Post on 16-Mar-2022
UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR
TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE AMINOÁCIDOS
Relatório realizado por:
Data de entrega
Ano letivo
Curso
Turma
Grupo
18/11/2016
2016/2017
Ciências Biomédicas
PL3
5
Nomes dos alunos Nº
Isa Soraia Baptista Moutinho
Diogo Rafael Noite Ramos
Gabriela Abreu Penas
Francisco Luís Silva
33137
34159
35875
35332
2
Índice 1. Introdução teórica .................................................................................................... 3
2. Parte experimental ................................................................................................... 4
3. Tratamento de resultados ......................................................................................... 5
3.1 Curvas de titulação de cada um dos aminoácidos ......................................... 5
Alanina ..................................................................................................................... 5
Lisina ........................................................................................................................ 5
Ácido glutâmico ....................................................................................................... 6
4. Determinação dos valores dos diferentes pKa e do pI de cada um dos aminoácidos
.......................................................................................................................................... 7
Alanina ................................................................................................................ 7
Lisina ................................................................................................................. 10
Ácido Glutâmico ............................................................................................... 13
5. Indicar em que gama(s) de pH se pode usar os aminoácidos titulados como tampão.
........................................................................................................................................ 17
6. Equação de desprotonação e as espécies presentes em cada ramo das curvas de
titulação de cada aminoácido .......................................................................................... 18
Alanina .............................................................................................................. 18
Lisina ................................................................................................................. 19
Ácido Glutâmico ............................................................................................... 20
6. Discussão de Resultados ........................................................................................ 21
7. Conclusão ............................................................................................................... 23
8. Anexos ................................................................................................................... 24
3
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
As proteínas são as macromoléculas mais abundante nas células vivas,
apresentam grande variedade de funções biológicas, sendo ainda o meio através do
qual a informação genética é expressa. Apesar de apresentarem inúmeras funções,
todas elas possuem uma característica em comum: são constituídas por
aminoácidos. Os aminácidos são compostos quaternários, a sua estrutura geral
envolve um átomo C (designado por C ) grupo amina (NH2), um grupo carboxílico
(COOH), um átomo H e um grupo R variável. Este grupo R constitui uma cadeia
lateral distinta que irá determinar a identidade do aminoácido influenciando ainda
as propriedades da proteína.
Tal como mencionado anteriormente, os aminoácidos apresentam pelo
menos um grupo acídico e um grupo básico e a isso se devem as propriedades ácido-
básicas por eles evidenciadas. O comportamento ácido-básico dos aminoácidos vai
de encontro à teoria apresentada por Bronsted-Lowry, sendo que esta dita que um
determinado aminoácido se comporta como um ácido quando se encontra numa
forma capaz de ceder protões e como uma base quando se encontra numa forma
capaz de os captar, sendo por isso denominados de espécies anfotéricas. Devido à
sua estrutura, os aminoácidos podem atuar como tampões e tal acontece para
valores de pH igual a pKa ± 1 e pKb ± 1. É de salientar ainda que para um dado
aminoácido existe um valor de pH característico ao qual se atribuiu o nome de ponto
isoelétrico e para o qual a molécula não possui carga total efetiva, sendo que esse
valor se encontra dependente do tipo de aminoácido em estudo e dos respetivos
valores de pK.
Neste trabalho prático, iremos proceder á titulação de alguns aminoácidos e
compreender qual o efeito do pH sobre a sua estrutura, sabendo desde já que esta
se irá alterar devido a processos de desprotonação dos grupos carboxilo, amina e
grupos presentes na cadeia R. Através deste processo conseguiremos ainda traçar a
curva de titulação de cada aminoácido e determinar o ponto de equivalência, valores
de pK, ponto isoelétrico e zonas tampão para cada um dos aminoácidos em estudo.
4
2. PARTE EXPERIMENTAL
Reagentes e aparelhagem:
- Alanina (0,1 M)
- Lisina (0,1 M)
- Ácido glutâmico (0,1 M)
- NaOH (0,2 M)
- Aparelho medidor de pH
Procedimento:
- Mediu-se rigorosamente 20,0 mL de solução de aminoácido (0,1M) e 30 mL de
água para um copo.
- Adicionou-se a barra de agitação.
- Introduziu-se o elétrodo de vidro no copo de modo a não interferir nem com a
agitação nem com a adição de titulante.
