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8/13/2019 SISTEMTICA DE AVALIAO DETALHADA DE IMPACTOS AMBIENTAIS - PARTE II.pdf
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SISTEMTICA DE VALORAO MOMETRIADE DANOS AMBIENTAIS
PARTE II METODOLOGIAS DE AVALIAO DETALHADA DE IM-PACTOS AMBIENTAIS ESTUDO DE CASOS
DR. GEORGES KASKANTZIS NETO
MAUI - UFPR/ UNIVERSIDADE DE STUGARTT / SENAI
PRDEZEMBRO DE 2013
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INTRODUO
Os contedos tericos e os estudos de casos a serem descritos
neste texto abordam as questes relativas a valorao econmica
dos impactos ambientais que so decorrentes das atividades huma-
nas e de eventuais acidentes que se desenvolvem nos ecossistemas.
Os estudos de caso a serem apresentados, na sua grande mai-
oria, so casos reais vivenciados pelo autor os quais contextualizam
os mtodos de valorao econmica de danos ambientais a serem
apresentados. Os demais exemplos de aplicao das metodologias
de valorao monetria de danos ambientais descritas no texto fo-
ram identificados pelo autor na literatura e na rede mundial de com-
putadoresInternet.
O escopo do trabalho difundir as tcnicas de valorao eco-
nmica de danos ambientais apresentando os estudos de caso e os
exemplos prticos e tericos da sua aplicao.
As metodologias de valorao monetria de danos ambientais
apresentadas neste texto contemplam os fatores naturais e constru-
dos dos meios fsico, bitico, social, paisagstico, operacional e eco-
nmico cujas alteraes provocadas pelos impactos adversos resul-
tam a diminuio da qualidade do ecossistema e a perca dos servi-
os ambientais.
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Na primeira parte deste documento apresentam-se os mtodos
de avaliao do estado de conservao de ecossistemas e dos ser-
vios ambientais oriundos destes. Na segunda parte, apresentam-se
as tcnicas usualmente adotadas para anlise dos impactos adver-
sos provocados sobre os componentes naturais. Na terceira parte do
texto, apresentam-se os mtodos de valorao monetria de danos
ambientais e os estudos de casos e os exemplos da sua aplicao.
Os modelos matemticos de valorao dos danos ambientais
podem ser categorizados com base nos componentes que so con-
templados por estes modelos de avaliao monetria ambiental.
Os componentes ambientais que podem ser valorados com os
modelos a serem descritos so o solo, os sedimentos, as guas sub-
terrneas e as superficiais, doces e salinas, as espcies da flora e da
fauna aqutica, terrestre e area, os servios ambientais provenien-
tes dos ecossistemas e os aspectos econmicos e operacionais que
advm das aes e dos impactos adversos a natureza.
Finalmente, alm dos mtodos de valorao monetria de da-
nos ambientais devero ser apresentados os mtodos de avaliao
de riscos sade de populaes localizadas no entorno dos empre-
endimentos e atividades potencialmente perigosas a integridade do
homem. Os estudos de casos a serem apresentados para os eventos
dessa natureza contemplam o clculo das probabilidades de morte
dos receptores que se encontram situados na zona fatal.
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ANLISE DO POTENCIAL ECOLGICO
Nesta seo do texto se encontram apresentadas a sistemtica
e as tcnicas de avaliao do potencial ecolgico dos ecossiste-
mas supostamente alterados pelas atividades produtivas adversas
ou por eventos acidentais. Essa metodologia foi originalmente pro-
posta pelo Instituto de Polticas Sustentveis da Costa Rica (IPS, 2005).
Os indicadores geralmente adotados na valorao do poten-
cial ecolgico de ecossistemas so as qualidades intrnsecas dos re-
cursos naturais, a saber: escala; fragilidade; renovabilidade; repre-
sentatividade; complexidade e os componentes chaves. Na TABELA
1, apresentam-se as definies e os exemplos das qualidades intrn-
secas dos recursos naturais
Aps a identificao dos indicadores escolhidos pela equipe,
os avaliadores determinam a importncia que cada um dos indica-
dores apresenta quanto contribuio para o potencial ecolgico
do recurso, atribuindo, para tanto, um peso que varia de 0 a 100%.
