Post on 07-Apr-2016
Sonia Isoyama Venancio – Instituto de Saúde/SES-SP
Avaliação da Implantação da LCGP
OFICINA PARA DISCUSSÃO DA LINHA DE CUIDADO
DA GESTANTE E PUÉRPERA - SP
PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DA
SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO - BID
O contexto
Ausência de uma proposta da SES-SP para o monitoramento e avaliação da implantação da LCGP.
Frente à necessidade de avaliação: envolvimento dos Articuladores da Atenção Básica (AAB).
Diferentes visões dos AAB sobre a avaliação da implantação da LCGP “A avaliação acontece em
processo contínuo através de visitas nos municípios”
“A avaliação dos resultados é feita pelo SISPACTO e comitês de mortalidade materna e infantil”
Na LC da Gestante/Puérpera/RN, a avaliação tem acontecido nas oficinas bimestrais que acontecem na RS...
“Não houve avaliação, as grandes demandas fizeram esse processo se perder”.
“Avaliação fragilizada pela deficiência de tecnologia da Informação, RH, equipamentos e sinal de internet, comprometendo o Monitoramento nos Município e Regional”.
Os dados apresentados a seguir foram obtidos por meio da análise de questionários respondidos por 40 Articuladores da Atenção Básica (AAB) sobre a implantação da LCGP.
Conhece as LC da SES-SP?
SIM100%
Gestante Puérpera HAS/DM
SIM97%
NÃO3%
Teve acesso ao Material das LC?
SIM100%
Gestante Puérpera HAS/DM
SIM97%
NÃO3%
Resultados
Participou de curso/capacitação das LC?
SIM66%
NÃO34%
A implantação das LC tem sido prioridade na atuação do AAB?
SIM60%
NÃO40%
SIM69%
NÃO31%
SIM94%
NÃO06%
Gestante Puérpera HAS/DM Gestante
Puérpera HAS/DM
Resultados
Os atuais gestores municipais conhecem as LC?
SIM63%
NÃO34%
PARCIAL3%
Os materiais das LC estão disponíveis para os Municípios?
SIM80%
NÃO20%
SIM100%
Gestante Puérpera HAS/DM
Resultados
Quando do lançamento das LC, houve algum movimento de implantação nos municípios
de sua atuação?
NÃO6%
SIM94%
Resultados
As LC constam dos Planos Municipais?
NÃO11%
SIM89%
O Manual Técnico da LC é utilizado por médicos, enfermeiros das UBS?
SIM23%
NÃO0%
PARCIAL77%
SIM17%
NÃO26%
PARCIAL57%
Gestante Puérpera HAS/DM
Resultados
Os dados apresentados a seguir foram obtidos por meio da análise de questionários respondidos por 908 profissionais da Atenção Básica e inseridos pelos AAB em um sistema informatizado.
Profissão e tempo de atuação
13%
29%57%
< 1 ano1-5 anos> 5 anos57%
43% MédicosEn-fer-meiros
Número de profissionais por DRS
GSPAraçatuba
Araraquara
Baixada Santista
MariliaBarretos
BauruCampinas
Piracicaba
P. Prudente
Registro
R. Preto
S.J.Boa Vista
S.J.R. Preto
Sorocaba
Taubaté-30
20
70
120
170
220
82 96
28 1854
26
6844 45
85
10 2542
201
48 36
DRS
DRS
Tipo de UBS
71%
152
4311
AB exclusivaAB com es-pecialidadeAB com PA/OSUnidade mista
Conhece LCGP?
65%
35%
SimNão
Recebeu material da LCGP?
56%
44% SimNão
Participou de curso sobre a LCGP?
25%
75%
SimNão
Como avalia a LCGP?
