Post on 28-Jul-2015
3.1 Coleta de dados
Para obter opiniões de profissionais da área em questão foram distribuídos 2
questionários, um em português para profissionais que atuam no mercado de trabalho
brasileiro e outro em inglês para profissionais que atuam em outros países. Os
formulários contêm 3 perguntas do tipo qualitativas e 16 perguntas do tipo
quantitativas. O formulário em português foi distribuído em vários grupos online
disponíveis em redes sociais como Linkedin, Yahoo Grupos e Facebook. O formulário
em inglês foi distribuído para 3 grupos do Linkedin e o mesmo contém uma questão a
mais, justamente para saber em qual país o entrevistado se encontra.
Após a distribuição, houve um retorno de 55 formulários preenchidos por
profissionais de secretariado executivo no Brasil e 41 formulários preenchidos por
profissionais que atuam em outros países.
Após a coleta dos dados, as questões quantitativas foram contabilizadas e
transformadas através de regra de 3 em porcentagem, gerando gráficos que
proporcionam uma melhor visualização do resultado para cada questão.
Além da pesquisa com profissionais de secretariado executivo, também fora
enviado uma pergunta a alguns executivos e gestores, a maioria do setor jurídico,
para que se pudesse obter a opinião deles em relação ao papel deste profissional
como assessor. As perguntas, na íntegra, constarão ao final dos gráficos
apresentados na primeira parte da pesquisa exploratória.
3.2 Questionário de pesquisa científica a profissionais no Brasil
Abaixo está o formulário produzido e distribuído aos profissionais de
secretariado executivo atuantes no mercado brasileiro. Este formulário poderá ser
acessado através do link <http://goo.gl/forms/lsft1HyYUI>.
Figura 1- Formulário de pesquisa científica a profissionais no Brasil.
3.3 Questionário de pesquisa científica a profissionais no exterior
Abaixo está o formulário produzido e distribuído aos profissionais atuantes no
mercado internacional. O formulário poderá ser acessado através do link
<http://goo.gl/forms/p3zUWgyIOS>.
Figura 2- Formulário de pesquisa científica direcionado a profissionais no exterior.
4. Análise e interpretação dos dados
4.1 Pesquisa exploratória voltada aos profissionais de
secretariado executivo
Seguem abaixo os dados coletados representados em gráficos para melhor
visualização. Esta análise e interpretação de dados fará a comparação dos resultados
obtidos através dos profissionais atuantes no mercado de trabalho brasileiro e dos
profissionais atuantes no mercado de trabalho internacional. Nota-se que o resultado
de maior porcentagem estará visível na cor azul.
O primeiro gráfico é o de país de origem e tem como objetivo mostrar os países
onde os 41 profissionais de secretariado executivo do mercado internacional atuam
no momento. Nota-se que 37% dos entrevistados são dos Estados Unidos e 10% do
Reino Unido. Ressalta-se que 5% são de origem brasileira, porém, considera-se que
atuem em ambiente internacional uma vez que responderam através do formulário
distribuído a grupos internacionais do Linkedin.
Tabela 1- País de Origem: Gráfico Mundo.
37%
10%
5%5%5%
5%
5%
5%
2%
2%
2%
2%2%
2% 2%2% 2% 2%
País de origemEUA
Reino Unido
Brasil
França
India
Indonésia
Nigéria
Portugal
Bélgica
Canada
Egito
Hungria
Itália
Quênia
Maldivas
Paquistão
Porto Rico
África do Sul
O segundo gráfico é de grau de escolaridade. Verifica-se que 38% dos
profissionais no Brasil tem ensino superior completo ou pós-graduação completa e
apenas 2% tem ensino médio completo. No mercado internacional, 54% dos
profissionais tem curso de bacharelado, o qual corresponde ao ensino superior
completo no Brasil. Veja que existe uma diferença nas nomenclaturas de um gráfico
para o outro pois em países como Estados Unidos, por exemplo, a faculdade é dividida
entre tecnológica (Associates degree) e se trata dos 2 anos iniciais para ingresso na
Universidade, a qual se abrange os anos seguintes para adquirir o diploma de
bacharelado. Dentre as opções abaixo, também constava a opção “outras” no
formulário, caso houvesse alguma opção não informada, porém não houve nenhuma
outra graduação diferente das já informadas no formulário.