Essa etapa da valorao do potencial ecolgico denomina-se pon-derao das qualidades intrnsecas dos recursos naturais.
Em seguida, a equipe de analistas atribui uma nota para cada
indicador que varia entre zero e dez unidades de uma escala num-
rica realizando deste modo a etapa da valorao nominal. Em se-
guida faz-se a valorao ponderal dos recursos naturais analisados.
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Tabela 1. Qualidades intrnsecas dos recursos naturais definidas por VEGA no ano de 2004 [IPSA, 2005]
Qualidades Comentrio Exemplos
Escala
Dimenso: magnitude do efeito doimpacto sobre osrecursos naturaisem funo do espao e do tempo.Aescala espacial classificada em trscategorias:Macro escala ampla (km);Mesoescala (ha); Microes-cala (m).
Uma represa contaminada causa impactosadversos em escalamaior que uma rea depastagem. A evaporao das guas dalagoa dahidroeltrica de Itaipu no microclima da regio maiorque na lagoa do Parque Birigui.
Fragilidade
Indica a velocidade ou taxa com quea populaodo ecossistema retornaao estado de equilbrio aps
o dano.A elasticidade ou renovabilidade um casoparticular da fragilidade, eindica a capacidade queos recursostm de suportar impactos adversos,apsatingirem estado irreversvel.
Os plipos coral falecem ao serem pisoteadosindicando a sua fra-gilidade e baixa capacidadede recuperao. As mariposas tmaltas taxasde reproduo, portanto, grande elasticidade.Por ou-tro lado, uma ave de aparncia robustapode ser frgil devido sua limitada capacidadede reproduo e reduzida populao.
Renovabilidade
Capacidade que os recursos tmpara restabelecerou regressarao estado inicial aps o dano. A elastici-dade indica a capacidadede recuperao dos re-cursos. Os processos cclicos capacidade de reiniciarciclos. A capacidade de recupera o fatorambientalinjuriado.
Extino: a recuperao do sapo dourado no mais possvel,logo a sua extino irreversvel.A recuperao das populaesde crocodilos possvel, pois existem indivduos que podem sere-produzir. Ecossistema: o bosque secundriotem uma maior capa-cidade de recuperao queo bosque maduro. Hidrologia: a re-novabilidadedo rio maior que o crescimento do bosque. Osci-clos biogeoqumicos tm mais capacidade de renovao que ossedimentos.
RepresentatividadeIndica indivduo com caractersticas singulares nogrupo, no sistema ou regio em determinado mo-mento.
O Parque Nacional do Iguau o representante do bosque -mido. Araucria representante dobosque do planalto parana-ense.
Complexidade
Quantidade de interaes emque participa e as a-feta. Variedade de elementos e as interaes entreos mesmos
O bosque tropical um sistema complexo, poisapresenta mais es-pcies e interaes do que o
bosque temperado. Um bosque na-tural maiscomplexo que a florestal plantada em relaoao n-
mero e tipo de espcies e suas interaes.
Componente chaveIndica componentes de sustentaoe dependnciado ecossistema, emrelao variedade e outros fa-tores.
Quando a espcie chave de uma populao afetada as esp-cies que dependem da mesmadesaparecem, como os mariscosem pntanos.
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O valor ponderal de cada uma das qualidades intrnsecas dos
recursos valorados realizada calculando o produtos do peso e do
valor nominal de cada indicador e cuja soma representa o valor do
potencial ecolgico dos recursos naturais a serem investigados.
A escala dos valores do potencial ecolgico dos recursos natu-
rais varia entre zero e cem unidades. O intervalo dos valores entre 0
e 2 unidades indica que o potencial ecolgico muito baixo; o in-
tervalo entre 2,1 e 4 unidades indica que o potencial baixo, o in-
tervalo entre 4,1 e 6 unidades indica que o potencial ecolgico
regular, o intervalo de valores entre 6,1 e 8 unidades indica que o
potencial ecolgico alto, e o intervalo entre 8,1 e 10 unidades da
escala indica que o recurso tem um potencial ecolgico muito alto.
