FEUC · inércia nas décadas antecedentes, algo mudou, e é actualmente ... diversidade de livros...
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FFEEUUCC FFaaccuullddaaddee ddee EEccoonnoommiiaa ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddee CCooiimmbbrraa
MMaarrttaa BBrraannccoo
CCooiimmbbrraa,, JJaanneeiirroo 22000066
FFiicchhaa TTééccnniiccaa
Título: Pobreza Urbana em Portugal
Autora: Marta Sofia Baptista Branco
Nº Estudante: 20042102
Imagens:
.Fotografia da Capa
Fonte: http://semabrigo.no.sapo.pt
Trabalho realizado no âmbito da cadeira de Fontes de
Informação Sociológica, sob a orientação do Professor
Paulo Peixoto.
Coimbra, 31 de Janeiro de 2006
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
“Os que de uma situação desafogada caem num estado de penúria que lhes é estranho, esses, sofrem mais
cruelmente do que quem foi sempre miserável”
Eurípedes, 480 a 406 a.C. (Dramaturgo da Grécia Antiga)
ÍÍnnddiiccee
1. Introdução …………………………………………………………………………………………… 1
2. Desenvolvimento
2.1 Estado das artes ……………………………………………………………… 2
2.2 Descrição detalhada da Pesquisa ……………………… 6
3. Avaliação de Página de Internet …………………………………… 8
4. Ficha de Leitura ………………………………………………………………………… 10
5. Conclusão …………………………………………………………………………………………… 13
6. Referências Bibliográficas ……………………………………………… 14
Anexo A – Página da Internet avaliada
Anexo B – Texto de suporte da ficha de leitura
Fontes de Informação Sociológica Pobreza Urbana em Portugal
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11.. IInnttrroodduuççããoo
Numa sociedade cada vez mais universal, é impreterível
diminuir assimetrias e promover a inclusão social, tanto pelo
Estado como pela sociedade civil, sendo fundamental que
tenhamos noção das obrigações sociais que nos dizem respeito e
que devem ser partilhadas por todos.
A erradicação da pobreza e da exclusão social deixou de
ser vista como algo secundário, pois face à ignorância e
inércia nas décadas antecedentes, algo mudou, e é actualmente
considerada uma das maiores preocupações da sociedade
contemporânea.
A elaboração deste trabalho/estudo centra-se numa
exaustiva pesquisa, de forma a diagnosticar o estado da
situação social do nosso país, tarefa algo complexa, sendo
necessário definir as suas características e enquadramento.
O estado das artes é divido em três sub-temas: “O que é a
pobreza?”, “Indicadores de pobreza” e “Exclusões Sociais”.
Seguidamente, é feita a descrição detalhada de todo o
processo de pesquisa e uma avaliação da página da Internet,
http://www.pobrezazero.org.
Para concluir, é apresentada uma ficha de leitura, que foi
feita a partir da análise do capítulo “Modos de Vida” do livro
Exclusão Social: Factores e Tipos de Pobreza em Portugal, de
João Ferreira de Almeida, Luís Capucha, António Firmino da
Costa, Fernando Luís Machado, Isabel Nicolau e Elisabeth Reis.
O presente estudo procura assim trazer alguma luz sobre
aquele, que é considerado um dos mais graves problemas
nacionais.
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22.. DDeesseennvvoollvviimmeennttoo
22..11 EEssttaaddoo ddaass AArrtteess O que é a Pobreza?
É difícil definir o conceito de pobreza. Estando este
associado à insuficiência de rendimento e de consumos, a
complicada definição dos seus conteúdos e fronteiras tem
tornado complexa, para os cientistas sociais, políticos e
técnicos de intervenção, a sua clarificação, de forma a
generalizá-la a todas as situações.
A pobreza visa “traduzir um conjunto de desvantagens
sociais que alguns indivíduos detêm, face a uma dada norma,
definida em termos de satisfação de determinadas necessidades
consideradas básicas, ou relativamente a um padrão social
dominante de bem-estar” (Organização Internacional do
Trabalho, 2003).
