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Os filhos e filhas de Alberione celebram 100 anos de evangelização ISSN1413-1595 Ano LXXVII – n o 106 – maio-agosto 2014 Família Paulina

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Os filhos e filhas de Alberione celebram

100 anos de evangelização

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Ano LXXVII – no 106 – maio-agosto 2014

Família Paulina

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I rmã Fabío la Medeiros

Eu tinha um sonho: ser professora,

astronauta ou jornalista.

Porém, um ideal me alcançou: ser

comunicadora de Deus.

Hoje, sou uma irmã Paulina. Vivemos e

comunicamos Jesus Cristo, Mestre, Caminho, Verdade e Vida.

Jovem, venha você também ser

comunicadora de Deus!

Irmãs

facebook.com/irmaspaul inas

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irmaspaul inas@hotmai l .com

Rua Candido do Nascimento, 91/59 - Jardim Paul ista04503-090 - SÃO PAULO - SP

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Ó Trindade Santíssima,que fazeis resplandecer em nós a vossa luz divina,

acolhei a nossa alegre ação de graças e bênção,pelos primeiros cem anos de vida da Família Paulina.

Nós vos agradecemos, Pai de imensa ternura,pela abundante efusão de graças

derramadas sobre a Família Paulina nestes anos a serviço da Igreja;pelos prodígios de santidade apostólica realizados

no Bem-aventurado Tiago Alberione, no Beato Giaccardo,na Irmã Tecla Merlo, na Madre Escolástica,

e em tantos irmãos e irmãs da “admirável Família Paulina”;nós vos agradecemos por todas as iniciativas que nos vários setores apostólicos,

através da riqueza da comunicação,contribuíram, ó Pai, para fazer conhecer e adorar o vosso nome

e a manifestar a vossa glória.Pedimo-vos humildemente perdão, Mestre Divino e Bom Pastor,

porque nem sempre soubemos responder generosamenteàs exigências da missão;

porque não dedicamos tempo e atenção suficientesao conhecimento da vossa Palavra e ao aprofundamento do carisma;

por termos confiado mais nas nossas capacidades e meiosdo que no dom da vossa infinita misericórdia.

Suplicamo-vos, Espírito Santo Paráclito,por intercessão de Maria, Rainha dos Apóstolos:

Enchei de sabedoria criativa aqueles que nos colocastes como guias,para que saibam discernir com clareza

por quais caminhos quereis conduzir a Família Paulina.Inundai-nos com o vosso sopro de vida, através de um renovado Pentecostes,

tornai-nos capazes de uma nova profeciapara dar pleno cumprimento ao sonho do nosso fundador, o Bem-aventurado

Tiago Alberione:Viver Jesus Cristo e comunicá-lo – como Caminho, Verdade e Vida –

aos homens e às mulheres do nosso tempo,para sermos “São Paulo vivo hoje”, na Igreja de Deus.

Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo…

Oração à Trindade Santíssima pelos cem anos da Família Paulina a serviço da Igreja

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Oraçãocp

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O Cooperador PaulinoPublicação quadrimestral da Família Paulina

Ano LXXVII – Nº 106Maio - Agosto de 2014ISSN 1413-1595

Sumáriocp

O Cooperador Paulino é uma revista fundada pelo bem-aventurado Tiago Alberione em 1918. Sua missão é servir o Evangelho, a cultura humana e a catequese do povo de Deus na cultura da comunicação, bem como informar sobre a vida, espiritualidade e atividade missionária da Família Paulina, que procura manter viva, no mundo mo-derno, a obra evangelizadora do apóstolo Paulo.

Editora:Pia Sociedade de São Paulo(Paulus)

Presidente:Pe. Valdir de Castro, ssp

Jornalista responsável:Pe. José Dias Goulart, sspMTB 20.698/SP

Editor: Diác. Sílvio Ribas, ssp

Revisão: Iorlando Rodrigues FernandesPe. Zolferino Tonon, ssp

Projeto gráfico:Pia Sociedade Filhas de São Paulo/Paulinas

Diagramação:Família Cristã/Paulinas

Capa – Mateus Leal

Equipe de redação:Ir. Cintia Giacinti Barbon, apIr. Inês Creusa do Prado, sjbpIr. Luzia Sena, fspIr. Terezinha Lubiana, pddm

Testemunho ................................ 21Provinciais ................................... 22Juventude Paulina ....................... 27Formação ................................... 28Testemunho ................................ 30Santidade paulina ....................... 32

06 Raízes Históricas

12 Superiores Gerais

17 Carisma Paulino

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Página na internet:www.paulinos.org.br

Endereço eletrônico:[email protected]

Facebookfacebook.com/ocooperador

Colaboraram:Pe. Antônio Francisco da Silva, sspFr. Alexandre da Silva Carvalho, sspIr. Ilanyr Felipe Costa, fspIr. Maristela Bravin, pddmDom Raymundo Cardeal Damasceno AssisIr. Geni dos Santos Camargo, CRB-SPNatália Corazza, noviça discípula

Impressão:Paulus GráficaVia Raposo Tavares, Km 18,5São Paulo-SP

Tiragem:8.000 exemplares

Redação:O Cooperador PaulinoCaixa Postal 70001031-970 São Paulo – SP

Editorialcp

Caro(a) Cooperador(a),Graça e Paz!

A alegria que ecoava no coração do Padre Alberione ao celebrar os primeiros 40 anos de funda-ção da Família Paulina é agora compartilhada com milhares de pessoas, seus filhos e filhas, na grande festa do primeiro centenário da Família Paulina.

Esta é uma ocasião de júbilo, na qual devemos render graças a Deus por tantas maravilhas que esta “admirável família” realiza pela misericórdia divina na Igreja e no mundo.

A Família Paulina nasceu da comunicação e para a comunicação. A comunicação se fez presente na noite luminosa da passagem do século XIX para o século XX, no diálogo profundo entre Deus e seu humilde apóstolo: o jovem Tiago Alberione. Esta mesma comunicação tornou-se o desejo pro-fundo e a razão da ação do jovem sacerdote ao reunir alguns jovens para iniciar o trabalho da “boa imprensa”.

Passados cem anos, a Família Paulina prossegue sua missão na tarefa de atrair toda a humanidade a Deus através da comunicação. Homens e mulheres, consagrados e leigos que se dedicam à missão de anunciar o Cristo Mestre Pastor, Caminho, Verdade e Vida através da cultura da comunicação por meio de diversos apostolados.

Nesta grande festa, preparamos esta edição especial de O Cooperador Paulino pela celebrar o empenho de tantas pessoas que se dedicam à árdua tarefa de ser continuadores do projeto idealizado pelo Bem-aventurado Tiago Alberione. Ao mesmo tempo fazemos memória de tantas pessoas que doaram a vida pela missão paulina, às quais vai nossa sincera homenagem.

Que a missão dos filhos e filhas de Alberione possa atrair muitos jovens desejosos de doar sua vida pela comunicação da Boa Nova, e que os frutos da missão paulina possam ser abundantes à Igreja e ao mundo.

Boa leitura!

