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FACULDADES INTEGRADAS DE MINEIROS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – ICA
FACULDADE DE AGRONOMIA
FRUTICULTURA
Diego Oliveira Ribeiro
Laíze Aparecida Ferreira Vilela
4º ano de Agronomia
ABRIL / 2008
MINEIROS - GO
REPRODUÇÃO x MULTIPLICAÇÃO
Todas as espécies se multiplicam com o objetivo de perpetuação destas. A multiplicação
das plantas frutíferas pode ocorrer através dos dois ciclos básicos: o sexuado e o assexuado.
Na multiplicação através do ciclo sexuado ocorre recombinação genética, formando
indivíduos, ou seja, os embriões gaméticos das sementes, caracterizando assim a Reprodução
(ESALQ, 2008).
Na multiplicação através do ciclo assexuado não ocorre recombinação genética e as
plantas formadas são denominadas clones, as quais são obtidas por diversos métodos
vegetativos, caracterizando a Propagação (ESALQ, 2008).
Dessa forma, podemos diferenciar dois principais tipos de propagação de plantas
frutíferas:
1. REPRODUÇÃO - propagação sexuada via seminal, por semente. Para formação e
desenvolvimento das plantas reproduzidas por sementes é necessário que o pólen (gameta
masculino) fecunde o óvulo (gameta feminino) contido no ovário da flor. Como resultado dessa
polinização, o ovário se transformará em um fruto com suas respectivas sementes. Estas
sementes plantadas darão plantas cujas flores, no momento da formação dos gametas:
masculino (pólen) e feminino (óvulo) os caracteres hereditários dos pais normalmente se
separam. Daí, se propagarmos por sementes uma planta frutífera de reconhecido valor pelas
finas qualidades de seus frutos, dificilmente conseguiremos descendentes que produzam frutos
idênticos.
2. MULTIPLICAÇÃO - propagação vegetativa ou assexuada utiliza-se partes da planta. Se
multiplicarmos a mesma planta frutífera através de enxertos ou outro método de propagação
vegetativa, conseguiremos produzir descendentes cujos frutos irão ter as mesmas qualidades
finas da planta mãe.
Existem diversas razões para a utilização da propagação de plantas em frutíferas. Dentre
elas destacam-se:
Manutenção das características genéticas da planta propagada;
É indispensável na propagação de espécies que não produzem sementes;
Dependendo da espécie, pode ser mais fácil, rápida e mais econômica;
Possibilidade de combinação de mais de um genótipo numa simples planta;
Evita o período juvenil1 das plantas.
De modo geral, a maioria das plantas frutíferas, de importância comercial, é propagada
vegetativamente, para assegurar a carga genética da planta mãe ou planta matriz aos seus
descendentes (OLIVEIRA, 2008).
1 Período juvenil é o período onde o meristema apical não responde aos estímulos, internos e externos, para a mudança do
crescimento vegetativo para o reprodutivo.
TIPOS DE PROPAGAGAÇÃO VEGETATIVA
DAS FRUTÍFERAS
1. Mergulhia: consiste no enraizamento de uma parte da planta a ser propagada, na
própria planta e depois o destacamento da mesma para obtenção da muda. A base do processo
é o enterrio de uma porção de um ramo, curvado da planta que se quer propagar, para que
enraíze e, depois do enraizamento, destaca-se de uma vez ou gradativamente a muda,
plantando-a em um recipiente. O ramo que vai ser enterrado deve ser desfolhado ou anelado e,
depois, preso ao solo por uma estaca de madeira, bambu ou pedaço de arame grosso. Ex:
jabuticabeira, abieiro, camu-camu, etc (TODA FRUTA, 2003).
Figura 01. Etapas da Mergulhia.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
2. Alporquia: método usado para propagar plantas difíceis de enxertar. É uma variação da
mergulhia. Neste método, escolhe-se, em uma planta adulta, alguns ramos de 1 a 3 cm de
diâmetro, faz-se neles um anelamento (retirada da casca) de 3 a 5 cm e, depois, cobre-se a
parte anelada com esfagno ou uma mistura de esterco e serragem úmida, cobrindo com saco
plástico, bem amarrado, forçando assim o enraizamento no local cortado. Pode-se fazer um anel
também abaixo do local que vai enraizar, para forçar a brotação das gemas. Vai-se cortando
mais, conforme o enraizamento, até se destacar o ramo bem enraizado, tendo-se então a muda.
