatícia em 5%           (5.971)          (5.819)          (5.207)          (5.093)

Redução de despesas  de l iquidação 

e/ou regulação de sinistros  em riscos 

patrimoniais  em 10%               949                908             1.123             1.071 

Redução do risco em riscos  

patrimoniais  em 5%          16.984          16.257          15.283          14.567 

Redução de despesas  de l iquidação 

de sinistros  em riscos  de 

responsabilidade  em 10%                 37                  24                  45                  34 

Redução do risco em riscos  de 

responsabilidade em 5%                148                  95                177                135 

Redução de despesas  de l iquidação 

de sinistros  em Riscos  Rurais  em 10%                  13                  10                  27                  21 

Diminuição do risco em riscos rurais  

em 5%                168                135                203                162 

Impacto no resultado e no patrimônio líquido

 Premissas atuariais

Junho de 2014 Dezembro de 2013

  

 

 

 

 

 

 

40

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Transportes 

 

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Aumento de 10% no risco da carteira         (12.600)        (12.363)        (11.799)        (11.676)

Aumento de 8% das  despesas  com 

sinistros             (301)             (295)             (379)              (375)

Aumento de 12% das  despesas  com 

sinistros             (452)             (443)             (568)              (562)

Redução de 15% na recuperação de 

salvados                  (9)                  (8)             (214)              (212)

Redução  de 9% nas  receitas  de 

ressarcimentos                 (29)                (29)                    3                      3 

Impacto no resultado e no patrimônio líquido

 Premissas atuariais

Junho de 2014 Dezembro de 2013

  

4.5 Risco operacional  

A atividade de monitoramento e gerenciamento de  risco operacional é executada de  forma 

corporativa  e  centralizada  pela  área  de  Gestão  Corporativa  de  Riscos,  utilizando  para  isso 

processo  formal  para  identificar  os  riscos  e  as  oportunidades,  estimar  o  impacto  potencial 

desses eventos e fornecer um método para tratar esses impactos, para reduzir as ameaças até 

um nível aceitável ou para alcançar as oportunidades. 

 

Isto  inclui  esforços  para  a  construção  de  um  banco  de  dados  de  perdas  internas  de  risco 

operacional com informações abrangentes e detalhadas para a identificação da real dimensão 

de  seu  impacto  sobre  a  Companhia,  bem  como  para  melhorar  a  confiabilidade  nos 

mecanismos de gestão, controle e supervisão de solvência desse mercado. As informações são 

consolidadas e analisadas mensalmente, reportadas à áreas gestoras e a Alta Administração.   

 4.6 Gestão de capital 

 A  estratégia  de  gestão  de  risco  de  capital  conta  com  política  específica  e  se  inicia  com  o 

Planejamento Estratégico, que provê a visão de negócios para horizontes de médio e  longo 

prazo,  incluindo  premissas  de  crescimento  de  negócios,  lucratividade,  entre  outros 

indicadores‐chave.  Levando em consideração as metas e projeções, desenvolve‐se o Plano de 

Capital da Companhia.  

 

Mensalmente, a Companhia executa suas atividades de gestão de risco de capital, por meio de 

um modelo consolidado e centralizado, de responsabilidade primária da Diretoria Financeira, 

com o objetivo de atender aos  requerimentos de  capital mínimo  regulatório emitidos pelos 

órgãos reguladores.  

 

Como  parte  do  Plano  de  Capital,  a  gestão  de  capital  tem  como  objetivo  a  contínua 

maximização  do  valor  do  capital  da  Companhia,  por  meio  da  otimização  do  nível  e  da 

41

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

diversificação das fontes de capital disponíveis. As decisões sobre a alocação dos recursos de 

capital  são  conduzidas  como  parte  da  revisão  do  planejamento  estratégico  periódico  da 

Companhia. 

 

As parcelas de necessidades de capital, bem como a suficiência existente estão demonstrada 

na nota explicativa nº 22 (f). 

 5. Equivalentes de caixa  

Equivalentes  de  caixa  incluem  operações  compromissadas  lastreadas  em Notas  do  Tesouro 

Nacional ‐ NTNs e Letras do Tesouro Nacional ‐ LTNs. 

 

6. Aplicações 

 

As exposições máximas ao risco de crédito, bem como os riscos de mercado e de liquidez a que os ativos financeiros da Companhia estão expostos são demonstradas na notas explicativas nº 4.1, 4.2 e 4.3.   Do  total  das  aplicações  financeiras  da  Companhia,  em  30  de  junho  de  2014,  42%  são classificadas  como  “Títulos  para  negociação”  (74%  em  dezembro  de  2013)  e  58%  são classificadas como “Disponíveis para venda” (26% em dezembro de 2013). As composições dos ativos financeiros detidos pela Companhia estão demonstradas nas notas a seguir.  

6.1 Estimativa de valor justo 

 

Dadas as características de curto prazo e as constantes avaliações de recuperabilidade que a Administração efetua, estima‐se que os saldos contábeis das contas a receber de clientes e das contas a pagar aos  fornecedores, menos a perda  (“impairment”), estejam próximos de  seus valores justos.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

42

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

6.1.1 Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado ‐ Títulos para negociação 

Nível 1 Nível 2 Total Nível 1 Nível 2 Total

Fundos abertos

Cotas  de fundos  de investimentos      258.647                 ‐        258.647      115.838                 ‐         115.838 

Fundos  retidos  – IRB               290                 ‐                290              290                 ‐                 290 

Outras  aplicações          1.272                 ‐            1.272          1.940                 ‐             1.940 

     260.209                 ‐        260.209      118.068                 ‐         118.068 

Fundos exclusivos

Letras  Financeiras  do Tesouro (LFT)      227.280                 ‐        227.280      233.696                 ‐         233.696 

Letras  do Tesouro Nacional  (LTN)        75.669                 ‐          75.669      681.827                 ‐         681.827 

Notas  do Tesouro Nacional  (NTN)

Série C          8.436                 ‐            8.436        34.971                 ‐           34.971 

Notas  do Tesouro Nacional  (NTN) 

Série B                 ‐                   ‐                   ‐            8.103                 ‐             8.103 

Debêntures                 ‐                   ‐                   ‐                   ‐          97.802         97.802 

Letras  Financeiras  ‐ privadas                 ‐                   ‐                   ‐                   ‐          23.840         23.840 

Depósitos  a prazo com Garantia 

Especial  (DPGE)                 ‐                   ‐                   ‐                   ‐            5.973           5.973 

Certificados  de Depósitos  Bancários  

(CDB)                 ‐                   ‐                   ‐                   ‐            3.131           3.131 

     311.385                 ‐        311.385      958.597      130.746   1.089.343 

Carteira própria

Letras  Financeiras  ‐ privadas                 ‐        233.216      233.216                 ‐        271.458       271.458 

Depósitos  a Prazo com Garantial  

Especial  (DPGE)                 ‐          15.542        15.542                 ‐          14.697         14.697 

                ‐        248.758      248.758                 ‐        286.155       286.155 

Total      571.594      248.758      820.352  1.076.665      416.901   1.493.566 

Circulante     819.080   1.491.626 

Não circulante         1.272           1.940 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

  

O valor de mercado dos títulos públicos foi embasado no preço unitário de mercado informado 

pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais ‐ ANBIMA. As 

cotas de fundos de investimentos foram valorizadas com base no valor da cota divulgada pelo 

administrador do  fundo. Os  títulos privados  são valorizados a mercado por meio da mesma 

metodologia de precificação adotada pelo administrador dos fundos de investimentos. 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

43

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

6.1.2 Títulos disponíveis para venda  

Nível 1 Nível 2 Total Nível 1 Nível 2 Total

Carteira própria

Notas do Tesouro Nacional (NTN) 

Série B       562.003                 ‐        562.003      520.977                 ‐         520.977 

Letras do Tesouro Nacional (LTN)      493.962                 ‐        493.962                 ‐                   ‐                    ‐  

Debêntures                 ‐          80.792        80.792                 ‐                   ‐                    ‐  

Total (i)  1.055.965        80.792  1.136.757      520.977                 ‐         520.977 

Não circulante (ii) 1.136.757       520.977 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

 

(i) O valor de curva dos papéis, em 30 de junho de 2014, era de R$ 1.120.689 (R$ 524.872 em 31 de dezembro de 

2013), gerando um ganho/perda não realizado em Outros Resultados Abrangentes de R$ 16.068 (R$ ‐3.895 em 31 

de dezembro de 2013), bruto dos efeitos tributários. 

(ii) A diferença para o total das aplicações refere‐se aos investimentos avaliados ao custo de aquisição, uma vez que 

não existem mercados ativos para essas ações, no montante de R$ 12.418 em 30 de junho de 2014 (R$ 11.743 em 

31 de dezembro de 2013). 

6.1.3 Taxas de juros contratadas 

As taxas de juros média contratadas das aplicações financeiras em 30 de junho de 2014 estão 

apresentadas a seguir: 

 

contratadas ‐ % (a.a.) 

