Post on 06-Aug-2015
1. INTRODUÇÃO
No Brasil a cana-de-açúcar foi trazida em 1532, por Martin Afonso
de Souza, e já no século XVII, a plantação denominava a economia
(JUNQUEIRA, 2006).
O primeiro engenho foi construído em São Vicente para produzir
açúcar e também começou a produzir pinga e seu nome era São Jorge
(JUNQUEIRA, 2006).
Em 1600, as lavouras e industrias da cana do novo mundo já havia
se tornado o investimento mais lucrativo do globo e o Brasil tornou-s o maior
produtor mundial.
Em 1613, o novo engenho de três cilindros foi importante no Brasil o
que consolidou a posição de liderança e a cultura foi introduzida na Louisiana
em 1751, no Hawai em 1892, e na Austrália em 1823, e a descoberta de mais
um derivado a produção de papel (GURGEL, s.d.).
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
O comendador José Giorgi nasceu em 13 de dezembro de 1866, na
cidade de Luca, província localizada na Itália.
No Brasil dedicou-se inicialmente a construção de ferrovias.
Em 1890 construiu o trecho da estrada de ferro sorocabana de
Botucatu e Avaré e depois 400 Km entre Salto Grande ao Porto Epitácio onde
chegou em 1922 o final da construção.
Foi o fundador das empresas de eletricidade Sul Paulista, Vale do
Paranapanema e da José Giorgi eletricidade e o ramal fazenda Santa Lina.
Em 1916 o empresário José Giorgi com a lei n° 1998 de 18 de
dezembro de 1824, foi criado o Distrito de Paz cuja instalação se realizou em
09 de março de 1925. O Distrito pertencia ao município de Conceição de Monte
Alegre, na comarca de Assis.
A fazenda Santa Lina foi a maior e mais importante da alta
sorocabana, foi fundada em 1916, esta fazenda chamava Fortuna e pertencia
ao Francisco de Paulo Morais, proprietário de toda bacia fluvial do rio do peixe.
José Giorgi adquiriu em 1915, de IdaLina de Barros Oliveira, outras
áreas de 1646,25 alqueres e em 22 de julho de 1916, adquiriu do Capitão José
1
de Barros uma área de 1647 alqueires com mais aquisições chegou a 4089,15
alqueires.
Em 1916 toda essa área era habita por silvícolas e a terra encoberta
por florestas nativas onde tinha madeira como a peroba, pau Brasil, jatobazeiro
e etc.
Em 1916 derrubou 50 alqueires no espigão do rio Sapé e foi
montado uma grande cerâmica para fabricar o material necessário para
construção da ferrovia e do engenho. Principalmente a caldeira e a metade da
construção do engenho era de tijolos, a outra metade de madeira,
principalmente peroba, os tanques de garapa era de concreto e os tonéis de
carvalho.
Construiu duas represas, uma fornecia água através de burrinhos,
que ela para estação de Sapezal e a outra represa fornecia água para destilar
a pinga.
Foi plantado cana-de-açúcar, as espécies roxa, rajada e amarelinha
(LANDEL, s.d.).
No espigão sentido serra preta onde hoje fica a torre de alta tensão
que sai um circuito de três fases para a fazenda.
Os responsáveis pela produção da pinga e da rapadura eram os
senhores José Manuel de Paula, o José dos Santos (José Baiano) e a
manutenção ficava com José Manuel e o almoxarifado e a expedição com José
Vaz.
O engenho foi desativado em 1951, onde restou os seus túneis,
caldeira, barracões de tijolos e uma parte de tabuas e vigotas de peroba ate
1981.
Na sede foi construído uma termoelétrica em 1928 para produzir
energia para residências nas cidades de Quatá, Sapezal e João Ramalho,
onde ate hoje existe uma sub estação de energia em 13,9 KVA, e nas cidades
o 220v, na sede foi construído uma escola por nome de Reunidas com algumas
salas e residências de professores e diretores que mais tarde a escola recebeu
nome de Grupo Escolar da Elide Giorgi e no engenho instalou uma escola
municipal em 1962 com o nome de escolas municipal da Colônia da Estação.
O solo fértil, vegetação viçosa, geologicamente pertencendo ao
período secundário que se destaca em três sistemas: triásico, jurássico e
2
cretáceo, o divisor do rio do peixe ao Paranapanema do lado norte pertence ao
cretáceo ao passo que o lado sul sentido São Matheus pertence ao jurássico.
Os geólogos definem também este sistema como formação de
Bauru, o terreno de cretáceo (Bauru- areneto) roda Marília (IPT, 1981) e
essencial arenosos cor clara e certos lugares apresenta avermelhado conforme
o maior ou menor teor em oxido de ferro.
As industrias na fazenda santa Lina, como usina elétrica, açúcar e
álcool, fabrica de sacos de algodão (têxtil), cascanáfico, serralheria, olaria e
fabrica de óleo.
Na década de 50, o estado de São Paulo, passou a ocupar a
liderança na produção de açúcar e a empresa não quis ficar na retaguarda,
montou uma usina para fabricação de açúcar e álcool.
O prédio construído de concreto armado ocupava uma área de 500
m², os maquinários fabricados em Piracicaba, moenda, prensas, evaporadores,
turbinas e filtros. A caldeira foi fabricada em Limeira no inicio do ano 1952 e os
aparelhos de destilado e produção de açúcar são da marca Francesa FIVE-
LILLE.
A usina era alimentada com força propria por meio de um turbo
gerador com potencial de 500Hp.
A descarga de cana era feito por ponte rolante de 10000Kg e o
abastecimento de cana feito por caminhões e carretas puxadas por tratores. A
balança possuía uma capacidade de 15000 Kg.
A produção dessa ciclonica estrutura era de 800 a 1000 sacos
diários de açúcar e de álcool de 6000 l a 8000l diários.
O reservatório de álcool era dois tanques com capacidade de
350000 l e a plantação de cana em torno de 700 alqueires.
Entre 1952 a 1960, chegou as variedades CO419 (COIMBATORE
na India (BENETIS, 2004) e a CB4276(CAMPOS BRASIL) onde a empresa foi
buscar um especialista em cana na usina Maracaí para acompanhar o plantio,
tratos culturais, maturação, queima, corte e amarração em feixes de 18 a 22
canas (LANDEL, s.d.)
No final da década de 70 a usina construiu uma terceira represa no
envio para bombear água através da gravidade para abastecer a indústria,
montaram uma nova estrutura de concreto com jogos de moendas e uma
3
fabrica de proteínas com dois depósitos de tijolinhos para estocar melaço
invertido. Com isso o seu produto não foi aceito devido falta de conhecimento e
a crise do Proálcool que levou varias usinas e destilarias a fechar.
3. CONCLUSÃO
Hoje a nova empresa que adquiriu a usina serve de referencia
nacional e internacional com sua produção de açúcar, álcool, levedura para
cerveja, alimentos humanos e animais concorrendo com duas empresas
Européias e uma Americana.
O mais novo projeto da empresa em andamento é a biomassa na
produção de energia elétrica onde o excedente vende para a concessionário
vale do Paranapanema onde os antigos donos da empresa José Giorgi são
acionistas.
4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
GURGEL, F. L. Cana de açúcar, 2014. Disponível em: www.ufsm.br. Acesso em: 03/11/2014.
TAIAR, N. Historia do oeste de São Paulo. Disponível em: Enciclopédia dos municípios Brasileiros Ltda. www.emubra.com. Acesso em: 27/10/2014
SAKOMOTO L. O engenho resiste. Disponível em: www.reporterbrasil.co.br. Acesso em: 23/09/2014.
4