Esta necessita de um estufim, ou câmara de nebulização com alta umidade para ser colocada,
após a sua retirada da planta para um período de adaptação e pegamento. Varias frutíferas têm
sido assim propagadas, embora seja um método caro e de pouco rendimento (TODA FRUTA,
2003).
Figura 02. Etapas da Alporquia.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
3. Estaquia: baseada no enraizamento de um pedaço de ramo (estaca), geralmente de 15
a 40 cm de comprimento e de 0,5 a 2 cm de diâmetro, cortado da parte madura da planta, isto é,
não muito nova, ou verde. Há plantas que enraízam melhor de estacas mais novas. Em
fruticultura, as estacas lenhosas têm maior uso, embora para algumas espécies seja usada a
estaca herbácea. Podem ser usadas para propagação ou para obtenção de porta-enxertos.
O ramo para estaca é cortado da planta; são retiradas suas folhas e espinhos, com a
tesoura de poda. Sua parte basal é cortada em bisel (inclinado) junto a uma gema, e seu ápice é
cortado reto. A seguir, são enterradas em solo bem preparado (canteiro, viveiro ou recipiente),
deixando apenas 1/3 de seu tamanho para fora do solo. Das gemas, sairão as brotações da
parte aérea. O sistema radicular sairá da parte cortada (TODA FRUTA, 2003).
Figura 03. Etapas da Estaquia em caule. Figura 04. Etapas da Estaquia em folha.
Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
4. Enxertia: é a união dos tecidos de duas plantas, geralmente da mesma espécie,
passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (copa) e o porta-enxerto (cavalo). A
copa, cavaleiro ou enxerto é a parte de cima, que vai produzir os frutos da variedade desejada e
o cavalo ou porta-enxerto é o sistema radicular, o qual tem como funções básicas o suporte da
planta, fornecimento de água e nutrientes e a adaptação às condições de solo, clima e doenças
Segundo TODA FRUTA (2003), a enxertia pode ser feita por vários métodos, sendo os mais
comuns a encostia, a borbulhia, a garfagem com suas variações, conforme a planta, pois cada
espécie se adapta a um tipo.
a. Encostia: é um tipo de enxertia no qual se leva o cavalo em um recipiente, até a
planta que se quer propagar (copa). Corta-se uma porção de um ramo de cada planta,
de mesma dimensão e encostam-se as partes cortadas, amarrando-se, em seguida,
com fita plástica para haver a união dos tecidos. Pode-se fazer um anelamento, que
consiste de uma incisão ao redor do ramo, acima do corte, no cavalo. Após um período
de 30 a 60 dias, havendo a união, pode-se cortar a parte acima do ponto de união do
cavalo, destacando o ramo da planta original, formando a nova copa, originando, assim,
uma muda, agora constituída da copa e do cavalo. Esse método pode ser usado para
propagar plantas difíceis de enxertar. A encostia é usada também quando se quer
substituir o cavalo de uma planta já enxertada, plantada no pomar.
b. Borbulhia: consiste em se usar uma borbulha ou gema a qual vai ser fixada junto ao
cavalo, após o corte de parte do mesmo. A borbulha pode ser fixada em um corte da
casca ou sob ela, em uma abertura em forma de T que pode ser normal ou invertido, em
janela ou em placa. Todo corte deve ser feito com canivete bem afiado.
c. Garfagem: é um processo no qual se usa um pedaço apical de um ramo, com 5 a 10
cm de comprimento, com várias gemas, chamado garfo. O garfo é obtido de ramos
coletados da planta que se quer propagar (matriz) e que irá originar a copa. O garfo
deve estar com gemas bem salientes, para que possam brotar depois da enxertia. Há os
tipos de garfagem no topo e lateral. A primeira pode ser em fenda (cheia, meia ou
esvaziada) e em inglês (simples ou complicado). Existem outros métodos de garfagem,
mais difíceis de executar.