Tabela 2- Grau de Escolaridade.
O terceiro gráfico refere-se ao tempo de experiência na área de secretariado.
Em relação aos entrevistados no Brasil, 31% tem de 6 a 10 anos e 22% tem de 2 a 5
anos de experiência no mercado. No mercado internacional, 29% dos entrevistados
tem mais de 20 anos de experiência na área de secretariado executivo e 24% tem
entre 16 e 19 anos de experiência.
38%
38%
13%
9%
2%
Brasil Ensino superiorcompleto
Pós-graduaçãocompleta
Pós-graduação emandamento
Ensino superior emandamento
Ensino médiocompleto
54%
17%
15%
7%7%
Mundo Bacharelado
Ensino médiocompleto
Mestrado
Graduaçãotecnológica
Qualificaçãoprofissional
Tabela 3- Tempo de Experiência.
O quarto gráfico refere-se à nomenclatura dos profissionais de secretariado
executivo no início da carreira. Foi possível verificar que existem muitas
nomenclaturas para a área de secretariado executivo. Ao todo foram citadas 14
nomenclaturas diferentes pelos entrevistados no Brasil e 13 citadas pelos
entrevistados no âmbito internacional. Visto que algumas eram muito próximas, foi
feita uma junção chegando aos resultados abaixo. Dos entrevistados no mercado
brasileiro, 29% eram secretárias júnior e 24% eram estagiárias. Ressalta-se, que as
nomenclaturas estão no feminino pois 1 (2%) dos entrevistados deixou claro ser do
sexo masculino. Em relação aos profissionais em outros países, 34% eram
secretárias/assistentes júnior e 15% eram assistentes de secretária.
Tabela 4- Nomenclatura dos profissionais de secretariado executivo no início da carreira.
31%
22%22%
14%
9%
2%
Brasil6 e 10 anos
2 a 5 anos
Mais de 20anos
11 e 15 anos
16 e 20 anos
Até 1 ano
29%
24%17%
15%
10%5%
MundoMais de 20anos
16 e 19 anos
6 e 10 anos
2 a 5 anos
11 e 15 anos
Até 1 ano
29%
24%14%
11%
9%
5%
2%
2%2%
2%
Brasil Secretária/Assistentejúnior
Estágiária
Assistenteadministrativa
Secretária/Assistenteexecutiva
Secretária
Assistente desecretária
Secretária executivabilingue
Secretária jurídica
Secretário executivo
Recepcionista
34%
15%12%10%
10%
5%
5%
3%
2%2% 2%
MundoSecretária/Assistente júniorAssistente desecretáriaAssistenteadministrativaSecretária
Temporária/Trainee
Recepcionista
Assistente devendasBalconista
Secretária/Assistente executivaGerente de projetos
Secretária deprojetos
O quinto gráfico refere-se as nomenclaturas dos profissionais de secretariado
executivo atualmente. Novamente as nomenclaturas são muitas. Foram citadas 21
nomenclaturas citadas pelos entrevistados brasileiros e 32 pelos entrevistados em
outros países. Foi feita uma junção daquelas que tinham nomes muito próximos. No
Brasil, 49% são secretárias ou assistentes executivas e no mercado internacional 29%
são denominadas secretárias ou assistente executivas. Ressalta-se que 2% dos
entrevistados em âmbito internacional optou por dizer ser mãe/pai e 2% denominou-
se secretária paroquial. Nota-se que apenas 2% dos entrevistados no Brasil
denominam-se como secretárias bilíngue júnior, o que demonstra a mudança ocorrida
ao longo da carreira.
Tabela 5- Nomenclatura atual.
