TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 3 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Dionísio Dias...

Post on 22-Apr-2015

103 views 0 download

Transcript of TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 3 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Dionísio Dias...

TEORIA MACROECONÔMICA IIECO1217

Aula 3 Professores: Márcio Gomes Pinto GarciaDionísio Dias Carneiro08/03/2004

Na aula anterior, vimos os fatores que explicariam a determinação do nível de emprego no mercado de trabalho

Dois elementos de custo de informação estão presentes na determinação do equilíbrio no mercado de trabalho: custo de procurar emprego e custo de substituir o empregado

Além disso, o salário real, que é a variável essencial para o equilíbrio só é conhecido depois dos preços efetivamente praticados, que podem diferir dos preços esperados quando da contratação dos empregados.

REVENDO A DETERMINAÇÃO DE PREÇOS, A PARTIR DOS SALÁRIOS NOMINAIS

A relação de determinação de preços:

P = (1 + µ ) (6.5)W

IMPLICA UM SALÁRIO REAL EFETIVO,

W = __1__ (6.6)P (1 + µ)

Decisões de determinação de preços levam assim ao salário real que efetivamente vai viger na economia, para cada nível de emprego decidido pelo conjunto de firmas:

A PS

WS

W/P

u

Dois tipos de fatores provocam a mudança de salários e preços de equilíbrio no modelo

Fatores que deslocam o salário eficiênciaFatores que deslocam a variável z: mudanças de regras que alterem o custo de busca por emprego – seguros, maior informação

Fatores que deslocam o poder de monopólio das empresas, dado o nível de demanda: legislação de proteção ao consumidor, concorrência, controles de preços

RESULTADO MACROECONÔMICO: SALÁRIO REAL DE EQUILÍBRIO, EMPREGO E DESEMPREGO

Equilíbrio no mercado de trabalho requer que o salário real implicado pela determinação de salários (WS) seja igual ao implicado pela determinação dos preços (PS).

F(un,z) = ___ 1___

(1 + µ)

A taxa un que resolve esta equação é a taxa de desemprego de equilíbrio denominada taxa natural de desemprego.

A PS

u

W/P

WS

Considere dois exemplos de como a relação de determinação de salários (WS) e a relação de determinação de preços (PS) dependem tanto de z quanto de µ.

Aumento do salário-desemprego (aumento em z, ou seja, nas variáveis que aumentam o poder de barganha ou baixam o custo do desemprego para o trabalhador)

Aumenta o salário para um mesmo nível de preços e desemprego.

A PS

WS

W/P

u

WS`

A`

Endurecimento da legislação anti-truste:

O poder de mercado diminui reduzindo a taxa de mark-up.

A PS

WS

W/P

u

A` PS`

DO DESEMPREGO PARA O PRODUTO Associada à taxa de natural de desemprego está a taxa natural de

emprego:u U = L – N = 1 – N L L L

Ainda,

N = L(1 – u) Nn = L(1 – un)

E o nível natural de produto é:Yn = Nn = L(1 – un)

Notem que tais taxas devem satisfazer a relação:

F( 1 – Yn , z) = ___ 1___ (6.8)

L (1 + µ)

Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo

Comparação imediata: oferta de trabalho, ok (a curva de fixação de salários parece com uma oferta de trabalho; à medida que aumenta o nível de emprego, o salário real pago aos trabalhadores também aumenta);

Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)

Já a comparação com a demanda por trabalho é estranha. A curva é horizontal, não respondendo ao aumento do salário real com a diminuição do emprego. A razão é a hipótese simplificadora de retornos constantes na produção. Com rendimentos decrescentes, a curva de fixação de preços seria decrescente. Á medida que o emprego cresce, o custo marginal de produzir também cresce, forçando as firmas a aumentarem seus preços dado o salário nominal. Em outras palavras, o salário real implicado pela fixação de preços seria decrescente com o aumento do emprego.

Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)

A demanda por trabalho padrão provê o nível de emprego escolhido pelas firmas para um dado salário real. A derivação desta relação é feita supondo-se que as firmas operam sob mercados competitivos de bens e trabalho, tomando o salário e o nível de preços (e, conseqüentemente, o salário real) como dados.

Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)

Já a curva de fixação de preços pressupõe que as firmas têm algum poder de mercado (concorrência monopolista ao invés de concorrência perfeita). Fatores como o grau de competição no mercado de bens afeta a relação de fixação de preços através de sua influência sobre o markup. Tais fatores inexistem na derivação da demanda de trabalho padrão.

