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UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE
DA SERTÃ
Sertã
Fevereiro, 2015
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2015
Relatório de Atividades 2015
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SIGLAS
ACES PIS - Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Interior Sul
AES - Agrupamento de Escolas da Sertã
APPACDM - Associação Portuguesa dos Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência
Mental
ARS - Administração Regional de Saúde
AVC - Acidente Vascular Cerebral
CLAS - Conselho Local de Ação Social
CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
CSS - Centro de Saúde
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
EB - Escola Básica
EBPALF - Escola Básica Padre António Lourenço Farinha
EBS - Escola Básica Sertã
ECCI - Equipa Cuidados Continuados Integrados
ECL - Equipa Coordenadora Local
EGA - Equipa de Gestão de Altas
ELI - Equipa Local de Intervenção
EPAIE/PB - Equipa de Prevenção ao Abandono e Insucesso Escolar/Projeto Bússola
ERA - Equipa Regional de Apoio
ETPS - Escola Tecnológica Profissional da Sertã
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GJS - Gabinete Jovem Saudável
HAL - Hospital Amato Lusitano
INE - Instituto Nacional de Estatística
IPI - Intervenção Precoce na Infância
IPSS - Instituições Particulares Solidariedade Social
IVS - Instituto Vaz Serra
NLI - Núcleo Local de Inserção
NST - Núcleo de Supervisão Técnica
PDS - Plataforma de Dados da Saúde
PIIP - Plano Individual de Intervenção Precoce
PNSE - Plano Nacional de Saúde Escolar
PNSO - Plano Nacional de Saúde Oral
PNV - Plano Nacional de Vacinação
PTA - Prótese Total da Anca
PTJ - Prótese Total do Joelho
RNCCI - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
RSI - Rendimento Local de Inserção
SAM - Sistema de Apoio ao Médico
SAPE - Sistema de Apoio a Prática de Enfermagem
SINUS - Sistema de Informação Nacional das Unidades de Saúde
SNIPI - Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância
SOBE - Saúde Oral Bibliotecas Escolares
TSSS - Técnica Superior de Serviço Social
UCC - Unidades Cuidados na Comunidade
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UCSP - Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
ULSCB - Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
VD - Visita Domiciliária
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ÍNDICE DE QUADROS
Pág
Quadro 1 - Índice de envelhecimento, índice de dependência de idosos,
índice de dependência total e índice de dependência de jovens por local de
residência à data dos Censos 2011 ………………………………………………...
12
Quadro 2 - Taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade, número de
nados-vivos e número de óbitos, Censos 2011……………………………………. 13
Quadro 3 - Número de utentes inscritos no Centro de Saúde da Sertã por
grupo etário e sexo …………………………………………………………………… 14
Quadro 4 - Cálculo da População Ponderada ……………………………………. 15
Quadro 5 - Identificação dos profissionais da UCC da Sertã …………………… 17
Quadro 6 - Comunidade educativa que constitui a área de abrangência da
UCC ……………………………………………………………………………………. 28
Quadro 7 - Indicadores contratualizados ………………………………………….. 57
Quadro 8 - Análise Swot UCC da Sertã …………………………………………… 73
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
Pág
Gráfico 1 - População residente (Nº) no concelho da Sertã por grupo etário,
Censos 2011 ………………………………………………………………………… 11
Gráfico 2 - Pirâmide etária, concelho da Sertã, 2011 ……………………………. 12
Gráfico 3 - Resultados dos questionários aplicados aos utentes ……………… 68
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ÍNDICE
Pág
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 8
1 - CARACTERIZAÇÃO DA UCC ......................................................................................... 10
1.1- ÁREA GEOGRÁFICA DA UCC .................................................................................. 11
1.2- INFORMAÇÃO DEMOGRÁFICA ............................................................................... 11
1.3 - INFORMAÇÃO SÓCIO ECONÓMICA ..................................................................... 14
1.4- POPULAÇÃO PONDERADA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UCC ................... 15
1.5 - RECURSOS HUMANOS............................................................................................ 16
1.6 - OFERTA E CARTEIRA DE SERVIÇOS .................................................................. 18
2 - AVALIAÇÃO GERAL DO PLANO DE ACÇÃO ............................................................ 20
2.1 - PREPARAÇÃO PARA A MATERNIDADE/PATERNIDADE - PREPARAÇÃO
PARA O PARTO (PPP) ...................................................................................................... 20
2.2 - COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS – CPCJ .................... 22
2.3 - SISTEMA NACIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA – SNIPI
................................................................................................................................................. 25
2.4 - PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE ESCOLAR (PNSE) ................................... 28
2.5 - PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL .............................................................................. 35
2.6 - EQUIPA DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS (ECCI) .................... 39
2.7 - CUIDAR OS CUIDADORES ...................................................................................... 45
2.8 - CONSULTA DE ALCOOLOGIA ................................................................................ 47
2.9 - CONSELHO LOCAL DE AÇÃO SOCIAL (CLAS) .................................................. 49
2.10 - RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO (RSI) .................................................... 50
2.11 - REABILITAR .............................................................................................................. 52
2.12 - MULHER MASTECTOMIZADA .............................................................................. 54
3 - CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS .................................................................... 56
3.1 - COBERTURA ASSISTENCIAL ................................................................................. 56
3.2 - INDICADORES INSTITUCIONAIS ........................................................................... 57
3.2.1- Indicadores de acessibilidade ......................................................................... 58
3.2.2 – Indicadores de desempenho assistencial .................................................. 59
3.3 - SITUAÇÕES COM IMPACTO NOS RESULTADOS ............................................. 61
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4 - REUNIÕES .......................................................................................................................... 62
4.1 - REUNIÕES DO CONSELHO GERAL ...................................................................... 62
4.2 - OUTRAS ....................................................................................................................... 62
5 - DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E FORMAÇÃO CONTÍNUA............. 63
5.1 - PLANO ANUAL DE FORMAÇÃO CONTÍNUA ....................................................... 63
5.2 - FORMAÇÃO PRÉ E PÓS GRADUADA .................................................................. 64
5.3 - PRODUÇÃO CIENTÍFICA E DE INVESTIGAÇÃO ................................................ 64
6 - PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE .............................................. 65
6.1 - DESCRIÇÃO DO TEMA ............................................................................................. 65
6.2 - ANÁLISE DE IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................ 65
6.3 - AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 66
6.4 - MEDIDAS CORRETORAS ........................................................................................ 67
7 - AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTENTES ........................................................ 68
8 - OUTRAS ACTIVIDADES ................................................................................................... 70
8.1 - PROTOCOLOS / ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INSTITUIÇÕES ................... 70
8.2 - OUTRAS ACTIVIDADES ........................................................................................... 70
9 - ANÁLISE SWOT ................................................................................................................ 73
10 - CONCLUSÃO ................................................................................................................... 75
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INTRODUÇÃO
A Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) prevista no n.º 2 do Artigo 7º, do
Decreto-lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, tem por missão contribuir para a melhoria
do estado de saúde da população da sua área geográfica de intervenção, visando a
obtenção de ganhos em saúde, concorrendo, de um modo directo, para o
cumprimento da missão do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) em que se
integra.
As Unidades de Cuidados na Comunidade, têm como finalidade prestar cuidados de
saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário, às pessoas,
famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência física e
funcional, atuando na educação para a saúde e na integração em redes de apoio à
família.
Tendo em conta a especificidade destas unidades, e aquando da formulação do seu
Plano de Ação, ficam explícitos, entre outros aspectos, quais os objectivos,
indicadores e metas que a equipa se propõe a atingir.
A concretização dos objetivos e metas traçadas, requerem uma avaliação periódica
para ser bem sucedida. Assim, no âmbito do Regulamento da Organização e do
Funcionamento da Unidade de Cuidados na Comunidade, anexo ao Despacho nº
10143/2009, é realizado o relatório de actividades da UCC da Sertã.
O Relatório de atividades constitui o instrumento fundamental de apoio à gestão, que
permite objetivar e acompanhar o conjunto das atividades da respectiva unidade do
período a que se refere, com o intuito de orientar e melhorar a sua prestação no ano
seguinte.
Este Relatório de Atividades referente ao ano 2015, tem como base os resultados
obtidos nas metas e indicadores propostas no plano de acção, e é baseado em dados
obtidos no Sistema Informático Nacional de Unidades de Saúde (SINUS), no Sistema
de Apoio à Prática de Enfermagem (SAPE), Sistema de Apoio ao Médico (SAM),
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Plataforma Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, mas também na
contagem manual efetuada mensalmente pelos profissionais.
Foi um ano que permitiu detetar e desenvolver mudanças necessárias nos seus
diferentes projetos/programas, decorrentes da evolução e amadurecimento da equipa.
O presente relatório encontra-se estruturado em 10 capítulos, de acordo com as
orientações da ERA para elaboração de relatório para as UCC.
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1 - CARACTERIZAÇÃO DA UCC
A UCC da Sertã, adiante designada por UCC, é parte integrante do Centro de Saúde
da Sertã e da ULSCB.
De acordo com as orientações do Decreto-Lei 28/2008, de 27 de Fevereiro foi criada a
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã com o Plano de Ação apresentado à
ERA e homologado pela ARS Centro a 6 de Fevereiro de 2014, tendo a UCC iniciado
funções a 2 de Junho de 2014.
A UCC pretende atuar na promoção da saúde, prevenindo comportamentos de risco,
facilitando a acessibilidade aos cuidados de saúde, através da implementação de
projetos com a comunidade, de forma a responder às suas necessidades.
Esta unidade fica situada na Abegoaria, na freguesia da Sertã, no edifício do Centro
de Saúde da Sertã, ocupando quatro salas do anterior laboratório de análises clínicas.
Também utiliza as áreas comuns do Centro de Saúde, nomeadamente a biblioteca,
refeitório/bar, WC para utentes e profissionais, garagem e outras instalações e
espaços comuns.
Foi solicitada colaboração à Câmara Municipal da Sertã para a realização de obras
nas instalações da UCC, já que o aspeto das mesmas se apresentava um pouco
degradado, necessitando de pintura e outras reparações. Como não houve
colaboração da câmara para o efeito, foi disponibilizada a tinta necessária pela ULSCB
e a pintura ficou ao cuidado do assistente operacional Daniel Lopes.
Também no início de actividade da UCC foi solicitado material à ULSCB, que começou
a ser entregue no fim de Dezembro de 2015. Os sistemas de informação continuam a
revelar-se ineficazes pelo fornecimento de dados díspares, não permitindo a
monitorização periódica simples e eficaz para cumprimento dos indicadores.
Também a existência de apenas um computador para a UCC torna-se insuficiente
para proceder aos registos da equipa e proceder à organização dos projetos.
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1.1- ÁREA GEOGRÁFICA DA UCC
A área geográfica de atuação da UCC é o concelho da Sertã, que se enquadra no
Pinhal Interior Sul, no distrito de Castelo Branco e apresenta 446,73 km2 de área
territorial e 126 Km de perímetro (INE- 2011).
O concelho da Sertã encontra-se numa região marcada pela ruralidade, situada na
Zona Centro, onde a Beira Baixa toca a Beira Litoral e o Ribatejo, fazendo fronteira
com os concelhos de Oleiros, Proença-a-Nova, Vila de Rei, Figueiró dos Vinhos,
Pedrógão Grande, Mação e Ferreira do Zêzere.
Fazem parte da área geográfica de influência da UCC as freguesias do concelho da
Sertã: Cabeçudo, Carvalhal, Castelo, União das freguesias de Cernache do Bonjardim,
Nesperal e Palhais, União das freguesias de Cumeada e Marmeleiro, União das
freguesias de Ermida e Figueiredo, Pedrógão Pequeno, Sertã, Troviscal e Várzea dos
Cavaleiros.
1.2- INFORMAÇÃO DEMOGRÁFICA
A população abrangida corresponde a 15.880 residentes no concelho (Gráfico 1),
distribuídos por 6.498 famílias, sendo a densidade populacional de 35,20 hab./Km2
(Censos 2011).
Gráfico 1 - População residente (Nº) no concelho da Sertã por grupo etário, Censos 2011
Fonte: Censos 2011
Em 2011 no concelho da Sertã 27,6% da população eram idosos (65 anos ou mais),
(Censos 2011). Quanto à idade constata-se que a faixa etária compreendida entre 25
e 64 anos é a mais representativa da população residente no concelho da Sertã,
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traduzindo cerca de 55% do total da população em 2011. Denota-se uma tendência
progressiva para o envelhecimento da população, com diminuição dos grupos etários
mais jovens (dos 0-24 anos) e aumento dos grupos etários mais velhos (Gráfico 2).
Gráfico 2 - Pirâmide etária, concelho da Sertã, 2011
Fonte: Censos 2011
Nos últimos anos, tem-se assistido a um abrandamento do crescimento, associado ao
abrandamento tendencial da taxa de crescimento natural e à desaceleração do
crescimento migratório. Por outro lado, regista-se um envelhecimento progressivo da
população, em consequência da diminuição da natalidade, da fecundidade e do
aumento da longevidade.
Como se pode observar no quadro 1, o índice de envelhecimento da população é de
221, o que significa que por cada por cada 100 jovens há hoje 221 idosos.