Equivalentes de  caixa (i) 10,89

Fundos exclusivos

Letras  do Tesouro Nacional  (LTN)                          12,27  

Notas  do Tesouro Nacional  (NTN) Série C ‐ IGPM                            6,00  

Letras  Financeiras  do Tesouro (LFT) ‐ SELIC + deságio                           (0,02)

Carteira própria

Notas  do Tesouro Nacional  (NTN) Série B ‐ IPCA                            5,45  

Letras  do Tesouro Nacional  (LTN)                          12,41  

Debêntures  (IPCA)                            8,00  

Depós i tos  a  Prazo com Garantia l  Especia l  (DPGE) %CDI                        111,50  

Letras  Financeiras  ‐ privadas  ‐ %CDI                        108,76  

Taxas de  juros

  (i) Vide nota 5. 

   

 

 

 

 

 

 

 

44

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

6.2 Movimentação das aplicações financeiras (*)  

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Saldo inicial 2.157.161    2.308.196   

Aplicações 1.384.804    1.957.307   

Resgates (1.676.209)   (2.265.962)  

Rendimento 114.132       161.515      

Ajuste a valor de mercado 16.068          (3.895)          

Saldo final 1.995.956    2.157.161     (*) A movimentação das aplicações  financeiras  inclui os ativos  financeiros ao valor  justo por meio do  resultado, 

títulos disponíveis para venda e os ativos classificados como equivalentes de caixa. 

 

7. Créditos das operações com seguros  

7.1 Prêmios a receber 

Prêmios a 

receber de 

segurados

Redução ao 

valor 

recuperável

Prêmios a 

receber‐ 

líquido

Prêmios a 

receber de 

segurados

Redução ao 

valor 

recuperável

Prêmios a 

receber‐ 

líquido

Automóvel     1.008.300               (417)    1.007.883     1.132.485           (2.737)     1.129.748 

Pessoas        159.489               (895)       158.594        148.287              (852)        147.435 

Patrimonial        112.448               (358)       112.090          85.071              (149)          84.922 

Riscos  Financeiros          83.694               (514)         83.180          82.185              (236)          81.949 

Transportes          22.577                  (74)         22.503          21.102              (130)          20.972 

Animal  / Rural          11.146               (619)         10.527          22.124           (2.821)          19.303 

Responsabilidade             1.514                    (1)            1.513             1.782                   (1)             1.781 

Outros                    ‐                       ‐                      ‐                    14                   (1)                  13 

    1.399.168            (2.878)     1.396.290      1.493.050            (6.927)     1.486.123 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

                

45

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

7.1.1 Composição quanto ao prazo de vencimento 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

A vencer    1.290.163     1.388.368 

Vencidos  de 1 a 30 dias         93.800          85.507 

Vencidos  31 a 60 dias            7.697             6.813 

Vencidos  61 a 120 dias            4.157             3.452 

Acima  de 121 dias            3.351             8.910 

   1.399.168     1.493.050 

Redução ao valor recuperável          (2.878)          (6.927)

    1.396.290      1.486.123 

  Do  total de apólices emitidas em 2014, 86,4%  foram parceladas em até 4 meses  (84,4% em dezembro de 2013).  7.1.2 Movimentação  

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Saldo inicial 1.486.123    1.285.918   

Emissões 3.272.564    5.879.445   

Recebimentos (3.171.628)   (5.342.293)  

Cancelamentos (190.769)      (336.947)     

Saldo final     1.396.290     1.486.123 

7.1.3 Redução ao valor recuperável 

 A movimentação  da  provisão  para  redução  ao  valor  recuperável  de  prêmios  a  receber  é demonstrada na tabela a seguir:   

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Saldo inicial 6.927                     4.335 

Provisões constituídas                641             3.297 

Reversão          (4.690)             (705)

Saldo final             2.878             6.927 

  As despesas/reversões de provisões para crédito de liquidação duvidosa foram registradas na conta “Outras despesas operacionais” na Demonstração do Resultado (ver nota explicativa nº 27). Valores que são provisionados como perda são geralmente baixados (“write‐off”) quando não há mais expectativa da Administração para recuperação do ativo financeiro.  

46

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

7.2 Outros créditos operacionais 

São representados, principalmente, por pagamentos de comissões a corretores sobre apólices 

em processo de emissão e apólices emitidas e parceladas. 

 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Corretores       382.937        345.141 

Consórcio DPVAT            2.159             2.409 

Outros créditos            3.859             2.443 

       388.955         349.993 

  8. Títulos e créditos a receber  

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Cheques a regularizar / depositar         21.946          16.877 

Adiantamentos a despachantes               294                348 

Adiantamentos a fornecedores            8.191             8.318 

Dividendos  a receber                   ‐               3.236 

Outros             6.599             7.250 

         37.030           36.029 

Circulante         35.476          32.352 

Não circulante            1.554             3.677 

47

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

9. Tributos  

9.1 Créditos tributários e previdenciários 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Circulante

Imposto de renda          16.033          37.261 

Contribuição social                 187          50.438 

IRRF – juros sobre o capital  próprio                   ‐               1.372 

Outros               308                308 

         16.528           89.379 

Não circulante

Imposto de renda e contribuição social

diferidos  (vide nota 9.2.1)       183.660        167.003 

PIS diferido sobre sinistros  a l iquidar e IBNR            4.823             3.863 

Fundo de Investimento Social  ‐ FINSOCIAL (i)            2.561  2.561         

Imposto de Renda e Contribuição Social  sobre 

provisão para desvalorização de títulos                   ‐               1.559 

Outros            2.251             2.251 

       193.295         177.237 

 (i) A Companhia  ingressou com Ação de Repetição de  Indébito dos valores recolhidos à União Federal a  título de 

FINSOCIAL.  A  ação  foi  julgada  procedente,  com  trânsito  em  julgado,  condenando  a União  Federal  a  restituir  o 

indébito em dez parcelas, por meio de precatório.  

 

9.2 Tributos diferidos 

9.2.1 Ativo  

Impostos  diferidos  ativos  são  reconhecidos  na  extensão  em  que  seja  provável  que  o  lucro 

futuro  tributável  esteja  disponível  para  ser  utilizado  na  compensação  das  diferenças 

temporárias, com base em projeções de  resultados  futuros elaboradas e  fundamentadas em 

premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. 

 

48

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Dezembro

de 2013

Constitui‐

ção Reversão

Junho

de 2014

 

Diferenças temporárias (*)

Provisão para obrigações legais

 – PIS e INSS (i)       126.952  7.414      (8.219)            126.147 

Provisão fiscal  – outras (i)            7.985  6.872      (648)                 14.209 

Benefícios a empregados (iv)         10.726  463          ‐                    11.189 

Provisão para riscos sobre créditos (ii)            6.680  906          (1.251)                 6.335 

Provisão para processos judiciais cíveis (ii i)            5.247  452          ‐                       5.699 

Outras (ii i)            9.413  10.668    ‐                    20.081 

      167.003       26.775     (10.118)        183.660 

 (*)  Os  créditos  tributários  são mantidos  no  ativo  e  foram  constituídos  nos  termos  da  legislação  em  vigor.  A 

Administração,  utilizando  estudos  técnicos  baseados  em  suas  projeções  futuras  de  resultados  tributários  e  em 

outros fatores, estima as seguintes capacidades de realização: 

(i) Provisão para obrigações legais: vide nota n° 9.2.1.1. (ii) Provisão para  créditos de  liquidação duvidosa:  realização  condicionada aos prazos  legais para dedutibilidade, 

conforme a Lei nº 9.430/96, depois de esgotados os recursos legais de cobrança. Possíveis recuperações ou redução 

da perda implicam redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável. 

(iii) Provisão para processos judiciais: efetuada sobre processos envolvendo, principalmente, questões trabalhistas e 

cíveis, cuja estimativa de realização depende do trâmite do processo. 

(iv) Benefícios a empregados: referem‐se à constituição de créditos tributários sobre a provisão de benefício pós‐

emprego, realizáveis em até quarenta e sete anos. 

 

9.2.1.1 Estimativa de realização ‐ provisão para obrigações legais  

Os créditos  tributários de diferenças  temporárias sobre provisões para obrigações  legais são efetuadas  sobre  processos  envolvendo,  questões  tributárias,  cuja  estimativa  de  realização depende  do  desfecho  da  ação.  Caso  houvesse  o  desfecho  de  todas  as  ações  tributárias classificadas  como  “obrigações  legais”,  de  forma  favorável  para  a  Companhia,  os  créditos tributários, em 30 de  junho de 2014,  realizar‐se‐iam no exercício corrente. Caso o desfecho fosse desfavorável de tais ações, os créditos realizar‐se‐iam nos seguintes prazos:  

Valor

2014 140.356      

Total 140.356      

Valor presente (*) 131.740      

 (*)  Para  o  ajuste  a  valor  presente  foi  considerada  a  taxa  SELIC  do  último  dia  do  exercício,  líquida  dos  efeitos 

tributários. 

 

 

 

 

 

 

 

 

49

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

9.2.2 Passivo  

Dezembro

de 2013

Constitui‐

ção ReversãoJunho

de 2014

Natureza

Imposto de renda  e contribuição 

social  reaval iação de imóveis 59.502          ‐             (392)          59.110         

IR e CS sobre ajustes  de instrumentos  

financeiros ‐                4.869        ‐             4.869           

IR e CS sobre Benefício a  empregados 3.926           383          ‐           4.309         

IR e CS diferidos  sobre PIS  1.546            ‐             ‐             1.546           

   

64.974          5.252        (392)          69.834         

 

9.3 Impostos e contribuições (a pagar) (*)  

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Imposto de renda ‐ IRPJ         11.623                    ‐   

Contribuição social  ‐ CSLL         11.812                    ‐   

Outros                272                276 

         23.707                 276 

 (*) Os saldos a pagar apresentados estão líquidos das antecipações já efetuadas.                             

