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Informe Publicitário Log web þ Logística þ Supply Chain þ Transporte Multimodal þ Comércio Exterior þ Movimentação þ Armazenagem þ Automação þ Embalagem referência em logística revista

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Informe Publicitário

Logwebþ Logística

þ Supply Chain

þ Transporte Multimodal

þ Comércio Exterior

þ Movimentação

þ Armazenagem

þ Automação

þ Embalagem

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referência em logística

r e v i s t a

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Logwebþ Logística

þ Supply Chain

þ Transporte Multimodal

þ Comércio Exterior

þ Movimentação

þ Armazenagem

þ Automação

þ Embalagem

| www.logweb.com.br | edição nº75 | maio | 2008 |referência em logística

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Multimodal

Logística &Meio Ambiente

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Nova Jotaceemprega solução de BISadig Análises

Ultracargo tem novoconceito de abastecimentoa granel

Wal-Mart e Coca-Colacriam projeto Estação deReciclagem

Gestão de fretespelo lado do embarcador:uma análise setorial

página 36

Infra-estrutura internaainda é o maior entraveao comércio exterior

página 38

Operadores logísticos:os medicamentos tambémrequerem cuidados

página 40

Empilhadeiras:destaques para as peças, a

manutenção e os acessóriosa partir da página 16

Rebocadores e tratores industriaismovimentam em grandes distâncias

página 4

Armazéns e galpões industriaisresolvem problemas dearmazenagem

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PARCERIA LOGWEB/FISPAL TECNOLOGIAE FISPAL NORDESTE

& BebidasAlimentos

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Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

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Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

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Os artigos assinados e os anúncios não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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Paulo César CaraçaCel.: (11) 8193.4298

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editorialEmpilhadeirasem destaque

Wanderley G. Gonçalves

Logwebreferência em logística

6 anos

r e v i s t a

Mantenha-seinformado

Toda terça-feira o Portal LogWeb éatualizado com as notícias mais

importantes e recentes do setor e comartigos de grande interesse para os

profissionais da área.E, todo dia, através de pop-up no

Portal LogWeb, você tem acesso auma notícia de grande destaque.

Logwebwww.logweb.com.br

P O R TA L

A multimídia a serviço da logística

O assunto empilhadeiras é o enfoquecentral desta edição. Senão vejamos: elasaparecem em matérias sobre peças,manutenção e acessórios.

Em cada uma delas são analisados os itensque mais interessam aos usuários. No caso daspeças, as que mais se desgastam, os meios parase evitar este desgaste e o uso de peças não-originais merecem uma ampla abordagem. Emtermos de manutenção, são analisados itenscomo o custo, a terceirização ou não damanutenção e como estimar os gastos. Comrelação aos acessórios, os enfoques incluemcomo escolher e a segurança que proporcio-nam, entre outros itens.

Ainda como destaques nesta edição estãoos rebocadores e os tratores industriais, comfoco nas aplicações típicas destes equipamen-tos, além dos armazéns e dos galpões industri-ais, com interessantes cases e um balanço dassuas aplicações.

Por sua vez, no caderno Multimodaltemos: a gestão de frete, onde é feita umaanálise do setor; o comércio exterior, comênfase na infra-estrutura interna e no papeldo governo neste segmento; a atuação dosoperadores logísticos na área de produtosfarmacêuticos, abrangendo os problemas deparceria e o que é preciso para um operadorlogístico atuar neste setor; e o TMS, analisan-do os investimentos das empresas nesta área eos entraves que impedem o maior uso destasolução no Brasil.

Ao lado destas matérias especiais, estaedição contém inúmeras outras com informa-

ções sobre o que de maissignificativo tem ocorridonos segmentos abrangidospela revista LogWeb,notadamente em termos de

negócios.Aproveite e atualize-se.

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6 | edição nº75 | maio | 2008 |Logweb

Rebocadores e tratores industriais

Para grandes volumese longas distânciasA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS GRANDES E PESADAS PODE SER FEITA COM MAIOR SEGURANÇA E AGILIDADE COM OUSO DOS REBOCADORES E TRATORES INDUSTRIAIS, QUE SE DESLOCAM RAPIDAMENTE E AJUDAM A AUMENTAR APRODUTIVIDADE, GARANTEM OS ENTREVISTADOS.

logísticas em armazéns, expõePaulo Roberto Navarro Castello,diretor da Castell Comercial deEquipamentos, Peças e Serviços(Fone: 11 4828.2044).

E, falando nos segmentos,Roberto T. Ueda, chefe de vendasda Toyota (Fone: 11 2149.0400), citaempresas de pneus, higienepessoal, aeroportos, montadoras,autopeças, químicas, etc. como asque mais utilizam os rebocadores.

Mario Pandolfi Junior, supervisorde vendas da Commat (Fonte: 116808.3319) –dealer da Taylor Dunn– lembra que muitas operaçõesainda se utilizam de empilhadeirase tratores agrícolas para rebocar,mas esta função deve ser feitaespecificamente por rebocadores,máquinas projetadas exatamentepara este fim.

Rebocadorindustrial Xempilhadeira

Sobre as diferenças entrerebocador industrial eempilhadeira, Misrahi, da Rucker,defende seu peixe. Segundo ele, orebocador industrial proporcionavisibilidade total dianteira

É onde existe a necessidadede fazer transporte de cargahorizontal entre setores e

departamentos – principalmenteonde a distância entre eles é muitogrande – que entram os rebocado-res e tratores industriais. Assimexplica Gleison Souza, supervisorcomercial da Still (Fone: 114066.8100). “Os rebocadores sedeslocam com grande velocidade,além disso, possuem capacidadede transportar muitos volumes aomesmo tempo. A movimentação deitens com grandes formas e pesopode ser feita com maior seguran-ça e agilidade, aumentando aprodutividade”, salienta, acrescen-tando que estes equipamentos sãoperfeitos para o transporte decargas sobre rodízio.

Já Dennis Misrahi, dodepartamento comercial da RuckerEquipamentos Industriais (Fone: 114187.2600), cita a aplicação dosrebocadores na movimentaçãohorizontal ou no reboque decarretas/comboios de cargaspaletizadas ou a granel emambientes fechados, onde autilização de tratores movidos adiesel é desaconselhável. Eletambém lembra que a aplicaçãodos rebocadores industriais éprimordial na movimentaçãointerna pela agilidade e grandemanobrabilidade, obtida graças assuas dimensões reduzidas.

De fato, estas máquinas sãomais utilizadas nas operações deabastecimento de linhas deprodução, transferências deestoque e movimentações

tracionando comboios, enquanto aempilhadeira oferece visibilidadeprejudicada pela carga quando alta elevada no garfo, “obrigando, emdeterminadas situações, ooperador a circular de ré”,acrescenta.

Para Misrahi, o rebocadorindustrial é dimensionado paratracionar cargas e, para isto, possuium peso projetado para não patinarnas situações que exigem um altotorque. “Já a empilhadeira, quandoutilizada para rebocar cargas, alémdo desconforto da dirigibilidade porpossuir eixo fixo de traçãona dianteira, falta-lhe peso paraobter tração”, compara.

Ueda, da Toyota, também faz amesma comparação. “A diferençaestá no volume transportado decargas. O rebocador não dispõede garfos ou mastro para elevar acarga, mas, diferente da empilha-deira, transporta, dependendo dotipo de carga, duas ou mais delas aomesmo tempo. Assim, conforme anecessidade de cada empresa, orebocador pode otimizar a operaçãode logística, substituindo duas oumais empilhadeiras, e melhorar ocusto de movimentação”, defende.

Por sua vez, Navarro, da Castell,diz que os custos de manutenção deempilhadeiras são extremamentealtos em relação ao dos rebocadorese estes são muito mais eficientesnas movimentações horizontais.

De forma geral, Pandolfi Junior,da Commat, expõe que os rebocado-res são muito úteis na transferênciade materiais entre as células deprodução de uma fábrica, pois umrebocador pode movimentar váriascarretas de uma só vez, otimizandoos fluxos de materiais, os recursos ea mão-de-obra. ●

EM QUAISAPLICAÇÕES

OS REBOCADORES EOS TRATORES

SÃO INSUBSTITUÍVEIS

➥ Quando é necessário movimentargrandes quantidades de carga nummesmo ciclo (Comboio – Carreta +Rebocador);

➥ Onde as cargas estão apoiadas emdispositivos sobre rodas/rodízios;

➥ Em operações onde o espaço éreduzido e/ou quando umaempilhadeira não consegue operarpor falta de espaço para manobras,como em algumas linhas demontagem;

➥ Quando o meio de transporte nãopuder utilizar motor diesel, como emindústrias alimentícias, câmarasfrigoríficas e outras que nãopodem impregnar os gases do dieselnas matérias-primas;

➥ Quando houver necessidade de umveículo com dimensões pequenas ede grande poder de reboque;

➥ Quando a operação for contínua ehouver preocupação com o conforto esegurança do motorista;

➥ No reboque de carretas industriais.

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7 | edição nº75 | maio | 2008 | Logweb

NotíciasRápidas

Matrac criaatendimentoatravés de mototécnico Para driblar o crescentetrânsito de São Paulo, aMatrac (Fone: 11 2905.4107), empresa especia-lizada em venda, manuten-ção e reparos de bateriastracionárias, acaba de criaro atendimento através demoto técnico. Trata-se deuma motocicleta equipadacom todo ferramentalnecessário para pequenosatendimentos na manuten-ção corretiva de bateriastracionárias.

Fiorde vai investirem TI e ampliaçãode frotaA Fiorde Logística Interna-cional (Fone: 0800 773.4010)projeta um crescimento de10 a 15% em 2008 eplaneja aumentar substan-cialmente os investimentosna área de Tecnologia deInformação e atendimentoao cliente, além de ampliara frota de veículosapropriados para transportede alimentos, produtosfarmacêuticos e correlatos.Segundo o vice-presidenteda empresa, MauroLourenço Dias, a meta écontinuar investindo naparte de distribuição, comotambém estudar aconstrução de armazéns e acompra de mais veículos eequipamentos paratrabalhar com a distribui-ção. “Também faz parte dosplanos da Fiorde a aberturade novas filiais”, adianta.

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Os cinco níveis de classificação da pesquisa

1º - Ad Hoc: é caracterizado por práticasdesestruturadas e mal-definidas. Medidas deprocessos não são aplicadas e estruturasorganizacionais e de trabalho não são baseadas emprocessos horizontais na cadeia de suprimentos.O desempenho é imprevisível e os custos sãoelevados. Os níveis de cooperação funcional esatisfação dos clientes são baixos.

2º - Definidos: os processos básicos daSCM (Supply Chain Management) são definidos edocumentados. Não há alteração no trabalho nemna estrutura organizacional. Em contrapartida, odesempenho é um pouco mais previsível.A superação de silos organizacionais exige umesforço considerável, e os custos continuam altos.Os níveis de satisfação do cliente melhoram, porémcontinuam baixos, comparativamente aos níveisalcançados pela concorrência.

3º - Vinculados: já ocorre a aplicação deprincípios de SCM. A estrutura organizacionalprepara-se para a horizontalização, a partir dacriação de autoridades superiores às unidadesfuncionais. A cooperação entre funções intra-organizacionais, vendedores e clientes materializa-se sob a forma de equipes que compartilhammedidas comuns ao SCM e de objetivos deabrangência horizontal na cadeia de suprimentos.A previsibilidade do desempenho aumenta, e aempresa começa a acertar seus alvos com maisfreqüência. Esforços de melhoria contínua tomamforma, com o objetivo de eliminar a raiz dosproblemas e alcançar, assim, melhoria incrementalno desempenho. A eficiência de custos aumenta, eos clientes passam a estar diretamente envolvidosnos esforços de melhoria dos processosinterorganizacionais.

4º - Integrados: a empresa, os fornece-dores e os clientes cooperam mais estrategica-mente no nível dos processos. Estruturasorganizacionais e atividades estão baseadas nosprincípios do SCM, e as funções tradicionais,quando relacionadas aos processos da cadeia devalor expandida, começam a desaparecer.Métricas de desempenho para a cadeia desuprimentos são utilizadas, surgindo tambémpráticas avançadas e baseadas na colaboração.Os objetivos de melhoria de processos sãodirecionados para equipes e alcançados comconfiança. Os custos são reduzidos drasticamentee a satisfação dos clientes e o espírito decooperação transformam-se em vantagemcompetitiva.

5º - Estendidos: Surgem equipes de SCMmultiorganizacionais com processos expandidos,objetivos e figuras de autoridades reconhecidasao longo da cadeia. Confiança e interdependênciaformam a base de sustentação da cadeia desuprimentos estendida. O desempenho deprocessos e a confiabilidade do sistema estendi-do são mensurados. A cadeia de suprimentos étomada por uma cultura horizontal focada nocliente. Os investimentos na melhoria do sistemasão compartilhados, assim como os retornossobre esses investimentos.

Apartir do mapeamento dosprocessos de planejamentologístico e do desempenho

da função logística de empresasatuantes em diferentes setores daeconomia brasileira, Marcelo Bronzo,professor do Departamento deCiências Administrativas daUniversidade Federal de MinasGerais – UFMG (Fone: 31 3409.7035),e Marcos Paulo Valadares deOliveira, doutorando em Administra-ção da mesma universidade,desenvolveram uma pesquisa paraavaliar a possível associação entrematuridade e desempenho logístico,buscando precisar a força e a direçãodeste relacionamento.

Há aproximadamente três anoseles fazem parte de um grupointernacional de pesquisadores,coordenado pelo Professor KevinMcCormack, da DRK ConsultingGroup, na Carolina do Norte, EstadosUnidos. Este grupo desenvolveestudos, pesquisas e atividades deconsultoria técnica em gerencia-mento de processos e desenvolvi-mento de modelos de maturidadepara a gestão de logística. “Propuse-mos ao professor Kevin a aplicaçãodo SCMMM (Supply Chain Mana-gement Maturity Model) no Brasil, erealizamos então, no ano de 2006,uma pesquisa com 479 empresasbrasileiras de diferentes setoreseconômicos, portes e característicasoperacionais”, conta Bronzo,coordenador da pesquisa.

De acordo com ele, além daclassificação por níveis de maturida-de, o modelo desenvolvido pelospesquisadores da Universidade daCarolina do Norte possui agrupamen-tos de processos divididos em duascategorias: o agrupamento devariáveis estruturais (englobandoindicadores referentes à Visão deProcessos, Estrutura de Processos eAtribuição de Processos) e oagrupamento de variáveis alavanca-doras (englobando indicadoresreferentes a Valores e Crenças deProcessos Focados em Clientes,Sistema de Gerenciamento eMensuração de Processos eMelhores Práticas).

Oliveira explica que o conceitode maturidade dos processoslogísticos pode ser entendido como acapacidade de uma empresa em

Estudos

Professores da UFMG realizampesquisa sobre Maturidade eDesempenho Logístico

desenvolver processos em confor-midade com metas previamentedefinidas no âmbito do seu planeja-mento estratégico e funcional.“Os modelos de maturidade para agestão dos processos logísticosenvolvem definição, mensuração,gestão e controle dos processosempresariais e são, em geral,aderentes aos preceitos da aborda-gem de gerenciamento por processos(BPR – Business ProcessReengineering)”, diz.

O doutorando explica, também,a razão do crescimento da utilizaçãodeste conceito na gestão empresa-rial: “atingir níveis superiores dematuridade no gerenciamento dosprocessos logísticos envolve, a rigor,níveis superiores de capacidades deuma organização, favorecendo,assim, o controle, a previsibilidadeno alcance de objetivos de custo edesempenho e a efetividade no quese refere ao alcance das metasestratégicas para os sistemaslogísticos das empresas”.

Bronzo ressalta a importânciadeste processo gradativo e contínuopara as empresas: “os modelos dematuridade atuam no sentido deauxiliar o gestor na avaliação deprioridades de ação diante dosinúmeros trade-offs nas operaçõeslogísticas, possibilitando, destaforma, a seleção do conjunto deações mais adequadas à realidadede evolução de cada empresa”. Eleafirma que a intensificação do usode modelos de maturidade para osfins de gerenciamento dos proces-sos logísticos no dia-a-dia indica aogestor qual o nível de excelênciados processos logísticos de suaempresa, bem como as açõesnecessárias para que padrõesgerenciais de desempenho possamser alcançados a partir de iniciati-vas estruturadas e formalizadas,levando-se em conta os processosde negócios essenciais aosobjetivos da logística integrada e dagestão da cadeia de suprimentos.

A pesquisa foi feita através deum questionário disponibilizado naInternet. Tendo como base oconjunto de variáveis do métododesenvolvido pelos pesquisadoresnorte-americanos, as empresasforam classificadas de acordo comas áreas do modelo SCOR (SupplyChain Operations Reference).“Como metodologia de mensuraçãoe análise das relações entreMaturidade de Processos eDesempenho nós utilizamos umaimportante técnica estatística,denominada Modelagem deEquações Estruturais, que nospermitiu avançar no conhecimentosobre esta complexa relação”, dizOliveira.

Ele destaca que, apesar depoucas empresas no Brasil semostrarem abertas a participar deestudos desta natureza, o que torna

Estendidos

controlebásico

definição deprocessos

mensuraçãode processos

Ad Hoc

Definidos

Vinculados

Integrados

otimizaçãode processos

alta

alta

alta

baixa

baixa

interfuncional

interorganizacional

interno limitadoàs Funções

Mat

urid

ade

SCM

Maturidade SCM

acuracidade/controle

estabilidade

previsibilidade/certe

za

eficiência

efetividade

capacidade

desempenho dos negócios

espírito de cooperação

Foco

SCM

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9 | edição nº75 | maio | 2008 | Logweb

a coleta de dados extrema-mente difícil, os objetivos dapesquisa foram alcançados.“Identificamos uma relaçãodireta e estatisticamentesignificativa entre maturida-de de processos e resultadosde desempenho logístico,indicando que empresas queinvestem em melhoria deseus processos para alcançarníveis superiores dematuridade obtêm melhoresresultados em indicadoresfinanceiros e de serviçosrelacionados a seusprocessos logísticos.”

Os resultados do estudoapontam que dentre as 479empresas participantes,apenas uma foi classificadano nível 1; 29 empresasestão no nível 2; 213 foramclassificadas no nível 3; 199no nível 4; e 37 no nível 5.“É importante observar queum número significativo deorganizações foi classificadocomo nível 4 de maturidade,o que revela um avanço notocante ao objetivo deintegração interna e externade seus processoslogísticos”, ressalta Bronzo.

Oliveira acredita que osresultados são positivos, masalerta: “avanços aindaprecisam ser alcançados emprol da maior eficiência doplanejamento logísticodessas empresas, uma vezque o processo de geraçãode valor, de forma efetiva ecompleta, depende dahabilidade delas em explorarsuas capacidades distintivasem conjunto e de formacomplementar aos esforçosde seus parceiros nascadeias de suprimentos”.

Para encerrar, Bronzo dizque para alcançar níveissuperiores de maturidadenos processos de planeja-mento logístico, as empresasprecisam investir emmelhorias, modificandoprocessos e expandindofronteiras internas e externasà organização, respectiva-mente em relação aos seuslimites funcionais e dos seusfornecedores e clientes.“Essa iniciativa, naturalmen-te, gera impactos diretossobre os custos logísticos,que poderão vir a sersacrificados até o ponto emque os processos passarão,efetivamente, por umamelhoria definitiva mediantea movimentação do pivô queregula as relações denatureza dinâmica dos trade-offs envolvidos nos proces-sos logísticos”, finaliza. ●

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10 | edição nº75 | maio | 2008 |Logweb

Armazenagem

Izibox oferece o conceitode auto-armazenamento

Serviços logísticos

Delta inaugura CDem Barueri

(boxes) de acordo com cada caso”,revelando que os clientes atendi-dos são dos mais variadossegmentos, como médicos,executivos, multinacionais,contadores, advogados e correto-res de seguros, entre outros.

“Acreditávamos que o perfil dousuário deste segmento estavadiretamente ligado à necessidadedos tradicionais clientes de guarda-móveis. Hoje atendemos, também,a produtores teatrais e suas peçasitinerantes, empresas de publicida-de sem espaço para seu materialde merchandising, artesãos,antiquários e outros tantos quesurgiram fazendo com que estemercado se tornasse ainda maisapaixonante”, comentaAlbuquerque.

“Este modelo adotadopossibilita total autonomia dosnossos clientes em relação aosboxes, ou seja, as chaves sãoexclusivas e apenas de posse delasos clientes podem acessar osboxes. A vantagem, além dasegurança, é a privacidade”,destaca Amauri Barros, colabora-

dor da área comercial. Eleinforma, ainda, que os usuáriosestão isentos de IPTU, fiador,taxas de condomínio e outroscustos físicos cobrados emarmazéns tradicionais.

Albuquerque afirma que aIzibox pretende crescer mais de350% com capital próprio eaumentar sua participação nomercado brasileiro, que temrespondido bem aos serviços.“Hoje estamos com umaocupação girando em torno de95% e a ampliação, devido àdemanda, faz com que tenhamosde correr contra o tempo”, conta.

De acordo com ele, o maiorproblema logístico enfrentadopela empresa é a transferênciade volumes entre o local docliente e o Storage. Mas, afirmaque a solução já foi encontrada:“investimos em uma frota própriade veículos e treinamento depessoal para atender aos nossosclientes. Logo, novos formatos eprocessos de embalagem foramdesenvolvidos para atender aesta demanda”, expõe. ●

C om o propósito de oferecerao mercado, principalmenteaos pequenos empresários

e pessoas físicas, o conceito SelfStorage (auto-armazenamento),com atendimento e apoio logístico,a multinacional Izibox Storage(Fone: 21 2589.0055) está no Brasilhá dois anos.

O objetivo da empresa écontemplar necessidades aindanão percebidas pelos clientes,como a coleta e a entrega devolumes e a utilização de chavesindividuais nos boxes, além deobjetivar investimentos na AméricaLatina. “Unimos a experiênciainternacional em Self Storage aoatendimento peculiar dos brasilei-ros, adicionando sistemasespecíficos de frete, mudanças earmazenamento”, diz AdrianoBraga de Albuquerque, gerentecomercial e operacional.

Ele explica que a Izibox cuidade toda a operação, apresentandouma solução integrada a cadacliente: “nossa prestação deserviços é o aluguel de unidadesindividuais de armazenamento

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A Delta Serviços Logísticos(Fone: 11 4208.1900) – queatua em logística e gestão,

armazenagem, transporte (aéreo,fracionado, sensível, fechado ededicado) e gerenciamento dedocumentos, atendendo aosmercados financeiro, tecnológico,varejista, automotivo, químico,alimentício e industrial – acaba deinaugurar um CD em Barueri, SP.

