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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, ARTE-EDUCAÇÃO E CULTURA:
TESSITURAS PARA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA.
Por: Elaine Cristina da Silva
Orientador:
Profª. Geni Lima
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL, ARTE-EDUCAÇÃO E CULTURA:
TESSITURAS PARA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA.
Apresentação de monografia à Faculdade Integrada
AVM como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Orientação Educacional e
Pedagógica.
Por: Elaine Cristina da Silva
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AGRADECIMENTOS
...primeiramente agradeço a Deus por
ter me dado forças e de ter me dado a
oportunidade de cursar uma pós
graduação, e por não ter me deixado
desistir.
À minha família, ao meu “namorido”
Leonardo por aguentar meus estresses
e minha falta de tempo.
À meus professores pela paciência,
incentivo, dedicação. Muito obrigada
por tudo. E a professora Geni por me
ajudar a terminar este projeto, muito
obrigada.
Não poderia deixar de agradecer todas
as minhas amigas, em especial:
Sileide, Nádia, Pierotti e Renata. Aos
amigos da Pós: Adriana Corcino,
Glaúcia, Melissa, Adriana Cruz,
Amanda e Henrique pela força,
incentivos, divertimentos, conversas.
Espero que nossa amizade vá além da
universidade.
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DEDICATÓRIA
...dedico a minha mãe. Aos meus irmãos,
meu amor e amigo Leonardo, aos meus
sobrinhos que amo muito.
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RESUMO
Esta monografia tem como objetivo geral: Analisar como o orientador
educacional junto com o ensino da arte e cultura pode contribuir para a
construção da cidadania. Para atendê-lo foram formulados os seguintes objetivos
específicos: 1) Analisar o papel do orientador educacional frente a educação na
escola; 2) Demonstrar a importância do ensino da Arte na Educação; 3)
Compreender o papel da cultura na cidadania; 4) Entender a importância da
educação na construção da cidadania. Este trabalho foi baseado nos seguintes
referenciais teóricos: Vasconcellos (2006), Brandão (2006), Duarte Jr (1991),
Luckesi (2009), entre outros autores que também foram investigados. Os dados
foram analisados a partir de um paralelo entre o pensamento dos autores e foram
interpretados a partir de uma perspectiva didático-pedagógica. Os resultados da
pesquisa mostraram o quanto é importante o ensino da arte para que através dela
possamos conhecer as mais diferentes culturas e com isso respeitar as diferenças
e assim podemos entender melhor a palavra cidadania e o que ela representa na
sociedade e o orientador educacional é um agente facilitador para esse
entendimento, pois em parceria com o professor podem desempenhar diversas
tarefas para a efetiva construção da cidadania dos educandos. O ensino de arte
tem uma função tão importante quanto às outras áreas de conhecimentos, porém
tem suas especificidades e deve ser tratada como área diferenciada, mas ainda
há escolas que tratam essa disciplina sem importância, tratando-o apenas como
passatempo um descanso das demais atividades.
O ensino de arte tem muito a contribuir para a formação plena do ser
humano, para o ser humano sócio-histórico.
PALVRAS-CHAVE: Orientação Educacional, Cidadania, Arte-Educação,
Cultura.
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METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa teórica, que envolve um estudo bibliográfico.
Os dados da pesquisa foram levantados por meio de documentação indireta,
com consulta a fontes secundárias, tais como: livros, revistas, teses, entre
outros Em um primeiro momento identificaremos o papel da Orientação
Educacional através de Vasconcellos (2006) que entende que entre tantos
outros o papel de maior relevância do Orientador Educacional é o da
construção da identidade dos educandos e porque não dizer dos próprios
educadores. Em um segundo momento conceituaremos Educação de acordo
com Brandão (2006) ninguém escapa da educação seja em casa, na rua, no
trabalho, de um ou mais modos. Existem inúmeras educações e cada uma
atende a sociedade em que ocorre, pois é a forma de reprodução dos
conhecimentos que associa uma cultura, portanto, a educação de uma
sociedade tem identidade própria. Em seguida para conceituar arte, o que não
é uma tarefa fácil, pois vários estudiosos trazem conceitos diferentes, entre
tantos usarei Duarte Jr (1991) que entende Arte como uma criação humana
presente em todas as culturas. Para Cultura muitas definições são dadas, mas
usarei Luckesi (2009) que diz que Cultura é uma construção que a humanidade
vem formando ao longo do tempo, assumindo características específicas em
cada época histórica. Esses conteúdos culturais são informações importantes
para as novas gerações. E através de pesquisas feitas na internet e em artigos
podemos entender nesse momento que cidadania é a condição social que
confere a uma pessoa o usufruto de direitos que lhe permitem atuação da vida
política e social da comunidade no interior da qual está inserida. Para esta
pesquisa outros autores que também foram investigados, tais como: Grinspun
(2006), Candau (2010), Alves e Garcia (2001) entre outros. Os dados foram
interpretados através de um paralelo entre os pensamentos dos autores
investigados, em uma perspectiva didático-pedagógica.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I – Orientação Educacional 10
CAPITULO II - A Arte na Educação 16
CAPÍTULO III – Cultura e Cidadania 25
CAPÍTULO IV – Educação e Cidadania 32
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 44
FOLHA DE AVALIAÇÃO 46
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância e a
contribuição do Orientador Educacional na construção da cidadania dos
educandos tendo como principais instrumentos o ensino da Arte-Educação e
da Cultura, o trabalho do orientador é comprometido com a construção do
sujeito/aluno na formação por completo, em especial sua cidadania, a partir de
uma leitura reflexiva este estudo acaba justificando-se em investigar como o
orientador educacional junto com o ensino da arte e cultura pode contribuir
para a construção da cidadania dos educandos.
Muito se discute sobre cidadania, e vários projetos são criados para
promove-la, mas será que realmente sabemos o que de fato é cidadania e
como se promove a mesma? Daí surge um questionamento cidadania estaria
ligada a cultura, e a escola é uma instituição considerada privilegiada para
desenvolver uma função social fundamental, pois a mesma transmite cultura,
faz com que todos tenham acesso ao que de mais significativo culturalmente
produziu a humanidade. As aulas de arte na escola poderiam ser muito mais
que um simples passar tempo, um descanso para as aulas tidas como as “mais
difíceis. O papel da escola está voltado para a sensibilidade dos educandos
para as formas culturais presentes em nossa sociedade, em nosso mundo.
Através do ensino da arte podemos compreender o mundo das diferentes
culturas e como acontece a interação entre elas, como é possível conhecê-las
através da arte, seja com sua dança, música, alimentação ou até mesmo seu
jeito de falar.
A Arte é um fenômeno comum em todas as culturas. Está presente
desde a pré-história até aos dias atuais. Qualquer cultura sempre produziu
Arte, seja desenho nas paredes, pinturas pelo corpo ou até mesmo nas formas
mais sofisticadas como em nossa sociedade nos dias atuais. (DUARTE JR.,
1991, p. 38)
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É preciso entender a área de Arte/Educação ou ensino da Arte em
relação à cultura que nos cerca. A escola tem papel importante na preservação
da produção cultural. É através da cultura que nos tornamos sujeitos
socializados e é por essa razão que a Arte precisa ser conhecida e
compreendida pelos alunos. Arendt (apud ALMEIDA 2004, p.15) afirma que
cabe à educação preservar as culturas, pois “o fato de aprender está
inevitavelmente voltado para o passado”. O conhecimento do passado é
importante para a formação cultural.