O sexto gráfico refere-se ao Chefe de maior peso no início da carreira. No
Brasil, 40% atendiam diretores e 35% gerentes e no mercado internacional 37%
atendiam diretores e 33% atendiam gerentes.
49%
16%
11%
11%
1%
2%
2%
2% 2%2%
2%
Brasil
Secretária/Assistente executiva
Secretária/Assistente bilingue
Secretária/Assistente
Vazias
Analista administrativo
Coordenadora administrativa
Gerente administrativa financeira
Secretária bilingue junior
Secretária pleno
Secretária trilingue pleno
Secretário de departamento de ensino
29%
12%
10%10%
10%
7%
5%
3%
3%
3% 2%
2% 2%
2%
MundoSecretária/Assistenteexecutiva
Assistente executiva doCEO
Assistenteadministrativa
Gerente administrativo
Secretária/assistenteexecutiva senior
Vazias
Assistente da diretoria
Contrato por tempodeterminado
COO
Autônomo
Pai/Mãe
Secretária paroquial
Assistente de projetos
Gerente de sistemas
Tabela 6- Chefe de maior peso no início da carreira.
O sétimo gráfico refere-se ao Chefe de maior peso atualmente. No Brasil, 46%
atendem o CEO, o Presidente ou Chairman e 29% atendem Diretores. No mercado
internacional, 32% atendem diretores e 29% atendem o CEO ou Presidente. Nota-se
que no início da carreira apenas 14% dos entrevistados do mercado brasileiro
atendiam CEOs e 12% dos entrevistados do mercado internacional atendiam CEOs
ou Presidentes.
Tabela 7- Chefe de maior peso atualmente.
O oitavo gráfico tem o objetivo de mostrar quantos idiomas estes profissionais
falam. O resultado Brasil aponta que 45% dos entrevistados falam 1 idioma e 36%
falam 2 idiomas. No gráfico Mundo, verifica-se que 34% dos entrevistados falam 3
40%
35%
14%
5%
2%2%
2%
Brasil Diretor
Gerente
CEO
Coordenador
Assistente
Chefe
Sócio
37%
33%
12%
5%5%
2% 3% 3%
Mundo Diretor
Gerentes
CEO/Presidente
Coordenador
Vice-presidente
Editor de jornal
Diretor deescola
Associadosenior
46%
29%
7%
5%
5%
2%2% 2%
2%
Brasil CEO/Presidente/Chairman
Diretor
Gerente
Coordenador
Sócio
Chefe
Conselheiro editorial
ProfessorUniversitário
Pró-reitor
32%
29%
12%
5%
5%
5%3%
3% 2%
2%
2%
MundoDiretor
CEO/Presidente
Gerente
COO
Coordenador
Vice-presidente
CFO
Gerenteadministrativo
Colega
Diretor de escola
Assistente senior
idiomas e 32 % falam 1 idioma. Apenas 4% e 5%, conforme gráficos Brasil e Mundo
respectivamente, falam 4 ou mais idiomas.
Tabela 8- Quantidade de idiomas.
O nono gráfico tem o objetivo de mostrar quais idiomas os profissionais
entrevistados falam. Ressalta-se que no gráfico com dados do Brasil é possível
visualizar as línguas faladas além do português. Verifica-se que no Brasil 36% dos
entrevistados falam pelo menos inglês como segunda língua e 25% falam inglês e
espanhol. Nota-se que 2% falam a língua hebraica, sendo um diferencial. Em relação
aos profissionais em outros países, 41% falam ao menos inglês e 13% não são
bilíngues. Nota-se que os resultados são bem diferenciados, identificando idiomas que
não foram mencionados pelos entrevistados do mercado brasileiro como, russo, híndi,
holandês, língua de sinais americana, árabe, polonês, além de dialetos nativos.
45%
36%
15%
4%
Brasil
1 idioma
2 idiomas
3 idiomas
4 ou maisidiomas
34%
32%
29%
5%
Mundo
3 idiomas
1 idioma
2 idiomas
4 ou maisidiomas
Tabela 9- Idiomas falados.