Quadro 1 - Índice de envelhecimento, índice de dependência de idosos, índice de dependência total e
índice de dependência de jovens por local de residência à data dos Censos 2011
Período de
referência
dos dados
Índice de
envelhecimento
(N.º) por Local de
residência; Anual
Índice de
dependência de
idosos (N.º) por
Local de
residência; Anual
Índice de
dependência
total (N.º) por
Local de
residência; Anual
Índice de
dependência de
jovens (N.º) por
Local de residência;
Anual
2011 Nº
221,0 46,8 70,2 21,9
Fonte: Censos 2011
7 5 3 1 1 3 5 7
0-4
5-9
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
80-84
85+ Mulheres
Homens
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NUTS 2002 completa
(lista cumulativa - PT, NUTS I, II, III, CC,
FR)
Período de referência dos dados
Taxa bruta de natalidade (‰) por Local de residência; Anual (2)
Taxa bruta de
mortalidade (‰) por Local de
residência; Anual (2)
Nados-vivos (N.º) por Local de residência da mãe (Município), Filiação e Tipologia de áreas urbanas;
Anual (3)
Óbitos (N.º) por Local de residência, Sexo e Tipologia de
áreas urbanas; Anual (4)
Tipologia de áreas urbanas
Tipologia de áreas urbanas
Área predominantemente
urbana
Área predominantemente
urbana
Filiação Sexo (1)
Total HM
‰ ‰ N.º N.º
Sertã 2012 5,8 13,6 91 214
Os resultados dos Censos 2011 permitem quantificar que o esforço da sociedade
sobre a população ativa (índice de dependência total) no concelho da Sertã foi de
70,2%. Os Censos 2011 revelam ainda que, na última década e em Portugal, o índice
de dependência total aumentou em relação ao ano de 2001. O agravamento do índice
de dependência total é resultado do aumento do índice de dependência de idosos,
que aumentou cerca de 21% na última década, apresentando no concelho da Sertã
46,8% (Censos 2011). O índice de dependência de jovens foi de 21,9%.
Quanto ao índice de longevidade que espelha a relação entre dois grupos de
população idosa, com idade igual ou superior a 65 anos e com idade igual ou superior
a 75 anos, aumentou de 52,2% (Censos 2001) para 57,6% em 2011.
A taxa bruta de natalidade por local de residência em Portugal em 2011 foi de 9.5%,
no concelho da Sertã apenas de 5,8%. A taxa bruta de mortalidade por local de
residência em Portugal em 2011 é de 10%, na Sertã foi de 13,6%, note-se que esta
percentagem é superior à nacional.
Em 2001 nasceram no concelho da Sertã 128 crianças, havendo um decréscimo de
nascimentos em 2011 com 91 crianças. Observou-se uma descida do número de
óbitos registando-se 256 óbitos no ano 2001 e 214 óbitos em 2011. Ao calcular o
índice de Pearl (número de nascidos vivos de uma determinada área no ano, sobre o
número de óbitos da mesma área e no ano) obteve-se 0,43%.
Podemos observar (Quadro 2) que no concelho da Sertã a taxa de natalidade por local
de residência é ligeiramente inferior à de mortalidade, o que traduz uma diminuição da
população.
Quadro 2 - Taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade, número de nados-vivos e número de
óbitos, Censos 2011
Fonte: Censos 2011
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A taxa de atividade é um indicador importante para estudar indivíduos que estejam
reformados, desempregados, em trabalho sazonal ou outras situações potencialmente
problemáticas, assim a percentagem de população ativa (relação entre a população
dos 15 aos 64 anos e a população total vezes 100) é de 59,2%. Em relação à
percentagem da população jovem o valor observado é de 17,5%.
O Centro de Saúde da Sertã possui 14.863 utentes inscritos (Quadro 3). Constata-se
que a menor percentagem é do grupo etário com idade inferior a 1 ano com 0.44%
seguindo-se o de 1 a 9 anos com 6.34%, contrapondo com um valor elevado de utentes
com idade superior a 80 anos, sendo de 10.07%.
Quadro 3 - Número de utentes inscritos no Centro de Saúde da Sertã por grupo etário e sexo
Grupo etário Sexo masc. Sexo fem. Total %
< 1 ano 30 36 66 0.44
1 - 9 anos 477 466 943 6.34
10 - 19 anos 737 695 1432 9.63
20 - 29 anos 743 773 1516 10.20
30 – 39 anos 814 854 1668 11.22
40 - 49 anos 976 979 1955 13.15
50 - 59 anos 1109 1059 2168 14.59
60 - 69 anos 918 903 1821 12.25
70 - 79 anos 743 1054 1797 12.09
>= 80 anos 506 991 1497 10.07
Total 7053 7810 14863 100
Fonte: SINUS Dezembro 2015
1.3 - INFORMAÇÃO SÓCIO ECONÓMICA
A taxa de desemprego, que define o peso da população desempregada no total da
população activa (número de desempregados por 100 activos) no concelho da Sertã é
de 9,96%, mas este valor aumentou já que em 2001 a taxa de desemprego era de
7,1%, verificando-se valores mais elevados no género feminino do que no masculino.
Relativamente ao tipo de atividade da população empregada, é no sector terciário
que trabalha a maior parte da população; em contrapartida, o sector primário é o que
exibe menos população empregada. No sector secundário, entre 2001 e 2011, houve
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Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 15
uma pequena variação já que passou de 32,2% em 2001 para 31.2% em 2011. No
sector primário houve um decréscimo passando de 17,3% em 2001 para 6,6% em
2011. Como foi referido anteriormente o sector terciário é o que apresenta maior
número de população empregada, apresentando 50,5% em 2001, com um aumento
em 2011, passando para 62,2%.
Embora a taxa de analfabetismo tenha reduzido no concelho da Sertã entre 1991 e
2001, o seu valor é ainda elevado. Segundo os resultados dos Censos do INE em
2011, 10,16% da população é analfabeta.
Em termos da escolarização a população residente de 15 e mais anos sem nível de
escolaridade decresceu de 33,3% em 2001 para 18,6% em 2011. Com ensino
secundário houve um aumento de 5%, assim em 2001 havia uma percentagem de 7,8
para 12,8 em 2011.
Na área de abrangência do Centro de Saúde existem: Centros de Dia, Lares de
Idosos, Jardim-de-infância e Creches (públicos e privados), Escolas, APPACDM,
Empresas e outras Instituições.
1.4 - POPULAÇÃO PONDERADA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UCC
Cálculo da população ponderada na área de influência da UCC, é importante na
identificação do potencial de trabalho da UCC e na adequação da sua resposta.
Quadro 4 - Cálculo da população ponderada
Idades Ponderação Número de utentes População
Ponderada
0 - 6 anos 1 668 668
7 - 18 anos 1,5 1.629 2.444
19 - 64 anos 1 8.399 8.399
65 - 74 anos 2 1.747 3.494
75 e mais anos 2,5 2.423 6.058
Total 14.863 21.717
Segundo a Norma para o Cálculo de Dotações Seguras dos Cuidados de
Enfermagem, Regulamento nº 533/2014, as UCC devem ser constituídas no rácio de,
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Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 16
pelo menos, 1 (um) enfermeiro por cada 5.000 habitantes, preferencialmente
especialistas, dependendo das características geodemográficas e sociais da
população, do número e tipologia de projetos e das horas necessárias para os
programar, implementar e avaliar resultados.
Através do cálculo da população ponderada da área de influência da UCC da Sertã
(Quadro 4) daria a necessidade de cerca de 4 enfermeiros.
Tendo em conta o referido anteriormente, para cálculo das horas
necessárias/profissional para a UCC, foi considerado as horas necessárias por projeto
da carteira de serviços.
1.5 - RECURSOS HUMANOS
A UCC da Sertã assenta numa equipa técnica multidisciplinar constituída por
enfermeiros, médicos, fisioterapeuta, psicóloga, assistente social, nutricionista,
assistente técnico e assistente operacional (Quadro 5).
A equipa nuclear é constituída por profissionais em permanência na UCC, que têm um
horário semanal superior 50% do seu horário. Os restantes profissionais fazem parte
da equipa multidisciplinar que colabora com a UCC a tempo parcial e são provenientes
das diversas unidades funcionais da ULSCB.
Os médicos de família da UCSP da Sertã, asseguram a visita domiciliária dos utentes
que integram a ECCI, e dispõe de 1h/mês para a visita, que se revela insuficiente
Neste momento e como já foi exposto ao Sr. Director Executivo, aos utentes que
pertencem ao ficheiro do Dr. Tavares dos Santos, Dr.ª Alice, Dr. Fernando Cruz, Dr.
Pedro Manata e Dr.ª Margarida Proença, não é realizada a visita do médico de família
no âmbito da ECCI.
A Dr.ª Sofia Alves, Técnica Superior de Serviço Social, faz parte da equipa, com
3h/semana, através de uma parceria com a Câmara Municipal da Sertã.
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Quadro 5 - Identificação dos profissionais da UCC da Sertã
Nome Área
profissional
Local de
Trabalho
Vínculo
profissional
/ regime
semanal
Horas na
UCC
Profissionais com horas alocadas à UCC superior ou igual a 50% do horário a tempo completo
Ana Isabel Antunes Mateus
Dias
Enfermeira
Especialista em
Enfermagem de
Reabilitação
CSS CTFPTI
40h/semana
35h/s
Sandra Isabel Conceição
Antunes Enfermeira CSS
CIT
35h/semana
28h/s
Susana Margarida Farinha
André Enfermeira CSS
CTFPTI
40h/semana 25h/s
Daniel Jorge Careto Lopes Assistente
Operacional CSS
CTFPTI
40h/semana 40h/s
Profissionais com horas alocadas à UCC inferiores a 50% do horário a tempo completo
Donzília Manuela Garcia
Alves Lopes Enfermeira CSS
CTFPTI
40h/semana 15h/s
Iria Mendes Fernandes
Enfermeira
Especialista
Saúde Materna
e Obstétrica
CSS CTFPTI
40h/semana 4h/s
Ana Paula Caldeira
Tavares dos Santos Enfermeira CSS
CTFPTI
40h/semana 8h/s
Horácio Rosa Bairradas Médico CSS CTFPTI
42h/semana
4h/mês
C. Alcoologia
Maria Manuela Romeira
Vaz Médico CSS
CTFPTI
42h/semana
8h/mês
Gabinete Jovem
Saudável
Iolanda Maria Conceição
Carvalho Fisioterapeuta CSS
CTFPTI
40h/semana
21h
(ECCI)
Cláudia Dias Psicóloga CSPN CTFPTI
40h/semana
4h/mês
Patrícia Vaz Nutricionista CSPN CTFPTI
40h/semana
4h/mês
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Sofia Raquel Alves TSSI Parceria com a Câmara
Municipal da Sertã
3h/s
(ECCI)
Sandra Isabel Serra
Ventura
Assistente
técnico
Parceria entre ULSCB,
CMS e JFS 15h/s
De referir que, durante os períodos de férias e ausências, até duas semanas, os
profissionais da UCC intersubstituem-se no seu programa de atividades de prestação
de cuidados de saúde e sociais, em particular naqueles que exigem a identificação de
serviços mínimos a garantir.
Apenas são considerados serviços mínimos a visita domiciliária no âmbito da ECCI e a
consulta de alcoologia. As horas realizadas pela Equipa de Cuidados Continuados
Integrados durante os fins-de-semana e feriados, serão acumuladas em banco de
horas.
1.6 - OFERTA E CARTEIRA DE SERVIÇOS
O horário normal de funcionamento da UCC é das 8 às 20 horas, de segunda a sexta-
feira. A ECCI funciona também, conforme as necessidades de prestação de cuidados,
nos dias úteis no horário das 8 às 20 horas e aos fins-de-semana e feriados entre as 9
e as 17 horas.
O horário é elaborado de acordo com as necessidades detetadas na população alvo
da UCC e com as atividades a realizar em articulação com os parceiros sociais e
respetivas Unidades Funcionais.
No primeiro ano de atividade da UCC, foi integrado o RSI – Rendimento Social de
Inserção, que não constava no Plano de Ação. No Plano constava o programa
Recuperação Pós Parto, que até à presente data não teve início, e por esse motivo foi
suspenso. Apesar de ter puérperas inscritas, devido à nova dinâmica familiar nunca
conseguiram conciliar com a vinda à UCC. Fica salvaguardado, que em caso de
necessidade, essas utentes serão acompanhadas no programa Reabilitar.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 19
As horas disponíveis para o programa Recuperação Pós Parto, ficam alocadas para a
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação Ana Isabel, para efeitos de
coordenação.
Programas/Projetos UCC da Sertã
- Preparação Para o
Parto - Equipa de Cuidados
Integrados (ECCI)
- Mulher Mastectomizada
- Reabilitar
- Cuidar os Cuidadores
- Consulta de Alcoologia
- Comissão de
Proteção de
Crianças e Jovens
em Risco - CPCJ
- Sistema Nacional
de Intervenção
Precoce na Infância -
SNIPI
- Programa Nacional de
Saúde Escolar
(Gabinete Jovem Saudável)
- Promoção da Saúde Oral
- Conselho Local de Ação
Social (CLAS)
- Rendimento Social de
Inserção (RSI)
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 20
2 - AVALIAÇÃO GERAL DO PLANO DE ACÇÃO
Tendo por base as necessidades da população, foi elaborado o plano de Ação da
UCC com uma carteira de serviços que assenta em três grandes áreas: Cuidados
Continuados Integrados (ECCI), Saúde Escolar e Intervenção Comunitária, avaliáveis
através de indicadores de desempenho.
Neste capítulo pretende-se realizar uma análise de cada projeto/programa da carteira
de serviços da UCC e serão descritos todos os indicadores propostos no Plano de
Ação desta UCC, bem como com os valores efetivamente atingidos.
De salientar pelo que já foi referido anteriormente, que o projecto Recuperação Pós-
Parto foi suspenso e que foi integrado o Programa Rendimento Social de Inserção.
2.1 - PREPARAÇÃO PARA A MATERNIDADE/PATERNIDADE - PREPARAÇÃO
PARA O PARTO (PPP)
População alvo - A população alvo é constituída por dois grupos:
- Todas as grávidas e/ou casais a partir das vinte e oito semanas de gestação,
inscritas no Centro de Saúde da Sertã;
- Todas as grávidas e/ou casais a partir das vinte e oito semanas de gestação,
inscritas nos Centros de Saúde do ACES Pinhal Interior Sul.