Com base em pesquisas bibliográficas podemos observar o quando é
importante o ensino da arte para que através dela possamos conhecer as mais
diferentes culturas e com isso respeitar as diferenças e assim podemos
entender melhor a palavra cidadania e o que ela representa na sociedade e o
orientador educacional é um agente facilitador para esse entendimento, pois
em parceria com o professor podem desempenhar diversas tarefas para a
efetiva construção da cidadania dos educandos.
Trabalho realizado através de uma pesquisa bibliográfica em livros,
artigos, revistas, periódicos e sites na internet que trazem conhecimentos sobre
o papel do orientador educacional dentro da escola e sua parceria com o
professor para possibilitar a construção da cidadania dos educandos através do
ensino de arte e da cultura.
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CAPITULO I
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Neste capitulo faremos uma breve analise sobre o significado do que é
Orientador, qual seu real papel no espaço escolar, e ainda para um melhor
entendimento faremos um estudo para sabermos como a Orientação
Educacional surgiu e o porquê da necessidade de se ter um Orientador dentro
da escola.
1.1 O Papel da Orientação na Escola
Antes de falamos sobre o papel da Orientação na escola se faz
necessário uma breve analise de seu significado e surgimento para uma
melhor compreensão.
Afinal o que é ser Orientador? Caberia a ele o ato de orientar? No
Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (2006), encontramos: orientação –
ato ou efeito de se orientar; direção, rumo, guia, impulso. Orientar: determinar
os pontos cardeais em; marcar por meio de orientação; ajustar ou adaptar à
direção dos pontos cardeais; guiar; dirigir; encaminhar; indicar o rumo a;
reconhecer a situação em que se acha para se guiar no caminho; reconhecer,
examinar com cuidado diferentes aspectos. Para Frangella (2008) o conceito
dessas duas palavras traz consigo a visão que se tem, na escola, do que vem
a ser orientação: não consentir que haja desvios do caminho planejado, que os
pontos cardeais estabelecidos sejam de fato a orientação segura que
possibilite esse caminhar.
A Orientação Educacional tem sido uma das funções exercidas pelo
profissional da Educação denominado Pedagogo.
Segundo Grinspun (2006) a origem da Orientação Educacional esta
relacionada à Orientação Vocacional, surgida nos Estados Unidos em 1908
com um caráter de aconselhador que marcou todo seu trajeto. Movimentos da
época teriam feito surgir tal prática no mundo todo, como os movimentos em
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favor da psicometria, da revolução industrial, da saúde mental e das novas
tendências pedagógicas.
A organização Escolar surgiu através de Jessé Davis nos Estados
Unidos em 1912, mas com a característica básica de acolher a problemática
vocacional e social dos alunos de sua escola (idem, 2002).
E no Brasil a orientação Educacional teve seu inicio em 1924 no Liceu
de Artes e Ofícios de São Paulo. Também com papel de Orientação
Vocacional, porém Nérici (1976) dar mérito e diz que Lourenço Filho em 1931
fez a primeira tentativa de se ter a Orientação Educacional no Brasil, quando
criou o Serviço de Orientação Profissional e Educacional, no Estado de São
Paulo. Tal ação tinha como objetivo guiar o indivíduo em sua escolha de seu
lugar social pela profissão.
Experiências isoladas nos moldes americanos e europeus começam a
surgir tendo as educadoras Aracy Muniz Freire e Maria Junqueira Schimit como
grandes pioneiras, no Colégio Amaro Cavalcanti, no Rio de Janeiro, em 1934
(GRINSPUN, 2006).
A Orientação Educacional foi legalizada em 1942, através do ministro
Gustavo Capanema, e pela primeira vez encontram-se referências explicitas à
Orientação Educacional. Grinspun (2006).
Sua função teria caráter corretivo e direcionado para o atendimento aos
alunos problemas. Outra função seria a de velar para que os estudos e
descanso do aluno ocorressem de acordo com as normas pedagógicas mais
adequadas. Também teria o papel de esclarecer possíveis dúvidas dos alunos
e orientar seus estudos para que sozinhos buscassem sua profissionalização.
A profissão também seria regulamentada, tendo o Orientador Educacional que
fazer um curso próprio de Orientação Educacional.
No entanto o curso central da Orientação Educacional seria o ensino
técnico, em que auxiliava no desenvolvimento de uma mão-de-obra
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especializada e qualificada, assumindo caráter terapêutico, preventivo,
psicometrista, identificando aptidões, dons e inclinações dos indivíduos.
O ministro Gustavo Capanema também aprovou a criação de diversos
órgãos, como por exemplo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o
SENAI. (Menezes, Santos, 2002)
Até seu momento atual, a orientação educacional passou por diversos
períodos, dos quais Grinspun (2001), nos mostra da seguinte forma:
1. - Período Implementador (1920-1941): a orientação profissional surgiu
com ênfase nos trabalhos de seleção e escolha profissional, a orientação
se utilizava de testes vocacionais e técnicas psicométricas com intuito de
traçar o perfil profissional dos alunos.
2. - Período Institucional (1942 – 1960): com o decreto-lei 4244/1942 a
orientação educacional passou a ser obrigatória no ensino secundário.
Uma de suas funções era de encaminhar os alunos nos estudos e na
escolha da profissão, dando-lhes esclarecimentos e os aconselhando-
os, sempre em entendimento com a família.
3. – Período Transformador (1961 – 1970): Caracterizou a orientação
educacional como educativa, adaptadas a realidade da educação
brasileira, se desprendendo de preceitos de modelos trazidos de outros
países.
4. – Período Disciplinador (1971 a 1980) marcado pela Nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 5.692/71), que
determinava o aconselhamento vocacional e a obrigatoriedade nas
escolas de 1º e 2º graus, cabia ao orientador atuar junto dos professores
e famílias para melhor desenvolvimento dos alunos.
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5. - Período Questionador (década de 80) - Esse período foi marcado por
estudos, congressos, lutas sindicais tudo a favor dos profissionais da
orientação educacional e de suas práticas.
6. - Período Orientador (a partir de 1990) - supostamente o período da
"orientação" para a educação pretendida.
Uma nova visão para Orientação Educacional:
A orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores
que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os 'alunos
com problemas'. Há, portanto, necessidade de nos
inserirmos em uma nova abordagem de Orientação,
voltada para a 'construção' de um cidadão que esteja
mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-
se, significativamente, o 'onde chegar', neste momento da
Orientação Educacional, em termos do trabalho com os
alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no
desenvolvimento do seu processo de cidadania,
trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas
através do diálogo nas relações estabelecidas.