DADOS RECENTES PARA A ECONOMIA BRASILEIRA

Importância da sazonalidade, dificuldade de detectar nos

dados de curto prazo

Taxa Média de Desemprego Aberto em Janeiro

0.00%

2.00%

4.00%

6.00%

8.00%

10.00%

12.00%

14.00%

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002* 2003* 2004* 2005

Seqüência1

Taxa de Desemprego (%)

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

8.5

1997Q

1

1997Q

2

1997Q

3

1997Q

4

1998Q

1

1998Q

2

1998Q

3

1998Q

4

1999Q

1

1999Q

2

1999Q

3

1999Q

4

2000Q

1

2000Q

2

2000Q

3

2000Q

4

2001Q

1

2001Q

2

2001Q

3

2001Q

4

2002Q

1

2002Q

2

2002Q

3

2002Q

4

No Trimestre Média em 4 trimestres

Nova série de desemprego (mensal e média trimestral)

8

9

10

11

12

13

14

Mar

-02

Apr

-02

May

-02

Jun-

02

Jul-0

2

Aug

-02

Sep

-02

Oct

-02

Nov

-02

Dec

-02

Jan-

03

Feb

-03

Mar

-03

Apr

-03

May

-03

Jun-

03

Jul-0

3

Aug

-03

Sep

-03

Oct

-03

Nov

-03

Dec

-03

Jan-

04

Feb

-04

Mar

-04

Apr

-04

May

-04

Jun-

04

Jul-0

4

Aug

-04

Sep

-04

Oct

-04

Nov

-04

Dec

-04

Jan-

05

Mensal Média Trimestral

Taxa de desemprego Aberto com Ajuste Sazonal

4.0

5.0

6.0

7.0

8.0

Jan/

01

Ma

i/01

Se

t/01

Jan/

02

Ma

i/02

Se

t/02

Dessazonalizada Original

Tempo Médio De Procura por Emprego (semanas)

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

Jan

-01

Fe

b-0

1

Ma

r-0

1

Ap

r-0

1

Ma

y-0

1

Jun

-01

Jul-

01

Au

g-0

1

Se

p-0

1

Oct

-01

No

v-0

1

De

c-0

1

Jan

-02

Fe

b-0

2

Ma

r-0

2

Ap

r-0

2

Ma

y-0

2

Jun

-02

Jul-

02

Au

g-0

2

Se

p-0

2

Oct

-02

No

v-0

2

De

c-0

2

Tempo médio de permanência no trabalho principal das pessoas de 10 anos ou mais de idade,

ocupadas na semana de referência (Semanas)

310

312

314

316

318

320

322

324

326

328

330

Ma

r-0

2

Ap

r-0

2

Ma

y-0

2

Jun

-02

Jul-

02

Au

g-0

2

Se

p-0

2

Oct

-02

No

v-0

2

De

c-0

2

Jan

-03

Fe

b-0

3

Ma

r-0

3

Ap

r-0

3

Ma

y-0

3

Jun

-03

Jul-

03

Au

g-0

3

Se

p-0

3

Oct

-03

No

v-0

3

De

c-0

3

Jan

-04

Fe

b-0

4

Ma

r-0

4

Ap

r-0

4

Ma

y-0

4

Jun

-04

Jul-

04

Au

g-0

4

Se

p-0

4

Oct

-04

No

v-0

4

De

c-0

4

Rendimento Médio Real

500

700

900

1100

1300

1500

Fe

b-0

2

Ma

r-0

2

Ap

r-0

2

Ma

y-0

2

Jun

-02

Jul-

02

Au

g-0

2

Se

p-0

2

Oct

-02

No

v-0

2

De

c-0

2

Jan

-03

Fe

b-0

3

Ma

r-0

3

Ap

r-0

3

Ma

y-0

3

Jun

-03

Jul-

03

Au

g-0

3

Se

p-0

3

Oct

-03

No

v-0

3

De

c-0

3

Jan

-04

Fe

b-0

4

Ma

r-0

4

Ap

r-0

4

Ma

y-0

4

Jun

-04

Jul-

04

Au

g-0

4

Se

p-0

4

Oct

-04

No

v-0

4

ocupados conta própria privado privado com carteira privado sem carteira setor público

0.53

0.54

0.55

0.56

0.57

0.58

0.59

Oct

-01

Nov

-01

Dec

-01

Jan-

02

Feb

-02

Mar

-02

Apr

-02

May

-02

Jun-

02

Jul-0

2

Aug

-02

Sep

-02

Oct

-02

Nov

-02

Dec

-02

Jan-

03

Feb

-03

Mar

-03

Apr

-03

May

-03

Jun-

03

Jul-0

3

Aug

-03

Sep

-03

Oct

-03

Nov

-03

Dec

-03

Jan-

04

Feb

-04

Mar

-04

Apr

-04

May

-04

Jun-

04

Jul-0

4

Aug

-04

Sep

-04

Oct

-04

Nov

-04

Dec

-04

Taxa de Participação