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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
EMPREENDEDORISMO, UMA IDÉIA DE ACADEMIA DE
GINÁSTICA
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
EMPREENDEDORISMO, UMA IDÉIA DE ACADEMIA DE
GINÁSTICA
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Empresarial
Por: . Mauricio Mumback Prates
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus e a toda a minha família
pelo amor e apoio dado, principalmente
durante essa etapa da minha vida.
Obrigado especial aos meus pais Neusa e
Mauro, minhas irmãs Carine e Caroline
que são minhas fontes de alegria, minha
noiva e colega Rosane, que tive o prazer
de compartilhar grandes momentos
acadêmico, minha avó Madalena e a tia
Ana que foram as principais responsáveis
pela minha educação e formação de
caráter. Deixo também um muito obrigado
para todos que fazem parte da
Universidade Cândido Mendes,
principalmente a minha orientadora
Aleksandra Sliwowska. Enfim obrigado a
todos os amigos e colegas que me deram
força para concluir a Pós-Graduação.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha noiva Rosane e
a toda minha família, pois a vitória é nossa.
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RESUMO
A expectativa de vida das pessoas vem crescendo e a preocupação
com a estética, saúde e qualidade de vida estão em alta. Diante deste cenário,
as buscas pelos serviços oferecidos nas academias de ginástica estão cada
vez mais comuns entre os brasileiros.
Conforme o SEBRAE, atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no
ranking mundial em número de estabelecimentos de academias de ginástica e
o quarto lugar em relação ao faturamento, que atingiu cifras de 1,2 bilhões de
dólares em 2005. O Brasil vive hoje um dos seus melhores momentos, do
ponto de vista econômico e social e o mercado de fitness é promissor e está
com previsões de grandes crescimentos nos próximos anos.
O presente trabalho descreve a evolução do empreendedorismo, as
características de um Empreendedor e a situação do mercado Fitness no
Brasil. Através do Plano de Negócios proposto, que é uma ferramenta de vital
importância para os novos empreendedores, é possível saber se vale a pena
abrir uma academia de ginástica.
6
METODOLOGIA
Através da observação e acompanhamento do mercado de academias
no Brasil, o acadêmico verificou que o mercado de fitness no Brasil é
promissor, com previsão de crescimento nos próximos 10 anos e que no eixo
Rio - São Paulo que é um mercado bastante pulverizado, que oferece
oportunidades para empreendedores.
A metodologia foi essencial para a realização deste, pois através das
diversas pesquisas bibliográficas, permitiu que fosse possível desenvolver um
estudo da evolução e características dos empreendedores, análise do mercado
Fitness no Brasil, assim como o desenvolvimento de um Plano de Negócios
para uma academia de ginástica.
Este trabalho utilizou como abordagem, o método qualitativo, que é
apropriada a proposição de planos.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Evolução do Empreendedorismo 10
CAPÍTULO II – Academia de Ginástica 23
CAPÍTULO III – Conceito de Plano de Negócios 31
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49
ANEXOS 39
INDICE 52
FOLHA DE AVALIAÇÃO 53
8
INTRODUÇÃO
A expectativa de vida das pessoas vem crescendo e a preocupação
com a estética, saúde e qualidade de vida estão em alta. As buscas pelos
serviços oferecidos nas academias de ginástica estão cada vez mais comuns
entre os brasileiros. Num país que cultua o corpo, com muitas academias em
pleno funcionamento, ainda é um bom negócio para um empreendedor?
Em vários países, inclusive no Brasil as micros e pequenas empresas
possuem um histórico crítico onde a maioria fecham suas portas nos primeiros
anos de existência e os motivos normalmente são pela ausência de
planejamento, pesquisa de mercado, falta de capital de giro e análise do
ambiente onde a empresa está inserida.
Muitas Empresas conseguem atingir o sucesso, cujo crédito é do
empreendedor que conseguiu um planejamento correto, realizou análise de
viabilidade com muito critério, assim delineando as estratégias da empresa
para seu crescimento. Para o Plano de Negócios, essa análise é um dos
pontos mais importantes, pois dessa maneira o empreendedor saberá se a
empresa está preparada para seguir adiante em seu processo. Nestas análises
do micro e macro ambiente a empresa conhece suas oportunidades e ameaças
para então estabelecer suas metas e objetivos, com projeções dos cenários
futuros para então obter uma maior participação no mercado.
Conforme o SEBRAE, atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no
ranking mundial em número de estabelecimentos de academias de ginástica e
o quarto lugar em relação ao faturamento, que atingiu cifras de 1,2 bilhões de
dólares em 2005. A atividade física está em franco crescimento, notadamente
nas classes A e B e o segmento que mais vai crescer é o de academias de
baixo custo, graças à ascensão das classes C e D.
A explosão do número de academias de ginástica no país ocorreu no
final dos anos 70 e início dos 80, essa rápida expansão fez com que outras
atividades alternativas surgissem, além da ginástica, musculação, dança, lutas,
9
entre outros. Conforme publicado pelo SEBRAE, Wladyr Soares, presidente da
Fitness Brasil, que atua no mercado de fitness no Brasil e na América Latina,
afirma que “Nos próximos dez anos, seremos o grande país na área de
atividade física, saúde e bem estar”.
A expectativa de geração de novos postos de trabalho pelos
empreendedores brasileiros em 2010 foi superior ao ano anterior, pois à
medida que aumentam os anos de estudo da população, crescem as taxas de
empreendedorismo. Em nível setorial, todos os setores e subsetores elevaram
o nível de emprego. Em números absolutos, o destaque coube ao setor de
Serviços, com 4.826.905 postos (52,57%).
Conforme relatório do Ministério da fazenda, o Brasil vive hoje um dos
seus melhores momentos, do ponto de vista econômico e social, com grandes
desafios pela frente e ampla possibilidade de superá-los e preparado, portanto,
para crescimento acima de 5% entre 2011 e 2014.
Diante deste cenário de boas perspectivas para economia brasileira, o
empreendedor com uma boa ideia, tomando as devidas precauções e com um
Plano de Negócios bem estruturado, poderá ter êxito no seu empreendimento.
10
CAPÍTULO I
A EVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
• PERÍODO INICIAL
Como intermediário, Marco Pólo assinava um contrato com uma pessoa de
recursos (o precursor do atual capitalista de risco) para vender suas
mercadorias. Um contrato comum na época oferecia um empréstimo para
qualquer comerciante aventureiro a uma taxa de 22,5%, incluindo seguro.
