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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Solventes Aromáticos BTX
Projeto FEUP 2015 – Mestrado Integrado em Engenharia Química
Armando Sousa & Manuel Firmino João Bastos
Equipa 8052
Supervisor: João Bastos Monitor: Tiago Vilas Boas
Estudantes & Autores:
Carolina Joana Vieira Viveiros up201504651@fe.up.pt
Helena Patrícia Cardoso Almeida up201503547@fe.up.pt
José Albano Alves Araújo up201505718@fe.up.pt
Pedro Miguel Alves Ramos up201508126@fe.up.pt
Ricardo Almeida Barbosa de Oliveira up201504554@fe.up.pt
Rita Catarina Teixeira Magalhães Leca de Sousa up201503569@fe.up.pt
Rita Isabel Dionísio up201506027@fe.up.pt
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Solventes Aromáticos – BTX 2
Resumo
Solventes aromáticos são importantes na indústria química, não apenas como
solventes com várias aplicações, mas também como percursores (matéria-prima) da
indústria petroquímica.
Justifica-se, pois, este trabalho versando esta temática e focando diferentes
aspetos: processos de fabrico, aplicações industriais e importância económico-social,
em particular, em Portugal. Ao longo do trabalho serão providenciados vários dados
importantes, sob a forma de gráficos e tabelas, para sustentar todas as conclusões e
resultados apresentados.
Palavras-chave
Tolueno
Benzeno
Xileno
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Solventes Aromáticos – BTX 3
Agradecimentos
Gostaríamos de agradecer ao nosso monitor Tiago Vilas Boas e ao professor
supervisor João Bastos pelos conselhos e apoio dispensados, sem os quais este
trabalho não teria sido possível, bem como, ao Eng.º Carlos Mota Reis, da refinaria da
GALP, pelas informações fornecidas, visando o enriquecimento do trabalho.
Uma palavra de agradecimento ainda à Biblioteca, pela ajuda em aspectos
fundamentais da elaboração do relatório, e por fim, mencionar a Faculdade pelo
auxílio e condições facultadas ao longo de todo este processo.
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Solventes Aromáticos – BTX 4
Índice
Lista de esquemas, figuras gráficos e tabelas ........................................................... 5
Lista de acrónimos .................................................................................................... 6
Glossário .................................................................................................................... 7
1. Introdução .............................................................................................................. 8
2. Métodos de Fabrico ............................................................................................... 9
2.1 Produção dos BTX a partir do carvão.............................................................. 9
2.1.1. Separação e purificação dos BTX.......................................................... 12
2.2. Produçao dos BTX a partir do Petróleo ........................................................ 13
3. Usos e aplicações ............................................................................................... 13
4.Importância económico-social ............................................................................. 18
4.1. Mercado Português ..................................................................................... 138
4.2. Mercado Internacional ................................................................................... 13
5. Conclusão ............................................................................................................ 21
Referencias bibliográficas ....................................................................................... 22
Anexo I – Mail do Eng.º Carlos ................................................................................ 24
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Solventes Aromáticos – BTX 5
Lista de esquemas
Esquema 1 - Processamento avançado do tolueno.
Esquema 2 – As etapas mais importantes do processamento e produtos a jusante de
isómeros de xilenos e etilbenzeno.
Lista de figuras
Figura 1 - Recuperação de óleos leves a partir da carbonização do carvão.
Figura 2 - Refinação do petróleo.
Figura 3 - Forma de estrutura do tolueno.
Figura 4 - Forma de estrutura do xileno.
Figura 5 – Forma de estrutura do benzeno.
Figura 6 - Principais commodities químicas e polímeros derivados do benzeno.
Figura 7 - Fábrica de Aromáticos da Refinaria de Matosinhos.
Lista de gráficos
Gráfico 1 - Produção da refinaria de Matosinhos ao longo dos últimos anos.
Lista de tabelas
Tabela 1 - Quantidade de produção e mercado dos aromáticos.