50

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

9.4 Reconciliação  da  despesa  de  imposto  de  renda  e  da  contribuição  social  sobre  o lucro 

 

2014 2013

Resultado antes  dos  impostos  e participações 293.822     226.497    

Alíquota vigente  40% 40%

Encargos  (Imposto de renda e Contribuição social) a 

taxa nominal (117.529)      (90.599)       

Acréscimos aos encargos de Imposto de renda e 

Contribuição social decorrentes de:

Exclusões permanentes

Participações nos resultados 13.122        8.391         

Equivalência patrimonial 9.708          5.753         

Incentivos  fiscais 4.340          1.744         

Despesas  indedutíveis  l íquidas  de receitas não 

tributáveis 534               395              

Outros 4.373          636            

(Adições)/exclusões temporárias

PIS e INSS  805             (3.826)        

COFINS  ‐              (35.058)     

Outras (17.462)      7.034         

Despesa com Imposto de renda e Contribuição social ‐ 

corrente (102.109)      (105.530)     

Receita com Imposto de renda e Contribuição social ‐ 

diferido 16.657          31.850         

Total de Imposto de renda e Contribuição social (85.452)        (73.680)       

Taxa efetiva  29,1% 32,5%

1º Semestre

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

51

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

10. Depósitos judiciais e fiscais 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Programa de integração social  – PIS 465.655     442.366    

Imposto de renda e Contribuição social  (i) 293.657       286.546      

INSS – autônomos 189.217     190.837    

Sinistros 79.435        71.665       

CSLL (dedutibilidade da base de cálculo do IRPJ) 50.771        48.468       

Trabalhistas 3.006          3.033         

Outros 8.973          9.044         

1.090.714    1.051.959   

 (i) Dedutibilidade de tributos e contribuições na base de cálculo de IRPJ e CSLL.  

 

11. Outros créditos 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Transações  com partes  relacionadas  

(vide nota 32)         41.195          44.354 

Adiantamentos  administrativos         23.431          12.264 

Adiantamentos  a funcionários               453             5.084 

Outros            5.507             5.041 

         70.586           66.743 

Circulante         65.079          61.702 

Não circulante            5.507             5.041 

  12. Outros valores e bens  

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Bens a venda ‐ salvados (12.1)         64.159          41.260 

Outros valores ‐ almoxarifado         21.052          14.604 

(‐) Provisão para redução ao valor 

recuperável        (11.229)        (10.869)

         73.982           44.995 

         

52

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

12.1 Bens à venda ‐ salvados  Composição quanto aos prazos de permanência: 

 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Permanência até 30 dias            3.060             1.773 

Permanência de 31 a 60 dias         13.865             9.891 

Permanência de 61 a 120 dias         24.396             8.409 

Permanência de 121 a 365 dias            8.753          10.477 

Permanência a mais de 365 dias         14.085          10.710 

        64.159          41.260 

(‐) Redução ao valor recuperável        (11.229)        (10.869)

        52.930          30.391 

  Os salvados da Companhia são originados dos ramos de automóveis. 

 

13. Custo de aquisição diferido (DAC) 

 Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Automóvel 416.672       413.481      

Patrimonial 78.028          75.454         

Riscos  Financeiros 54.194          52.863         

Pessoas 32.938          34.854         

Responsabil idade 637               1.145           

Transportes 1.119            1.189           

Animal  / Rural 492               2.553           

Outros ‐                2                   

584.080       581.541      

Circulante 579.825       577.291      

Não circulante 4.255            4.250           

  

O prazo médio de diferimento dos custos de aquisição diferidos é de 12 meses. 

 

 

 

 

 

 

 

 

53

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

13.1 Movimentação 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Saldo inicial 581.541       499.991      

Adições 585.356       1.149.263   

Baixas (582.817)      (1.067.713)  

Saldo final        584.080        581.541 

  14. Participações societárias 

Participação 

(%)

Saldos em 

Dezembro 

de 2013

Resultado 

equivalência 

patrimonial Dividendos

Ajuste TVM 

controladas

Ajustes 

acumulados 

de conversão

Saldos em 

Junho de 

2014

Porto Vida 99,97          168.316      266           (54.799)      1.334        ‐              115.117     

Porto  Saúde 99,98          136.130      17.951      (1.800)        ‐           ‐              152.281     

Porto Capita l ização 99,99          12.832        1.833        ‐             ‐           ‐              14.665       

Porto Uruguai 100,00       60.438        4.220        ‐             ‐           (7.287)         57.371       

377.716      24.270        (56.599)        1.334          (7.287)          339.434     

 

 

15. Imobilizado 

Saldo residual 

em Dezembro 

de 2013 Aquisições Baixas

Despesas de 

depreciação

Outros / 

transferência Custo

Depreciação 

acumulada Valor Líquido

Taxas anuais de 

depreciação 

(%)

Terrenos 280.394            17.222             ‐                   ‐                   ‐                   297.616          ‐                   297.616         

Edificações  (*) 544.828            330                  ‐                   (4.389)              ‐                   583.686          (42.917)           540.769          2,5                    

Imóveis de uso 825.222            17.552             ‐                   (4.389)              ‐                   881.302          (42.917)           838.385         

Informática 76.783               7.446               (160)                 (13.870)           4.475               219.439          (144.765)         74.674             12,5 a 25

Equipamentos 41.874               3.618               (1.481)              (4.468)              (3.915)              72.869             (37.241)           35.628             10 a 14,3

Móveis, máq. e utensíl ios 44.181               5.819               (59)                   (3.279)              536                  85.806             (38.608)           47.198             10,0                  

Veículos 9.440                 336                  (237)                 (1.972)              2                       22.286             (14.717)           7.569               20,0                  

Rastreadores 11.984               15.027             (271)                 (4.359)              107                  167.979          (145.491)         22.488             25 a 33,3

Bens móveis de uso 184.262            32.246             (2.208)              (27.948)           1.205               568.379          (380.822)         187.557         

Obras  em andamentos 62.789               32.234             ‐                   ‐                   ‐                   95.023             ‐                   95.023             ‐

Outras  imobil izações 19.463               7.758              ‐                  (4.063)            (1)                    43.126           (19.969)         23.157             20 a 50

Outras imobilizações 82.252               39.992             ‐                   (4.063)              (1)                      138.149          (19.969)           118.180         

1.091.736         89.790             (2.208)              (36.400)           1.204               1.587.830       (443.708)         1.144.122      

Movimentações Junho de 2014

    (*) Para este item foi utilizada taxa média ponderada. 

 A Companhia não observou evidências objetivas de “impairment” para os ativos imobilizados e para os ativos intangíveis em 2014 e não houve reconhecimento de perdas.   Em junho de 2014, a Companhia detinha o total de R$ 115.894 (R$ 113.899 em dezembro de 

2013) em imóveis vinculados como garantias das provisões técnicas de seguros na SUSEP.  

 

Adicionalmente, a Companhia  loca diversos ativos (substancialmente  imóveis de terceiros em contratos de “leasing” operacionais) para condução de seus negócios em diversas  localidades 

54

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

do País. Os contratos de aluguéis não têm opções de compra do ativo e a maioria destes tem opção de renovação por seis anos.  16. Intangível 

 

Saldo residual 

em Dezembro 

de 2013 Aquisições

Despesas de 

Amortização

Outros / 

transferência Custo

Amortização 

acumulada

Valor 

Líquido

Taxas anuais 

amortização 

(%)

Softwares 250.684            65.673          (19.950)        (1.179)            415.674       (120.446)      295.228       20

Outros  intangíveis 1.016                41                  (194)              (25)                  2.540            (1.702)           838               10

251.700            65.714          (20.144)        (1.204)            418.214       (122.148)      296.066      

Movimentações Junho de 2014

  

17. Contas a pagar   

17.1 Obrigações a pagar  

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Fornecedores         74.892          68.200 

Participação nos lucros a pagar         32.540        217.172 

Provisão Benefícios a empregados         18.155          16.998 

Transações com partes relacionadas

(vide nota 32)                 45                518 

Dividendos a pagar                   ‐          182.843 

Outras         10.393          12.535 

       136.025         498.266 

Circulante 117.870           481.268 

Não circulante 18.155                16.998 

  17.2 Impostos e encargos sociais a recolher 

 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Imposto sobre operações financeiras ‐ IOF         81.146          86.530 

Contribuições previdenciárias e contribuições 

para o FGTS         15.698          14.951 

Imposto de renda retido na fonte ‐ IRRF            9.155          10.214 

Outros impostos e encargos sociais            4.041             1.351 

       110.040         113.046 

  

17.3 Encargos trabalhistas  Correspondem à provisão de férias, aos respectivos encargos sociais e 13º salário.  

55

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

17.4 Outras contas a pagar  Referem‐se, principalmente, a cheques emitidos ainda não compensados.  18. Débitos  de  operações  com  seguros  e  resseguros  ‐  Corretores  de  seguros  e 

resseguros 

 

Referem‐se  a  comissões  a  pagar  aos  corretores  por  ocasião  da  cobrança  de  títulos  e  as 

recuperações relativas aos prêmios restituídos. 