- Titularam-se as soluções de aminoácidos com NaOH (0,2M), adicionando-se
pequenos volumes de base. Foram adicionados (0,5 mL) até ser atingido o valor de
pH igual a 11, medindo sempre o valor de pH depois de cada adição.
- Quando a adição de um volume de 0,5 mL de base provocou um aumento igual ou
superior a 0,5 unidades de pH, reduziu-se o volume de base adicionada para 0,2 mL.
5
3. TRATAMENTO DE RESULTADOS
3.1 CURVAS DE TITULAÇÃO DE CADA UM DOS AMINOÁCIDOS
ALANI NA
Gráfico 1 – Curva de titulação referente á Alanina.
L ISIN A
Gráfico 2 - Curva de titulação referente á Lisina.
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
nNaOH (mmol)
pH
Curva de Titulação Alanina
0
2
4
6
8
10
12
14
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
pH
n NaOH (mmol)
Curva de Titulação Lisina
6
ÁCIDO GLUT ÂMI CO
Gráfico 3 – Curva de titulação referente ao Ácido glutâmico.
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
pH
nNaOH (mmol)
Curva de Titulação do Ácido glutâmico
7
4. DETERMINAÇÃO DOS VALORES DOS DIFERENTES PKA E DO PI
DE CADA UM DOS AMINOÁCIDOS
ALANINA
Gráfico 4 – Gráfico referente á 1ª derivada da Alanina.
Através do gráfico da 1ª derivada, mais precisamente através do pico
evidenciado neste gráfico, podemos chegar ao volume no ponto de equivalência:
Veq = 10,0 mL = 10,0 × 10-3 dm3
Através deste volume é possível determinar o número de moles, no ponto de
equivalência:
C NaOH = 0,20 mol dm-3
𝑪 =𝒏
𝑽⟺ n = 0,20 × 10,0 × 10−3 ⟺ n = 0,002 mol
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
nNaOH (mmol)
1ª
der
ivad
a
1ª derivada Alanina
8
O valor de n obtido encontra-se na tabela, correspondendo a um valor de pH de
3,85.
O valor para o pK1 da alanina corresponde ao valor de pH a metade do volume
do ponto de equivalência.
𝑉(𝑝𝐾1) =10,0 × 10−3
2= 5,0 × 10−3 𝑑𝑚3
O valor de V obtido, encontra-se na tabela e corresponde a um pH de 2,46.
Desta forma, pK1 = 2,46.
Quanto ao valor do pK2 para a alanina, este corresponde ao valor da soma do
volume no ponto de equivalência com metade do volume nesse mesmo ponto.
𝑉(𝑝𝐾2) = 10,0 × 10−3 +10,0 × 10−3
2= 0,0150 𝑑𝑚3
O valor de V obtido não se encontra diretamente expresso na tabela referente
aos dados experimentais, encontra-se sim compreendido no intervalo de valores de V =
0,0149 dm3 e V = 0,0151 dm3, na tabela.
Então para calcularmos o valor de pK2, iremos fazer a média dos pH’s destes valores.
pH (V = 0,0149 dm3) = 9,73
pH (V = 0,0151 dm3) = 9,76
𝑝𝐾2 =9,73 + 9,76
2= 9,75
Obtemos assim que pK2 = 9,75.
Agora podemos calcular o valor do PI para a alanina, sendo este dado pela
seguinte equação:
𝑃𝐼 =𝑝𝐾1 + 𝑝𝐾2
2=
2,46 + 9,75
2= 6,11
9
Valores Experimentais Valores Teóricos
pK1 2,46 2,34
pK2 9,75 9,69
Pi 6,11 6,01
Tabela 4 – Comparação entre os valores experimentais e os valores teóricos referentes
á Alanina.
Gráfico 5 – Curva de titulação para a Alanina e respetiva identificação do pK1, pI e
pK2 para este aminoácido.
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
nNaOH (mmol)
pH
Curva de Titulação Alanina
pK1
pK2
pI
10
LISINA
Ao analisarmos a tabela com os valores obtidos experimentalmente e a respetiva
curva de titulação, verificamos que existe uma variação brusca do valor de pH no
intervalo de 1,94 × 10-3 mol e 1,98 × 10-3 mol, o que corresponde a valores de pH de 5,37
e 7,77, respetivamente. É neste intervalo que se encontra o ponto de equivalência da
lisina.