Figura 05. Principais tipos de enxertia.
Fonte: Núcleo de Estudo em Fruticultura no Cerrado / ICIAG/ UFU.
ESTADOS PRODUTORES DE FRUTAS NO BRASIL
A fruticultura brasileira é um dos segmentos da economia brasileira mais destacados,
apresentando evolução contínua, e que busca atender um grande mercado interno em
crescimento e um melhor acesso ao mercado mundial de frutas.
Tabela 01. Produção Brasileira de Laranja por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 14.366.030 3.052.581
Minas Gerais 577.684 266.393
Bahia 802.290 174.029
Rio Grande do Sul 311.745 141.259
Sergipe 738.787 130.570
Paraná 375.309 64.561
Goiás 113.040 44.896
Pará 213.972 37.667
Rio de Janeiro 69.814 34.461
Santa Catarina 126.776 19.428
Espírito Santo 24.849 9.296
Alagoas 34.408 8.677
Ceará 17.036 7.267
Amapá 8.300 3.893
Mato Grosso 5.199 3.865
Maranhão 8.140 3.597
Distrito Federal 11.214 2.243
Acre 5.558 1.938
Amazonas 11.810 1.850
Piauí 5.046 1.711
Paraíba 5.412 1.623
Mato Grosso do Sul 3.819 1.481
Rondônia 4.421 1.275
Rio Grande do Norte 4.760 1.068
Pernambuco 3.972 836
Roraima 2.153 754
Tocantins 1.899 701
Total 17.853.443 4.017.920
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 02. Produção brasileira de banana por estados em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 975.620 370.354
São Paulo 1.178.140 338.491
Minas Gerais 550.503 239.095
Santa Catarina 668.003 163.883
Pará 537.900 149.552
Pernambuco 359.432 139.307
Ceará 363.025 122.429
Paraíba 257.447 105.109
Amazonas 244.767 85.161
Paraná 229.493 80.423
Rio de Janeiro 162.327 71.988
Maranhão 127.927 71.127
Goiás 153.018 67.954
Espírito Santo 180.207 59.385
Mato Grosso 60.527 52.371
Rio Grande do Sul 108.187 51.062
Rio Grande do Norte 201.891 49.445
Sergipe 64.547 27.357
Rondônia 57.570 26.735
Tocantins 35.368 18.140
Mato Grosso do Sul 16.449 15.989
Alagoas 49.127 15.454
Roraima 36.454 14.582
Acre 55.479 9.489
Piauí 25.203 7.935
Amapá 2.635 2.157
Distrito Federal 2.154 969
Total 6.703.400 2.355.943
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 03. Produção brasileira de coco por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 713.571 182.038
Ceará 237.968 64.122
Pará 247.627 53.285
Pernambuco 143.030 36.743
Espírito Santo 175.457 35.200
Sergipe 124.119 31.324
Rio de Janeiro 71.206 29.733
Rio Grande do Norte 81.254 29.276
São Paulo 33.857 22.170
Mato Grosso 27.365 17.707
Paraíba 62.018 17.139
Minas Gerais 43.876 16.291
Alagoas 48.830 12.769
Goiás 16.481 6.229
Rondônia 12.373 5.986
Piauí 14.832 4.385
Tocantins 9.549 4.329
Mato Grosso do Sul 4.940 2.583
Maranhão 6.589 2.548
Amazonas 2.494 867
Paraná 1.326 816
Acre 529 257
Total 2.079.291 575.797
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 04. Produção brasileira de mamão por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Espírito Santo 629.236 410.423
Bahia 726.991 270.174
Ceará 57.741 17.387
Paraíba 30.937 12.425
Rio Grande do Norte 33.773 11.702
Pernambuco 12.913 5.562
Pará 16.909 5.515
Minas Gerais 12.932 5.392
Sergipe 9.882 4.966
São Paulo 9.871 3.357
Mato Grosso 5.143 2.818
Rio Grande do Sul 2.539 2.526
Goiás 2.810 1.878
Alagoas 5.793 1.647
Amazonas 3.494 1.391
Acre 1.795 1.156
Rondônia 3.073 1.117
Paraná 1.667 931
Tocantins 1.460 692
Rio de Janeiro 976 547
Maranhão 927 421
Roraima 1.474 413
Mato Grosso do Sul 587 280
Amapá 508 235
Piauí 331 124
Santa Catarina 40 46