 

19. Depósitos de terceiros 

 

Referem‐se, principalmente, a valores  recebidos de  segurados para quitação de apólices em 

processo  de  emissão  e  de  recebimentos  de  prêmios  de  seguros  fracionados  em 

processamento. A tabela a seguir demonstra a abertura por prazos: 

 

De 1 a 

30 dias

De 1 a

6 meses

De 7 a 

12 meses

Acima de 

12 meses Total

Cobrança antecipada de 

prêmios 618               ‐                ‐                ‐                618              

Prêmios  e emolumentos  

recebidos 4.163            ‐                ‐                ‐                4.163           

Outros  depósitos 42.482          8.983           1.776          ‐              53.241       

Total 30 de junho de 

2014 47.263          8.983            1.776            ‐                58.022         

Total 31 de dezembro de 

2013 46.575          11.799          3.324            1.374            63.072         

Junho de 2014

 

56

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

20. Provisões técnicas – seguros 

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Danos  (20.1)     3.262.109     3.211.389     3.086.638     3.028.886 

Pessoas  (20.2)        150.079        144.635        153.942        148.856 

Vida  individual  (20.3)          91.949          81.440          85.439          75.279 

Total     3.504.137      3.437.464      3.326.019     3.253.021 

Circulante     3.484.186     3.306.086 

Não circulante          19.951          19.933 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

  

20.1 Danos 

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Provisão de prêmios  não ganhos     2.532.118      2.519.199      2.531.057     2.508.879 

Sinistros  e benefícios  a  l iquidar        495.600         457.830         424.158        388.608 

Provisão de sinistros  ocorridos  mas  

não avisados       202.189         202.158         100.820         100.796 

Outras  Provisões          32.202           32.202           30.603          30.603 

Total     3.262.109      3.211.389      3.086.638     3.028.886 

Circulante     3.243.653      3.068.184 

Não circulante          18.456           18.454 

Junho

de 2014

Dezembro 

de 2013

                    

57

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

20.2 Pessoas 

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Provisão de prêmios  não ganhos          64.600          64.580          67.945          67.882 

Sinistros  e benefícios  a  l iquidar          56.958           51.560           56.893           51.895 

Provisão de sinistros  ocorridos  mas  

não avisados         26.118           26.092           26.728           26.703 

Provisão complementar de cobertura                156                 156                 156                156 

Outras  Provisões             2.247              2.247              2.220             2.220 

Total        150.079         144.635         153.942        148.856 

Circulante        149.459  153.327    

Não circulante 620               615              

Junho

de 2014

Dezembro 

de 2013

  20.3 Vida individual 

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Provisão de prêmios  não ganhos          71.319          71.319          64.734          64.734 

Sinistros  e benefícios  a  l iquidar             9.870                813          10.266             1.505 

Provisão de sinistros  ocorridos  mas  

não avisados             6.386             4.934             6.076             4.677 

Outras  provisões             4.374             4.374             4.363             4.363 

Total          91.949           81.440           85.439           75.279 

Circulante          91.074          84.575 

Não circulante                875  864            

Junho

de 2014

Dezembro 

de 2013

                  

58

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

20.4 Garantia das provisões técnicas  

De acordo com as normas vigentes, foram vinculados à SUSEP os seguintes ativos:   

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Danos    3.262.109     3.086.638 

Pessoas       150.079        153.942 

Vida  individual         91.949          85.439 

Total das provisões técnicas    3.504.137     3.326.019 

(‐) Operações  com resseguradoras        (66.673)        (72.998)

(‐) Custos  de aquisição diferidos  (*)     (339.257)     (312.696)

(‐) Fundos  e reservas  retidos  pelo IRB             (290)             (290)

(‐) Direitos  creditórios  (**)  (1.149.084)  (1.231.664)

(‐) Depósitos  Judicias            (7.144)          (6.044)

Montante a ser garantido    1.941.689     1.702.327 

Títulos  de renda fixa  ‐ públicos    1.055.965        517.357 

Títulos  de renda fixa  ‐ privados       328.696        285.110 

Quotas  de fundos  de investimento       541.500        963.609 

Imóveis       115.894        113.899 

Garantias das provisões técnicas    2.042.055     1.879.975 

Excedente       100.366        177.648 

 (*) A Circular SUSEP nº 461/13 possibilitou a dedução dos custos de aquisição diferidos liquidados, da necessidade de cobertura das provisões técnicas por ativos garantidores. (**) Montante correspondente às parcelas a vencer componentes dos prêmios a receber e de apólices de riscos a decorrer.                     

59

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

20.5 Movimentação do passivo de contratos de seguro e ativo de resseguro 

 Passivo de 

Contratos 

de Seguros

Ativos de 

Contratos 

Resseguros

Saldo em 31 de dezembro de 2012    3.009.313          49.902 

Novos  contratos emitidos e sinistros   avisados    8.339.487        115.957 

Riscos  expirados (*)  (5.695.330)        (41.851)

Pagamentos e recebimentos  (2.327.451)        (49.064)

"Impairment" de ativos resseguro                   ‐             (1.946)

Saldo em 31 de dezembro de 2013    3.326.019          72.998 

Novos  contratos emitidos e sinistros   avisados    4.541.624          44.239 

Riscos  expirados (*)  (3.049.448)        (25.104)

Pagamentos e recebimentos  (1.314.058)        (23.551)

"Impairment" de ativos resseguro                   ‐             (1.909)

Saldo em 30 de junho de 2014     3.504.137           66.673 

 (*) Referem‐se, substancialmente, a amortização da PPNG e aos sinistros encerrados sem indenização. 

 20.6 Desenvolvimento de provisões  

A  tabela  abaixo  mostra  a  movimentação  das  provisões  para  sinistros  da  Companhia  (em 

milhões), denominada de tábua de desenvolvimento de sinistros (*): 

 Junho

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Provisões para sinistros no 

fim do exercício anterior       361,9        364,4       311,0       335,8       431,7       482,7        484,6           527,5 

Sinistros avisados    1.333,3     1.605,0    1.777,2    1.978,5    2.338,4    2.397,1     2.557,2        1.456,8 

   Exercício  atua l    1.265,3     1.523,0    1.618,8    1.809,6    2.235,7    2.233,7     2.395,9        1.307,5 

   Exercícios  anteriores           68,0          82,0       158,4       168,9       102,7       163,4        161,3           149,3 

Pagamentos (1.330,8)  (1.658,4) (1.752,4) (1.882,6) (2.287,4) (2.395,2)   (2.514,3)      (1.423,7)

   Exercício  atua l (1.151,1)  (1.482,8) (1.515,2) (1.650,4) (2.022,5) (2.036,3)   (2.200,1)      (1.099,4)

   Exercícios  anteriores      (179,7)     (175,6)    (237,2)    (232,2)    (264,9)    (358,9)      (314,2)         (324,3)

Provisões para sinistros no 

fim do período ‐ bruto de 

resseguro       364,4        311,0       335,8       431,7       482,7       484,6        527,5           560,6 

Provisões para sinistros no 

fim do período ‐ líquido de 

resseguro       346,7        298,2       315,2       411,1       455,5       456,9        478,5           509,0 

Dezembro

   (*) Não  incluem DPVAT  e  retrocessão. A  inclusão  dessas  provisões  pode  distorcer  as  informações  apresentadas 

nesta  tabela,  tendo em vista que  tais provisões não  são materiais  (retrocessão) ou  são  calculadas  com base em 

diferentes metodologias (DPVAT). O critério de apresentação das provisões para sinistro é sua data de ocorrência. 

 

60

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

A tabela a seguir mostra o desenvolvimento de pagamentos de sinistros (em milhões). A linha 

“sobra (falta) cumulativa” reflete a diferença entre o último valor da provisão reestimada e o 

valor  da  provisão  estabelecida  originalmente.  O  objetivo  dessa  tabela  é  demonstrar  a 

consistência da política de provisionamento de sinistros da Companhia: 

 Junho

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Provisões para sinistros         361,9          364,4          311,0          335,8          431,7          482,7          484,6          527,5          560,6 

Valor cumulativo e pago até

   Um ano mais  tarde         179,8          175,6          237,3          232,2          264,9          358,9          314,2          324,3                ‐  

   Dois  anos  mais  tarde         212,3          213,5          258,9          251,4          330,6          386,9          331,4                ‐                  ‐  

   Três  anos  mais  tarde         237,6          227,4          274,1          303,7          352,9          398,9                ‐                  ‐                  ‐  

   Quatro anos  mais  tarde         250,1          240,4          320,0          323,8          363,4                ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Cinco anos  mais  tarde         262,5          281,9          338,0          332,4                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Seis  anos  mais  tarde         300,1          296,5          345,3                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Sete  anos  mais  tarde         313,5          302,0                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Oito anos  mais  tarde         317,6                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

Provisões reestimadas

   Um ano mais  tarde         124,7          111,3          126,6          160,2          124,8          158,0          175,9          230,8                ‐  

   Dois  anos  mais  tarde           94,9          104,0          134,8          106,7          130,8          154,0          181,8                ‐                  ‐  