(GRINSPUN, 2001, p. 13)
A preocupação central da orientação não é mais com alunos tidos como
alunos problemas, hoje ela tenta ajudar na solução dos problemas dos alunos e
de toda comunidade escolar, numa perspectiva de melhor entendimento do
sujeito e de suas relações dentro e fora da escola.
Fica claro a necessidade das escolas de se ter um Orientador
Educacional, pois o mesmo vai possibilitar a escola a avançar, claro que numa
parceria com os professores, trabalhando um conteúdo que possibilite ir além
dos conhecimentos programados no currículo da escola, atingindo um currículo
que esteja de fato comprometido com a construção do sujeito/aluno na
formação de sua cidadania.
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De acordo com Grinspun (2006, p. 190) “O orientador educacional é um
especialista da educação, inserido na área do magistério, portanto, ele está
ligado ao grupo de professores, seja na rede pública, seja na particular”.
Segundo Grinspun (2006, p.185) diz que na educação precisamos partir
para o novo anúncio, do que se pretende com a educação num país de
desenvolvimento e a orientação educacional pode ajuda a educação a:
1. Tratar a educação como prática social.
2. Elaborar um projeto político-pedagógico que reflita as
finalidades da Escola, as expectativas e interesses dos
alunos, e que seja formulado por todos que participam
da vida da Escola.
3. Rever a questão do espaço-tempo dos alunos na
Escola.
4. Contribuir para a construção do sujeito.
5. Elaborar propostas e estratégias de ação que visem à
formação do aluno.
6. Organizar meios e condições de promoção e
cidadania.
7. Trabalhar no sentido de incluir na vida da sociedade
todos seus alunos, diminuindo ou eliminando o fator
exclusão.
8. Investir no desenvolvimento das potencialidades dos
alunos.
9. Possibilitar que sejam vivenciados na escola os
valores que estão presentes na formação do aluno.
10. Colaborar para que o espaço vivido na escola seja
para o aluno um lócus de aquisição de conhecimentos
e experiência de sentimentos.
Há também os pontos fundamentais para a orientação educacional
trabalhar dentro da escola como: autonomia, participação, responsabilidade,
reflexão e solidariedade. Quando à orientação educacional trabalha dando
prioridade a esses pontos fundamentais ela ajuda a escola e seus alunos a
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compreender que a escola é um espaço onde suas ações refletem e
repercutem na sociedade.
O que a orientação educacional representa dentro da escola tem um
significado grande, pois vai possibilitar ao individuo a compreender e analisar o
mundo no qual vive e compreender sua relação com o outro, também ajuda a
escola na interação de suas relações de seu projeto político-pedagógico, de
modo que possamos viver e conviver nesse mundo como sujeito ativo, crítico e
consciente. Que busquemos alternativas, criando estratégias para que
tenhamos uma escola de qualidade, uma sociedade mais justa.
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CAPITULO II
A ARTE NA EDUCAÇÃO
O capitulo traz o significado de arte e nos mostra que não é nada fácil a
tarefa de conceituá-la, traz também um breve panorama sobre a história da
arte no Brasil e apresenta as primeiras formas de ensino da arte.
Este capítulo ainda aponta o quanto é importante o ensino da arte, pois
através dela podemos conhecer as diferentes culturas e assim respeitá-las, e
apresenta também as diferentes propostas para o ensino da arte de acordo
com os PCNS.
2.1. CONCEITO DE ARTE
O dicionário Aurélio de Ferreira (2006) mostra significados bem amplos
para o termo Arte. Essa grandeza de sinônimos geralmente indica um conjunto
de atividades na qual se dar valor a criação humana e seus resultados. O
termo é proposto para indicar profissão ou oficio desempenhado pelo indivíduo,
é uma competência de dominar a matéria colocando em prática suas idéias.
Conceituar Arte não é uma tarefa fácil, pois vários estudiosos trazem
definições diferentes. Mas sendo fácil ou não de defini-la a verdade é que ela
sempre esteve presente em nossas vidas, como afirma Duarte Jr. (1991) a Arte
nos acompanha desde os tempos das cavernas, já que era presente em suas
paredes com representações de bisão; dessa forma o homem interpretou e
expressou o mundo em que vivia pela linguagem da arte. Foi e é através da
Arte que se pode tornar concreta a imaginação do homem, é na Arte que
encontramos formas que concretizem o sentir humano, despertando para uma
atenção maior ao seu próprio processo de sentir.
Para Martins et al (1998) a Arte é uma forma de criação de linguagens,
que são demonstradas através da linguagem visual, linguagem musical,
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linguagem cênica, linguagem da dança, linguagem cinematográfica, entre
outras. Todas essas linguagens fazem o homem sentir, refletir e produzir o seu
estar no mundo.
Ferraz e Fusari (1993, p.18) afirmam que o reconhecimento da Arte de
fato tem diferentes interpretações: “Arte como técnica, matérias artísticos,
lazer, processo intuitivo, liberação de impulsos reprimidos, linguagem,
comunicação, expressão...” Estes seriam aspectos teóricos que contribuem no
que se refere às produções e apreciações artísticas, porém as autoras deixam
claro que esta não é uma verdade única.
Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades
Arte, desde que conservemos em mente que tal palavra
pode significar coisas muito diferentes, em tempos e
lugares diferentes, e que Arte com a maiúscula não
existe. Na verdade, Arte com A maiúscula passou a ser
algo de um bicho-papão e de um fetiche (GOMBRICH,
2008, p. 15).
Para Gombrich (2008) muitos dos conceitos que vêm dando para Arte
parecem querer distanciar o indivíduo da Arte, fazendo acreditar que Arte não é
para qualquer um, e que nem sempre o que parece ser é de fato arte.
Segundo Ferreira (2001) a arte surge com espontaneidade junto com
todas as descobertas da vida, é parte inseparável da existência. Pois a
humanidade tem a necessidade de se comunicar seja consigo mesmo, ou até
mesmo com seus Deuses, é na arte que o ser humano cria e mostra seu
mundo, mas para que isso aconteça depende da sociedade na qual o indivíduo
“sonhante” esta inserido. É neste sentido que entra a educação, feita na escola,
em casa e até mesmo na rua. A necessidade de expressar-se funde-se no
ambiente no qual vivemos.
2.2. ARTE-EDUCAÇÃO
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Educação através da Arte, Arte-Educação são expressões que estão se
incorporando ao vocabulário educacional.
Porém, para Lanier (1984, p. 43 In: BARBOSA, 2002, p. 43) “o que a
Arte precisa é de um forte conceito central. A fragmentação de idéia que hoje
impera no ensino de Arte não é em si perniciosa, mas seria bem mais produtiva
um quadro conceitual coeso”.
A maioria de nós conhecemos diversos conceitos e referências que são
percebidos em metodologias adotadas por professores. A Arte para
desenvolver a criatividade, aptidão visual, arte-terapia, desenvolvimento
intelectual, comunicação, atividades de lazer, esses são apenas alguns dos
conceitos existentes. Porém toda essa diversidade pode até dar bons frutos,
pois permite uma maior ampliação do alcance da atividade artística para outras
formas de desenvolvimento do aluno.