Distrito Federal 17 15
Total 1.573.819 763.140
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 05. Produção brasileira de abacaxi por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Paraíba 586.102 152.790
Pará 482.623 140.551
Minas Gerais 557.378 130.227
São Paulo 255.935 45.001
Rio Grande do Norte 195.775 43.358
Bahia 218.462 42.070
Tocantins 80.676 39.920
Rio de Janeiro 195.913 39.846
Ceará 53.734 35.184
Espírito Santo 78.410 31.269
Goiás 82.408 27.162
Amazonas 52.654 18.005
Mato Grosso 41.672 17.269
Maranhão 63.799 10.692
Pernambuco 40.462 9.804
Sergipe 17.404 7.569
Rondônia 16.074 4.754
Alagoas 19.883 4.540
Paraná 9.323 3.313
Rio Grande do Sul 9.600 2.879
Acre 5.053 2.821
Mato Grosso do Sul 7.470 2.791
Roraima 1.640 1.139
Amapá 1.609 791
Santa Catarina 867 255
Piauí 653 233
Distrito Federal 200 74
Total 3.075.778 814.307
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 06. Produção brasileira de uva por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Rio Grande do Sul 611.868 579.262
Pernambuco 150.827 315.469
São Paulo 190.660 247.441
Bahia 109.408 185.728
Paraná 99.253 92.238
Santa Catarina 47.971 34.157
Minas Gerais 14.389 30.524
Mato Grosso 2.080 5.389
Ceará 1.831 3.213
Mato Grosso do Sul 629 1.330
Paraíba 630 1.260
Espírito Santo 504 1.130
Goiás 2.015 937
Distrito Federal 119 238
Rondônia 228 185
Tocantins 72 158
Piauí 80 120
Total 1.232.564 1.498.779
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 07. Produção brasileira de abacate por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 77.107 35.342
Minas Gerais 38.777 24.395
Paraná 22.265 5.148
Rio Grande do Sul 8.167 4.613
Ceará 5.202 1.980
Distrito Federal 2.596 1.116
Espírito Santo 4.433 964
Pernambuco 2.838 757
Rio Grande do Norte 2.051 659
Rio de Janeiro 687 458
Pará 1.225 364
Acre 383 248
Rondônia 661 230
Piauí 237 194
Paraíba 784 192
Amazonas 1.363 136
Bahia 459 112
Goiás 100 25
Total 169.335 76.933
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 08. Produção brasileira de caqui por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 83.393 72.013
Rio Grande do Sul 28.732 19.956
Rio de Janeiro 19.040 10.058
Paraná 26.071 7.543
Minas Gerais 5.360 7.260
Santa Catarina 2.154 1.390
Bahia 60 138
Espírito Santo 39 36
Total 164.849 118.394
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 09. Produção brasileira de figo por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 7.953 16.271
Rio Grande do Sul 9.446 10.401
Minas Gerais 4.321 4.538
Paraná 1.487 2.382
Santa Catarina 325 228
Ceará 84 210
Rio de Janeiro 32 53
Goiás 35 35
Distrito Federal 6 19
Espírito Santo 8 13
Total 23.697 34.150
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 10. Produção brasileira de goiaba por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 117.878 51.738
Pernambuco 123.393 50.469
Bahia 18.596 12.655
Distrito Federal 8.827 8.474
Minas Gerais 9.336 7.754
Goiás 22.498 6.924
Rio Grande do Sul 6.380 4.694
Espírito Santo 5.377 4.590
Rio de Janeiro 9.609 4.387
Paraná 3.984 3.590
Rio Grande do Norte 3.163 2.641
Ceará 5.073 2.581
Pará 3.640 1.492
Paraíba 4.800 1.387
Sergipe 561 504
Piauí 813 418
Mato Grosso 67 201
Rondônia 612 177
Alagoas 446 132
Mato Grosso do Sul 194 103
Santa Catarina 65 36
Maranhão 41 34
Tocantins 45 27
Amapá 90 19
Amazonas 45 9
Total 345.533 165.036