Tabela 2 - Principais produtores e capacidade instalada de Benzeno.
Tabela 3 - Capacidade de produção do xileno das maiores potências mundiais.
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Lista de acrónimos
BTX – Benzeno, Tolueno e Xileno
CUF – Companhia União Fabril (Químicos Industriais)
MIEQ – Mestrado Integrado em Engenharia Química
TNT - Trinitrotolueno
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Solventes Aromáticos – BTX 7
Glossário
Benzeno – hidrocarboneto cíclico, não saturado, volátil, inflamável e tóxico que se
extrai da hulha e se utiliza como dissolvente. [14] Vol. 2
BTX – Benzeno, Tolueno e Xileno.
Crude – petróleo em bruto, antes de ser refinado. [14] Vol. 5
CUF – Companhia União Fabril (Químicos Industriais).
Destilação – evaporação e posterior condensação do líquido. [14] Vol.5
Gasificação – transformação de combustíveis sólidos ou líquidos em gases
combustíveis. [14] Vol. 7
Matéria – prima – substância principal de que se faz ou fabrica alguma coisa. [14]
Vol. 10
Pirólise – decomposição química por acção do fogo. [14] Vol. 13
Refinação – eliminação das impurezas. [14] Vol. 13
Solvente aromático – composto orgânico que apresenta, pelo menos, um anel
benzénico. [14] Vol. 2
TNT – Trinitrotolueno – violento explosivo que resulta da substituição de três
hidrogénios benzénicos do tolueno, por três radicais NO2. [14] Vol.15
Tolueno – líquido semelhante ao benzeno, empregado no fabrico do explosivo
trinitrotolueno. [14] Vol. 15
Xileno – carboneto do grupo benzénico. [14] Vol.16
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1. Introdução
Dado que todos os membros da equipa frequentam o Mestrado Integrado em
Engenharia Química (MIEQ), considera-se ser de comum interesse a realização de um
trabalho acerca da indústria petroquímica. No sentido de limitar o âmbito do trabalho,
concentramos a atenção sobre os solventes aromáticos mais importantes: Benzeno,
Tolueno e Xileno (BTX).
Relativamente à separação, tratamento e produção dos solventes
apresentamos os principais processos utilizados atualmente pelas grandes indústrias,
sendo que cada solvente é extraído e separado pelos mesmos métodos e diretamente
das mesmas matérias-primas.
No que diz respeito à aplicação e utilização dos solventes, as áreas são
vastas e diversificadas, incluindo a produção de tintas e vernizes, a integração em
fertilizantes agrícolas e pesticidas, e até a produção de dinamite e TNT.
Em relação à importância económico-social num contexto nacional, a fábrica
de aromáticos (GALP) em Matosinhos é a principal responsável pela produção dos
BTX. No setor internacional, os grandes produtores de solventes localizam-se no Norte
da América e Ásia/Pacífico.
Apesar destes solventes aromáticos existirem em abundância na natureza, há
uma série de condicionantes e riscos no manuseamento e manipulação dos mesmos,
uma vez que podem ser contaminantes e mesmo (em alguns casos) cancerígenas.