Atualmente, a empresa contacom 50.000 m² de instalações,somando as dimensões de suassete unidades, distribuídas entre osestados de São Paulo, Paraná e Riode Janeiro. Através desta estrutura,realiza cerca de 30 mil entregas pormês em todo o Brasil. “Consegui-mos isso graças à tecnologia queutilizamos e aos 32 agentes decarga espalhados pelo país”,destaca o sócio-gerente da Delta,José de Sá.

Na área de 7.000 m² ocupadapelo novo centro – localizado narodovia Castello Branco próxima àalça Norte do Rodoanel –, deverãocircular em média 100 veículos pordia, sendo que a estrutura permite,ainda, que 12 deles trabalhemsimultaneamente.

O valor do investimento noempreendimento foi de cerca deR$ 1,5 milhão e, de acordo com Sá,o intuito é ganhar produtividade nosprocessos de operações com perfilde cross-docking: “entendemos quetecnologia de informação específi-ca, a redefinição de processos eequipamentos, bem como ocompleto gerenciamento dessacadeia, irão fazer com que nossacapacidade de atendimento sejaampliada em até 80%”, explica.

Com o início das atividades nonovo CD, a Delta efetuou algumasmudanças em suas operações. “Asunidades de Barueri deixaram de

Sá: R$ 4 milhões em faturamentoserão gerados

Novo CD ocupa área de 7.000 m²

realizar o cross-docking e passa-ram a concentrar suas operaçõesem seus segmentos chaves –Tucunaré I, prestando serviços paraatender ao setor financeiro, eTucunaré II, para o segmento detecnologia”, informa o sócio-gerente.

Ele conta que a empresaconstruiu esta unidade paraatender à demanda de clientes queexigem rápida movimentação decargas, com investimentosdirecionados para responder comprodutividade às exigências feitas.“Com nossa expansão, detectamosque os clientes podem ser maisbem atendidos quando estão emum ambiente que envolve sinergiaoperacional, em função do queprocuramos desenvolver em nossoplanejamento de ocupação”, diz,revelando as expectativas paraeste ano: “esperamos faturar R$ 65milhões em 2008 – R$ 10 milhões amais do que foi faturado no anopassado –, sendo que R$ 4 milhõesserão gerados pela nova unidade,com potencial deste númerocrescer”.

De acordo com Sá, os investi-mentos feitos pela Delta tambémsão uma forma de tentar amenizarum grande problema logístico queo Brasil atravessa: a saturação damalha rodoviária. “Trajetos quenormalmente eram percorridos em30 a 40 minutos, atualmente estãosendo cumpridos em até 3 horas.Isso se traduz em aumento decustos e conseqüente perda derentabilidade nas operações dedistribuição”, conclui. ●

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11 | edição nº75 | maio | 2008 | Logweb

Veículos Comerciais

Prêmio Lótus homenageiaos melhores em 2007

O Prêmio teve início em1994, ocasião em que arevista Brasil Transportes,antecessora da Frota&Cia,encomendou um estudo aoDatalótus com o objetivo deidentificar os veículoscomerciais mais vendidos noBrasil, classificados porfabricantes e categorias depeso. “Na época, o título era‘Caminhão do Ano’. A partirde 1995, a premiação setornou um evento promovidopela Editora Frota”, contaFerraz.

Nesta última edição, aMercedes-Benz conquistou 12das 23 categorias e foi ogrande destaque. A empresaalemã levou os prêmios“Marca do Ano em VeículosComerciais”, “Chassi do Ano”,“Caminhão Semileve do Ano”,“Caminhão Médio do Ano”,“Caminhão Semipesado doAno”, “Van do Ano”, “ChassiUrbano do Ano”, “ChassiRodoviário do Ano”, “Marcado Ano em CaminhõesSemileves”, “Marca do Ano

Uma das mais importan-tes premiações daindústria de veículos

comerciais no Brasil, o PrêmioLótus 2008 foi entregue no dia2 de abril último em SãoPaulo, SP.

Realizado pela revistaFrota&Cia (Fone: 11 3871.1313),ele é o reconhecimento dosresultados alcançados pelasempresas deste segmento. “Apremiação elege as marcas eos modelos de veículoscomerciais que conquistarama preferência dos compradoresbrasileiros no ano anterior,com base nos números devendas ao mercado interno,fornecidos pelos própriosfabricantes de veículosatravés de suas entidades declasse: ANFAVEA – Associa-ção Nacional dos Fabricantesde Veículos Automotores eABEIVA – AssociaçãoBrasileira de EmpresasImportadoras de VeículosAutomotivos”, explica JoséAugusto Ferraz, diretor daFrota&Cia.

Vencedores do Prêmio Lótus 2008 comemoram o reconhecimento dos compradores brasileiros

em Caminhões Pesados”,“Marca do Ano em ChassisUrbanos” e “Marca do Ano emChassis Rodoviários”.

A Volkswagen também fezbonito e faturou seis prêmios,melhorando o seu desempe-nho em relação a 2007,quando ganhou três. A Volksficou com um dos títulos demaior destaque na premiação:o “Caminhão do Ano”, e aindavenceu nas categorias“Caminhão Leve do Ano”,“Caminhão Pesado do Ano”,“Marca do Ano em CaminhõesLeves”, “Marca do Ano emCaminhões Médios” e “Marcado Ano em CaminhõesSemipesados”.

A brasileira Agrale, comduas conquistas, “Chassi Levedo Ano” e “Marca do Ano emChassis Leves”; Fiat, tambémcom duas, “Furgão Leve doAno” e “Furgão do Ano”; e aHyundai, que conquistou oprêmio em “Camioneta deCarga do Ano”, completam ohall dos campeões do PrêmioLótus 2008. ●

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12 | edição nº75 | maio | 2008 |Logweb

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Caminhões

VW investe R$ 1 bilhão emampliação de fábrica de Resende, RJ

Sobre combustível, opresidente garante que osprodutos da Volkswagen Cami-nhões e Ônibus já estão entre osmais econômicos do Brasil emsuas categorias. “Em paralelo, amontadora investe na pesquisapara a adição de biodiesel ao óleodiesel tradicional, tendo sido aprimeira marca brasileira aautorizar a mistura a umaproporção de 2% para toda a sualinha de produtos”, conta,acrescentando que no fim do anopassado foi autorizada em caráterexperimental a adição de 5% debiodiesel ao combustível de toda afrota de ônibus da cidade do Riode Janeiro. Cortes também diz quejá foram iniciados os estudos damistura de 20% na operação decaminhões em parceria com ofrigorífico Bertin.

“O Grupo Bertin (ver box) énosso parceiro no desenvolvimen-to de tecnologias a favor do meio

Deste ano a 2012, aVolkswagen Caminhões eÔnibus (Fone: 24 3381.1000)

pretende investir R$ 1 bilhão naampliação da fábrica de Resende,RJ. Além de recursos para aumentara capacidade de produção, oinvestimento será dividido entre odesenvolvimento de novasmotorizações para caminhões eônibus, criação de linhas de produtosem nichos ainda não explorados,novos modelos e aplicações na linhaatual e pesquisa de fontes alternati-vas de combustíveis, bem como suaeficiência. É o que detalha RobertoCortes, presidente da VolkswagenCaminhões e Ônibus.

Quanto à produção, no início de2007 eram fabricados por dia 145veículos na fábrica de Resende.Atualmente, a empresa já produz 220por dia. “Nosso horizonte para ospróximos 10 anos contempla aduplicação de nossa capacidadeinstalada em Resende em 2007”,explica Cortes.

VW CHEGA A

300 MIL VEÍCULOS

EM RESENDE

Devido a uma vendahistórica, a VolkswagenCaminhões e Ônibus chegaa 300 mil veículosproduzidos na fábrica deResende. Em março último,a montadora iniciou aentrega de 1.150 cami-nhões Constellation 17.250Tractor, 19.320 Titan Tractor,Worker 9.150E e 26.260Eao Grupo Bertin, represen-tando um dos maioresnegócios do segmento deveículos comerciais jáfechados no país. Holdingque atua nos segmentos deagroindústria, infra-estrutura e energiarenovável, o Grupo Bertinpassa a ser um dosmaiores frotistas decaminhões Volkswagen domundo. Os veículostambém são os primeirosda marca autorizados arodar com mistura debiodiesel a até 5%,mantendo as característi-cas originais de fábrica.

ambiente. Além da aquisição doscaminhões capazes de rodar comaté 5% de biodiesel, o grupo testadesde 2006 um lote de veículosVolkswagen que consomecombustível B20, ou seja, com20% de biocombustível adiciona-do ao óleo diesel comum”, expõeo presidente.

Novo CentroLogístico

O novo Centro Logístico daVW possui 24.000 m² de áreaconstruída em um terreno de50.000 m², ao lado da fábrica emResende. Será destinado àpreparação de kits e peças queantes ocupavam toda a lateral dalinha de montagem. “No CentroLogístico serão armazenados epreparados todos os kits depeças, aliviando a linha demontagem de caminhões e ônibuse melhorando a organizaçãodesses materiais”, explica Cortes.

A necessidade da construçãode um Centro Logístico surgiudevido ao aumento de produçãona fábrica. “A previsão para oinício das atividades é para esteprimeiro semestre de 2008”,afirma. ●

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Distribuição

Multicoisas aposta em novo CDe estratégia de compras flexível

P ara atender ao plano deexpansão que prevê aabertura de 10 lojas por ano e

um crescimento de 20% nofaturamento em 2008, a Multicoisas(Fone: 11 2131.8788), empresa quecomercializa materiais para reparosdomésticos e prediais, além deoferecer acessórios e utilidadespara o uso cotidiano, está setransferindo para um CD aindamaior, localizado em Osasco, SP.

Com o nome de Rede Forte, anova estrutura dispõe de oito docas,contra apenas duas do antigocentro. Além disso, Luis HenriqueStockler, diretor de marketing eexpansão da empresa, destaca queo novo local atende às expectativasquanto à altitude do terreno eoferece proximidade com asmarginais, rodovia Castelo Branco eRodoanel. “Estes fatores propiciama otimização do tempo da carga edescarga, melhor espaço paraseparação e preparação dosembarques e ampla claridadeatravés de luz natural, que além dearejar o ambiente, gera umaeconomia de 30% no gasto comenergia elétrica”, acrescenta.

Hoje, o atendimento daMulticoisas, por meio de 61 lojas,entre próprias e franqueadas,compreende o Distrito Federal emais 13 estados: Alagoas, Bahia,Ceará, Goiás, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Rio de Janeiro,Minas Gerais, Paraná, Pernambuco,Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul eSão Paulo. “Nossos serviçosatingem, em sua maioria, as classesA e B, mas, ultimamente, temosatingido os cidadãos da C, também”,informa Stockler. “Só o que tem nosatrapalhado é a distância de nossoCD em relação às lojas da regiãonordeste e as dificuldades deentrega na Grande São Paulo. Mas,com muita conversa e trabalho emconjunto com os franqueados, temosconseguido contornar estesproblemas”, complementa oexecutivo.

Ele revela que, além doinvestimento em um novo CD, osistema de compras flexível que visaa conquista do menor preço tambémvem trazendo bons resultados para aMulticoisas. Segundo Stockler, háuma Central Integrada de Compras(CIC) que coordena todo o processode compra, seja diretamente dofornecedor, por meio de negociação

centralizada ou por meio do centrode distribuição exclusivo da Rede,que compra dos fornecedores emlarga escala e revende aosfranqueados.

“Os produtos são recebidos,

separados e armazenados nopróprio centro atacadista daempresa, que eletronicamenterecebe os pedidos das lojas, faz aseparação, a embalagem do item agranel e todo o processo logístico

para as unidades da rede de todo opaís. A cada nova negociação, arede avalia se é mais interessantea compra direta ou através da RedeForte, que atua com um customínimo operacional, sem visarlucro. Tudo para garantir o maiorbenefício possível aos franqueadose, conseqüentemente, aos clientesfinais”, relata.

Meio ambienteAlém da importância do bom

funcionamento logístico e daflexibilidade nas compras, aMulticoisas também tem apostadoem uma campanha de carátersocioambiental. Desde 2006,mobilizando todas as lojas da rede,a empresa já arrecadou cerca deuma tonelada de pilhas e bateriasdestinadas à reciclagem. “Oobjetivo é conscientizar nossacomunidade sobre a importância da

destinação correta desses itens.Com as lojas transformadas empostos de recolhimento, elimina-mos o principal entrave nesseprocesso”, explica Stockler.

A entrega do material recolhidofoi feita à Suzaquim IndústriasQuímicas, especializada emreprocessar e destinar resíduosindustriais, lixo tecnológico, pilhase baterias para produção de sais eóxidos metálicos, que serãoutilizados nas indústrias decolorifício, cerâmicas, refratárias equímicas. “O intuito é alongar aomáximo o ciclo de vida dosprodutos descarregados diariamen-te no meio ambiente”, finaliza odiretor. ●

Stockler: novo local oferece proximidade com as marginais,rodovia Castelo Branco e Rodoanel

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14 | edição nº75 | maio | 2008 |Logweb

Minas Expominax 2008e Embala Minas foramrealizados em abrilOrganizados pela GreenField(Fone: 11 3567.1890), foramrealizados, no período de 8 a10 de abril último, em BeloHorizonte, MG, o MinasExpomix 2008 – Feira dosAtacadistas Distribuidores doEstado de Minas Gerais e oEmbala Minas – VI FeiraInternacional de Embalagens eProcessos. O primeiro eventoreuniu os maiores nomes dosetor atacadista distribuidor efoi a primeira feira mineiradestinada ao segmento.Segundo os organizadores, aMinas Expomix 2008 contoucom 150 das maiores empresasdo segmento no Brasil, geroucerca de R$100 milhões emnegócios e recebeu aproxima-damente cinco mil varejistasnos três dias. Já a EmbalaMinas reuniu cerca de 250expositores e, ainda de acordocom os organizadores, recebeuaproximadamente 12 milvisitantes profissionais devários segmentos, incluindoindústria e comércio. “A feira,que cresceu 70% em relação àedição anterior, apresentou asmais modernas tecnologiasaplicadas ao processamento,marcação e envase deprodutos”, afirmou oorganizador da Embala, LuizFernando Pereira.

Plimor realiza120.000 entregasmensaisA Transportadora Plimor (Fone:54 2109.1000) é uma empresagaúcha com 32 anos demercado, matriz em Farroupilha,RS, e cobertura nos três estadosda Região Sul, São Paulo eBuenos Aires. Das suas 67unidades, seis são CDsinstalados em locais estratégi-cos. Também possui frota commais de 240 veículos próprios,que cumprem mais de 120linhas fixas diariamente. Pormês, são rodados cerca de 1,5milhão de quilômetros,resultando em cerca de 120.000entregas mensais. É especializa-da no transporte e distribuiçãode carga fracionada de altovalor agregado.

NotíciasRápidas

Gestão de frotas

Graber lançasistema detelemetria

C om o intuito deproporcionar aosclientes a obtenção

e o acompanhamento remotode dados para a gestão eoperação de frotas, a Graber(Fone: 11 4689.8010), quemonitora 140 mil veículos,acaba de apresentar umsistema de telemetriainédito no mercado: oWebGraber.

Segundo o CEO daempresa, Marcelo Necho,esta solução marca o iníciode uma nova geração desistemas de rastreamento emonitoramento: “o mercadopassará a ter uma novavisão sobre o que érastreamento”, diz.

O produto funciona emqualquer marca e modelo deveículo, independente datecnologia. Além disso,trabalha com váriasoperadoras de celular eproporciona análise imediatade toda a frota ou porveículo. “Não só os nossosclientes poderão utilizar oequipamento. Isto faz parteda evolução que traçamosdesde setembro do anopassado”, destaca PauloFélix, gerente de marketing etecnologia da Graber.

De acordo com osexecutivos, a análise emtempo real permite constatarse os condutores estãooperando fora do padrão pré-determinado pela empresa,fazer intervenção imediata,organizar classificação deeventos e suas correlações,além de criar um conjunto deinformações para eventuaismudanças de procedimentos.“Estamos falando emeconomia e variáveis queproporcionam redução decustos”, completa Félix.

Com os resultadosobtidos através da análisefeita pelo sistema, o usuárioterá acesso a informaçõescomo distância percorrida,velocidade e rotação domotor, tempo em que oveículo permaneceu paradoe/ou com o motor funcionan-

do, excesso de velocidadeem curvas e RPM em subida,tempo em que o condutordeixou o veículo em “pontomorto” e a quantidade defreadas bruscas,acionamento de freio e deembreagem.

Em síntese, oWebGraber gera informa-ções que possibilitam oacompanhamento da frota,considerando o consumo decombustível, desgastes daspartes, durabilidade doscomponentes e os procedi-mentos dos condutores.“É uma solução fundamentalpara as empresas delogística e transporte.Quando há um acidente, acadeia logística é prejudica-da com perdas e atrasos”,destaca Necho, que temconhecimento de empresasque fazem até teste deadmissão utilizando osistema para avaliar se omotorista é bom.

Ele acredita que estanovidade vai modificarmuitas relações na socieda-de, pois além de ser umartifício que pode ser usadopor profissionais paracomprovar a qualidade dotransporte realizado e doserviço oferecido, tambémpode ser utilizada em prol dereivindicações, comoexplica: “se um motor éusado da forma correta equebra sem motivos, aoexibir os relatórios dedirigibilidade a empresapode exigir um motor novodo fabricante”, argumenta.

Segundo Félix, o valor doWebGraber deve girar emtorno de R$ 1.100 para quemnão possui rastreador. Já asempresas que contam com osistema de rastreamentodeverão desembolsar cercade R$ 500 para adquirir ohardware complementar detelemetria. “Nossaexpectativa é venderaproximadamente dois milsistemas até o final desteano”, encerra o gerente demarketing e tecnologia.●

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Blanck & Partnersfornecemovimentadorde veículos paralongas distânciasA Blanck & PartnersConsultoria (Fone: 113048.059) está apresentan-do aquele que é consideradoo primeiro movimentador deveículos do tipo “ride-on”,com operador sobre omovimentador. Projetadopela empresa sueca FamekAB, o Stringo 700 podeoperar de forma contínuapor seis horas com umaúnica carga da bateria emover veículos de até 5toneladas. É chamado deprimeiro “car mover”, ondeo operador pode sentar edirigir o equipamento comum minivolante. O raio degiro corresponde aocomprimento do carrosomando mais 1.100 mm.O veículo é posicionadosobre o Stringo através debraços telescópicos e há umajuste para permitirdiferentes distâncias entreeixos na parte frontal etraseira do veículo. Pode serutilizado nas rodas diantei-ras ou traseiras do veículo eé operado por motor elétricoacionado por bateriastracionárias. O minivolantede direção tem um descansabraço ajustável para até 10graus. O assento também éajustável em todas asposições, compensável parao peso do operador e temajuste de 100 mm em altura.O piso com os pedais podeser elevado de 350 até430 mm. É usado em áreasonde os automóveisnecessitam de movimenta-ção sem utilização depotência própria de seumotor, como em fábricas,laboratórios de testes, deemissões e de protótipos eshow rooms.

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Armazéns e galpões industriais

Soluções para resolverproblemas de armazenagemFABRICANTES DE ARMAZÉNS E GALPÕES INDUSTRIAIS CONTAM CASES DE SUCESSO DE GRANDES EMPRESAS QUEPRECISAVAM DE SOLUÇÕES RÁPIDAS E APROPRIADAS PARA RESOLVER PROBLEMAS DE ARMAZENAGEM.

Precisa de maisespaço?

De uma forma geral, SebastiãoSilva, gerente comercial da divisãoarmazenagem – Macrogalpões daRentank (Fone: 11 4138.9266),conta que os problemas dearmazenagem começam com oaumento da demanda de mercadoe de produção, que determinamaior área de estocagem e/ouprodução.

No que concorda SimoneMilano, gerente comercial daTópico Coberturas Alternativas(Fone: 11 4785.1200), destacandoque os problemas envolvem faltade espaço para movimentação docliente ou de terceirizados, quandose trata de empresas de logísticas.

E sta matéria especial darevista LogWeb aborda osproblemas que podem exigir

a instalação de armazéns e galpõesindustriais e os benefícios que elesproporcionam às empresas.Também apresenta cases desucesso, com soluções obtidas emcurto tempo.

Armazém inflávelpara socorrer aInfraero

A Pistelli Engenharia (Fone: 113383.6300), por meio do consultorde vendas Mário Lúcio Calixto,detalha o case Infraero.

“No final de 1994, osaeroportos internacionais de SãoPaulo e do Rio de Janeiropassaram por uma crise deacúmulo de cargas devido à grevena Receita Federal. Cargasaguardavam liberação e estavamarmazenadas no pátio externo doaeroporto, expostas à chuva e aosol”, lembra.

Para solucionar o problema, oarmazém escolhido foi o inflável,devido à rapidez na instalação e,também, pela área interna livrepara armazenagem, com totalaproveitamento interno.“Apesar do curto tempo disponívelpara instalação do galpão,conseguimos atender às expectati-vas do cliente dentro do prazoestabelecido, tanto para oaeroporto de São Paulo, quantopara o do Rio de Janeiro”.

Calixto conta que a questão foiresolvida em tempo recorde,eliminando o transtorno detransporte de mercadoria.

Estrutura metálica comlonas vinílicas para aPelzer System

O destaque da Araya do BrasilIndustrial (Fone: 12 2123.4200), segundo ogerente de produção, Fernando BalestrimDourado, é o case da Pelzer System,indústria de autopeças que produz pára-choques para a Volkswagen e a Ford.

“Devido à produção crescente daempresa, não havia área tanto paraprodução como para armazenamento deinsumos e produto acabado. Por isso, nosfoi solicitado que uma área de 1.000 m2

fosse construída em tempo recorde,possibilitando ao nosso cliente o atendi-mento de novos pedidos. Este prontoatendimento, juntamente com a qualidadede nosso produto, fez com que fossemadquiridas mais unidades nesta mesmaplanta de nosso armazém”, conta.

Para o local foi escolhido o Vinigalpão,uma estrutura metálica com cobertura efechamentos em lonas vinílicas, já quepara atender à indústria automobilísticafoi necessário um armazém de construçãorápida e fácil, além de ser totalmentereaproveitável, caso fosse desmontado eremanejado. Um dos fatores que levou àescolha é o fato de que o galpão não éconsiderado como bem imóvel e, portanto,não necessita de “habite-se”, umaautorização emitida pela prefeitura.

“O maior benefício proporcionado aocliente foi a rapidez na instalação, bemcomo o total aproveitamento do espaçocúbico disponível. Com esta agilidade, ocliente pôde incrementar seus pedidos”,destaca Dourado.