Diác. Sílvio Ribas, SSPEditor

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Raízes históricas por padre Antonio Francisco da Silva, sspcp

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Memorial das fundações paulinas no Brasil

Em pé, da esquerda: Pe. Pierino Marazza, Pe. Xavier Boano, Frei Michele Diatto - Sentados: Pe. Barreira e Pe. Romano Gori, junto com alguns seminaristas (1933).

Nascida em Alba, a Família Paulina se abre para o mundo sob as bênçãos do Fundador, começando pelo Brasil.

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Na biografia do bem-aventurado Tiago Alberione, escrita pelo Padre Rolfo, encontramos a informação sobre um

rigorosíssimo curso de Exercícios Espirituais de um mês, entre fevereiro e março de 1932. O en-carregado de levar as refeições até o local onde Alberione estava em retiro foi um vocaciona-do, que se tornou Discípulo do Divino Mestre. Tive ocasião de consultá-lo pessoalmente sobre a data de tal mês de exercícios. Afirmou repeti-damente que se tratou do início de 1931.

Até agora não há outra documentação sobre o fato. A julgar pelo estilo do Fundador de re-tirar-se antes de importantes iniciativas, tudo leva a crer que este intenso mês de orações de 1931 está nas raízes também da expansão mis-sionária da Família Paulina.

Naquele tempo, as Congregações, até então fundadas, se reuniam no Templo de São Paulo, em Alba, para as celebrações e retiros, pois não havia completa separação entre os grupos.

Impressiona a força com a qual padre Albe-rione, no primeiro semestre de 1931, apresen-tou a incidência missionária do carisma pauli-no. Isto por escrito, publicando artigos sobre

o apostolado da imprensa na Gazeta de Alba, em Vida Pastoral e no Cooperador Paulino, e na pregação de Exercícios Espirituais e Retiros mensais. Por exemplo, no retiro mensal do dia 14 de julho de 1931, padre Alberione, com o pensamento voltado aos vários Continentes, teceu uma síntese entusiasmante do valor mis-sionário do apostolado da imprensa.

Enquanto, porém, transmitia estes ensina-mentos, Alberione já estava preparando para a fundação no Brasil. De fato, entre junho e julho havia mandado padre Xavier Boano a Verona em vista da fundação de uma comuni-dade. Devia também obter informações de uma senhora que tinha uma irmã em São Paulo, no Brasil. Naqueles dias padre Boano recebeu notícias de que padre Sebastião Trosso devia partir para o Brasil. Até se consolou pensan-do estar livre de tal missão. É impossível não ressaltar o fato de que exatamente no dia 14 de julho, dia daquela pregação entusiasmante, padre Alberione assim concluía uma carta a Xavier Boano, que estava ainda em Verona: “Você gosta da América? Quem ama o Senhor encontra a América em toda parte”.

Família Paulina em Romaria a Aparecida (1952)

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Daí para frente os fatos se desenrolaram pre-cipitosamente. Ao voltar para Alba, padre Al-berione comunica a Boano que é destinado ao Brasil e padre Sebastião à Argentina. Partem juntos no dia 6 de agosto e chegam a Santos no dia 18 do mesmo mês. Pernoitam na Pa-róquia de São Bernardo e Nossa Senhora da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo, dos Padres Escalabrinianos. No dia seguinte, dia 19, o escalabriniano padre Faustino Consoni os apresenta ao Arcebispo de São Paulo, que arruma hospedagem para eles junto dos Padres Capuchinhos, da Igreja da Imaculada, na Av. Brigadeiro Luís Antônio.

Despacham ao Fundador o dinheiro sobrado da viagem, e logo a Providência foi correspon-dendo ao zelo e coragem dos dois apóstolos paulinos: compraram a tipografia dos Capu-

chinhos, juntamente com o jornal La Squilla. Já nos primeiros dias de setembro alugam um barracão e parte de uma casa. No dia 8 de se-tembro estava estabelecida a comunidade, à Rua Dr. Pinto Ferraz, 21, na Vila Mariana. Por solicitação do padre Alberione, mandam até o dinheiro necessário para a vinda de outros paulinos.

No dia 26 de setembro, padre Sebastião par-tiu para a Argentina. Ficando sozinho, padre Boano não quis perder tempo. Viu que nas livrarias não havia Evangelho em português. Pegou emprestado um exemplar que continha uma antiga tradução e, com a cooperação da tipografia salesiana, imprimiu cinco mil exem-plares.

No dia 21 de outubro chegaram os Clérigos Ro-mano Gori e Angelo Cozzani (destinado à Argen-

Raízes históricas por padre Antonio Francisco da Silva, sspcp

Carta do Fundador ao Provincial dos Paulinos no Brasil (1963)

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tina); frei Michele Diatto e as irmãs Dolores Baldi, paulina, e Margherita Gerlotto, pia discípula.

Com esses reforços foi possível mudar a tipo-grafia para a Rua Dr. Pinto Ferraz.

Uns vinte dias depois, as duas Irmãs aluga-ram a primeira casa, na Rua Afonso Celso, 3.

Nesse período a ajuda das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus (Irmãs Cabrini) foi mais que generosa e importante, tanto para os paulinos quanto para as paulinas.

Em fins de outubro e início de novembro chegou o padre Pierino Marazza, recém-orde-nado sacerdote (18/10/1931).

No dia 16 de dezembro partiram de Gênova a irmã Stefanina Cillario, paulina, destina-da ao Brasil, juntamente com uma comitiva destinada à Argentina: as mestras Caterina Carbone e Ester Innocenti, paulinas; irmã

Tommasina, pia discípula; e o padre Giuseppe Fossato. No dia 28 de dezembro desembarcou em Santos a irmã Stefanina e embarcou para a Argentina o Clérigo Angelo Cozzani.

Poucas semanas depois as irmãs tiveram de mudar para uma casa mais ampla, na Rua Dr. Pinto Ferraz, 55 (hoje, Madre Cabrini), pre-parando-se para acolher duas novas Filhas de São Paulo, que chegaram no dia 22 de feverei-ro de 1932. Eram as Irmãs Marcellina Bertero e Rosalia Leporino.

Estava assim constituído o grupo pioneiro da Família Paulina, tomado talvez, inconsciente-mente, pelos sentimentos já expressos na “car-ta de achamento” do Brasil: esta terra “em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nela tudo... porém o melhor fruto que dela se pode tirar, me parece que será salvar

Caro P. Provincial, Pe. Roatta, Brasil,Passei dias muito alegres, visitando sempre realizações novas e constatando as melhoras em relação às visitas precedentes:1) para a Pia Sociedade de São Paulo2) para as Filhas de São Paulo3) para as Irmãs Pias Discípulas4) para as Irmãs de Jesus Bom Pastor5) para o grupo dos Gabrielinos (instituto secular).Agradeci muito ao Senhor.Aquilo que é mais precioso diz respeito às pessoas: sacerdotes, religiosos, religiosas; em cada instituto um crescer em número e em obras.Há um bom espírito religioso; um íntimo apego à Família Paulina e respectivamente ao próprio instituto; um forte empenho na formação dos Aspirantes e das Aspirantes; docilidade a quem serve de guia.Um grande empenho para as vocações; especialmente para os Discípulos de Jesus Mestre, segundo quanto escrito nas Constituições; são “necessários”.Avante! Em humildade e fé, para o pregresso.Nascidos da Eucaristia, vivemos de Eucaristia.Todos tendendo rumo à santificação.O espírito paulino: Jesus Mestre Caminho e Verdade e Vida, como nos é apresentado por São Paulo.As bênçãos de Deus, sobre todos, sobre todas, sobre tudo.Da Venezuela, 25 de junho, 1963.