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Solventes Aromáticos – BTX 9
Figura 1 - Recuperação de óleos leves a partir da carbonização do carvão. [6]
a- Refrigeração e remoção de alcatrão da hulha e impurezas b- Coluna de Absorção c- Remoção de óleos leves d- Separação e arrefecimento e- Separador
2. Métodos de fabrico
Até à Segunda Guerra Mundial, a produção de compostos aromáticos era
conseguida via carvão; o benzeno e seus derivados eram recolhidos através da
extração e destilação. Posteriormente, tendo sido encontrados estes compostos no
petróleo bruto, mesmo em pequenas concentrações, tornaram o carvão um fonte
menos rentável. [6]
Por conseguinte, os novos processos desenvolvidos e implementados na
indústria petrolífera, e o grande aumento da procura de solventes aromáticos
alteraram a situação. Hoje em dia, o petróleo é a principal fonte de solventes
aromáticos – BTX. [6]
2.1. Produção dos BTX a partir do carvão
Os óleos leves obtidos a partir da gasificação do carvão são uma importante
fonte de BTX. Esta carbonização pode ser feita a baixas temperaturas (<700ºC) ou a
temperaturas elevadas ( >900ºC). Sendo que a teor de benzeno é mais elevado no
segundo caso, em que os óleos leves são constituídos por 63% de benzeno, 13% de
Tolueno, 8% de xileno, 10% de outros aromáticos e 6% de não aromáticos. [6]
A matéria bruta de BTX obtida a partir da gasificação de carvão contêm
quantidades consideráveis de aromáticos e não aromáticos com um ponto de ebulição
elevado, 5% destes têm um ponto de ebulição mais baixo que o benzeno. [6]
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Solventes Aromáticos – BTX 10
Durante este processo (Figura 1) o gás e os óleos leves passam por um sistema
de separação. Em primeiro lugar o gás e as frações de BTX são separados do alcatrão
de hulhas e das impurezas, saindo por cima da unidade a. Na coluna de absorção b, a
fração de BTX é separada do gás usando uma fração de petróleo com um ponto de
ebulição elevado (geralmente a 300-400ºC) como solvente. De seguida (c) a fração de
BTX é separada do óleo absorvente através de um arrastamento com vapor. Os
produtos BTX de topo são condensados e separados da água. [6]
2.1.1. Separação e purificação dos BTX
Os BTX obtidos a partir da carbonização de carvão têm que ser refinados
para remover impurezas. Existem vários processos que levam à purificação dos BTX,
por exemplo, a destilação, o tratamento com ácido sulfúrico e hidrotratamento. [6]
A destilação remove hidrocarbonetos com cadeias de 5 carbonos e
compostos mais leves, dissulfureto de carbono, e ciclopentadieno. O tratamento com
ácido sulfúrico elimina tiofeno e outros compostos de enxofre. A purificação adicional
por hidrotratamento remove compostos insaturados, compostos de enxofre e
impurezas que possuem azoto, este processo é por vezes acompanhado por reações
de Hidrodealquilação, nas quais se forma um composto aromático mais simples. [6]
A extração do composto aromático desejado é realizada por destilação
extrativa e extração líquido-líquido. [6]
Estes processos são usados para separar compostos não aromáticos do
benzeno e de outros compostos aromáticos, se a concentração dos primeiros não for
demasiado elevada. No entanto, alguns dos não aromáticos, como por exemplo o
ciclo-hexano, formam misturas azeotrópicas com benzeno – misturas que quando se
encontram numa certa concentração não é possível separa-las por destilação simples.
Assim, existe um processo designado de destilação azeotrópica no qual é
adicionada água à solução, variando consequentemente a concentração desta,
tornando possível separar os componentes. Por exemplo no caso do benzeno, ao
adicionar água torna-se possível retirá-lo em solução aquosa da mistura.