Galpões reduzem investimentosem ativos

Montagem e desmontagemrápidas são vantagens

Têxtil estruturalcom laterais abertaspara a GM

O case destacado por AlexandreDias, diretor-presidente da Alumitex(Fone: 11 6121.5511), envolve aconstrução da fábrica da GM – GeneralMotors em Gravataí, RS. “Com oevento da construção da nova plantaindustrial em 1998, foi necessário umlocal de armazenagem para os maisdiversos equipamentos”, lembra.Devido à necessidade de resistência aventos e pelo fato de ser aberto naslaterais, optou-se por uma áreacoberta de 4.800 m² composta porquatro galpões conjugados de 15 m delargura por 80 m de comprimento.

Segundo Dias, o cliente escolheuum galpão têxtil estrutural com aslaterais abertas, a fim de facilitar amovimentação dos materiais. “O localfoi um complicador, pois era umdescampado com incidência de ventosmuito fortes e, por se tratar do iníciodas obras, o solo era de puro barro,sendo difícil até o tráfego comveículos. Ocorreram, inclusive,acidentes devido aos ventos quecomprometeram as estruturasconvencionais que estavamsendo construídas, entretanto, ogalpão têxtil ficou intacto”.

A nova área coberta para receberos equipamentos que chegavamdiariamente foi crucial na logística damontadora automotiva, considera Dias.

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Segundo ela, para seescolher a estruturaadequada, deve-se levarem conta dois pontosfundamentais: o tipo delogística que é feita pelaempresa e o espaçodentro da fábrica docliente. E Silva, daRentank, complementa:“os galpões devemresponder às premissasde segurança, rapidez demontagem e custo justo.As dimensões sãoajustadas em função danecessidade do cliente”.

De acordo com ele,existem instalações comelevada complexidadecomo, por exemplo, emáreas portuárias quesofrem grande influênciade ventos, solo siltoso(mais areia e menosargila) e áreas de difícilacesso.

Simone, da Tópico,também fala da dificulda-de climática: “por setratar de galpão cujaconstrução envolvetrabalhos em altura,muitas empresas, porquestão de segurança,não permitem, e aí podeocorrer o atraso da obra”.Entre os benefícios queestas estruturasproporcionam ao cliente,a gerente comercial daTópico cita: montagem edesmontagem rápida –por exemplo, um galpãode 1.000 m2 é montadoem quatro dias; não éconsiderada como áreaconstruída, mas simedificação transitória; éconstruído com lona auto-extinguível, impermeávele antimofo; e oferecesegurança referente avento. Por se tratar deuma solução de infra-estrutura de urgência,Silva, da Rentank,considera que este tipode produto proporcionaao cliente redução doinvestimento em ativos –construção de áreasfísicas – e respostas decurtíssimo prazo a baixocusto, uma vez que nãorequer, por exemplo,fundação para ainstalação. “Entendo queo principal ganho é aredução do tempo entre aidentificação danecessidade e ainstalação do galpão, oque possibilita respostasmais rápidas ao clientefinal”, declara.●

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Empilhadeiras

Peças: algumas têm maior desgaste.Outras, podem ser poupadasALGUMAS PEÇAS DAS EMPILHADEIRAS SOFREM DESGASTE NATURAL, ENQUANTO OUTRAS SE ESTRAGAM POR MAUUSO DA MÁQUINA OU EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO. NESTE CONTEXTO, TAMBÉM HÁESPAÇO PARA O EMPREGO DAS PEÇAS NÃO-ORIGINAIS?

Para Leandro Vieira, supervisorde vendas de peças e serviços daBauko Máquinas – DivisãoIndústria (Fone: 11 3693.9316), sãodois os fatores que determinam odesgaste de uma empilhadeira:utilização e manutenção. “Deve-seespecificar e dimensionarcorretamente o equipamentoconforme sua utilização e,em paralelo, executar um plano demanutenção preventiva rigoroso.Podemos apontar como item dedesgaste os pneus para equipa-mento a combustão e, paraequipamento elétrico, suas rodas”,completa.

De fato – segundo GeraldoGoldschmidt, gerente de pós-vendas da Clark (Fone: 193881.1599) – os itens de maiordesgaste obviamente são aquelesque estão em contato direto com osolo e com a carga. Assim, ospneus e os garfos são os que maisse desgastam e, por conseguinte,têm suas substituições atéprogramadas. Outros itenstambém sofrem desgastes normaispelo uso, como rolamentos dastorres de elevação, rolamentos dasrodas, embuchamentos e partes domotor. Ainda de acordo comGoldschmidt, alguns itens são desubstituição obrigatória, como osfiltros de ar, filtro de óleo do motor,filtro de óleo da transmissão,

assim como os próprios óleos efluido do radiador, que devemobedecer a tabelas de trocas, poisperdem as propriedades originaisao longo do uso.

Paulo Roberto NavarroCastello, diretor da Castell (Fone:11 4828.2044), faz a análiseespecificamente com relação àsempilhadeiras elétricas. Segundoele, nestas máquinas, as peças demaior desgaste são os conjuntosde rolamentos, nos motores

elétricos, (direção, tração eelevação), os jogos de escova e osrolamentos também gerammanutenção, os conjuntos depastilhas de contatores e reparosdos contatores elétricos, assapatas do sistema de freio e,eventualmente, os micros decontato. “Num equipamentoelétrico em que o número de peçasmóveis é menor do que nosequipamentos a combustão, ositens citados são os mais requisita-dos no sistema, sendo normal seudesgaste, necessitando de maioratenção nas manutençõespreventivas.”

Pelo seu lado, Wilson Vizeu deAlmeida, gerente geral da LindeMH Brasil (Fone: 11 3604.4755),informa que os itens de maiordesgaste nas empilhadeiras comtransmissão automática (conversorde torque) são os discos de fricçãoe as sapatas de freio, devido àsconstantes reversões de sentido dedireção (frente-ré), que são comunsnas operações de carga e descar-ga. “Esses conjuntos geralmentesofrem desgaste prematuro quandoa operação de reversão é feita deforma errada, ou seja, com aempilhadeira ainda em movimen-to”, diz Almeida.

No caso das empilhadeirascom transmissão hidrostática –ainda segundo ele –, a manutenção

em função da reversão e tambémdas variáveis de operação éeliminada, pois a tecnologia destesequipamentos permite condiçãosegura de operação independenteda agressividade da operação e doperfil do operador.

Marcilio Ribeiro dos Anjos,gerente de vendas de peças daMapel – Manutenção PeçasEmpilhadeiras (Fone: 193278.1822), também diz que peçascomo rolamentos, reparos e filtrosnão-originais são os mais substituí-dos, devido a sua vida útil sermenor. Além disso, ainda de acordocom ele, os filtros e os reparos dosistema de gás são os maistrocados nas revisões devido àsimpurezas do GLP disponível nomercado. “O GLP fornecido nosbotijões P-20 contém muita sujeira,com uso acima da vida útilpermitida. Há exceção quando sãofixos e o GLP é abastecido em PitStop”, completa.

Mauro Chiavoloni de Andrade,gerente de pós-vendas da ToyotaMaterial Handling MercosurComércio de Equipamentos (Fone:11 3511.0437), fecha este assuntodizendo que quando ocorre o usoindevido ou deficiência demanutenção, pode ocorrerdesgaste em itens feitos para durarmuito, como garfos, correntes,motor e transmissão.

T ão vitais na movimentação earmazenagem de materiaisquanto os caminhões o são

para a logística, as empilhadeirastambém apresentam peças quesofrem mais desgastes que outras.Mas, há meios de se evitar estedesgaste. Estes são alguns dositens desta matéria especial darevista LogWeb.

DesgasteSão várias as causas dos

desgastes das peças das empilha-deiras: em decorrência do uso, porquebras, fim de vida útil ou, ainda,por falta de manutenção.

“Não é correto classificar aspeças em de maior ou menordesgaste, e sim peças de desgastenatural e outras que sofremdesgastes excessivos devido àscaracterísticas da operação ao qualo equipamento é submetido.Exemplos: baixo nível de qualifica-ção dos operadores, instalações episos não apropriados e irregularese a não manutenção preventivaespecializada, ou seja, planejadacom peça não original e mão-de-obra não treinada pelo fabricantedo equipamento”, aponta MauricioZwecker, gerente do departamentode peças da Still (Fone: 11 4066.8100).

“Manutenção bem feita, usandopeças originais, evita desgastes”

Peças que mais sofrem desgastes (de forma geral)

✔ Alternadores✔ Amortecedores✔ Articulações✔ Bomba d�água✔ Bomba hidráulica✔ Cabo de Ignição✔ Cabo de acelerador✔ Cabo de vela✔ Chicotes elétricos

✔ Conjuntos de freio✔ Contatos elétricos✔ Correias✔ Coxins✔ Eixo direcional✔ Escovas dos motores✔ Filtros✔ Lâmpadas (farol e ré)✔ Lonas de freio

✔ Mangueiras✔ Motor de partida✔ Pinos e buchas dos terminais

de direção✔ Pneus✔ Redutores de gás✔ Refrigeração✔ Reparos do cilindro de eleva-

ção, inclinação e direção

✔ Reparos do GLP✔ Respiros✔ Retentores✔ Rodas✔ Rolamentos✔ Sistema hidráulico✔ Sistema de transmissão

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Como evitarVários são os itens apontados

pelos entrevistados para evitar odesgaste das peças dasempilhadeiras.

Jorge Batista da Silva,responsável técnico da CentralDistribuidora Cascade e Peças paraEmpilhadeiras (Fone: 13 2105.8888),e Rodrigo Ferrarezzo, supervisorcomercial da SMH do Brasil Peçase Equipamentos (Fone: 113205.8555), pensam igual: para eles,o desgaste pode ser evitadoefetuando as manutençõespreventivas e a aplicação correta doproduto, conforme o manual dofabricante.

“O desgaste não pode serevitado, porém pode ser prorrogadofazendo-se as manutençõesperiódicas preventivas, com asubstituição de peças de desgastenaturais e com a devida lubrificaçãoe engraxamento de todas as partesvitais e necessárias para tal”,completa Carlos Fernandes, diretorcomercial da Coparts Comercial dePeças e Serviços (Fone: 112633.4000).

Pensamento semelhante temJoão Lourenço Rodrigues,supervisor de vendas de peças eserviços da Somov (Fone: 113718.5031). Também para ele, odesgaste não pode ser evitado,porém, pode ser minimizado atravésda utilização de peças originais,“que oferecem maior resistência àfadiga, melhor desempenho e maiorvida útil, proporcionando a melhorrelação custo/benefício”.

Zwecker, da Still, concorda:utilizando peças originais e mão-de-obra especializada – treinada pelofabricante –, o nível de desgaste éaté 10 vezes menor quandocomparado a um serviço paralelo –peças sem origem e qualidade emão-de-obra sem treinamento eequipamento de manutençãoinadequado.

“Podemos citar também queevitar desgastes precoces empeças e equipamentos é investir emprogramas de treinamentosoperacionais – disponíveis emalguns fabricantes ou nas assis-tências técnicas credenciadas pelomesmo – e na contratação de mão-de-obra especializada paraprestação de serviços de manuten-ção preventiva/corretiva”, diz ogerente do departamento de peçasda Still.

Andrade, da Toyota, lembra quea manutenção bem feita, utilizandopeças originais e os lubrificantesrecomendados, trocados nos prazosrecomendados pelo fabricante,além do uso da empilhadeira dentrodos seus limites de capacidade decarga e em ambiente apropriado,são os elementos mais importantespara evitar desgastes precoces.

Além destes, Fernando Ribeiro,gerente geral da MovelevAssessoria, Serviços e Comércio deEquipamentos (Fone: 11 6421.4545),cita treinamentos dos operado-res, manutenção dos pisos,manutenção e cuidados com asbaterias nos equipamentoselétricos.

Jean Robson Baptista, doDepartamento Comercial daEmpicamp Comércio e Serviços deEmpilhadeiras (Fone: 19 3246.3113),também lembra que as peças têmum tempo de vida útil, e que amelhor maneira de prolongar estetempo é ter cuidados com aoperação, implantar uma manuten-ção preventiva eficaz e buscarmelhorias no ambiente – melhoriasno piso, limpeza e iluminação, porexemplo.

“A conscientização é a melhorarma: através dela pode se chegarà melhoria de piso, segurança naoperação e treinamento, mas éválido lembrar que o desgaste énatural de qualquer veículoautomotor”, acrescenta MarioTenório, gestor de pós-vendas daAesa Empilhadeiras (Fone: 113488.1466).

Paschoal Aragão Palermo,gerente de pós-vendas daJungheinrich Lift Truck (Fone: 114815.8210), também afirma que odesgaste pode ser evitado com aconscientização de todos:vendedores, usuários e operadores.Segundo ele, não se pode esperar

que uma empilhadeira elétricaequipada com rodas revestidas depoliuretano opere sem problemasem pisos não adequados.

Quanto a este último item,Celino Luiz Tirloni, diretor comercialda Marcamp Equipamentos (Fone:19 3772.3333), diz que o desgastepode ser evitado recuperando-se opiso para a aplicação específica eutilizando-se a empilhadeiraadequada para a função.

J. Ary Leme, gerente de pós-venda da Skam EmpilhadeirasElétricas (Fone: 11 4582.6755),lembra que algumas peças têm suavida útil definida sem grandespossibilidades de alteração, como

é o caso do revestimento dasrodas; os conjuntos de reparo sãofavorecidos com a constantelimpeza do equipamento; rolamen-tos, correntes, pinos e articulaçõesdevem ser lubrificados de acordocom a recomendação do fabricante;componentes da tração, caixas deengrenagem, diferenciais e demaisconjuntos de força devem ter seusfiltros e óleos também substituídosperiodicamente.

Castello, da Castell, informaque, quanto aos itens do sistemaelétrico, é fundamental a atençãona manutenção da bateriatracionária, que não deve sersubmetida a descarga profunda eprecisa sempre estar em condiçõesadequadas de trabalho – “uma boamanutenção da bateria tracionárianão comprometerá os demaiscomponentes elétricos”, diz.

Em relação aos itens mecâni-cos, como rolamentos, transmis-são, mangas e eixos direcionais,um sistema de manutençãopreventiva e eventual lubrificaçãodos itens de acordo com osmanuais dos fabricantes permitirámaior vida útil, completa o diretor.Já Goldschmidt, da Clark, apontaque o fator mais importante é aoperação da empilhadeira. Deacordo com ele, este fator é tãoimportante que a diferença entreuma máquina bem operada e umamal operada pode chegar a 25% amais nos desgastes,obviamente prematuros.

Peças não-originaisA exemplo do que ocorre no

mercado automotivo, no deempilhadeiras também existem aspeças não-originais? Elas acarretamalgum problema?

O gestor de pós-venda da Aesainforma que existem peças paralelasneste setor sim,mas é importantesaber que utilizando peças originaiso desgaste será muito menor, umavez que estas peças foram desenvol-vidas com tecnologia apropriada aoequipamento, dando maior autono-mia e oferecendo menor risco naoperação.

Goldschmidt, da Clark:máquina mal operada pode ter25% a mais de desgaste

Fernandes, da Coparts:“o desgaste não pode ser evitado,mas prorrogado”

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Rodrigues, da Somov, salientaque, de fato, neste setor, aexistência de peças não originaisoferecidas pelo mercado paralelo égrande. Porém, ele alerta que osusuários devem tomar cuidadosespeciais ao adquirirem estaspeças, principalmente paraaplicação em componentes quepodem comprometer diretamente asegurança do equipamento. “Aspeças não-originais prejudicamseriamente o equipamento quantoao seu desempenho, disponibilida-de e produtividade, aumentando ocusto/hora”, diz o supervisor. “Semcontar que estas peças podemcomprometer a vida útil decomponentes valiosos. Porexemplo, um simples filtro de óleode transmissão de baixaqualidade pode comprometer todoo sistema de transmissão”,

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Castello, da Castell:é fundamental a manutençãoda bateria tracionária

Zwecker, da Still: treinamentoevita desgaste precoce em peçase equipamentos

NotíciasRápidas

acrescenta Vieira, da Bauko.Definindo estas peças não-

originais como “de segunda linha”,Silva, da Central DistribuidoraCascade, diz que os maioresproblemas que causam estãorelacionados à segurança. “Porexemplo, motor de partida falha,lonas de freio baixam o pedal ebombas d’água esquentam osmotores”, alerta.

Edson A. Silva, diretor comercialda Cravmaq Comércio de Equipa-mentos (Fone: 16 3951.1240),também lembra que as peças não-originais podem acarretar sériosriscos para a segurança doequipamento e do operador, como,por exemplo, uma peça de máqualidade instalada na torre podeocasionar um grave acidente.

“Infelizmente, nem sempre ofabricante mantém estoque de

todas as peças, levando o cliente aadquirir no mercado paralelo”,avisa.

Castello, da Castell, tambémlembra que os problemas estãointimamente ligados à qualidadeda produção e do comprometimen-to com as características originaisde cada equipamento. A aquisiçãoatravés de fabricantes que tenhamcomprometimento com a qualidadee que possam ser rastreadaspermitirá que os eventuaisproblemas com estas peçaspossam ser corrigidos adequada-mente, segundo ele.Baptista, da Empicamp, tambémexplica que em muitos casos acha-se no mercado peças que ofornecedor diz ser igual à original,pela metade do preço, mas quandoo cliente faz o controle de horas deoperação, verifica que a peça nãodura nem um terço do tempo daoriginal. “A diferença disso sempreé o cliente que paga pois, além detrocar a peça novamente, perde aprodutividade por ter o equipamen-to parado”, diz ele.

Almeida, da Linde MH Brasil,diz que as peças originais seguemas características fundamentais doprojeto, porém alguns itensparalelos apresentam característi-cas similares – o problema é saber,com total certeza, se essas peçasparalelas não comprometerão orendimento ideal do equipamentoou se terão a mesma capacidadeda original. “Um exemplo muitotípico é com relação à utilização defiltro para o óleo hidráulico, poismuitas vezes eles são escolhidospor suas dimensões e não sãoobservados a sua capacidade devazão ou o tamanho das partículasfiltradas, podendo vir a danificaralguns componentes como bombase válvulas de comando, que sãodezenas de vezes mais caros queos filtros.”

Zwecker, da Still, expõe queexistem peças com maior nível detecnologia embarcada, peças comalto nível de investimento paraserem produzidas, peças desegurança, desgaste e manuten-ção, carroceria, mecânica, etc.Segundo ele, o que há de comumem todas as peças é a sensação deconfiabilidade/confiança que o

produto tem para o usuário final.“A peça original sempre tem

este alto nível de qualidade econfiabilidade reconhecido pelousuário final. Agregados a esteserviço estão a experiência,tecnologia e desenvolvimento dofabricante do equipamento original.A peça não-original tem o apelo nofator preço como diferencial, nãotendo controle de qualidade naescolha de sua matéria-prima,processos de fabricação precários,nenhuma inspeção final ebaixíssima tecnologia embarcada.A conseqüência natural deequipamentos cada vez maissofisticados com peças não-originais são os efeitos colateraisirreversíveis, ou até osucateamento precoce destesequipamentos.”

Na contramão destas opiniõesestá Tirloni, da Marcamp. Segundoele, não se discute que a utilizaçãoda peça original, ou a peçaindicada pelo fabricante, é a maisindicada, porém existem peçasnão-originais com excelentequalidade que podem ser utiliza-das. “O que eu creio ser um grandeproblema é a utilizaçãoindiscriminada de peças não-originais, pois existem conjuntosdas empilhadeiras que requerem apeça original para que outraspartes não sejam afetadas.Normalmente, o usuário deempilhadeira não tem estainformação de quando deve utilizara peça original e coloca muitaspeças não-originais que acabamgerando um custo maior namanutenção de sua empilhadeira”,avalia.

Pela mesma linha de raciocíniosegue Ferrarezzo, da SMH doBrasil. “As peças alternativas, ouseja, não-genuínas, não geramproblemas desde que sejamadquiridas de empresas idôneascom padrões de qualidade,credibilidade e que fornecemgarantia aos produtoscomercializados”, completa. ●

Emirates SkyCargoobtém sucesso notransporte aéreo decarga no BrasilHá pouco mais de seis meses,a Emirates SkyCargo (Fone: 113151.3940) inaugurou seu vôosem escala ao Brasil, com seisfreqüências semanais emBoeing 777-200LR, a partir deSão Paulo, abrindo um canalde exportação para asempresas sul-americanas.“Hoje, quando o índice deocupação de carga ultrapassa70%, exportadores e importa-dores de ambos os lados domundo estão aplaudindo onovo serviço”, afirma RamMenen, vice-presidente sêniorde carga. Ainda segundo ele,“desde o início das nossasoperações já transportamosmais de dois milhões e meiode quilos de carga entre SãoPaulo e Dubai”. Do hub daempresa em Dubai, a cargabrasileira é transportadaadiante pela malha de rotas,ligando os exportadores nãoapenas ao Oriente Médio, mastambém a destinos na China,na Índia, no Japão, naAustrália e em toda a macro-região da Ásia e do Pacífico.

CBL ampliacapacidade de cargano Porto deParanaguáA Companhia Brasileira deLogística – CBL (Fone: 413221.0707), um dos 10armazéns concessionados queoperam no Porto deParanaguá, PR, instalou umnovo desvio ferroviário queaumentou a capacidadenominal de descarga de 110para 200 vagões/dia. O novodesvio foi implantado emparceria com a ALL e, segundoWashington Viana, gerentegeral da CBL, esta ampliaçãono desembarque agiliza asoperações e reduz custos ematé 10%. “Hoje, 60% dosgrãos que recebemos aquichegam em trens, contra 40%em caminhões. No anopassado esta proporção erainversa.”

Vieira, da Bauko: utilização emanutenção determinam odesgaste da empilhadeira

Tenório, da Aesa:conscientização é a melhor armapara evitar desgastes

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Terminal frigoríficodo Porto deNavegantes serálançado em agostoA Portonave (Fone: 472104.3300), administradorado Porto de Navegantes, SC,informa que o Iceport –Terminal Frigorífico deNavegantes será lançadoem agosto próximo.Segundo o diretor superin-tendente administrativo daPortonave, Osmari deCastilho Ribas, trata-se domaior centro de armazena-mento, manuseio, distribui-ção e consolidação de cargafrigorificada próximo a umcais no Brasil. O Iceport teráárea de 50.000 m2, capaci-dade de movimentação de16.000 posições/paletes ede estocagem de 18.000toneladas. “A aposta é queo aumento das exportaçõese da demanda internacionalfaçam do Iceport um pólo deescoamento da produção decarnes, aves e peixes deSanta Catarina, Rio Grandedo Sul e Paraná. Vamos suprirtambém parte da carência deestocagem de produtoscongelados enfrentada hojepelo país”, diz ele.