Sac. G. Alberione

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esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar” (Pero Vaz de Caminha).

A caminhada foi heroica e foi trilhada graças a muita fé, total dedicação ao trabalho apostó-lico, à ajuda dos Cooperadores e à orientação constante do padre Alberione.

Na visita que fez ao Brasil, em fevereiro de 1946, o Fundador deu os passos para a vin-da das irmãs Pastorinhas, que efetivamente chegaram a São Paulo no dia 10 de outubro daquele mesmo ano. A segunda viagem do Primeiro Mestre ao Brasil se deu entre 6 e 25 de maio de 1952. A terceira foi de 22 de agosto a 1º de setembro de 1953. A quarta viagem foi desde a metade de novembro até 8 de dezembro de 1955. Estiveram presentes também mestra Tecla, das Filhas de São Pau-lo, e madre Lucia Ricci, das Pias Discípulas.

Raízes históricas por padre Antonio Francisco da Silva, sspcp

Família Paulina (1953)

Nesta ocasião decidiu-se acelerar a vinda das Discípulas, que chegaram no dia 26 de julho de 1956. A quinta e última visita aconteceu em 1963, entre os dias 14 e 24 de junho.

O Instituto dos Gabrielinos teve início no dia 1º de novembro de 1960, e o primeiro no-viciado das Anunciatinas começou no dia 19 de julho de 1965. Após a morte do Fundador, as irmãs Apostolinas chegaram ao Brasil no dia 13 de janeiro de 1985.

Padre Tiago Alberione, ao concluir sua úl-tima viagem ao Brasil, terá certamente relem-brado, com ação de graças, o itinerário percor-rido desde aquele salto na fé, que, em 1931, o levou à expansão missionária. Talvez tenha sido esta consideração que o inspirou a entre-gar ao padre Roatta, que o havia acompanha-do até Caracas, uma carta à Família Paulina do Brasil, quase como um testamento.

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Jovem,Comunicar-se hoje em dia é uma das tarefas mais simples e corriqueiras.

Nossos logins nos conectam a um mundo interativo, cheio de novidades.

Mas será que a quantidade de amigos da sua rede social realmente

corresponde à da realidade?

Novos horizontes o esperam! Adicione ao seu ambiente virtual laços reais

de amizade para anunciar o Evangelho conosco, Padres e Irmãos Paulinos,

e curtir novas experiências, caminhando ao lado do Pai e lançando as redes

rumo a uma jornada de fé e profunda entrega espiritual!

Senhor, em atenção

à tua palavra, vou lançar as redes.

(Lc 5,5)

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Superiores Geraiscp

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Padre Silvio Sassi

20 de agosto de 1914 – 20 de agosto de 2014: o centenário do carisma paulino celebra-se de pé, prontos a seguir caminho com os olhos vol-tados para a estrada do futuro. Esse é o estilo que fora adotado pelo padre Tiago Alberione, por ocasião das celebrações do quadragésimo ano e do cinquentenário da Sociedade de São Paulo, célula-mãe de todas as outras Institui-ções que formam hoje a Família Paulina.

Também a Família Paulina do Brasil é convi-dada a unir-se a toda a Família Paulina presen-

te nos cinco continentes para o dever de gra-tidão à Trindade pelas “abundantes riquezas” concedidas nestes cem anos e pelas fadigas e bons exemplos de tantas e tantos que empe-nharam a existência pelo carisma paulino.

Com o auxílio do Espírito, como Família Pauli-na, olhos fixos no futuro, queremos fazer nosso o “lançando-se para frente” do nosso Pai São Paulo, com as palavras do bem-aventurado Tiago Albe-rione: “É preciso defender-se da tentação de viver de memórias ou se comprazer do passado”.

Superior Geral dos Padres e Irmãos Paulinos

Mensagem dos Superiores Gerais da Família PaulinaPor ocasião da celebração do Primeiro Centenário da Família Paulina, os Superiores

Gerais escrevem uma mensagem para O Cooperador Paulino.

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Ser “Família” na diversidade e especificidade de cada Instituição é uma das riquezas que o Senhor nos doou. Escrevia Padre Alberione: “Entendo desta forma a pertença a esta admi-rável Família Paulina: como servo agora e no céu, onde me ocuparei daqueles que atuam com os meios modernos e mais eficazes de bem: na santidade, em Cristo, na Igreja” (AD 3).

Somos chamados, como Família, a ser “uma carta de Paulo” à humanidade de hoje, a cres-cer na capacidade de pensar e programar jun-

tos para comunicar Cristo no grande areópago da comunicação.

Mas talvez não tenhamos compreendido, ainda, este dom. O Fundador, em 1963, lamentava: “Ain-da não se compreendeu o que é a Família Paulina, as particularidades de cada Instituto e a missão que tem no mundo. Foi Deus quem a quis”.

O Espírito Santo nos doe, neste centenário, a graça de viver mais profundamente o caris-ma de Família e de testemunhá-lo com trans-parência em toda a Igreja.

Superiora Geral das Irmãs Paulinas

Anna Maria Parenzan

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Superiores Geraiscp

Neste ano de graça do primeiro centenário da Família Paulina bendizemos a Deus Pai, por meio de Cristo Jesus, no Espírito Santo, pela vida do nosso Fundador padre Tiago Alberione e pelo carisma que nos transmitiu, o qual temos a responsabilidade de fazer crescer em sintonia com a Igreja pela salvação do mundo.

São muitos os desafios que a era digital nos propõe para cumprir a nossa missão. Na con-vergência das finalidades das Instituições pau-linas somos chamados a comunicar ao mundo Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida.

Como Pias Discípulas do Divino Mestre ce-lebramos 90 anos de fundação e até hoje nos encontramos na raiz da árvore plantada 100

Maria Regina CesaratoSuperiora Geral das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre

anos atrás, que era uma pequena semente. Passando pelas luzes e sombras da história, a semente se transformou numa grande árvore que estende seus ramos em todos os Continen-tes da Terra. Por meio do nosso ministério de intercessão continuamos a haurir do Mistério Eucarístico a seiva vital para toda a Família Paulina.

A comunhão íntima com o Divino Mestre nos habilita ao apostolado, com uma vida transformada na caridade. Esta foi a experiên-cia da venerável madre Maria Escolástica Ri-vata, primeira Pia Discípula do Divino Mestre, da qual a Igreja, recentemente, reconheceu as virtudes heróicas.

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“Pensais, por exemplo, que eu tenha feito uma vocação? Não fiz nada! Deus vos chamou e vos criou para esta vocação. Portanto, nada de nosso. E cada pessoa que pertença à Família Paulina é um ato da misericórdia de Deus, que deu a vocação e guiou para que aquela vocação chegasse à consagração, e depois, consagrada a Deus, esta alma chegue à santificação”. Pala-vras de padre Alberione às primeiras Aposto-linas, no dia 20 de agosto de 1963.