O ensino de Arte é o acesso pelo qual o educando poderá aprender a
Arte como linguagem expressiva e também como forma de conhecimento.
Ferraz e Fusari (1999 apud BARBOSA, 1975, p. 16) destacam que: “a
Arte não tem importância para o homem só como instrumento para desenvolver
sua criatividade, sua percepção etc., mas tem importância em si mesma, como
assunto, como objeto de estudos”.
Nesse sentido, o ensino de Arte tem sua importância dentro da
educação porque primeiramente sempre ocupou função importante dentro da
sociedade desde os primórdios da civilização e principalmente porque a Arte se
constitui em manifestações dos seres humanos, de uma forma especifica de
interagir com o mundo em que vivem ao se conhecerem e ao conhecê-lo.
De acordo com os PCNs (1997) fazer Arte e pensar sobre o trabalho que
realiza pode assegurar aos educandos uma aprendizagem significativa que
está conectada a valores e aos modos de produção artística nos meios
culturais.
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Desta forma é importante que os professores de Artes desenvolvam
propostas que busquem promover contatos, interações, reflexões e
conhecimentos ligados à Arte e as suas diversas possibilidades estéticas,
culturais e históricas.
Barbosa (1994) defende dentro do ensino de Artes uma metodologia o
qual ela chamada triangular, que é combinada pela história da Arte, pela leitura
da obra e pelo fazer artístico, ou seja, o educando que aprende Arte não deve
apenas saber fazer algo, ele deve: saber, saber de onde veio e que levou
alguém a fazer aquela obra. Para que dessa forma possa fazer a leitura da
obra e perceber a mensagem a ser passada através da obra. A técnica
também tem seu valor, pois é essencial para um melhor trabalho, por isso é
importante que o educando também a conheça.
2.3. ARTE-EDUCAÇÃO NO BRASIL
Segundo Ferraz e Fusari (1999, p. 27) “as práticas educativas surgem
de mobilizações sociais, pedagógicas, filosóficas, e, no caso de Arte, também
artísticas e estéticas”.
Um breve histórico das tendências teóricas da educação escolar
(pedagogias) nos fará entender um pouco mais sobre a prática educacional de
Arte e sua relação com nossa vida.
O ensino de artes no Brasil foi marcado com a chegada da Missão
Francesa, 1816, que trazia um novo estilo, o neoclassicismo, nessa época no
Brasil vivia-se a explosão do barroco dos artistas populares, considerados
simples artesãos.
O barroco “Arte popular brasileira” foi perdendo espaço para um novo
estilo. A Academia Imperial de Belas Artes criada pela Missão foi destinada
apenas para alguns e tinha como ponto forte o ensino de desenho, valorizando
a cópia fiel e a utilização de modelos europeus, que procurava atender o que
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considerava fundamental para a expansão industrial, dessa forma o ensino
trabalhava para preparação e habilidades técnicas e gráficas. Como o Brasil
seguia o modelo Europeu o desenho era considerado a base de todas as artes,
portanto, era ensino obrigatório no ensino dos anos iniciais do ensino
secundário. (MARTINS et al, 1999)
É a partir dessa época que temos um ensino centrado na valorização do
produto e na figura do professor como dono absoluto da verdade. Toda a turma
apresentava o mesmo desenho, o professor tinha como objetivo que todos os
alunos tivessem uma boa coordenação motora, hábitos de limpeza, ordem nos
trabalhos, estes objetivos era uma preparação para a vida profissional.
(MARTINS et al, idem)
Na primeira metade do século XX, o ensino de música passou a fazer
parte dos programas das escolas primárias e secundárias, porém limitavam-se
as aulas de canto orfeônico, solfejo e memorização de hinos pátrios.
Disciplinas como Artes industriais, artes domésticas e trabalhos manuais
também entraram para os programas das escolas (MARTINS et al, 1999, p.
11).
O Canto Orfeônico na década de 30 teve como representante o
compositor Heitor Villa-Lobos, porém ao se esbarra em dificuldades práticas na
orientação de professores, e acabou transformando a aula de música em uma
teoria musical, baseada no aspecto de memorização.
Criada a Lei de Diretrizes e Bases de 1961, o canto orfeônico foi
substituído pela Educação Musical.
Começa-se a perceber nas escolas a presença de um movimento
chamado Escola Nova. Este movimento direcionava o ensino de Arte para a
livre expressão e a valorização do processo de trabalho, e o papel do professor
era dar oportunidades aos alunos para que se expressassem de forma
espontânea, essa era a valorização da criatividade no ensino de Arte. Era o
aluno que desenvolvia os conteúdos das aulas. (MARTINS et al, 1999)
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Em 1971, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Lei 5692/71, a
Arte tendo como nome Educação Artística é incluído no currículo escolar,
porém não é considerada como disciplina e sim como atividade educativa, que
abordaria conteúdos de música, teatro, dança e Artes plástica nos segmentos
de 1º e 2º grau. Tendo um único professor, que deveria ser capaz de atingir
todas essas linguagens de forma competente.
Segundo os PCN (1997, p. 24) “muitos professores não estavam
habilitados, e menos ainda preparados para o domínio de várias linguagens,
que deveriam ser incluídas no conjunto de Educação Artística”.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (nº 9394/96) estabelece
em seu artigo 26, parágrafo 2º, que: “o ensino de Arte constituirá componente
curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a
promover desenvolvimento cultural dos alunos”.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (1997) reafirmam o que já
está estabelecido por lei: as reivindicações de identificar a área por Arte, e
incluí-la na estrutura curricular como área com conteúdos ligados a cultura
artística, e não mais como atividade.
Os vários acontecimentos tiveram como objetivo buscar um ensino de
Arte para todos, pois a arte faz parte do patrimônio cultural e todos têm direito a
ter acesso, e a escola é a maior responsável por esse acesso.
2.4. DIFERENTES PROPOSTAS CURRICULARES PARA O
ENSINO DE ARTE
A Educação Artística como muitos ainda persistir em chamar, era
apenas considerada como uma atividade educativa que tinha como objetivo
propor a valorização da tecnicidade e profissionalização, isso na Lei 5692/71.
Já na atual LDB 9394/96 deu um avanço na área e passa a ser considerada
uma ação educativa criadora, ativa e centrada no aluno e passa a fazer parte
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do currículo como disciplina obrigatória na Educação básica, e Educação
Artística passa a ser chamada de Ensino da Arte, que está mais preocupada
com a educação escolar, com novas metodologias para o ensino de Arte.
(FERRAZ E FUSARI,1993)
Todas essas mudanças em relação ao ensino da Arte se deram através
da conscientização profissional que denominou o movimento Arte-Educação,
as discussões em torno do tema acabaram trazendo concepções e novas
metodologias para o ensino/aprendizagem do ensino de arte. (FERRAZ E
FUSARI, 1993)
Em 1997 surgem os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNS, com
intenção de apontar propósitos de qualidade para educação, para que o
educando torne-se um ser participativo, reflexivo, autônomo e conhecedor de
seus deveres.