Novo produto daLiberty Segurosoferece segurançaao embarcadorO Liberty Transporte SemFronteiras, novo produto daLiberty Seguros (Fone: 114004.5423), traz soluçõesde segurança aoembarcador, oferecendocobertura total (all riscks)para bens e mercadoriasimportadas e exportadas.Com foco nos países doCone Sul – Argentina,Brasil e Chile – e atuandonos modais aquaviário,terrestre e aéreo, o novoproduto “garante umatendimento ágil, prestadodiretamente pela Liberty, epagamento de indenizaçãoem qualquer um desses trêspaíses”, explica Luis Carlosdos Santos, diretor detransporte da empresa.

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Empilhadeiras

Manutenção: condições de operaçãoinfluenciam nos custosO CUSTO DA MANUTENÇÃO DE EMPILHADEIRAS TAMBÉM É DETERMINADO POR HORA DE TRABALHO, QUALIFICAÇÃODOS OPERADORES, DESCASO COM O EQUIPAMENTO, AMBIENTES SEVEROS, LUBRIFICANTES E FILTROSINADEQUADOS, ENTRE OUTROS FATORES.

R$ 100,00, seu custo hora será deR$ 0,10. Já um outro filtro quecusta R$ 150,00, porém suasubstituição é feita a cada 3.000horas, terá um custo hora deapenas R$ 0,05, ou seja, aeconomia será de 50% no custototal da manutenção”, detalha.

Segundo Almeida, também éimportante lembrar que quantomaiores os intervalos em horasentre as trocas, menores serão asquantidades de intervenções e oscustos de mão-de-obra e despesascom deslocamento do técnico,além de aumentar a disponibilida-de do equipamento em operação.

Para Luiz Henrique Camargo,supervisor de pós-vendas da Clark(Fone: 19 3881.1599), um outroponto que pode aumentar oudiminuir os custos é a qualificaçãodos operadores. “Pessoal treinadoe devidamente habilitado reduzcustos com ações preventivasligadas à rotina do equipamento –calibragem dos pneus, verificaçãodos níveis de água e óleo, inspeçãovisual – que, muitas vezes, énegligenciada por inexperiência oudescaso”.

Já na opinião de CarlosFernandes, diretor comercial daCoparts Comercial de Peças eServiços (Fone: 11 2633.4000), omaior fator para o aumento docusto de manutenção é, semdúvida, a falta de manutençãopreventiva, a lubrificação e odescaso com o próprio equipamen-

to, “pois muitas vezes o própriousuário não permite a parada daempilhadeira para a manutençãopreventiva porque o equipamentoestá superatarefado, não permitin-do a devida manutenção pelostécnicos”.

Concorda com ele CarlosEduardo Rossi Kiss, supervisor deserviços técnicos da Somov (Fone:11 3718.5144). “Se a manutençãopreventiva não é feita nosintervalos regulares descritos nomanual do fabricante, e de formaadequada, a vida útil de componen-tes, como motor e transmissão,tende a diminuir drasticamente”,diz. Para o entrevistado, tambémsão elementos determinantes parao custo por hora de manutenção deuma empilhadeira: operaçãoinadequada do equipamento,empilhadeiras que trabalham empisos irregulares e ambientesseveros de operação.

Falando nisso, FernandoRibeiro, gerente geral da MovelevAssessoria, Serviços e Comércio deEquipamentos (Fone: 116421.4545), diz que “muitasoperações erradas acarretamcustos de manutenção altíssimos.Altos custos de mão-de-obra e depeças são decorrentes, muitasvezes, mas muitas mesmo, deoperações erradas, de carregamen-tos e trocas de baterias erradas, depisos ruins, de desleixo e mautreinamento dos operadores.Equipamentos não apropriados àoperação também elevam o custode manutenção. Muitas vezes setem um ótimo equipamentodisponível, mas que dá muitosproblemas, decorrentes de nãoser o correto para a operação”,declara.

De acordo com MauricioZwecker, gerente do departamentode peças da Still (Fone: 114066.8100), os fatores quedeterminam o custo de manuten-ção são mão-de-obra utilizada(qualidade e tempo) e nível dequalidade dos materiais a seremutilizados na manutenção, mas oprincipal é o tempo do equipamen-to parado para manutenção.

“Um péssimo hábito é seenganar economizando em peçasnão-originais e mão-de-obra nãotreinada pelo fabricante (autoriza-da). Não há segredo ou mágica,peças não-originais e mão-de-obranão-treinada pelo fabricante

acarretam um elevadíssimo custode manutenção”, complementa.

Como o custo de manutençãovaria conforme muitos fatores,Mauro Chiavoloni de Andrade,gerente de pós-vendas da ToyotaMaterial Handling MercosurComércio de Equipamentos (Fone:11 3511.0437), considera que sejanecessário estar atento a todoseles para não acabar gastandomais do que o justo. Por exemplo,piso excessivamente áspero, rodarcom calibragem baixa ou usarpneus recondicionados causamdesgaste precoce dos pneus eaumento do consumo, lubrificantese filtros inadequados causamconsumo excessivo de gás, etc. “Omais crítico é o uso indevido doequipamento, como excesso decarga e operações inadequadas,que levam ao desgaste precoce oumesmo à quebra de componentes”,salienta.

Os entrevistados destamatéria especial doLogWeb descrevem

diversos fatores que determinam ocusto da manutenção deempilhadeiras, além de apontaremse é melhor fazê-la com pessoalpróprio ou contratar terceiros. Elestambém contam como é possívelestimar gastos.

Custo damanutenção

Para Mario Tenório, gestor depós-vendas da Aesa Empilhadeiras(Fone: 11 3488.1466), o custo demanutenção é determinado atravésde horímetro (tempo de trabalho),idade do equipamento, condiçõesde uso e perfil do condutor.

Especificamente sobre custopor hora, Wilson Vizeu de Almeida,gerente geral da Linde MH Brasil(Fone: 11 3604.4755), diz que jáestá comprovado que esta é aforma correta de se avaliar ecomparar os custos de manuten-ção, e não por valores unitários daspeças e valor hora/homem da mão-de-obra aplicada. “O custo por horaé calculado com base no valor totalgasto com peças e mão-de-obra,dividido pelo número de horastrabalhadas durante o períodoavaliado. Como exemplo, se umdeterminado filtro deve sersubstituído a cada 1.000 horas detrabalho e seu custo é de

Cinco fatores que determinam os custos da manutenção

1 2 3 4 5Manutenção preventiva: indicadapelo fabricante e necessária para alongevidade da empilhadeira. Se nãoexistir a manutenção preventiva,certamente a empilhadeira deixaráde ter garantia do fabricante e seucusto de manutenção corretiva serámuito elevado.

Manutenção corretiva: conseqüênciado uso do equipamento. Se o equipamen-to é utilizado conforme a especificaçãotécnica do fabricante, manuseado poroperadores treinados e obedecidos osaspectos técnicos operacionais, estecusto é muito pequeno, desde que sejafeita a manutenção preventiva.

Aplicação dasempilhadeiras:a corretaespecificação daempilhadeira emsua aplicaçãominimiza o custo demanutenção.

Piso: a irregulari-dade nos pisosgera um custo demanutenção muitoelevado, pois aempilhadeira éinimiga de pisosirregulares.

Serviço autorizado: a qualidadedo serviço, a disponibilidade demão-de-obra e a menor distânciaentre o usuário e o serviçoautorizado também afetam oscustos de manutenção, isto semfalar das conseqüências doequipamento parado.

Fonte: Marcamp Equipamentos

Camargo, da Clark: qualificaçãodos operadores aumenta oudiminui os custos

Kiss, da Somov: a empresaterceirizada é especialista noserviço de manutenção

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Terceirizar amanutenção é oideal?

É melhor fazer a manutençãocom pessoal próprio ou contratarterceiros? É unânime entre osentrevistados que o ideal é semprecontratar terceiros especializados eatualizados em todos os procedi-mentos para a perfeita manuten-ção, mas se a empresa mantiverum técnico especializado etreinado pela fábrica, também podeser uma opção.

“Nos equipamentos maissimples, a manutenção pode serfeita por pessoal próprio, desdeque treinado e preparado. Nosequipamentos mais complexos,somente os serviços autorizadosdos fabricantes são confiáveis,pois somente a eles oferecemtreinamento completo visando cadatipo de equipamento”, explicaRibeiro, da Movelev.

No entanto, pelo lado financei-ro, Tenório, da Aesa, aponta que ocusto em manter uma equipeprópria sempre treinada eatualizada é muito alto. “É maisinteressante contratar umaempresa cujo segmento seja demanutenção de empilhadeiras.”

De fato, para Andrade, daToyota, a manutenção própria só éviável para clientes que usemmuitas horas/mês e tenham umafrota de muitas empilhadeiras,como é o caso de alguns locadores.Porém, segundo ele, caso a frotaseja pequena ou não seja utilizadao dia todo, vale a pena estudar aterceirização. “Inclusive com opróprio distribuidor da marca, jáque muitos oferecem contratos demanutenção periódica, quefacilitam muito a vida de empresasque não têm um setor especializa-do em manutenção deempilhadeiras”.

Camargo, da Clark, acrescentaque quando a manutenção, sejaperiódica ou em conseqüência dealguma quebra, é executada porpessoal credenciado do distribuidorautorizado, a intervenção não selimita apenas à troca dos compo-nentes relativos à revisão, mastambém à verificação de outraspartes que eventualmente não sãoobservadas. “Além disso, asinformações coletadas em camposão repassadas às fábricas, queelaboram seus gráficos dequalidade do produto e perfor-mance para melhora dos proces-sos, produtos e serviços. A mão-de-obra terceirizada sem qualifica-ção pode afetar diretamente afuncionalidade do equipamento e,em alguns casos, contribuir parasua indisponibilidade e onerar otempo de parada”, conta.

“A empresa terceirizada é

especialista no serviço, ou seja, temuma estrutura adequada comtécnicos treinados, ferramentalapropriado, aparelhagem de testes ediagnósticos especialmente indicadapara cada tipo de serviço, literaturastécnicas, processos e programas demanutenção preventiva, preditiva ecorretiva, sistemas e softwares decontrole de manutenção”,complementa Kiss, da Somov.

Como estimaros gastos

E agora, como é possível estimaros gastos com manutenção ouestudar a compra de máquinas?

“Para se estimar gasto commanutenção é preciso conhecer aoperação (ambiente de trabalho),criar um plano de manutençãoadequado ao regime de trabalho,utilizar peças confiáveis e contrataruma empresa especializada”, sugereLeandro Vieira, supervisor de vendasde peças e serviços da BaukoMáquinas – Divisão Indústria(Fone:11 3693.9316).

Para ele, o fator determinante desubstituição de uma empilhadeira éseu custo elevado com manutenção.“Deve-se substituir o equipamentoantes de ele apresentar custos altos,como, por exemplo: retífica do motor,conserto do conjunto de transmissão,conserto e troca de componentes datorre. São os três item mais carospara uma empilhadeira”, opina.

Para Marcilio Ribeiro dos Anjos,gerente de peças e serviços daMapel – Manutenção PeçasEmpilhadeiras (Fone: 19 32787.1822),um contrato bem elaborado reduz oscustos de manutenção. “O tamanhoda frota utilizada e os custosadministrativos vão mostrar quandorenovar os equipamentos. Oimportante é ter o menor custo demanutenção com alta disponibilidadede frota”.

Levando-se em conta o históricodos custos de manutenção, adisponibilidade do equipamento parao trabalho e o seu desempenho, épossível determinar a necessidade desubstituição ou não do equipamento,declara, por sua vez, Celino LuizTirloni, diretor comercial da MarcampEquipamentos (Fone: 19 3772.3333).“Sempre temos que lembrar que osequipamentos modernos trazeminovação tecnológica, que resultamem economias de GLP ou energia,além de proporcionarem melhordesempenho operacional.”

J. Ary Leme, gerente de pós-venda da Skam EmpilhadeirasElétricas (Fone: 11 4582.6755),acrescenta que os fabricantesfornecem as estatísticas de manuten-ção com base em horímetro e devemdisponibilizar ao público os preços departes e componentes, para que o

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Custo damanutenção

por valor

Custo altoPara equipamentos que nãosofrem manutenção preventi-va, só efetuam manutençãocorretiva, ou seja, quando amáquina quebra. Utilizaçãoincorreta da empilhadeira,mau uso.

Custo controladoPlano de manutenção conformedeterminação do fabricante,obedecendo aos intervalos depreventivas, apontandooperações incorretas, utilizarpeça original, efetuar manuten-ções grandes, bem comoconserto do conjunto detransmissão antes da falha.

Fonte: Bauko Máquinas

Custo damanutenção

por tipo deoperação

1. Operação Normal: movimentação de material emperíodo de oito horas, em ambiente limpo e superfície de trabalhopavimentada e limpa;

2. Operação Severa: movimentação de material acima dedoze horas, onde a utilização é constante e carga no limite decapacidade do equipamento;

3. Operação Extrema: 24 horas de operação em ambientearenoso com muita poeira, como fábrica de cimento, serrarias elocais de britagem; locais de alta temperatura como siderúrgicase trocas constantes de temperatura como câmaras frigoríficas.

Fonte: Clark

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cliente seja capaz de prever seuscustos e estimar a substituição defrota com o melhor custo-benefíciopara cada tipo de operação.

Ribeiro, da Movelev, lembra

que as empresas especializadasrealizam manutenções programa-das que vão validar as garantiasdos fabricantes; programam asmanutenções preventivas, que

farão com que os equipamentossofram o mínimo possívelmanutenções corretivas comparadas indesejáveis quando aoperação estiver no pico; e

analisam a operação visandodiminuir os custos de manutençãocom rodas, pneus, baterias,componentes eletroeletrônicos, etc.

Camargo, da Clark, acredita que,uma vez bem elaboradas asmanutenções periódicas, elas não sógarantem uma boa utilização daspeças durante sua vida útil, comotambém antecipam problemas, oque reduz sensivelmente os custosde manutenção, tanto corretivosquanto opcionais.

“Quando se nota uma tendênciade aumento constante na curva doscustos de manutenção em virtude doacúmulo das horas trabalhadas,deve-se observar o ponto deequilíbrio para não deixar passar omomento ideal para a substituiçãodesse equipamento por um novo.Esse ponto é obtido quando se podeobter retorno do capital investidosem aumento nos custosoperacionais”, complementaAlmeida, da Linde MH Brasil.

Falando em números, Edson A.Silva, diretor comercial da CravmaqComércio de Equipamentos (Fone: 163951.1240), diz que o clientecomprador deve programar asubstituição de um equipamentonovo sempre com 12.000 horas deuso, “pois, a partir deste, a máquinacomeçará a apresentar problemasdiversos de desgastes, evitando,assim, despesas com reformas emáquina parada”. ●

NotíciasRápidas

DHL Exel inaugurasistema de controlede temperatura nocentro dedistribuição emBarueri, SPA DHL Exel Supply Chain(Fone: 19 3206.2200)investiu em um projeto declimatização de seu Centrode Distribuição em Tamboré– Barueri, SP, de 23.000 m²,destinado ao atendimento daindústria farmacêutica.O sistema adotado aqueceou resfria o ar externo,mantendo a temperaturainterna do CD dentro da faixade 15º e 25 ºC, a umidadesob controle e a pressãopositiva 24 horas x 7 dias dasemana. O novo sistemabeneficiará mais de vintelaboratórios farmacêuticos,atualmente atendidos naunidade. Com isso, osclientes do setor não terão anecessidade de dispor decâmaras frias para armaze-nar produtos com maiorsensibilidade à temperatura.

Braspress realizainvestimentos deR$ 35 milhões noRio de JaneiroA Braspress (Fone: 113429.3262) assinou, noúltimo dia 29 de abril, umcontrato com a DematicSistemas e Equipamentosde Movimentação para ainstalação de um SistemaAutomatizado deEncomendas (Sorter) nonovo terminal que aempresa está construindono Rio de Janeiro e deveráinaugurar no próximo mêsde setembro. O empreen-dimento irá consumirinvestimentos da ordem deR$ 35 milhões, que estãosendo alocados da seguinteforma: R$ 6 milhões naaquisição do terreno deárea total de 41.150 m2;R$ 20 milhões na constru-ção civil; e R$ 9 milhões noSistema Automatizado deEncomendas (Sorter).

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Custom vaiinvestir eminstalaçõesfísicas e TIAtuante na área degestão da logística emcomércio exterior, aCustom (Fone: 115501.3811) apresentouum crescimento de 32%em 2007, sendo que oresultado líquidoapresentou umaevolução de 42%. Jápara 2008 é estimado umaumento de 30% nacapacidade da empresa eno volume de processosmensais. Além disso, uminvestimento de mais deR$ 1 milhão nasinstalações físicas e nabase de equipamentos deTI está planejado.

Brasilmaxiterá Redex emSão PauloA Brasilmaxi (Fone: 116889.6168) estáanunciando que a suamatriz, localizada emSão Paulo, será umRecinto Especial deDespacho Aduaneirode Exportação (Redex)– o único na cidade,segundo a empresa. ORedex Brasilmaxi teráuma área de 40.000 m2

e espera aumentar em50% a movimentaçãode contêineres, quehoje é de 1,750 mil/mês. Outra novidade éque o centro dedistribuição daBrasilmaxi localizadoem Itapevi, SP, acabade ser autorizado eprotocolado pelaAgência Nacional deVigilância Sanitária(ANVISA) para aarmazenagem dealimentos – trata-se deuma unidade com10.000 posições/paletes. Além disso, aempresa vai aumentara área do terminal doRio de Janeiro, com oaluguel de mais umarmazém de 5.000 m2.

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Completando 15 anos de atuação e considerada a maiorempresa de locação de empilhadeiras elétricas noBrasil, a Retrak tem todo o know-how para apresentaralgumas considerações a serem feitas no momento deescolher entre a compra ou a locação de empilhadeiras.

Inicialmente, Fabio D. Pedrão, diretor da Retrak, afirmaque são vários os itens a serem considerados nestaocasião. E faz uma pergunta: seus custos de manuten-ção e a disponibilidade de sua frota são satisfatórios?

Neste instante – ainda de acordo com Pedrão –, o clientedeve avaliar se os custos de manter frota própria sãocompetitivos, focando em alguns fatores como montarestrutura para compras de peças e de mecânicos paramanutenção; disponibilizar o capital do investimentoem outro segmento que não seja o seu “core business”;considerar que a depreciação do equipamento é alta eque o custo de manutenção aumenta com o passar dosanos (inversamente proporcional ao valor do equipamen-to), além de um executivo para administração da frota.

Em relação às vantagens da locação sobre a compra daempilhadeira, Pedrão salienta que elas são várias.“O cliente pode dedicar-se ao que ele mais sabe: seupróprio negócio. Também pode saber exatamentequanto custarão seus equipamentos ao longo do tempo– sem surpresas; ter a garantia de disponibilidade doequipamento a qualquer tempo; versatilidade parasubstituir equipamentos devido a variações naoperação; sazonalidade – locar apenas quandoprecisar; e menor custo indireto (compras,estoque, assistência técnica, etc.)”, explica.

Pelo seu lado, Nelson Magni Júnior, gerente comercialda Retrak, informa que o cálculo do custo locação xcompra é personalizado, depende do tipo de movimen-tação do cliente, da quantidade de equipamentos, dosmodelos para as diversas aplicações e da agressividade,ou não, do local de operação, entre outros. “Com essemix, a Retrak tem base para apresentar a melhorsolução para o cliente.”

Informe Publicitário

Alugar empilhadeiraé a melhor solução.

A Retrak provaCom a experiência de quem está completando 15 anos de atividades no segmento de locação de empilhadeiras,

a Retrak mostra que locar ainda é mais vantajoso do que adquirir uma máquina.

Vários tipos

Aproveitando a dica, Pedrão relaciona os tipos demáquinas oferecidos pela Retrak para locação: sãotranspaleteiras elétricas de operador a pé, embarcadoou sentado, empilhadeiras tracionadas de operador apé ou embarcado, empilhadeiras de patola de operadorsentado, empilhadeiras frontais elétricas de 1,5 até2,5 t, empilhadeiras retráteis de 1,25 até 2,0 t,empilhadeiras trilaterais e vários modelos deempilhadeiras a GLP.

No caso das elétricas, segundo Pedrão, os modelosmais locados são as retráteis, porque permitemelevações até 11,5 m em corredores de 2,8 m, e aspatoladas, porque, na sua categoria, proporcionamuma ótima elevação, ao redor de 5,3 m, em corredoresde 2,4 m. São máquinas de fácil manobrabilidade.

No caso das máquinas a combustão, as mais locadassão as de 1,8 até 2,5 t, pela versatilidade de poderemoperar em pisos irregulares e em áreas externas. “Nocaso do aluguel de empilhadeiras novas, trabalhamoscom exclusividade com máquinas Still. Já no que dizrespeito ao aluguel de empilhadeiras seminovas, temosuma frota bastante diversificada e com prazo de entregaimediato. Locamos máquinas novas e seminovas emtodo o Brasil”, afirma o diretor.

Magni Júnior também lembra que quando a Retrakfecha um contrato de locação, isenta a empresa contra-tante de todos os serviços agregados aos equipamentos,como manutenção corretiva e preventiva, compra depeças, reforma e mão-de-obra especializada. “Tudo estáno pacote, aí a principal razão da locação, ondeenfatizamos ‘para uma melhor aplicação, a Retrak tem

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a solução’. Temos uma equipe capacitada para analisarcada operação e propor soluções visando a redução decustos para o cliente”, destaca o gerente comercial.

Pedrão aproveita para destacar o amplo leque de ativi-dades da empresa: “a Retrak nasceu com o objetivo devender empilhadeiras e posteriormente passou a locá-las, em seguida passamos a oferecer operadores e técni-cos residentes para estes equipamentos e atualmenteoferecemos a terceirização completa desta atividadeincluindo técnicos residentes, técnicos para sala debaterias, acessoramos o cliente no projeto e layout dassalas de baterias, além de oferecermos um completogerenciamento. A empresa dispõe de gestores paraadministrar a produtividade dos equipamentos naoperação do cliente, pois o objetivo é oferecer omáximo em disponibilidade e produtividade”.

Outro ponto de destaque nas atividades da empresa é aterceirização da frota do cliente. “Podemos assumir oparque de máquinas dele, substituindo as que não ofe-recem condições de trabalho por máquinas mais novas.Fazemos um levantamento completo dos equipamentose apresentamos ao cliente um cronograma prévio derevisões, reformas e substituições. “Na verdade, nãosão todas as empresas que podem locar equipamentosnovos devido ao custo inicial e neste momento nossaexperiência de 15 anos administrando nossa frota faz adiferença”, explica Pedrão. “Outra modalidade éassumirmos a manutenção do parque de máquinas docliente, disponibilizando, inclusive, mecânicos dedica-dos a este parque de máquinas, já que temos expertisena compra de peças e logística de materiais.”