Objetivos
- Avaliar a cobertura das grávidas que frequentam a Preparação Para o Parto e
Parentalidade, com a finalidade de promover os processos de vinculação;
- Preparar 35% das grávidas inscritas no CSS para o parto de modo a vivenciá-lo
como um ato natural do ciclo da vida da mulher.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 21
Recursos humanos afetos ao projeto
* Enfermeira Especialista em Saúde Materna e obstétrica e Conselheira em
Aleitamento Materno Iria Mendes Fernandes: 4h/semana
Marcação e horário - A marcação é realizada pela utente, e as sessões terão
início após as 27 semanas de gestação. O curso é realizado 2xsemana, com a
duração de 2h e o número máximo de 10 utentes.
O curso realiza-se às terças e sextas, após as 18h, sendo este horário a ser ajustado
consoante a disponibilidade das utentes.
Actividades realizadas
Cursos realizados Número inscrições
4 24
Indicadores e metas
Indicador
Meta
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor atingido
2015
Percentagem de casais grávidos que frequentaram a Preparação Para o Parto na UCC Nº de grávidas com 2 consultas de saúde materna no CSS e com pelo menos 10 contactos na Preparação Para o Parto / Nº de grávidas na área de abrangência da UCC, no período em análise x 100
20% 30% 31,16%%
Nº de respostas do tipo informar/aconselhar efetuadas sem a presença do utente através do correio eletrónico.
60% 80% 80%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 22
Avaliação - A preparação para o parto e parentalidade, revela-se uma
oportunidade única para o casal reforçar os laços afetivos e preparar a chegada de um
filho, com confiança e capacidade para cuidar do bebé.
Pretendemos que a chegada deste filho, seja vivida de forma serena e confiante.
Todos os esforços realizados com a concretização deste projeto, visam o
acompanhamento à família nesta etapa de muitas dúvidas e anseios.
A gravidez representa um marco na vida do casal e exige um esforço de adaptação e
aquisição de competências parentais.
Com vista a melhor concordância com as expectativas da grávida/casal, pretendemos
uma melhor avaliação do grau de satisfação dos participantes do programa. Para
concretizar esse objetivo, a curto prazo, será desenvolvida a elaboração de um
questionário com vista a avaliação do grau de satisfação dos utentes, bem como
aceitar as suas sugestões.
2.2 - COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS – CPCJ
População alvo - Crianças e jovens em risco, dos 0-18 anos de idade ou até
aos 21 anos se o jovem assim o desejar, que façam parte da área de residência do
Centro de Saúde da Sertã, de acordo com o Decreto Lei nº147/99 de 1 de Setembro,
com alteração pela lei n.º 142/2015 de 8 de Setembro.
Objetivos:
- Promover os direitos das crianças e jovens do concelho da Sertã;
- Sensibilizar e envolver os profissionais de saúde na prevenção e remoção de
situações de perigo das crianças e jovens;
- Melhorar a qualidade de vida das crianças e jovens através da resolução do papel
parental inadequado em cerca de 60%;
- Colaborar em projetos de intervenção na comunidade, organizados por outros
parceiros;
- Encaminhar o menor e ou a família para consultas de especialidade quando se prevê
ganhos em saúde e melhoria da situação de perigo;
- Acompanhar 80% das crianças e jovens que se encontrem em situação de risco.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 23
Recursos humanos afetos ao projeto:
* Enfermeira Donzília Alves: 10h/semana
Marcação e horário - Após a sinalização do menor haverá um período de
cerca de 15 dias para a realização da primeira visita. As visitas seguintes são
programadas de acordo com as necessidades.
É, também, realizada a participação em reuniões da comissão restrita e alargada da
CPCJ com datas a agendar.
Caracterização da população alvo
Nº crianças total CPCJ 70
Crianças referenciadas 73
Número Crianças género feminino 40
Número Crianças género masculino 30
Idade média 10,72
Motivo da sinalização Exposição a comportamentos que
possam comprometer o bem-estar e o
desenvolvimento da criança, a violência
doméstica e a NEG(Falta de supervisão e
acompanhamento familiar)
Actividades realizadas
Gestora de processo do menor
(crianças acompanhadas pelo
elemento da saúde)
23
Entrevistas 11
Visitas domiciliárias 28
Contactos telefónicos com os
progenitores dos menores
Foram realizados como alternativa às visitas
domiciliárias que nem sempre foi possível
realizadar, por motivos de
incompatibilidades de horários entre os
técnicos da CPCJ e as famílias.
Reuniões da comissão restrita 20 Programadas/4 extraordinárias
Reuniões da comissão alargada 3
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 24
Indicadores e metas
Indicador
Meta
Proposta do Plano de Ação
Ano I
2014
Proposta do Plano de Ação
Ano II
2015
Valor atingido
2015
Percentagem de crianças/jovens/famílias, em perigo, acompanhadas na CPCJ Nº de crianças e jovens acompanhadas no programa CPCJ/Nº crianças e jovens referenciados para a CPCJ x 100
75% 80% 95,89%
Percentagem de primeiras visitas domiciliárias (confirmação da situação) aos menores com processo ativo na CPCJ nos 15 dias seguintes à sinalização Nº de menores com visita nos 15 dias seguintes à sinalização/Nº de menores sinalizados para a CPCJ x 100
90% 95% 60,8% *
a)
Taxa de resolução do papel parental em famílias acompanhadas na CPCJ Nº de famílias com alteração do diagnóstico de enfermagem - papel parenteral inadequado para adequado / Nº de famílias com o diagnostico de enfermagem - papel parenteral inadequado x 100
50% 55% 56,5
Nota: calculo obtido com valor referencia o n.º Crianças acompanhadas pelo elemento da
saúde (23)
a) Relativamente ao segundo indicador, a Visita Domiciliária só poderá ser realizada
após o consentimento dos progenitores para a intervenção da CPCJ, de acordo com o
artigo 9º, da lei n.º 147/99, de 1 de Setembro, Lei de proteção de crianças e jovens em
perigo. Por norma a CPCJ da Sertã convoca os menores e seus progenitores nos 14
dias seguintes à sinalização, para a reunião restrita, altura em que é recolhido o
consentimento de todas as partes intervenientes no processo. Por intercorrências
alheias ao funcionamento da CPCJ, tais como, ausências do país de um dos
progenitores, hospitalizações ou outros motivos não é possível recolher o
consentimento ou fazer visita domiciliária no tempo previsto, o que, em termos práticos
atrasa o decurso do acompanhamento do menor, alterando significativamente os
resultados atingidos.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 25
Avaliação - O acompanhamento prestado aos menores e famílias é realizado
com uma metodologia de gestor de processo. Verificou-se que grande parte dos
menores e seus progenitores recorrem ao Centro de Saúde, pelo que as intervenções
prestadas são alargadas a todas as crianças/famílias acompanhadas pela CPCJ.
2.3 - SISTEMA NACIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA – SNIPI
População alvo - Crianças dos 0 aos 6 anos dos concelhos de Oleiros,
Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei, com alterações nas funções ou estruturas do
corpo que limitam o crescimento pessoal, social e a sua participação nas atividades
típicas para a idade, bem como crianças com risco grave de atraso de
desenvolvimento.
Objetivo - Acompanhar pelo menos 80% das crianças/famílias com idade
inferior a 6 anos referenciadas pela ELI.
Recursos humanos afetos ao projeto:
* Enfermeira Donzília Alves: 3h/semana
Marcação e horário - É realizado o acompanhamento das crianças
acompanhadas pela ELI da Sertã, de acordo com as necessidades, bem como a
participação nas reuniões da ELI e reuniões com o Núcleo de Supervisão Técnica.
Caracterização da população alvo
Número crianças ELI Sertã 51
(54,9% pertencem ao concelho da Sertã)
Número Crianças género feminino 18
Número Crianças género masculino 33
Idade média 4,71
Patologia mais incidente Atraso no desenvolvimento sem etiologia
conhecida
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 26
Actividades realizadas
Coordenação da ELI Todas as atividades inerentes à
coordenadora da ELI (regulamento
interno da ELI)
Reuniões da ELI Sertã 8
Reuniões do Núcleo de Supervisão
Técnica 9 *
Domicílios/ visitas domiciliárias 5
*Realizadas 4 reuniões extraordinárias (3 de coordenação com NST e 1 com Direção do
Agrupamento Escolas Sertã)
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Percentagem de crianças/famílias de risco
com PIIT no âmbito do programa SNIPI
Nº de casos (criança e família) acompanhadas
pela ELI, com PIIP/ Nº de casos referenciados à
ELI x100
85% 90%
98%
Nº casos (criança e família) com processos
atualizados/nº total de processos x100 80% 85%
98%
Nº total de VD de Enfermagem / Nº total de
casos (criança e família) em acompanhamento
pela ELI x 100 40% 45%
* 19,2%
Nº reuniões da ELI realizadas/ Nº reuniões da
ELI programadas x100 80% 85% 100%
Nº reuniões da ELI com núcleo de supervisão
técnica/ Nº reuniões programadas x100 80% 85% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 27
*Consideradas apenas as crianças com residência no Concelho da Sertã, pois as visitas
domiciliárias dos outros concelhos são efetuadas pelas Enfermeiras da área de residência da
criança.
Avaliação - A ELI da Sertã ao longo do ano mobilizou todos os recursos
disponíveis no sentido de capacitar as famílias e as crianças que nos foram
referenciadas. A Equipa tentou adaptar-se às mudanças que surgiram, nomeadamente
aos elementos que entraram e saíram da equipa, integrando-os da melhor maneira
possível. No que se refere às mudanças que foram instituídas no âmbito dos registos
informáticos, mapas, aplicação da nova legislação, tentamos evoluir no sentido do
cumprimento rigoroso e fomentamos a melhoria dos cuidados que prestamos às
crianças e famílias referenciadas/integradas no SNIPI.
Neste ponto importa salientar que as horas atribuídas à coordenadora do projeto.
Enfermeira Donzília Lopes, para o desempenho de todas as atividades inerentes ao
projeto são insuficientes, tendo sido necessário desempenhar algumas funções em
horário extra à UCC.
A coordenação do SNIPI implicou a necessidade de formação devido ao facto de a
coordenadora do projeto não ter formação específica na área de infância e juventude.
A melhoria nos meios de comunicação interna, tais como a obrigatoriedade de
presença de todos os elementos nas reuniões, a implementação de convocatórias
para os elementos da ELI, a redação das atas com a colaboração de uma secretária,
foram mudanças implementadas desde o início da UCC, as quais foram consolidadas
no ano 2015.
É relevante referir as dificuldades referentes aos Recursos humanos, que a ELI da
Sertã vivenciou durante o ano 2015. Na área da Saúde, dois dos elementos médicos
não desempenham funções na ELI, na Sertã existe a vaga em aberto desde que o
médico se reformou, em Vila de Rei foi dada prioridade às consultas de Saúde do
Adulto em detrimento da IPI, não participando nas reuniões nem tendo justificado
formalmente a sua ausência na Equipa.
Durante o mês de Novembro 2015, as crianças integradas na ELI não tiveram apoio
da Terapia da Fala devido à falha na substituição do elemento que desempenhava
estas funções, que fez um pedido, com a devida antecedência, para ausência do
serviço entre Novembro 2015 e Junho 2016. A Terapeuta da fala foi substituída na
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 28
última semana Novembro, iniciando as sessões de Terapia da fala apenas em
Dezembro, na ELI da Sertã e Castelo Branco.
No que diz respeito à Educação foi necessário diligenciar a substituição de um
elemento docente por motivos de incumprimento reiterado de funções na IPI, facto que
está ultrapassado desde o início do ano letivo 2015/2016, com a substituição da
docente.
Fazendo referência aos recursos materiais, as reuniões da ELI da Sertã decorrem nas
instalações do Centro de Saúde, na Biblioteca. Relativamente ao material informático
e de consumo administrativo, são disponibilizados pela ULSCB, no entanto as
docentes usam o seu equipamento informático pessoal, assim como a Internet, para
registo das atividades desenvolvidas. Quanto às deslocações realizadas pelas
técnicas da IPI aos domicílios das crianças, escolas e reuniões, foram asseguradas
pelas próprias. Acrescente-se que durante o ano letivo 2015/2016, foram mobilizados
recursos humanos, a Terapeuta da fala, para o Centro de Saúde de Proença-a-Nova,
pelo facto de serem 5 crianças do concelho a necessitarem deste apoio.
2.4 - PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE ESCOLAR (PNSE)
População alvo - Comunidade educativa das escolas da área de abrangência
do concelho da Sertã.
Na área de abrangência do Centro de Saúde existem: Jardim-de-infância e Creches
(públicos e privados), Escolas Básicas (ensino básico e secundário), Escola
Tecnológica e Instituto Vaz Serra (ensino básico e secundário).
Quadro 6 - Comunidade educativa que constitui a área de abrangência da UCC
Instituição N.º alunos
matriculados
N.º de
professores
N.º
auxiliares
de ação
educativa
Centro Social Beato Nuno de
Santa Maria (IPSS) 51 3 3
Santa Casa da Misericórdia
da Sertã (“O Pinheirinho”) 91 3 3
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 29
Agrupamento de escolas da
Sertã
(jardim de infância, ensino
básico, 2º e 3º ciclo e
secundário)
1543 164 90
Instituto Vaz Serra (2º e 3º
ciclo e secundário) 387 33 10
Escola Tecnológica e
Profissional da Sertã 120 18 8
Total 2192 221 114
Objetivo geral - Promover e proteger a saúde e prevenir a doença da
comunidade educativa, apoiando a inclusão escolar, promovendo um ambiente escolar
seguro e saudável, reforçando fatores de proteção relacionados com os estilos de vida
saudáveis.