61%
37%
1% 1%
Muito útilÚtilPouco útilNão é útil
A VISÃO DOS AAB SOBRE A IMPLANTAÇÃO DA LCGP
Dificuldades para a implantação
Relacionadas aos gestores
Mudança dos gestores municipais de saúde
Pouco envolvimento de gestores Priorização de outras demandas (Rede
Cegonha; Rede de Urgência-Emergência)
Relacionadas à Rede Baixa cobertura de Atenção Básica em alguns
municípios Estrutura das unidades de saúde ainda precárias Ausência de prontuário eletrônico Falta referência para alguns exames Falta regulação adequada para encaminhamentos
Municipais à UE Obstétrica Falta referência para parto de alto risco Hospitais de pequeno porte realizando partos Sistemas de informação inoperantes
(HIPERDIA/SISPRENATAL) Processo de monitoramento descontinuado
Relacionadas ao financiamento Ausência de custeio estadual para
realização de exames Falta de investimentos e recursos por
parte do Estado e MS
Relacionadas a recursos humanos Rotatividade de profissionais Deficiência de RH, com destaque para
médicos RH não qualificado Resistência de alguns profissionais
Relacionadas aos processos de trabalho
Dificuldade de reorganização dos processos de trabalho
Médicos de ESF que não atendem gestantes e mulheres
Modelo de Atenção centrado no médico UBS que não realizam ações em saúde
da mulher Incipiência do apoio matricial por parte
de ambulatórios, AME e NASF
Avanços
“Com as discussões da Linha de Cuidado da Gestante e Puérpera percebemos uma nítida mudança no processo de trabalho das Equipes locais, que perceberam a importância de olharem e entenderem os indicadores de Saúde da sua localidade para planejarem as ações. Anteriormente reuniam-se apenas para tratar de assuntos administrativos”.
“A discussão para a implantação da Rede Cegonha nas regiões de saúde do DRS... se deu de forma mais tranquila em função de já termos trabalhado anteriormente a LC da Gestante e Puérpera...”
Desafios
“Os resultados não se consolidam em virtude de vários fatores, principalmente por conta da alta rotatividade de pessoal e da própria equipe gestora; mudanças frequentes de Secretários; dificuldades de transporte para o acesso às referências; falta de continuidade do trabalho desenvolvido pelo AAB por parte da equipe do município. Assim, alguns municípios da região tiveram avanços significativos com relação à TMI e no processo de trabalho, mas outros oscilam muito”
Sugestões para aprimoramento da implantação da LCGP
Sugestões Disponibilizar as linhas de cuidado em material
impresso Inclusão de ações para cuidado no climatério Expandir a LC da gestante para criança maior de
2 anos garantindo ambulatórios para RN de baixo peso
Garantir a oferta de exames/consultas especializadas conforme preconiza a LC
Envolver as maternidades na discussão da assistência ao parto
Articulação maior com MS evitando duplicidade de documentos técnicos e diretrizes conflitantes
Sugestões
Desencadear movimento estadual de fortalecimento das Redes de Atenção
Apoio aos movimentos regionais das Redes de Atenção
Fortalecer os grupos condutores regionais e municipais da Rede Cegonha
Incentivo financeiro específico para fortalecimento das LC
Incentivo financeiro de custeio para AB
Apoio para a contratação de RH (quais as formas de contratação, considerando a lei de responsabilidade fiscal)
Fortalecimento da Rede Financiamento
Sugestões
Garantir o suporte para os sistemas de informação implantados
Implantar sistema de informação nos municípios que possibilite compartilhamento de dados com DRS e SES
Definição de um sistema de monitoramento baseado nos sistemas nacionais
Monitoramento por parte da SES da implantação das linhas e seus resultados
Manter monitoramento constante pelos AAB nos municípios
Envolver as articuladoras de saúde da mulher na LC da gestante e puérpera
Sistemas de informaçãoMonitoramento & Avaliação
Sugestões
Garantir suporte técnico pelas áreas programáticas da SES
Atualização técnica dos profissionais da regional nas LC para atuar como apoio aos municípios
Capacitação dos profissionais da AB e MAC Utilização das videoconferências como forma de
alinhamento destes processos e de qualificação das equipes regional e municipais
Matriciamento das equipes de AB pelos NASF, AME, hospitais de referência e universidades locais.
Sonia Isoyama Venancio – Instituto de Saúde/SES-SP
OBRIGADA PELA ATENÇAO!