Ele ressalta, ainda, que os equipamentos se moderni-zam rapidamente. “Ter um parceiro que também érepresentante de um grande fabricante é uma vantagema ser considerada. E destaco: trabalhar com equipamen-tos novos ou seminovos, de última geração e adequa-dos às diversas condições operacionais; garantia desuprimento de peças originais em curto espaço detempo; e mecânicos treinados pela fábrica.”

Aliás, sobre o que é imprescindível para a boa relaçãofornecedor/cliente, Magni Júnior cita qualidade, custoadequado e compromisso com a operação do cliente.“Se o produto de nosso cliente não estiver em seucliente final, ele perderá uma venda e possivelmente ocliente. É isto o que nos motiva e nos estimula amelhorar sempre”, informa o gerente comercial, lem-brando que as empilhadeiras oferecidas pela empresapodem ser vistas em um show-room especial montadona sede da Retrak.

15 anos de atuação

Experiência é tudo. E, ao completar o seu 15º aniversá-rio na área de locação, venda e manutenção deempilhadeiras, a Retrak continua pautada em uma açãoque sempre norteou as suas atividades:o investimento constante.

“Em 2006, compramos 60 máquinas novas. Em 2007,mais 100 empilhadeiras. E, agora, em 2008, estamosadquirindo 150 empilhadeiras”, explica Pedrão, acres-centando que o investimento em equipamentos deveficar em torno de 4 milhões de reais este ano.

O diretor diz que, com estas novas empilhadeiras, alémde aumentar a sua frota, a Retrak está substituindomáquinas seminovas, mas ainda em boas condições deoperação, que estão sendo vendidas. “Ou seja, estamosrenovando, modernizando e aumentando a nossa frota,que hoje conta com 1.200 empilhadeiras, com idademédia de 4 anos”, diz o diretor.

Também investindo no mercado, a Retrak passou aatuar no ano passado no segmento de plataformasaéreas de trabalho. A comercialização se deu emvirtude da crescente solicitação de alguns clientes deempilhadeiras por plataformas. “Por isso, agregamosum novo produto e atendemos a uma necessidade demercado, já que os atuais locadores de plataformasfocam, principalmente, empresas de engenharia,empreiteiras, etc.”, conta Pedrão. A Retrak tem comofoco principal atender à demanda na indústria e nocomércio.

“Como o negócio de plataformas cresceu acima dasnossas expectativas, foi fundada uma nova empresa, aPTA – Plataformas de Trabalho Aéreas (Fone: 112296.8021), e agregado um novo sócio, Miguel Borgesde Almeida. A empresa se dedica à locação e vendadestes equipamentos. Ela começou a operar em marçoúltimo e o aquecimento do setor é tão grande que,segundo Pedrão, as máquinas que chegam sãoprontamente alugadas.

“A confiança neste segmento é muito grande, pois omercado de plataformas aéreas deve crescer muito emrazão, principalmente, das Normas Regulamentadoras(NRs) que controlam o trabalho em altura – chega deelevar o funcionário em gaiolas nos garfos dasempilhadeiras”, diz o diretor.

Com relação ainda a investimentos, a Retrak devechegar este ano à posse de 1.800 baterias. E, em termosde infra-estrutura, a empresa, que hoje está instaladaem um terreno de 22.000 m2, com uma área coberta de6.000 m2, vai ganhar mais 20% de área operacional.“Vamos aumentar a área de oficina e de estoque, alémde concluirmos o projeto de uma área especialmentedestinada ao tratamento de efluentes”, afirma SergioGuimarães, diretor técnico. Neste ponto, ele destacaque a empresa também está dedicada à preservação domeio ambiente, principalmente considerando que estáinstalada em Guarulhos, SP, em meio a uma densa áreaverde. Também vale destacar que o descarte das bateriasé feito junto ao fabricante das mesmas, respeitandotodas as normas da legislação referentes ao trato com omeio ambiente. As instalações onde a Retrak estáinstalada desde 2005 abrigam a oficina de reparos deequipamentos, uma área para baterias especialmenteprojetada para limpeza e manutenção, com caixa pararetenção de líquidos oriundos da lavagem ou devazamentos, e área de limpeza de equipamentos.

Mais investimentos? Também na renovação da frota deveículos de manutenção – hoje, a empresa conta com12 veículos de apoio externo e dois caminhões para otransporte das empilhadeiras alugadas, número quedeve mudar ainda no decorrer de 2008.

E, por último, a área de desenvolvimento de peças paraequipamentos também deverá continuar a receberinvestimentos. Afinal, cada vez mais a Retrak conseguedesenvolver e nacionalizar componentes de máquinasimportadas.

“Com todas estas considerações, acreditamos que aolongo do tempo o cliente irá se convencer que locar émelhor que comprar”, finaliza Pedrão. ❖

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Empilhadeiras

Acessórios atendema várias aplicaçõesGARFOS, GARRAS, COMPUTADORES DE BORDO E CATALISADORES. O QUE ESSESEQUIPAMENTOS TÊM EM COMUM? SÃO TODOS ACESSÓRIOS PARA EMPILHADEIRAS,UTILIZADOS NA OTIMIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM,DE ACORDO COM O TIPO DE CARGA.

processo de fabricação materiaisadequados, com o devido trata-mento térmico, e que orientem aoperação.

No caso dos garfos, VictorCruz, gerente de marketing &vendas da MSI-Forks (Fone: 115694.1000) – fabricante de garfosindustriais para empilhadeiras –,separa a questão em duas partes:procedência e operação.

Do ponto de vista da procedên-cia, é muito importante comprargarfos de empresas idôneas queatendam à norma internacionalISO 2330-2002. Isso garantirá nãosó a durabilidade do produto, comotambém o mais importante: asegurança. A melhor forma deverificar se esse garfo atende aorequisito é verificar na lateral dapeça as seguintes gravaçõesobrigatórias: identificação dofabricante; capacidade de carga emquilogramas a um dado centro decarga em milímetros; e um códigode rastreabilidade.

Do ponto de vista da operação,o mais importante é verificar se ocomprimento da lâmina do garfo éigual ou muito próximo da

dimensão da carga, como tambémse atentar às limitações daoperação. Por exemplo, umdeterminado garfo pode atender àsdimensões da carga, porém suaespessura ou largura impede queele entre no vão do palete – deve-se evitar, dentro do possível, acustomização do acessório garfo,sob risco de dificuldade dereposição e preço elevado.

Cruz acrescenta que hádiferentes acessórios paradiferentes necessidades. “Nomercado brasileiro, praticamente100% das empresas utilizam ogarfo feito para palete, porém,dentro do universo do garfo daempilhadeira, existe uma amplagama de garfos com formas ecaracterísticas muito diferentespara cada tipo de operação. Algunsexemplos são o garfo de chanfrointeiro para fardos ou placas não-paletizadas, garfos invertidos parasacas e garfos de aço inox compropriedades antifaísca e higiêni-cas”, acrescenta.

Para falar sobre o que levar emconta na escolha de um acessório,Enio Heinen, gerente comercial da

Saur Equipamentos (Fone: 553376.9300) – fabricante dealongadores de garfos, aparelhosgiratórios, basculadores frontais elaterais, deslocadores laterais everticais, fixadores, garfos, garrasgiratórias e hidráulicas eposicionadores de garfos, entreoutros – considera o objetivo a sealcançar.

Primeiro, segundo ele, cadaacessório tem sua razão de existire traz consigo benefícios, mastambém pode implicar em algumasperdas. Por exemplo, o carrega-mento de um caminhão com push-pull e carga sobre o slip-sheet(palete em folha) aumenta ovolume de carga transportada porviagem, no entanto o tempo paracarregar o caminhão será maior, secomparado à operação realizadacom palete e garfos naempilhadeira.

Outros fatores a considerar sãopeso e dimensões da carga: se elasuporta pressão lateral ou superiore se pode ser girada invertendo olado superior com o inferior.Também é preciso ponderar osbenefícios que podem ser obtidos ecompará-los com o investimentonecessário. Às vezes, para umacapacidade residual de carga, énecessário aumentar a capacidadeda empilhadeira, a fim de realizardeterminada operação comacessório.

Ainda segundo Heinen, oacessório mais comum é odeslocador lateral de garfos “quepor ser tão útil já vem como‘standard’ de fábrica em diversasempilhadeiras”.

Nas considerações de MarioTenório, gestor de pós-vendas daAesa Empilhadeiras (Fone: 113488.1466) – representante edistribuidora Saur e MSI –, oacessório para empilhadeira é umaferramenta facilitadora para aoperação, “portanto a escolha deveser criteriosa no que diz respeito aomodelo e à marca, e é importante

contar com a assessoria de umprofissional da área antes daaquisição”.

Já Edson A. Silva, diretorcomercial da Cravmaq Comércio deEquipamentos (Fone: 16 3951.1240)– distribuidora de empilhadeiras epeças Hyundai, acessórios Saur epneus Rodaco – faz uma lista dosfatores mais importantes aconsiderar na escolha de umacessório: análise da operação,solicitar técnico para definir o tipode acessório, qualidade do produto,disponibilidade no mercado epreocupação do fabricante com opós-venda. Silva também frisa queé preciso estar atento à adequaçãode cada acessório à exigência dotipo de carga.

Por sua vez, Ramatis PedrosaFernandes, diretor-presidente daCascade do Brasil Distribuidora deGarras e Garfos (Fone: 132105.8800), acredita ser importantena escolha do acessório três itens:qualidade, tecnologia e design.

“Os acessórios ‘personalizam’as empilhadeiras de acordo com asnecessidades de movimentaçãodas empresas, ou seja, a operaçãosó é feita da maneira correta seestiver com o equipamentoadequado”, expõe.

A Cascade é fabricante degarfos e acessórios para movimen-tação de cargas em empilhadeiras,como garras para bobinas de papel,deslocadores laterais, duplosposicionadores de garfos, push-pulls, selecionadores de camadas erotators, entre outros. Inclusive,está lançando o Single DoubleSérie G, um posicionador de garfosduplo que tem como principalobjetivo o aumento da produtivida-de, pois permite a movimentaçãode um ou dois paletes simultanea-mente, reduzindo em até 50% otempo da operação, garanteFernandes. “O equipamentoproporciona economia de gastos,pois elimina os custos de umasegunda empilhadeira, como:operador, combustível, manuten-ção, avarias e tempo ocioso”.

Antes de falar em comoescolher corretamente,convém estabelecer o

conceito de acessórios paraempilhadeira. É neste ponto quetoca Renato Martin Gruhl, diretorda Altmann & Cia (Fone: 473461.0300), fabricante de garfosespeciais e convencionais paraempilhadeiras, prolongadores degarfos, pinos de carga, clampsretos e ganchos para transporte debobinas.

“Os acessórios são dispositivosacopláveis à empilhadeira paraauxiliar na movimentação decargas. Eles são divididos entre osque podem ser adquiridosdiretamente do fornecedor daempilhadeira e os que não são delinha normal de fabricação”,explica.

Gruhl diz que, normalmente, ofabricante fornece os garfos, quesão projetados e dimensionadosespecificamente para o fim a quese destinam, mas que existemacessórios não disponibilizadospelo fabricante por razões diversas,que também facilitam imensamen-te as atividades de movimentação:garfos com comprimentosespeciais, garras para os diversostipos de carga, prolongadores epinos de carga, entre outros, quedevem ser projetados e dimensio-nados por fornecedores idôneos,que levem em consideração todosos aspectos técnicos de operaçãofornecidos pelo usuário, além dosaspectos ergonômicos e desegurança, que utilizem no

O oxicatalizador permite redução do monóxido de carbono

Operador deve estar habilitadopara atuar com a empilhadeirae o seu acessório

O acessório é uma ferramentafacilitadora da operação

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Segurança“O acessório garante a segurança da

carga e do operador na movimentação”.É o que frisa Fernandes, da Cascade. Defato, Cruz, da MSI-Forks, diz que aescolha do acessório correto e autilização correta do garfo influenciammuito na segurança. “O dimensiona-mento errado do garfo reduz considera-velmente sua vida útil e, em algunscasos, aumenta a chance de acidentes.Na questão da segurança é precisoaumentar a importância da inspeção esubstituição dos acessórios da categoria‘item de segurança’”, salienta. Especifi-camente no caso dos garfos da empilha-deira, Cruz diz que é muito comumverificar máquinas em operação cujosgarfos já passaram do momento desubstituição segura e seguem trabalhan-do. “Isso é um enorme risco, pois umgarfo, quando ultrapassa seu momentoadequado de troca, entra na chamadazona da imprevisibilidade, podendoquebrar a qualquer momento”.

Para Heinen, da Saur, a segurançadas operações pode ser garantida comgarras para bobinas, caixas, fardos outambores, que possibilitam transitar commercadorias firmemente presas e commais velocidade, sem riscos de queda.“No entanto, o sistema hidráulico quealimenta as garras precisa estar bemregulado e sem vazamentos, senãopoderá soltar a carga causando umacidente grave, pois o operador estarátrabalhando de forma mais rápida quecom paletes”, alerta.

Também é necessária atençãoespecial toda vez que se modifica oporta-carga de uma empilhadeira,acrescenta, por sua vez, Tenório, da Aesa,“pois a capacidade residual pode seralterada devido à mudança no centro decarga”.

Todos esses pontos a considerar nasegurança estão ligados a um importan-te fator, destacado por Gruhl, daAltmann: a habilitação do operador.“O único ponto fundamental a seracrescentado é relativo ao operador daempilhadeira, que deve estar devida-mente habilitado e treinado para operara empilhadeira e o seu acessório comatenção, de forma adequada eresponsável, sob risco de, não o

fazendo, provocar acidentes graves”.Silva, da Cravmaq, acredita que, hoje,

a preocupação com a segurança é umitem fundamental para a qualificação dasempresas no mercado. “O nível desegurança oferecido aos funcionários e/ouprestadores de serviços de uma empresapode garantir a conquista de novosclientes e agilidade na operação”, diz.

Outros acessóriosComputador de bordo e catalisador

também são importantes acessórios paraempilhadeiras. Sobre o primeiro item falaAline Mourão, gerente de atendimento aocliente da Blue Tec Industrial (Fone: 193213.5502), empresa que oferece soluçõespara monitoramento e gerenciamento defrota, que inclui desde os equipamentosembarcados, o pacote de software queautomatiza o sistema e analisa os dadose as instalações até a manutenção e osuporte técnico de pós-venda.

“Com computadores de bordo emempilhadeiras pode-se gravar eventoscomo velocidade (frente, ré e reversão),rotação do motor, freadas, horímetro eodômetro e outros específicos, permitin-do cruzamento dessas informações com aidentificação do operador, viabilizando ocontrole das ações. Acelerômetrosinternos registram as oscilações lateraise longitudinais do veículo, medindofreadas e arrancadas bruscas e velocida-de nas curvas, monitorando tendênciasde tombamento do veículo e carga”,conta. Todas essas informações sãoenviadas para uma estação de captura dedados através de transmissão porradiofreqüência, proporcionando, atravésde softwares, a elaboração de relatóriosgráficos para completo gerenciamento dafrota de empilhadeiras e de seusoperadores.

Aline garante que o controle dasações dos operadores previne acidentese oferece maior segurança à operação eà carga que está sendo movimentada.“Os dados gerados pelo computador debordo propiciam ações para uma maioreconomia de combustível e manutenção,aumento de vida útil da frota e padroni-zação na condução dos veículos. Alémdisso, os relatórios embasados pordados gerados por telemetria contri-buem para processos de certificação dequalidade (ISO, por exemplo)”.

Já falando sobre catalisador, oengenheiro Christian Dalgas Frisch,diretor da Dalgas-Ecoltec (Fone: 113814.8000), diz que o uso do equipamen-to é o único modo de eliminar a poluiçãoem uma empilhadeira movida acombustão. “Os catalisadores têmespecial importância nas operações emrecintos fechados, pouco ventilados e noprocesso de certificação ISO 14.001,atendendo à Norma Regulamentadorabrasileira nº 15 (8 horas de trabalhocom nível máximo de monóxido decarbono de 20 ppm)”, descreve.

Estes acessórios podem serinstalados em máquinas a GLP e diesel,para serem utilizados em ambientessemifechados/fechados não-frigori-ficados/ou frigorificados de até -30 ºC.

Especificamente sobre o oxicatali-sador marca Dalgas-Ecoltec de platina/paládio, Frisch conta que a vida útil paramáquinas movidas a GLP é de até 5.000horas; e para diesel é de até 1.500horas. “O oxicatalisador é descartável eatua como cortafagulhas. Quandoinstalado, reduz, dentro das temperatu-ras normais de funcionamento do motor,o monóxido de carbono (tóxico) emdióxido de carbono (inofensivo), pois ogás resultante da combustão interna éoxidado em uma câmara apropriada,queimando as substâncias tóxicasdentro do aparelho. Isso vai permitir um

regime de trabalho de 24horas seguidas, emoperações fechadas,exigindo um mínimo deventilação em ambientesconfinados. E as máquinascontinuam com a mesmaeficiência, capacidade evelocidade de carga”,frisa. ●

Acessórios “personalizam” as empilhadeiras segundo a movimentação

Computador debordo propiciaações paraeconomia decombustível

Garfos devem atender à normainternacional ISO 2330-2002

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Transportes

LC ABC Centro de Montagemapresenta inovação tecnológicaem montagem de pneus

A

mais nova empresa do Grupo LC(Fone: 11 4143.7400), a LC ABCCentro de Montagem, é

especializada no serviço integrado delogística – coleta, montagem de pneus,seqüenciamento e entrega nasmontadoras. Ela foi criada para comple-mentar os serviços oferecidos peloGrupo LC – formado também pelaTranslute, no segmento de transportesrodoviários, pela LC Logística, especiali-zada em serviços logísticos, e pela LTCombustíveis, atuante em distribuição eposto de combustível.

São dois os Centros de Montagemque a empresa possui, localizados emGuaratiba, Rio de Janeiro, e em Itapevi,São Paulo. A escolha dos locais se deuem função da localização dos fabricantesde pneus instalados no país, bem comodas montadoras de veículos, que são osclientes destinatários deste processo,conforme relata o diretor da empresa,Severino Donizetti Brainer. Atualmente, aLC ABC presta este tipo de serviço paraalguns fabricantes de pneus e entrega(Just-in-Time – JIT) para váriasmontadoras de veículos.

Os Centros de Montagem comcapacidade para 600.000 montagens porano demandaram investimentos naordem de dois milhões de reais, somenteem equipamentos – dentre estes estãomontadoras, balanceadoras, medidoresde run-out e sistemas de inflagem

automáticos fabricados pela Coats (USA)Opto-laser e Armonas, com altatecnologia. “Vale destacar também osinvestimentos realizados em TI, quegarantem a rastreabilidade absoluta e orespectivo controle estatístico doprocesso”, lembra Donizetti, frisando quea gestão da rastreabilidade dos itens érealizada pelo próprio WMS –Wharehouse Management System.

“O Centro de Montagem faz parte daestratégia de negócios do Grupo LC. Como nosso objetivo de ‘Mover e Integrar osNegócios’ buscamos alternativas para osserviços de logística com maior valoragregado”, declara o diretor.

Empresa é especializada na coleta, montagem, seqüenciamento e entrega de pneusnas montadoras

Os Centros de Montagem demandaram investimentos de dois milhões de reais,somente em equipamentos

ProcessoPara a montagem e o seqüencia-

mento de pneus e rodas, a LC ABCrecebe uma programação semanal/diária, contemplando as quantidades eos clientes a serem atendidos. O líder daoperação efetua a configuração geral dalinha conforme programação, adequandomaquinários e ferramentas para o tipo depneu e roda a serem montados, explicaDonizetti.

De acordo com as prioridadesestabelecidas pelos clientes, a empresarealiza a movimentação dos componen-tes e insumos para a área de abasteci-mento das linhas de montagem.

Realizada a montagem dos conjun-tos, esses são encaminhados para ainflagem, simultaneamente. Após esteprocesso, o conjunto segue para arealização do balanceamento e run-outradial e lateral. Nestas etapas sãocoletadas todas as informaçõesreferentes aos conjuntos, que sãoregistradas no sistema para posterioranálise de processo.

Finalizado o run-out, os conjuntossão encaminhados para o posto deinspeção final, onde se verifica amontagem, o sentido e a posição derodagem, o aspecto da roda e a pressãode inflagem, de acordo com os parâ-metros de processo estabelecidos pelosclientes. Os conjuntos aprovados peloinspetor de qualidade são encaminhadospara os teste de estanqueidade e,posteriormente, identificados através deetiquetas, paletizados em kit´s de 7 ou 8conjuntos, cintados e encaminhados paraa área de expedição, de onde sãoenviados (transporte JIT) para asmontadoras. Todo o processo é contro-lado passo a passo através de coletoresde dados, com tecnologia deradiofreqüência. ●

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31 | edição nº75 | maio | 2008 | Logweb

NotíciasRápidas

Datasul abrenovo canaldedicado agerenciamentode conteúdoA Datasul (Fone: 473802.8019),multinacionalbrasileira desoftwares de gestãoempresarial integra-da, anuncia o novocanal de vendasdedicado à solução deECM (EnterpriseContent Management)para atenderempresas de médio egrande porte em todaa América Latina. Anova franquiavocacionada temcomo objetivoacelerar o crescimen-to da companhianesse mercado. Elanasce com umaexperiência de 10anos de atuação, commais de 900 projetos,estruturados emsoluções de ECM daDatasul, em clientesdos mais variadossegmentos. Entre suacarteira de clientesestão as empresasGrendene, Bauducco,Unimed, Vipal eCopesul.

Logimasterscompleta10 anosA Logimasters (Fone:19 3825.6100) – que fezrecente fusão com aempresa alemãDachser – estácomemorando 10 anosde atividades. Aempresa localizada nacidade de Indaiatuba, ade 3 km do Aeroportode Viracopos e a 15 kmde Campinas, em SãoPaulo, conta com infra-estrutura de armazena-gem e manuseio dequalquer tipo de carganuma área de aproxi-madamente 5.000 m2.