Posteriormente, o benzeno é separado da água por destilação. [6]
A destilação extrativa é usada para separar compostos aromáticos dos BTX,
e distingue-se da destilação comum pois é efetuada na presença de um solvente com
um elevado ponto de ebulição, uma excelente solubilidade para compostos aromáticos
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Solventes Aromáticos – BTX 11
e uma pequena ou nenhuma solubilidade para parafinas e naftalenos. Assim, o
solvente entra na coluna de destilação, perto do topo, e acima do ponto onde os BTX
são introduzidos. Os não aromáticos são destilados pelo topo da coluna e o solvente
rico em compostos aromáticos é retirado como um produto de base. De seguida, os
compostos aromáticos são destilados do solvente, numa segunda coluna, e o solvente
é reciclado. A reparação dos diferentes compostos aromáticos é realizada em
destilações consecutivas. [6]
Um dos processos mais usados para isolar frações de aromáticos é a
extração liquido-liquido. Este processo usa um solvente para extrair os compostos
aromáticos dos não aromáticos. O solvente, que é geralmente uma substância com
um elevado ponto de ebulição e polar, entra no topo dum extrator, os BTX no estado
bruto entram perto do meio do extrator e entram em contacto com o solvente, num
sistema de contracorrente (ou outro que produza o mesmo efeito), onde existe um
contacto intimo entre estes compostos. E assim os compostos não aromáticos
refinados saem pelo topo da coluna, enquanto o solvente rico em compostos
aromáticos é retirado pela parte de baixo da coluna, passando para uma coluna de
destilação, tal como no processo anterior. [6]
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Solventes Aromáticos – BTX 12
Figura 2 - Refinação do petróleo [5]
2.2. Produção de BTX a partir do petróleo
Como principal processo de tratamento do petróleo bruto, temos a separação
física dos vários tipos de hidrocarbonetos numa coluna de destilação (refinação). Esta
unidade processual é composta por vários compartimentos (andares) a diferentes
alturas e a diferentes temperaturas (à medida que se sobe na coluna a temperatura
desce). O crude é então aquecido e os componentes mais voláteis e com baixo ponto
de ebulição sobem ao topo coluna, enquanto nas camadas mais baixas ficam os
componentes com ponto de ebulição mais elevado. Deste processo resultam produtos
como gás, nafta, gasolina, parafina, aromáticos, gasóleo, entre outros. Note-se que
neste processo são extraídos os compostos aromáticos a partir da separação do
petróleo, sendo que aqueles já existem no crude. [5]
Por outro lado, os BTX’s podem ainda ser obtidos por outros meios que não
diretamente do petróleo. Assim sendo, a produção de aromáticos prende-se a dois
grandes métodos: o reforming catalítico e a pirólise da gasolina.[6]
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Figura 3 - Forma de estrutura do tolueno. [10]
3. Usos e aplicações
Os solventes aromáticos estão presentes em muitos dos produtos que
usamos no nosso quotidiano. A nossa vida acaba por estar altamente condicionada
por muitos destes produtos, direta ou indiretamente. Um exemplo bastante abrangente
e que acaba por estar presente na vida de cada um de nós são os combustíveis
fósseis. [6]
A produção de tolueno a partir de petróleo bruto é reservada às grandes
refinarias e complexos petroquímicos. [6]
Uma vez que esta substância tem um papel bastante significativo no setor
combustível pode ser adicionado aos tanques de combustíveis ou ser posteriormente
processado de acordo com o estado da economia, isto é, uma parte da capacidade de
hidrodealquilação é mantida para que seja possível uma resposta flexível às mudanças
de preço entre benzeno e tolueno. [6]
Ao retirarmos compostos como o tolueno da gasolina de pirólise provocamos
uma redução do número de octanos. Esta redução irá provocar uma diminuição no
ponto de ebulição do combustível. Deste modo devem ser adicionados componentes
alternativos de modo a provocar o aumento do ponto de fusão. [6]
A vantagem da adição de tolueno aos tanques dos combustíveis reside no
facto de permitir a redução da quantidade de benzeno, por diluição, o que é
fundamental do ponto de vista ambiental. [6]
É certo que na área da conversão petroquímica o benzeno e o xileno são as
matérias-primas mais relevantes, no entanto o tolueno pode ser utiliza do na
formulação de diluentes sintéticos, estes posteriormente usados como solventes em
tintas e vernizes, e em solventes de limpeza/desengorduramentos com aplicações na
indústria química. [13]
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Figura 4 - Forma de estrutura do xileno. [11]
A integração do xileno no sector combustível apresenta um conjunto de
vantagens, tais como, o facto de esta matéria-prima beneficiar favoravelmente a
economia, mais especificamente no que diz respeito à produção de gasolina e
refinados. A produção de xileno implica um uso de meios comuns, tais como, a
energia e o vapor, o que nos permite admitir que esta é uma substância bastante
versátil, visto que, o seu tratamento não tem de ocorrer em lugares muito específicos.