Segundo os PCNS (1997, p. 25) “são características desse novo marco
curricular as reivindicações de identificar a área por Arte (e não mais por
Educação Artística) e incluí-las na estrutura curricular como área, com
conteúdos próprios ligados à cultura artística e não apenas como atividade”.
Dando ênfase aos conteúdos de ensino/aprendizagem que colaboram na
formação do cidadão, promovendo a formação artística e estética do aprendiz e
sua participação na sociedade.
Cada cultura tem sua Arte, e é através dela e de suas manifestações
que podemos ter uma compreensão mais significativa dos valores das
sociedades. É nessa perspectiva que um dos Temas Transversais apresentado
nos PCNS (1997) é a Pluralidade Cultural. “Os objetivos e conteúdos dos
Temas Transversais devem ser incorporados nas áreas já existentes e no
trabalho educativo da escola. É essa forma de organizar o trabalho didático que
recebeu o nome de transversalidade”. (PCNS – APRESENTAÇÃO DOS
TEMAS TRANSVERSAIS ETICA, 1997, p.15)
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É preciso entender a área de Arte/Educação ou ensino da Arte em
relação à cultura que nos cerca. A escola tem papel importante na preservação
da produção cultural. É através da cultura que nos tornamos sujeitos
socializados e é por essa razão que a Arte precisa ser conhecida e
compreendida pelos alunos. Arendt (apud ALMEIDA 2004, p.15) afirma que
cabe à educação preservar as culturas, pois “o fato de aprender está
inevitavelmente voltado para o passado”. O conhecimento do passado é
importante para a formação cultural.
Almeida (2004, p. 16) afirma que:
O ensino de Artes tem, portanto, uma dupla face. Por um
lado, é conservador – no sentido de preservar, reter,
resguardar: quem ensina, ensina algo que aprendeu com
alguém, que também aprendeu com alguém e assim por
diante -, pois é preciso aprender a dominar os
conhecimentos artísticos; por outro lado, requer e
impulsiona mudanças à transformação, o novo. Por isso,
ensinar faz parte de um processo que nos remete ao
passado e ao futuro, à eternidade.
De acordo com Santos (2006) nos tempos atuais há uma preocupação
em compreender os vários caminhos que conduzem a sociedade às suas
relações presentes e suas perspectivas futuras. E é nessa perspectiva que os
PCNS segundo Lima (2002), complementando as idéias de Santos (2006),
“apresenta uma noção afirmativa da diversidade cultural, como riqueza humana
a ser explorada, fonte de conhecimento e denso material a ser usado nas
escolas em praticamente todas as disciplinas.”
Para Ferraz e Fusari (1993) o ponto de partida para o
ensino/aprendizagem do aluno está voltado em conhecer sua prática social e
cultural. O professor vai se preocupar em descobrir os interesses, experiências,
linguagens, formas de conhecimentos de artes e prática de seus educandos.
24
Entre a cultura e a criança está o professor que irá atuar como mediador
trazendo os conhecimentos existentes oferecendo novas condições para novos
estudos, pois as crianças estão sempre fazendo assimilação de tudo aquilo que
entra em contato, e através da observação os professores constituem sua
metodologia de trabalho. (Idem)
É necessário o contato com outras culturas para que possamos entender
melhor o processo histórico. É também de grande importância que a educação
crie mecanismos para que todos tenham condições para uma atuação social
mais crítica e efetiva. (FERREIRA, 2001).
Como base nas leituras acima conclui-se que o ensino de Arte dentro da
sala de aula se faz necessário para desenvolver competências para criação,
reflexão e interpretação. Essa aprendizagem vai ganhando espaço,
percebendo-se que é necessária para a formação das crianças. Arte-Educação
deverá ter os mesmos valores que outras disciplinas, pois é tão importante
quanto às demais.
A Arte-Educação pode ser um elo para o conhecimento da cultura, ou
melhor, das culturas. Pois, resgatando a cultura poderemos entender o que nos
diferencia de outras pessoas, isso também nos fará respeitar essas diferenças.
25
CAPÍTULO III
CULTURA E CIDADANIA
Muito se discuti sobre cultura e para um melhor entendimento este
capitulo traz o sentido, ou seria melhor dizer sentidos que é dado a cultura.
Traz ainda uma articulação entre criança e cultura e como através da arte
pode-se inserir de forma mais prazerosa a criança a seu processo de
socialização. A cultura tem sido um dos principais pilares de construção e
afirmação da identidade e este capítulo apresenta uma proposta da Secretária
de Educação par reforçar a identidade dos alunos.
3.1. O QUE É CULTURA
Para Caldas (1986) o termo cultura possui diversos conceitos, vários
estudiosos das mais diferentes áreas do conhecimento como a Antropologia, a
Sociologia e a Psicologia já dedicaram parte de seus estudos ao termo cultura.
Diferentemente da Antiguidade onde se relacionava a palavra cultura ao
sentido de destacar a educação aprimorada de uma pessoa e seus interesses
por tudo aquilo que o homem produziu historicamente. Já nos dias atuais o
termo cultura é utilizado nas mais diversas situações, hoje tudo é visto como
cultura.
Complementando as idéias de Caldas (1986), Santos (2006) nos mostrar
também que o sentido dado à cultura está muito relacionado a estudo,
educação escolar. Quando se pensar em cultura pensa-se unicamente nas
manifestações artísticas como o teatro, a música, a pintura, a escultura. Na
atualidade ela pode ainda ser identificada com os meios de comunicação como
rádio, TV, cinema. Diz respeito até mesmo às festas e cerimônias tradicionais,
lendas e crenças de um povo. Até mesmo a forma de se vestir, sua
alimentação, seu idioma. Essa lista pode ainda até ter muito mais coisas.
Santos (2006) ressalta que a preocupação quando se fala em cultura é
caracterizar uma população humana. Porém para o autor há duas concepções
26
básicas para se entender o conceito de cultura, a primeira é a preocupação
com as representações de uma realidade social, que diz respeito à existência
social de um povo ou nação. A segunda concepção diz respeito ao
conhecimento dessa nação, às idéias, às crenças, sua maneira de existir na
vida social.
Fenômenos como lendas ou crenças, costumes ou tradição, entre
outros, não dizem nada por si só, apenas dizem algo enquanto parte de uma
cultura, a cultura precisa de referência para ser entendida. Há também um
aspecto considerado importante dentro da realidade cultural que é a mudança,
já que a transformação faz parte de uma sociedade. (Idem)
3.2. A CRIANÇA E A CULTURA
De acordo com Ferraz e Fusari (1999) desde muito cedo a criança
encontra-se inserida em um mundo do qual ela participar de práticas sociais e
culturais de sua família, e através dessa convivência se desenvolvem e vão
descobrindo o mundo físico, psicológico, social, estético e cultural que é
apresentado pelas pessoas do seu cotidiano. Estando incluída em um
ambiente efetivo e cultural é que a criança vai aperfeiçoar, melhorar seu
processo de socialização.