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 11. Produção brasileira de limão por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 829.097 192.644
Bahia 34.070 13.701
Rio de Janeiro 34.117 12.958
Rio Grande do Sul 23.147 12.541
Minas Gerais 25.643 11.830
Espírito Santo 15.983 10.019
Sergipe 13.567 7.838
Ceará 9.658 4.420
Paraná 10.897 3.877
Goiás 6.245 2.143
Pernambuco 3.221 1.963
Mato Grosso 2.146 1.139
Distrito Federal 2.658 1.063
Pará 5.911 1.044
Piauí 2.285 922
Paraíba 1.968 782
Mato Grosso do Sul 1.293 582
Rondônia 1.637 456
Acre 1.340 415
Rio Grande do Norte 779 413
Santa Catarina 406 325
Amazonas 3.636 295
Maranhão 545 240
Tocantins 123 47
Alagoas 98 46
Roraima 61 12
Total 1.030.531 281.715
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 12. Produção brasileira de maçã por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Santa Catarina 504.994 260.080
Rio Grande do Sul 299.972 207.525
Paraná 42.758 35.286
Minas Gerais 936 1.592
São Paulo 1.875 1.348
Total 850.535 505.831
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 13. Produção brasileira de manga por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 396.662 201.003
Pernambuco 152.694 63.768
São Paulo 204.607 61.677
Minas Gerais 62.406 31.475
Rio Grande do Norte 38.775 20.921
Sergipe 26.277 11.667
Ceará 38.181 10.634
Paraíba 23.064 5.762
Piauí 15.517 4.211
Paraná 8.338 3.686
Espírito Santo 5.791 3.003
Rio de Janeiro 4.737 2.203
Maranhão 3.278 1.727
Alagoas 8.477 1.413
Rondônia 2.432 1.147
Goiás 1.770 1.016
Mato Grosso 2.508 934
Tocantins 2.057 791
Distrito Federal 2.251 716
Rio Grande do Sul 706 688
Mato Grosso do Sul 360 202
Amazonas 918 117
Acre 405 50
Total 1.002.211 428.811
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 14. Produção brasileira de maracujá por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Bahia 139.910 83.614
Espírito Santo 51.070 44.038
Ceará 40.261 32.885
Sergipe 41.526 30.284
São Paulo 40.989 26.603
Minas Gerais 44.025 26.554
Pará 45.297 18.114
Rio de Janeiro 15.012 10.095
Paraná 8.531 7.034
Goiás 13.212 6.744
Pernambuco 7.803 6.090
Paraíba 6.072 4.101
Santa Catarina 5.183 2.350
Rio Grande do Norte 2.879 2.116
Alagoas 5.504 1.961
Mato Grosso 4.283 1.956
Distrito Federal 1.542 1.684
Tocantins 1.721 856
Rondônia 1.631 788
Amapá 1.052 709
Mato Grosso do Sul 546 507
Acre 472 370
Maranhão 219 179
Amazonas 904 163
Piauí 169 143
Total 479.813 309.938
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 15. Produção brasileira de marmelo por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Minas Gerais 721 640
Bahia 70 235
Rio Grande do Sul 225 97
Goiás 62 76
Total 1.078 1.048
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 16. Produção brasileira de pêra por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Rio Grande do Sul 8.950 9.068
São Paulo 4.252 4.480
Paraná 2.687 2.541
Santa Catarina 2.386 1.663
Minas Gerais 1.471 1.037
Total 19.746 18.789
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 17. Produção brasileira de pêssego por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
Rio Grande do Sul 119.130 107.048
São Paulo 42.949 52.402
Minas Gerais 24.524 42.278
Santa Catarina 30.750 20.387
Paraná 17.979 17.295
Espírito Santo 100 144
Rio de Janeiro 39 20
Total 235.471 239.574
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
Tabela 17. Produção brasileira de tangerina por estado em 2005.