𝑛 (𝑝𝑒) =1,94 × 10−3 + 1,98 × 10−3
2= 1,96 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
𝑝𝐻 (𝑝𝑒) =5,37 + 7,77
2= 6,57
Desta forma podemos concluir que o pH no ponto de equivalência é 6,57.
Iremos agora obter o valor de pK1.
𝑽(𝒑𝑲𝟏) =𝑽(𝒑𝒆)
𝟐⟺ 𝒏(𝒑𝑲𝟏) =
𝒏 (𝒑𝒆)
𝟐
𝑛(𝑝𝐾1) =𝑛 (𝑝𝑒)
2=
1,96 × 10−3
2= 0,98 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
O valor de n obtido encontra-se entre os valores tabelados n = 0,90 × 10-3 mol e
n = 1,0 × 10-3 mol. Assim, o cálculo do pK1 é feito através da média dos pH’s
correspondentes aos valores de n.
pH (n = 0,90 × 10-3 mol) = 2,08
pH (n = 1,0 × 10-3 mol) = 2,15
𝑝𝐾1 =2,08 + 2,15
2= 2,12
Concluímos assim que o valor de pK1 é 2,12.
11
𝑽(𝒑𝑲𝟐) = 𝑽(𝒑𝒆) +𝑽(𝒑𝒆)
𝟐⟺ 𝒏(𝒑𝑲𝟐) = 𝒏(𝒑𝒆) +
𝒏 (𝒑𝒆)
𝟐
𝑛(𝑝𝐾2) = 1,96 × 10−3 +1,96 × 10−3
2= 2,94 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
O valor de n obtido não se encontra na tabela, mas sabemos que se encontra no
intervalo entre n = 2,90 × 10-3 mol e n = 3,0 × 10-3 mol. Assim, o cálculo do pK2 é feito
através da média dos pH’s correspondentes aos valores de n.
pH (n = 2,90 × 10-3 mol) = 9,13
pH (n = 3,0 × 10-3 mol) = 9,18
𝑝𝐾2 =9,13 + 9,18
2= 9,16
Desta forma, concluímos que o valor do pK2 é 9,16.
𝑽(𝒑𝑲𝑹) = 𝟐 × 𝑽(𝒑𝒆) +𝑽(𝒑𝒆)
𝟐⟺ 𝒏(𝒑𝑲𝑹) = 𝟐 × 𝒏(𝒑𝒆) +
𝒏 (𝒑𝒆)
𝟐
𝑛(𝑝𝐾𝑅) = 2 × 1,96 × 10−3 +1,96 × 10−3
2= 4,9 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
O valor de n obtido encontra-se diretamente na tabela, correspondendo a um
pH de 10,73.
Desta forma, concluímos que o valor do pKR é 10,73.
Agora é possível calcular o ponto isoelétrico (pI) através do pK2 e do pKr.
𝑝𝐼 =𝑝𝐾2 + 𝑝𝐾𝑟
2=
9,16 + 10,73
2= 9,95
12
Valores Experimentais Valores Teóricos
pK1 2,12 2,18
pK2 9,16 8,95
PkR 10,73 10,53
Pi 9,95 9,74
Tabela 5 – Comparação entre os valores experimentais e os valores teóricos
referentes á Lisina.
Gráfico 5 – Curva de titulação para a Lisina e respetiva identificação do pK1, pK2,
pKr e pI para este aminoácido.
0
2
4
6
8
10
12
14
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
pH
n NaOH (mmol)
Curva de Titulação Lisina
pK1
pK2 pI
pKR
13
ÁCIDO GLUTÂMICO
Ao analisarmos a tabela com os valores obtidos experimentalmente e a respetiva
curva de titulação, verificamos que a variação brusca do valor de pH ocorre no intervalo
de 3,80 × 10-3 mol e 3,84 × 10-3 mol, o que corresponde a valores de pH de 6,54 e 7,79,
respetivamente. É neste intervalo que se encontra o ponto de equivalência do ácido
glutâmico.
𝑛 (𝑝𝑒) =3,80 × 10−3 + 3,84 × 10−3
2= 3,82 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
𝑝𝐻 (𝑝𝑒) =6,54 + 7,79
2= 7,17
Concluímos assim que o pH no ponto de equivalência é 7,17.