Tenho certeza que o nosso Fundador quer repeti-las ainda hoje enquanto fazemos memó-ria do nascimento da nossa admirável Família

Paulina. Antes de mais nada é importante sentir-nos atraídos pela consciência, humilde e forte, vivida por padre Alberione, de ter sido somente um instrumento nas mãos de Deus para iniciar uma Família que, na variedade e beleza dos vários apostolados, tem um único carisma: “viver e dar ao mundo Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida”.

A sua resposta obediente ao chamado de Deus permanece um exemplo a ser imitado para “lançar-nos para frente” com a mesma audácia e paixão evangelizadora. E depois, neste Centenário, nos deve guiar a memória da história pessoal vocação-chamado. Ela é e permanece o ato de pura gratuidade, benevo-lência, amor, “misericórdia” de Deus. Para to-dos e para cada um e cada uma pessoalmente.

Essa consciência nos abre à gratidão para o dom recebido e se transforma em responsabili-dade para que todos possam fazer experiência da misericórdia de Deus na sua vida, como re-pete continuamente o Papa Francisco. Teste-munhar a beleza da vocação recebida se torna, sem dúvida, força que atrai outros jovens que têm no coração o mesmo desejo de servir a Deus e aos irmãos, anunciando a Boa Notícia do Evangelho.

Que este centenário nos ajude a redescobrir a beleza de sermos discípulos-missionários, en-viados hoje para alcançar, de toda forma e com todos os meios, aquelas periferias existenciais onde o homem e a mulher estão procurando sentido e orientação para sua vida. A com-panhia de Maria Rainha dos Apóstolos e de São Paulo nos ajudem a encontrar novos ca-minhos para nos empenhar e superempenhar no testemunho da grande/bela vocação que recebemos, numa solidariedade sempre nova com cada pessoa à qual somos enviados. A hu-mildade, a fé e a paixão apostólica de nosso pai Alberione nos sustentem sempre!

Irmã Marina BerettiSuperiora Geral das Irmãs Apostolinas

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Sobre vocês, irmãs e irmãos da Família Pau-lina no Brasil, desça a bênção da Trindade, neste ano do Centenário do nascimento da nossa “admirável Família”, e que cada um dos nossos Institutos seja enriquecido com santas vocações, de modo que possamos continuar a dar ao povo de Deus, peregrino em terras bra-sileiras, Jesus Caminho, Verdade e Vida.

Ele é o Mestre que acolhe na sua escola os discí-

Superiora Geral das Irmãs de Jesus Bom Pastor

pulos “desprezados” e é o Pastor cheio de compai-xão, que reúne aqueles que se perderam. O desejo de todas as Pastorinhas é que os membros da Fa-mília Paulina sejam sempre mais conformados a Cristo Mestre Pastor, para que a paróquia paulina, dotada do carisma da comunicação, seja o lugar da escuta da Palavra, do crescimento na vida cris-tã, do diálogo, do anúncio, da caridade generosa, da adoração e da celebração (cf. EG 28).

Irmã Marta Finotelli

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cp Formação Antonio F. da Silvacp Carisma Paulino por frei Alexandre da Silva Carvalho, ssp

Missão universalA Família Paulina nasce de uma inquietação:

onde estão as pessoas que já não vão à Igreja?

Essa inquietação foi percebida pelo jo-vem Tiago Alberione que, filho do seu tempo, mas atento às moções do Espí-

rito, vê longe... muito longe. Inicialmente, Alberione pensou numa organização de lei-gos comprometidos com o Evangelho e a Boa imprensa para reverter uma situação que ele julgava impensável: como pode haver um ser humano distante da Palavra de Deus? Mais adiante, Alberione considera que a sobrena-turalidade e continuidade dessa missão – de chegar a quem não mais se achega – seria ga-rantida por religiosos, religiosas e sacerdotes.

Nasce, então, há 100 anos, a Família Paulina, tendo como primeira fundação os Padres e Ir-mãos Paulinos.

Se a inquietude foi característica de Pa-dre Alberione, a fecundidade também o foi. Afinal, a Família Paulina é composta por dez ramos que se complementam e, nessa comple-mentaridade, anunciam Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida ao ser humano do tempo que se chama hoje. Os filhos e filhas de Alberione são marcados pela inquietude, fe-cundidade e, também, ousadia, pois estão pre-sentes nos quatro cantos da Terra, assumindo

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cp Formação Antonio F. da Silvacp Carisma Paulino por frei Alexandre da Silva Carvalho, ssp

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também o continente da comunicação como cultura que deve ser impregnada pelos valores do Evangelho, a fim de que a paz, a justiça e a fraternidade não sejam um sonho distante, mas realidade que se toca.

Embora filhos e filhas de Alberione, cor-re nas veias da Família Paulina o DNA do apóstolo Paulo. O Primeiro Mestre, assim era chamado o Fundador da Família Paulina, diz que, na verdade, foi São Paulo quem quis essa Família e, por isso, essa família não é chamada “Alberioniana”, mas Paulina. Alberione vê no Apóstolo das Gentes a perfeita sintonia entre vida de fé e missão, pois a espiritualidade de Paulo é fruto de um encontro íntimo e pessoal com o Senhor Ressuscitado que o converte em outro Cristo – cristão – àqueles que o rodeiam: “Ai de mim se eu não evangelizar”.

Diante dos desafios de desbravar novas fron-teiras, São Paulo é inspiração para seus filhos e filhas da Família Paulina, pois para ele, assim como para aqueles e aquelas que vivem essa missão hoje, não havia (e não há) precedentes seguros, apenas a certeza de que não se pode parar. Se Paulo fez-se tudo para todos a fim de ganhar alguns para Cristo, a Família Paulina não pode ser diferente. Convicta de quem é, mas aberta às múltiplas realidades que a ro-deia, os membros da Família Paulina são, ao mesmo tempo, singular e plural, pois de uma raiz comum é possível que se estendam muitos ramos em muitas direções.

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São Paulo, embora judeu de apurada forma-ção, reorienta sua vida ao encontrar-se com o Ressuscitado no caminho de Damasco. Ele agora não segue mais a Lei que espera por sua plenitude, mas segue a própria plenitude da Lei, Jesus. O que ele fazia até então e como ele vivia era algo tranquilo, pois confirmado pelo tempo e pela tradição. Seguir aquele que foi pregado na cruz e ressuscitou é novidade com-pleta, e a pergunta que vem é bem natural: como fazer isso? Quem olha para Paulo com um olhar retrospectivo, o vê como alguém se-guro de si e muito confortável em sua missão; contudo, aquilo que Paulo realizava deve ser visto como tentativas que ora eram bem-suce-didas ora eram puro fracasso. As cartas que ele escreveu sinalizam para a dimensão da criati-vidade e da ousadia; cartas práticas e eminen-temente pastorais, pois visavam alimentar a fé de quem as lesse, bem como corrigir e estimu-lar a não abandonar o Ressuscitado.

A Família Paulina, muito mais do que no tempo de Paulo, vive uma realidade marcada pela pluralidade na qual as distâncias desapa-recem num clique e as disparidades são gritan-

tes e cruéis e, por serem tão “comuns”, não sensibilizam mais inúmeros corações. Nesse mundo – que se chama hoje – muitos não vão mais à Igreja e muitos aderiram a igrejas que refletem a própria imagem e semelhança. Essa realidade desafiadora interpela e impele a Fa-mília Paulina a ser criativa e a superar-se. Há muito a fazer: 100 anos é apenas o começo!