Segundo Anthony Giddens (2004), “os sociólogos e os
investigadores têm favorecido duas abordagens distintas acerca
deste conceito: A pobreza absoluta e a pobreza relativa”. O
autor define pobreza absoluta associando-a ao conceito de
subsistência, “as condições básicas que permitem sustentar uma
existência física e saudável”.
Defende-se que um indivíduo de determinada zona é
considerado pobre se estiver abaixo dos padrões de
subsistência humana, que “são mais ou menos os mesmos para as
pessoas de idade e constituição física equivalentes,
independente do local onde vivem” (Giddens, 2004).
Outros defendem que será mais indicado usar o conceito de
pobreza relativa, “que relaciona a pobreza com o padrão de
vida geral prevalecente numa determinada sociedade” (Giddens,
2004). Segundo esta última abordagem, as necessidades humanas
não serão iguais em todas as sociedades do mundo.
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Indicadores de pobreza
Segundo João Ferreira de Almeida et al (2002) são
conhecidos quatro domínios de vulnerabilidade, em que se pode
analisar a presença de pobreza. São eles: A habitação, a
saúde, a educação e níveis e fontes de rendimento.
A habitação é considerada “um indicador privilegiado para
a detecção das fracções mais marginalizadas da população”
(Almeida et al., 2002).
A saúde é outro dos domínios referidos pelos autores, “as
condições de saúde de uma população relacionam-se fortemente
com o nível de desenvolvimento socio-económico, pois dependem,
por um lado, da capacidade de oferta em quantidade, qualidade
e eficiência de serviços de saúde e da sua acessibilidade e
por outro, das condições gerais de vida, que se reportam à
alimentação, à habitação ou ao meio ambiente” (Almeida et al.,
2002).
Em termos de educação, a pobreza está associada ao
abandono escolar, aos baixos níveis de escolaridade e ao
insucesso a este nível, que torna difícil a entrada num
mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Por último, e em relação aos níveis e fontes de
rendimento, “as receitas e despesas das famílias, bem como os
padrões de consumo que a estrutura pode revelar, são outras
tantas variáveis centrais no conhecimento da pobreza” (Almeida
et al., 2002).
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Exclusão Social
A noção de pobreza está directamente ligada à noção de
exclusão social.
A pobreza é uma forma de exclusão social, pois os pobres
são excluídos de quase todos os sistemas sociais.
A exclusão social é caracterizada como um fenómeno
complexo, identificando-se vários tipos: Social, cultural,
económica, de origem patológica, por comportamentos auto-
destrutivos (Costa, 2005).
A exclusão de tipo económico é entendida como “uma
situação de privação múltipla por falta de recursos. Esta
forma de exclusão é normalmente caracterizada por más
condições de vida, baixos níveis de instrução e qualificação
profissional, emprego precário” (Costa, 2005). Este tipo de
exclusão social, numa forma extrema, poderá levar à pior e
mais grave situação de pobreza, a situação de sem-abrigo.
Do tipo social, “neste caso, a própria exclusão situa-se
no domínio dos laços familiares. É uma situação de privação de
tipo relacional, caracterizada pelo isolamento” (Costa, 2005).
Os exemplos deste tipo são geralmente os deficientes e doentes
crónicos ou acamados sem apoio e os idosos que vivem sós.
“A exclusão pode também dever-se a factores de ordem
cultural” (Costa, 2005). Factos como o racismo ou xenofobia
são exemplos deste tipo.
Seguidamente, a exclusão social de origem patológica “que
diz respeito a factores patológicos, designadamente de
natureza patológica ou mental” (Costa, 2005).
Finalmente, por comportamentos auto-destrutivos, “algumas
pessoas encontram-se em situação de exclusão, em consequência
de comportamentos auto-destrutivos (Costa, 2005).
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Temos como exemplo as situações relacionadas com o
alcoolismo ou a prostituição.