Para Vasconcelos (2006) a Arte sempre esteve ligada ao ser humano,
registrando seus costumes e suas visões de mundo, porém antes de tudo a
arte é parte da identidade cultural do indivíduo. Porém não existe uma única
cultura, pois a mesma é um fenômeno plural, e é nessa pluralidade que se
busca os sentidos para a educação e o ensino de Arte.
Ferraz e Fusari (1993, p.15) afirmam:
A educação através da Arte é, na verdade, um movimento
educativo e cultural que busca a constituição de um ser
humano completo, total, dentro dos moldes do
pensamento idealista e democrático. Valorizando no ser
27
humano os aspectos intelectuais, morais e estéticos,
procura despertar sua consciência individual,
harmonizada ao grupo social ao qual pertence.
Segundo Candau e Moreira (2003) sem dúvidas a escola é uma
instituição cultural, e tem um papel importante na mediação privilegiada para
transmitir a cultura, mostrando o que de mais significativo culturalmente
produziu o homem. Não dar para pensar na escola e não pensar na cultura.
Santos (2006, p.8) destaca:
Cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao
mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades
e grupos humanos. (...) Cada realidade cultural tem sua
lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para
que façam sentido as sua práticas, costumes, concepções
e as transformações pelas quais estas passam. (...)
Entendido assim, o estudo da cultura contribui no
combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme
para o respeito e dignidade nas relações humanas.
Entender a cultura é importante para que possamos compreender a vida
e a organização de uma sociedade.
As leituras de mundo, a comunicação entre as pessoas não se dão
somente pela palavra, muito que sabemos sobre os pensamentos e
sentimentos dos mais diversos povos, países, épocas são conhecimentos que
conseguimos de forma única e exclusivamente por meios de suas músicas,
teatro, poesia, pintura, dança, cinema, etc. É por meio dessas linguagens que
poderemos compreender o mundo das culturas e o nosso próprio eu.
(MARTINS et al 1998)
Para que possamos entender, compreender e dar sentido a essa
linguagem é preciso que aprendamos a operar com seus códigos, da mesma
forma que existe um espaço na escola que se destina ao aprendizado da
28
leitura e da escrita é necessário também que haja um espaço para a
aprendizagem nas linguagens de arte. (Idem)
A Arte tem papel privilegiado na aproximação entre os indivíduos de
diferentes culturas, favorecendo o reconhecimento das semelhanças e as
diferenças.
Para Laraia (2005, p. 45) “O homem é o resultado do meio cultural em
que foi socializado. Ele é herdeiro de um longo processo acumulativo, que
reflete o conhecimento e a experiência adquiridas pelas numerosas gerações
que o antecederam”.
Segundo Caldas (1986) se os padrões culturais não fossem passados
de geração para geração a estrutura e a organização social estariam
seriamente comprometidos, sem cultura não haveria sistemas sociais.
O estudo das culturas nos traz uma grande contribuição para que
possamos entender seus processos de transformações, costumes, concepções
de uma sociedade e que suas práticas façam sentindo. Esse estudo também
contribui contra os preconceitos e favorece o respeito e dignidade nas relações
humanas. (SANTOS, 2006).
3.3 DIFERENTES CULTURAS
A cultura retrata uma sociedade, um povo, seus costumes, crenças,
hábitos...
3.3.1 CULTURA ERUDITA
Segundo Caldas (1991) o conhecimento erudito sempre foi colocado em
posição contrária ao conhecimento originário da maior parte da população que
era considerado inferior, atrasada e superada.
A expressão erudita é utilizada para indicar um individuo que possui
muitos conhecimentos, esse individuo é reconhecido como uma pessoa culta.
Essas pessoas se destacavam nas classes dominantes, e seus saberes eram
29
produzidos em universidades e nas instituições cientificas , é essa classe que
decide o que é e que não é cultura erudita. Tudo que é considerado de bom
gosto, de nível elevado e intelectualizado é chamado de cultura erudita. (Idem)
3.3.2 CULTURA POPULAR
A cultura popular é tudo aquilo que é do povo, é a cultura do povo para o
próprio povo, suas manifestações são bem diferentes das que são produzidas
pela cultura erudita. Essa cultura acontece fora da universidade e instituições
cientificas, a diferença em relação a cultura erudita é que sua cultura é
produzida espontaneamente e em qualquer lugar, não há um lugar especifico
para acontecer e a produção pode ser anônima como coletiva, o que não
acontece na cultura erudita que com muita raridade o nome do autor deixa de
aparecer. (CALDAS, 1991)
3.3.3 CULTURA DE MASSA
A expressão cultura de massa foi criada para designar o tipo de cultura
produzido e consumido na sociedade contemporânea. Como sinônimo de
cultura de massa temos: indústria cultural, cultura pluralista, indústria da
cultura, cultura pós-industrial, cultura industrial e até mesmo cultura
democrática. Essa cultura é formada pela imprensa escrita, falada e
televisionada. (CALDAS, 1991)
Conforme avança a tecnologia da comunicação, criam-se novos e
eficientes meios de aproximar ainda mais os povos. Com os chamados
veículos de comunicação de massa, como rádio, televisão e o cinema que
chegam a qualquer lugar levando as mais diversas tendências políticas e
ideológicas para pessoas que não podem sair de seu lugar de origem. Esses
veículos são grandes responsáveis pela formação de opinião pública.
3.4 CULTURA E CIDADANIA
A cultura tem sido um dos principais pilares de construção e afirmação
da identidade.
30
Numa proposta da Secretária de Educação do Rio de Janeiro há o
currículo Multieducação, que procura reforça a “identidade dos alunos
buscando e criando condições mais favoráveis para que, assumindo sua
identidade, estes se tornem cidadãos em sentido pleno, de tal forma que,
transpondo as fronteiras geográficas e as diferenças étnicas se identifiquem
como cidadãos do mundo, autônomos e solidários”.
A Educação deve, pois, "garantir ao aluno os instrumentos
para sua inserção participativa e transformadora na
sociedade em que vive, o que significa o domínio da
leitura e da escrita numa sociedade letrada, o acesso de
forma crítica ao conhecimento elaborado numa sociedade
moderna, a vivência de formas de participação numa
sociedade democrática e a construção de valores para o
convívio numa sociedade solidária". (Multieducação)
Vasconcellos (2006) afirma que os educadores são formados
historicamente para lidar com o único, porém as escolas apresentam uma
grande diversidade de alunos, e com isso é importante refletir outras posturas
afim de combate preconceitos e se construir o direito à igualdade e o direito à
diferença.
Vasconcellos (2006, p. 191 apud GOMES, 2002, P. 22):
A sociedade brasileira é pluriétnica e pluricultural. Alunos,
professores e funcionários de estabelecimentos de ensino
são, antes de mais nada, sujeitos sociais – homens e
mulheres, crianças, adolescentes, jovens e adultos,
pertencentes a diferentes grupos étnico-raciais,
integrantes de distintos grupos sociais. São sujeitos com
histórias de vida, representações, experiências,
identidades, crenças, valores e costumes próprios que
impregnam os ambientes educativos por onde transitam
31
com suas particularidades e semelhanças, compondo o
contexto da diversidade.