𝑽(𝒑𝑲𝟏) =𝑽(𝒑𝒆)
𝟒⟺ 𝒏(𝒑𝑲𝟏) =
𝒏 (𝒑𝒆)
𝟒
𝑛(𝑝𝐾1) =𝑛 (𝑝𝑒)
4=
3,82 × 10−3
4= 0,96 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
O valor de n obtido encontra-se entre os valores tabelados de n = 0,90 × 10-3 mol
e n = 1,0 × 10-3 mol. Assim, o cálculo do pK1 é feito através da média dos pH’s
correspondentes aos valores de n.
pH (n = 0,90 × 10-3 mol) = 2,48
pH (n = 1,0 × 10-3 mol) = 2,53
14
𝑝𝐾1 =2,48 + 2,53
2= 2,51
Concluímos que o pK1 é 2,51.
𝑽(𝒑𝑲𝑹) =𝟑
𝟒× 𝑽(𝒑𝒆) ⟺ 𝒏(𝒑𝑲𝑹) =
𝟑
𝟒× 𝒏(𝒑𝒆)
𝑛(𝑝𝐾𝑅) =3
4× 3,82 × 10−3 = 2,87 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
O valor de n obtido não se encontra na tabela, mas encontra-se entre os valores
de n = 2,80 × 10-3 mol e n = 2,90 × 10-3 mol. Assim, o cálculo do pKr é feito através da
média dos pH’s correspondentes aos valores de n.
pH (n = 2,80 × 10-3 mol) = 4,20
pH (n = 2,90 × 10-3 mol) = 4,31
𝑝𝐾𝑅 =4,20 + 4,31
2= 4,26
O valor de pKr é 4,26.
𝑽(𝒑𝑲𝟐) = 𝑽(𝒑𝒆) +𝑽(𝒑𝒆)
𝟒⟺ 𝒏(𝒑𝑲𝑹) = 𝒏(𝒑𝒆) =
𝒏 (𝒑𝒆)
𝟒
𝑛(𝑝𝐾2) = 3,82 × 10−3 +3,82 × 10−3
4= 4,78 × 10−3 𝑚𝑜𝑙
15
O valor de n obtido encontra-se entre os valores de n = 4,70 × 10-3 mol e n = 4,80
× 10-3 mol. Assim, o cálculo do pK1 é feito através da média dos pH’s correspondentes
aos valores de n.
pH (n = 4,70 × 10-3 mol) = 9,57
pH (n = 4,80 × 10-3 mol) = 9,65
𝑝𝐾2 =9,57 + 9,65
2= 9,61
O valor de pK2 é 9,61.
Agora é possível calcular o ponto isoelétrico (pI) através do pK1 e do pKr.
𝑝𝐼 =𝑝𝐾1 + 𝑝𝐾𝑟
2=
2,51 + 4,26
2= 3,39
Valores Experimentais Valores Teóricos
pK1 2,51 2,19
pK2 9,61 9,67
pKR 4,26 4,25
pI 3,39 3,22
Tabela 6 – Comparação entre os valores experimentais e os valores teóricos referentes
ao Ácido Glutâmico.
16
Gráfico 6 – Curva de titulação para o Ácido Glutâmico e respetiva identificação do
pK1, pK2, pKr e pI para este aminoácido.
Por vezes, há necessidade de considerar o gráfico apenas após a adição de
um pequeno volume de titulante (NaOH). Explique a razão.
A necessidade de considerar o gráfico apenas após a adição de um pequeno
volume de titulante (NaOH) deve-se ao facto do ambiente inicial se encontrar com
algum excesso de acidez. Isto acontece porque o ácido clorídrico é utilizado para
protonar por completo a solução, no entanto, devido a algum excesso por parte
deste, é necessário algum volume de base para neutralizar uma pequena parte de
H+ em excesso. Só após isso se dará início ao processo de desprotonação.
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
pH
nNaOH (mmol)
Curva de Titulação do Ácido glutâmico
pK1 pI
PkR
pK2
17
5. INDICAR EM QUE GAMA(S) DE PH SE PODE USAR OS
AMINOÁCIDOS TITULADOS COMO TAMPÃO .
Para respondermos a esta questão iremos basear-nos nos valores teóricos
uma vez que os valores experimentais estão sujeitos a inúmeros erros que podem
ocorrer durante o processo da titulação.
Alanina
Zona tampão considerada Gama de valores
pK1 2,34 ± 1
pK2 9,69 ± 1
A Alanina irá apresentar duas zonas tampão pois apresenta dois pk’s
distintos.