   Três  anos  mais  tarde           89,5          111,0            87,6          112,2          130,8          162,1                ‐                  ‐                  ‐  

   Quatro anos  mais  tarde           93,8            75,2            91,8          111,0          138,4                ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Cinco anos  mais  tarde           64,5            76,5            89,8          119,7                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Seis  anos  mais  tarde           64,9            75,3            97,9                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Sete  anos  mais  tarde           64,6            84,0                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

   Oito anos  mais  tarde           72,7                ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐                  ‐  

Sobra (falta) cumulativa ‐ 

bruta de resseguro          (28,4)          (21,5)        (132,2)        (116,3)          (70,1)          (78,4)          (28,7)          (27,7)         560,6 

Sobra (falta) cumulativa ‐ 

líquida de resseguro          (23,7)          (15,7)        (116,2)        (100,6)          (62,0)          (79,2)          (39,7)          (64,0)         509,0 

 20.7 Provisão de sinistros a liquidar – judicial 

A tabela a seguir demonstra a movimentação dos sinistros judiciais:  

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Saldo inicial 169.608       159.941     154.066     144.652    

Total  pago no período (17.576)       (17.541)      (37.556)      (37.515)     

Novas  constituições  no período 26.838         25.905        44.896        41.611       

Baixas  da  provisão por êxito (16.721)       (16.598)      (19.321)      (16.984)     

Baixa  da  provisão por alteração de 

estimativas  ou probabi l idades (30.897)        (29.222)        (51.523)        (45.082)       

Alteração da  provisão por reestimativa, 

atual ização monetária  e juros  (i ) 45.365          41.899          79.046          73.259         

Saldo final (ii) 176.617       164.384       169.608       159.941      

Quantidade de processos 8.821           8.821          8.126          8.126         

Junho

de 2014

Dezembro

 de 2013

 (i) Atualização monetária de acordo com a taxa de atualização monetária dos débitos judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo.  (ii) Não incluem saldos de DPVAT. 

 

61

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

20.7.1 Prazo médio pendente de pagamento  

A tabela a seguir demonstra o prazo médio de pagamento dos processos judiciais decorrentes 

de sinistros: 

 Junho

de 2014

Dezembro

 de 2013

Até 30 dias 856               359              

De 31 a 60 dias 615               31                 

De 61 a 120 dias 1.009            1.165           

De 121 a 180 dias 904               2.115           

De 181 a 365 dias 4.934            5.245           

Acima de 365 dias 168.299       160.693      

176.617       169.608      

  21. Outros débitos – provisões judiciais  A Companhia é parte envolvida em processos  judiciais, de naturezas  tributária,  trabalhista e 

cível.  As  provisões  decorrentes  desses  processos  são  estimadas  e  atualizadas  pela 

Administração,  amparada  pela  opinião  do  departamento  jurídico  da  Companhia  e  de  seus 

consultores externos, contudo existem incertezas na determinação da probabilidade de perda 

das ações, no valor esperado de saída de caixa e no prazo final destas saídas. Os saldos e as 

movimentações das provisões para processos estão demonstrados a seguir: 

 Dezembro

 de 2013

Fiscais Trabalhistas Cíveis Total Total

Saldo inicial       806.818         10.023        13.116       829.957    2.095.740 

Constituições          11.097               367          1.226          12.690       164.367 

Reversões/pagamentos                   ‐               (523)           (539)         (1.062) (1.641.748)

Atualização monetária          24.327               568              447          25.342       211.598 

Saldo final       842.242         10.435         14.250        866.927        829.957 

Quantidade de processos  

(unidades)                  10               453              350               813               848 

Junho

 de 2014

  

(a) Provisão para processos fiscais 

 

As ações  judiciais de natureza fiscal (tributária), quando classificadas como obrigações  legais, são objeto de constituição de provisão independentemente de sua probabilidade de perda. As obrigações  legais da Companhia estão classificadas como probabilidade de perda possível. As demais ações  judiciais  fiscais  são provisionadas, desde que a  classificação de  risco de perda seja provável. Segue a composição destes processos por natureza:  

62

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

PIS        441.387        417.218 

Imposto de renda         208.425        203.833 

INSS ‐ autônomos         137.820        135.081 

Contribuição social  ‐ dedutibi l idade base

 imposto          35.403          36.133 

Programa  de alimentação ao trabalhador ‐ PAT            8.301             7.150 

Outras         10.906             7.403 

      842.242        806.818 

  O  descritivo  dos  principais  processos  judiciais  fiscais  encontra‐se  nas  Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2013. Não houve alteração relevante nos posicionamentos desses processos.  

(b) Contingências fiscais e previdenciárias 

 

A  Companhia  é  parte  em  outras  ações  de  natureza  fiscal  e  previdenciária  que  não  são 

classificadas  como  obrigações  legais  e  não  são  reconhecidas  contabilmente,  quando 

classificadas  como  perda  possível  ou  remota.  Os  valores  envolvidos  em  ações  fiscais  e 

previdenciárias de perda possível tem seu risco total estimado em R$ 186.845 (R$ 177.910 em 

dezembro de 2013). A principal refere‐se à discussão do  INSS sobre participação nos  lucros e 

resultados da Companhia. 

 

(c) Provisão para processos e contingências trabalhistas 

 

A Companhia é parte em ações de natureza trabalhista. Os pedidos mais frequentes referem‐

se a horas extras, reflexo das horas extras, descanso semanal remunerado, verbas rescisórias, 

equiparação  salarial  e  descontos  indevidos.  A  probabilidade  desses  processos  judiciais  está 

classificada como perda provável. O prazo médio para os desfecho das ações  trabalhistas na 

Companhia é de 30 meses.  

 

Adicionalmente às provisões registradas existem outros passivos contingentes no montante de 

R$ 6.465  (R$  6.916  em  dezembro  de  2013)  para  os  quais,  com  base  na  avaliação  dos 

advogados  da  Companhia  (perda  possível),  não  há  constituição  de  provisão.  Apesar  das 

incertezas  envolvidas  na  determinação  dessas  obrigações,  a  Administração  não  espera  que 

haja efeitos significativos no resultado da Companhia pelo desfecho destas ações. 

   

(d) Provisão para processos e contingências cíveis 

 

A Companhia é parte  integrante em processos de natureza cível. Os pedidos mais frequentes 

referem‐se  a  danos  morais,  materiais,  corporais  e  sucumbência.  A  probabilidade  desses 

processos judiciais está classificada como perda provável. O prazo médio para os desfecho das 

ações cíveis na Companhia é de 24 meses. 

 

63

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Adicionalmente às provisões registradas existem outros passivos contingentes, não registrados 

contabilmente, no montante em riscos de R$ 51.936 (R$ 45.849 em dezembro de 2013), para 

os quais,  com base na  avaliação dos  advogados da Companhia,  as perdas  são  consideradas 

possíveis, não havendo constituição de provisão para esses processos. Apesar das  incertezas 

envolvidas na determinação dessas obrigações, a Administração não espera que haja efeitos 

significativos no resultado da Companhia pelo desfecho destas ações. 

 

22. Patrimônio líquido 

 

(a) Capital social 

 

Em 30 de  junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, o capital social autorizado, subscrito e 

integralizado  era  de  R$  830.000,  dividido  em  440.164.637  (unidades)  ações  ordinárias 

nominativas escriturais e sem valor nominal. Em 15 de fevereiro e 23 de julho de 2013 foram 

aprovados  pela  SUSEP  aumentos  de  capital  no  montante  de  R$  50.000  e  R$  30.000, 

respectivamente. Adicionalmente,  existe o montante de R$  280.000 de  aumento de  capital 

aprovado pela AGO/E de 31 de março de 2014 e pela SUSEP em 17 de julho de 2014. 

 

(b) Reserva de reavaliação 

 

Constituída  em  exercícios  anteriores  em  decorrência  das  reavaliações  de  bens  do  ativo 

imobilizado com base em laudos de avaliação, emitidos por peritos especializados.  

 

A  realização dessa  reserva, proporcional à depreciação dos bens  reavaliados,  foi  transferida 

para lucros acumulados no período no montante de R$ 662 em 30 de junho de 2014 (R$ 1.324 

em 31 de dezembro de 2013). Esse valor será considerado para cálculo de dividendos mínimos 

obrigatórios. A Administração decidiu pela manutenção dos  saldos existentes da  reserva de 

reavaliação até a efetiva realização, conforme previsto na Lei nº 11.638/07.  

 

(c) Reservas de lucros 

 

 (i)  Reserva Legal 

 

A reserva  legal, constituída mediante a apropriação de 5% do  lucro  líquido do exercício, tem 

por finalidade assegurar a integridade do capital social, em conformidade com o artigo 193 da 

Lei nº 6.404/76. Em 30 de junho de 2014, seu saldo era de R$ 113.079 (R$ 213.079 em 31 de 

dezembro de 2013). 