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Somos chamadas a viver no seguimento de

Jesus Mestre Caminho,

Verdade e Vida e enviadas a servir às comunidades

pela oração e a animação litúrgica.

[email protected]

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O Presidente da CNBB escreve à Família Paulina

Testemunho por Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida, SPcp

Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida”. Com essa espiritualidade Tiago

Alberione convidou homens e mulheres a se apaixonarem por Jesus Cristo, a exemplo do Apóstolo Paulo, tendo nele um modelo de missão a ser seguido. E com Maria, Rai-nha dos Apóstolos, viver o equilíbrio entre a mística da vida e do trabalho apostólico. E mais, a seu exemplo, comunicar Jesus, levando-o ao irmão, especialmente ao mais frágil, mais carente.

Tiago Alberione convida a sua Família Paulina a lançar mão dos meios de comu-nicação, os mais eficazes que o progres-so humano oferecer, para anunciar Jesus Cristo, proclamar o Evangelho, usando as

ferramentas da tecnologia da comunica-ção para encontrar novos caminhos para o Evangelho.

São dez vozes compondo essa Família, vivendo este carisma, para levar o Nome de Jesus Cristo à mulher e ao homem de nosso tempo, seguindo os passos de Paulo, Apóstolo das Gentes.

Cem anos de germinação, crescimen-to, amadurecimento, produção de frutos abundantes na propagação das verdades da fé, da Pessoa de Jesus Cristo, servindo a Igreja.

Cem anos de busca de caminhos para que o Evangelho seja conhecido, através da pregação por meios eficazes da comu-nicação moderna, evoluindo com o tempo e com as novas tecnologias, numa lingua-gem acessível e compreensível para a hu-manidade contemporânea.

Cem anos de compromisso responsável com o crescimento e a santificação do ser humano, pela difusão do Evangelho que salva e liberta a pessoa, pelo acolhimento de Jesus Cristo, o Filho de Maria, o Filho de Deus.

Cem anos de discipulado e missionarie-dade pela edificação do Reino de Deus.

Sejam abundantes as graças sobre a Fa-mília Paulina, derramadas pela intercessão da Virgem Mãe Maria, do Apóstolo Paulo e do beato Tiago Alberione, e sejam abun-dantes os frutos desta obra de Deus.

100 anos da Família Paulina

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cp Provinciais

Mensagem dos Superiores Provinciais da Família Paulina no BrasilA Família Paulina tem um grande desafio: continuar a missão evangelizadora, perma-

necendo fiel ao carisma herdado do Bem-aventurado Tiago Alberione.

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Os padres e irmãos paulinos – junta-mente com toda a Família Paulina – fazem parte do grande projeto inicia-

do pelo Bem-aventurado Tiago Alberione, em 20 de agosto de 1914, Alba (Itália), de viver o Evangelho de Jesus Cristo Caminho, Verda-de e Vida, no espírito do apóstolo Paulo, e de anunciá-lo com todos os meios disponíveis.

A missão específica dos Paulinos é a evan-gelização na cultura da comunicação, utili-zando-se dos instrumentos técnicos, de modo a tornar Jesus Cristo conhecido e, a partir de sua mensagem de salvação e libertação, con-tribuir para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

Os Paulinos estão presentes no Brasil desde 1931 com a Editora Multimedial PAULUS, que publica livros nas áreas de Bíblia, Teologia, Filo-sofia, Espiritualidade, Comunicação, Literatura Infantojuvenil e Saúde, além de vídeos, CD’s, e eBooks. Seguem a orientação do Fundador que pediu para, nas publicações, não tratar somente

de religião, mas falar de tudo cristãmente.A distribuição desse material se dá por meio

de 29 livrarias espalhadas por todo o país e também pelo Site Institucional. Desde 2006 os Paulinos levam adiante o projeto da Facul-dade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), na Vila Mariana, em São Pau-lo, com o objetivo de formar profissionais na área da Comunicação e Filosofia, enfatizando a ética, o compromisso social e os valores da cidadania.

A celebração do centenário de fundação dos Paulinos e do início da Família Paulina é ocasião especial para elevar a nossa oração a Deus, agradecendo-lhe as extraordinárias ri-quezas de sua graça derramadas, no decorrer da história, sobre pessoas (religiosos e colabo-radores leigos) e obras apostólicas. É tempo oportuno para renovar a fé e a esperança no projeto anunciar Jesus Mestre, Caminho, Ver-dade e Vida, mediante o estilo de vida cristão, no universo da comunicação.

Padre Valdir José de CastroProvincial dos Padres e Irmãos Paulinos no Brasil

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Irmã ElenirAgustiniProvincial das Irmãs de Jesus Bom Pastor – Província de São Paulo

Celebrar o centenário é testemunhar que a Família Paulina é de Deus, fruto maduro

da humilde e profética resposta do bem-aven-turado Tiago Alberione aos sinais dos tempos e da fé obediente dos que se deixaram condu-zir para concretizar sua intuição.

Impelido a dar à Igreja novos meios de evan-gelização, o Fundador transmitiu à sua Família o carisma pastoral. Memória deste legado, há 75 anos, deu início à nossa Congregação no seio da “Admirável Família Paulina”, tendo como herança o vigor espiritual e apostólico do Apóstolo Paulo e o desafio de, por todos os meios, atingir a todos, sobretudo nos lugares mais necessitados de evangelização.

Neste tempo em que somos convocados pelo Papa Francisco a assumir uma nova etapa evangelizadora na Igreja, somos novamente

impulsionados à criativa fidelidade aos nos-sos carismas. O segredo para a atualização e fecundidade pastoral experienciada pelo nosso Fundador permanece válido também para nós: a centralidade em Jesus Cristo Divino Mestre e o olhar atento à realidade.

Que, seguindo as orientações de Alberione, possamos, como Família, manter viva a chama que ele acendeu. Que essa luz se irradie, em cada tempo e lugar, por tantos séculos quantos a humanidade precisar de quem lhes anun-cie, por sua vida e missão, que Jesus Cristo é o Divino Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida.

Dou graças ao Senhor que continua a cha-mar e a nos enviar, como Família, à Igreja e à humanidade. Que Maria, nossa Mãe e Pastora, nos conduza hoje e sempre!

Como é bom e louvável poder sentir-se fa-mília! Família que luta, busca, sofre e se

alegra por aquilo que é e faz na unidade e diver-sidade, sem uniformizar as culturas, pois agindo assim mataríamos o “carisma”. Tive a graça de conhecer a presença da FP nos cinco continen-tes e contemplei de perto o quanto é bom não uniformizar as nossas culturas, e, em vez disso, viver a comunhão, a solidariedade e o elã apos-tólico que Alberione traçou para nós, e que seus filhos assim testemunharam: “Poder atin-gir a todos e em todas as formas, era um desejo muito forte de padre Alberione. O mapa-múndi sobre a mesa de seu escritório não era apenas um enfeite; mantinha viva esta sede de almas, que era a mesma sede de Cristo Mestre Pastor e de Paulo. Não é exagerado afirmar que, du-

Irmã Adriana CorteliniProvincial das Irmãs de Jesus Bom Pastor – Província do Rio Grande do Sul

rante as suas viagens, daquela altura em que o olhar abraçava espaços grandiosos, rezasse pela humanidade” (CP, p. 102).