No décimo gráfico é possível verificar com quais departamentos os
entrevistados mantém comunicação. Nota-se que o objetivo do gráfico é demonstrar
os dados de maior relevância para a pesquisa. No gráfico Brasil verifica-se que 47%
dos profissionais mantém contato ao menos com a administração e 24% mantém
contato com ao menos 3 departamentos das organizações. No gráfico Mundo pode-
se verificar que 71% dos entrevistados mantém ao menos contato com a
administração e 61% com pelo menos 3 departamentos. 2% dos entrevistados não
entenderam a pergunta e 2% informaram que “depende do problema”.
36%
25%
16%
9%
4%
2%
2% 2%2%
2%
Brasil Inglês
Espanhol + Inglês
Não bilingue
Espanhol
Francês + Inglês
Hebraico
Alemão + Inglês
Italiano + Inglês
Japonês + Inglês
Inglês, espanhol,francês e italiano
41%
13%9%
9%
6%
5%
3%
2%
2%
2%
2%
1%
1%1%
1%
1%
MundoInglês
Não bilingue
Dialeto nativo + inglês
Francês + inglês
Espanhol
Alemão + inglês
Português + inglês
Hindi + inglês
Russian + inglês
Holandês + inglês
Japanese + inglês
Língua de sinaisamericanaApenas espanhol
Árabe + inglês
Italiano + inglês
Polonês + inglês
Tabela 10- Departamentos com os quais mantém comunicação.
No décimo primeiro gráfico é possível verificar a quantidade de profissionais de
secretariado executivo nas organizações em que os entrevistados atuam. No gráfico
Brasil, nota-se que, 35% dizem ter de 2 a 6 profissionais de secretariado executivo
nas organizações em que atuam e no gráfico Mundo 32% dizem ter a mesma
quantidade de profissionais. No gráfico Brasil 27% dos entrevistados dizem ter apenas
1 profissional desta área nas organizações em que atuam e no gráfico Mundo 20%
também dizem ter apenas 1 profissional de secretariado executivo.
Tabela 11- Quantidade de profissionais de secretariado na empresa em que atuam.
O décimo segundo gráfico tem o objetivo de apresentar a quantidade de
profissionais que os entrevistados já atenderam ao longo de sua carreira na área de
secretariado executivo. 35% dos entrevistados do mercado brasileiro informam que
71%
61%
39%
7%
2%2%
Mundo Pelo menos com aadministação
Pelo menos com 3departamentos
Pelo menos com 4departamentos
Todos citados napesquisa
Depende doproblema
Não entendeu apergunta
47%
24%
17%
12%
Brasil
Pelo menos com aadministação
Pelo menos com 3departamentos
Todos citados napesquisa
Pelo menos com 4departamentos
35%
27%
13%
13%
7%
5%
Brasil
2 à 6
Apenas 1
Acima de 30
7 à 11
12 à 20
20 à 30
32%
20%17%
17%
7%7%
Mundo
2 à 6
Apenas 1
Acima de 30
7 à 11
12 à 20
20 à 30
atenderam de 2 à 6 e 27% atenderam de 6 à 10. No mercado internacional 34%
informam que atenderam de 2 à 5 enquanto 29% atenderam de 6 à 10. Nota-se uma
errata nos formulários Brasil x Mundo onde existe uma divergência nos valores
aplicados. Por exemplo no formulário Brasil havia a opção de 2 à 6 e no formulário
mundo a opção era de 2 à 5, alterando um pouco suas proporções na contagem.
Tabela 12- Quantidade de profissionais que já atendeu ao longo da carreira
Duas questões qualitativas estavam disponíveis nos formulários distribuídos.
Elas tinham o objetivo de identificar as principais atividades que os entrevistados
exerciam no início da carreira e as principais atividades que exercem atualmente a fim
de analisar se houve alguma mudança. Foram dadas 6 opções em ambos os
formulários: atender ao telefone, agendar reuniões, reservar passagens, tirar cópias,
enviar fax e documentos em PDF e a opção outras. Notou-se que não há uma grande
mudança nos dados sendo que a maioria dos entrevistados fazem todas atividades
mencionadas na pesquisa e sempre mais algumas também relacionadas à rotina dos
executivos e gestores e à administração atuando como gestores do tempo e
otimizando as atividades dentro das organizações. Não foi possível notar nenhuma
atividade em específico que os profissionais exerciam ou exerçam de forma a ficar
destacado nos gráficos.