[6]
Esquema 1 - Processamento avançado do tolueno. [6]
Benzeno
Tolueno Tolueno
Diisocianato de tolueno
Adoçantes, produção de
cores variadas Ácido Benzoíco
Fenol
Caprolactama
Ftalatos
Explosivos Trinotolueno
Dinitrolueno
Solventes
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Já na indústria química o xileno pode ser utilizado como solvente em tintas,
vernizes e resinas acrílicas. É um bom solvente de di-benzil celulose, óleo de
mamona, óleo de linhaça e borracha. É bastante utilizado pelos produtores de Thinner
(solvente para tintas e vernizes, muito utilizado em oficinas de funilaria e pintura de
automóveis) e redutores, como o diluente, quando necessitam de um produto de
evaporação mais lenta que o tolueno. Também podemos encontrar este composto na
formulação de tintas de impressão. A sua utilização na industria agrícola é frequente,
já que é capaz de dissolver altas concentrações de princípios ativos, estando por isso
presente em pesticidas. [12]
Etilbenzeno Estireno poliestireno
O- xileno
Anidrido ftálico
Esteres fltálicos
Resinas de poliéster
Resinas alquídicas
Ftalimida
Fungicidas
Ácido antranílico
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M- xileno Ácido
isoftálico
Resinas de poliéster
Resinas de alquidicas
Fibras de poliamida
Meta-xileno
Poliamidas
Esquema 2 – As etapas mais importantes do processamento e produtos a jusante de
isómeros de xilenos e etilbenzeno. [6]
P- xileno Anidrido
ftálico
Fibras de poliéster
Pigmentos
Fibras de poliamida
Peliculas de poliéster
Tereftalato de metilo
Fibras de poliéster
Peliculas de poliéster
Fibras de poliamida
Pigmentos
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Figura 5 - Forma de estrutura do benzeno. [9]
O benzeno ao contrário dos outros compostos é a unidade básica da classe
aromática de compostos, sendo um componente termicamente estável e reativo,
servindo como fonte para a produção de diversos produtos petroquímicos. Antes da
década de 1920, era utilizado como solvente industrial, especialmente para
desengraxe de metais sendo suplantado por outros solventes, como o tolueno, o qual
tem propriedades físicas semelhantes. [6]
Atualmente, o benzeno é usado principalmente para produzir outras
substâncias químicas. Os seus derivados mais produzidos incluem o estireno, o qual é
usado para produzir polímeros e plásticos, fenol para resinas e adesivos, e ciclo-
hexano, o qual é usado na manufatura de nylon. [8]
O benzeno é utilizado na produção de alguns tipos de borrachas,
lubrificantes, corantes, detergentes, fármacos, explosivos, napalm e pesticidas. [6]
Figura 6 - Principais commodities químicas e polímeros derivados do benzeno. [9]
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Figura 7 - Fábrica de Aromáticos da Refinaria de Matosinhos. [3]
4. Importância económico-social:
4.1. Mercado Português
A Refinaria de Matosinhos da Galp Energia situada a norte de Portugal tem
uma extensão de 400 hectares estando conectada ao terminal para petroleiros no
Porto Leixões através de diversos oleodutos. [3]
Este complexo industrial é composto por várias unidades processuais, sendo
a Fábrica de Aromáticos uma dessas unidades. [3]
A Fábrica de Aromáticos iniciou a sua atividade em 1981, tendo por objetivo
extrair produtos de alta pureza (Benzeno, Tolueno, Paraxileno e Ortoxileno) a partir de
matéria-prima. [1]
Atualmente, esta unidade produz 440 000 toneladas por ano destes produtos
de alta pureza. [3]
Gráfico 1 - Produção da refinaria de Matosinhos ao longo dos últimos anos. [2]
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Em termos de mercado nacional a produção de Benzeno é quase na sua