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22.. DDeesseennvvoollvviimmeennttoo
22..22 DDeessccrriiççããoo ddeettaallhhaaddaa ddaa ppeessqquuiissaa
Depois de escolhido o tema (Pobreza Urbana em Portugal), a
pesquisa deste trabalho teve início com uma consulta ao
catálogo da Biblioteca da Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra. Aqui encontrei alguns livros sobre o
tema, dos quais destaquei três que considerei mais adequados
para a realização do trabalho. “Pobreza Urbana em Portugal”
(Silva, 1989), sendo este um inquérito a famílias em habitat
degradado nas cidades de Lisboa, Porto e Setúbal. “A luta
contra a pobreza e a exclusão social em Portugal” (OIT, 2003),
que constitui um estudo produzido no âmbito do programa STEP
da OIT (Organização Internacional do Trabalho), sobre a
experiência portuguesa neste processo. E por último, “A
pobreza em Portugal”, de A. Bruto da Costa, Manuela Silva, J.
Pereirinha e Madalena Matos (1985), sendo este livro o
primeiro estudo compreensivo sobre a pobreza em Portugal.
Seguidamente direccionei a minha pesquisa para a
Biblioteca Municipal da Cultura, onde tive acesso a uma grande
diversidade de livros relacionados com esta temática. Sendo
impossível ler todos, seleccionei os que me pareceram mais
úteis para a elaboração deste trabalho. Dei um destaque
particular a dois livros, “Exclusões Sociais” de Alfredo Bruto
da Costa (2005), e “Exclusão Social: Factores e Tipos de
Pobreza em Portugal” de João Ferreira de Almeida et al.
(2002).
Finalmente, e para complementar a minha pesquisa, recorri
à Internet, ao encontro de mais informação relevante para a
realização deste estudo.
Optei principalmente pelo motor de busca Google, embora
também utilizasse o AltaVista.
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Comecei por pesquisar imagens para ilustrar o trabalho,
utilizado a palavra “Pobreza”, na qual obtive 23.000 registos
de imagens no Google e 18.849 registos no AltaVista.
Seguidamente iniciei a busca de informação, propriamente
dita, sobre o tema, também nos mesmos motores de busca, com a
Expressão “Pobreza Urbana em Portugal” em pesquisa simples. Os
resultados foram 3.283 registos no Altavista e 216.000
registos no Google. Revelou-se um processo bastante demorado e
trabalhoso devido à existência do ruído habitual que se
encontra na Internet, o que tornou o resultado obtido bastante
extenso, como podemos verificar pelo número de registos. Foi
necessário então especificar mais a pesquisa, passando assim a
utilizar a pesquisa avançada que diminui significativamente o
ruído.
Alem da palavra “Pobreza”, pesquisei também na Internet
utilizando outras expressões ou palavras-chave que tinham
relação com o tema. Como: “Sem-abrigo”, “Exclusão social”,
“Solidariedade”,“Voluntariado”,etc.
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33.. AAvvaalliiaaççããoo ddee ppáággiinnaa ddee IInntteerrnneett
Na realização deste trabalho seleccionei uma página
mantida por uma instituição com grande tradição no tema da
luta contra a pobreza. Essa instituição é a OIKOS (s.d.) e a
pagina é http://www.pobrezazero.org/.
Esta página foi fundamental no desenvolvimento do meu
trabalho. Isto, porque fornece uma razoável quantidade de
informação sobre a temática abordada de uma maneira simples
concisa e directa. É de um layout simples, com cores
atractivas para os títulos e assuntos fundamentais, o que
facilita a consulta, tornando a navegação natural e simples.
Conta com numerosas galerias de fotos de eventos à volta deste
tema e também possibilita o download de ficheiros em formato
pdf sobre comunicados de imprensa, manifestos, relatórios,
etc. Esta página pretende mais mobilizar do que informar.
Basta observar a quantidade de links para páginas de
instituições ou organizações, que servem esta causa, para
ficarmos com esta ideia.