Recursos humanos afetos ao projeto -
*Enfermeira Susana André: 18/semana
* Enfermeira Ana Paula: 8h/semana
* Dr.ª Manuela Romeira Vaz: 8h/mês
A Enfermeira Paula e a Dr.ª Manuela em período de férias letivas não tem horas
disponíveis para o GJS.
Desde o inicio do ano letivo 2015/2016 a Dr.ª Manuela Romeira Vaz apenas
disponibilizou uma tarde.
Marcação e horário - No inicio ano letivo 2015/2016, a equipa de S. Escolar foi
integrada no projeto intitulado Equipa de Prevenção do Abandono e Insucesso
Escolar/Projeto Bússola (EPAIE/PB), parceria existente entre o AES e o município.
Esta parceria fortalece a nossa ação no âmbito das diversas áreas de intervenção
propostas pelo PNSE 2015, sendo essencial para atingir o objetivo a que nos
propusemos.
O funcionamento do GJS mantém-se, embora com menor afluência por parte dos
alunos. Este facto levou a uma restruturação do horário na ETPS e IVS. Assim, o GJS
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 30
funciona todas as 4ª feiras durante o ano letivo, mas com frequência mensal na ETPS
e IVS, com a salvaguarda de alargar este atendimento em caso de necessidade.
ESCOLAS HORÁRIO
Escola C+S Padre António Lourenço Farinha 10H -11H
Escola Secundária da Sertã 11:30H - 14H
Escola Tecnológica e Profissional da Sertã
E Instituto Vaz Serra
15:30H - 17:30H
(1.ª e 2.ª quarta-feira do mês)
NOTA: nenhum atendimento é condicionado pelo horário, tornando-o assim flexível
As visitas e sessões de educação para a saúde à escola são realizadas
preferencialmente de 2ª a 4ª feira, pois são os dias protocolados para o
desenvolvimento de atividades na UCC por parte da enfermeira responsável pelo
programa. Implicam agendamento prévio e alguma flexibilidade horária para ir de
encontro às necessidades das escolas.
Com a nossa inclusão no projeto EPAIE/PB, a Enfermeira Susana está presente em
reuniões quinzenais onde são organizadas as atividades a decorrer nas diversas
escolas, bem como orientação de acompanhamento que se realizam particularmente a
alunos com problemáticas a nível comportamental/insucesso escolar.
Atividades realizadas - embora o novo PNSE tenha entrado em vigor em
agosto de 2015, as atividades que realizámos no ano letivo 2014/2015 e as que
propusemos para 2015/2016, vão de encontro aos eixos estratégicos de intervenção
que o novo PNSE sugere como temas centrais de intervenção. Assim, apresentamos
as atividades realizadas.
ATIVIDADES REALIZADAS DESTINATÁRIOS
Reunião com responsáveis das
instituições escolares do concelho da
Sertã para avaliação das atividades que
decorreram no ano letivo 2014/2015 e
programação de atividades para o ano
letivo 2015/2016
Agrupamento de Escolas da Sertã (AES),
Instituto Vaz Serra (IVS), Escola
Tecnológica e Profissional da Sertã
(ETPS), creche “O Pinheirinho” e Centro
Social Beato Nuno de Santa Maria.
Atendimento no GJS
Total de atendimentos: 199 jovens
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 31
Sessões de sensibilização para a
temática do ALCOOLISMO
N.º turmas/sessões: 2 (8.º ano na
EBPALF)
Sessão de educação para a saúde sobre
SEXUALIDADE
Alunos com necessidades educativas
especiais que frequentam Sala Vida Ativa
(EBPALF)
Sessão de educação para a saúde sobre
SEXUALIDADE NA DEFICIÊNCIA
Encarregados de Educação dos alunos
da Sala Vida Ativa e professores de
educação especial (EBPALF)
Sessões de sensibilização sobre
HIGIENE PESSOAL
Alunos do 1.º ciclo da EB Beato Nuno de
Sta. Maria (Cernache do Bonjardim)
N.º turmas/ sessões: 6
Sessões de sensibilização sobre
PUBERDADE
Alunos do 6.º ano da EBS
N.º turmas/ sessões: 6
Celebração do DIA DO ENFERMEIRO:
sensibilização dos alunos para a temática
da saúde e desmistificação do papel do
Enfermeiro.
Alunos dos Jardins de Infância (AES)
N.º turmas/ sessões: 12
No âmbito do Projeto Bússola (AES),
foram realizadas sessões de educação
para a saúde no decorrer das férias
escolares sobre SEXUALIDADE E
ALCOOLISMO
N.º sessões: 4
Sessão informativa sobre DOENÇA
CELÍACA, solicitada pela direção do
estabelecimento de ensino devido à
existência de uma aluna que apresenta
esta patologia
Professor, auxiliares de ação educativa e
profissionais da cozinha da EBS
Sessões de educação para a saúde no
âmbito do Dia Mundial da Alimentação
Tema: “QUERO SER SAUDÁVEL” em
parceria com o Município com a
participação da dietista Vera Dias
1.º Ciclo do Ensino Básico e incluiu três
Jardins de Infância
Nº sessões: 25
Adesão ao Projeto Regional “IN-
DEPENDÊNCIAS”
IVS: alunos do 2º e 3º ciclo
Total de 247 alunos e 43 funcionários
Este projeto foi abandonado no presente
ano letivo (2015/2016) por dificuldades no
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 32
seu funcionamento na dinâmica da
escola
Sessões de educação para a saúde
sobre educação postural, intitulada “ÀS
DIREITAS”
Alunos do 5.º ano do AES e IVS
N.º sessões: 7
Ação de sensibilização sobre relações
entre pares intitulada “QUEM SOMOS
EU?”, com a colaboração da psicóloga
Vera Santos
Alunos do 10.º ano do IVS
N.º sessões: 2
Sessões de educação para a saúde
sobre a higiene do sono e suas
perturbações, denominada “PODER DA
ALMOFADA”
Alunos do 7.º ano do AES e IVS
N.º sessões: 7
Dinâmicas de grupo de
promoção/formação de competências
pessoais “BOOMERANG”, com
frequência mensal
Alunos da Escola Secundária da Sertã,
mediante inscrição prévia
N.º total de alunos participantes: 45 (esta
atividade aconteceu em outubro e
novembro de 2015)
Participação no concelho de turma do
ensino vocacional
Professores principais e coadjuvantes da
turma de vocacional da Escola
Secundária da Sertã, com o intuito de
apresentar projeto de intervenção na
turma, no início do 2.º período
Avaliação do PNV da Comunidade
Educativa do concelho da Sertã
Foi efetuada análise dos utentes inscritos
no C.S.S., tendo sido enviada informação
via email para os diretores dos diversos
estabelecimentos escolares difundirem
informação, por todos os profissionais
que colaboram nas mesmas
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 33
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Nº de jovens que recorrem ao Gabinete Jovem
Saudável
Sem
número
proposto
Sem
número
proposto
199
Percentagem de consultas de enfermagem
realizadas
Nº de alunos com pelo menos uma
intervenção de enfermagem documentada no
gabinete de apoio ao aluno/Nº de alunos que
procuram apoio do gabinete no período em
análise x 100
20% 25% 100%
Percentagem de crianças e jovens por nível
de ensino, que foram alvo de intervenção no
Programa Nacional de Saúde Escolar
(PNSE)
Nº crianças e jovens, por níveis de ensino, que
foram alvo de intervenção no PNSE/Nº crianças
e jovens por níveis de ensino integradas nas
escolas x 100
75% 80% 82%
Percentagem de crianças e jovens com
Necessidades de Saúde Especiais (NSE),
que foram alvo pela equipa de saúde escolar
Nº crianças e jovens com NSE alvo de
intervenção da equipa de saúde escolar no ano
letivo/Nº crianças e jovens referenciados com
NSE x 100
70% 75%
0% não houve
referenciação
Percentagem de alunos da comunidade
escolar com Exame Global de Saúde (EGS)
realizado aos 6 anos
Nº alunos completam 6 anos até 31 Dezembro
do ano em avaliação, com EGS realizado/Nº
alunos completam 6 anos até 31 Dezembro, no
80% 80%
Não foi
possível
recolher os
dados, por
questões
informáticas
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 34
período em análise x 100
Percentagem de alunos da comunidade
escolar com Exame Global de Saúde (EGS)
realizado aos 13 anos
Nº alunos completam 13 anos até 31 Dezembro
do ano em avaliação, com EGS realizado/Nº
alunos completam 13 anos até 31 Dezembro,
no período em análise x 100
40% 50%
Não foi
possível
recolher os
dados, por
questões
informáticas
Percentagem de crianças da comunidade
escolar com Plano Nacional de Vacinação
(PNV) atualizado no Jardim de Infância
Nº crianças do Jardim de Infância no ano em
avaliação, com PNV atualizado/ Nº total de
crianças no período em análise x 100
100% 100% 100%
Percentagem de alunos da comunidade
escolar com Plano Nacional de Vacinação
(PNV) atualizado aos 6 anos
Nº alunos que completam 6 anos no ano em
avaliação, com PNV atualizado/ Nº alunos que
completam 6 anos até 31 Dezembro, no
período em análise x 100
97% 98% 98%
Percentagem de alunos da comunidade
escolar com Plano Nacional de Vacinação
(PNV) atualizado aos 13 anos
Nº alunos que completam 13 anos no ano em
avaliação, com PNV atualizado/ Nº alunos que
completam 13 anos até 31 Dezembro, no
período em análise x 100
97% 97% 99%
Percentagem de profissionais (professores,
educadores e auxiliares de ação educativa)
da comunidade escolar com Plano Nacional
de Vacinação (PNV) atualizado
Nº profissionais da comunidade escolar com
PNV atualizado/ Nº profissionais da
comunidade escolar, no período em análise x
100
70% 80%
a)
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 35
Percentagem de ações de sensibilização
com intervenção por tema
Nº de ações de sensibilização realizadas/ nº de
ações de sensibilização previstas x 100
75% 80%
100%
a) Os profissionais integrados nas escolas na sua maioria não se encontram inscritos no
CSS, não sendo possível verificar o seu estado vacinal. Neste sentido foi entregue uma
carta de sensibilização para actualização do PNV
Para os alunos não inscritos no Centro de Saúde da Sertã, a verificação do
cumprimento do Plano Nacional de Vacinação, realizaram-se contatos via telefone
bem como consulta do PDS.
Avaliação - A integração de um elemento da saúde na equipa EPAIE/PB do
AES, tem-se revelado uma mais-valia para a comunidade educativa, pois tem
contribuído para um aumento do potencial de saúde dos jovens. Com a nossa
presença, tem sido possível intervir em situações potencialmente prejudiciais à saúde,
antes que estas tomem proporções mais complexas e difíceis de resolver. Sempre
houve abertura para cooperar com a escola, mas, neste momento, essa cooperação é
realizada numa abordagem holística, só possível de concretizar através da partilha de
soluções e contributo dos diversos intervenientes desta equipa.
Não sendo um trabalho que traduza resultados no imediato, sentimos que a nossa
disponibilidade, presença assídua e contributo para a resolução das diversas
problemáticas, tem sido reconhecida pelos parceiros e pelos próprios jovens como
vantajosa e imprescindível, traduzindo-se a médio prazo, em indicadores de saúde
positivos.
Nas outras instituições escolares, a nossa intervenção tem sido bem acolhida. Cada
vez mais são feitas solicitações de intervenção, para além das que são propostas.
Cumpre-se desta forma o objetivo a que nos propomos.
2.5 - PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL
População alvo - Alunos do pré-escolar e 1ºciclo das escolas da área de
abrangência do concelho da Sertã.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 36
Objetivo geral - Reforçar fatores de promoção da saúde relacionados com a
saúde oral.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Susana André: 5h/semana
Marcação e horário - As sessões de educação para a saúde são realizados
entre 2ª e 4ª feira, com agendamento prévio.
No ano letivo 2014/2015 foi iniciada parceria com as professoras bibliotecárias do AES
para concretizar o projeto SOBE. Assim, através de uma história relacionada com a
temática da saúde oral dinamizada pelas professoras bibliotecárias, é introduzida a
sua importância e transmitidas informações/orientações para manter uma boca sã e
saudável.
Para a emissão dos cheques dentista, foram solicitadas listagens aos diversos
estabelecimentos de ensino do concelho da Sertã. Procedemos à sua distribuição
pelas escolas, a fim de serem entregues pelos professores aos encarregados de
educação na reunião de avaliação do 1.º período. Aquando da entrega, foi solicitado
aos encarregados de educação que assinassem um documento que confirma a
receção do cheque, pretendendo-se com esta medida promover o rigor e
transparência.
No que respeita aos cheques dentista da corte dos 16 anos, foi solicitado por decreto
de lei em Agosto de 2015, que também fossemos nós a fazer a sua emissão e
distribuição. Por ser fora do período letivo, foi necessário pesquisar contatos e assim
proceder ao seu envio por carta.
Actividades realizadas
Divulgação do PNSO às diversas
instituições escolares Reuniões com professores do pré-escolar
e 1º ciclo do AES, Centro Social Beato
Nuno de Santa Maria e creche “O
Pinheirinho”.