Enquanto o capitalista corria riscos passivamente, o comerciante aventureiro
assumia o papel ativo no negócio suportando todos os riscos físicos e
emocionais. Quando o comerciando aventureiro era bem-sucedido na venda
das mercadorias e completava a viagem, os lucros eram divididos e cabia ao
capitalista a maior parte (75%), enquanto o comerciante aventureiro ficava com
os 25% restantes. [3]
• IDADE MÉDIA
Na Idade Média, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto um
participante quanto um administrador de grandes projetos de produção. Nos
referidos projetos, esse indivíduo não corria riscos, simplesmente administrava
o projeto usando os recursos fornecidos, geralmente pelo governo do país. Um
típico empreendedor da Idade Média era o clérigo – a pessoa encarregada de
obras arquitetônicas, como castelos e fortificações, prédios públicos, abadias e
catedrais (HISRICH e PETER, 2004, p.27). [3]
• SÉCULO XVII
A reemergente conexão de risco com empreendedorismo desenvolveu-se no
século XVII, com o empreendedor sendo a pessoa que ingressava em um
acordo contratual com o governo para desempenhar um serviço ou fornecer
produtos estipulados. .(HISRICH & PETERS, 2004, 27, 28). [3]
• SÉCULO XVIII
A pessoa com capital foi diferenciada daquela que precisava de capital. Em
outras palavras, o empreendedor foi diferenciado do fornecedor de capital (o
11
investidor de risco na atualidade). Uma das causas para a diferenciação foi a
industrialização, as invenções desenvolvidas que eram reações às mudanças
no mundo. (HISRICH & PETERS, 2004, 27, 28).[3]
• SÉCULO XX
Durante o século XX, foi estabelecida a noção de empreendedor como
inovador. O conceito de inovação e novidade é uma parte integrante do
empreendedorismo nessa definição, sendo essas uma tarefa das mais difíceis
para o empreendedor. Exige não só a capacidade de criar e conceitualizar,
mas também a capacidade de entender todas as forças em funcionamento no
ambiente. A novidade pode ser desde um novo produto e um novo sistema de
distribuição, até um método para desenvolver uma nova estrutura
organizacional. (HISRICH & PETERS, 2004, 28) [3].
Segue a tabela de evolução do termo empreendedor, ao longo doas
anos, desde sua origem.
Tabela 1 Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor (pág. 27) [3]
FONTE: Hirisch (2004, p.27)
12
1.1 - DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO
Encontramos na literatura diversas definições de empreendedorismo, o
conceito é muito subjetivo, muitos parecem conhecer, mas não há uma
concepção consolidada. Conforme Rainho, diz que:
“O empreendedor é um indivíduo que gera riqueza por
meio de seus conhecimentos e seus esforços. Transforma
conhecimento em produtos e serviços. Pode ser um
conhecimento prévio ou uma inovação que fez, do ponto
de vista do marketing ou da produção. Apesar do
modismo desta era de terceirização, o empreendedorismo
é um conceito que já existe há muito tempo. Seu
significado aproxima-se do descrito pelo economista
Joseph Schumpeter em 1934, na obra Teoria do
Desenvolvimento Econômico, quando designou o
empreendedor como um profissional que utiliza sua
criatividade e faz sucesso com alguma inovação” (Rainho,
2008, p.23) [19].
Conforme a Wikipédia, a palavra empreendedor (entrepreneur) surgiu
na França por volta dos séculos XVII e XVIII, com o objetivo de designar
aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante
novas e melhores formas de agir. [1]
Conforme o SEBRAE, o conceito de empreendedorismo vem sofrendo
constantes inovações. Os empreendedores são encontrados, agora, em casa,
na comunidade, dentro de uma organização ou no meio de uma assembléia
sindical, ou seja, em qualquer lugar onde existam pessoas. O cenário global
atual aponta, portanto, não só para alternativas econômicas inovadoras, mas,
principalmente, para estratégias de promoção do desenvolvimento que
estimulem e, de certa forma, dependam do empreendedorismo. [2]
13
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor
dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros,
psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes
recompensas da satisfação e independência econômica e social. [3]
Segundo Shumpeter "o empreendedor é o responsável pelo processo
de destruição criativa, sendo o impulso fundamental que aciona e mantém em
marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos
métodos de produção, novos mercados e implacavelmente, sobrepondo-se aos
antigos métodos menos eficientes e mais caros". (pag. 16) [4]
Para Adam Smith, caracterizou o empreendedor como um proprietário
capitalista, um fornecedor de capital e, ao mesmo tempo, um administrador que
interpõe-se entre o trabalhador e o consumidor. (pag. 16) [4]
1.2 – CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR
Há muita discussão acerca do empreendedor, se as pessoas já
nascem com certas aptidões, ou seja, possuem espírito empreendedor. Assim
como existem pessoas que podem não apresentar de forma tão clara e
destacada essas características e sob a influência do meio interno e externo
desenvolve-las ao longo da vida, pois o aprendizado é constante e todos nós
temos a capacidade de aprender e empreender.
As características do empreendedor podem variar, conforme os
motivos que levam as pessoas a se tornarem empreendedoras. A pessoa
pode ter se tornado empreendedora por necessidade, devido a falta de opção
de emprego ou que após uma demissão do emprego, utiliza o FGTS e
indenização para aplicar no negócio próprio. O empreendedor pode ser por
vocação, conforme diz Rainho:
“O empreendedor por vocação teoricamente tem mais
chances de sucesso. É aquele que abre seu negócio por
14
desejo de independência intelectual e econômica, estuda
o mercado previamente e no final pode decidir, sem
pressão, se fica num emprego fixo ou se despede. No
jornalismo, conheci empreendedores por necessidade que
se deram bem e muito que faliram. E outros que
começaram por vocação – parte teve êxito e parte não.
Em estudo realizado pela American Express com
empreendedores americanos em atividade, a paixão foi
considerada a principal motivação para empreender para
38% dos participantes. Outro destaque foi a inclinação
natural para empreender, com 20% das respostas – ou
seja, poucas pessoas consideram ter algo a mais desde
cedo. E o mais importante: não é a busca pelo dinheiro a
principal motivação” (Rainho, 2008, p.23) [19].
Segue um quadro comparativo com os perfis de um gerente, um
empreendedor, ou um empreendedor interno (intra-empreendedor).
15
Fonte: (Rainho, 2008, p.29) [19].
Conforme o SEBRAE ter um espírito criativo e pesquisador é uma das
qualidades fundamentais a um empreendedor. Ele está constantemente
buscando novos caminhos e novas soluções, sempre tendo em vista as
necessidades das pessoas. A essência do empresário de sucesso é a busca
de novos negócios e oportunidades, além da preocupação com a melhoria do
produto. [5]
16
O SEBRAE cita também uma série de características, são elas:
• Busca oportunidades e toma a iniciativa
- O empreendedor faz o que deve ser feito antes de ser solicitado ou forçado
pelas circunstâncias.
- Agem para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços.
- Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter
financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.
• Corre riscos calculados
- O empreendedor avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
- Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
- Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.
• Exige qualidade e eficiência
- O empreendedor encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápido,
ou mais barato.
- Age de maneira a realizar ações, serviços e produtos que satisfaçam ou
excedam padrões de excelência.
- Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja
terminado a tempo e que atenda a padrões de qualidade previamente
combinados.
• É persistente
- O empreendedor age diante de um obstáculo significativo.
- Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou
superar um obstáculo.
- Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir
metas e objetivos.
• É comprometido
- O empreendedor faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço
extraordinário para completar uma tarefa.
17
- Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário,
para terminar um trabalho.
- Se esmera em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa
vontade a longo prazo, acima do lucro a curto prazo.
Peter Drucker comenta em seu livro, que o empreendedor nos Estados
Unidos é frequentemente definido como aquele que começa o seu próprio,
pequeno e novo negócio. (Pag. 27) [6].
Conforme BERNARDI, (2003, p.65) [14] várias são as circunstâncias
dão origem ao surgimento de um empreendedor e do empreendedorismo, que
podem ou não relacionar-se com os traços de personalidade, são elas:
• O empreendedor nato
Pessoa que geralmente, desde cedo, por motivos próprios ou
influências de familiares possui personalidade comum ao empreendedor,
características empreendedoras, que por forte influência familiar, desenvolve
tal vocação.