Lisina
Zona considerada Gama de valores
pK1 2,18 ± 1
pK2 8,95 ± 1
PkR 10,53 ± 1
A Lisina irá apresentar três zonas tampão pois apresenta três pk’s distintos.
Ácido Glutâmico
Zona considerada Gama de valores
pK1 2,19 ± 1
pKR 9,67 ± 1
pK2 4,25 ± 1
O Ácido Glutâmico irá apresentar três zonas tampão pois apresenta três pk’s
distintos.
18
6. EQUAÇÃO DE DESPROTONAÇÃO E AS ESPÉCIES PRESENTES EM
CADA RAMO DAS CURVAS DE TITULAÇÃO DE CADA AMINOÁCIDO
ALANINA
+1 0 -1
pH ou Intervalo pH Valores experimentais Espécies Presentes
pHinicial 2,00 A
]pHinicial, pK1[ ]2,00;2,46[ A>B
pK1 2,46 A=B
]pK1, pI[ ]2,46;6,11[ B>A
pHeq = pI 6,11 B
]pHeq, pK2[ ]6,11;9,75[ B>C
pK2 9,75 B=C
]pK2, pHfinal[ 10,94 C>B
Forma
zwitteriónica e
anfotérica
NH3+ C
CH3
COOH
HpK
1NH
3+ C
COO-
CH3
H
pK2
NH2 C
COO-
H
CH3
Forma totalmente
protonada
Forma totalmente
desprotonada
A B C
19
LISINA
A B C D
+2 +1 0 -1
pH ou Intervalo de pH Valores experimentais Espécies Presentes
pHinicial 1,72 A
]pHinicial, pK1[ ]1,72;2,12[ A>B
pK1 2,12 A=B
]pK1, pHeq[ ]2,12;6,57[ B>A
pHeq 6,57 B
]pHeq, pK2[ ]6,57;9,16[ B>C
pK2 9,16 B=C
]pK2, pI[ ]9,16;9,95[ C>B
pI 9,95 C
]pI, pKR[ ]9,95;10,73[ C>D
pKR 10,73 C=D
]pKR, pHfinal[ ]10,73;11,65[ D>C
pHfinal 11,65 D
Forma totalmente
protonada
Forma
zwitteriónica e
anfotérica
Forma anfotérica
Forma totalmente
desprotonada
20
ÁCIDO GLUTÂMICO
A B C D
+1 0 -1 -2
pH ou Intervalo de pH Valores experimentais Espécies Presentes
pHinicial 2,07 A
]pHinicial, pK1[ ]2,07;2,51[ A>B
pK1 2,51 A=B
]pK1, pI[ ]2,51;3,39[ B>A
pI 3,39 B
] pI, pKR[ ]3,39;4,26[ B>C
pKR 4,26 B=C
]pKR, pHeq[ ]4,26;7,17[ C>B
pHeq 7,17 C
]pHeq, pK2[ ]7,17;9,61[ C>D
pK2 9,61 C=D
]pK2, pHfinal[ ]9,61;10,84[ D>C
pHfinal 10,84 D
Forma totalmente
protonada
Forma
zwitteriónica e
anfotérica
Forma anfotérica
Forma totalmente
desprotonada
21
6. DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Para determinar as quantidades de hidróxido de sódio que deveriam ser
adicionadas em cada titulação para se dar a desprotonação completa de cada
aminoácido fazemos os seguintes cálculos:
[NaOH] = 0,20 M
Titulação de 20 mL de alanina a 0,1 M
n = C x V (=) n (Ala) = 0,1 x 20 x 10-3 = 2,0 x 10-3 mol
Para desprotonar o H+ do grupo α-carboxílico serão necessários 2,0 x 10-3
mol de NaOH.
Para desprotonar o H+ do grupo α-amina serão necessários mais 2,0 x 10-3
mol de NaOH.
Assim, n (NaOH) = 2 x 2,0 x 10-3 mol = 4 x 10-3 mol, que corresponde a
V (NaOH) = 𝑛 (𝑁𝑎𝑂𝐻)
𝐶 (𝑁𝑎𝑂𝐻) =
4 x 10 −3
0,20 = 0,02 L = 20 mL.