Ferraz e Fusari (1999) ressaltam a necessidade de se criar um curso de
Arte melhor estruturado, que se preocupe em com as experiências dos alunos
com a natureza e culturas cotidianas para que tenha como garantia a
ampliação destes e de outros conhecimentos.
Segundo Candau (2002) a cultura tem sido um dos principais eixos para
a construção e afirmação da Identidade.
Candau e Moreira (2006, p. 159 apud HALL, 1997, P. 26) destacam o
lugar que a cultura tem no processo da construção de Identidade Social:
O que denominamos “nossas identidades” poderia
provavelmente ser melhor conceituado como as
sedimentações através do tempo daquelas diferentes
manifestações ou posições que adotamos “viver”, como
se viessem de dentro, mas que,sem dúvida, são
ocasionadas por um conjunto especial de circunstâncias,
sentimentos, histórias e experiências únicas e
peculiarmente nossas, como sujeitos individuais. Nossas
identidades são, em resumo, formadas culturalmente.
Candau (Org. 2002, p. 31 apud HALL, 1997, p. 8) a Identidade Cultural
estaria constituída por: “aqueles aspectos de nossas identidades que surgem
de nossas ‘pertença’ a culturas étnicas, raciais, lingüísticas, religiosas, e acima
de tudo, nacional”.
32
CAPÍTULO IV
EDUCAÇÃO E CIDADANIA
Este capítulo pretende trazer uma definição para educação, e mostrar que a mesma é um processo de socialização e revela que não há uma única maneira e nem um modelo singular de educação e nem a escola é o único lugar onde ela acontece.
Com a contribuição de alguns autores este capítulo mostra que
uma educação para a cidadania pede, portanto, que questões sociais sejam
apresentadas para a aprendizagem e para a reflexão dos alunos.
4.1 EDUCAÇÃO
Wikipédia (2012):
Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É
um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos
grupos constitutivos destas, responsável pela sua
manutenção e perpetuação a partir da transposição, às
gerações que se seguem, dos modos culturais de ser,
estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento
de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto
processo de sociabilização, a educação é exercida nos
diversos espaços de convívio social, seja para a
adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao
grupo ou dos grupos à sociedade.
Segundo Brandão (2006) ninguém escapa da educação. Pois ela
acontece em diversos lugares, exemplo, em casa, na igreja, na rua, na escola,
educação para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar, para saber,
para fazer, para ser ou para conviver. Todos combinamos a vida com
educação, com uma ou com várias educações?
33
Ainda de acordo com Brandão (2006) não há uma única forma e nem um
modelo exclusivo de educação e nem a escola é o único lugar onde ela
acontece, o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional
não é o único praticante.
Em diversos lugares, sociedades a educação existe de forma diferente,
“a educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais
que criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em uma
sociedade.” (Brandão, 2006, p.10)
A escola ocupa papel relevante na sociedade, que vai além da
transmissão e acumulação de conhecimentos. A educação vem em busca de
um cidadão que apresente consciência crítica de seu papel na sociedade e
possuir no sentido da cidadania, o compromisso para participar com o outro na
transformação de um mundo mais justo e mais humano. Um dos maiores
desafios do sistema educacional é o de oferecer um ensino de qualidade, em
que a formação do aluno ocorra em termos de formação de cidadão
participativo, crítico e consciente de seu papel na sociedade.
A educação para a cidadania precisaria empenhar-se em
expurgar de cada homem as crenças, as fantasias, as
ilusões e, quem sabe, as paixões, que em nada
contribuem para o desenvolvimento de uma consciência
crítica. Sob esse enfoque, a ingenuidade, para não dizer
a ignorância, é profundamente negativa, já que a pessoa
ingênua é facilmente enganada pelos detentores do
poder. [...] Superar essas ingenuidades – aquela que
supera o descontentamento ou aquela que se lança
cegamente nos conflitos – é tarefa da educação.
(FERREIRA, 1993, p. 220).
Compete a escola instigar o exercício íntegro da cidadania, pela busca
sólida e permanente de melhor qualidade de vida, através da reconstrução do
34
homem e sua adaptação as novas maneiras de sentir, pensar e agir. Cuidar da
formação do individuo, incluindo além do conhecimento os sentimentos e
valores
4.2 CIDADANIA
"Cidadania" tem origem etimológica no latim civitas, significando
"cidade". Indica um estatuto de atribuições de um indivíduo a uma comunidade
politicamente articulada e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações.
Segundo Manzini (2002, p.7):
Cidadania esta relacionada ao surgimento da vida na
cidade, a capacidade de os homens exercerem direitos e
deveres de cidadão. Na atuação de cada sujeito há uma
esfera que diz respeito ao particular (privada) e a uma
esfera que diz respeito a tudo que é comum a todos os
cidadãos (público).
Outra definição, grega, Aristóteles diz que:
Cidadão, de um modo geral, é uma pessoa que participa
das funções de governo e é governado, embora ele seja
diferente segundo cada forma de governo; em relação à
melhor forma, cidadão é uma pessoa dotada de
capacidade e vontade de ser governada e governar com
vistas a uma vida conforme ao mérito de cada um.
(ARISTÓTELES, 1997, p. 194).
Existe também uma forte tendência em reduzir o cidadão ao consumidor.
Segundo Candau (2010) o conceito de cidadão vem sofrendo um longo
processo de mudanças desde seu surgimento na Grécia e Roma antigas,
cidadão algo muito mais amplo que um habitante de cidade com direitos e
deveres.
35
No Brasil cidadania esta geralmente associada com direitos sociais, civis
e políticos, por exemplo, a educação é um direito social.
Os PCNS (1997):
A cidadania deve ser compreendida como produto de
histórias vividas pelos grupos sociais, sendo, nesse
processo, constituída por diferentes tipos de direitos e
instituições. O debate sobre a questão da cidadania é
hoje diretamente relacionado com a discussão sobre o
significado e o conteúdo da democracia, sobre as
perspectivas e possibilidades de construção de uma
sociedade democrática (PCNS – APRESENTAÇÃO DOS
TEMAS TRANSVERSAIS ETICA, 1997, p.19)
Num sentido mais amplo democracia entende-se que é o direito que o
ser humano tem de ter direitos. Isso inclui desde os direitos básicos
necessários à sobrevivência, exemplo, alimentação, até os direitos aos bens e
serviços como saúde, educação, habitação, lazer, etc.
Num sentido mais vasto, a democracia é uma forma de sociabilidade
que penetra em todos os espaços sociais. Nessa concepção, a noção de
cidadania ganha novas dimensões.
A escola, enquanto espaço inserido em um ambiente social, político e
econômico possui papel de preparar o individuo com ensino formal, a cultura
acumulada historicamente, o conhecimento científico e cultural de sua
sociedade e do mundo, e com isso possam torna-se cidadãos críticos,
participativos e preparados para o mundo do trabalho.