• O herdeiro
Pode ou não possuir determinadas características de um
empreendedor. Se tiver vocação, provavelmente dará continuidade ao
empreendimento que lhe foi herdado. Caso não tenha características
empreendedoras, pode vir a ser um problema para a continuidade da empresa
• O funcionário de empresa
Possui características empreendedoras e, devido a falta de
reconhecimento ao longo de sua carreira, sente frustrações de realização
pessoal. Através de ideias e convicções, aptidões e habilidades específicas
resolve abrir seu próprio negócio.
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• Excelentes técnicos
Possui determinadas características de um empreendedor, possui
know-how sobre algum produto ou serviço, possui experiência no ramo e
decide iniciar um negócio próprio.
• Vendedores
Pessoas experientes em determinado ramo, conhecedores do
mercado, iniciam seu próprio negócio em indústria, comércio ou serviços.
• Opção ao desemprego
Modalidade de emprego arriscada, que por estarem desempregados,
resolvem abrir seu próprio negócio. Se a pessoa não tiver características de
empreendedores, há possibilidade de sucesso, dependendo de como a
oportunidade for encarada. Com características empreendedoras, há grande
possibilidade de sucesso;
• Desenvolvimento paralelo
O funcionário, possuidor de características empreendedoras, estrutura-
se entre amigos ou familiares e desenvolve um negócio derivado de sua
experiência ou não, ou associa-se a outro ramo de atividades como sócio
capitalista.
• Aposentadoria
Com idade avançada e experiência adquirida, inicia um próprio
negócio, geralmente em comércio ou área de serviços.
São muitas as razões que levam um individuo a se tornar um
empreendedor, para Razzolini Filho, o empreendedor é:
“Empreendedor é toda pessoa que tem a coragem de ser
condutora de sua própria historia, de criar fatos novos
com base na realidade existente, por mais que essa
19
realidade possa parecer nebulosa e difícil, sem
perspectivas e insegura. São pessoas empreendedoras
aquelas que acreditam ser possível mudar e que realizam
as mudanças, apesar de tudo e de todos. O
empreendedor apresenta um excelente raciocínio criativo,
grande capacidade de assumir riscos, iniciativa e abertura
para mudança, além de ser uma pessoa capaz de
visualizar oportunidades onde os outros somente
enxergam dificuldades” (Razzolini Filho, 2010, p.10) [4].
Segundo Hisrich e Peters (2004, p.53) está incorporado ao processo de
empreender, que envolve mais do que a simples resolução de um problema em
uma posição administrativa típica. O empreendedor deve ter em mente o tipo
de negócio desejado e seus desafios, já que vivemos numa sociedade onde o
consumismo é a base para a sustentabilidade, a qualidade já não é
considerado um diferencial mas sim uma obrigação. A disciplina é peça
fundamental, tem que saber assumir riscos, ter ousadia, ser persistente e
visionário.
Com o aumento da tecnologia as mudanças ocorrem de forma quase
que instantânea quando um produto ou serviço é lançado já se sabe que não
vai demorar muito para ser superado. Portanto podemos dizer que qualquer
pessoa pode aprender a ser um empreendedor, tomador de decisões. O
empreendedor possui um comportamento, cujas bases são o conceito, teorias,
estudos, análises e não a intuição.
O empreendedor é o responsável por colocar em prática suas ideias
inovadoras, seus métodos e características, estimulando todos envolvidos com
o objetivo de alcançar suas metas pré-definidas. Para isto, é necessário
assumir riscos, sejam financeiros, psicológicos e sociais, porém existem
maneiras de gerenciar esses riscos, diminuindo as ameaças.
20
1.3 - EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
A partir da década de 90, o empreendedorismo começou a ganhar
força no Brasil, principalmente após a criação de empresas de apoio, como o
SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e
SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software). Antes disso,
ainda não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas
empresas (DORNELAS, 2001). O ambiente político e econômico não eram
propícios e o empreendedor praticamente não encontrava informações para
auxiliá-lo na jornada empreendedora (DORNELAS, 2001). [7]
Dolabela (1999, p.54) [8] assegura: “no Brasil, pode-se dizer que o
empreendedorismo está apenas começando, mas os resultados já alcançados
no ensino indicam que estamos no início de uma revolução silenciosa”.
O nível de escolaridade do brasileiro tem aumentado com o passar dos
anos, houve queda do analfabetismo na população. Conforme o estudo
realizado pelo SEBRAE, a relação do empreendedorismo com o nível de
escolaridade está diretamente ligada, pois à medida que aumentam os anos de
estudo da população, crescem as taxas de empreendedorismo.
Empreendedores iniciais segundo escolaridade – Brasil – 2002:2010 – taxas (%) [9]
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010
21
A pesquisa demonstra que na medida em que a renda cresce a taxa de
empreendedorismo também aumenta. Os empreendedores com rendas mais
baixas são os que possuem maiores taxas de empreendedorismo motivado
pela necessidade, conforme demonstra o quadro abaixo.
Empreendedores iniciais segundo motivação e renda – Brasil – 2010 – Taxas (%) [9]
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2002:2010
Os empreendedores brasileiros em estágio inicial possuem taxas
menores de medo do fracasso, ou seja, de 26,2%.
Medo do fracasso -- Brasil 2010 [9]
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2010
Os brasileiros com idade adulta têm a intenção de empreender nos
próximos anos, cujo índice é de 26,5% da população.
Intenção empreendedora – Brasil – 2010 [9]
% da população de 18-64 anos que não está envolvida em nenhum tipo de atividade
empreendedora.
Fonte: Pesquisa GEM Brasil 2010
22
A expectativa de geração de novos postos de trabalho pelos
empreendedores brasileiros em 2010 foi superior ao ano anterior, pois à
medida que aumentam os anos de estudo da população, crescem as taxas de
empreendedorismo, 26,5% da população de 18 a 64 anos que não está
envolvida em nenhuma atividade empreendedora, afirmam ter intenção de
empreender e 26,2% afirmam que o medo de fracassar os impediria de
começar um novo negócio.
De janeiro de 2003 a setembro de 2010 foram gerados 14.725.039
empregos formais, segundo a RAIS (que englobam Celetistas e Servidores
Públicos Federais, Estaduais e Municipais), adicionados ao saldo acumulado
do CAGED de janeiro a setembro de 2010 (Celetistas). No período, houve
crescimento de 51,34% no nível de emprego, equivalente ao aumento médio
anual de 5,5%, correspondendo a um incremento de 1,9 milhão de postos de
trabalho ao ano. Essa média anual de geração de emprego é inédita na história
do país. [10]
Em nível setorial, todos os setores e subsetores elevaram o nível de
emprego. Em termos percentuais, o maior aumento ocorreu no setor da
Construção Civil, com 122,58% (1.356.253 postos de trabalho). Em números
absolutos, o destaque coube ao setor de Serviços, com 4.826.905 postos
(52,57%), seguido do setor de Comércio, com 3.158.937 postos (65,45%) e da
Indústria de Transformação, com 2.751.586 postos (52,82%). [10]
Conforme o relatório “Economia Brasileira em Perspectiva” publicado
pelo Ministério da Fazenda, a primeira década do século XXI foi marcada por
transformações profundas na sociedade brasileira. [11]
O Brasil que possuía uma economia pouco dinâmica, cujas taxas de
crescimento eram abaixo da média mundial, o Brasil passou a integrar o rol dos
países emergentes dinâmicos que lideram o crescimento mundial e que
continuarão a liderá-lo nos próximos anos, entre 2010 e 2020, de acordo com
analistas internacionais.
