ELE ME GUIA!

SALMO 23.3b

ELE ME GUIA!

“Restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça

por amor do seu nome.”

SALMO 23.3 –

Continuando nosso estudo do Salmo 23 na perspectiva de nossas limitações e necessidades (Stress), e quais os cuidados e as provisões que Deus nos dá, hoje temos a perspectiva estressante da

In-Decisão.

Não saber a direção certa, desejar agradar a Deus mas se perguntar: Qual é a vontade de Deus? Qual é o caminho certo da minha vida? – O Salmo nos responde com a afirmação segura:

“Ele me guia pelas veredas da justiça”.

“Primeiro você faz sua decisão,

depois sua decisão faz você”.

Rick Warren

Mas o que é a vontade de

Deus?

Vontade Soberana de Deus é quando Deus resolve fazer algo e para tanto não apresenta razões, explicações, nem mesmo permite intervenção ou negação de seus desígnios. Deus decide e faz acontecer, mesmo que eu ou você não queiramos. (Exemplo do chamado de Jeremias, da missão de Jonas, ou da morte de Jesus – Jer 1.4,5; At 2.23).

A Vontade Moral de Deus é conhecida por seus mandamentos e expressa em sua palavra. Ele declara segundo o seu caráter os princípios e valores que deseja de sua criação.

Já a Vontade específica de Deus é a grande dificuldade que enfrentamos. Primeiro porque ela não é apresentada biblicamente, mas aclamada popularmente para definir os caminhos individuais do ser humano. Trata-se das escolhas cotidianas e constantes que temos que tomar na vida, e que não apresentam nenhum valor moral, do tipo: que profissão vou ter, onde vou morar, o que faço com meu salário, com quem vou me casar, que escola vou estudar, qual o momento de engravidar, etc.

•PROBLEMAS...•Confundir a vontade soberana de Deus com a vontade específica. Como Paulo indo para a Macedônia pregar (At 16.6-10, Gl 1.15), ou José tornando-se ministro do Egito

(Gn 45.5-9). Escolhas de Deus que envolviam um plano maior do que os indivíduos, era um projeto missionário de Deus.

•PROBLEMAS...

•Usar textos desalinhados com a verdade. Quando muitas vezes se diz na Bíblia da vontade de Deus (Rm 12.2; Cl 1.9) não se trata de algo específico.

• Comparar os exemplos bíblicos que exerceram papel determinante na história da redenção com situações cotidianas.

• Deixar sentimentos e circunstâncias subjetivas tomar o lugar de manifestações sobrenaturais da revelação da vontade de Deus. Pessoas que usam expressões como “paz no coração”; “sinais de Deus”, “confirmações” estranhas que se apresentam para Deus, no lugar de manifestações sobrenaturais de Deus (sonhos, vozes, anjos, visões, arrebatamentos, etc)

• Diferenciar importâncias das macro-decisões sobre os demais momentos cotidianos da vida (Pv 3.5,6)

Como Deus nos guia pelas veredas da justiça? Ou, como é que tomamos decisões acertadas na vida, sabendo que somos responsáveis por cada uma delas e que suas conseqüências geram o caminho que trilhamos? Algumas orientações:

•Peça sabedoria a Deus.

Humildemente reconheça sua fragilidade e busque orientação em Deus para todos os momentos da vida (Tg 1.5). Dependa de Deus, busque-O em oração.

•Conheça e mantenha-se dentro dos limites da vontade moral de Deus. Saber o que agrada a Deus, qual a vontade moral, os princípios e valores claros estabelecidos por ele para toda e qualquer situação. Isso não determinar qual a escolha específica, mas delimitará as opções de escolhas para cada situação (Sl 119.9)

•Assuma responsabilidade pelas decisões não morais tomadas.

Não jogue tudo nas costas de Deus, e nem no coitadinho do Satanás. Há opões e você é que deve ser maduro para as portas que se abrem no caminho (1Co 16.8,9; 2Co 2.12,13). Quem não tem alvos claros, valores sólidos, planos de vida colocados aos pés do Senhor, dependerá de subjetivismos circunstanciais.

•Consulte conselheiros fiéis.

Ter amigos mais chegados que irmãos, ou buscar sabedoria na multidão dos conselheiros (Pv 11.14; 18.1). As pessoas que escolhemos ouvir evidencia muito de nosso crescimento espiritual. Cuidado para não ouvir somente quem lhe é conveniente.

•Escolha aquilo que será melhor para o todo, não somente para ti mesmo.

Busque o interesse do reino de Deus (Mt 6.33), procure abençoar o maior numero de pessoas em suas decisões (Fp 2.3,4; 19-21). Não priorize o ganho individual, ou o conforto pessoal. Cuidado com o levar vantagem em tudo.

•Confie no cuidado do soberano Pastor.

Depois de avaliar, ponderar e ouvir quem é devido, faça a melhor escolha e confie que Deus trabalha em tudo. Paulo assim o fazia (At 16.6-10; Rm 15.22-29). Lembre-se que todas as coisas estão submetidas ao toque divino (Tg 4.13-17). Siga em frente.

Pr. Eliezer F AlmeidaPibsfs – Ago/2010