totalidade enviada para a CUF – Químicos Industriais -, em Estarreja. Relativamente
ao Tolueno na sua grande extensão é para exportação. [4]
Tabela 1 - Quantidade de produção e mercado dos aromáticos. [4]
Produto Produção, Kt (2013) Mercados
Benzeno 48 Nacional
Tolueno 140 Nacional e Exportação
Paraxileno 104 Exportação
Ortoxileno 41 Exportação
4.2. Mercado Internacional
O benzeno é o composto aromático com maior produção mundial. A sua
produção totaliza num valor de 47,6 milhões de toneladas por ano. A tabela seguinte
mostra-nos a capacidade global total das maiores empresas produtoras de Benzeno
no ano de 2006. [6]
Tabela 2 - Principais produtores e capacidade instalada de Benzeno. [7]
Empresa Capacidade Total Global
(1000t/ano )
Exxon Mobil Corporation 3321
Shell 3256
Dow Chemical Company 2259
Total 2241
Chinese Petrochemical Corporation 1987
BP 1357
Lyondell Chemical 1201
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Solventes Aromáticos – BTX 20
Na tabela seguinte estão representadas as maiores potências mundiais no
que diz respeito à produção de xileno. Pela sua análise é possível inferir que as
regiões Ásia/Pacífico e América do Norte são, de todas, as que têm maior capacidade
instalada, sendo que as empresas líderes deste mercado são a Amoco Chemical e a
Chinese Petroleum Corporporation situadas no Norte da América e na região
Ásia/Pacífico, respetivamente. [6]
Tabela 3 - Capacidade de produção do xileno das maiores potências mundiais. [6]
Região Capacidade (1000t/ano)
Ásia/Pacífico 5990
América do Norte 4933
Europa 2406
América do Sul 460
A produção e o consumo global de tolueno em 2008 foi cerca de 20 x 106
toneladas. Os maiores produtores de tolueno estão situados na China e nos Estados
Unidos da América, seguidos pela Coreia, pela Europa Ocidental, Índia e Japão. [6]
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5. Conclusão
Os BTX (Benzeno, Tolueno e Xileno) são compostos aromáticos que têm
diversas aplicações em diferentes áreas. São produzidos a partir do carvão ou do
petróleo. Em Portugal, a fábrica de aromáticos (Galp Energia) em Matosinhos é a
principal responsável pela produção dos BTX. Onde é produzido 48 kt por ano de
benzeno que na sua maioria é enviada à CUF – Químico Industriais.
A nível do mercado internacional, o benzeno é o composto aromático com
maior produção mundial, sendo que os grandes produtores de solventes aromáticos
localizam-se no Norte da América e Ásia/Pacífico.
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Solventes Aromáticos – BTX 22
Referencias Bibliográficas
[1] Abreu, Raul Filipe Amorim. 2009 “Integração Energética Unidades 0300 e 0400 da
Fábrica de Aromáticos da Refinaria de Matosinhos”, ISEP. Acedido a 13 de Outubro
de 2015.
http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/2927/1/DM_RaulAbreu_2009_MEQ.pdf
[2] Aguiar, Manuel. 2013 “ Refinaria de Matosinhos Data Book de Segurança, Saúde e
Ambiente”. GALP. Acedido a 13 de Outubro de 2015.
http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/os-nossos-negocios/Refinacao-
Distribuicao/ARL/Refinacao/RefinariaMatosinhos/Documents/AF_Databook_Matosinho
s_2013_PT.pdf
[3] GALP Energia- Fábrica de Aromáticos e Solventes. 2011. Acedido a 13 de Outubro
de 2015.
http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/os-nossos-negocios/Refinacao-
Distribuicao/ARL/Refinacao/RefinariaMatosinhos/Paginas/FabricaAromaticosSolventes
.aspx
[4] Eng.º Carlos Manuel Mouta Reis. Projecto FEUP. [Mensagem Pessoal] Mensagem
recebida a 14 de Outubro de 2015.