 

(ii)  Reserva Estatutária  

 

A  reserva  para manutenção  de  participações  societárias  tem  como  finalidade  preservar  a integridade  do  patrimônio  social  e  a  participação  da  Companhia  em  suas  controladas  e coligadas,  evitando  a  descapitalização  resultante  da  distribuição  de  lucros  não  realizados. Serão  destinados  a  essa  reserva,  em  cada  exercício,  os  lucros  líquidos  não  realizados  que ultrapassarem o valor destinado à reserva de lucros a realizar prevista no artigo 197 da Lei nº 6.404/76.  Em  30  de  junho  de  2014,  seu  saldo  era  de  R$  980.998  (R$  1.002.998  em  31  de 

64

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

dezembro  de  2013). O  limite  dessa  reserva  será  o  valor  total  dos  lucros  não  realizados  da Companhia, observado ainda que o saldo das reservas de lucros não deve ultrapassar o saldo do capital social.  

(d) Ajustes de avaliação patrimonial 

 

Os ajustes de avaliação patrimonial da Companhia referem‐se, principalmente, a variação do valor  justo dos ativos  financeiros disponíveis para venda,  líquidos dos efeitos tributários  (ver nota explicativa nº 6.1.2).  

(e) Dividendos e juros sobre o capital próprio 

 

De  acordo  com  o  estatuto  social,  são  assegurados  aos  acionistas  dividendos  mínimos 

obrigatórios de 25%, calculados sobre o lucro líquido do exercício ajustado. O pagamento dos 

dividendos  obrigatórios  poderá  ser  limitado  ao  montante  do  lucro  líquido  que  tiver  sido 

realizado nos termos da  lei. O pagamento de Juros sobre o Capital Próprio  ‐ JCP  (líquido dos 

efeitos tributários) é imputado aos dividendos mínimos obrigatórios. A provisão relacionada a 

qualquer valor acima do mínimo obrigatório  será  constituída na data em que  for aprovada, 

antes disso será mantida no patrimônio  líquido, conforme apresentado na demonstração das 

mutações do patrimônio líquido. 

 

A AGO/E de 31 de março de 2014 aprovou a distribuição de dividendos adicionais no valor de 

R$ 180.000, referente ao exercício de 2013. Adicionalmente, foi referendada a distribuição de 

JCP referente ao exercício de 2013 no montante de R$ 68.680, líquido de imposto de renda.

65

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

(f) Demonstração do patrimônio líquido ajustado – PLA e Margem de Solvência 

 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Patrimônio l íquido  2.483.538    2.491.037   

(‐) Participação em sociedades financeiras e não 

financeiras (339.434)      (377.716)     

(‐) Despesas antecipadas (17.821)        (6.466)          

(‐) Ativos intangíveis (296.066)      (251.700)     

Patrimônio líquido ajustado (PLA) 1.830.217    1.855.155   

Margem de solvência (I) (i) ‐                1.095.971   

Capital base (II) 15.000          15.000         

Capital  de risco de subscrição 1.132.929  1.052.992 

Capital  de risco de crédito 146.722     142.554    

Capital  de risco operacional 42.360        33.803       

Efeito da correlação entre os capitais de risco (66.687)      (64.519)     

Total de capital de risco (III) 1.255.324    1.164.830   

Capital Mínimo Requerido (maior entre I, II e II) 1.255.324  1.164.830 

Suficiência de capital       574.893        690.325 

 (i) A Resolução CNSP nº 302/2013 extinguiu a partir de 1º de  janeiro de 2014 a margem de solvência como componente do capital mínimo requerido.  

 

23. Variações das provisões técnicas de prêmios  

As despesas com provisões técnicas apresentaram a seguinte variação:  

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Bruto de 

resseguro

Líquido de 

resseguro

Provisão de prêmios  não ganhos      (128.176)      (140.823)         (46.315)         (59.526)

Provisão de riscos  não expirados          (7.678)           (7.678)         (14.923)         (14.923)

Outras  provisões          (1.084)           (1.084)             1.092              1.092 

(136.938)     (149.585)      (60.146)        (73.357)       

1º Semestre

2014 2013

        

66

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 24. Prêmios ganhos 

Prêmios 

ganhos

Prêmios

cedidos 

(resseguro)

Ressegurado

Prêmios 

ganhos

Prêmios

cedidos 

(resseguro)

Ressegurado

Automóveis     1.547.607                    ‐                      ‐       1.378.977                    ‐                       ‐  

Resp. Civi l  Facultativa 

Veículos        394.964                    ‐                      ‐          351.465                    ‐                       ‐  

Fiança Locatícia        161.856                    ‐                      ‐          142.286                    ‐                       ‐  

Compreensivo Empresarial        144.361          (12.375)                8,6        127.256           (5.709)                 4,5 

DPVAT        113.989                    ‐                      ‐            70.525                    ‐                       ‐  Assistência e Outras 

Coberturas  ‐ Auto          97.679                     ‐                       ‐             89.592                     ‐                       ‐  

Compreensivo Residencial          78.756               (550)                0,7          59.703              (734)                 1,2 

Vida Individual          55.339            (3.622)                6,5          49.982           (2.712)                 5,4 

Vida em grupo          53.924               (633)                1,2          56.962              (571)                 1,0 

Eventos  Aleatórios          38.309                  (32)                0,1          34.934                 (21)                 0,1 

Acidentes  Pessoais  de 

Passageiros          28.672                    (5)                   ‐            25.247                   (2)                    ‐  

Acidentes  Pessoais  Coletivos          27.224               (231)                0,8          26.034              (366)                 1,4 

Resp. Civi l. Rodov. ‐ Carga          24.883                  (83)                0,3          28.211                 (41)                 0,1 

Riscos  Diversos          20.701                  (61)                0,3          16.697                 (17)                 0,1 

Acidentes  Pessoais  

Individuais          19.567            (1.476)                7,5          18.371           (1.294)                 7,0 

Prestamista          18.604                  (31)                0,2          16.054                    ‐                       ‐  

Agrícola sem Cobertura do 

FESR          17.158          (12.009)              70,0          20.247         (14.473)               71,5 

Resp. Civi l  do Transportador 

Desvio de Carga          16.330                  (53)                0,3  11.947                       (32)                 0,3 

Transporte Nacional          14.730                  (41)                0,3          13.137                  44                 (0,3)

Compreensivo Condomínio          11.987            (3.993)              33,3             9.781           (1.771)               18,1 

Demais  Ramos          43.120            (3.718)                8,6          50.597           (5.971)               11,8 

    2.929.760          (38.913)                 1,3      2.598.005          (33.670)                 1,3 

1º Semestre

20132014

67

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

25. Sinistros ocorridos 

Sinistros 

ocorridos

Índice de 

sinistrali‐

dade (%)

Sinistros 

ocorridos

Índice de 

sinistrali‐

dade (%)

Automóveis (889.096)    61,5                (710.351)               51,5 

Resp. Civil  Facultativa Veículos (193.549)      49,0                  (167.086)               47,5 

Fiança Locatícia (40.283)        24,9                     (33.672)               23,7 

Compreensivo Empresarial (49.037)        34,0                      (62.512)               49,1 

DPVAT (100.545)      88,2                     (62.422)               88,5 

Assistência e Outras  Coberturas ‐ Auto (69.802)        7,0                        (65.263)               72,8 

Compreensivo Residencial (25.901)        32,9                     (21.072)               35,3 

Vida Individual (14.814)        26,8                     (16.667)               33,3 

Vida em grupo (25.549)        47,4                     (27.026)               47,4 

Eventos  Aleatórios (9.219)           24,1                       (7.847)               22,5 

Acidentes  Pessoais  de Passageiros (1.762)           6,1                             (353)                 1,4 

Acidentes  Pessoais  Coletivos (5.017)           18,4                       (5.267)               20,2 

Resp. Civil. Rodov. ‐ Carga (5.857)           23,5                     (15.737)               55,8 

Riscos Diversos (4.775)           23,1                       (4.093)               24,5 

Acidentes  Pessoais  Individuais (3.016)           15,4                       (6.790)               37,0 

Prestamista (2.822)           15,2                       (3.473)               21,6 

Agrícola sem Cobertura do FESR (9.161)           53,4                       (3.372)               16,7 

Resp. Civil  do Transportador Desvio de Carga (15.439)        94,5                       (2.398)               20,1 

Transporte Nacional (4.205)           28,5                       (4.118)               31,3 

Compreensivo Condomínio (5.581)           46,6                       (5.447)               55,7 

Demais  Ramos (8.123)           18,8                       (9.646)               19,1 

  (1.483.553)               50,6    (1.234.612)               47,5 

1º Semestre

20132014

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

68

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

26. Custos de aquisição  

Custos de 

aquisição

Índice de 

comissiona‐

mento (%)

Custos de 

aquisição

Índice de 

comissiona‐

mento (%)

Automóveis     (335.869)              21,7      (293.299)               21,3 

Resp. Civi l  Facultativa Veículos        (81.761)              20,7         (70.309)               20,0 Fiança Locatícia        (47.727)              29,5         (39.537)               27,8 

Compreensivo Empresarial        (39.598)              27,4         (33.551)               26,4 

DPVAT          (1.668)                1,5           (1.025)                 1,5 

Assistência  e Outras  Coberturas  ‐ Auto        (20.895)              21,4         (21.769)               24,3 

Compreensivo Residencial        (24.909)              31,6         (18.110)               30,3 

Vida Individual        (15.046)              27,2         (15.843)               31,7 

Vida em grupo        (13.906)              25,8         (15.849)               27,8 

Eventos  Aleatórios        (10.709)              28,0           (7.720)               22,1 