ESTUDO DE CASO
Visando a valorao econmica dos servios ambientais que
so providos pelos recursos naturais existentes na rea onde encon-
tra-se edificado o primeiro manancial de abastecimento pblico da
capital do Estado do Paran uma equipe de dez especialista fez a
valorao dos atributos ambientais identificados durante a visita de
avaliao realizada na rea, denominada como rea do Carvalho.
As qualidades intrnsecas definidas foram: Beleza cnica (BC); Patri-
mnio histrico-cultural (PH); Redes trficas (RT); Biomassa e abun-
dncia (BA); Diversidade de espcies (DE); Qualidade do ar (QAR);
Regulao hdrica (RH); Regulao do clima (RC) e Ecoturismo (EC).
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PONDERAO DAS QUALIDADES INTRNSECAS DO CARVALHO
O resultado desta etapa de valorao do potencial ecolgico
da rea do Carvalho se encontra apresentado na TABELA 2. Os pe-
sos mdios de cada um dos indicadores escolhidos foram determi-
nados fazendo a mdia dos pesos atribudos por cada um dos mem-
bros da equipe de avaliadores.
TABELA 2. PONDERAO DAS QUALIDADES DA REA DO CARVALHO.
Qualidades intrnsecas Peso mdio (%)
Beleza cnica 7,16Patrimnio histrico-cultural 7,56
Redes trficas 17,22
Biomassa e abundncia 9,67
Diversidade de espcies 7,89
Qualidade do ar 9,44
Qualidade da gua superficial 14,00
Regulao hdrica 9,11
Regulao climtica 10,44Ecoturismo 7,51
Soma 100[AUTOR]
A partir do resultado apresentado na TABELA 2 verifica-se que
a equipe definiu as redes trficas com aquelas que mais contribuem
no potencial ecolgico representando 17,22% do potencial, em se-
gundo lugar encontra-se a qualidade da gua superficial, com 14%
de contribuio; depois a regulao climtica com 10,44% de par-
ticipao no potencial da rea. A biomassa e a qualidade do ar e
a regulao hdrica esto em quarto lugar, com 9,41% de contribui-
o e com 7,53% se encontram empatados os demais indicadores
adotados pelos especialistas.
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Com base nestes resultados pode-se afirmar que as qualidades
intrnsecas dos recursos naturais da rea do Carvalho constituem os
trs grupos, a saber: Redes trficas, qualidade da gua superficial e
regulao do clima; o segundo grupo com biomassa e abundncia,
qualidade do ar e regulao hdrica; e o terceiro grupo com os de-
mais aspectos ambientais. No diagrama apresentado na FIGURA 1
se pode observar os 3 citados grupos de aspectos ambientais.
FIGURA 1. GRUPOS DE ASPECTOS AMBIENTAIS DA REA DO CARVALHO
Na segunda etapa de avaliao perceptiva do potencial eco-
lgico dos recursos naturais da rea do Carvalho, os especialista a-
triburam uma nota para as qualidades intrnsecas consideradas,
tendo sido obtidos a partir deste, os valores nominais e ponderais do
potencial ecolgico em questo. Na TABELA 3 e na FIGURA 2, apre-
sentam-se os resultados dessa etapa.
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TABELA 3. QUALIFICAO PONDERAL E NOMINAL DOS RECURSOS.Qualidade ambiental Peso (%) Valorao nominal Valorao ponderal
Beleza cnica 7,16 8,56 0,55
Patrimnio histrico-cultural 7,56 7,56 0,58
Redes trficas 17,22 9,33 1,63
Biomassa e abundncia 9,67 8,78 0,86
Diversidade de espcies 7,89 8,22 0,66
Qualidade do ar 9,44 9,00 0,86
Qualidade da gua superficial 14,00 9,67 1,38
Regulao hdrica 9,11 8,56 0,79
Regulao climtica 10,44 8,78 0,93
Ecoturismo 7,51 7,00 0,47
Soma 100 85,46 8,71
[AUTOR]
FIGURA 2. RESULTADO DA VALORAO DOS RECURSOS NATURAIS QUE
DETERMINAM O POTENCIAL ECOLGICOS DA REA DO CARVALHO.