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32 | edição nº75 | maio | 2008 |Logweb

Veja a agenda completado ano de 2008 no portal

www.logweb.com.br

AgendaJunho 2008

Feiras, Simpósios,Conferências e Congressos:

Fispal Tecnologia 200824ª Feira Internacional deEmbalagens e Processos

para as Indústrias deAlimentos e BebidasPeríodo: 3 a 6 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: Brasil TradeShowsInformações: www.btsp.com.br

[email protected]: (11) 3234.7725

Logisvale – Simpósio eFeira de Logística e

Comércio Exterior do Valedo Paraíba

Período: 18 e 19 de junhoLocal: São José dos Campos – SP

Realização: ManquimInformações:

[email protected]

Fone: (19) 3243.1186

XIV Logística Empresarialpara Alta Gerência

Período: 22 a 27 de junhoLocal: Mangaratiba – RJ

Realização:CEL - Coppead/UFRJ

Informações:joomla.coppead.ufrj.br/port/[email protected]

Fone: (21) 2598.9812

Navalshore 2008 – V Feira eConferência da Indústria

Naval e OffshorePeríodo: 25 a 27 de junhoLocal: Rio de Janeiro – RJ

Realização: Editora MultimídiaInformações:

[email protected]

Fone: (21) 2283.1407

Encontro:

III Encontro de Executivosde Logística & Supply Chain

Período: 25 a 27 de junhoLocal: Mangaratiba – RJ

Realização:CEL - Coppead/UFRJ

Informações:joomla.coppead.ufrj.br/port/[email protected]

Fone: (21) 2598.9812

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33 | edição nº75 | maio | 2008 | Logweb

Seminário:

27º Seminário deLogística – PCP,

Suprimentos e TransportesPeríodo: 18 e 19 junho

Local: Porto Alegre – RSRealização:

ABM – Associação Brasileirade Metalurgia e Materiais

Informações:[email protected]

Fone: (11) 5534.4333

Cursos:

Tecnologias de SistemasAplicadas ao Transporte

de CargasPeríodo: 4 a 7 de junhoLocal: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 6632.1088

Técnicas e Métodos deSeparação de Pedidos

Período: 6 de junhoLocal: Salvador – BA

Realização: Norte ConsultoriaInformações:

www.norteconsultoria.com/agend2008/agend2008.htm

[email protected]: (71) 3379.1525

Gestão Comercial emEmpresas de Logística

e TransportesPeríodo: 18 de junho

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Logística Integradade Suprimentos

Período: 20 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: ElimarInformações:

[email protected]

Fone: (11) 4797.2172

Desenvolvimento dePlano de Rigging na

Construção CivilPeríodo: 26 e 27 de junho

Local: Belo Horizonte – MGRealização: Coopertec –

Cooperativa de TecnologiaOrganizacionalInformações:

[email protected]

Fone: (31) 3278.2828

Negócio Fechado

Parmalat e Leite Nilza integram-se ao Grupo Imediato

Duas grandes empresas do mercado de lácteos passam a fazer parte da cartela declientes do Grupo Imediato (Fone: 16 2102.9199): a Leite Nilza, considerada líder nosegmento de leite UHT no mercado paulista, e a Parmalat. A parceria foi anunciada nomês de fevereiro e já começou a ser colocada em prática nas estradas do país.

Para atender a este novo mercado, a solução logística desenvolvida abrangeu aimplantação de uma forma especial de transferência de cargas, em que o produto finalsai diretamente da fábrica com destino certo: os Centros de Distribuição.

Com fábricas em Frutal, SP, e Santa Helena de Goiás, GO, locais-sedes queconcentram a produção de leite longa vida da Parmalat, o produto será transportadodestes pontos para o CDD (Centro de Distribuição Direta) em Jundiaí, SP, abastecendo,posteriormente, o mercado em São Paulo.

A fábrica da Leite Nilza de Ribeirão Preto, SP, que realiza vendas diretas paramercados, hipermercados e abastece estabelecimentos na capital e Grande São Paulo,ainda não faz parte da rota do Grupo Imediato.

Com a consolidação desta nova forma de distribuição, o próximo passo será oinvestimento em customização da frota, contratação de funcionários e estratégiaseficazes e ágeis de transporte.

Mesquita é incorporadaà Santos Brasil

Iniciando o ano com novidades, a Mesquita Soluções Logísticas (Fone: 114393.4900), que atua desde a área de comércio exterior até a de logística de distribui-ção, foi incorporada à Santos Brasil Participações – o maior terminal de contêineres daAmérica Latina. Com a integração, a operadora logística passará a atuar como oprincipal vetor de expansão dos negócios de logística da Santos Brasil.

De acordo com as empresas, a previsão inicial de investimento é de R$ 19 milhões,destinados ao aumento da capacidade operacional, equipamentos de movimentaçãode contêineres, renovação da frota de transporte rodoviário e na atualizaçãotecnológica de sistemas operacionais.

Ao divulgar a incorporação à operadora portuária, Marcelo Venturini, diretor deplanejamento da Mesquita, abordou a questão da mudança de nome: “ainda temoscinco anos para definir se iremos mudar ou não. Ainda não decidimos se haverá umanova marca”.

ALL faz parceria com a GlobalLogística para operaçãoferroviária de contêineres

A ALL – América Latina Logística (Fone: 41 2141.7555) firmou parceria coma Global Logística para a operação ferroviária de contêineres via Terminal GlobalII, no Porto de São Francisco do Sul, SC. Foram investidos R$ 1 milhão naconstrução do terminal, com volume inicial potencial de 15.000 TEUs/ano, e,segundo as empresas, o contrato marca a estréia da movimentação ferroviáriade contêineres em portos catarinenses, oferecendo nova opção logística paraclientes deste segmento.

Instalado a 3 km do Porto de São Francisco do Sul e a 100 km do Porto deItajaí, o Terminal Global II tem 70.000 m2 e capacidade estática para 1.000contêineres, alcançando uma movimentação mensal de até 6.000 TEUS, entreimportação, exportação e cabotagem. A operação será intermodal, com o trajetoprincipal percorrido por ferrovia até o terminal, onde as cargas serãotransferidas para caminhões até o ponto de descarga nos portos de SãoFrancisco e Itajaí.

Nesta operação, está prevista a movimentação de produtos como congela-dos, alimentícios, madeira, bobinas, cerâmicas e siderúrgicos. Entre as princi-pais origens estão o oeste de Santa Catarina, o norte e oeste do Estado doParaná e o centro-oeste brasileiro. O Terminal atenderá também ao Estado deSão Paulo, principalmente no segmento de cargas secas de importação.

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Produtos alimentícios

Nova Jotaceutiliza soluçãoSadig Análises

exige programação tradicional, oque permite que os própriosusuários, se assim o desejarem,dêem continuidade aos seusprojetos gerenciais, promovendonovas implementações e/oumelhorias no que já está implanta-do”, destaca o diretor de mercado.

“Estamos muito satisfeitos coma solução, pois todas as decisõesde vendas são baseadas a partirdas informações dadas pelo SadigAnálises. Essa ferramenta, assimcomo o suporte dado pela Sadig,auxilia nossa empresa na tomadade decisões em curto e também emlongo prazo”, afirma FábioMorgado Costa, proprietário daDistribuidora Nova Jotace.

Além das soluções que ofereceao mercado, a Sadig possui umgrupo de consultores especiali-zados em gestão empresarial econta com parceiros comerciais ede serviços homologados edistribuídos em oito estados, o quepossibilita uma atuação nacional.

Através de ações estruturais eapoio aos parceiros em todo oBrasil, Voltolin diz que a empresairá continuar focada em produtos eserviços para gerar e distribuirinformações gerenciais, com ointuito de aumentar a participaçãono middle-market (empresas deporte médio). “Com isso, projeta-mos um crescimento de 30%, queelevará nosso faturamento para acasa dos R$ 4 milhões ao ano”,finaliza. ●

Voltolin, da Sadig: produto atendeorganizações públicas e privadas

D istribuidora de produtosalimentícios da Kellogs eNissin, a Nova Jotace,

localizada em São José dosCampos, SP, por necessitar de umasolução de BI que potencializasseas informações do setor comercial eque complementasse o ERPutilizado na empresa, adotou oSadig Análises, da Sadig (Fone: 114331.1062).

O software permite aintegração com qualquer sistemaexistente na empresa, sendo que asprincipais fontes são os ERPs e osCRMs. Mas, de acordo com a Sadig,alguns projetos demandam aintegração de dados de outrossistemas proprietários ou satélitese, de uma forma geral, ela é feita apartir de arquivos texto, tabelas ouplanilhas.

Quem explica o funcionamentoda solução e o caso específico dadistribuidora de alimentos é odiretor de mercado da Sadig,Mauricio Voltolin: “é um produtogenérico capaz de atender àsdemandas tanto de organizaçõespúblicas como privadas, indepen-dentemente do tamanho e segmen-to de atuação, e foi parametrizadopara aderir às demandas específi-cas da Nova Jotace, que inicialmen-te, na implantação, escolheu comofoco a área comercial”, conta.

Ele revela que, hoje, a distribui-dora toma suas decisões com muitomais rapidez e assertividade devidoà qualidade dos dados e dasinúmeras perspectivas egranularidades das informações queo produto permite gerar. “Esse novoprocesso permitiu, aos gerentes esupervisores, um direcionamentomais eficaz da sua força de vendas,a partir do acompanhamentodiário das metas, além da positi-vação de clientes”, prossegue.

De acordo com Voltolin, no casoespecífico deste projeto, quando dacontratação inicial foramimplementados dados sobre asvendas realizadas. No segundomomento, a Sadig foi contratadapara auxiliar o cliente naimplementação dos controles dasmetas de vendas e suas respectivascomparações com o realizado. “Issofica totalmente a critério de cadacliente, pois nossa solução não

A

Farinha de trigo e açúcar

Ultracargo Gourmet:novo conceito deabastecimento a granel

risco de contaminação do produto porexposição, em situações nas quais não étotalmente utilizado”, afirma.

Ainda segundo Zacarias, o siloinstalado no cliente é automatizado,possibilitando que seja programado paraliberar somente a quantidade certa defarinha para cada receita. “A logística agranel também baixa o custo do produto,pois elimina a necessidade de embala-gem”, afirma. Para ele, este modelo deabastecimento cria a disponibilidade derecursos e controle de estoque e acabacom a necessidade de big-bags, além dereduzir o risco de contaminação,manuseio, avarias e custo total.

Com o reconhecimento do UltracargoGourmet, a empresa espera expandir oserviço para outros segmentos do setoralimentício. De acordo com Zacarias, aUltracargo já estuda disponibilizar estesistema para a logística de açúcarrefinado, por exemplo.

“O maior desafio para ingressar naárea de logística de alimentos é cercartodos os processos e etapas para garantira integridade do produto. Nessa indústria,existem cuidados especiais paratransporte e manuseio. Por isso, hágrande atenção quanto aos requisitosnecessários e à legislação de mercado”,finaliza o gerente comercial. ●

o desenvolver avaliações dedeterminados segmentos demercado, a Ultracargo (Fone: 11

4543.4500) identificou no setor alimentício,especialmente no segmento de farinha detrigo e açúcar, potencial para aplicarconceitos e desenvolver operações noperfil a granel.

Desta forma, a empresa, que atua comtransporte e manuseio de granéisespeciais há mais de 40 anos, decidiuampliar sua atuação para este segmento,disponibilizando práticas de manuseiovoltadas a ele. Uma delas é o serviçoUltracargo Gourmet, um novo modelo deabastecimento a granel de farinhas,segundo a empresa, principalmente a detrigo.

“Neste processo, um caminhão silo daUltracargo coleta a farinha de trigo agranel diretamente em moinhos. O produtoé levado para a indústria alimentícia, ondeé transferido para outro silo, instalado pelaUltracargo”, explica o gerente comercial daempresa, Edson Eddy Zacarias. “O fato dea farinha ficar armazenada em silo reduz orisco de contaminação”, complementa.

Ele informa que nos modelos usuais,por exemplo, a farinha de trigo utilizadavem acondicionada em sacos de 50 quilos.“Esse tipo de embalagem gera desperdício(uma vez que o saco pode se romper) e

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NotíciasRápidas

Novos serviços daGollog entramem operação apartir de maioEntram em operação emmaio os novos serviçosoferecidos pela Gollog(Fone: 0800 7052001).Um deles é o GollogExpress, voltado pararemessas que serãoentregues no localindicado pelo cliente apartir do dia seguinte dodespacho, nas capitais eprincipais cidadesbrasileiras. O outro é oGollog Próximo Vôo, quevai atender aos clientesque têm maior urgência,podendo despachar suacarga no próximo vôodisponível e retirá-la noaeroporto de destino ematé duas horas a partirda chegada do avião.

ExpressoAraçatubainveste nadivisãointernacionalO Expresso Araçatuba(Fone: 11 2108.2800)direcionou investimentospara ampliação de suaestrutura internacional,com o objetivo dealavancar o faturamentoem 72% em 2008. Aempresa adquiriu 30carretas Sider, que serãousadas exclusivamentepara transportesinternacionais, eampliará sua áreacomercial e administrati-va no Brasil, na Argenti-na e na Bolívia, com oobjetivo de atender àsdemandas dos atuaisclientes. As novascarretas têm capacidadede 105 m3 e sãoindicadas para quaisquertipos de mercadorias e,principalmente, paraoperações que requeremagilidade, já quepossibilitam o descarre-gamento no destinatáriosem o uso deplataformas.

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WAL-MART E COCA-COLA

Estação de Reciclagemvisa ao desenvolvimentosustentável

deste projeto é identificar ascooperativas, estabelecer asparcerias para promover seudesenvolvimento, o treina-mento, a coleta regular e adestinação correta de todosos resíduos. Esta parceria vaibeneficiar diretamente 50cooperativas e gerar rendapara 2.500 catadores”,enfatiza Núñez.

O presidente do Wal-Martconta que a coleta dosresíduos é realizada semanal-mente em data agendada deacordo com o início dasatividades nas lojas. Ele diz,também, que o transporte érealizado pela própriacooperativa parceira que éresponsável pela coleta emcada uma das lojas da rede.“No caso da loja Wal-MartSupercenter Pacaembu, quemfaz o transporte, através deveículos próprios, é aCoopere”, informa.

Ainda de acordo comNúñez, o Wal-Mart mantémrelação com uma amplacadeia produtiva e, na outraponta, está em contato diretocom um volume extraordináriode pessoas que freqüentamdiariamente as lojas. Por isso,a empresa procura interagircom os clientes e com a

cadeia produtiva em busca denovas soluções conjuntas.“Percebemos na Coca-ColaBrasil uma parceira muitoalinhada com as nossasiniciativas sustentáveis e assimcriou-se a oportunidade detrabalharmos num projeto emcomum”, revela.

Para Smith, da Coca-Cola, aparceria é um novo modelo dereciclagem, com a união deuma grande cadeia do varejo eum dos seus maiores fornece-dores da indústria, em prol dareciclagem de resíduos. “Aparceria vai apoiar aestruturação e a capacitaçãodas cooperativas de catadoresde materiais recicláveis na suainfra-estrutura (equipamentos,informação, capacitação, etc.) ena facilitação do acesso aosmateriais recicláveis em grandevolume com a doação demateriais recicláveis recolhidosnas Estações de Reciclagem”,declara.

O presidente da Coca-ColaBrasil expõe que a idéia éfomentar um ciclo perfeito deaproveitamento dos resíduos,de maneira que, processadosadequadamente, retornem àcadeia produtiva comoinsumos, protegendo o meioambiente. ●

No papel de empresasmundialmenteconhecidas, Wal-Mart

(Fone: 0800 7710979) e Coca-Cola (Fone: 0800 212121)criaram o projeto Estação deReciclagem, uma parceriapara o desenvolvimentosustentável das duascompanhias.

A iniciativa consiste naimplantação de postos decoleta para os clientesdepositarem resíduosdomésticos, tendo a certezade que o material terá adestinação correta para areciclagem. “Além de ser umaação em prol do meioambiente, trata-se de umainiciativa de responsabilidadesocial devido à parceriaestabelecida com cooperati-vas de catadores para arealização da coleta domaterial e destinação corretados resíduos”, explica HéctorNúñez, presidente do Wal-Mart Brasil.

“Este é um diferencialdesta iniciativa: contribui parao desenvolvimento doscatadores, gerando renda epermitindo que realizem seutrabalho de forma maissegura, digna e organizada.Acreditamos que o papel doscatadores é fundamental paraa manutenção de umambiente limpo e saudávelpara todos”, completa BrianSmith, presidente da Coca-Cola Brasil.

Desde o final do anopassado, o projeto piloto vemsendo experimentado em setelojas no Paraná, e em 31 demarço deste ano ocorreu olançamento oficial no Wal-Mart Supercenter Pacaembu,em São Paulo, SP. De acordocom os executivos, a parceriaprevê a instalação deestações em todas as 315lojas do Wal-Mart até meadosde 2009. “É importantedestacar que o grande desafio

Núñez, do Wal-Mart Brasil, à esquerda, e Smith, da Coca-Cola:parceria para o desenvolvimento sustentável

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da empresa em que estáinserido para poder exercer asopções mais corretas.

“Talvez o maior problemaenfrentado nesta atividade sejaeste: a integração do transporte(e da logística, de forma geral)com o restante da empresa e oexercício contínuo da análisedas alternativas frente àestratégia adotada pelaempresa.”

Esta avaliação é de RicardoGorodovits, diretor da GKOInformática (Fone: 21 2533.3503).Ainda segundo ele, na verdade,este distanciamento é recíproco,já que a empresa também acabapor nem sempre perceber aimportância estratégica dostransportes, e muitas vezesdeixa de fazer investimentosimprescindíveis no setor.

“Claro que, no dia-a-dia, asdificuldades surgem já a partirdas opções definidas, ou seja, apreocupação tem outro foco.Este acaba recaindo sobre assoluções a serem dadas paraatrasos ou dificuldades deentrega, os problemas deembarque, especialmente nosfechamentos mensais, quandohá um enorme crescimento de

demanda por veículos – umproblema que poderia ser maisbem administrado a partir deuma avaliação mais abrangenteda atuação da empresa. Aindaneste cotidiano do setor, umadas principais dificuldades éadministrar o tempo dosprofissionais que, por seremessencialmente prestadores deserviços para outras áreas,sofrem continuamente pressãopara apresentar informaçõessobre os transportes em curso.E a informação é identificadacom dificuldade, morosidade e,muitas vezes, com imprecisão”,explica Gorodovits.

Dependendo da escolha domodal, algumas dificuldadesespecíficas de cada um sesomam às anteriores: estradassem conservação ou atéintransitáveis, portos ineficientesou distantes, falta de hidroviasque poderiam facilitar ostransportes em determinadasregiões, baixa capilaridade darede ferroviária, as poucasopções de transporte aéreo e ainfra-estrutura deficiente dosaeroportos, se quisermosmencionar apenas os maisevidentes.

Q uando buscamos avaliara gestão de fretes peloolhar do embarcador, ou

seja, daquele que contrata otransporte, muitas são asquestões que se apresentam:usar e manter frota própria oucontratar transporte terceiri-zado; repassar o custo do freteou absorvê-lo nos casos decompras, vendas ou transferên-cias; lançar mão de transporta-doras, operadores logísticos ouautônomos; que modais utilizar;consolidar ou fracionar cargas;entre diversas outras possibili-dades. O gestor de transportesprecisa compreender adequadae abrangentemente o negócio

Transportes

Gestão de fretes:uma análise do setorESPECIALISTA DO SEGMENTO ABORDA A GESTÃO DE FRETES PELO OLHAR DO EMBARCADOR, BEM COMO OSPROBLEMAS DO SETOR, AS SOLUÇÕES, COMO DEVE SER UMA GESTÃO ÓTIMA DE FRETES, O MERCADO NOBRASIL E AS TENDÊNCIAS NA ÁREA.

Talvez o maiorproblemaenfrentado nestaatividade seja aintegração dotransporte – e dalogística, de formageral – com orestante daempresa e oexercício contínuoda análise dasalternativas frente àestratégia adotada

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Gorodovits: ampliação dosserviços de informação dotransporte é tendência

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SoluçõesDe acordo com o diretor da

GKO Informática, as soluçõespassam pelo maior envolvimentoda área de logística e, emparticular, do setor de transportescom as estratégias do negócio,fazendo com que determinadasdecisões sejam assumidas comoopção da empresa inteira, e nãoexclusivamente do gestor de fretes.Oferecer a esta área a infra-estrutura adequada, tanto no quetange aos recursos humanos como,especialmente, quanto aosinvestimentos nos recursos detecnologia e informação, fará adiferença entre um gerenciamentoeficaz e a ineficiência crônica.

“Algo que vemos se repetir deforma muito interessante numcurso que oferecemos, em quevivenciamos um jogo de empresasassociado a decisões ligadas aotransporte que acabam por influirnos resultados do negócio, é queos grupos de alunos (que no jogoformam uma empresa) que definemuma estratégia de negócio eexercem suas opções de transporteconforme esta estratégia acabampor obter melhores resultados doque aqueles que tomam decisõeserráticas, fruto da análiseexclusiva dos resultados obtidos acada rodada do jogo.” Gorodovitsdiz que a idéia é estimular estaforma de ver o transporte, nemsempre clara frente às dificuldadesque a rotina apresenta.

Gestão ótimados fretes

O diretor da GKO Informáticarelata que a gestão ótima dosfretes, certamente fruto da visãoacima, não será idêntica paratodos os gestores, de todos osnegócios. Para cada um devem serdefinidos os indicadores dequalidade a serem medidos, osníveis ótimos e a avaliaçãopermanente dos mesmos,compartilhando estas informaçõescom os agentes do transporte deforma que a perseguição dosresultados possa ser dividida entrecontratantes e contratados.

Em geral, em paralelo ao nívelde serviço é avaliada a questãodos preços, que devem se adequar,também, à visão estratégicadefinida desde o primeiromomento. “Não se pode buscar,por exemplo, sacrifícios de preçossem que se tenha em contrapartidaa adequação nos níveis de serviçosaos valores exigidos. Não se podecomparar o que não é igual, nemse pretende igual, e isso somenteocorrerá – e de fato, muitas vezesocorre – quando a estratégia de

transporte não foi bem alinhavada eintegrada ao modelo de negóciosda empresa.”

Por outro lado – ainda deacordo com Gorodovits –, algumasrestrições de ordem prática podemse interpor ao modelo ótimo,impedindo-o de ser alcançado, oumelhor, obrigando sua redefinição.Muitas vezes vemos equívocosbásicos sendo gerados a partir dasmelhores intenções: conjuntos deindicadores são definidos, mas nãose obtém recursos para suamedição; sistemas (sejamsoftwares ou processos manuais)são adotados para auditoria defretes, que são incapazes dereproduzir os modelos desejadosde precificação; transportadorassão contratadas, incapazes deprestar as informações nos níveisexigidos; entre muitas outraspossibilidades com as quais nosdeparamos sempre.