Reuniões com as professoras
bibliotecárias do AES
Projeto SOBE - depois de realizado
balanço do ano letivo anterior, decidiu-se
dar continuidade ao projeto, tendo-se
procedido à organização da atividade
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 37
para o presente ano letivo
Realização de sessões de educação para
a saúde
N.º total de sessões: 15
Implementação/Continuação do projeto
“Mundo a sorrir”
Reuniões com professores do 1º ciclo
aderentes ao projeto
Assim, mantém-se em participação a EB
do Castelo e implementa-se pelo primeiro
ano na EB da Cumeada
Implementação de ESCOVAGEM
DENTES EM ESCOLA DO 1.º CICLO
Não tendo sido abrangida pelo projeto
“Mundo a Sorrir” por razões externas à
nossa vontade, a EB do Cabeçudo pediu
a nossa colaboração para avançar com a
ideia. Assim, foi assegurado o
fornecimento de material para a
escovagem (escova de dentes e pasta
fluoretada individualizada) e realizada
sessão de sensibilização e
esclarecimento sobre o tema
Início do bochecho de flúor
Adesão de 8 escolas: 17 turmas
Com o intuito de facilitar organização da
atividade, foi criada tabela com as datas
em que se deve realizar o bochecho,
sendo os meninos a fazer a sinalização
da realização do mesmo. Ao longo do
ano letivo iremos estar presentes numa
das datas nas diversas escolas com o
objetivo de orientar procedimentos,
esclarecer dúvidas e reforçar ensinos de
prevenção de cárie (importância
escovagem dos dentes, alimentação
saudável, entre outros)
Distribuição dos cheques dentistas N.º total de cheques dentista emitidos:
471
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 38
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Percentagem de crianças e jovens por nível
de ensino, que foram alvo de intervenção
no Programa Nacional de Saúde Oral
(PNSO)
Nº crianças e jovens, por níveis de ensino, que
foram alvo de intervenção no PNSE/Nº
crianças e jovens por níveis de ensino
integradas nas escolas x 100
75% 80% 72%
Percentagem de alunos do 1º ciclo que
realizaram o bochecho quinzenal
Nº alunos do 1º ciclo com realização do
bochecho quinzenal no ano letivo/Nº total de
alunos, no período em análise x 100
30% 40% 51%
Percentagem de ações de sensibilização
com intervenção por tema
Nº de ações de sensibilização realizadas/ nº
de ações de sensibilização previstas x 100
75% 80% 100%
Avaliação - A emissão dos cheques dentista decorreu com normalidade e
eficiência. Para esta situação, contribuiu o envio atempado das listagens por parte dos
estabelecimentos de ensino, bem como o empenho da assistente técnica que colabora
com a UCC.
De referir que o número de turmas a realizar bochecho com flúor aumentou, bem
como o número de crianças a realizar escovagem de dentes na escola. Esta situação,
demonstra que as dinâmicas implementadas pela UCC estão a surtir efeito e que os
diversos intervenientes do meio escolar reconhecem a sua importância.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 39
2.6 - EQUIPA DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS (ECCI)
A ECCI da Sertã iniciou atividade em Março de 2014, com 10 vagas de internamento,
tendo sido posteriormente alterada a informação na plataforma da RNCCI para 11
vagas. Assim, este relatório de atividades foi realizado de acordo com as onze vagas
existentes na ECCI da Sertã.
População alvo - utentes que cumpram os critérios de inclusão - 11 vagas
para utentes residentes no concelho da Sertã.
Objetivo geral - Intervenção centrada em cuidados integrados de
acompanhamento, manutenção e de reabilitação global para pessoas com perda de
funcionalidade ou em risco de a perder, combinando cuidados de saúde e de apoio
psicossocial.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Sandra Antunes: 25h/semana
* Enfermeira Ana Isabel Especialista em Enfermagem de Reabilitação:
10h/semana
* Fisioterapeuta Iolanda Carvalho: 21h/semana
* Psicóloga Cláudia Dias: 2h/semana
* Nutricionista Patrícia Vaz: 2h/semana
* TSSS Sofia Alves: 3h/semana (parceria com a Câmara Municipal da Sertã)
* As horas médicas necessárias, serão asseguradas pelos médicos de família,
que dispõem de 1/mês para o efeito
Marcação e horário - Horário de funcionamento das 8 às 20 horas nos dias
úteis e das 9 às 17.00 horas nos fins-de-semana e feriados, quando necessário.
O acesso dos utentes à ECCI é feito após a sinalização dos mesmos à ECL.
A 1ª Visita domiciliária de enfermagem deve ser realizada 24h após referenciação e a
1ª Visita domiciliária pela equipa multidisciplinar, deverá ser realizada até às 48h após
referenciação.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 40
As primeiras visitas devem ser, preferencialmente, de acordo com a disponibilidade
dos três profissionais responsáveis pela sua realização (médico, enfermeiro e técnico
de serviço social), tendo em conta os prazos limites para a efetivação das mesmas.
As visitas seguintes dos referidos profissionais serão agendadas entre a família/utente
e os profissionais e de acordo com as necessidades do doente.
Caracterização da ECCI
Taxa ocupação 73,33%
Número utentes admitidos 20 Utentes
Fim do internamento Alta: 13
Transferência para outra unidade: 4
Óbito: 3
Média de dias de internamento Tempo Médio: 110,32 dias
Média de Idade Idade Média: 79,5 anos
Referenciação RNCCI e UCSP (médico de família e
enfermeiro)
Patologias Sequelas de Acidente vascular cerebral, utentes submetidos a PTA ou PTJ, doenças osteoarticulares, DPOC, Parkinson, Alzheimer, Obesidade
Actividades realizadas
- 1ª Visita domiciliária 48h após referenciação, pela equipa multidisciplinar;
- 1ª Visita domiciliária de enfermagem 24h após referenciação;
- Registo dos dados dos utentes recolhidos;
- Elaboração do plano de cuidados integrados;
- Implementação do plano de cuidados integrados;
- Intervenções do tipo ensinar/ Instruir e treinar ao utente e/ou prestador de
cuidados/família;
- Cálculo do grau de risco de úlcera de pressão;
- Referenciação para outra tipologia de cuidados da RNCCI;
- Gestor de caso (comunicação com outros profissionais);
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 41
- Registos no SAPE e Plataforma GestCare.
Visitas por profissional
Enfermeiro 423 Visitas
Enfermeiro especialista em reabilitação 228 Visitas
TSSS 13 Visitas
Médico de família 3 Visitas
Fisioterapeuta 80 Visitas
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta do Plano de Ação
Ano I
2014
Proposta do Plano de Ação
Ano II
2015
Valor atingido
2015
Percentagem de pessoas com visitação domiciliária de enfermagem nas primeiras 24 h após admissão na ECCI Nº de utentes com VD realizadas 24h após a
referenciação pela ECL/Nº total de pessoas
referenciadas pela ECL x 100
80% 85% 100%
Taxa de ocupação da ECCI Nº de pessoas admitidas no programa ECCI, no período em análise / Nº de Pessoas definidas no compromisso assistencial no programa ECCI, no período em análise x 100
85% 90% 73,33
Percentagem de pessoas com intervenção interdisciplinar em visitação domiciliária nas primeiras 48h após admissão na ECCI Nº de pessoas com visita domiciliária interdisciplinar nas primeiras 48h após admissão na ECCI. / Nº de pessoas admitidas na ECCI, no período em análise x 100
70% 70% 2,38%
Percentagem de pessoas abrangidas por visitas domiciliárias de enfermagem Nº de visitas domiciliárias de enfermagem
90% 90% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 42
realizadas /Nº de visitas domiciliárias de enfermagem agendadas x100
Percentagem de pessoas abrangidas por visitas domiciliárias do enfermeiro especialista de reabilitação Nº de visitas domiciliárias de enfermagem de reabilitação realizadas /Nº de visitas domiciliárias de enfermagem de reabilitação agendadas x100
90% 90% 100%
Percentagem de pessoas abrangidas por visita domiciliária de fisioterapia Nº de visitas domiciliárias de fisioterapia realizadas /Nº de visitas domiciliárias de fisioterapia agendadas x100
90% 90% 100%
Percentagem de pessoas abrangidas por visita domiciliária de serviço social Nº de visitas domiciliárias de serviço social realizadas /Nº de visitas domiciliárias de serviço social agendadas x 100
50% 60% 100%
Percentagem de visitas não programadas/
realizadas
Nº VD não programadas/Nº visitas domiciliárias
realizadas x 100
80% 85% 100%
Percentagem de visitas programadas/
realizadas
Nº VD programadas/ Nº visitas domiciliárias
realizadas x 100
80% 85% 100%
Modificações positivas no estado dos diagnósticos de enfermagem Nº de utentes com documentação do “Conhecimento, Demonstrado” e que tiveram pelo menos uma intervenção de enfermagem documentada, num dado período de tempo / Nº de utentes com documentação do “ Conhecimento, Não Demonstrado”, no mesmo período x 100 Nº de utentes com documentação de “Aprendizagem de capacidades, Demonstrado” e que tiveram pelo menos uma intervenção de enfermagem documentada, num dado período de tempo / Nº de utentes com documentação de “ Aprendizagem de capacidades, Não Demonstrado”, no mesmo período x 100 Nº de prestador de cuidados/família com documentação do “Conhecimento,
50% 60% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 43
Demonstrado” e que tiveram pelo menos uma intervenção de enfermagem documentada, num dado período de tempo / Nº prestador de cuidados/família com documentação do “ Conhecimento, Não Demonstrado”, no mesmo período x 100 Nº de prestador de cuidados/família com documentação de “Aprendizagem de capacidades, Demonstrado” e que tiveram pelo menos uma intervenção de enfermagem documentada, num dado período de tempo / Nº prestador de cuidados/família com documentação de “ Aprendizagem de capacidades, Não Demonstrado”, no mesmo período x 100
Ganhos em Independência nos Autocuidados (Higiene, Vestuário, Uso Sanitário, Transferir-se, Posicionar-se, Alimentar-se, Deambular) Nº de pessoas admitidas no programa ECCI que após três meses de cuidados reduziram níveis de dependência em pelo menos um Autocuidado/ Nº de pessoas admitidas no programa ECCI a quem foi identificada dependência em algum Autocuidado x 100
30% 35% 36,11%
Taxa de resolução do Papel do Prestador Cuidados Inadequado Nº de pessoas com alteração do diagnóstico de enfermagem - papel do prestador cuidados informal inadequado para adequado / Nº de pessoas com o diagnóstico de enfermagem papel do prestador cuidados informal inadequado x 100
40% 45% 100%
Taxa de eficácia na prevenção de úlceras
pressão (UP)
Nº de pessoas a quem não foi documentado o
diagnóstico de enfermagem - Úlcera de pressão
presente com data posterior à data de início do
diagnóstico de enfermagem - Risco de úlcera
de pressão, em determinado período/ Nº de
pessoas com diagnóstico de enfermagem -
Risco de úlcera de pressão no período em
análise x100
80% 90% 43,74%
Taxa de resolução de diagnóstico de úlcera de pressão (UP) Nº de pessoas com alteração do diagnóstico de enfermagem - Úlcera de pressão presente para ausente / Nº de pessoas com o diagnóstico de
30% 40% 60,88%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 44
enfermagem – Úlcera de pressão presente x 100
Ganhos expressos no controlo da intensidade da Dor Nº de pessoas admitidas na ECCI, com controlo da dor / Nº de pessoas a quem foi documentado o fenómeno de enfermagem – Dor x100
60% 65% 0
Avaliação - A ECCI têm como principal objetivo a “prestação de serviços
domiciliários (…) a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal
ou em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não
requer internamento mas que não podem deslocar-se de forma autónoma” (Decreto-
Lei nº101/2006, p.3862).
Pretende-se a obtenção de ganhos em saúde, o aumento da cobertura da prestação
de serviços de Cuidados Continuados Integrados a nível nacional, redução da procura
dos serviços hospitalares, melhoria de condições de vida e bem-estar e manutenção
das pessoas com dependência, sempre que possível, no domicílio. Todos estes
objetivos e intervenções contribuem ainda para a diminuição das taxas de ocupação
de camas hospitalares, redução do número de internamentos de pessoas em
situações de dependência e consequente redução de custos ao nível das unidades
hospitalares.
Neste momento a ECCI da Sertã debate-se com vários problemas, dentro os quais
destacamos:
Não existe referenciação dos hospitais, unidades de cuidados continuados, e
médicos de família para integração de utentes na ECCI. Sendo que um dos objetivos
da RNCCI é “Melhorar as condições de vida e bem-estar das pessoas em situação de
dependência, através da prestação de cuidados de saúde e apoio social”, seria de
todo uma mais-valia para o utente e família, que os utentes fossem referenciados, pois
desta forma seriam acompanhados no domicílio, colmatando dúvidas do utente e
cuidador;
A visita médica dos utentes integrados na ECCI é realizada pelos médicos de
família, que dispõem de 1h/mês para o efeito. Devido à carga assistencial nos
respectivos ficheiros, e ao facto de alguns médicos não realizarem a visita domiciliária
aos seus utente (facto já remetido ao Conselho de Administração da ULSCB,EPE a 28
de Outubro de 2014), essas visitas são programadas, realizadas em data muito
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 45
posterior à data de admissão dos utentes e quando necessário avaliação médica
(exemplo: presença de ferida com sinais de infecção, alteração respiratória, etc) os
mesmos têm que recorrer ao serviço de urgência;
Do material solicitado no plano de ação da UCC foi solicitado telemóvel para a
ECCI. Até à presente data o mesmo não foi fornecido. Assim, caso os utentes
necessitem de contatar a enfermeira, têm que ligar para o serviço e aguardar que a
mesma termine os domicílios para quando regressar ao serviço poder contatar o
utente. Durante o fim-de-semana, podendo-se esclarecer dúvidas ou tentar resolver
algumas situações por telefone, esses utentes acabam por ter que recorrer ao serviço
de urgência.
2.7 - CUIDAR OS CUIDADORES
População alvo - Todos os cuidadores informais e formais que prestam
cuidados a utentes dependentes inscritos no Centro de Saúde da Sertã.