Titulação de 20 mL de lisina a 0,1 M
n (Lis) = 0,1 x 20 x 10-3 = 2,0 x 10-3 mol
Como a lisina tem três desprotonações serão necessários 3 x 2,0 x 10-3 mol
de NaOH para desprotonar totalmente este aminoácido.
n (NaOH) = 6,0 x 10-3 mol (=) V (NaOH) = 6,0 x 10-3
0,20 = 0,03 L = 30 mL
Titulação de 20 mL de ácido glutâmico a 0,1 M
n (Glu) = 0,1 x 20 x 10-3 = 2,0 x 10-3 mol
Uma vez que o ácido glutâmico é um aminoácido triprótico, também serão
necessários 3 x 2,0 x 10-3 mol de NaOH para o desprotonar totalmente.
n (NaOH) = 6,0 x 10-3 mol (=) V (NaOH) = 6,0 x 10-3
0,20 = 0,03 L = 30 mL
22
Após efetuarmos os cálculos, chegámos á conclusão que o volume de NaOH
adicionado á alanina (20,10 mL) e á lisina (31,5 mL) foram ambos superiores ao
esperado. Podemos justificar esta situação pela existência de um excesso de ácido
clorídrico nestas titulações. Este ácido terá sido utilizado de modo a protonar por
completo os aminoácidos, no entanto, devido a um pequeno excesso deste, será
necessário usar algum volume de base de modo a neutralizar uma pequena parte de
H+ que se encontra em excesso e só após dessa adição terá início o processo de
desprotonação. Por outro lado, enquanto que na titulação da alanina e da lisina foi
necessário um gasto de NaOH superior ao esperado, no ácido glutâmico verifica-se
a situação contrária. Em relação a este, apenas houve um gasto de 29,0 mL de NaOH
quando na verdade era esperado um gasto de 30,0 mL desta base. Podemos justificar
esta diferença de valores pelo facto de ao longo do trabalho termos recorrido a
material que ainda não estava completamente seco, isso diluiu a nossa solução
tornando-a menos ácida e fazendo assim com que fosse necessário adicionar menor
quantidade de base.
23
7. CONCLUSÃO
Esta atividade experimental permitiu uma melhor compreensão acerca das
distintas características dos aminoácidos.
Durante a realização de qualquer atividade laboratorial ocorrem sempre
diversos erros, quer por deficiências do material ou até mesmo por enganos na
medição ou manutenção dos aparelhos, o que conduz á pouca exatidão dos
resultados obtidos e por conseguinte, ao afastamento destes em relação aos
resultados teóricos.
Fazendo uma comparação entre os valores práticos e os valores teóricos
podemos concluir que o aminoácido para o qual se obteve melhores resultados foi a
alanina.
24
8. ANEXOS
Tabela 1 – Valores obtidos experimentalmente para a Alanina.
VNaOH
(mL)
pH nNaOH (mmol)
0,00 2,00 0,00
0,50 2,02 0,10
1,00 2,05 0,20
1,50 2,11 0,30
2,00 2,15 0,40
2,50 2,19 0,50
3,00 2,25 0,60
3,50 2,29 0,70
4,00 2,34 0,80
4,50 2,40 0,90
5,00 2,46 1,00
5,50 2,52 1,10
6,00 2,59 1,20
6,50 2,66 1,30
7,00 2,74 1,40
7,50 2,82 1,50
8,00 2,92 1,60
8,50 3,04 1,70
9,00 3,17 1,80
9,50 3,37 1,90
10,00 3,85 2,00
10,50 8,40 2,10
10,70 8,59 2,14
10,90 8,76 2,18
11,10 8,81 2,22
11,30 8,89 2,26
11,50 8,93 2,30
11,70 8,99 2,34
11,90 9,07 2,38
25
12,10 9,10 2,42
12,30 9,15 2,46
12,50 9,21 2,50
12,70 9,29 2,54
12,90 9,32 2,58
13,10 9,37 2,62
13,30 9,41 2,66
13,50 9,44 2,70
13,70 9,50 2,74
13,90 9,53 2,78
14,10 9,57 2,82
14,30 9,61 2,86
14,50 9,64 2,90
14,70 9,69 2,94
14,90 9,73 2,98
15,10 9,76 3,02
15,30 9,81 3,06
15,50 9,87 3,10
15,70 9,91 3,14
15,90 9,95 3,18
16,10 9,99 3,22
16,30 10,03 3,26
16,50 10,07 3,30
16,70 10,11 3,34
16,90 10,16 3,38
17,10 10,22 3,42
17,30 10,25 3,46
17,50 10,30 3,50
17,70 10,33 3,54
17,90 10,36 3,58
18,10 10,40 3,62
18,30 10,47 3,66
18,50 10,51 3,70
18,70 10,56 3,74
18,90 10,66 3,78
26
Tabela 2 – Valores obtidos experimentalmente para a Lisina.