Mercado brasileiroO diretor da GKO Informática

também destaca que o mercado degestão de fretes no Brasil vem seprofissionalizando nos últimos 15anos. “Encontramos, hoje, tanto dolado dos embarcadores quanto dastransportadoras ou operadoreslogísticos, a capacitação necessá-ria para que os modelos ótimossejam implementados. Apesardisso, apenas uma pequena partede nossas empresas embarcadorastem, de fato, ferramental adequadopara o exercício de uma gestãoprofissional. As empresas depequeno e médio porte, especial-mente, se ressentem ainda dacapacidade de investimentosnestas ferramentas, sem às vezesperceberem que alguns dos seusresultados têm influência direta norendimento do negócio.”

A maioria dos operadoreslogísticos que oferecem serviçosna área de transportes, de formaintegrada ou não a outros serviçoslogísticos, tem ainda longocaminho a percorrer para alcançaros resultados que efetivamentepodem gerar, avalia Gorodovits. Ograu de exigência, neste caso,ainda é baixo, sendo mais comumdelegar ao operador um problemado qual quer se livrar, do queencontrar gestores que já levaramsua gestão ao nível ótimo, equerem agora avançar por meio deespecialistas na gestão. Astransportadoras, especialmente asque lidam com cargas completasponto a ponto, também precisamidentificar mais claramente osserviços que oferecem e otimizarseus custos, de forma a não veremsuas margens comprimidas emnegociações que tomam por basecustos de transporte obtidos em

revistas especializadas, que,claro, deveriam ser sempresuperiores aos custos reais.

Ainda pensando no mercadobrasileiro, Gorodovits diz que aquase sempre inexistenteconcorrência entre os modais, queacabam por definir nichos ousegmentos para cada um, reduztambém as alternativas na buscados melhores resultados para osembarcadores. “Neste aspecto,tem cabido às empresas queoperam o modal ferroviário asações mais inovadoras e agressi-vas na transferência de cargasantes servidas pelo modalrodoviário. Nossa matriz de cargasnão deverá se tornar, entretanto,semelhante à americana ou àeuropéia, mantendo no médioprazo a preponderância dotransporte rodoviário frente aosdemais modais.”

TendênciasComo tendências na área, o

diretor da GKO Informática preferese ater a duas somente, cujocrescimento já é perceptível. “Aprimeira, a ampliação dos serviçosde informação do transporte,utilizados para finalidadesdiversas, desde a análise damalha logística, de forma aotimizar custos e prazos no melhoraproveitamento dos equipamentosdisponíveis, até a avaliaçãoestatística dos fretes contratadospara identificar oportunidades deredução de custos a partir devalores de frete de referência,obtidos por meio de sofisticadosinstrumentos matemáticos. Asegunda, a cada vez maisacessível possibilidade de adoçãodo apoio da tecnologia noatendimento a empresas demenor porte, sejam transportado-ras ou embarcadoras.”

Gorodovits lembra que, deforma geral, desde que iniciaram otrabalho na área de transportes háquinze anos “temos tido a gratasurpresa de ver, ano a ano,confirmadas nossa percepção deimportância do segmento, dasoportunidades de ganhos para osque neles atuam, sejam contrata-dores ou fornecedores detransporte e serviços a elerelacionados. Estes ganhos se dãonão pela preponderância de umsobre o outro, esmagando ouimpondo margens. Ao contrário,estes ganhos se dão pelo melhoraproveitamento dos recursosexistentes, pela maior integraçãodos transportes ao ambiente denegócios em geral e pelasofisticação dos modelos degestão adotados por profissionaisigualmente mais capacitados”,completa. ●

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Comércio exterior

Infra-estrutura internaainda é o maior entraveQUANDO SE FALA EM COMÉRCIO EXTERIOR, VÊM À MENTE OS RESULTADOS ALCANÇADOS NOS ÚLTIMOSTEMPOS. E QUE PODERIAM SER MELHORES PARA O BRASIL SE HOUVESSE UMA INFRA-ESTRUTURAADEQUADA E NÃO CONTÁSSEMOS COM O “CUSTO BRASIL” .

“As projeções para 2008apontam para US$ 182,0 bilhõescom exportações e US$ 155,0bilhões com compras externas,reduzindo, nesse caso, o saldocomercial para US$ 27,0 bilhõese apontando uma piorainequívoca nas contas externasdo país”, diz Ayres.

Para ele, a contínuaapreciação do Real e a fortedisposição do setor privado emampliar a capacidade instalada,para atender ao mercado internocom poder de compra visivel-mente reconstituído por saláriosreajustados e alimentado porcredito farto, explicam umaparte expressiva do aumentoesperado para importaçõesdeste ano.

“É inegável que o Brasil, acada década, vem aumentadosua participação no comércioexterior, sem estar devidamentepreparado para suportar talcrescimento”, acrescentaVanildo J. Benati, diretorcomercial da Haidar Administra-dora de Comércio Exterior (Fone:11 3346.6911).

Infra-estruturaSobre se a infra-estrutura

logística interna é um problemapara que o Brasil tenha melhoresresultados no comércio exterior,o professor Ayres comenta queos gargalos logísticos observa-dos nos portos marítimos comforte concentração de cargasexportadas e importadas –estimadas em 95% do fluxototal da balança comercial –prejudicam a dinâmica docomércio e reduzem expressiva-mente a produtividade e arentabilidade dos agenteseconômicos privados.

“A utilização mais eficienteem nosso país dos módulos detransporte rodoviário e ferroviá-rio, por sua vez, é prejudicada

Q uando se faz umaanálise do comércioexterior, nota-se que a

atuação do Brasil em 2007,quando comparada ao ano de2006, foi considerada satisfa-tória, apesar da valorização doReal sobre o Dólar Americano ede outras dificuldades denatureza estrutural e institucio-nal, conhecidas no mercadocomo “Custo Brasil”.

Segundo aponta o professorEdmundo Pinho Ayres, presidentedo Comitê de Comércio Exteriorda Câmara de ComércioAmericana para o Brasil –AmCham-Brasil, diretor regionalda ABECE, RJ – AssociaçãoBrasileira das EmpresasComerciais Exp. & Imp –Tradings em São Paulo emembro do Conselho Superiorde Comércio Externo daFECOMERCIO – Federação doComércio do Estado de SãoPaulo (Fone: 11 5685.8530), em2007, as exportações alcança-ram US$ 160,6 milhões(+16.65%) e as importaçõesUS$ 120,6 bilhões (+ 32%)contra, respectivamente,US$ 137,8 bi e US$ 91,3 bilhõesregistrados em 2006. O saldocomercial foi menor em 2007:US$ 40,0 bilhões, enquanto em2006 foi de US$ 46,4 bilhões.

Benati, da Haidar: é precisoeliminar a burocracia

por estradas em péssimascondições de conservação einibida, no caso das ferrovias,por traçados de redes excessi-vamente regionalizados e pelaexistência de bitolas incompatí-veis. O uso de hidrovias emescala comercial permanececontido nos limites impostospor legislação ambientalconflitiva e pouco assertiva àsnecessidades de um país dedimensões continentais, masque dispõe de bacias nave-gáveis”, avalia o professor.

Para Benati, da Haidar, defato, a infra-estrutura logísticainterna deve urgentemente seadequar, para que tenhamosmelhores resultados no Comex.

“Sem dúvidas, ainda temosgraves problemas de infra-estrutura logística em nossopaís. Isto acaba se revertendoem ineficiências e conseqüentescustos mais elevados para levarnossa produção até os portos.No entanto, temos visto umimportante avanço em soluçõesde armazenagem, transporte

intermodal e terminais decontêineres que vêm criandopara o mercado sinergias entreas diversas etapas da cadeia deescoamento da produção.Naturalmente existe aindamuito espaço para novosempreendimentos em infra-estrutura logística que serãoimprescindíveis para suportar ocrescimento das exportaçõesbrasileiras”, avalia, por sua vez,Alan Fuchs, diretor de gestão daStandard Logística (Fone: 412118.2800).

O papel dogoverno

Com relação ao que precisaser feito por parte do governopara que o país melhore suaatuação no comércio exterior, oprofessor Ayres destaca que oaumento da participação doBrasil no comércio mundial estáatrelado a estímulos concretosque conduzam a uma reduçãodos custos internos de transa-ção e diretrizes claras depolítica comercial, em apoio àdiversificação de mercados/destinos nas vendas externas.

“Novos ganhos de eficiênciano agronegócio de exportação(biocombustíveis, carnes, grãos,frutas e sucos, lácteos, etc.) eincentivos à maior agregação de

Portos marítimos respondem por cerca de95% do fluxo total da balança comercial

Ainda há muitoespaço para novosempreendimentosem infra-estrutura

logística

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valor na pauta exportável desemi-elaborados e demanufaturados compõemparte expressiva da agendadas empresas – com ativosprodutivos focados nomercado externo”, diz Ayres.

Ainda de acordo comele, os atores e agenteseconômicos aguardam adivulgação da nova PolíticaIndustrial do Governo Lula/Fase II, batizada de “Políticade DesenvolvimentoProdutivo”, sobretudo paraver se a mesma contemplamedidas que tornem maisrentáveis as atividadesempresariais no comércioexterior.

Já o diretor comercialda Haidar avalia que énecessário que o governoinvista na melhoria dosportos, aeroportos erodovias e, principalmente,elimine rapidamente aburocracia que ainda existeno setor, com o objetivo deminimizar o “Custo Brasil”.

“Não acredito eminstrumentos cambiais quepossam ser artificialmentecriados para melhorar nossabalança comercial. O que opaís precisa é de investi-mentos cada vez maiores eminfra-estrutura que criecondições de reduzir custosem logística terrestrenacional. Desta forma, ogoverno deveria incentivartais investimentos, criandolinhas de financiamentocada vez mais longas ebaratas, permitindo àiniciativa privada condiçõesde obter retorno econômicosobre investimentos eminfra-estrutura logística.Além disto, uma melhorregulamentação nalegislação ambiental se faznecessária, permitindo, deforma responsável esustentável, que projetos eminfra-estrutura não levemanos para sair do papel”,completa Fuchs, da StandardLogística. ●

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Operações logísticas

Os medicamentos tambémprecisam de cuidadosSENSÍVEIS, OS PRODUTOS FARMACÊUTICOS DEMANDAM OPERAÇÕES ESPECIAIS NO MANUSEIO E NOTRANSPORTE. POR ISSO, UM OPERADOR LOGÍSTICO NA ÁREA PRECISA ESTAR ATENTO AOS REQUISITOSNECESSÁRIOS, QUE INCLUI SEGUIR AS REGRAS DA ANVISA.

cobrada por este órgão e ooperador deve ter instalaçõesimpecáveis e procedimentosclaros e adequados às exigên-cias. Na distribuição, seria arastreabilidade e o tempo derespostas para os clientes e,conseqüentemente, o envio derelatórios para a indústriacontratante”, diz.

Além da Anvisa, de acordocom Cristiano Soares da Silva,analista de logística da DM –Indústria Farmacêutica (Fone:11 4166.4941), o OL deve disporde um ambiente de acordo comas normas de qualidade paraarmazenagem dos produtos eveículos apropriados para otransporte das mercadorias comfuncionários qualificados epadronizados (uniformes, boaaparência, etc.) “para o bomatendimento aos clientes,principalmente em farmácias edrogarias que requerem estetipo de serviço”, salienta.

Para Regina Zamith, gerentede logística da Johnson &Johnson (Fone: 12 3932.3850),cuja divisão farmacêutica é aJanssen Cilag, os aspectosmais importantes que devemser considerados na escolha deum OL são: confiabilidade,segurança, agilidade, custoscompetitivos e atendimento arequisitos sanitários. “Mas eudiria que confiabilidade é o quemais se destaca para a decisãosobre a escolha do parceiro”,ressalta.

Já na opinião de GilmarAntonio Fernandes, supervisorde logística da Jofadel IndústriaFarmacêutica (Fone: 35 2106.1500), de uma forma ampla nãohá muita diferença entreoperadores logísticos em seusdiversos segmentos. Todosrealizam coleta, transporte eentrega.

“Parece simples, mas é umresumo da operação logísticaentre fornecedor (contratante) e

seu cliente. Por trás dissotemos uma estrutura gigante,fazendo o possível para nãoquebrar as fases acima,evitando atraso e descontenta-mento por parte do nossocliente”, expõe.

Mais segmentado,Fernandes observa que na áreafarmacêutica há algumaspeculiaridades, por exemplo, osdepósitos de produto acabado ede matéria-prima têm de serclimatizados, mantendo osprodutos sempre em uma

temperatura pré-determinada, e,conseqüentemente, as transpor-tadoras também devemacompanhar com seus baúsclimatizados.

“Resumindo, para acontratação de uma logística,primeiramente temos queanalisar estrutura, confiabili-dade, organização, parceria e,principalmente, responsabilida-de, pois uma entrega bem feitana hora e no local correto podeajudar a salvar uma vida”,avalia.

Problemas daparceria

No processo de integraçãooperador logístico x cliente daárea farmacêutica pode haveralguns problemas.

Fernanda, da Hebron, dizque primeiramente é necessárioentender que medicamento éum item especial, e que aindústria farmacêutica tem umaoperação bem peculiar. “Nossofaturamento é bem concentradodentro do mês e emitimos nossoplano promocional também emuma época pré-definida econcentrada. O problema équando não há flexibilidadepara intensificar o trabalho emdeterminadas épocas do mês ediminuir em outras, semesquecer que nosso produtorequer cuidados especiais,como controle de temperatura eumidade, área segregada paracada produto diferente, paletesseparados para diferentes lotese outras exigências”, conta.

Para Fernandes, da Jofadel,o problema mais comum dosoperadores logísticos seria onão cumprimento do prazo deentrega em tempo hábil,havendo, com isso, desgastenas relações entre cliente efornecedor. “Por se tratarem deprodutos sensíveis, a preocupa-ção do operador logístico temde ser em dobro, pois emqualquer manuseio indevidotemos o produto danificado,acarretando um custo para ooperador logístico e o piorcusto, em minha opinião, que éo atraso na entrega do produtoao cliente”.

Segundo Silva, da DM,normalmente o gerenciamentode risco é um dos principaisproblemas entre o operadorlogístico e o cliente da áreafarmacêutica, “por conseqüên-cia do grande número deocorrências de roubo de carga

P ara um operador logísticooferecer serviços na áreafarmacêutica, antes de

tudo é preciso estar atento àlegislação e respeitar as normasda Anvisa – Agência Nacional deVigilância Sanitária. Outrasexigências referem-se ao know-how necessário para atuar comos medicamentos, que necessi-tam de cuidados especiais, jáque são produtos sensíveis.

Para mais detalhes do queconsiderar na escolha de umoperador logístico na áreafarmacêutica, nada como falarcom as próprias empresas dosetor e saber das suas necessi-dades.

É o que faz FernandaMonteiro Henrique, diretoraadministrativa da HebronFarmacêutica (Fone: 813366.9294), com uma lista doque se deve levar em considera-ção no momento de contratar umOL: “estrutura física que atendaàs exigências das legislaçõessanitárias para armazenamento,assegurando a qualidade denossos produtos e nossaregularidade junto aos órgãosque nos fiscalizam; pessoalqualificado para trabalhar nomanuseio de nossos produtos, jáque são itens que não podem sermanipulados de qualquer forma;segurança para que não ocorradesvio de mercadoria; flexibilida-de de horários, já que temos umfaturamento concentrado dentrodo mês; e localização geográficaque permita que nossos clientessejam atendidos o mais rápidopossível”.

Viviane Marins M. deMedeiros, gerente de materiaise logística da Nikkho (Fone: 213393.4266), também toca emassuntos semelhantes. “Éimprescindível que o OLconheça, em detalhes, asnormas vigentes da Anvisa.A área de armazenagem, porexemplo, é extremamente

Por tratarem-se de produtos para a saúde, a responsabilidadedo operador logístico é alta. Por isso é necessária uma série deprocedimentos específicos

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constatada nos últimostempos e do valor dealguns pedidos de comprasrealizados ultrapassar olimite da apólice deseguro, obrigando o enviodas mercadorias em maisde um veículo e, às vezes,em datas de entregasdiferentes”, aponta.

Para Regina, daJohnson & Johnson, oequilíbrio correto entrenível de serviço e custoscompetitivos é o que maisgera debate na relaçãooperador logístico/cliente.“A busca pelo parceiroideal passa, necessa-riamente, por essarelação, que deve serharmônica”, diz.

Já Eliane Parra,supervisora deimportação da AlconLaboratórios do Brasil(Fone: 11 3732.4037), citaque os problemasrelacionados com operadorlogístico x terceiros estãonas companhias aéreas.“No final, o importadorfica com o prejuízo. Como,por exemplo, agente decargas x DSIC causado porchegada de carga parcial.O processo é burocrático ecausa atraso e despesasextras ao importador”,opina.

Viviane, da Nikkho,não pode responder a essaquestão, já que asmovimentações internasda empresa são feitas porfuncionários e a distribui-ção por transportadorasdivididas por área deatuação em todo o país.“Não temos operadoreslogísticos no momento,mas estamos buscando nomercado”, avisa.

A palavrados OLs

Agora é a vez dosoperadores logísticos queatuam no segmentofarmacêutico exporem osdiferenciais dos serviçosna área.

“Por tratarem-se deprodutos para a saúde, aresponsabilidade dooperador logístico é alta.Por isso é necessária umasérie de procedimentosespecíficos para armaze-nar, manusear e transpor-tar medicamentos. Alémde todas as licençasexigidas pela Anvisa, ooperador precisa possuir

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infra-estrutura física,tecnológica e de segurançaadequada à realidade destaindústria, além da validaçãodos próprios laboratórios, quemuitas vezes seguem padrõesinternacionais”, declaraPatricia Costa, presidente doGrupo Faster Brasex (Fone: 114772.8000).

Para operar com o mercadofarmacêutico, ela salienta queo operador logístico precisaestar inteiramente alinhadocom as exigências de cadacliente, já que cada laboratóriopossui necessidades particula-res determinadas de acordocom os produtos produzidos.

Levon Kalaydjian, diretor deSupply Chain para AméricaLatina da Panalpina (Fone: 112165.5700), também destacaque o OL deve levar em contaque os medicamentosrequerem cuidados especiaisna manutenção de condiçõesde temperatura, umidade esegurança da carga, e é precisoter um controle restrito destascondições. Segundo ele, o fatorchave de sucesso é a frota, quedeve propiciar as condiçõesdestacadas, sempre passandopor manutenção. Outra variávelque deve ser levada emconsideração, na opinião deKalaydjian, é a anuência devários órgãos reguladores queemitem certificados que devemser seguidos pelo provedor queoferece esse tipo de trabalho.Ele observa que não são todasas transportadoras que sãoregulamentadas.

O diretor de Supply Chainpara América Latina daPanalpina aponta que é naestratégia de compra doslaboratórios – no processolicitatório da escolha do OL -que é observado se há ocumprimento das exigênciaslegais. “O laboratório precisasaber da certificação e saberse tal certificado está comprazo vigente”, diz.

Cabe ao OL assegurar aintegridade dos produtos e seos requerimentos estão sendoseguidos, destaca, ainda,Kalaydjian, citando o problemado não manuseio de acordocom os procedimentos que oproduto requer, já que osmedicamentos são produtossensíveis. “No momento emque o prestador não atende aeste requisito, pode-se trazerum risco para a estabilidade doproduto, além de gerar umimpacto na imagem dolaboratório e na do OL,podendo acarretar prejuízosfinanceiros”.

Por sua vez, Larissa Rossi

de Migueli, farmacêutica daTranscole (Fone: 11 4366.6100),assinala que as operaçõeslogísticas farmacêuticasenglobam soluções inovado-ras, diferenciadas e personali-zadas para empresas dosegmento. “Estas operaçõessão gerenciadas considerandoa legislação sanitáriapertinente, de modo que todoo processo logístico ofereçagarantia de qualidade eeficácia, satisfazendo asexigências do cliente”, expõe.

Larissa também cita osdiversos serviços que oprocesso inclui: terceirizaçãode atividades operacionais,estabelecimento de planosestratégicos, monitoração domercado logístico, criação eutilização de recursos quepossam aprimorar os serviços.“A busca por estes serviçosvaria no mercado farmacêuti-co, visto que cada empresapossui necessidades desoluções logísticas específi-cas”, lembra a farmacêutica.

Para Carlos Candal Neto,diretor comercial da filial SãoPaulo da TSV TransportesRápidos (Fone: 11 2954.7778),o principal diferencial do setoré o acompanhamento dofarmacêutico responsável. Épreciso verificação constantedas condições dos veículosutilizados na transferência edistribuição dos produtos,assim como realizar o checklist in loco das cargasentregues.

RelacionamentoJá quanto aos problemas

que envolvem a relaçãooperador logístico x cliente daárea farmacêutica, Maria Elisa

Henderson, diretora deadministração e finanças daProativa Passagens e Cargas(Fone: 21 2221.5662), cita queeles estão em manter umsistema de comunicaçãoeficiente, onde o cliente sejainformado sobre a movimenta-ção de seus produtos durantetodo o processo de transporteaté a entrega final.

Para Carlos, da TSV, osproblemas estão na dificulda-de de recebimento por partedos distribuidores de medica-mentos, na morosidade e noagendamento de entregas.

Não falando em problemas,mas em riscos, Kalaydjian, daPanalpina, expõe que um riscono transporte é não teralinhamento com o parceiroem todos os graus; outro riscoinerente é o roubo de cargas,já que é uma indústria de altovalor agregado. “É preciso teruma gestão de riscos eficientedevido à natureza de alto valoragregado dos medicamentos”,salienta.

Ainda segundo o diretor deSupply Chain para AméricaLatina da Panalpina, preocupa-ção constante em qualquerimplementação é ter todos osrequerimentos delimitados. Épreciso oferecer o tempo deresposta mais curto possível,levando em conta as questõesfísicas do Brasil. “Para oNordeste, um caminhão nãochega em dois dias. É precisodefinir metas comuns. Tornarpossíveis as estratégias devenda dos produtos éfisicamente possível”,salienta.

Kalaydjian diz, ainda, queindepende o modo como amercadoria vai chegar, oimportante é que 100% daentrega precisa ser feita. Alémdisso, de acordo com ele, todaa operação é passível dedesvios, e é impossívelantecipar as condições detrânsito, o que pode gerar

algum problema causadopor força maior. “Nestecaso, é possível trabalharproativamente, informandoos clientes de eventuaismudanças, já que podehaver desvios da operaçãoreal que foi definida. Issopoderia ser uma dificuldade,mas pode ser antecipada,através de diálogo franco”,declara.