23
Durante a década 2000, o crescimento da economia brasileira saltou
de uma média anual de 2,5% para cerca de 4,5%, graças a uma nova política
econômica, que privilegiou a geração de empregos, os investimentos e o
mercado interno.
O aumento da formalização nas relações de trabalho e a consolidação
de uma nova classe média tornaram o mercado doméstico brasileiro atrativo
para as grandes empresas nacionais e internacionais. [11]
Ainda conforme relatório do Ministério da fazenda, o Brasil vive hoje um
dos seus melhores momentos, do ponto de vista econômico e social, com
grandes desafios pela frente e ampla possibilidade de superá-los e preparado,
portanto, para crescimento acima de 5% entre 2011 e 2014. [11]
Portanto, diante deste cenário de boas perspectivas para economia
brasileira, o empreendedor com uma boa ideia, tomando as devidas
precauções e com um Plano de Negócios bem estruturado, poderá ter êxito no
seu empreendimento.
CAPÍTULO II
ACADEMIA DE GINÁSTICA
Conforme Saba (2001) [16] o termo grego akademía deu origem a
palavra academia, que podia ser considerada a corporação de sábios, escola
de ensino superior, artistas ou literatos, ou a corporação de estudantes de
qualquer estabelecimento de ensino médio ou superior. Há uma relação
estreita entre o termo academia e conhecimento, sendo um lugar de
aprendizado, de transmissão de técnicas por parte de quem as detém e de
aquisição por parte de quem deseja obtê-las.
Academia de Ginástica é o termo que se tornou mais conhecido dos
centros e locais onde se praticam exercícios físicos no Brasil. Saba diz que:
24
“O conceito de ginástica é bastante diverso. Seguindo a
sequencia dos conceitos específicos de movimento
corporal da educação física, a ginastica é conjunto de
exercícios físicos ritmados e sistematizados por meio de
movimentos repetidos, para que sejam atingidos os ideais
propostos. São as formulas preconcebidas de pratica de
exercício físico, oferecidas as pessoas como as de maior
resultado e menor risco. É o setor mais específico da
movimentação humana, caracterizado pela orientação
especifica e pela busca de resultados. Pratica ginastica o
corpo que realiza vários exercícios físicos em sequencia,
com um objetivo predeterminado.” (Saba, Fabio,2001, p.4)
Da Costa et al. (1996) [17] afirmam que o surgimento das academias
de ginástica ocorreram por volta de 1970, ganharam dimensão e
desempenharam um grande papel social com o crescimento do movimento
fitness, em todo o mundo.
Conforme o SEBRAE, atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no
ranking mundial em número de estabelecimentos de academias de ginástica e
o quarto lugar em relação ao faturamento, que atingiu cifras de 1,2 bilhões de
dólares em 2005. A atividade física está em franco crescimento notadamente
nas classes A e B, além do aquecimento nas classes emergentes. [12]
O Brasil possui condições de consolidar essa tendência de crescimento
da demanda por produtos e serviços que impactem a qualidade de vida de sua
população. O mercado da Beleza e o Fitness são bola da vez. [12]
Integrante do segmento de serviços na economia, a Indústria do
Fitness se conecta a três outros setores já bem estabelecidos: estética,
entretenimento e saúde. Basicamente, são essas as três principais motivações
que levam um cliente a procurar uma academia de ginástica: saúde, beleza e
diversão. Não necessariamente nessa ordem. [13]
25
Normalmente associada à melhoria da qualidade de vida, diminuição
do estresse e à boa saúde, as atividades praticada no ambiente alegre das
academias tem se transformado num hábito comum do mundo moderno.
Relacionado a esse contexto, as academias de ginástica são centros de
prestação de serviços de avaliação, prescrição, orientação de exercícios
físicos, com a supervisão e orientação de profissionais de educação física.
Hoje as academias de ginástica não atraem somente os “malhadores”. Seus
frequentadores são pessoas de diversas idades e faixa de renda, com
interesses diversos, seja em busca de melhorar a condição física, combater o
stress ou mesmo prevenir doenças.
O mercado de atividade física no Brasil está em franco crescimento,
principalmente no eixo Rio - São Paulo que é um mercado bastante
pulverizado, mas que ainda oferece oportunidades para empreendedores
individuais e micro e pequenas empresas. [12]
O mercado fitness possui uma competição muito acirrada. É muito
grande o número de academias concorrentes, com infraestrutura variada,
condições de ingresso relativamente fáceis e empresas que oferecem serviços
diferenciados, atribuindo ao setor características de um mercado em
concorrência.
Não são somente os jovens que frequentam as academias em busca
de um corpo perfeito. Elas passaram a receber também pessoas que querem
simplesmente cuidar da saúde e melhorar a sua qualidade de vida. Os serviços
oferecidos são os mais variados e se multiplicam, para atender públicos
distintos.
Pessoas com graduação e experiência em administração passaram a
comandar as academias, sempre lançando novidades, em vez de serem
comandadas por professores de ginástica. Até a musculação, que no início
ficou à deriva, voltou a ter status, inclusive entre as mulheres.
26
Atualmente no Brasil ocorrem diferentes modelos de gestão de
academias de acordo com o local em que se situam e com o poder aquisitivo
de seus praticantes. De qualquer modo, tal adaptação possibilitou maior
profissionalização e a localização de academias em qualquer parte do território
nacional, em áreas ricas ou pobres, constituindo então uma das instituições de
maior presença no país e um meio importante de geração de emprego e de
atividade econômica.
Normalmente os clientes optam por matricular-se em academias que
estejam próximas de suas residências ou dos seus locais de trabalho. Mas isso
não quer dizer que não existam pessoas que se desloquem de suas
residências para malhar em academias localizadas em outros bairros mais
distantes.
Durante estas últimas décadas o crescimento do setor se ajustou às
demandas da clientela e aos modismos de exercícios físicos, dando às
academias um sentido operacional de marketing. As academias passaram a
ingressar também em clubes, escolas, hotéis e até empresas.
O CONFEF (Conselho Federal de Educação Fisica) [21] informa que
no Brasil há um número estimado de 20 mil academias que sustentam 140 mil
empregos diretos e agregam 3,4 milhões de usuários – aproximadamente 2%
da população brasileira. Somente no estado de SP há 6,5 mil academias (3634
registradas em quatro sindicatos de diferentes especializações), sendo cerca
de 1 mil atuando também ou unicamente como escolinha de natação e
atendendo aproximadamente a 300 mil pessoas (total estimado para o país:
400 mil). Neste mesmo estado, um levantamento na cidade de Campinas (pop.
1,2 milhões) demonstrou a existência de 500 academias dentro do perímetro
urbano. Há indícios de que cerca de cinco e oito mil academias do total
estimado do país são pequenos negócios, geralmente sem registro e sem
vínculo sindical.
Contudo, conforme o CONFEF, esta quantidade de academias gera
empregos e alto faturamento para os fornecedores e distribuidores de
27
equipamentos e acessórios de fitness, que em conjunto com prestadores de
serviços, faturaram em 2000, US$150 milhões no mercado profissional e
US$750 milhões no mercado de residências (Home Fitness). O crescimento
deste mercado é de 12% ao ano, conforme referências correntes entre
operadores de academias, o que explica a multiplicação de megaacademias
nas capitais estaduais e principais municípios do país.