VNaOH
(mL)
nNaOH
(mmol)
Ph
0,0 0,00 1,72
0,5 0,10 1,83
1,0 0,20 1,84
1,5 0,30 1,85
2,0 0,40 1,89
2,5 0,50 1,93
3,0 0,60 1,95
3,5 0,70 1,98
4,0 0,80 2,03
4,5 0,90 2,08
5,0 1,00 2,15
5,5 1,10 2,21
6,0 1,20 2,27
6,5 1,30 2,44
7,0 1,40 2,53
7,5 1,50 2,66
8,0 1,60 2,77
8,5 1,70 2,97
9,0 1,80 3,27
9,5 1,90 4,42
9,7 1,94 5,37
9,9 1,98 7,7
10,1 2,02 7,89
19,10 10,68 3,82
19,30 10,73 3,86
19,50 10,76 3,90
19,70 10,81 3,94
19,90 10,87 3,98
20,10 10,94 4,02
27
10,3 2,06 8,1
10,5 2,10 8,23
11,0 2,20 8,36
11,5 2,30 8,52
12,0 2,40 8,63
12,5 2,50 8,77
13,0 2,60 8,84
13,5 2,70 8,95
14,0 2,80 9,03
14,5 2,90 9,13
15,0 3,00 9,18
15,5 3,10 9,27
16,0 3,20 9,35
16,5 3,30 9,42
17,0 3,40 9,5
17,5 3,50 9,58
18,0 3,60 9,67
18,5 3,70 9,75
19,0 3,80 9,84
19,5 3,90 9,96
20,0 4,00 10,01
20,5 4,10 10,11
21,0 4,20 10,17
21,5 4,30 10,27
22,0 4,40 10,34
22,5 4,50 10,42
23,0 4,60 10,5
23,5 4,70 10,56
24,0 4,80 10,64
24,5 4,90 10,73
25,0 5,00 10,79
25,5 5,10 10,84
26,0 5,20 10,91
26,5 5,30 10,96
27,0 5,40 11,04
28
27,5 5,50 11,11
28,0 5,60 11,18
28,5 5,70 11,26
29,0 5,80 11,33
29,5 5,90 11,39
30,0 6,00 11,47
30,5 6,10 11,54
31,0 6,20 11,59
31,5 6,30 11,65
Tabela 3 – Valores obtidos experimentalmente para o Ácido Glutâmico.
VNaOH (ml) pH nNaOH (mmol)
0,00 2,07 0,00
0,50 2,09 0,10
1,00 2,12 0,20
1,50 2,16 0,30
2,00 2,20 0,40
2,50 2,25 0,50
3,00 2,31 0,60
3,50 2,35 0,70
4,00 2,42 0,80
4,50 2,48 0,90
5,00 2,53 1,00
5,50 2,60 1,10
6,00 2,66 1,20
6,50 2,74 1,30
7,00 2,81 1,40
7,50 2,91 1,50
8,00 3,00 1,60
8,50 3,11 1,70
9,00 3,22 1,80
9,50 3,34 1,90
29
10,00 3,45 2,00
10,50 3,57 2,10
11,00 3,67 2,20
11,50 3,78 2,30
12,00 3,86 2,40
12,50 3,96 2,50
13,00 4,04 2,60
13,50 4,12 2,70
14,00 4,20 2,80
14,50 4,31 2,90
15,00 4,38 3,00
15,50 4,47 3,10
16,00 4,57 3,20
16,50 4,67 3,30
17,00 4,80 3,40
17,50 4,96 3,50
18,00 5,14 3,60
18,60 5,65 3,72
18,80 5,94 3,76
19,00 6,54 3,80
19,20 7,79 3,84
19,40 8,21 3,88
19,60 8,45 3,92
19,80 8,58 3,96
20,00 8,69 4,00
20,50 8,90 4,10
21,00 9,05 4,20
21,50 9,17 4,30
22,00 9,29 4,40
22,50 9,39 4,50
23,00 9,48 4,60
23,50 9,57 4,70
24,00 9,65 4,80
24,50 9,74 4,90
25,00 9,83 5,00