Já Larissa, da Transcole,fala em qualidade em todasas etapas quando o assuntoé o processo logístico. “Oque inclui a supervisão dachegada dos produtos noarmazém, o modo que osprodutos farmacêuticosserão armazenados, oscuidados no local dearmazenamento (temperatu-ra, umidade, proteçãocontra agentes físicos, etc.),a inspeção dos veículos queirão transportar o produto ea rapidez na distribuição deum produto íntegro até odestinatário final”.

Ainda de acordo comela, as diferentes situaçõesexpostas pelas empresasque compõem o mercadofarmacêutico exigemadaptação freqüente dosoperadores logísticos, umavez que estes estãodiretamente ligados aosucesso do fabricante.“Sendo assim, osoperadores devem desenvolversoluções logísticascontinuamente, utilizandoas diversas ferramentasmodernas e inovadoras paraatender às variações dedemanda do mercado, comgarantia de qualidade eefetividade, mantendo,ainda, a competitividade doserviço e dos custos”. ●

Maria Elisa, da Proativa:um dos problemas do setor émanter um sistema decomunicação eficiente entreOL e cliente

Fernandes, da Jofadel;pior custo é o atraso naentrega do produto ao cliente

Fernanda, da Hebron:medicamento é um itemespecial, e a indústriafarmacêutica tem umaoperação bem peculiar

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NotíciasRápidas

CEVA Logisticsamplia atuaçãona EatonDesde 2005, a CEVALogistics – Divisão deContratos Logísticos(Fone: 11 4072.6200),atua na Eaton, unidadede Valinhos, SP.Recentemente, trêsnovos contratosentraram em operaçãona empresa. O primeiroescopo de atividadesengloba a movimenta-ção de matéria-prima eprodutos acabados daOperação de Forjaria daEaton. O segundo incluia movimentação dastransmissões acabadasdesde o final dalinha de produção até aarmazenagem eposterior expedição aosclientes. O terceiroabrangerá a embalagemde peças soltasdestinadas à venda emaftermarket (pós-venda).Os três contratosrepresentarão umaumento de 30% nofaturamento da CEVAcom a Eaton e envol-verão 56 funcionários e10 empilhadeiras. Asoperações de movimen-tação na produção deforjados prevêem orecebimento de mais de2,5 mil toneladas de açopor mês para abasteci-mento dos fornos eprensas da linha deprodução. Também estáprevista a movimenta-ção, internamente, demais de 7,2 milembalagens por mês.O contrato que envolvea movimentação dastransmissões acabadasprevê a expedição demais de 18 mil unidadespor mês.A operação deaftermarket paratransmissão tem comofoco a embalagem depeças soltas que serãocomercializadas empós-venda.A expectativa é quesejam embaladas maisde 14 mil peçaspor mês.

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Tecnologia da informação

TMS: uso cresce com asexigências do mercadoVÁRIOS FATORES TÊM ATRAÍDO AS EMPRESAS A EMPREGAR O TMS. POR EXEMPLO, BUSCA DE MELHORGESTÃO SOBRE OPERAÇÕES DE COLETA E DISTRIBUIÇÃO DE CARGA COM CONTROLE DE MOVIMENTAÇÃOE RASTREABILIDADE TOTAL SOBRE PRODUTOS E REDUÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS.

empresas a empregar o TMS ébuscar melhor gestão sobreoperações de coleta e distribui-ção de carga com controle demovimentação e rastreabilidadetotal sobre produtos; planeja-mento no processo de separa-ção de produtos por destino;controle de rota de distribuição;ocupação otimizada de cargaem veículos; e redução decustos operacionais.

Análise semelhante fazAlexandre Bergamini, diretortécnico da Store Automação(Fone: 11 3083.3058). “O quemais tem atraído as empresas aempregar o sistema, emprimeiro lugar, é para ter umamelhor gestão de transportes,pois, hoje em dia, os operadoreslogísticos atuam em um cenáriomuito mais competitivo eadministram operações cadavez mais complexas; precisamprestar um excelente nível deserviços aos clientes, fornecen-do informações on-line epraticamente em tempo realdurante o lead-time de entregadas cargas; e necessitam ter umcontrole rígido dos custos daoperação. Além disso, atépouco tempo atrás os operado-res logísticos tinham comoreceita apenas as operações dearmazenagem, etiquetagem,manuseio, etc. e, com o passardo tempo, perceberam quepoderiam executar o trabalho detransporte integrado e,

conseqüentemente, obtermaiores lucros em suaoperação”, explica o diretortécnico da Store.

Com relação a estapergunta, Renato Ballaben,diretor de negócios da TrustConsultores & Associados(Fone: 11 3055.1711), tambémfaz uma análise detalhada.

Ele conta que, atualmente,tanto os operadores logísticosquanto os embarcadores têmvoltado a sua atenção para osmecanismos de otimização derecursos e, principalmente, paraas ferramentas que propiciem aredução de seus custosadministrativos e operacionais.

Segundo ele, o atualcenário brasileiro com relação àinfra-estrutura logística,principalmente na sua malha detransportes e escoamento deprodutos, apresenta umadeficiência muito grande dequalidade e disponibilidade derecursos, acarretando,impreterivelmente, maiorescustos de fretes e, conseqüen-temente, um impacto no preçofinal dos produtos.

“As empresas têm reagidoao aumento da competiçãoglobal tirando proveito de novastecnologias feitas paraaprimorar seus processos denegócios e produção. Como

resultado, muitas estão agoravivenciando uma reduçãosignificativa nos custos deprodução, alçando-as a umaposição mais competitiva nomercado. As empresas de hojetambém estão buscandoaumentar sua lucratividadeconcentrando-se em outrasáreas de suas operações compotencial para redução decustos”, analisa Ballaben.

Ainda segundo o diretor denegócios da Trust, uma áreacom potencial significativo paraaumento da eficiência eredução de custos é a dosprocessos e atividadesrelacionados ao transporte deinsumos e produtos. Muitasempresas estão procurandoformas de gerenciar de maneiramais eficiente seus processosde transporte através do uso deferramentas que facilitemauditoria e verificação de erros,intercâmbio eficiente deinformações, negociação decontratos de frete, planejamen-to estratégico e tomada dedecisões.

“São muitos os fatores quetêm atraído a atenção para oTMS. O primeiro é que a maiorparte dos operadores logísticosjá implantou um WMS para asoperações de armazenamentoe, devido à expansão dos

negócios em direção àdistribuição, pressão pormelhorias no nível de serviço ouracionalização dos processos,volta agora sua atenção para ossoftwares de TMS. Cabe aindadestacar que grande parte doscustos logísticos das empresasainda recai sobre o transporte,e neste ponto o TMS tem papelfundamental na minimizaçãodeste custo”, completa Auro C.Raduan, gerente técnico daSEAC – Software EspecializadoAssessoria e Comércio (Fone:11 6618.5154).

“Divisor deáguas”?

Sobre o fato de a utilizaçãodesta tecnologia ser um “divisorde águas” dentro da logística,Gorodovits, da GKO, diz que épreciso avaliar a afirmação comcuidado.

“De fato, a implementaçãode um sistema, quando bemescolhido e implantado, comobjetivos bem definidos eacompanhamento das metas deforma organizada, trará umagrande evolução no ambientelogístico da empresa. Noentanto, muitos passos serãodados para poder se chegar atéali, uma evolução contínua,

Q uando se faz umaanálise das tendênciasdo mercado, uma das

que surge é a de grandesinvestimentos em TI – Tecnolo-gia da Informação, como formade se manter competitivo nummercado cada vez maisglobalizado.

Entre estas novas tecnolo-gias está o TMS – TransportationManagement System, ou Sistemade Gestão de Transporte.

Mas, o que o que mais tematraído as empresas a empregareste sistema?

“A motivação do operadorlogístico se dá a partir dapercepção de que sem umsistema adequado para gestãode transportes, sejam estesrealizados por frota própria,sejam contratados a terceiros,os resultados ficam comprometi-dos, tanto sob a ótica daindefinição das margens – ouseja, o operador tem maisdificuldade de manter o controlede custos e, portanto, tambémterá dúvidas para apresentarseus preços –, quanto sob avisão da prestação de serviçospropriamente dita - ou seja, semum sistema de gestão, como‘entregar’ os níveis de serviçoque foram exigidos e com osquais se comprometeu ao sercontratado? Ao contrário doembarcador primário – queembarca cargas próprias –,o operador logístico tem notransporte um dos aspectosmais significativos de seunegócio e o foco adequado nagestão dos mesmos é impres-cindível para assegurar o seusucesso no mercado”. Aavaliação é de RicardoGorodovits, diretor da GKOInformática (Fone: 212533.3503).

Pelo seu lado, GuilhermeSalles, diretor da S&A Sistemas eAutomação (Fone: 31 4501.0001),diz que o que mais tem atraído as

Ballaben, da Trust: TMSpropicia redução entre 4% a10% nos custos dos fretes

Evolução tecnológica permite que as empresas aumentem sua operação sem aumentar os custos finais

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onde o principal paradigmaa ser vencido é o de quenada pode ser feito paramelhorar a operação e asua gestão”, diz ele.

Já Salles, da S&A,acredita que, realmente, autilização desta tecnologiaé um “divisor de águas”dentro da logística, pois avelocidade da resposta deuma operação pode reduzirperdas, principalmentecom cargas com prazo devalidade, perecíveis emedicamentos, querequerem uma atençãomaior dos centros dedistribuição. Aindasegundo o diretor, essaevolução tecnológicapermite que as empresasaumentem sua operaçãosem aumentar os custosfinais com toda segurançade informações e dentrodos prazos estipulados.

Bergamini, da Store,também diz sim a estapergunta, porque atecnologia ajuda a dardirecionamento de valor aprodutos e formas detrabalho, dando a melhordireção e orientando quaisprocessos/atividadesdevem ser revisados.

“A utilização destatecnologia é certamenteum ‘divisor de águas’dentro da logística, umavez que propicia, entreoutros benefícios diretos, ocontrole preciso dosprocessos de pagamentos,o efetivo gerenciamentodos custos de transportes,a eliminação de pagamen-tos indevidos ou emduplicidade – propiciandoredução entre 4% a 10%nos custos dos fretes –, aconferência de 100% dospagamentos efetuados àstransportadoras, a reduçãosignificativa das inconsis-tências de cobranças, aredução do custo adminis-trativo interno parapagamentos de fretes e avinculação do pagamentodo frete à comprovação deentrega”, afirma Ballaben,da Trust.

Ainda segundo ele,outros benefícios quepodem ser observados coma adoção do TMS pelasempresas são: subsídiospara uma melhor negocia-ção e contratação defretes, maior disponibilida-de de informações,agilidade na tomada dedecisões estratégicas daárea, controle da eficiência

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e dos níveis de serviço das transporta-doras e maior produtividade interna derecursos.

“Consideramos o TMS como umdos componentes do Sistema deInformações Logísticas ao lado doWMS e do Sistema de Gestão dePedidos. O TMS é o único que podecontrolar as operações externas àempresa, justamente aquelas respon-sáveis por grandes variações noscustos de distribuição e níveis deserviço ao cliente”, concorda Raduan,da SEAC.

EntravesMas, a despeito do otimismo

demonstrado, quais seriam os entravesainda existentes no Brasil queimpedem o maior uso de softwares deTMS pelas empresas?

“Antes de mais nada, é fundamen-tal definir bem a que nos referimosquando mencionamos TMS. Dentro dasigla podem caber soluções distintas ecomplementares, voltadas paraembarcadores, transportadoras,operadores logísticos e empresas queprestam outros serviços ligados aotransporte. Ao mesmo tempo, sistemasvoltados para o setor, comorastreamento, comunicação real timepor meio de celular no procedimento deentregas e otimização do uso da malhalogística, entre outros, em geral sãoconsiderados à parte dos TMSs.”

De maneira geral – continuaexplicando Gorodovits, da GKO – aadoção de recursos de tecnologia nasempresas encontra resistênciasassociadas ao volume de investimentosnecessários – que nem sempre serestringem à demanda do software –, àpercepção das empresas quanto aosresultados que o software irá propiciar– software é intangível e, salvoalgumas exceções, os aplicativos nãosão comodities, ou seja, precisam seranalisados com critério para que sepossa estabelecer a diferenciaçãoentre os mesmos –, ao receio dosprofissionais do setor, nem sempreatualizados e seguros de sua importân-cia na empresa, à inviabilidade dedispor dos recursos humanos para a

implantação – sempre é melhoridentificar isso antes da aquisição dosoftware, mesmo que postergando aimplantação –, entre outros motivos.”

Para o diretor da GKO, uma questãoparticularmente importante, especial-mente nas empresas embarcadoras, éver o transporte como parte menosimportante de seus processos, evitandopor isso investir nesta área. Esseequívoco tem custado às empresas aredução de suas margens e problemasnos níveis de serviço que poderiam sersolucionados por meio do uso datecnologia.

A análise do diretor de negócios daTrust não é muito diferente. Segundoele, os entraves ainda existentes noBrasil certamente não são relativos àtecnologia, uma vez que os recursoscomputacionais e de comunicaçãoestão mais eficientes e baratos, comdisponibilidade quase imediata.Também não dizem respeito a soluções,uma vez que no Brasil existem opçõesnacionais de qualidade, a um nível depreço compatível com o mercado, muitoinferior às soluções importadas.

“Um entrave talvez seja a indisponi-bilidade de informações nas empresasque propiciem uma análise maisdetalhada sobre os impactos dos custosde fretes sobre os seus negócios e,conseqüentemente, sobre os seusprodutos e o estudo dos benefícios daadoção de um TMS.”

Ballaben continua, afirmando queoutro ponto é que as áreas de transpor-te das empresas, até algum tempo

atrás, não eram foco de prioridade deinvestimentos em soluções etecnologia, situação que vem setransformando em função da globali-zação e aquecimento do mercadomundial de bens e serviços em nívelmundial.

Já o diretor da S&A aponta trêsentraves no Brasil que impedem omaior uso de softwares de TMS pelasempresas: falta de incentivos financei-ros do governo para que as empresastenham capacidade de investir emequipamentos para auxiliar a rapidezdo processo que o sistema oferece;falta de facilidade em créditoscorporativos com juros mais baixos; epoucos canais de financiamentos.

“No nosso entender, ainda não estáclaro o verdadeiro papel do softwareTMS. Muitos o confundem comfunções de conferência de frete, outroso consideram apenas um emissor dedocumentos fiscais. O verdadeiro papelde um TMS e seu maior retorno para aempresa é sua dimensão, tantooperacional quanto estratégica:controle das cargas e dos ativos,roteirização, planejamento e programa-ção do transporte, visibilidade dasoperações, otimização da rede detransporte, etc.”, diz, por sua vez,Raduan, da SEAC.

Bergamini, da Store, completa esteassunto dizendo que é uma questão detempo para que as empresas seconscientizem de que esta ferramentaé fundamental para gerenciar ostransportes. ●

TMS é um doscomponentes doSistema deInformaçõesLogísticas

TMS tem papel fundamental na minimização do custo de transporte

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Instalarme destacaimportância demonitoramentode cargasOferecer um sistema demonitoramento por imagensque proporcione controletotal e visão das merca-dorias e dos centros dedistribuição, para reduzir oscasos de furtos de cargasem empresas de logística etransporte. Esta é aproposta da Instalarme(Fone: 11 2117.9300),através de sistemas desegurança como o VídeoInteligente e o CFTV.O gerente corporativo daempresa, FernandoMoreira, afirma queexistem vários problemasnas entradas e saídas demercadorias, e que semcontrole para constatarestes eventos as empresasficam sem provas efetivaspara situações dessanatureza. “O VídeoInteligente voltado paralogística pode ser aplicadopara monitorar cargas,mercadorias e controlar omovimento de pessoas emespaços confinados”,explica o engenheiro JoséAntonio Martins Ferreira,do setor de ProjetosEspeciais da Instalarme.Moreira conta que aTransportadora Zigue-Zigueutiliza o sistema de CFTVpara gravar os eventosdiários em todo seu galpão,além da entrada e saída decaminhões, registrando emgravação local e disponibili-dade de visualizaçãoatravés da Internet e daCentral de Monitoramento.“Já a Rápidão Cometautiliza nosso sistema dealarme monitorado 24 horascom pronta resposta deapoio, por meio de equipesde vigilantes uniformizadose treinados”, revela.Segundo dados daAssociação Brasileira dasEmpresas de SistemasEletrônicos de Segurança(ABESE), fornecidos pelaInstalarme, a cada 100tentativas de furtos emestabelecimentos quedispõem de sistemasde monitoramento, 94fracassam.

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Segurança

Rodovia SP 332recebe amortecedorde impacto

segurança de três pontos eestá em andamento atual-mente com o air bag”, prevê.

Para ele, equipamentoscomo o amortecedor deimpacto são de vitalimportância considerando asituação caótica em que seencontra a malha rodoviáriano Brasil: “muitos acidentes,apesar da comprovadaimprudência de algunsmotoristas, poderiam ter suasconseqüências reduzidas sehouvesse o mínimo depreocupação com sinalizaçãoe segurança”, afirma, paraem seguida destacar que asituação nas rodoviasfederais é muito pior: “umprograma bem elaborado econsistente de investimentosem sinalização e segurançapoderá resultar em granderedução de fatalidades, bemcomo em redução dos quaseR$ 30 bilhões gastos pelogoverno com os custos dosacidentes”.

A empresa investiu cercade R$ 1.5 milhão paraadequar a produção dosamortecedores de impactoem uma fábrica localizada emMogi Mirim, no interior deSão Paulo. “A linha deprodução nos permite afabricação de aproximada-mente 50 amortecedores pormês, nesta fase inicial”,informa Brunheroto. Ele diz,

A BSI – BarrierSystems Inc (Fone:19 3241.9259),

empresa pertencente àLindsay Corporation, atuanteno segmento de equipamen-tos para Operação eSegurança Viária, acaba deinstalar um amortecedor deimpacto de veículos – umaespécie de air bag projetadopara evitar a morte demotoristas em colisões – nasaída 111 da rodovia SP 332,em Campinas, SP – pontoconhecido por representargrande perigo aosmotoristas.

Com cinco cartuchos deabsorção de energia que sãocolapsados conforme oimpacto, o amortecedor foiprojetado para proteção dosocupantes de veículosimpactantes com velocidadeinferior à do limite darodovia, que é de 80 km/h.

De acordo com EugenioBrunheroto, diretor comercialda Lindsay – Divisão Infra–estrutura, por enquanto oamortecedor de impacto éapenas uma recomendaçãopara pistas com velocidadesuperior a 70 km/h, citada nanorma ABNT NBR 15.486.“Com o tempo e a pressãoda sociedade e imprensa,eles devem se tornarobrigatórios, como jáaconteceu com o cinto de

também, que o objetivo destafábrica no Brasil é abastecertodo o mercado da América doSul, com foco no Chile, naArgentina e Venezuela, paísesnos quais a demanda poramortecedores e barreirasespeciais já é bastanteconsistente.

Os amortecedores deimpacto são destinados àsconcessionárias de rodoviasprivatizadas, agênciasgovernamentais e construto-ras. Os processos de instala-ção e manutenção doequipamento são feitos pelaLindsay/BSI.

Brunheroto acredita quepor se tratar de algo que aindanão é obrigatório no país, ocaminho a ser percorrido pelosegmento de Operação eSegurança Viária não seráfácil. “Estamos instalandoalguns amortecedores empontos chaves e com issoesperamos reforçar a culturade segurança que já é bastanteforte dentro das concessioná-rias e, a partir daí, definirmosum plano de implantação nosprincipais pontos de acidentesdas rodovias brasileiras”,completa. ●

Brunheroto: não hápreocupação comsinalização e segurança

Tradimaqcomemora 20anos no mercadode venda e locaçãode equipamentosTradicional empresaprestadora de serviços delogística interna emunidades industriais, aTradimaq (Fone: 312104.8004) comemora, em2008, 20 anos de atuaçãono segmento de venda elocação de equipamentos.Nascida oficialmente emoutubro de 1988 comolocadora de equipamentose com apenas trêsempilhadeiras, a Tradimaq,sediada em Contagem,MG, conta hoje com umafrota de 380 equipamentos– entre empilhadeiras,caminhões, retroescava-deiras e plataformasaéreas. Tornou-sedistribuidor Yale paraMinas Gerais em 2002 e,além da comercializaçãodos diversos modelos damarca, presta serviços deassistência técnica paraempresas com frotaprópria. Além da marcaYale, a Tradimaq é tambémdistribuidor autorizado dasplataformas de trabalhoaéreo Genie e dossistemas de armazenagemIsma.

CD da KatoenNatie também vaioperar comprodutosfarmacêuticosO Centro de DistribuiçãoMultimodal da KatoenNatie (Fone: 19 2116.1550)localizado em Paulínia, SP,está capacitado paraoperações de produtosquímicos e petroquímicos,bens de consumo,automotivos e cargasgerais. Mas, segundoEduardo Leonel, diretorcomercial da empresa, oobjetivo também é realizar,ali, operações comprodutos farmacêuticos,cosméticos e defensivosagrícolas.

Amortecedorfoi instaladoem ponto degrande perigoaos motoristas

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Feira Logística 2008vai acontecerem outubro,em JoinvilleA 2ª Feira e Congresso deLogística e Movimentação deCarga (Logística 2008)acontecerá entre 21 e 24 deoutubro de 2008, no pavilhãoEdmundo Doubrawa doCentreventos Cau Hansen,em Joinville, SC. “Apresenta-remos a logística como agestão dos processosprodutivos, desde o controleda matéria-prima até oproduto final, tornando-se umimportante fator no aumentoda competitividade”, ressaltaWalter Khairalla, diretor daMarkt Events – Feiras deNegócios (Fone: 473028.0002), organizadora daFeira. Entre os eventosparalelos que acontecerãodestacam-se o Congresso deLogística e TecnologiaEmpresarial, organizado emparceria com a AssociaçãoJoinvilense das Pequenas eMédias Empresas –Ajorpeme, e o Curso deMovimentação deEmpilhadeiras, organizado emparceria com o Senai deItajaí, SC. Além disso, aLogística 2008 terá uma áreade comercialização deempilhadeiras usadas.

Magno Internationalchega ao mercadobrasileiroA empresa americana MagnoInternational, provedora desoluções logísticas integradas,acabou de desembarcar noBrasil. O executivo HorácioLeite, com mais de 20 anos nosetor e passagens pela AEI/DHL/Danzas e Eagle, foianunciado como o novo diretorgeral da empresa no país.“Está sendo um grandedesafio, porém muito confortá-vel. Nossa estrutura já estápronta para brigar com asgrandes empresas do setor. Umnovo conceito em logísticachegará para ficar e marcar”,assegura Horácio Leite.A Magno, que terá a matriz emCampinas, SP, promete grandesinvestimentos ainda neste ano.

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