Objetivo geral - Orientação dos cuidadores formais e informais, para a
continuidade da prestação de cuidados, passando a realizar um conjunto de tarefas
que estavam a ser realizadas por enfermeiros, tornando-os elementos importantes da
equipa de prestação de cuidados de saúde, promovendo desta forma a qualidade de
vida dos utentes e dos cuidadores.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Sandra Antunes: 3h/semana
Marcação e horário - É realizada a identificação dos cuidadores junto de
médicos de família e IPSS, após o qual é realizado agendamento de visita domiciliária
com o cuidador. As visitas seguintes são programas de acordo com as necessidades
levantadas, após aplicação da escala de Zarit.
Valor obtido na aplicação da
escala
Nível de sobrecarga Programação de visita
domiciliária
Inferior a 46 Sem sobrecarga Semestral
Entre 46 a 56 Sobrecarga ligeira Mensal
Superior a 56 Sobrecarga intensa Quinzenal
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 46
Caracterização dos utentes e cuidadores
Número cuidadores integrados 19 Utentes
Média de Idade do utente dependente
Idade Máxima: 95 anos
Idade Mínima: 75 anos
Idade Média: 84,47 anos
Patologias do utente Acidente vascular cerebral, DPOC,
Parkinson, Alzheimer
Escala Zarit Máximo: 67
Mínimo: 31
Avaliação escala Zarit (cuidador) Sem sobrecarga: 6 cuidadores
Sobrecarga ligeira: 7 cuidadores
Sobrecarga intensa: 5 cuidadores
Actividades realizadas
Total de visitas realizadas 75 Visitas
Reuniões realizadas reuniões com IPSS
Realização de ensinos ao cuidador
Registo dos dados recolhidos (SAPE) e agendamento de novo contato, após a
aplicação da escala de Zarit
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Nº de cuidadores que participam no
programa/Nº de cuidadores identificados x 100 30% 50% 100%
Percentagem de resolução do papel de 30% 50% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 47
prestador de cuidados informal inadequado
Nº de casos de intervenção com termo do
fenómeno papel de prestador de cuidados
informal inadequado/Nº total de casos de
intervenção com papel de prestador de
cuidados informal inadequado x 100
Percentagem de VD não programadas e
realizadas
Nº de VD não programadas/Nº de VD
realizadas x 100
6% 7% 0
Avaliação - A promoção do bem-estar dos cuidadores e a prevenção de crises,
merece da parte dos profissionais de cuidados de saúde primários uma atenção
particular, pois deles dependem os utentes a seu cargo, bem como a sua permanência
na comunidade. Entre outros aspetos, torna-se fundamental capacitar os cuidadores
informais para o desempenho das competências que estão inerentes ao papel que
assumem, de cuidar a pessoa com dependência.
Desta forma, o projeto Cuidar os Cuidadores representa um benefício para o cuidador
e utente. Pretende-se continuar a divulgar o mesmo junto da comunidade e médicos
de família, para que desta forma todos os cuidadores possam usufruir deste apoio.
A colaboração das IPSS do concelho da Sertã tem sido importante para a identificação
dos cuidadores.
2.8 - CONSULTA DE ALCOOLOGIA
População alvo - Utentes do CSS com problemas potenciais ou efetivos
associados ao consumo de bebidas alcoólicas
Objetivo geral - Incentivar os utentes para a adesão à abstinência alcoólica.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Donzília Lopes: 2h/semana
* Dr. Horácio Bairradas: 4h/mês
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 48
Marcação e horário - A consulta é realizada uma vez por mês, e os utentes
são encaminhados por entidades competentes para o efeito ou por vontade do próprio
utente.
Caracterização dos utentes
Nº utentes inscritos na consulta
42
Sexo Masculino - 42
Feminino - 0
Idade média 46,71
Número de consultas 77
Utentes referenciados 30
Utentes frequentadores da consulta
por vontade própria 6
Actividades realizadas
Receção e resposta aos emails
enviados pelos Técnicos Superiores de
Reinserção Social
Visualização do correio electrónico
semanalmente com resposta em tempo
inferior a 3 dias
Planear consulta Agendamento da consulta seguinte no dia
da consulta
Envio de convocatória para consulta Enviadas com 15 dias antecedência
Realização de consultas 77
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Percentagem de consultas realizadas
Nº de consultas realizadas/Nº de consultas
previstas x 100
40% 50% 71,69%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 49
Avaliação - Verificou-se uma melhoria da acessibilidade dos parceiros
(Técnicos de Reinserção Social) quando necessitam de obter informações acerca da
adesão dos utentes e a sua comparência nas consultas. O contacto através do correio
electrónico institucional permitiu uma comunicação mais célere do que anteriormente
se verificava.
Relativamente ao tempo de espera para a primeira consulta, por indicação do Tribunal,
foi possível realizar-se com tempo de espera inferior a um mês. De salientar, que as
consultas de alcoologia têm uma frequência mensal, sendo este o fato que se
considera negativo pois não permite que haja uma motivação constante e prejudica os
resultados desejáveis ou seja a abstinência alcoólica.
2.9 - CONSELHO LOCAL DE AÇÃO SOCIAL (CLAS)
População alvo - População residente no concelho da Sertã
Objetivos -
- Colaborar na elaboração de diagnósticos e planeamento;
- Participar em cerca de 90% das reuniões programadas pelo CLAS;
- Participar em cerca de 40% nas atividades/projetos propostos pelo CLAS.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Susana André: 5h/semana
Marcação e horário - A participação nas reuniões é realizada de acordo com o
agendamento das mesmas.
Actividades realizadas - No âmbito do CLAS e tendo em conta a situação
sociodemográfica do concelho da Sertã, propusemos a criação de uma estrutura
intitulada Comissão Municipal de Proteção da Pessoa em Situação de Vulnerabilidade.
Pretende-se com este projeto, criar uma estrutura que apoie e garanta proteção e
cuidados necessários a pessoas que se encontrem em situação de risco físico, social
ou familiar, nomeadamente idosos, pessoas em situação de dependência, vítimas de
violência doméstica, entre outros.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 50
Participação nas reuniões do CLAS N.º de reuniões realizadas/assistidas: 4
Colaboração nas ações do CLAS no
âmbito da saúde
Participação nas reuniões de preparação
da apresentação do Projeto Comissão
Municipal de Proteção da Pessoa em
Situação de Vulnerabilidade
Indicadores e metas
Avaliação - A integração da UCC neste projeto já existente foi fácil, sentimos
recetividade por parte de todos os parceiros existentes. A criação da referida
Comissão Municipal de Proteção da Pessoa em Situação de Vulnerabilidade, foi da
nossa iniciativa, mas nunca seria implementada sem a colaboração logística do
Gabinete de Ação Social do município da Sertã. Deste modo, são orientados esforços
entre todos os parceiros sociais com o objetivo de dar respostas adequadas e
integradas aos problemas sociais identificados na área geográfica que abrangemos.
2.10 - RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO (RSI)
População alvo - As famílias beneficiárias de RSI, com acordos de inserção
na área da saúde, inseridas na área de abrangência da UCC da Sertã.
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Participação nas reuniões do CLAS
Nº de participação nas reuniões do CLAS / Nº
total de reuniões programadas pelo CLAS x 100
80% 90% 100%
Participação nas ações programadas pelo
CLAS
Nº de ações participadas pela UCC da Sertã /
Nº de ações programadas pelo CLAS x 100
30% 35% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 51
À presente data, segundo dados da Segurança Social da Sertã, existem no concelho
cerca de 259 beneficiários do Rendimento Social de Inserção, o que corresponde a
179 contratos de inserção, sendo que foram assinados 17 acordos na área da saúde e
74 por incapacidade física.
Objetivo geral - Avaliar o cumprimento dos acordos de inserção na área da
saúde.
Objetivos específicos -
- Que pelo menos 50% das famílias sinalizadas, com acordo de inserção na área da
saúde no âmbito do RSI, sejam acompanhadas;
- Avaliar o cumprimento dos acordos de inserção na área da saúde a 100% dos
utentes da população alvo;
- Promover a aquisição de conhecimentos a 100% dos utentes da população alvo, nas
áreas identificadas;
- Articulação com RSI da Sertã para resolução de problemas identificados;
- Participar em cerca de 90% das reuniões do RSI;
- Articulação com as equipas de saúde através de reuniões, contactos telefónicos e/ou
presenciais para aprofundar o conhecimento acerca da situação clínica dos
beneficiários e desbloquear situações de constrangimento.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Susana André: Neste momento sem horas disponíveis, realiza as
atividades necessárias dentro das horas dos outros projetos
Marcação e horário - A participação nas reuniões é realizada de acordo com o
agendamento das mesmas. As restantes atividades inerentes ao programa, são
realizadas de acordo com as necessidades.
Atividades realizadas - O inicio da representação da UCC na NLI foi em julho
de 2015, data a partir da qual estivemos presentes em todas as reuniões a que fomos
convocadas.
Nestas reuniões, são estabelecidos acordos que pressupõem compromissos por parte
dos beneficiários em áreas como o emprego, ação social ou na saúde. São aprovados
programas de inserção, organizados os meios necessários à sua realização e ainda
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 52
acompanhados, supervisionados e avaliados esses mesmos acordos, prestando-lhes
informação adequada para que possam melhorar as suas condições de vida.
Indicadores e metas
Avaliação - Todas as solicitações que nos foram reportadas foram
encaminhadas. O elemento da UCC, tem funcionado como elo de ligação com os
serviços de saúde, nomeadamente no encaminhamento para consultas de alcoologia,
bem como, esclarecimento de situações ligadas à saúde individual dos beneficiários.
2.11 - REABILITAR
População alvo - Utentes portadores de limitação funcional (sequelas de AVC,
DPOC, doenças osteoarticulares, utentes submetidos a PTA ou PTJ, entre outros).
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Percentagem de beneficiários que
cumpriram o acordo de inserção na área da
saúde acompanhadas no âmbito do RSI
N.º de pessoas beneficiárias de RSI que
cumpriram os acordos de inserção na área da
saúde / N.º de pessoas inscritas em programa
RSI com programas de acordo na área da
saúde x 100
70% 70% 100%
Percentagem de reuniões efectuadas com a
equipa do RSI
N.º de reuniões efetuadas com RSI / N.º total de
reuniões programadas com RSI x 100
90% 90% 100%
Percentagem de reuniões realizadas com
as equipas de saúde 90% 90% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 53
Objetivo -
- Promover o bem-estar e melhorar a qualidade de vida da pessoa;
- Aumentar o grau de independência relativamente á 1ª avaliação em 25% dos utentes
referenciados;
- Desenvolver habilidades do prestador de cuidados informal em cerca de 60%, na
prestação de cuidados à pessoa dependente ou com limitação funcional.
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação Ana Isabel Dias:
15h/semana
Marcação e horário - Após marcação, são realizados 2 a 3 sessões por
semana, com duração de cerca de 45 minutos, num total de 20 sessões. Os dias das
sessões serão combinados com o utente.
No período em análise estiveram inscritos 8 utentes. As patologias dos utentes
eram: DPOC, prótese total do joelho, sequelas de AVC e sequelas de traumatismo
vertebro medular.
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Percentagem de pessoas abrangidas por
cuidados de enfermagem de reabilitação no
programa
N.º de pessoas frequentam o programa com
pelo menos uma intervenção de enfermagem
documentada no período em análise /N.º de
pessoas admitidas no programa no período em
análise x 100
50% 60% 100%
Percentagem de utentes com ganhos
independência funcional 40% 60% 100%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 54
N.º de utentes abrangidos no programa que
reduziram os níveis de dependência em pelo
menos uma categoria funcional/N.º total de
utentes abrangidos no programa com
dependências funcionais x 100
Taxa de resolução do Papel do Prestador
Cuidados Inadequado
Nº de pessoas com alteração do diagnóstico de
enfermagem - papel do prestador cuidados
informal inadequado para adequado / Nº de
pessoas com o diagnóstico de enfermagem
papel do prestador cuidados informal
inadequado x 100
40% 50%
-----
(este
fenómeno
não foi
observado)
Avaliação - Continuar a promover o programa Reabilitar junto da comunidade
e médicos de família é um dos objetivos, tendo em conta que o número de utentes
que frequentam o programa é reduzido mas aumentou no último semestre.
Os utentes que frequentam o programa referem que este representa uma mais-valia,
pois aumenta a sua qualidade de vida e diminuição da dor.
2.12 - MULHER MASTECTOMIZADA
População alvo - Mulheres inscritas no Centro de Saúde da Sertã com
mastectomia.
Objetivos -
- Diminuir o linfedema em cerca de 70% das utentes;
- Diminuir o impacto das complicações mastectomia na qualidade de vida da mulher;
Recursos humanos afetos ao projeto -
* Especialista em Enfermagem de Reabilitação Ana Isabel Dias: 6h/semana
Marcação e horário - Após marcação, são realizados 2 a 3 sessões por
semana, com duração de cerca de 45 minutos, num total de 20 sessões. Os dias das
sessões serão combinados com a utente
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 55
No período em análise estiveram inscritas 3 utentes.
Indicadores e metas
Indicador
Metas
Proposta
do Plano
de Ação
Ano I
2014
Proposta
do Plano
de Ação
Ano II
2015
Valor
atingido
2015
Percentagem de utentes que frequentam o
projeto Mulher Mastectomizada
N.º de utentes que frequentam o programa
/N.º de utentes referenciadas x 100
50% 60% 100%
Percentagem de redução de linfedema
N.º de utentes com redução de linfedema/N.º
total de utentes avaliadas x 100
55% 65% 100%
Avaliação - Apesar de reduzido o número de utentes a frequentar o programa,
todas as utentes apresentam diminuição do linfedema, referindo diminuição da dor e
aumento da amplitude articular do membro. Assim, promoveu-se o aumento de
qualidade de vida das utentes.