Estados Volume (Ton) Valor (R$ Mil)
São Paulo 546.325 173.444
Rio Grande do Sul 170.776 87.112
Minas Gerais 119.790 46.160
Paraná 264.708 44.973
Rio de Janeiro 41.687 14.107
Espírito Santo 15.350 5.071
Goiás 11.294 4.340
Paraíba 11.966 3.595
Sergipe 10.981 3.285
Santa Catarina 7.300 3.104
Pernambuco 8.100 2.724
Bahia 10.351 2.149
Acre 2.083 981
Ceará 2.211 858
Distrito Federal 2.446 856
Mato Grosso do Sul 1.639 467
Mato Grosso 602 419
Tocantins 666 333
Rondônia 762 211
Maranhão 297 152
Pará 1.707 112
Amazonas 1.126 100
Piauí 192 85
Rio Grande do Norte 240 72
Total 1.232.599 394.710
Fonte: Brasilian Fruit, 2005.
POLIEMBRIONIA
A poliembrionia é o fenômeno de ocorrência de formação de vários embriões de uma
única semente. Dos embriões formados, um é resultante da fertilização do óvulo e os demais
embriões formados é resultado da nucela. Como a nucela é originada do tecido materno os
embriões formados assexuadamente são idênticos a planta mãe, sendo, portanto importante
para a propagação geneticamente idêntica.
Segundo Silva (2008) a Eugenia pyriformis Cambess. (uvaia), é uma espécie arbórea
tropical do Brasil, que pode ser utilizada em programas de reflorestamento e em áreas urbanas e
seus frutos apresentam potencialidade de uso industrial. Contudo, apesar da elevada
porcentagem de germinação, a produção de sementes dessa espécie é insuficiente para
produção de mudas em escala comercial.
De acordo com trabalhos citados por Silva (2008) a família Myrtaceae contempla
algumas espécies com sementes poliembriônicas, inclusive dentro do gênero Eugenia. Contudo,
não há evidências da presença de poliembrionia em uvaia. A presença de poliembrionia em
diversas espécies da família Myrtaceae e, ainda, de embrião aparentemente indiviso em
Eugenia sugerem a possibilidade de se aumentar o número de plântulas obtidas de cada
semente.
A citricultura brasileira representa importante papel econômico na produção de produtos
agrícolas. Não só por seu expressivo valor de produção, como por sua importância na geração
de empregos diretos e indiretos. Em nível mundial, o Brasil destaca-se como maior produtor de
citros e maior produtor e exportador de suco concentrado congelado de laranja.
Os citrus apresentam grande capacidade de mutação e consequentemente alta
capacidade variabilidade genética. As mutações genéticas tem um papel muito importante no
processo evolutivo das plantas de propagação vegetativa. Práticas como a enxertia e a estaquia,
comumente utilizadas em árvores frutíferas, facilitam a conservação e acumulação de mutações.
Além desses métodos de reprodução assexual, a embrionia nucelar comum em citrus, devido ao
desenvolvimento de embriões apogâmicos, possibilita a preservação de muitas mutações
espontâneas.
VARIEDADE REVIGORADA
A obtenção de novas variedades de frutíferas é um processo complicado devido ao alto
grau de heterozigose que as plantas frutíferas apresentam, tornando muitas vezes o processo
de cruzamento inviável devido a dificuldade de obter novas variedades, em muitas espécies de
frutíferas o cruzamento entre plantas para obter novas variedades é impossível.
Uma forma de conseguir propagar uma planta sem perder as características da planta
selecionada é através da poliembrionia. Neste caso a planta é multiplicada via semente, sendo
nada mais do que uma multiplicação vegetativa. Para uma planta ser multiplicada por esse
método é necessário a polinização, para estimular que os embriões nucelares se desenvolvam,
e neste caso o embrião gamético é reduzido e em muitos casos pode até morrer. Quando o
embrião gamético não é morto naturalmente se faz necessário o trabalho de eliminá-lo
manualmente, para isso ele é identificado por ser menos desenvolvido.