Situando o Brasil na América Latina, há 1.400 academias no México,
350 na Argentina e 200 no Chile (Bergallo / IHRS, 2002), o que demonstra a
peculiaridade do caso brasileiro e seu extraordinário potencial.
Crescimento do setor está ligado a diversos outros fatores que
envolvem o esporte, Este crescimento tem algumas explicações correntes: (i) A
notável velocidade de transformação do Brasil rural para o Brasil urbano, que
situa hoje a população nas grandes cidades, em poucas palavras, a maior
densidade urbana gera mais investimentos em esporte por parte do poder
público; (ii) A conscientização por parte da população da importância da
atividade física para uma melhor qualidade de vida, onde já é significativo o
número de pessoas que praticam algum tipo de atividade física e esporte,
visando a manutenção da saúde, o lazer, entre outros benefícios; (iii) As
promoções praticadas pelas academias e os espaços na mídia, em que se
tornou um conteúdo valioso.
Quem demanda o crescimento do setor, certamente é o consumidor de
atividades físicas, pois é através dele que ocorrem as inovações tecnológicas e
metodológicas das academias, as melhorias nos equipamentos e instalações
dos clubes esportivos, a modernização e permanente renovação da moda
esportiva (vestuário, calçado, etc.).
Conforme publicado pelo SEBRAE, Wladyr Soares, presidente da
Fitness Brasil, que atua no mercado de fitness no Brasil e na América Latina,
afirma que “Nos próximos dez anos, seremos o grande país na área de
atividade física, saúde e bem estar. E o segmento que mais vai crescer é o de
academias de baixo custo, graças à ascensão das classes C e D”. [12]
28
Portanto, ao que tudo indica, o mercado de fitness no Brasil é
promissor, está em constante crescimento, havendo previsões de grandes
crescimentos nos próximos dez anos.
Para este empreendimento, Será realizada uma análise de como está o
mercado de academias de ginástica, saber se vale a pena abrir uma academia
de ginástica e Identificar as ameaças e oportunidades desse mercado e
apresentação de um Plano de Negócios.
2.1 – EXIGÊNCIAS LEGAIS PARA UMA NOVA EMPRESA
Quem quer empreender com sucesso deve ficar atento às leis que tem
influência sobre o seu negócio. Saber como a legislação pode impactar sobre a
sua realidade é um grande diferencial para se prevenir de contratempos e criar
oportunidades de mercado. Seguem alguns passos a serem seguidos,
conforme as leis e regulamentação do setor.
• Registro da empresa nos seguintes órgãos:
- Junta Comercial;- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual de Fazenda;
- Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a
recolher anualmente a Contribuição Sindical Patronal);
- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade
Social – INSS/FGTS”.
- Corpo de Bombeiros Militar.
• Obtenção do alvará de licença sanitária
- Adequar às instalações de acordo com o Código Sanitário (especificações
legais sobre a condições físicas). Em âmbito federal a fiscalização cabe a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estadual e municipal fica a cargo das
Secretarias Estadual e Municipal de Saúde.
29
• Etapa: Preparar e enviar requerimento ao Chefe do DFA/SIV do
seu Estado para, solicitando a vistoria das instalações e equipamentos Lei n°
9.696, de setembro de 1998 – Dispõe sobre a regulamentação da profissão de
Educação Física e cria o Conselho Federal (CONFEF) e os Conselhos
Regionais de Educação Física (CONREF).
Para abrir uma Academia de Ginástica, o empreendedor não precisa
ter formação superior. Contudo, o exercício das atividades de educação física é
prerrogativa dos profissionais regularmente registrados nos Conselhos
Regionais de Educação Física. Nesse sentido, a Lei Federal nº. 9.696/98, que
dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e estabelece
que as academias de ginástica deverão manter um responsável técnico e
profissionais de educação física em suas dependências. A Resolução CONFEF
n.º 21, de 21 de janeiro de 2000, dispõe que as pessoas jurídicas, cuja
finalidade básica seja a prestação de serviços de atividade física, desportiva e
similar, estão obrigadas a se registrarem no respectivo Conselho Regional de
Educação Física.
Alguns Estados exigem além dos registros previstos em lei, registro no
Conselho Regional de Desportos e obtenção de “Certificado de Funcionamento
Desportivo” das academias com modalidades de lutas e artes marciais (Judô,
Taekwondô, Aikidô, Kendô, Karatê e congêneres, bem como as lutas de Boxe,
Livre, Greco-Romana, Sumô e congêneres).
Conforme o SEBRAE, o segmento de academias de ginástica, assim
entendido as academias de atividades físicas, desportivas, natação e escolas
de esportes, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado
de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006,
caso a receita bruta de sua atividade não ultrapassar R$ 240.000,00
(microempresa) ou R$ 2.400.000,00 (empresa de pequeno porte) e respeitando
os demais requisitos previstos na Lei.
30
Nesse regime de tributação, o empreendedor poderá recolher os
seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o
DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional):
- IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
- CSLL (contribuição social sobre o lucro);
- PIS (programa de integração social);
- COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
- ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
- INSS - Contribuição para a Seguridade Social relativa a parte da empresa
(Contribuição Patronal Previdenciária– CPP)
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 36.000,00, o
empreendedor poderá se enquadrar como Microempreendedor Individual –
MEI, ou seja, sem sócio. Neste caso, os recolhimentos dos tributos e
contribuições serão efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo: O
empresário não precisa recolher os tributos acima (nem pelo sistema
unificado), exceto:
- ISS – valor fixo de R$ 5,00 (cinco reais) independente do faturamento e
- ICMS – valor fixo de R$1,00 (um real), independente do faturamento.
• Sem empregado
- R$ 51,15 mensais para o INSS relativa à contribuição previdenciária do
empreendedor;
- R$ 5,00 mensais de ISS – Imposto sobre serviços de qualquer natureza.
• Com um empregado
Neste caso o empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores
acima, os seguintes percentuais:
- Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
- Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Conclusão: Para este segmento, tanto como LTDA quanto MEI, a
opção pelo Simples Nacional sempre será muito vantajosa sobre o aspecto
31
tributário, bem como nas facilidades de abertura do estabelecimento e para
cumprimento das obrigações acessórias.
CAPÍTULO III
CONCEITO DE PLANO DE NEGÓCIOS
Conforme Hisrich e Peters (2004, p. 210) [3] um plano de negócio é o
documento preparado pelo empreendedor onde são apresentados todos os
elementos externos e internos relevantes envolvidos no inicio de um novo
empreendimento.
O plano de negócio é a validação de ideia, a análise de sua viabilidade
como negócio, descreve Dolabela (1999, p. 127) [8].
Para quem deseja abrir uma empresa, o plano de negócios deve ser
apresentado como uma das primeiras iniciativas desse empreendimento, ele
pode ser usado para testar de forma simulada como a empresa poderia ser
dirigida e para prever os possíveis resultados. Sendo assim, o plano pode ser
checado a medida que apareçam as ideias, para verificar se as projeções
eram exatas. Esta etapa fornece um sistema de alarme, permitindo ações
rápidas para a correção dos problemas.