Tendo em conta o objectivo que serve, esta página está
excelentemente organizada. Vejamos que de uma maneira simples,
conseguimos consultar em que se baseia esta campanha e que
propósitos serve, no que podemos ajudar ou até mesmo
inscrevermo-nos para tal ajuda. Tudo de uma maneira bastante
acessível, mesmo para o utilizador mais inexperiente.
Reparando nas instituições e personalidades envolvidas,
tais como Bob Geldof, uma das maiores figuras na luta contra a
pobreza a nível mundial, verificamos que a informação contida
nesta página é credível e de grande fiabilidade.
Apesar de não conter grandes quantidades de informação,
este aspecto é colmatado pelo facto de ter links de fácil
acesso a páginas de outras instituições, onde a informação já
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é mais abundante. As hiper ligações para sites em varias
línguas torna-a mais pluralista conseguindo assim chegar a um
maior número de pessoas.
Tendo em conta que esta página é um modo de sensibilizar e
mobilizar a população para o tema da luta contra a pobreza,
devo frisar mais uma vez que o faz de uma maneira excelente.
Quer seja pelos numerosos links que dispõe, formulários de
inscrição ou possibilidade de navegação noutras páginas com as
mais variadas línguas, é realmente uma página muito bem
conseguida e praticamente de consulta obrigatória para quem se
quer informar sobre este flagelo, que é a pobreza a nível
mundial.
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44.. FFiicchhaa ddee lleeiittuurraa
Título da publicação: Exclusão Social: Factores e Tipos de
Pobreza em Portugal
Autor(es): João Ferreira da Costa, Luís Capucha, António
Firmino da Costa, Fernando Luís Machado, Isabel Nicolau e
Elisabeth Reis
Local onde se encontra: Biblioteca Municipal de Coimbra
Data de publicação: Fevereiro de 2002
Edição: 1ª
Local de Edição: Oeiras
Editora: Celta Editora
Título do capítulo: “Modos de Vida”
Cota: SL 30 SOC-15
Nº de páginas do capitulo: 83-95
Assunto: Exclusão Social
Palavras-chave: Pobreza, Exclusão Social
Data de leitura: 12 de Janeiro de 2006
Observações: Nenhuma a registar
Resumo: A análise das diversas formas de manifestação de
pobreza e exclusão social em Portugal passa pela identificação
das categorias sociais que lhe são mais vulneráveis e a
caracterização dos diferentes modos de vida em situação de
pobreza ou exclusão social. Segundo vários trabalhos
realizados em Portugal, neste domínio, são vários os autores,
Almeida et al. (1992), Capucha (1998), Costa et al. (1985),
que identificam como subconjuntos da população como
especialmente vulneráveis à pobreza e à exclusão social, os
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seguintes: Pequenos agricultores e camponeses; trabalhadores
agrícolas por conta de outrem; trabalhadores desqualificados e
com empregos precários; trabalhadores de média idade
despedidos, no âmbito de processos de reestruturação
produtiva; desempregados, sobretudo de longa duração e com
baixos níveis de escolaridade e qualificação; idosos
pensionistas (ou não); mulheres em situação de
monoparentalidade. João Ferreira de Almeida et al referem
neste capitulo, que as variadas situações características da
pobreza acabam por concretizar-se em modos de vida, que os
autores tipificam de: Destituição, restrição, dupla
referência, poupança, convivialidade, investimento na
mobilidade e transitoriedade. Esta tipologia foi proposta por
dois autores já mencionados, Capucha (1998) e também Almeida
et al. (1992), com base em vários trabalhos sobre o tema. A destituição é um modo de vida que está próximo do limite
de sobrevivência. É caracterizado por uma péssima alimentação,
falta de cuidados de saúde e higiene, e uma condigna
habitação. Nesta situação, as pessoas não procuram o acesso
aos recursos existentes e deixam de participar activamente na
sociedade.
A restrição é o modo de vida das famílias com baixos
rendimentos, em que a escassez de recursos determina as formas
de consumo. A estratégia deste modo de vida é a sobrevivência
quotidiana.