Celebrar o centenário da presença da FP no mundo é reavivar em todas as nossas instituições e em cada um de nós a linda herança carismática: “a sede de almas, atin-gir a todos e em todas as formas”, vivendo “o espírito pastoral”. Para nós Pastorinhas, Alberione afirmou: “Tudo deve inspirar-se no apostolado pastoral, porque a FP toda se ordena para a pastoral. Mas vós represen-tais, nessa parte, a melhor parte. Aqui está a vossa família que se une às outras. [...] Se conheceis ao menos um pouco a FP, toda ela se inspira na pastoral. Toda. Isto é, para as almas” (AAP 1965, 94).

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cp Provinciais

Irmã VeroniceFernandes

Provincial das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre no Brasil

A Regra de Vida das Pias Discípulas, quando descreve a nossa identidade eclesial, afirma

que “a experiência eucarística que o seminarista Tiago Alberione vive na noite de passagem en-tre os dois séculos (1900-1901) é ‘decisiva para a específica missão e espírito particular no qual teria nascido e vivido a Família Paulina’. Em resposta ao convite evangélico: ‘Vinde a mim todos’, sente-se obrigado a se preparar para fazer alguma coisa para o Senhor e para a humanidade do seu tempo, unificando tudo em Cristo Mes-tre, Caminho, Verdade e Vida. Quando ressoa a hora de Deus, padre Alberione se dedica to-talmente ao apostolado da imprensa e sente-se confirmado no chamado à evangelização sobre as fronteiras inexploradas do mundo da comu-nicação. Aberto aos sinais dos tempos, envolve a mulher na variedade e na complementaridade dos carismas, para a vida e a missão da Igreja...” (RV 3).

Padre Alberione, inspirado pelo Espírito Santo, indica como pai e fundador da Famí-lia Paulina o apóstolo Paulo, “servo de Cristo Jesus, escolhido para anunciar o Evangelho

de Deus” (Rm 1,1). Para nós, Paulo é “um modelo de oração incessante e de empreen-dimento apostólico; precede-nos na oferta da vida como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. O fazer-se tudo para todos que carac-terizou o ardor missionário do Apóstolo dos povos e de padre Alberione dá a cor paulina à nossa missão.

São imensas as fronteiras inexploradas do mundo da comunicação. Que o Espírito nos conduza hoje e sempre e nos dê o discernimen-to para exercermos a missão com fé e fidelida-de criativa. E que a exemplo daqueles que nos precederam: Alberione, madre Escolástica, Ti-móteo Giaccardo, Mestra Tecla... e assumiram a missão com fé, criatividade, coragem e mui-ta simplicidade, assumamos também a nossa missão à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, pois, como diz o Papa Francisco, “a própria beleza do Evangelho nem sempre a conseguimos manifestar adequadamente, mas há um sinal que nunca deve faltar: a opção pe-los últimos, por aqueles que a sociedade des-carta e lança fora” (EG 195).

Esta ocasião nos faz celebrar e dizer com todo o nosso ser: “Vivo a alegria do encontro com Cristo na proposta de viver e anunciar Jesus Cristo Mestre Pastor, no mundo de hoje, neste tempo de mudança de época, aceitando o desafio de buscar novas formas de diálogo,

relações de inclusão, animado/a e sustentado/a pela Palavra e Eucaristia”.

Parabéns a você que está sempre atento/a aos sinais dos tempos, que vibra e testemu-nha o carisma de ser e comunicar a alegria do Evangelho.

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Chamadas pelo Mestre para chamar. A convicção dessa frase é a consciência

com que cada irmã Apostolina vive e realiza a missão vocacional na Igreja e no mundo. Con-tudo, tal afirmação pode também se tornar um grande questionamento, especialmente em tempos atuais com a dominação do mundo di-gital. Por exemplo: qual meio usar, hoje, para ser essa voz que chama, já que as novas tecno-logias, em particular a internet, estão abrindo possibilidades inéditas, não somente ao que diz respeito à forma de comunicar, de chamar, mas também à transformação do modo de pen-sar, de conhecer, de se informar, de estabelecer relações e de criar novas linguagens?

Diante disso, constatamos que é preciso e indispensável usar de todos os meios para o anúncio do Evangelho da Vocação. Porque é necessário, frente ao mundo digital, promover uma cultura vocacional capaz de levar o Evan-gelho da Vocação a todos, mas particularmen-te aos jovens que, além de serem os primeiros destinatários de nossa missão, fazem parte da geração mais conectada, ou seja, estão nas redes, lugar onde os encontramos. Precisa-mos encontrar uma forma de levá-los a uma interpelação: Jovem, em face da velocidade,

da variedade de diversão e da quantidade de amizade que os meios oferecem, qual o sentido da sua vida?

Nesse sentido, as irmãs Apostolinas, atu-almente, desempenham sua missão sendo presença na vida dos jovens nas grandes e pequenas cidades e também no meio rural, proporcionando-lhes, por meio de acompa-nhamento, a oportunidade de se questionarem quanto à sua vida e de ajudá-los na escolha da própria vocação que conduz à felicidade, ao sentido da vida.

Além disso, somos também mediação da voz do Deus que chama para o serviço de anima-ção vocacional, convidando outras pessoas para conosco formar equipes de Pastoral Vo-cacional nas paróquias, a fim de juntos somar forças nessa missão de anunciar o Deus que chama e envia.

Irmã LucivâniaConceição Oliveira

Irmãs Apostolinas do Brasil

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Juventude Paulina on line por Natália Corazza, Noviça Discípulacp

O GrãO de mOstarda

A imagem da Família Paulina como uma árvore formada por dez sólidos ramos

representa bem o que é ser membro desta fa-mília, o que significa ser filho e filha do bem--aventurado Tiago Alberione.

Foi em uma época de profundas transfor-mações e questionamentos, início do século XX, que a Árvore Paulina foi plantada, em meio a este vasto e complexo jardim, o nosso mundo. No decorrer destes cem anos de his-tória, muitas mudanças ocorreram, tornando o cenário ainda mais multifacetado e o nosso povo faminto de outras tantas e novas fo-mes.

Nosso Fundador impulsionado pelos apelos da sua época nos confiou viver e comunicar Jesus Cristo, Mestre e Pastor, Caminho, Ver-dade e Vida a todas as pessoas, pois desde lá, já se fazia necessário “trazer no coração todos os povos; fazer sentir a presença da Igreja em todos os problemas; espírito de compreensão e adaptação a todas as necessidades públicas e particulares” (AD 65).

Ser Família Paulina é ser grão de mostarda, a menor de todas as sementes. “Consciente das incapacidades e insuficiências no espírito e na cultura, na missão e na pobreza”, mas que ao longo destes anos continua crescendo e expandindo os seus ramos. Nutrindo-nos de Cristo, fonte da nossa vida e missão e irriga-dos pela esperança que ainda hoje ecoa do ta-bernáculo: Não temais, eu estou convosco!