Com base nas classes do potencial ecolgico citadas, pode-se
verificar que o potencial ecolgico do Carvalho muito alto.
0.00.20.40.60.81.01.21.4
1.61.8
Ecoturismo (EC)
Beleza cnica (BC)
Patrimnio HistricoCultural (PHC)
Redes trficas (RT)
Regulao Hdrica(RH)
Diversidade deespcies (DE)
Qualidade do ar(QAr)
Regulao Climtica(RC)
Qualidade equantidade de gua
superficial (QAq)
Biomassa e
abundncia (BA)
Qualificao real (ponderada)
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Analisando os resultados da valorao ponderada do po-
tencial ecolgico da rea do Carvalho pode-se notar que as redes
trficas continuaram apresentando a maior contribuio no poten-
cial, mas, as ordens dos valores nominal e ponderado da valorao
no so Iguais, indicando a influncia do peso atribudo aos fatores
pelos membro da equipe julgadora.
Na TABELA 4 os valores de qualificao nominal e ponde-
ral dos recursos naturais da rea do Carvalho so comparadas.
TABELA 4. COMPARAO DOS VALORES NOMINAL E PONDERAL ORDE-NADOS DAS QUALIDADES INTRNSECAS DA REA DO CARVALHO.
EXERCCIO CENRIO HIPOTTICO
Em razo da suposta invaso da rea do Carvalho por uma co-
munidade formada por 500 famlias, certamente haver a degrada-
o da qualidade dos recursos naturais. Adotando os mesmos valo-
res dos pesos atribudos pela equipe de especialista obtenha o valor
do potencial ecolgico da rea do Carvalho aps a sua invaso.
Qualidade ambiental Valorao nominal Valorao ponderal
Ecoturismo 7.00 0.47
Beleza cnica 8.56 0.55
Patrimnio histrico-cultural 7.56 0.58
Diversidade de espcies 8.22 0.66
Regulao hdrica 8.56 0.79
Biomassa e abundncia 8.78 0.86
Qualidade do ar 9.00 0.86
Regulao climtica 8.78 0.93
Qualidade da gua superficial 9.67 1.38
Redes trficas 9.33 1.63
Soma 85.46 8.71
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O SISTEMA AMBIENTAL
Visando a identificao dos impactos ambientais decorren-
tes de atividades ou de eventos acidentais, inicialmente preciso
identificar os componentes do sistema ambientais. Os componen-
tes ambientais usualmente considerados nos estudos tcnicos en-
contram-se ilustrados na FIGURA 3.
F IGURA 3 . COMPONENTES DO S I S TEMA AMB IENTAL[AUTOR)
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Apesar das citadas matrizes terem sido elaboradas visando os
estudos de avaliao de impactos supostamente potenciais, elas
podem ser utilizadas no processo de valorao monetria de danos
ambientais.
importante comentar que apesar da ferramenta ser a mesma,
o processo de avaliao de impactos que se realiza nos Estudos de
Impacto Ambiental diferente daquele executado no processo de
valorao monetria dos danos ambientais. Nos estudos de AIA, os
impactos so avaliados com base na expectativa da sua ocorrn-
cia, enquanto, no processo da valorao monetria os impactos a-
nalisados so aqueles que efetivamente se concretizaram.
A metodologia ideal aquela que facilita a identificao dos
componentes ambientais mais prejudicados, os quais, em geral, so
alterados pelos impactos de maior importncia e magnitude.
As metodologias usualmente adotadas para analisar os impac-
tos, na sua grande maioria, so subjetivas, uma vez que dependem
do modo como o analista interpreta os impactos ambientais. Outra
dificuldade que, em geral, encontra-se na avaliao dos impactos
a heterogeneidade das unidades de medida dos componentes
ambientais analisados. Por exemplo, os impactos decorrentes da eli-
minao da flora podem ser comparados com aqueles que causam
a diminuio das espcies da fauna?