A dupla referência caracteriza os imigrantes pobres em
Portugal, quase todos oriundos das ex-colónias portuguesas em
África. A estratégia do modo de vida de dupla referência
consiste numa tentativa de acumulação de capital económico de
forma a manter viva a esperança de regressar com sucesso ao
país de origem.
A poupança é um modo de vida, acima de tudo rural e
pretende alargar o património familiar.
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A convivialidade caracteriza-se pela produção de formas de
sociabilidade exuberantes e ritualizadas e pela valorização do
prazer de conviver.
O investimento na mobilidade é um modo de vida
caracterizado pela tentativa por parte das famílias em dar uma
carreira escolar prolongada aos filhos, de modo a que estes
tenham facilidades em ingressar futuramente no mercado de
trabalho. A família tem esperança que assim os filhos possam
sair da situação de pobreza.
Por fim, a transitoriedade define um grupo de famílias que
não se encontra em situação de pobreza há tempo suficiente
para integrar um modo de vida definido. Os chamados “novos-
pobres”.
As várias iniciativas na luta contra a pobreza e exclusão
social em Portugal revelam que as estratégias a ser adoptadas
têm que ter em conta os modos de vida em questão.
Concluiu-se que a definição de um projecto de vida para a
mudança encontra um terreno mais propício nos casos de
“investimento na mobilidade” e “dupla referência” e, por
vezes, nos casos de “poupança” e “transitoriedade”.
Por outro lado, as situações mais complicadas de
transformar, com a participação e adesão do próprio, são as
que se referem à “convivialidade”, à “restrição” e sobretudo à
“destituição”.
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5. Conclusão
Este trabalho/estudo procurou fazer uma reflexão sobre a
pobreza, analisando o fenómeno num meio específico, nas zonas
urbanas em Portugal.
As cidades são consideradas grandes centros de
desenvolvimento cultural e económico, e por esse motivo
albergam grandes aglomerados populacionais.
Devido ao crescimento da população nos centros urbanos, e
em consequência, devido à saturação destes, cada vez mais as
pessoas se vêem obrigadas a se deslocarem para as periferias,
fixando residência em locais afastados dos grandes centros.
Um grande número de pessoas que vivem em zonas urbanas não
têm acesso ou não podem recorrer apropriadamente às mais
básicas das necessidades.
A Pobreza atinge directamente uma grande parte deste tipo
de população, mas os seus efeitos são também sentidos, mesmo
de uma forma indirecta, pela sociedade no seu todo.
Estamos perante um dos mais graves problemas nacionais. Em
causa estão milhares de portugueses com um fraco nível de vida
e sem acesso às mais básicas das necessidades. São quatro os
domínios de vulnerabilidade em que se pode analisar a presença
da pobreza: A habitação, a saúde, a educação, e fontes de
rendimento.
No entanto, e apesar de alguns progressos, a sociedade
parece fechar os olhos a este flagelo, e parece conformada com
esse mal.
Fica a questão, até quando se continuará a consentir que a
pobreza seja considerada um mal menor, e que não justifique
relevância politica e social?
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66.. RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass
Almeida, João Ferreira de; Capucha, Luís; Costa, António
Firmino da; Machado, Fernando Luís; Nicolau, Isabel; Reis,
Elisabeth, (2002), Exclusão Social: Factores e Tipos de
Pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora.
Costa, Alfredo Bruto da (2005), Exclusões Sociais. Lisboa:
Gradiva.
Giddens, Anthony (2004), “Pobreza, Previdência e Exclusão,
Social”, in Anthony Giddens (org), Sociologia. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 310-345.
Organização Internacional do Trabalho (2003), A Luta Contra a
Pobreza e a Exclusão Social em Portugal. Experiências do
Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza. Genebra:
Organização Internacional do Trabalho.
Pobreza Zero (s.d.), “Apresentação da Campanha”. Página
consultada a 15 de Janeiro de 2006, http://www.pobrezazero.
Silva, Manuela; Costa, A. Bruto da; J e Matos, Madalena
(1985), A Pobreza Urbana em Portugal. Lisboa: Caritas.