Acidentes  Pessoais  de Passageiros          (5.983)              20,9           (5.174)               20,5 

Acidentes  Pessoais  Coletivos          (7.615)              28,0           (7.554)               29,0 

Resp. Civi l . Rodov. ‐ Carga          (5.312)              21,3           (6.968)               24,7 

Riscos  Diversos          (3.754)              18,1           (3.375)               20,2 

Acidentes  Pessoais  Individuais          (3.501)              17,9           (1.982)               10,8 

Prestamista          (4.459)              24,0           (3.221)               20,1 

Agrícola  sem Cobertura do FESR          (2.385)              13,9           (2.777)               13,7 Resp. Civi l  do Transportador Desvio de Carga          (2.010)              12,3           (1.370)               11,5 

Transporte Nacional (3.687)                        25,0           (3.410)               26,0 

Compreensivo Condomínio (3.126)                        26,1           (2.650)               27,1 

Demais  Ramos (9.035)                        21,0         (11.133)               22,0 

    (642.955)              21,9      (566.626)               21,8 

1º Semestre

2014 2013

  

 

26.1 Custos de aquisição ‐ por tipo de despesa 

2014 2013

Comissões  sobre prêmios  retidos      (644.577)      (581.844)

Outras  despesas  de comercialização              (916)              (405)

Variação das  despesas  de comercialização diferidas             2.538           15.623 

     (642.955)      (566.626)

1º Semestre

 

 

 

 

 

 

 

69

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 

27. Outras receitas e despesas operacionais 

 

2014 2013

Receitas  com operações  de seguros               448                323 

Receitas  com operações  de seguros  ‐ DPVAT            1.538             1.617 

Total de outras receitas            1.986             1.940 

Despesas  com porto socorro        (29.814)        (29.463)

Despesas  com dispositivo anti‐furto        (22.788)        (19.119)

Despesas  com cobrança         (20.333)         (16.805)

Despesas  com inspeção de riscos         (17.250)         (14.678)

Despesas  com encargos  sociais        (13.334)        (11.841)

Despesas  com adm. de apólices  e contratos        (10.039)        (12.939)

Lucros  atribuídos             (224)             (159)

Provisão para devedores  duvidosos            2.207           (1.489)

Outras        (47.068)        (28.965)

Total de outras despesas     (158.643)     (135.458)

Outras receitas e despesas operacionais      (156.657)      (133.518)

1º Semestre

  

 

28. Despesas administrativas  

2014 2013

Pessoal  e benefícios  pós‐emprego     (392.027)     (344.734)

Serviços  de terceiros     (140.980)     (106.277)

Localização e funcionamento     (178.316)     (159.776)

Despesas  recuperadas  (*)       237.624        175.820 

Publicidade e publicações  legais        (46.701)        (24.213)

Donativos  e contribuições          (8.732)          (5.706)

Convênio DPVAT          (3.263)          (2.034)

Outras          (3.318)          (5.558)

     (535.713)      (472.478)

1º Semestre

 (*) Referem‐se, principalmente, a  rateio de gastos  com  recursos de uso  comum pelas empresas do grupo Porto 

Seguro. 

 

 

 

 

 

70

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 29. Despesas com tributos  

2014 2013

PIS          (9.317)          (9.406)

COFINS (*)                   ‐           (57.883)

Outras          (4.549)          (2.295)

        (13.866)         (69.584)

1º Semestre

 (*) Durante o exercício de 2014 não há despesas de Cofins, devido ao êxito da ação em 12 de dezembro de 2013, 

movida pela Companhia que discutia essa tributação, bem como a base de cálculo fixada pela Lei nº 9.718/98.  

30. Resultado financeiro  

2014 2013

Ganhos  l íquidos  de variação no valor justo e 

receita de juros  de ativos  financeiros  ao valor 

justo por meio do resultado         55.153          68.018 

Receita de juros  de:

‐ Ativos  financeiros  disponíveis  para a venda         58.979                    ‐  

‐ Fracionamento de prêmios  de operações  de 

seguros         57.226          57.044 

Variação monetárias  dos  depósitos  judiciais         19.153             7.495 

Outras         13.092             4.699 

Total de receitas financeiras       203.603        137.256 

Variações  monetárias  de encargos  sobre tributos  

a longo prazo         (18.985)        (38.723)

Operações  de seguro        (10.722)        (12.882)

Outras          (1.168)                   ‐   

Total de despesas financeiras        (30.875)        (51.605)

Resultado financeiro        172.728           85.651 

1º Semestre

  

31. Resultado patrimonial  

2014 2013

Resultado de equivalência patrimonial  (*)         24.270          14.383 

Resultado com  imobilizado de renda            3.695             3.496 

         27.965           17.879 

1º Semestre

 (*) Ver nota explicativa nº 14. 

71

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 

 

 

32. Transações com partes relacionadas  

As  operações  realizadas  entre  partes  relacionadas  são  efetuadas  a  valores,  prazos  e  taxas 

médias compatíveis às praticadas com terceiros, vigentes nas respectivas datas. As principais 

transações são: 

 

(i) Despesas administrativas repassadas pela utilização da estrutura física e de pessoal; 

(ii) Aluguéis dos prédios cobrados pela controlada Porto Vida; 

(iii) Prestação de serviços do seguro saúde contratados da controlada Porto Saúde; 

(iv) Prestação  de  serviços  de  monitoramento  efetuado  pela  ligada  Proteção  e 

Monitoramento; 

(v) Prestação de serviços de administração de carteiras contratados da ligada Portopar; 

(vi) Convênio de utilização do meio de pagamento cartão de crédito entre a Companhia e 

a ligada Portoseg para pagamento de apólices de seguros; 

(vii) Prestação de serviços de “Call Center” contratados da Porto Atendimento; 

(viii) Subscrição de títulos de capitalização entre a Porto Capitalização e a Porto Cia.  

 

(a) Os saldos a receber e a pagar por transações com partes relacionadas estão demonstrados 

a seguir: 

 

72

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Junho

de 2014

Dezembro

de 2013

Ativo (NE 11)

‐ Controladas

Porto Saúde            5.625             4.925 

Porto Vida            1.528             1.150 

‐ Ligadas

Itaú Auto e Residência         11.338             9.433 

Azul  Seguros         10.871          21.040 

Portoseg            2.990             1.409 

Porto Atendimento            2.245             2.066 

Porto Consórcio            1.690             1.418 

Porto Serviços            1.629                915 

Proteção e Monitoramento            1.446                821 

Serviços Médicos               603                559 

Portopar               429                254 

Bioqualynet                172                    ‐ 

Porto Telecomunicações               162                    ‐ 

Porto Capitalização               154                  83 

Portomed S.A.               134                  88 

Crediporto                 95                  48 

Porto Renova                 72                119 

Bioqualynet Sul                    6                  18 

Conecta Serviços                    6                     5 

Porto Investimentos                   ‐                       3 

        41.195          44.354 

Passivo (NE 17.1)

‐ Controladora

Porto Seguro S.A.                 22                  27 

‐ Ligadas

Porto Investimentos                 23                    ‐ 

Bioqualynet                   ‐                  305 

Porto Odonto                   ‐                  172 

Porto Telecomunicações                   ‐                    14 

                45                518 

 

73

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

2014 2013 2014 2013

Demonstração do resultado

‐ Controladora

Porto Seguro S.A.                    5                  35                    ‐                       ‐  

‐ Controladas  diretas

Porto Vida             9.588             8.069           (2.201)           (2.134)

Porto Saúde         34.053          31.653         (19.357)         (18.063)

Porto Capitalização            1.116                419           (3.038)           (2.480)

                  ‐                      ‐   

‐ Ligadas                   ‐                      ‐   

Azul  Seguros         68.314          56.032                    ‐                       ‐  

Itaú Auto e Residência         55.412          41.231                    ‐                       ‐  

Portoseg          19.310          13.820           (5.486)           (5.471)

Porto Seguro Atendimento         12.571             9.287         (28.115)         (25.851)

Proteção e Monitoramento            9.547          10.164           (6.357)           (5.076)

Porto Consórcio         10.131             8.071                    ‐                       ‐  

Serviços  Médicos              2.474             2.605                 (68)                 (61)

Portopar             2.325             1.640              (459)              (544)

Porto Seguro Serviços               672                937              (961)              (755)

Porto Telecomunicações               519                525           (3.625)                    ‐  

Portomed S.A.               732                297                    ‐                       ‐  

Crediporto               516                345                    ‐                       ‐  

Porto Renova               507                214                    ‐                       ‐  

Bioqualynet               783                    ‐                      ‐                       ‐  

Conecta Serviços                 34                  21           (1.584)                    ‐  

Bioqualynet Sul                    2                    ‐                      ‐                       ‐  

      228.611        185.365         (71.251)         (60.435)

Receitas Despesas

1º Semestre 1º Semestre

 (b) Transações com pessoal‐chave da administração, remuneração paga ou a pagar por 

serviços está demonstrada a seguir: 

 

2014 2013

Participação nos  lucros  – administradores         12.519          10.596 

Honorários  de diretoria e encargos            5.951             5.029 

        18.470          15.625 

1º Semestre

 33. Outras informações  

(a) Comitê de Auditoria 

 

O  Relatório  do  Comitê  de  Auditoria  foi  publicado  em  conjunto  com  as  demonstrações 

financeiras de 30 de junho de 2014 da Porto Seguro S.A.. A atuação do Comitê de Auditoria da 

Companhia abrange  todas as  sociedades do grupo Porto Seguro,  sendo exercida a partir da 

Porto Seguro S.A., companhia aberta, detentora do controle das  sociedades que  integram o 

grupo. 