Pesquisas revelam que a história de clones nucelares de citros no Brasil está intimamente
ligada à atuação do pesquisador Sylvio Moreira do Instituto Agronômico de Campinas. Clones
nucelares foram desenvolvidos na Estação Experimental de Limeira a partir de 1938.
Muitos desses clones foram obtidos inicialmente como resultados de trabalhos sobre
poliembrionia de citros e em tentativas de cruzamento de variedades
para fins de melhoramento. Os trabalhos com clones nucelares permaneceram estacionários por
alguns anos até que três acontecimentos levaram Moreira a reativar seu interesse nessa área de
pesquisa.
Esses foram: (a) em 1952 Moreira efetuou viagem de estudos aos Estados Unidos e
estagiou na “Citrus Experiment Station” de Riverside na Califórnia, Estados Unidos, onde esteve
em contato durante vários meses com alguns investigadores pioneiros em trabalho com clones
nucelares em citros; (b) ao reassumir seus trabalhos, após retorno dessa viagem, inteirou-se
através de avaliações feitas em viveiros de enxertia da estação experimental de Limeira, da
presença de sintomas de sorose em grande número de lançamentos das borbulhas enxertadas
de matrizes da coleção de variedades da estação; (c) no início da década de cinqüenta,
surgiram sérios problemas relacionados com a presença do então considerado como vírus da
exocorte em material de propagação de muitas variedades comerciais de citros e o uso bastante
generalizado do cavalo de limão “Cravo”.
Baptistella (2005) afirma que a nova era dos clones nucelares constituiu o maior estímulo
à citricultura paulista e também a de outros estados que se utilizaram dos conhecimentos
gerados pela pesquisa do Instituto Agronômico em Campinas, Estado de São Paulo. O aumento
médio de produção proporcionado pela adoção dos clones nucelares foi de três a cinco vezes o
dos clones velhos, até então utilizados. A partir daí, as plantas brasileiras ficariam praticamente
"vacinadas contra a tristeza" e livres das viroses de enxertia.
RECIPIENTES UTILIZADOS PARA A PRODUÇÃO
DE MUDAS DE FRUTÍFERAS
Os recipientes utilizados na fruticultura normalmente apresentam 2 funções:
Função Biológica: os recipientes neste caso têm a função de propiciar suporte de nutrição
das mudas, proteger as raízes de danos mecânicos e da desidratação. Devem ter o formato
favorável para o desenvolvimento das mudas e maximizar a taxa de sobrevivência e o
crescimento inicial após o plantio.
Função Operacional: facilitar o manuseio no viveiro e no plantio.
TIPOS DE RECIPIENTES
1. Sacos plásticos: são ainda utilizados, porém seu uso vem diminuindo, devido a
grande quantidade de substrato ou solo necessário para o seu enchimento, peso final da muda
pronta, área ocupada no viveiro, diminuindo a produção por m2, maior necessidade de mão-de-
obra em relação à outros tipos de recipientes e, dificuldades de transporte, além de gerar grande
quantidade de resíduos no plantio devido ao seu descarte. Tem como vantagem o baixo custo, a
possibilidade de utilização de sistemas de irrigação simples, e a possibilidade de obter mudas de
maior tamanho.
2. Tubos: os tubos possuem parede externa, precisam ser preenchidos com substrato e
podem ser plantados com as mudas. A rigidez da parede permite fácil manuseio e transporte
das mudas e a impermeabilidade da parede pode restringir a dessecação do substrato,
dependendo do material com que é confeccionado. Como exemplo, podem ser citados os
recipientes de papel, papelão, lâminas de madeira, etc. A exceção fica por conta do saco
plástico, que não pode ser plantado com as mudas.
SUBSTRATO
Os substratos cada vez mais estão sendo utilizados em substituição ao solo e minerais
como meio de cultivo, como conseqüência há um aumento na qualidade e na quantidade de
mudas produzidas. Os substratos são colocados em recipientes como tubetes ou bandejas de
poliestireno (isopor).
Normalmente os substratos são formados por uma mistura de material inerte com um bom
composto orgânico e alguns nutrientes minerais, cujo produto final apresenta alta fertilidade. Os
componentes do substrato são dosados com o objetivo de obter alta capacidade de drenagem e
arejamento para as raízes.