Para Dornelas (2001), o Plano de Negócios pode ser elaborado
conforme a realidade de cada organização, pois devido a distinção não há um
roteiro que possa ser aplicado a toda e qualquer organização. Portanto o
sugerido pelo autor para a empresa prestadora de serviço segue o modelo
iniciando pela capa, seguido do sumário e sumário executivo. Após isso são
descritos o negócio e os serviços da empresa, juntamente com o mercado,
localização e os concorrentes. Na etapa seguinte deve-se citar toda equipe
gerencial, a estrutura funcional, bem como os dados funcionais. Para finalizar
32
são descritos os aspectos financeiros da empresa, onde desta forma são
explicitadas as fontes de recursos da organização, os investimentos iniciais, o
balanço patrimonial, a análise do ponto de equilíbrio, a demonstração dos
resultados, a projeção de fluxo de caixa, a análise de rentabilidade e os
anexos. O plano de negócios deve responder perguntas como: Trata-se de um
plano para uma nova empresa? Para o lançamento de um produto ou serviço?
Para expandir instalações? Para abertura de uma nova loja ou para
investimento em determinada área? É importante saber como pode ser
aplicado, isto exige pesquisas para saber quais são as reais necessidades que
o mercado irá suprir.
Um dos passos mais importantes para abrir ou expandir um
empreendimento é a preparação de um plano de negócios. Em muitos casos o
empreendedor que idealiza um negócio, muitas vezes tem um plano em mente,
mas para correr o menor risco possível e o empreendimento prosperar, ele
deve concatenar estas ideias em um documento formal, denominado plano de
negócios.
Para Stoner e Freeman (1994, p.140) [18] a análise de ambiente é
apresentada como uma importante ferramenta para identificar a forma pelas
quais as mudanças no ambiente externo (político/legal, tecnológico e
econômico), competidores, fornecedores, clientes, órgãos governamentais e
outros podem influenciar a organização direta ou indiretamente, demonstrada
na figura abaixo:
33
Figura: Usuário de Planos de negócios – Fonte: Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 163) [20].
Conforme o SEBRAE [15], o Plano de Negócios foi criado para o
empreendedor organizar suas ideias, sendo seu mapa de percurso. Um plano
de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um
negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam
alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite
identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.
Como o SEBRAE é referência quando se fala de empreendedorismo,
uma marca forte e reconhecida, ele sugere um modelo de plano de negócio,
com as etapas e que pode ser ajustado e adequado ao tamanho e à atividade
da sua empresa.
Portanto, foram utilizadas como referência as etapas do plano sugerido
pelo SEBRAE, onde foram realizadas adequações para o Plano de Negócios
da Academia.
34
As etapas sugeridas pelo SEBRAE são:
• Análise de Mercado
Esta é uma das etapas mais importantes da elaboração do seu plano.
Afinal, sem clientes não há negócios. Os clientes não compram apenas
produtos, mas soluções para algo que precisam ou desejam. Pode-se
identificar essas soluções se conhecê-los melhor. Para isso, deve-se responder
a algumas perguntas, como: Qual a faixa etária? Na maioria são homens ou
mulheres? Onde moram? Etc.
• Avaliação Estratégica
Esta etapa serve para detectar pontos fortes e fracos, com a finalidade
de tornar a empresa mais eficiente e competitiva. Na análise do ambiente
externo, existem situações que são ao mesmo tempo oportunidades e
ameaças. Por exemplo, o crescimento do setor onde se atua, pode representar
tanto uma oportunidade de aumento das vendas, como uma ameaça por
facilitar a entrada de novos concorrentes.
• Plano de Marketing
Nesta etapa, deve-se descrever quais serviços serão prestados, suas
características e as garantias oferecidas. Também se descreve as estratégias
promocionais, tais como: propaganda em rádio, jornais e revistas, internet,
entre outros.
• Plano Financeiro
Nele, será determinado o total de recursos a ser investido para que a
empresa comece a funcionar. O investimento total é formado pelos
investimentos fixos, capital de giro e investimentos pré-operacionais.
• Plano Operacional
Através de um layout ou arranjo físico (planta), deve-se definir como
será a distribuição dos diversos setores da empresa, de alguns recursos
(mercadorias, matérias-primas, produtos acabados, estantes, gôndolas,
35
vitrines, prateleiras, equipamentos, móveis, matéria-prima etc.) e das pessoas
no espaço disponível.
Obs. Como não foi definido o local da academia, não foi possível
montar a planta.
• Construção de Cenários
Após a finalização do plano de negócio, deve-se simular valores e
situações diversas para a empresa.
Preparar cenários onde o negócio obtenha resultados pessimistas
(queda nas vendas e/ou aumento dos custos) ou otimistas (crescimento do
faturamento e diminuição das despesas). A partir daí, pensar em ações para
evitar e prevenir-se frente às adversidades ou então para potencializar
situações favoráveis.
• Sumário Executivo
Nele consta o resumo do PLANO DE NEGÓCIO. Não se trata de uma
introdução ou justificativa e, sim, de um sumário contendo seus pontos mais
importantes. Deverá constar também os Setores de atividades, dados do
empreendimento, resumo dos principais pontos do plano de negócio; dados
dos empreendedores, experiência profissional e atribuições.
• Avaliação do plano de negócio
O Plano de Negócio desenvolvido é um valioso instrumento de
planejamento. Por ser um mapa de percurso, ele deve ser consultado e
acompanhado constantemente.
Para Longenecker, Moore e Petty (1997) [20] o plano de negócios deve
apresentar os seguintes componentes: o resumo executivo, descrição geral da
empresa, plano de serviços e produtos, plano de marketing, plano gerencial,
plano operacional, plano jurídico, plano financeiro e apêndice.
36
• Resumo Executivo
Demonstra uma visão geral de uma a três páginas do plano total de negócios.
Escrito depois que as outras seções foram completadas, enfatiza seus pontos
importantes e, idealmente, cria interesse suficiente para motivar o leitor a lê-lo.
• Descrição Geral da Empresa
Apresenta o tipo de empresa e fornece sua história, se ela já existir. Diz se é
um negócio de manufatura, varejo, serviços ou outro tipo de negócio.
• Plano de Serviços e Produtos
Descreve o produto e/ou serviço e aponta quaisquer aspectos singulares.
Explica por que as pessoas comprarão o produto ou serviço.
• Plano de Marketing
Demonstra quem serão seus clientes e que tipo de competição você
enfrentará. Esboça sua estratégia de marketing e especifica o que lhe dará
vantagem competitiva.
• Plano Gerencial
Os “participante-chave” são identificados – os investidores ativos, a equipe
gerencial e os diretores. Cita a experiência e competência que possuem.
• Plano Operacional
Descreve o tipo de manufatura ou sistema operacional que você usará.
Apresenta projeções de receitas, custos e lucros.
• Plano Financeiro
Apresenta os demonstrativos financeiros do negócio, para demonstrar sua
viabilidade, através de projeções de receitas, despesas, resultados, caixa,
balanço patrimonial, viabilidade econômica.
37
• Plano Jurídico
Mostra o tipo proposto de constituição jurídica da empresa – por exemplo,
empresa individual, sociedade por quotas ou sociedade anônima. Aponta
considerações jurídicas especiais, relevantes.
Deve-se avaliar cada uma das informações, pois o plano de negócio
tem por objetivo ajudar a responder a seguinte pergunta: “Vale a pena abrir,
manter ou ampliar o meu negócio?”.
38
CONCLUSÃO
O projeto iniciou com a proposta de analisar se uma academia de
ginástica é um bom negócio para investimento de um novo empreendedor.
Quem quer abrir uma academia precisa estar atualizado quanto às
tendências do setor, que está em franco crescimento, notadamente nas classes
A e B e o segmento que mais vai crescer é o de academias de baixo custo,
graças à ascensão das classes C e D.