A partir desta fase da pesquisa começa a ficar mais evidente as respostas para
os questionamentos e objetivos citados no início do trabalho.
O décimo terceiro gráfico mostra o quão essencial os profissionais de
secretariado executivo se consideram para as organizações. No gráfico Brasil, 38%
se consideram extremamente essenciais e 36% muito essenciais enquanto apenas
6% se consideram pouco essenciais. No gráfico Mundo, 42% se consideram
34%
29%
12%
12%
8%
5%
Mundo
2 à 5
6 à 10
11 à 15
Mais de 20
16 à 20
Apenas 1
35%
27%
13%
13%
7%
5%
Brasil
2 à 6
Apenas 1
Acima de 30
7 à 11
12 à 20
20 à 30
extremamente essenciais e 41% muito essenciais enquanto 2% se consideram pouco
essenciais.
Tabela 13- O quão essencial os profissionais de secretariado executivo se consideram para as organizações.
O décimo quarto gráfico busca mostrar se os entrevistados acreditam ser
possível que seus chefes trabalhem sem o apoio de um profissional de secretariado
executivo. 91% dos entrevistados no mercado brasileiro dizem que não é possível
enquanto 80% dos entrevistados no mercado internacional também dizem não ser
possível.
Muitos profissionais justificaram que os chefes não poderiam exercer suas
funções sem a assistência de um profissional de secretariado executivo pois as
atividades que exercem ficariam comprometidas visto que existe uma grande
demanda de atividades rotineiras, que dizem respeito à administração de agenda,
viagens, pagamentos, etc. Um dos entrevistados do mercado brasileiro diz, “Faço a
assessoria poupando o tempo do executivo para que ele exerça atividades
estratégicas. ” Um profissional da África do Sul diz, “Eu torno o tempo dele livre para
que possa se concentrar em atividades de alto nível, com decisões e projetos de alto
grau, enquanto eu tomo conta dos problemas do dia a dia.” E outro profissional dos
Estados Unidos diz, “O meu chefe não escreve cartas, não marca reuniões, não
mantém controle das horas que trabalhou, não compra suprimentos e não atende o
telefone. Ele atende a reuniões, mantém contatos e toma decisões. Ele precisa de
alguém quem faça todo o resto para manter a sua programação de trabalho. ”
Por outro lado, 9% dos entrevistados no Brasil e 20% dos entrevistados no
mercado internacional acreditam ser possível que o chefe trabalhe sem o apoio de um
38%
36%
20%
6%
Brasil
Extremamenteessencial
Muito essencial
Essencial
Pouco essencial
42%
41%
15%
2%
Mundo
Extremamenteessencial
Muito essencial
Essencial
Pouco essencial
profissional de secretariado. Justificam que isso pode ocorrer pois são independentes,
autossuficientes, ou por uma mudança nos tipos de executivos e gestores atuais. Um
dos entrevistados de Portugal diz, “Possivelmente, mas com baixa qualidade. A razão
de ter um assistente é a de retirar a maior parte das atividades administrativas, então
ele o executivo pode focar nos problemas estratégicos que dizem respeito à empresa.
” Um dos entrevistados no mercado brasileiro diz, “As empresas estão tendenciando
a deixar os executivos mais independentes, e acredito que o que justifica nossa
presença ainda é o custo da hora para tarefas mais simples, ” e outro também diz,
“Sim, acredito que qualquer pessoa tenha essa possibilidade. A questão é que o
executivo levaria muito mais tempo para descobrir os caminhos (não possui know-
how). E esse tempo seria "desperdiçado", pois a função dele é de se dedicar à
estratégia da área, e não com o suporte, cuja função é nossa. ”
Tabela 14- Acredita ser possível que o chefe exerça suas funções sem um profissional de secretariado. Justifique.