[5] GALP Energia- Fábrica de Aromáticos e Solventes. 2011. Acedido a 22 de Outubro
de 2015.
http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/os-nossos-negocios/Refinacao-
Distribuicao/ARL/Refinacao/Paginas/Didatico-Refinacao.aspx
[6] Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry. Acedido a 14 de Outubro de 2015.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14356007.a03_475/pdf
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Solventes Aromáticos – BTX 23
[7] Antunes, Adelaide. 2007. Sector da Industria Química Orgânica, e-papers. Rio de
Janeiro. Acedido a 14 de Outubro de 2015.
https://books.google.pt/books?id=FzONfhlqjMIC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%2
2ADELAIDE+MARIA+DE+SOUZA+ANTUNES%22&hl=pt-
PT&sa=X&ved=0CB0Q6AEwAGoVChMIqOTv-
5royAIVSmkUCh0Cnw49#v=onepage&q&f=false
[8] Neto, Egidio. 2010. Funções Orgânicas. Acedido em 14 de Outubro de 2015.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABV4UAA/funcoes-organicas
[9] Wikipédia. Benzeno. Acedido em 16 de Outubro de 2015.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Benzeno#/media/File:Benzene_uses.png
[10] Wikipédia. Tolueno. Acedido em 29 de Outubro de 2015.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tolueno
[11] Wikipédia. Xileno. Acedido em 29 de Outubro de 2015.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Xileno
[12] EMFAL – Empresa Fornecedora de Álcool, Xileno: informações do produto.
Acedido em 29 de Outubro de 2015.
http://www.emfal.com.br/materias-primas/solventes/xileno-1-l.
[13] GALP ENERGIA, catálogo de químicos: tolueno (solventes aromáticos). Acedido
em 29 de Outubro de 2015.
http://www.galpenergia.com/PT/ProdutosServicos/Produtos/Quimicos/Catalogo/Pagina
s/Home.aspx?familyID=3&subfamilyID=3.
[14] Grande Enciclopédia do Conhecimento. Vol.2,5,7,10,13,15,16.
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Anexo I – Mail do Eng.º Carlos
http://www.galpenergia.com/PT/investidor/ConhecerGalpEnergia/Os-nossos-negocios/Refinacao-Distribuicao/ARL/Refinacao/RefinariaMatosinhos/Paginas/Refinaria-de-Matosinhos.aspx
A Refinaria de Matosinhos da Galpenergia tem uma Fábrica de Aromáticos,
que a partir da matéria-prima Reformado, extrai como produtos de alta pureza:
Benzeno, Tolueno, Paraxileno e Ortoxileno.
Nessa mesma unidade fabril são produzidos alguns solventes:
Alifáticos: Hexano e Heptano
Aromáticos: C9 tipo I, C9 tipo II e Aromáticos Pesados
Produto Produção, kton (2013) Mercados
Benzeno 48 Nacional
Tolueno 140 Nacional e Exportação
Paraxileno 104 Exportação
Ortoxileno 41 Exportação Hexano 10 Nacional e Exportação
Heptano 1 Nacional
C9 tipo I 19 Nacional e Exportação
C9 tipo II 1 Nacional Aromáticos Pesados 81 Exportação
Em termos de mercado nacional, a produção de Benzeno é quase na sua
totalidade enviada para a Quimigal em Estarreja.
Hexano, Heptano, C9 tipo I e II são utilizados na indústria ibérica.
Tolueno na sua grande extensão é para exportação.
Cumprimentos, Carlos Mouta Reis Galpenergia Refinaria de Matosinhos Tecnologia ( 21755 mouta.reis@galpenergia.com)
Assunto Projeto Feup
Remetente Carlos Manuel Mouta Reis
Para up201508126@fe.up.pt
Data 14.10.2015 14:52