O estudo demonstrou, que a evolução do empreendedorismo no Brasil
que vem ganhando força desde a década de 90, juntamente com o crescimento
da economia, está favorecendo a atividade empreendedora.
O mercado apesar de promissor está muito competitivo, entretanto é
extremamente importante que o empreendedor elabore um Plano de Negócios
anteriormente a abertura do mesmo, para auxiliá-lo na tomada de decisões,
pois o plano compreenderá todas as informações necessárias para
implantação do negócio. É extremamente importante estar atento as leis e
regulamentações do setor.
Portanto, o empreendedor com um diferencial competitivo, deve
explorar a ideia de uma academia de ginástica, pois através do estudo de
mercado e do Plano de Negocio, os dados expostos apontam um negócio com
muito potencial de sucesso.
39
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Plano de Negócio – Academia de Ginástica
40
ANEXO 1 PLANO DE NEGÓCIO – ACADEMIA DE GINÁSTICA
Sócio Fundador: Maurício Mumback Prates Endereço: Bairro Glória, Rio de Janeiro / RJ
DESCRIÇÃO GERAL DO NEGÓCIO
O que a empresa faz ou pretende fazer: a empresa pretende prestar serviço para a saúde e bem-estar das pessoas. Uma academia, não seria apenas um local para musculação, mas um espaço onde o convívio social, onde a diversão e o entretenimento tenham maior evidência, com atividades extra-academia.
Baseado em quais competências/experiências/tecnologias: A empresa se utilizará Estudos de mercado do um dos proprietários, que trabalha com Telecomunicações em uma grande rede nacional do segmento de tecnologia. Ao longo de sua experiência profissional e vida acadêmica, procurou conhecer a fundo o setor das academias, atualizando-se a respeito das principais tendências do mercado.
Estimulado por quais tendências de mercado: Conforme o SEBRAE, atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial em número de estabelecimentos de academias de ginástica e o quarto lugar em relação ao faturamento. Brasil possui condições de consolidar essa tendência de crescimento da demanda por produtos e serviços que impactem a qualidade de vida de sua população. O mercado da Beleza e o Fitness são bola da vez
Descrição do Mercado de Forma Abrangente (macro):
• Concorrentes: a empresa terá como concorrentes academias dos bairros Gloria e Catete no Rio de Janeiro/RJ, sendo que algumas delas possuem uma grande infra-estrutura. Ao todo são 4 academias.
• Clientes: a clientela é bem diversificada, pois os serviços estarão disponíveis para todos os públicos e idade.
• Fornecedores: os fornecedores de produtos compreendem às diferentes empresas do ramo fitness, cujos produtos estiverem dentro da margem de preço e estilo que a academia pretende trabalhar.
• Mensuração da demanda: O estudo de mercado desenvolvido estima alcançar em dois meses 187 alunos, necessários para suprir as despesas mensais e rapidamente atingir a quantidade de 250 alunos.
• Segmento específico em que compete ou pretende competir: inicialmente, será instalada uma academia no Bairro Gloria, buscando atingir as pessoas que lá trabalham e transitam, trabalhem ou residam nas proximidades.
Comportamento do mercado em termos de
• Crescimento: O mercado de atividade física no Brasil está em franco crescimento, principalmente no eixo Rio - São Paulo que é um mercado bastante pulverizado. Normalmente associada à melhoria da qualidade de vida, diminuição do estresse e à boa
41
saúde, as atividades praticadas no ambiente alegre das academias tem se transformado num hábito comum do mundo moderno
• Lucratividade: a lucratividade do setor varia de acordo com os serviços prestados e infra-estrutura da academia.
Características principais do mercado em termos de:
• Preço praticado: os preços praticados pelas academias são muito variados. Dependendo do local em que está situada a academia, depende dos serviços prestados e da infra-estrutura, a partir dessas variáveis os preços têm forte variação.
• Formas de vendas: as academias trabalham com vendas de serviços, nas quais o pagamento costuma ser mensal ou através de pacotes (bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais).
• Distribuição: os serviços são prestados na própria academia. • Assistência: Academias do Rio normalmente não oferecem garantias de qualquer
natureza com relação ao serviço prestado. • Existência de soluções tecnológicas diferenciadas: as empresas mais destacadas no
segmento fitness, são as academias com serviços aquáticos e aulas de lutas marciais. Entretanto, são poucas as empresas que oferecem esse tipo de serviço. Ele costuma ser oferecido pelas grandes Academias do setor.
• Estratégias de marketing: a estratégia de marketing mais utilizada são os pacotes sazonais, seguida pela panfletagem, descontos para quem trouxer amigo, e-mail marketing pela Internet,
• Mala-direta, parcerias com condomínios e empresas, patrocínio de eventos esportivos tais como: corridas, etc.
• Principais concorrentes: os principais concorrentes são as academias: A, B e C.
• Áreas de conhecimento em que a empresa tem experiência e capacitação: o proprietário da empresa está aprofundando conhecimento do setor, acompanhando sua evolução ao longo dos últimos 5 (cinco) anos.
• Tecnologias/habilidades dominadas pela empresa: além do conhecimento do setor fitness, o proprietário da empresa tem muitos cursos e experiência na área de gestão de pessoas.
• Áreas de conhecimento correlatas ou complementares em que a empresa atua ou pretende atuar ou está iniciando capacitação: futuramente, a empresa pretende atuar com serviços aquáticos e artes marciais.
• Tecnologias/habilidades que a empresa desenvolveu, pretende desenvolver ou está desenvolvendo: a empresa enfatizará a excelência no atendimento aos clientes, além de oferecer equipamentos com tecnologia para as atividades dos clientes.
• Principais formas e fontes de capacitação e acesso a tecnologias que a empresa utiliza: a empresa tem como propósito a capacitação continuada na forma de atendimento, bem como adotar serviços que possibilitem a satisfação total do cliente.
MISSÃO DA EMPRESA
Missão da empresa: Atender com excelência o cliente, proporcionando saúde, bem estar e um local para novas amizades.
42
MERCADO CONSUMIDOR
MERCADO CONSUMIDOR: Todas as idades, sexo e classe social que buscam saúde e bem estar.
MERCADO CONCORRENTE
Empresas Concorrentes Pontos Fortes Pontos Fracos
A Já possui uma parcela do mercado, dispõe de grande infra-estrutura, dispõem de atividades como: musculação, pilates, ginástica e boxe.
Falta de climatização, ventiladores estragados, equipamentos antigos e muitos com defeito, faltam manutenção.
B
É a maior rede de academias do Brasil e do mundo, 30 minutos de exercícios, academia somente para mulheres, oferece um conjunto de ferramentas online para apoio nutricional.
Academia é para e somente o público feminino, dificuldade para ganho de massa muscular, 30 minutos e 3 vezes por semana.
C
Já conquistou uma significativa parcela do mercado, possui 3 filiais próximas, dispõe de grande infra-estrutura (salão exclusivo só para musculação, sala de ginástica, sala de spinning, salão aeróbico, sala exclusiva para abdominal e atividades aquáticas). Possui equipamentos de alta tecnologia.
Alto preço da mensalidade e não oferece atividades de artes marciais.
D Academia nova, oferecendo serviços exclusivos de musculação e possui equipamentos novos.
Oferece somente serviço de musculação, espaço pequeno entre os equipamentos, pequena infra-estrutura e falta climatização.