O décimo terceiro gráfico mostra a porcentagem de profissionais de
secretariado executivo que necessitam de substituto durante suas férias. Nota-se que
os resultados são bastante divergentes entre os entrevistados do mercado brasileiro
e do mercado internacional. No Brasil, 31% dizem ser muito necessário enquanto que
no mercado internacional 36% dizem o contrário, pouco necessário.
91%
9%
Brasil
Não
Sim
80%
20%
Mundo
Não
Sim
Tabela 15- Necessita de substituto durante as férias.
O último gráfico mostra a porcentagem de entrevistados que acreditam ou não
no fim do profissional de secretariado executivo. Nota-se que 90% dos profissionais
no mercado brasileiro não acreditam no fim da profissão e 80% dos entrevistados em
outros países também não acreditam. Apenas 10% dos profissionais no mercado
brasileiro e 20% dos entrevistados no mercado internacional, ou seja, 29 entrevistados
de um total de 96, acreditam na sua extinção.
Os motivos dos entrevistados que acreditam na extinção da profissão estão em
sua maioria relacionados à tecnologia. Muitos dizem que a tecnologia facilitou o
trabalho dos executivos e gestores, tornando tudo mais rápido e prático. “Eu creio sim,
pois esta profissão está morrendo. Por mais que leiamos que a empresa precisa e
que as assistentes façam e desfaçam, com a globalização e aparelhagens “smart”
(Iphone, tablets, etc.) e a gama de facilidades de se organizar pela internet, creio que
estamos fadadas ao extermínio, ” diz um dos entrevistados no Brasil. Um outro
entrevistado da Índia diz, “Tudo está disponível online ao estalar dos dedos. O
gerenciamento se faz bem sem assistência”. A questão do custo também foi citada.
Um dos entrevistados no Brasil diz, “Os executivos extremamente dependentes estão
em extinção, pelo alto custo em que oneram as empresas, pois a profissão de
secretária como conhecemos ficará obsoleta. Acredito que as profissionais mais
antenadas assumirão outras funções como gerenciamento do escritório, sem deixar
de lado os afazeres de uma secretária também. ”
Os entrevistados que não acreditam no fim da profissão justificam que os
executivos e gestores necessitam de secretários para fazer a gestão do tempo para
eles, otimizando tarefas rotineiras e burocráticas que demandam muito tempo ou até
mesmo filtrando aquilo que realmente é importante do que não é.
31%
29%
27%
13%
BrasilMuito necessário
Extremamentenecessário
Necessário
Pouco necessário
36%
27%
22%
15%
MundoPouco necessário
Muito necessário
Necessário
Extremamentenecessário
Abaixo seguem algumas das respostas da pesquisa qualitativa dadas por estes
profissionais. Um dos entrevistados do mercado brasileiro diz, “O profissional de
secretariado soube se adaptar às mudanças do tempo e do cargo, soube acompanhar
e desenvolver atividades para oferecer cada vez mais um suporte à altura que o
executivo necessita. A secretária que exerce de fato o cargo em sua plenitude, é o
braço direito do executivo”. Um dos entrevistados dos Estados Unidos disse,
“Comunicação excelente é essencial. Intuição, extinto são também importantes. Um
robô não pode fornecer o melhor julgamento”. Entre os entrevistados brasileiros, um
citou a questão do status dizendo, “A rotina da secretária é complexa por se tratar de
afazeres que ninguém quer fazer: resolver problemas, lidar com burocracias e atender
a caprichos, entre muitas outras coisas. E para muitos executivos e gestores, ter uma
secretária, mesmo que eles não gostem necessariamente do trabalho delas, entona
status. É confortável ter alguém que pense por você, que brigue por você, que leia,
escreva e negocie por você”. Um outro entrevistado do Paquistão ressalta, “Não,
certamente não. Porque secretárias são muito convenientes nas rotinas diárias das
empresas. São o lubrificante para o funcionamento do escritório. E se você é uma
secretária empresarial, então a sua função é extremamente importante. ”
Tabela 16- Acredita ou não no fim do profissional de secretariado. Justifique.