“O reinado de Deus se parece com um grão de mostarda que um homem toma e semeia em seu campo.

É a menor de todas as sementes; contudo, quando cresce, é mais alta que outras hortaliças; torna-se uma árvore,

vêm os pássaros e se aninham em seus ramos.” (Mt 13,31-32)

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cp Formação Antonio F. da Silva

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cp Formação por irmã Ilanyr Felipe Costa, fsp

O carisma fundacional das Filhas de São Paulo dentro da Família Pauli-na é a comunicação

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A vivência da consagra-da paulina, cujo ca-risma é comunicar o

Evangelho através dos meios de comunicação social, é “mis-são profética e responsabilidade histórica”, segundo os Docu-mentos Capitulares das Irmãs Paulinas.

Anunciar o Evangelho é, para nós, a razão de nossa exis-tência. Assim como o apóstolo Paulo nós também afirmamos: “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é an-tes uma necessidade que se me impõe” (1Cor 9,16). A paulina, de acordo com as Constituições da Congregação, “dedica o seu tempo, as suas energias e a pró-pria vida para este fim”.

Devemos amar os livros, a boa música, os meios audiovi-suais, as revistas, a internet, a técnica etc., pois, para nós, eles são instrumentos “sagrados”. Por meio deles fazemos chegar

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O viver de uma irmã paulina

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a Palavra de Deus a todos. Por isso cuidamos com muita atenção de nossas produções. É tudo preparado como uma liturgia, pois, como dizia nosso Fundador, é para a “glória de Deus e o bem das pessoas”.

Segundo o bem-aventurado padre Tiago Al-berione, as livrarias paulinas são uma catedral onde as pessoas encontram o pão que procu-ram para alimentar o espírito. A oportunidade que a pessoa tem de visitar o Santíssimo em nossa capela, presente em todas as livrarias, é o maior tesouro que temos a oferecer em nos-sa catedral de cultura e espiritualidade.

Somos mulheres consagradas com votos de pobreza, castidade e obediência. É oportuno falar disso, pois muitos não imaginam que por trás de paulinas, cuja missão é a comunica-ção a serviço da vida, se encontram mulheres consagradas a Deus para uma dedicação total ao Evangelho.

Nossa força para o anúncio vem da Palavra de Deus e da Eucaristia. Nossa espiritualida-de está centrada em Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida, no espírito de São Paulo e sob a proteção de Maria Rainha dos Apóstolos. A paulina faz a meditação da Palavra de Deus e adoração ao Santíssimo diariamente.

A vida comunitária é elemento essencial do ser Paulina. Nela se aprende o trabalho em equipe em vista da missão. Ademais, é o viver

juntas que manifesta a presença e o amor de Cristo, centro da comunidade. Por fim, a nos-sa meta de vida e santidade é “até que Cristo se forme em vós” (Gl 4,19).

O estudo para a Filha de São Paulo é um ele-mento muito importante sempre aliado à mis-são. Uma paulina não tem tempo “integral” para o estudo, pois, segundo nosso Fundador, o revezamento da teoria e da prática é indis-pensável para o apostolado das comunicações sociais, o qual requer reflexão e experiência para ser sempre eficiente e progressivo.

Outro elemento ensinado por padre Albe-rione é o valor da estudiosidade, que consiste em aprender de “tudo e de todos” procurando estar sempre atenta aos sinais que a rodeia. O exame de consciência é fundamental para vi-vermos em “atitude de vigilância, em humil-dade e em contínua conversão”. A atitude de louvor a Deus é própria da paulina, conforme ensina o apóstolo: “Por tudo dai graças!” (1Ts 5,18).

Assim sendo, os meios de comunicação, para nós, são um grande louvor a Deus quando utilizados para fazer o bem. Somos profetas de hoje no mundo da comunicação. Fazer chegar o Evangelho é a nossa paixão maior. Tornar Jesus conhecido e amado é o maior tesouro que podemos oferecer a este mundo tão neces-sitado da “Boa-Nova”.

irmã paulina

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A Presidente da CRB-SP agradece a atuação Família Paulina na Conferência do Religiosos

Testemunho por irmã Geni dos Santos Camargo, Presidente da CRB – SPcp

A CRB teve início, oficialmente, em 11 de fevereiro de 1954, no Rio de Janeiro, num Congresso que reuniu

mais de 1.000 religiosos e religiosas vindos de todas as partes do Brasil. Portanto, em 2014, a CRB completa 60 anos de existência.

Nesse processo histórico que cruzou o li-miar do novo século, a Conferência mantém o seu objetivo de articular a Vida Religiosa em vista de sua missão. No espírito da comu-nhão eclesial e da intercongregacionalidade, as Congregações Religiosas podem contar com programas formativos, espaços de apro-fundamento e estudo, publicações e projetos visando à atualização do diálogo e presença dos Carismas na Igreja e na sociedade.

Nessa bela constelação de tantas Con-gregações Religiosas, destaca-se a Família Paulina, principalmente pela clareza de sua proposta e de seu carisma voltado ao anúncio da Palavra de Deus, procurando utilizar, com

sabedoria, os meios de comunicação apro-priados e adequados para cada situação.

Vou limitar-me a falar da presença e cola-boração da Família Paulina na Regional de São Paulo, embora saiba que está presente em toda a CRB, em todo o Brasil. A Regional São Paulo desenvolve intensa atividade, uma programação bem variada e que conta com a participação de muitas Congregações. Dou graças a Deus pela colaboração preciosa de diversas irmãs Paulinas, Pias Discípulas, Pasto-rinhas, Apostolinas, Padres e Irmãos Paulinos que prestam inestimável serviço de assessoria, de animação de Grupos de Reflexão, de orien-tação para o serviço de comunicação da CRB. Agradeço imensamente a abertura de espaços nos Meios de Comunicação para a Vida Reli-giosa. Agradeço de coração sua presença fra-terna e constante nas diferentes programações da Regional.

A generosidade é também um distintivo de irmãs e irmãos que nos acolhem com carinho em seus espaços, seja no Auditório Paulinas, na Fapcom ou na casa da Rapo-so Tavares, além de sua colaboração muito concreta com nossas assembleias e eventos.

Tudo isso demonstra claramente sua aber-tura e disponibilidade para compartilhar o que são e o que têm, ajudando a enfrentar os desafios atuais, para que a Boa Notícia do Evangelho chegue a todos, numa linguagem e forma que possa ser recebida pelos homens e mulheres de nosso tempo.

Parabéns por este primeiro centenário!Congratulações da CRB/SP!

A Família Paulina presente no espírito da intercongregacionalidade

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cp Formação Antonio F. da Silva

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cp Santidade paulina por irmã Maristela Bravin, pddm

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Escondida, mas vital: DISCÍPULA!

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No ano de comemoração do primeiro centenário de fundação da Famí-lia Paulina, a Igreja reconhece Madre Escolástica como Venerável.

É mais uma filha de Alberione a caminho do altar!

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No dia 9 de fevereiro deste ano, na Igre-ja Jesus Mestre, das Pias Discípulas, em Roma, repleta de membros das

comunidades da Família Paulina residentes naquela cidade, ecoaram solenes essas palavras proferidas pelo Cardeal Ângelo Amato.