43
MERCADO FORNECEDOR
PRINCIPAIS FORNECEDORES: PRODUTOS/SERVIÇOS
FORNECIDOS:
ALL GYM de campinas/SP
GED FITNESS EQUIPAMENTOS DE GINASTICA de campinas/SP
Equipamentos para musculação e ginástica
HALTER MECANICA E APARELHOS DE GINÁSTICA de Joinville/SC
SANTANA FITNESS EQUIPMENT de Palhoça/SC
ALFA ESPORTES do Rio de Janeiro/RJ
BALCÃO DO FITNESS do Rio de Janeiro/RJ
PRINCIPAIS PRODUTOS OFERECIDOS PELA EMPRESA
PRODUTOS/SERVIÇO OFERECIDOS PELA EMPRESA:
Atividades: Ginástica, musculação, aulas em circuito, Personal Trainer e atividades extra-academia (uma espécie de balcão de sugestões de atividades fornecidas pelos alunos como: trilhas, passeios, festas, onde possam surgir novas amizades).
Futuramente no local haverá loja de roupas e artigos de ginástica, venda de suplementos e lanchonete.
44
CUSTO TOTAL DE INVESTIMENTO FIXO
CUSTO TOTAL DE INVESTIMENTO FIXO
DESCRIÇÃO VALOR (R$)
Aparelhos 56.000,00
Móveis 2.722,00
Utensílios 891,00
Equipamentos 6.946,00
TOTAL 66.559,00
DEPRECIAÇÃO
DEPRECIAÇÃO
DESCRIÇÃO VALOR (R$) DEPRECIAÇÃO MENSAL - VALOR (R$)
Aparelhos 56.000,00 466,00
Móveis 2.722,00 22,66
Utensílios 891 7,42
Equipamentos 6.946,00 57,88
TOTAL 66.559,00 553,96
45
CUSTOS FIXOS
CUSTOS FIXOS
DISCRIMINAÇÃO VALOR MENSAL (R$) VALOR ANUAL (R$)
01. SALÁRIOS
Sócio Fundador 2.000,00 24.000,00
Funcionários/Estagiários 7.600,00 91.200,00
Soma 01 9.600,00 115.200,00
02. OUTRAS DESPESAS
Aluguel e taxas 3.500,00 42.000,00
Água e luz 120 1.440,00
Telefone 100 1.200,00
Manutenção 150 1.800,00
Contador 300 3.600,00
SOMA 02 4.170,00 50.040,00
TOTAL DOS CUSTOS FIXOS 13.770,00 165.240,00
CUSTOS VARIÁVEIS
CUSTOS VARIÁVEIS
DESCRIÇÃO VALOR (R$)
Simples 5%
ISS 5%
TOTAL 10%
46
RESULTADO OPERACIONAL
RESULTADO OPERACIONAL
Descrição Valor (R$)
A- Receita Operacional anual dos serviços 255.000,00
B- Custo Variável do serviço prestado (10% de A) 25.500,00
C- Custo fixo anual 165.240,00
D - Custo Total anual (C+B) 190.740,00
E - Lucro Liquido anual (A-D) 64.260,00
F- Margem de Contribuição (A-B) 229.500,00
G - Ponto de Equilíbrio em % (C/F) 72
Baseado nesses valores será necessário que academia mantenha uma média de 187 alunos com a mensalidade média de R$ 85,00 necessários para suprir as despesas mensais e rapidamente pretende atingir a quantidade de 250 alunos.
LUCRATIVIDADE
Lucratividade = Lucro Liquido anual x 100
Vendas
RESULTADO OPERACIONAL
Descrição Valor (R$)
Lucratividade 64.260,00 x 100 / 255.000,00
Resultado (%) 25,50
47
PONTO DE EQUILÍBRIO
Ponto de Equilíbrio = Despesas Fixas
Margem de Contribuição
RESULTADO OPERACIONAL
Descrição Valor (R$)
Cálculo 165.240,00 / 229.500,00
Valor (%) 72
SUMÁRIO EXECUTIVO
O mercado de atividade física no Brasil está em franco crescimento, principalmente no eixo Rio - São Paulo que é um mercado bastante pulverizado. Normalmente associada à melhoria da qualidade de vida, diminuição do estresse e à boa saúde, as atividades praticadas no ambiente alegre das academias tem se transformado num hábito comum do mundo moderno. Essa tendência vem se consolidando, pois cresce muito a valorização da beleza e a busca por uma vida mais saudável no século XXI. As pessoas estão conscientes de que a prática de atividades físicas pode proporcionar uma vida social mais ativa, além de conquistar seu bem-estar, saúde e qualidade de vida. A demanda por locais em que as pessoas possam se entreter, comunicar e exercitar com total segurança, orientados e assistidos por profissionais e empresas especializados, como as academias de ginástica, vem aumentando. Saber como se apresentar, saber o público o qual irá trabalhar, para que não ocorra uma frustração. Saber abordar o seu cliente, já na primeira visita demonstra como é importante a presença do cliente para organização. A Academia pretende implementar o conceito de responsabilidade no atendimento aos portadores de necessidades especiais oferecendo serviços adequados, bem como instalações e acessos apropriados e terá em seu quadro profissionais formados em educação física e fisioterapia. Serão oferecidos serviços de ginástica, musculação, aulas em circuito, Personal Trainer e atividades extra-academia (uma espécie de balcão de sugestões de atividades fornecidas pelos alunos como: trilhas, passeios, festas, onde possam surgir novas amizades). Futuramente no local haverá loja de roupas e artigos de ginástica, venda de suplementos e lanchonete. A empresa tem como pontos fortes: conhecimento que o proprietário adquiriu do setor, através do acompanhamento desse mercado e sua evolução ao longo dos últimos 5 (cinco) anos. Também tem conhecimento dos fornecedores e uma localização estratégica, uma vez que o local onde a Academia pretende ser instalada é de fácil acesso e há grande circulação de pessoas. Além disso, a empresa estará apta a atender bem e orientar seus clientes, levando em consideração as características particulares de cada um.
48
O investimento inicial é de R$ 100.000,00 para o qual foram estimados os seguintes indicadores de desempenho:
ÍNDICE VALOR
LUCRATIVIDADE 25,5%
PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO
18 MESES
Os dados expostos apontam um negócio com muito potencial de sucesso.
49
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1- http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo#Defini.C3.A7.C3.A3o
Acesso em: 22/05/2011
2 - http://www.sebrae.com.br/customizado/desenvolvimento-territorial/o-que-
e/empreendedorismo
Acesso em: 22/05/2011
3 - HISRICH, Robert D.; PETER, Michael P. Empreendedorismo. São Paulo:
Bookman, 2004.
4 - RAZZOLINI FILHO, Edelvino. Empreendedorismo: Dicas e Planos de
Negócios para o Século XXI . Curitiba: Ibpex 2010.
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Acesso em: 25/07/2011
52
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A EVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO 10
1.1 – Definições de Empreendedorismo 12
1.2 – Características do Empreendedor 13
1.3 – Empreendedorismo no Brasil 20
CAPÍTULO II
ACADEMIA DE GINÁSTICA 23
2.1 – Exigências Legais para uma nova academia 28
CAPÍTULO III
PLANO DE NEGÓCIOS 31
CONCLUSÃO 38
ANEXOS 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49
ÍNDICE 52
53
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: FACULDADE INTEGRADA AVM
Título da Monografia: Empreendedorismo, uma odeia de
academia de Ginástica
Autor: Mauricio Mumback Prates
Data da entrega:
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