74

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

 

(b) Lei nº 12.973/14 

 

A Lei 12.973 de 13 de maio de 2014, conversão da  Medida Provisória nº 627/2013, promoveu 

alterações no  IRPJ, CSLL, PIS e COFINS,  com vigência para 2015, permitindo ao  contribuinte 

adesão às novas regras já em 2014, de forma irretratável. A referida medida provisória dentre 

outros assuntos,  tratou especialmente em harmonizar a legislação tributaria com os critérios e 

procedimentos  contábeis  introduzidos  pelas  Leis  11.638/2007  e  11.941/2009,  bem  como  a 

extinção  do  RTT  (Regime  Tributário  de  Transição)  e  novas  regras  de  tributação  da  pessoa 

jurídica domiciliada no Brasil com  relação aos  lucros auferidos no exterior por controladas e 

coligadas  e,  alterações  na  forma  de  utilização  do  ágio. A  Companhia  não  aderiu  os  efeitos 

trazidos pela Lei 12.973 para o ano de 2014. Com base no texto vigente entende‐se que para o 

ano de 2015 não haverá impactos relevantes nas demonstrações contábeis desta Companhia. 

 

A Companhia, com o ganho da ação da COFINS deixará de recolher essa contribuição no ano‐

calendário de 2014 e passará a  recolher  tal  contribuição no ano de 2015, de acordo  com a 

nova base de cálculo imposta pela Lei 12.973/2014. 

 

(c) Medida Provisória nº 651 

 

A Medida  Provisória  nº  651  de,  10  de  julho  de  2014,  promoveu  alterações  nas  regras  do 

Parcelamento Especial instituído pela Lei nº 12.996, de 20 de junho de 2014, e  a possibilidade 

de  liquidação de  saldo de parcelamento  com a utilização de  créditos de prejuízo  fiscal e de 

base de cálculo negativa da CSLL. Tendo em vista que até a publicação deste balanço, a medida 

provisória  não  tenha  sido  convertida  em  lei,  é  possível  que  haja mais  alterações,  inclusões 

e/ou exclusões ao  texto originariamente proposto. A Companhia está avaliando os possíveis 

benefícios e impactos da referida medida provisória. 

 

(d) Evento subsequente 

 

A SUSEP aprovou por meio da portaria nº 5.945 de 17 de julho de 2014, o aumento de capital 

da Companhia no montante de R$ 280.000, efetuado por meio da  integralização de reservas 

de lucros. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

75

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

(e)  Composição acionária 

 

Porto Seguro Cia de Seguros Gerais Quant. Ações %

Porto Seguro S.A 440.164.637 100,00%

440.164.637 100,00%

Porto Seguro S.A. Quant. Ações %

Porto Seguro Itaú Unibanco Participações  S.A. 228.941.889 70,82%

Outros 94.351.141 29,18%

323.293.030 100,00%

Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. Quant. Ações %

Pares  Empreendimentos  e Participações  S.A. 94.021.035 41,07%

Itauseg Participações  S.A. 52.808.249 23,07%

Itaú Unibanco S.A. 43.651.038 19,07%

Rosag Empreendimentos  e Participações  S.A. 36.169.533 15,80%

Jayme Brasi l  Garfinkel 458.802 0,20%

Outros 1.833.232 0,79%

228.941.889 100,00%

Pares Empreendimentos e Participações S.A. Quant. Ações %

Jayme Brasi l  Garfinkel 18.285.878 32,86%

Cleusa  Campos  Garfinkel 16.986.763 30,52%

Ana Luiza  Campos  Garfinkel 10.192.058 18,31%

Bruno Campos  Garfinkel 10.192.058 18,31%

Ações ON 55.656.757 100,00%

Ana Luiza  Campos  Garfinkel 6.794.705 50,00%

Bruno Campos  Garfinkel 6.794.705 50,00%

Ações PN 13.589.410 100,00%

Rosag Empreendimentos e Participações S.A. Quant. Ações %

Jayme Brasi l  Garfinkel 2.975.014 100,00%

2.975.014 100,00%

Itauseg Participações S.A. Quant. Ações %

Banco Itaucard S.A. 1.582.676.639 31,21%

Itaú Unibanco S.A. 2.933.672.311 57,85%

Banco Itaú BBA S.A. 554.902.067 10,94%

5.071.251.017 100,00%

Itaú Unibanco S.A. Quant. Ações %

Itaú Unibanco Holding S.A. 2.124.156.731 100,00%

Ações ON 2.124.156.731 100,00%

Itaú Unibanco Holding S.A. 2.057.245.497 100,00%

Ações PN 2.057.245.497 100,00%

Banco Itaucard S.A. Quant. Ações %

Itaú Unibanco S.A. 233.014.359.491 97,92%

Outros 4.948.280.291 2,08%

Ações ON 237.962.639.782 100,00%

Itaú Unibanco Holding S.A. 1.277.933.118 100,00%

Ações PN 1.277.933.118 100,00%  

76

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais 

Banco Itaú BBA S.A. Quant. Ações %

Itaú Unibanco Holding S.A. 4.474.437 100,00%

Ações ON 4.474.437 100,00%

Itaú Unibanco Holding S.A. 4.474.436 100,00%

Ações PN 4.474.436 100,00%

Itaú Unibanco Holding S.A. Quant. Ações %

IUPAR ‐ Itaú Unibanco Participações  S.A. 1.412.718.681 51,00%

Itaúsa  ‐ Investimentos  Itaú S.A. 1.071.022.909 38,66%

Outros 286.294.954 10,34%

Ações ON 2.770.036.544 100,00%

Outros 2.760.796.137 100,00%

Ações PN 2.760.796.137 100,00%

IUPAR ‐ Itaú Unibanco Participações S.A. Quant. Ações %

Itaúsa  ‐ Investimentos  Itaú S.A. (ações  classe A) 355.227.092 50,00%

Companhia  E. Johnston de Participações  (ações  classe B) 355.227.092 50,00%

Ações ON 710.454.184 100,00%

Itaúsa  ‐ Investimentos  Itaú S.A. 350.942.273 100,00%

Ações PN 350.942.273 100,00%

Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. Quant. Ações %

Fundação Petrobrás  de Seguridade Social  ‐ PETROS 352.863.556 15,00%

Alfredo Egydio Arruda Vil lela  Fi lho 278.822.933 11,85%

Ana  Lucia  de Mattos  Barretto Vil lela 278.822.933 11,85%

Fundação Itaú Social 265.756.199 11,30%

Rudric ITH S.A. 182.066.061 7,74%

Outros 994.092.025 42,26%

Ações ON 2.352.423.707 100,00%

Alfredo Egydio Arruda Vil lela  Fi lho 153.189.146 4,08%

Ana  Lucia  de Mattos  Barretto Vil lela 142.814.249 3,80%

Rudric ITH S.A. 118.643.826 3,16%

Outros 3.343.063.058 88,96%

Ações PN 3.757.710.279 100,00%

Companhia E. Johnston de Participações Quant. Ações %

Fernando Roberto Moreira  Salles 490 25,00%

João Moreira Salles 490 25,00%

Pedro Moreira  Salles 490 25,00%

Walther Moreira  Salles 490 25,00%

Ações ON 1.960 100,00%

Fernando Roberto Moreira  Salles 980 25,00%

João Moreira Salles 980 25,00%

Pedro Moreira  Salles 980 25,00%

Walther Moreira  Salles 980 25,00%

Ações PN 3.920 100,00%

Rudric ITH S.A. Quant. Ações %

Maria  de Lourdes  Egydio Vil lela 859.593.258 100,00%

859.593.258 100,00%  *** 

77

Rosa Garfinkel Presidente de Honra

Fábio Luchetti Diretor Presidente

Luiz Alberto Pomarole Diretor Geral

Fábio Ohara Morita Diretor Técnico

Marcelo Barroso Picanço Diretor Financeiro e Diretor de Produto ‐ Seguro de Pessoas

Lauriberto Tadeu Tavares Diretor Operacional

Marcelo Sebastião da Silva Diretor de Produto ‐ Automóvel 

Edson Frizzarim Diretor de Produto ‐ Ramos Elementares

José Luís Schneedorf Ferreira da Silva Diretor de Negócios 

José Roberto Ferreira da Silva Montoro Diretor de Produção

José Rivaldo Leite da Silva Diretor de Produção

Lene Araújo de Lima Diretor Jurídico

Celso Damadi Diretor de Controladoria

Ítalo Gennaro Flammia Diretor de Tecnologia da Informação

Sonia Aparecida Belezi Rica Diretora de Atendimento

Bruno Campos Garfinkel Diretor de Sinistros

Newton José Eugênio Pizzotti Diretor

Ney Ferraz Dias Diretor

Marcos Roberto Loução Diretor

Roberto de Souza Santos Diretor 

Celso Damadi Joel Garcia

Contador ‐ CRC 1SP197919/O‐2 Atuário ‐ MIBA nº 1131

DIRETORIA

78