4.2 Pesquisa exploratória voltada a executivos e gestores
Á fim de obter também a opinião de profissionais que trabalham diretamente
com o suporte de assistentes e secretários (as) executivos (as), foram encaminhadas
90%
10%
Brasil
Não
Sim
80%
20%
Mundo
Não
Sim
as seguintes perguntas a alguns executivos e gestores: Você, em seu cargo de
executivo ou gestor, consideraria a possibilidade de trabalhar sem o apoio de um (a)
secretário (a) ou assistente executivo (a)? Seria viável? Justifique?
Foram obtidas as respostas abaixo sendo que nenhuma delas fora alterada e,
portanto, consta nesta pesquisa em sua versão original.
FAGUNDES, Fabiana. Advogada e Sócia no Escritório Barbosa, Müssnich &
Aragão Advogados. Publicação on-line [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
ff@bmalaw.com.br em 13 mai 2015:
Não seria viável, dado que o tempo consumido com as atividades-fim do cargo ocupado dependem fundamentalmente do apoio de um assistente que possa organizar as tarefas das atividades-meio. Se tivesse de executar sozinha ambas as atividades, fatalmente uma boa parte do tempo hoje empregado na definição de assuntos estratégicos, para os quais o executivo é contratado, seria dedicado a atividades de suporte, o que traz uma ineficiência e alto custo para a organização.
MESQUITA, Fernanda Mattar. Advogada e Sócia no Escritório Lembi Mesquita
Advogados. Publicação on-line [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
fernanda.mesquita@lembimesquita.com.br em 13 mai 2015:
Recentemente montei um escritório de advocacia em conjunto com outra sócia e trabalhamos durante seis meses sem o apoio de secretárias ou assistente. Entendo que seja viável sim, e principalmente em casos em que a demanda de trabalho ainda é irregular, como o início de uma operação, pode representar uma economia de custos importante. A desvantagem é fazer com que o gestor acabe tendo que dividir o seu tempo com atividades que não deveriam ser o seu foco. Agora estamos com uma secretária, e bem felizes. Estamos conseguindo focar mais nas nossas atividades, com a tranquilidade que a parte administrativa está sendo bem cuidada.
MAZARÁ, Lúcia Helena. Advogada e Sócia no Escritório PKM Advogados &
Consultores. Publicação on-line [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
lucia.mazara@pkm.adv.br em 14 mai 2015:
Não consideraria essa possibilidade. Hoje em dia como as informações chegam com uma velocidade muito rápida, a exigência de retorno e respostas aos clientes também é imensa, o tempo do profissional, no caso o meu, fica muito restrito a resolver questões ligadas diretamente ao cliente, no entanto, outros assuntos acessórios e tão importantes e relevantes como o trabalho que desenvolvo precisam de apoio e precisam ser executados, com a mesma agilidade, controle e principalmente organização. Assim é fundamental dividir essas atividades e ter o apoio de uma secretária ou assistente executivo, sem isso fica inviável prestar um bom atendimento ao cliente. Tenho para mim, que hoje a secretária ou assistente executivo, exercem atividades que vão além de simplesmente agendamentos e telefonemas, como era antigamente, hoje uma secretária ou assistente executivo, tem que se antecipar aos assuntos, tem que saber bem de informática e por vezes de outras áreas
como financeira e administrativa para poder de fato auxiliar o gestor no dia a dia.
SOARES, Daniela. Advogada e Sócia Escritório Barbosa, Müssnich & Aragão
Advogados. Publicação on-line [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
dhs@bmalaw.com.br em 18 mai 2015:
Não consideraria. Acho imprescindível ter uma assistente executiva para dar conta do dia a dia corrido. Ela faz uma interface importante com as pessoas internas, os processos, etc. Cuida de coisas da vida pessoal também, que possibilita que sobre tempo para o trabalho.