Um substrato adequado para a produção de mudas deve apresentar as seguintes
propriedades físicas:
1. Porosidade: Para oferecer uma grande quantidade de oxigênio e remover rapidamente o
dióxido de carbono, uma vez que o volume limitado do recipiente leva a maior
concentração de raízes.
2. Capacidade de retenção de água: o substrato deve armazenar água em quantidades
suficiente para oferecer condições de crescimento as plantas, apesar do volume restrito.
3. Textura: quando o recipiente é pequeno, o risco de encharcamento aumenta, se o
substrato não permitir boa drenagem. Se for leve demais, uma alta freqüência de irrigação
ou uma operação única com grande volume de água resulta em lavagem dos nutrientes.
TIPOS DE SUBSTRATOS
1. Canteiros em raiz nua: em viveiros de raiz nua, o único substrato é o próprio solo, que
constitui o meio de desenvolvimento das raízes.
2. Canteiros com mudas em recipientes: o substrato mais utilizado é uma mistura de
materiais, devidamente decompostos. Os principais componentes desta mistura são:
turfa, cinza de caldeira, vermiculita, cascas de árvores e de arroz. A adubação mineral
é introduzida à mistura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A reprodução das frutíferas é a multiplicação natural das plantas através do ciclo sexuado.
Neste caso ocorre a segregação genética e os descendentes são representados por indivíduos.
A propagação das frutíferas é a multiplicação das plantas, que ocorre naturalmente ou por
métodos controlados pelo homem, através de estruturas formadas no ciclo assexuado
(propágulos) a propagação estabelece o clone2.
Todavia, através da propagação vegetativa, conseguiremos transferir integralmente para
os descendentes (plantas filhas), os mesmos caracteres genéticos da planta mãe.
2 Clone é o conjunto de seres independentes, geneticamente idênticos originados através de um simples indivíduo através da
propagação.
De modo geral, a maioria das plantas frutíferas, de importância comercial, é propagada
vegetativamente, para assegurar a carga genética da planta mãe ou planta matriz aos seus
descendentes.
Em todos os componentes do sistema da produção de mudas, o substrato é o que
permite menor variação na sua característica básica. Normalmente possuem em sua
composição materiais como: casca de pinos, vermiculita expandida, fertilizante mineral, casca de
arroz carbonizada, serrapilheira, húmus de minhoca, casca de árvores, etc.
O susbtrato ideal deve constituir-se de algumas características importantes, tais como,
baixa densidade, boa aeração, elevada capacidade de retenção de água, boa drenagem, baixo
custo, entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BAPTISTELLA, Celma da Silva Lago. Evolução dos viveiros de citros no Brasil. Informações Econômicas, São Paulo, v. 35, n.
4, p.75-80, abr. 2005. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/OUT/publicacoes/pdf/seto1-0405.pdf>. Acesso em: 12 abr.
2008.
ESALQ (Piracicaba). Aula de horticultura: propagação de plantas. Disponível em:
<http://www.esalq.usp.br/departamentos/lpv/download/Multiplicao%20de%20plantas.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2008.
OLIVEIRA, Carlos Josafá de. Produção de Mudas: frutíferas e flores tropicais. Disponível em:
<http://www.ceplac.gov.br/radar/semfaz/producaodemudas.htm>. Acesso em: 06 abr. 2008.
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<http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp ?conteudo=12353>. Acesso em: 11 abr. 2008.
TODA FRUTA. Propagação: Mudas de frutíferas. Fev. 2003. Disponível em: <http://www.todafruta.com.br/>. Acesso em: 06 abr.
2008.
UFSC (Santa Catarina). Horticultura: Propagação assexuada. Disponível em:
<http://www.cca.ufsc.br/lfdgv/Propaga%E7%E3o%20Horti%2001.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2008.
UFU. Iciag / Núcleo de Estudo em Fruticultura No Cerrado. Propagação de frutíferas: enxertia. Disponível em:
<http://www.fruticultura.iciag.ufu.br /reproducao9.htm>. Acesso em: 06 abr. 2008.