Na educação a cidadania tem sido, via de regra, o horizonte para o qual
os movimentos sociais apontam ao reivindicarem uma educação pública de
qualidade, que atenda aos interesses das camadas populares. E essa questão
de cidadania acaba nos remetendo a escola, pois a mesma é a grande
responsável em ser um espaço destinado à formação dos cidadãos.
36
Os PCNS (1997) baseado no texto Constitucional propõem uma
educação escolar comprometida com a cidadania:
“Dignidade da pessoa humana - Implica respeito aos direitos
humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a
condições de vida digna, respeito mútuo nas relações
interpessoais, públicas e privadas.
Igualdade de direitos - Refere-se à necessidade de garantir a
todos a mesma dignidade e possibilidade de exercício de
cidadania. Para tanto há que se considerar o princípio da
eqüidade, isto é, que existem diferenças (étnicas, culturais,
regionais, de gênero, etárias, religiosas, etc.) e desigualdades
(socioeconômicas) que necessitam ser levadas em conta para
que a igualdade seja efetivamente alcançada.
Participação - Como princípio democrático, traz a noção de
cidadania ativa, isto é, da complementar idade entre a
representação política tradicional e a participação popular no
espaço público, compreendendo que não se trata de uma
sociedade homogênea e sim marcada por diferenças de classe,
étnicas, religiosas, etc.
Co-responsabilidade pela vida social - Implica partilhar com
os poderes públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou
não, a responsabilidade pelos destinos da vida coletiva. É, nesse
sentido, responsabilidade de todos a construção e a ampliação
da democracia no Brasil.” (PCNS – APRESENTAÇÃO DOS
TEMAS TRANSVERSAIS ETICA, 1997, p. 20-21)
Uma educação para a cidadania pede, portanto, que questões sociais
sejam apresentadas para a aprendizagem e para a reflexão dos alunos.
O Educador exerce um papel política na escola e por esse motivo há a
necessita de ter conhecimento e posicionamento em assuntos relacionados a
37
escola, principalmente em assuntos no que se refere ao papel da escola na
sociedade e formação dos sujeitos.
O principal papel da Orientação será o de ajudar o aluno na formação de
sua cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto
pedagógico.
Em Grinspun (2003, p. 92)
A orientação deve buscar uma visão mais completa da
realidade e do sujeito, as especificidades do campo de
ação ajudam o entendimento da totalidade, sem perder de
vista a singularidade. Nessa abordagem, novos aliados
terão o trabalho próprio na escola, nos quais três
indicativos se impõem: a comunicação, a argumentação e
a reflexão. Eles são dados significativos á formação do
sujeito. A multiplicidade dos enfoques e análises que
caracteriza o fenômeno educativo não torna inócua a
Orientação Educacional, ao contrário precisamos dela
como campo de ação e investigação para dinamizar o
processo educativo e a formação do aluno cidadão.
Com tudo, a função do Orientador Educacional torna-se de mediador na
escola, pois passa a avaliar, discutir, refletir com toda equipe da escola, em
particular, com os alunos, não com um tom preventivo, corretivo, mas com uma
visão mais pedagógica. O papel do orientador é trabalhar com o novo modelo
de educação que compreende as questões do conhecimento e igualmente as
questões de valores, posturas e emoções.
38
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi exposto sinteticamente a real contribuição Como o
orientador educacional junto com o ensino da arte e cultura pode contribuir
para a construção da cidadania?
As ideias sobre o ensino da Arte é um assunto no qual está longe de se
esgotar, apesar de ter sido um tema bastante estudado.
De acordo com os autores apresentados, a Arte tem muito a contribuir
para a formação do individuo.
Encontrar uma definição para Arte não foi uma tarefa fácil, pois
descobriu-se que há muitos significados para a palavra Arte. Mas fica claro que
a Arte é uma linguagem, e que através dessa linguagem podemos expressar
valores e sentimentos de uma sociedade, do ser humano e da cultura.
Há de se compreender que a Arte faz parte de nossa vida, da nossa
história, de nossas experiências.
O ensino da Arte ou Arte-Educação é a educação que vai trazer as
oportunidades para que as crianças possam ter acesso à Arte como linguagem
expressiva e forma de conhecimento. A educação em Artes deve prezar a
espontaneidade estética e a capacidade de criação das crianças.
Entende-se que a educação em Artes não está centrada somente na
transmissão de conhecimentos, pois através da Arte podemos recriar o belo
com a compreensão do que fez e do que os outros fazem. Arte-Educação está
longe de ser o momento de lazer da escola.
O Ensino de Arte sofreu diversas modificações o que acabou trazendo
novas concepções para o ensino/aprendizagem. Para se trabalhar a Arte no
currículo é necessário que o professor esteja consciente de seu papel como
mediador para os novos conhecimentos.
39
Acredita-se que o melhor caminho para estimular a consciência cultural
do individuo seria o da educação, ela é responsável em fazer com que se
reconheça e se aprecie a cultura local.
A cultura é um ponto importante para a construção da identidade, pois
essa identidade é constituída por aspectos que surgem em um sociedade.
A função do orientador educacional como mediador é mostrar ao
professor que ensinar através da Arte é está atendo e respeitar a diversidade
no qual constitui a sala de aula, sua visão social de mundo vai refletir na prática
educativa e também na seleção dos conteúdos. Pois os conhecimentos dos
alunos e dos professores é que vão transformar o ensino.
Percebeu-se que o ensino de Arte com seus significados, suas
experiências nos traz grandes contribuições para a formação plena, estimula a
criatividade para a criação de novas situações dentro do ensino/aprendizagem.
É necessário que haja um maior reconhecimento para o trabalho
realizado pelo orientador educacional, pois é o que pretendo com esse
trabalho, e que a escola invista mais na Arte-Educação, pois através desse
ensino os sujeitos poderão ter a oportunidade de desenvolver sua cultura,
criando, apreciando e conhecendo e desenvolver também a criação de
significações.
E preciso também que os professores preocupem-se com uma formação
continuada, para que possam apresentar os recursos adequados para
apresentar as informações de Arte como o caminho mais eficaz na formação
do ser humano completo.
O orientador educacional é uma peça fundamental dentro do espaço
escolar, ele contribuir para a formação plena do individuo, pois ele se importa
com esse individuo no todo.
40
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ÍNDICE
CAPA 01
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICTÓRIA 04
RESUMO 08
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I – ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 10
1.1 O PAPEL DA ORIENTAÇÃO NA ESCOLA 10
CAPITULO II - A ARTE NA EDUCAÇÃO 16
2.1 Conceito de Arte 16
2.2 Arte-Educação 17
2.3 Arte-Educação no Brasil 19
2.4 Diferentes Propostas para o Ensino de Arte 21
CAPÍTULO III – CULTURA E CIDADANIA 25
3.1 O Que é Cultura 25
3.2 A Criança e a Cultura 26
3.3 As Diferentes Culturais 28
3.3.1 Cultura Erudita 28
3.3.2 Cultura Popular 29
3.3.3 Cultura De Massa 29
3.4 Cultura E Cidadania 29
CAPÍTULO IV – EDUCAÇÃO E CIDADANIA 32
4.1 Educação 32
4.2 Cidadania 34