Para o próximo ano pretendemos aumentar o número de utentes que frequentam o
programa, continuando a promover o mesmo junto da comunidade e médicos de
família.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 56
3 - CONTRATUALIZAÇÃO E RESULTADOS
A Carta de Compromisso da UCC foi assinada a 30 de Março de 2015, data em que
foi iniciada a contratualização de indicadores para a unidade.
3.1 - COBERTURA ASSISTENCIAL
A população abrangida por esta unidade funcional corresponde à população residente,
estudante e trabalhadora da sua área de influência.
Da carteira de serviços que consta no plano de ação da UCC verificaram-se as
seguintes alterações:
Cessação do projeto Recuperação Pós Parto
Início do programa Rendimento Social de Inserção
Estas alterações vão de encontro às necessidades identificadas da população.
O horário de funcionamento da UCC desenvolve-se entre as 8h-20h nos dias úteis,
com horas definidas para cada projeto. A ECCI funciona também, conforme as
necessidades de prestação de cuidados, nos dias úteis no horário das 8 às 20 horas e
aos fins-de-semana e feriados entre as 9 e as 17 horas. O horário é elaborado de
acordo com as necessidades detetadas na população alvo da UCC e com as
atividades a realizar em articulação com os parceiros sociais e respetivas Unidades
Funcionais.
O agendamento das consultas/intervenções é efetuado de forma presencial ou não
presencial. Pode o utente/família ou comunidade recorrer ao contato telefónico ou
correio eletrónico.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 57
3.2 - INDICADORES INSTITUCIONAIS
Indicadores nacionais contratualizados internamente com o ACES PIS são os que se
apresentam no quadro 7. De referir que apenas foram contratualizados indicadores de
Desempenho Assistencial e de Acessibilidade.
Quadro 7 - Indicadores contratualizados
Tipo Código SIARS e Nome do
indicador
Área
clínica Meta
Valor
atingi
do
Desempenho
Assistencial
3 Proporção de alunos
abrangidos por projetos de
promoção da saúde e bem-estar,
por nível de ensino, segundo o
comportamento de saúde focado.
Transversal 50% 82%
Acessibilidade 4 Taxa de ocupação da ECCI
Transversal 60% 73,33
%
Desempenho
Assistencial
5 Proporção de utentes com
resposta da equipa de
enfermagem da ECCI nas
primeiras 24h, após a admissão
Transversal 80% 100%
Desempenho
Assistencial
6 Proporção de utentes com
ganhos em Independência nos
Autocuidados
Transversal 30% 36,11
%
Desempenho
Assistencial
7 Proporção de utentes admitidos
na ECCI avaliados com escala de
risco de úlceras pressão (UP)
Transversal 90% 100%
Desempenho
Assistencial
9 Taxa de resolução do Papel do
Prestador Cuidados Inadequado Transversal 40% 100%
Desempenho
Assistencial
11 Proporção de famílias de risco
com Plano Individual de
Intervenção Precoce (PIIP), no
âmbito do Sistema Nacional de
Intervenção Precoce (SNIPI), no
serviço UCC
Transversal 80% 98%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 58
Acessibilidade
13 Proporção de Crianças e
Jovens / Famílias
acompanhadas, no âmbito da
CPCJ, no serviço da UCC
Transversal 75% 95,85
%
Desempenho
Assistencial
15 Proporção de reuniões do
Conselho Local para a Ação
Social (CLAS) em que a UCC
participou
Transversal 80% 100%
Acessibilidade
16 Proporção de pessoas
abrangidas por projetos de
promoção de saúde e bem-estar
Transversal 20% 33,33
%
3.2.1- Indicadores de acessibilidade
Tipo Código SIARS e Nome do
indicador
Área
clínica Meta
Valor
atingi
do
Acessibilidade 4 Taxa de ocupação da ECCI
Transversal 60% 73,33
%
Acessibilidade
13 Proporção de Crianças e
Jovens / Famílias
acompanhadas, no âmbito da
CPCJ, no serviço da UCC
Transversal 75% 95,85
%
Acessibilidade
16 Proporção de pessoas
abrangidas por projetos de
promoção de saúde e bem-estar
Transversal 20% 33,33
%
Com 11 vagas disponíveis a taxa de ocupação manteve-se nos 73,33%, na sua
maioria os utentes são encaminhados pela UCSP, apenas 2 foram encaminhados por
uma unidade da RNCCI, não tendo nenhum utente sido encaminhado pelo hospital.
Já por várias vezes foi informada a EGA do HAL para o facto de não haver utentes
referenciados do hospital, mas até à presente data não foram encaminhados utentes.
As Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) são instituições oficiais não
judiciárias com autonomia funcional que visam promover os direitos da criança e do
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 59
jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança,
saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral.
As visitas da CPCJ ao domicílio da criança são programadas, sendo realizado um
acompanhamento regular. Na impossibilidade da visita domiciliária, é realizada
entrevista às partes interessadas. Desta forma pretende-se da melhor forma possível,
promover os direitos das crianças e o seu crescimento e desenvolvimento de forma
saudável.
O elemento da UCC que integra a CPCJ para além de gestor no acompanhamento de
algumas crianças/famílias, também é o elo de ligação de outros casos aos serviços de
saúde.
As sessões de educação para a saúde representam uma mais-valia para a
comunidade, na medida em que com as mesmas se pretende que as pessoas
adquiram informação e competências necessárias para fazerem escolhas saudáveis e
modificarem comportamentos de risco. Desta forma tem sido realizadas sessões de
educação para a saúde para os alunos da Academia Sénior e atividades na
Comunidade com o objetivo de comemorar dias alusivos a temáticas relacionadas com
a saúde.
Os enfermeiros que constituem a UCC não dispõem de horas para o efeito, sendo que
a realização das atividades neste período implicou um esforço dos mesmos.
A meta para o indicador “Proporção de pessoas abrangidas por projetos de promoção
de saúde e bem-estar” era de 20% atingindo-se um valor de 33,33%, não foram
incluídas as atividades na comunidade já que para as mesmas não foi estipulada
população alvo.
3.2.2 – Indicadores de desempenho assistencial
Tipo Código SIARS e Nome do
indicador
Área
clínica Meta
Valor
atingi
do
Desempenho
Assistencial
3 Proporção de alunos
abrangidos por projetos de
promoção da saúde e bem-estar,
por nível de ensino, segundo o
comportamento de saúde focado.
Transversal 50% 82%
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 60
Desempenho
Assistencial
5 Proporção de utentes com
resposta da equipa de
enfermagem da ECCI nas
primeiras 24h, após a admissão
Transversal 80% 100%
Desempenho
Assistencial
6 Proporção de utentes com
ganhos em Independência nos
Autocuidados
Transversal 30% 36,11
%
Desempenho
Assistencial
7 Proporção de utentes admitidos
na ECCI avaliados com escala de
risco de úlceras pressão (UP)
Transversal 90% 100%
Desempenho
Assistencial
9 Taxa de resolução do Papel do
Prestador Cuidados Inadequado Transversal 40% 100%
Desempenho
Assistencial
11 Proporção de famílias de risco
com Plano Individual de
Intervenção Precoce (PIIP), no
âmbito do Sistema Nacional de
Intervenção Precoce (SNIPI), no
serviço UCC
Transversal 80% 98%
Desempenho
Assistencial
15 Proporção de reuniões do
Conselho Local para a Ação
Social (CLAS) em que a UCC
participou
Transversal 80% 100%
A escola representa o local privilegiado para promover a saúde das crianças que a
frequentam, desenvolvendo processos de ensino e aprendizagem com o objetivo de
aumentar o nível de literacia para a saúde, melhorando o estilo de vida da comunidade
educativa.
Os temas escolhidos para trabalhar com os alunos tiveram como base as
necessidades reais sentidas e foram selecionados pela equipa de saúde escolar e
escolas.
No período de análise a integração da saúde escolar no projeto da escola EPAIB/PB,
constituiu uma mais-valia na missão a que nos propomos.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 61
A ECCI (Equipa Cuidados Continuados Integrados) assegura os cuidados domiciliários
médicos e de enfermagem, de natureza preventiva, curativa, de reabilitação e ações
paliativas, devendo as visitas dos profissionais serem programadas, regulares e ter por
base as necessidades clínicas detetadas pela equipa.
Os utentes que precisam de reabilitação têm sido os mais representativos, seguindo-
se os que necessitam de tratamento de feridas e quem precisa de acompanhamento
do regime terapêutico. Até à presente data não foi disponibilizado telemóvel para a
equipa e quando necessário é realizado o acompanhamento dos utentes/família nos
fins-de-semana.
A visita médica dos utentes integrados na ECCI é realizada pelos médicos de família,
que devido à carga assistencial nos respectivos ficheiros, essas visitas são
programadas, numa data muito posterior à data de admissão dos utentes e quando
necessário recorrem ao serviço de urgência.
O SNIPI tem a missão de garantir a Intervenção Precoce na Infância (IPI),
entendendo-se como um conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança
e na família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa, no âmbito da
educação, da saúde e da acção social.
Das famílias de risco integradas no Sistema Nacional de Intervenção Precoce (SNIPI),
no serviço UCC, 98% têm o Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) atualizado.
A UCC participou em todas as reuniões programadas do CLAS, e no decorrer das
reuniões informais foi constituída uma estrutura intitulada “Comissão Municipal de
Proteção da Pessoa em Situação de Vulnerabilidade”, cujo objetivo principal é
acompanhar/vigiar, qualquer indivíduo, com idade superior a 21 anos, em situação de
risco físico, social ou familiar, sujeito a condições de violência ou negligência.
3.3 - SITUAÇÕES COM IMPACTO NOS RESULTADOS
Durante o período em análise não se verificaram ausências prolongadas dos
elementos que constituem a equipa. Apenas se verificou a ausência da Enfermeira
Sandra Antunes, por um período de 2 semanas por motivo de doença, que foi
substituída nos domicílios da ECCI, projeto este que requer a continuação dos
cuidados, estando referido no Regulamento Interno, artigo 19, ponto 1, como
necessário a realização de serviços mínimos.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 62
4 - REUNIÕES
4.1 - REUNIÕES DO CONSELHO GERAL
Até ao momento, ainda não foi possível realizar a reunião do Conselho Geral, apenas
tem sido realizadas reuniões com o Conselho de Intervenção.
4.2 - OUTRAS
Já foram realizadas reuniões, a título informal, com o Director Executivo do ACES PIS,
Enfermeira Paula Agostinho (adjunta do Conselho de administração da ULSCB) e
Centro de Saúde da Sertã para esclarecimento e organização de situações
relacionadas com a UCC.
De acordo com o descrito no Regulamento Interno, Artigo 10º, tem sido realizadas
reuniões com o Conselho de intervenção, indo de encontro aos objetivos do conselho.
A UCC tem realizado atividades na comunidade que não estão contempladas no Plano
de Ação, referidas neste relatório no ponto 8.2. Para a realização dessas atividades
tem sido realizadas reuniões com as entidades parceiras.
Para implementação dos projectos/programas da UCC, nomeadamente a nível do
PNSE, PNSO e Cuidar os Cuidadores, foram realizadas reuniões com os Srs.
Diretores Pedagógicos das escolas, professores responsáveis por ano escolar e
centros de dia.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 63
5 - DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E FORMAÇÃO CONTÍNUA
5.1 - PLANO ANUAL DE FORMAÇÃO CONTÍNUA
A Equipa assumiu o compromisso de adotar mecanismos de formação profissional
contínua para todos os seus elementos – requisito fundamental para a manutenção e
aquisição de conhecimentos e competências.
A participação em atividades de formação contínua (cursos, congressos ou outros) é
acordada dentro do grupo, que se responsabiliza pela continuação da prestação dos
cuidados. Estas atividades que visam complementar e manter a continuidade de
aprendizagem adquirida ao longo do tempo, permitem partilhar entre os profissionais,
as novas linhas orientadores, nas diversas dimensões, para que esta UCC se
mantenha sempre ao nível de prestação de cuidados de qualidade, numa sociedade
cada vez mais exigente.
Nas reuniões de formação contínua, realizam-se, revisão de temas clínicos, discussão
de casos da prática clínica, partilha de experiências, síntese de informação relevante
dos diferentes congressos, etc.
A nível de formações externas, a equipa participou:
TEMA PROFISSIONAL
Reuniões de coordenadores da UCC Enfermeira especialista em enfermagem
de reabilitação Ana Isabel Dias
Formação e Uniformização da
Abordagem Prevenção de Úlceras Por
Pressão na ULSCB
Enfermeira Sandra Antunes
Seminário Regional de apresentação do
Guia, Auditório do conservatório de
música de Coimbra
Enfermeira Donzília Lopes
Ação de sensibilização” a intervenção
precoce dos 0 aos 6 anos”, na Escola Enfermeira Donzília Lopes
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 64
Afonso de Paiva
Ação de formação SNIPI – Princípios
Chave de Intervenção (apenas a
Coordenadora da ELI)
Enfermeira Donzília Lopes
Formação sobre Aplicação Informática
para a Gestão do PPP e Gestão da CPCJ Enfermeira Donzília Lopes
Colóquio "Neuroquímica da Felicidade" Enfermeira Donzília Lopes
Encontro Nacional de Avaliação das
Atividades das CPCJ Enfermeira Donzília Lopes
Reunião com o tema “Saúde da Mulher,
da Criança e do Adolescente” Enfermeira Donzília Lopes
IV Encontro Intermunicipal das CPCJ do
Norte do Distrito de Leiria Enfermeira Donzília Lopes
Formação Projeto “+Contigo” Enfermeira Susana André
5.2 - FORMAÇÃO PRÉ E PÓS GRADUADA
Desde o início de actividade da UCC, nenhum elemento da equipa participou em
formação pré e pós graduada.