No dia 9 de dezembro de 2013, o Papa Fran-cisco promulgou o decreto sobre a heroicida-de das virtudes de Madre Maria Escolástica Rivata. Trata-se de um passo importantíssimo no caminho da beatificação da primeira Supe-riora Geral das Pias Discípulas do Divino Mes-tre. Agora, a Igreja reconheceu oficialmente a extraordinária vida virtuosa da Madre, cujo exemplo fascinava as pessoas próximas e, em primeiro lugar, as irmãs.

Nascida em 12 de julho de 1897, em Gua-rene, pequena cidade da Itália, Orsola Rivata recebe este nome ao ser levada à fonte batismal no dia seguinte ao seu nascimento.

Já nos primeiros anos da sua infância foi du-ramente provada pela dor da perda da mãe, Lú-cia, que vem a falecer tendo Úrsula apenas seis anos de idade.

Na adolescência e juventude experimenta o trabalho no campo, e na cidade de Alba, como doméstica, e ainda, num emprego sazonal na tecelagem da seda, De Fernex.

Educada na fé pela família, Úrsula recebe pela primeira vez a Eucaristia aos sete anos e, aos doze, o sacramento da Crisma, na paróquia dos Santos Pedro e Bartolomeu, onde marca presença ativa no Coral.

Aos vinte anos, Úrsula compreende que o

único tesouro pelo qual vale a pena gastar a própria vida é o Senhor e, então, faz a ele sua declaração de amor incondicional: “Senhor, só tu, e basta!”. Ela viverá estas palavras na fideli-dade para sempre, “na alegria e na dor, na saúde e na doença...”.

O bem-aventurado Tiago Alberione, depois que ela entrou, em 1922, na Família Paulina, que nas-cia em Alba, deu-lhe, em 1924, o nome de irmã Escolástica, que significa discípula, e a escolheu como sua colaboradora para dar vida à Congrega-ção das Pias Discípulas do Divino Mestre.

A partir desse momento pode-se ler a história de Escolástica somente seguindo o caminho das Pias Discípulas. Não por acaso, quando ainda não havia uma regra escrita e algumas jovens dos primeiros anos perguntavam a padre Al-berione como ser Pia Discípula, ele respondia: olhem para a Irmã Escolástica.

O Cardeal Ângelo Amato, em sua homilia, afirmou: Olhamos algumas páginas do livro de ouro de madre Escolástica. Mas as páginas são muitas, e todas belas. Gostaria de terminar su-blinhando duas virtudes, ditas pequenas, mas que, na verdade, são fundamentais para a vida consagrada: a obediência e a humildade.

Era reconhecida por todos a total obediên-cia de madre Escolástica ao Primeiro Mestre. Tal obediência tornou-se ainda mais evidente, convicta e altamente meritória quando, por um certo período, as Pias Discípulas, juridicamente, tiveram de depender do governo geral das Filhas de São Paulo e, portanto, também da Primeira Mestra, madre Tecla Merlo, superiora geral.

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A obediência para ela era a via mestra para a fidelidade a Jesus. Um momento de extraor-dinária prova foi quando o Fundador, que em 1924 a tinha posto como responsável pelas Pias Discípulas, em 1936, sem dar muitas ex-plicações, a distancia do cargo de responsável e a manda ao Egito. Madre Escolástica obedece sem hesitação. Do mesmo modo, dois anos de-pois obedece ainda prontamente, quando, pelo próprio Padre Alberione é chamada de volta ao seu dever de direção das Pias Discípulas, as quais, sem ela, corriam o risco de extinguir-se. Foi obediente no ir e obediente no voltar, sem pretender desculpas e explicações.

Foi uma obediência heroica semelhante à fé de Abraão, ao sim de Maria, ao sacrifício de Je-sus, ao Mestre Divino que foi obediente à von-tade do Pai até a morte, e morte de cruz. Se, para ela, a obediência era o sinal infalível da vontade de Deus, para nós permanece expres-são alta da santidade.

cp Formação Antonio F. da Silvacp Santidade paulina por irmã Maristela Bravin, pddm

Mas não é possível ser realmente obedien-tes sem a virtude da humildade. E tal atitude epiritual foi luminosa sobre os ombros da Ma-dre. Privada do seu papel de guia e apartada da comunidade, desde 1946 até a morte, viveu na sombra. Neste escondimento atravessou o deserto, derramando sobre as irmãs e sobre o mundo o doce perfume da sua oração e do seu sacrifício. Foi certamente esta dolorosa hu-milhação a propiciar, nos desígnios da Divina Providência, a aprovação eclesial das Pias Dis-cípulas, acontecida em 1947.

A serenidade que a Madre demonstrou na-quela circunstância não era sinal de indiferença ou de insensibilidade. Pelo contrário. Nas suas memórias ela anota: “Enquanto exteriormente esforçava-me por estar alegre e tornar alegres as outras, dentro, o meu coração chorava copiosas lágrimas de sangue, e o Senhor misericordioso sustentava-me com a sua graça para superar a provação”.

Podemos concluir com as palavras de irmã Gemma Oberto, pia discípula: “Uma mulher sem cursos ou diplomas, mas com a sabedoria adquirida cotidianamente, na fonte da Eu-caristia e da Palavra de Deus. Precede com o exemplo e coloca suas melhores energias para formar as primeiras gerações à missão específi-ca da Congregação, comunicando, com alegre entusiasmo, a beleza e a fecundidade do apos-tolado”.

Madre Escolástica, com o coração aberto ao mundo inteiro, compreendia a linguagem dos jovens e, com amor de apóstola, se fazia próxi-ma aos anseios e alegrias dos homens e mulhe-res de cada Continente, servindo-se do jornal que, com frequência, levava debaixo do braço, para apresentar pessoas e fatos ao Mestre Divi-no na adoração. Vivia um estilo de silêncio e de discrição, mas com o timbre de mulher da comunicação.

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PBcooperador paulino maio/agosto 20146 cooperador paulino maio/agosto 2014

O número “100”: parece surgir da Palavra. Evoca a aurora da noite entre os dois séculos (31 de Dezembro de 1900) quando o Pe. Alberione, diante da Eucaristia, teve a iluminação interior que o conduziu à fundação da Família Paulina (cf. AD 13).

1914-2014: cem anos das “abundantes riquezas” com que o Senhor agraciou a Família Paulina (cf. AD 4).

O livro: recorda “uma luz mais clara sobre uma grande riqueza que o Senhor quis conceder à Família Paulina: a divulgação do Evangelho” (cf. AD 136).

Família Paulina: está enraizada no Livro Sagrado: nutre-se dele porque, como sub-linhava o Beato Alberione, “a sua primeira preocupação será a santidade de vida, a segunda será a santidade da doutrina” (cf. AD 90).

A Família Paulina, evangelizada pela supereminente ciência de Cristo, é “Paulo vivo hoje”, uma carta sua, que todos podem ler (cf. 2Cor 3,2-3).Brota espontânea a oração: “Viva Paulo! E multiplique os apóstolos do bem que com a palavra e com a caneta façam conhecer Jesus. Jesus seja cantado por todos os povos como Caminho, Verdade e Vida.” (Beato Tiago Alberione)

Carta de Paulo à humanidade de hoje (cf. 2Cor 3,2-3)

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