5.3 - PRODUÇÃO CIENTÍFICA E DE INVESTIGAÇÃO
Até à presente data os profissionais que integram esta unidade ainda não participaram
em nenhuma actividade de produção científica.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 65
6 - PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE
6.1 - DESCRIÇÃO DO TEMA
Um Programa de Monitorização da Qualidade visa a introdução continuada de
medidas apontadas à obtenção de mais ganhos em saúde e do aumento da satisfação
dos utilizadores, o que terá que constituir objeto de medições subsequentes.
Neste sentido, foi proposto no Plano de Acção da UCC desenvolver as seguintes
atividades:
Elaboração do Regulamento Interno da UCC;
Elaboração da Carta de Qualidade da UCC;
Elaboração do manual de boas práticas para as diferentes áreas de
intervenção da UCC;
Elaboração do relatório anual a ser apresentado ao Diretor Executivo do ACES
e ao Concelho de Administração da ULS de Castelo Branco;
Avaliação dos objetivos e indicadores de execução propostos para os
diferentes projetos através da monitorização sistemática (anualmente) e
introdução de medidas corretoras;
Criação de instrumentos para avaliação anual da satisfação dos profissionais
da UCC;
Criação de instrumentos para avaliação anual da satisfação dos Utentes,
famílias e comunidade;
6.2 - ANÁLISE DE IMPLEMENTAÇÃO
A UCC dispõe de vários instrumentos de apoio à gestão que foram propostos no Plano
de Ação e já realizados.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 66
Assim, foi realizado o regulamento interno já homologado pelo Conselho de
Administração da ULSCB a 13 de Novembro de 2014 e o Manual de Articulação
autorizado a 18 de Julho de 2014. Também já foi realizada a Carta de Qualidade que
se encontra afixada no placar para acesso aos utentes.
A carta de compromisso foi assinada internamente com o diretor executivo do ACES
PIS a 30 de Março de 2015, data em que foi iniciado o processo de contratualização.
Já foi elaborado o Manual de Boas Práticas, que se encontra em suporte informático
disponível a toda a equipa. Estando cientes da evolução da ciência e da mudança
constante de todos os intervenientes/parceiros da UCC, este é um documento que não
se encontra concluído, estando por isso, suscetível a alterações.
Foi também realizado o Guia de Acolhimento do utente e criada uma folha de registos
de ocorrências/incidentes.
Desde o início de atividade a UCC entendeu que, para uma melhoria dos cuidados
prestados aos Utentes, deveria auscultá-los com a aplicação de um Inquérito de
Satisfação.
As reclamações e sugestões são registadas no livro de reclamações, caixa de
sugestões ou outros do Centro de Saúde e encaminhadas para o Gabinete do
Cidadão.
6.3 - AVALIAÇÃO
Salientamos que os múltiplos sistemas informáticos e gestores de informação com que
lidamos e a quem apresentamos resultados (SINUS, SAM, SAPE), apresentam dados
de avaliação de indicadores que suscitam alguma dúvida na sua análise.
Para colmatar este problema, a UCC vale-se da implementação de uma tabela de
cálculo em Excell e tabelas em WORD, o que nos permitiu uma melhor perceção da
monitorização dos indicadores ao longo do período em avaliação, com todos os
constrangimentos que daí resultam.
Também o facto de no SAPE não estar identificada a UCC não permite a avaliação
dos indicadores. Esta situação já foi comunicada ao serviço informático e aguarda
resolução.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 67
6.4 - MEDIDAS CORRETORAS
Para melhorar a qualidade dos cuidados prestados pela UCC, torna-se necessário
realizar a avaliação dos seus objectivos e indicadores, e proceder às devidas
alterações caso seja necessário. É necessário, continuar a proceder à avaliação da
satisfação dos utentes, parceiros e profissionais.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 68
7 - AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTENTES
Foi realizado pela UCC um questionário a ser aplicado aos utentes da unidade para
avaliação da satisfação, questionário esse que se encontra normalizado e publicado
na pasta da intranet da ULSCB.
Desse questionário, constam 5 perguntas fechadas, com a possibilidade de resposta
do “insuficiente” ao “não sabe ou não responde” (Gráfico 3) e uma pergunta aberta
para o utente colocar sugestões. As perguntas que constam no questionário são:
1. Como classifica o atendimento dos profissionais de saúde que integram a UCC
da Sertã
2. Já colocou questões via telefone ou email. Se sim como classifica o
atendimento
3. Qual o grau de satisfação face ao horário de atendimento da UCC
4. O que acha dos recursos materiais utilizados (espaço físico, material técnico,
…)
5. Como avalia a actividade da UCC na sua globalidade
Gráfico 3 - Resultados dos questionários aplicados aos utentes
0
5
10
15
20
25
30
35
Insuficiente
Suficiente
Boa
Excelente
Não sabe ou não responde
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 69
O Questionário de Avaliação da Satisfação dos Utentes da UCC da Sertã foi aplicado
aleatoriamente a cerca de 45 utentes. Pela análise do Gráfico 3, podemos observar
que a maior parte dos utentes classifica o seu grau de satisfação como “Bom” ou
“Excelente”. Foram poucos os que classificaram o atendimento via telefone ou email,
sendo que 31 utentes respondeu “Não sabe ou não responde”.
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 70
8 - OUTRAS ACTIVIDADES
8.1 - PROTOCOLOS / ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INSTITUIÇÕES
Têm sido realizadas contactos/reuniões com a Câmara Municipal da Sertã, Centros de
Dia, Agrupamento de Escolas da Sertã, Instituto Vaz Serra, Escola Tecnológica e
Profissional da Sertã, Jardim-de-infância de Centro de Assistência Social do Beato
Nuno de Santa Maria e Jardim-de-infância O Pinheirinho, no sentido de dar a conhecer
a UCC e solicitar a realização de actividades, de acordo com os programas do Plano
de Ação da UCC, nas respectivas instituições.
Apenas foi realizado protocolo com Agrupamento de Escolas da Sertã, Instituto Vaz
Serra, Escola Tecnológica e Profissional da Sertã, para continuação do Gabinete
Jovem Saudável, nas respectivas instituições.
Desde o início de funcionamento da UCC, que existe um protocolo com a Câmara
Municipal da Sertã, que disponibiliza a TSSS 3h/semana para a ECCI.
No âmbito do CLAS e pela identificação da necessidade de acautelar possíveis
situações de exclusão social, nomeadamente de isolamento, negligência ou violência,
foi proposta a criação de uma estrutura que funcione como uma parceria entre as
várias entidades do concelho da Sertã que tente solucionar problemas identificados na
população em situação de vulnerabilidade. Desta forma, têm sido realizadas reuniões
para início da Comissão Municipal de Proteção da Pessoa em Situação de
Vulnerabilidade.
8.2 - OUTRAS ACTIVIDADES
Apesar de não constar no Plano de Ação desta unidade, a realização de actividades
na comunidade alusivas à comemoração de dias ou sessões de educação fora do
âmbito dos projectos, é objetivo desta UCC promover essas actividades, nunca
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 71
descurando os objectivos, os indicadores/metas relativos a cada projeto/programa da
carteira de serviços.
Assim, neste período de atividade, e ainda em processo de adaptação ao trabalho
exigido pelos critérios da UCC, foi possível participar em algumas atividades:
Com o objetivo de comemorar o Dia da Incontinência Urinária em 2015,
celebrado a 14 de março, foram convidados os utentes a se deslocar à UCC
da Sertã para participarem em sessões de esclarecimento sobre o tema;
Para comemorar o Dia Internacional do Enfermeiro, em colaboração com o
Agrupamento de Escolas da Sertã, turma Multimédia, foram realizados
cartazes alusivos ao dia e foram realizadas sessões sobre saúde e o papel do
enfermeiro com as crianças do jardim-de-infância;
No dia 24 de Maio de 2015, Dia Nacional da Luta Contra a Obesidade, a UCC
da Sertã em parceria com a Câmara Municipal, Bombeiros Voluntários e
Agrupamento de Escolas da Sertã, organizaram uma atividade para esse dia,
cujo o objetivo era prevenir a obesidade e o excesso de peso e promover uma
vida saudável;
No dia 2 de Junho de 2015, data em que perfazia um ano de atividade da UCC
da Sertã, foi realizado, em parceria com a Câmara Municipal da Sertã, um
colóquio com o tema “Envelhecimento - a realidade do concelho da Sertã”;
A pedido do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Sertã, no dia 29 de Junho,
a UCC esteve presente na festa final do ano letivo da Ginástica Sénior, onde
realizou rastreios e ensinos oportunos;
A pedido da Academia Sénior da Sertã, foram realizadas aos alunos sessões
de educação para a saúde sobre os temas: Incontinência Urinária, Artroses e
Alzheimer. Sessões essas, que devido ao elevado grau de satisfação dos
alunos da academia, serão continuadas no ano letivo 2015/2016 com outros
temas;
Inserido na Comemoração do Dia do Idoso em 2015 e a pedido da Câmara
Municipal, a UCC esteve presente na comemoração com a realização de
rastreios;
Relatório de Atividades 2015
Unidade de Cuidados na Comunidade da Sertã Página 72
Com o intuito de assinalar o Dia Mundial da Diabetes em 2015, foi realizado em
parceria com a UCSP, Câmara Municipal e outras entidades, uma actividade
na comunidade a 15 de Novembro, com o tema “Sertã pela Diabetes”;
Organização do “Dia Nacional do Pijama” – edição 2015, promovido pela
Associação Mundos de Vida, em parceria com a Câmara Municipal da Sertã,
Agrupamento de Escolas da Sertã, Santa Casa da Misericórdia da Sertã e
Centro Social São Nuno de Santa Maria de Cernache do Bonjardim. As
atividades decorreram no dia 20 de novembro com a participação dos
representantes da Comissão Restrita da CPCJ;
Para divulgar as atividades e projetos da UCC da Sertã, têm sido realizadas
publicações no jornal “A Comarca” e entrevistas para a “Rádio Condestável”.
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9 - ANÁLISE SWOT
A Análise SWOT ou Análise FOFA ou FFOA (Forças, Fraquezas, Oportunidades e
Ameaças), em português, é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou
análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planeamento estratégico
de uma empresa, pois permite prestar a devida atenção ao meio que envolve o
trabalho. A identificação do ambiente interno e externo revela-se muito útil para
estabelecer estratégias e definir prioridades, tal como para decidir qual a direção a ser
tomada de forma a atingir o objetivo, tendo sempre sob um olhar crítico, as ameaças.
Quadro 8 – Análise Swot UCC da Sertã
Strengts (Forças) Weakness (Fraquezas)
- Autonomia Funcional - Ênfase na promoção e prevenção de saúde - Motivação e empenho dos profissionais - Estreitamento na relação com os parceiros existentes na comunidade - Proximidade, continuidade e qualidade da prestação de cuidados - Tempo definido para se desenvolver as atividades inerentes aos projetos
- Divulgação/ Reconhecimento UCC pela comunidade - Carência de sistemas informáticos adequados às intervenções da UCC - Falta recursos materiais (viaturas, recursos informáticos, fardamento, meios de comunicação móvel, outro material requisitado à ULSCB) - Dificuldade de articulação com outras unidades da ULSCB
Opportunities (Oportunidades) Threats (Ameaças)
- Apoio da ERA - Reconhecimento da importância dos CSP - Reconhecimento pela comunidade da intervenção da UCC - Alterações geodemográficas (envelhecimento, isolamento, dispersão geográfica em meio rural, solidão, exclusão social, degradação de condições sócio-económicas).
- Carência de RH - Sistemas informáticos obsoletos e inadequados às necessidades da UCC - Dificuldade em “mensurar” o trabalho realizado - Impossibilidade/ Dificuldade em implementar projetos não previstos aquando da contratualização da UCC - Parametrização nacional dos SI para as UCC, que permita a documentação de toda a sua intervenção
FA
CT
OR
ES
INT
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NO
S
FACTORES POSITIVOS FACTORES NEGATIVOS
FA
CT
OR
ES
EX
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OS
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Emergem assim os objectivos estratégicos que se alinham na intersecção matricial:
Promover a divulgação dos projetos e programas da UCC da Sertã;
Garantir a satisfação dos utentes e dos profissionais da UCC;
Fortalecer a visibilidade da profissão e da disciplina, no seio da comunidade
científica e da sociedade em geral.
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10 - CONCLUSÃO
O relatório de actividades constitui o instrumento fundamental de apoio à gestão, que
permite objectivar e acompanhar o conjunto das actividades baseadas no diagnóstico
das necessidades.
Conscientes da importância do momento que atravessamos e das dificuldades da
envolvente externa, concentramos os nossos esforços no conhecimento das
necessidades das populações e na resposta eficiente.
A procura de parcerias com Instituições várias como, Câmara Municipal, IPSS´s;
Escolas, Hospitais regionais e Unidades da RNCCI, são altamente positivas e
determinante para o sucesso da UCC.
Não obstante, reconhecermos as nossas dificuldades e limitações, tivemos sempre por
objectivo a melhoria do acesso aos cuidados de saúde e a obtenção de maiores
ganhos em saúde.
O sistema informático é, também, factor crítico no cumprimento dos objectivos
traçados, porque o lento processamento da informação/dados condiciona os registos e
o facto de no SAPE não constar a UCC compromete a fiabilidade dos dados. A
insuficiência de computadores também compromete a atividade na equipa,
nomeadamente a nível de registos e organização de atividades.
Estamos convictos de que a equipa trabalhou empenhadamente, regida por um
padrão de boas práticas que já seguíamos e outras adotadas, mas otimizadas quer
pela maturidade atingida quer por correção de erros, nomeadamente de registos no
Sistema Informático, melhorados após investigação pessoal junto de outras UCC e
partilhado por todos.
Em conclusão este documento permitirá a elaboração/definição de medidas corretoras
a implementar, assim como definição/revisão de estratégias de intervenção.