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Nestes casos, em geral, adotam-se as metodologias de avalia-
o de impactos que normalizam ou padronizam as funo do tipo
dose-resposta, como, por exemplo, o mtodo de Battelle Columbus.
Deve-se citar que o processo da valorao dos danos ambien-
tais no visa a anlise detalhada dos impactos ambientais, propria-
mente ditos, apesar desta etapa ser indispensvel para estimar o va-
lor monetrio das leses aos componentes dos ecossistemas.
O escopo da avaliao dos impactos no processo de valora-
o monetria dos danos consiste na identificao e na ordenao
dos impactos mais relevantes, porque so aqueles que provocam as
maiores alteraes nos componentes naturais.
A duas metodologias a serem apresentadas na sequncia so
capazes o suficiente de fornecer os resultados a serem aplicados no
processo da valorao monetria dos danos ambientais. As meto-
dologias de avaliao dos impactos descritas so a matriz de avali-
ao da importncia dos danos ou impactos ambientais e a matriz
de Pastkia, as quais sero descritas atravs de um estudo de caso.
ESTUDO DE CASOANLISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Neste estudo de caso, apresenta-se a sistemtica de avaliao
dos danos ambientais decorrentes de dois acidentes. O primeiro dos
acidentes foi o derrame 28 mil quilos de emulso asfltica a partir da
vlvula de fundo do caminho-tanque. O segundo acidente foi o
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derrame de 13 mil quilos de uma soluo concentrada de cido clo-
rdrico, a partir do rompimento da vlvula do tanque de estocagem
do produto. Os dois eventos acontecerem no intervalo de 15 dias.
O derrame do asfalto provocou a contaminao das guas su-
perficiais e dos sedimentos de um crrego, tendo originado resduos,
a partir dos materiais utilizados no atendimento a emergncia (areia,
adsorventes, solo, soluo oleosa, barreiras de conteno e outros).
O segundo acidente foi causado pelo rompimento de uma vl-
vula de plstico inadequada instalada no tanque de estocagem do
cido clordrico (HCl) concentrado (35% p/p. Neste acidente foram
contaminados, cerca de, 335 mil metros cbicos de gua subterr-
nea e 4,0 mil toneladas de solo argiloso. O valor do dano ambiental
provocada pelo derrame do cido foi de R$ 1.865.000,00 (reais).
Como citado, os vazamentos de asfalto e da soluo concen-
trada de cido clordrico provocaram uma alterao da qualidade
ambiental do solo, do subsolo, da gua subterrnea, dos sedimen-
tos, da gua superficiais e perturbaram a rotina de vida da popula-
o residente no entorno do local onde os fatos aconteceram.
No mosaico das imagens ilustradas na FIGURA 4 podem ser ob-
servados os equipamentos atingidos e a situao do tanque de -
cido clordrico depois do atendimento a emergncia.
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Para determinar os impactos que deveriam ser considerados no
processo da valoraes monetria, incialmente realizou-se a anlise
da importncia dos impactos empregando a equao (1).
FIGURA 4. Imagens dos acidentes do resduo de asfalto e do HCl [AUTOR].
EQUAO DE ANLISE DA IMPORTNCIA DOS IMPACTOS
A equao de avaliao da importncia dos impactos adver-
sos oriundos dos vazamentos acidentais do resduo de asfalto e do
cido clordrico em soluo definida como:
IP = NA (3 IN+2 EX+MO+PE+RV+S I+AC+PR+MC) eq.(1)
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Sendo: NA a natureza do impacto; IN a intensidade do impacto; EX aextenso do impacto; MO o momento do impacto; PE a persistncia doimpacto; RVa reversibilidade do impacto; SIa sinergia do impacto; ACoacmulo do impacto; PRo perodo do impacto e; MCa recuperao doimpacto, IPimportncia do impacto.
Os valores das variveis da equao de avaliao dos impac-
tos ambientais que, em geral, so adotados pelo analista se encon-
tram apresentados na TABELA 5.
TABELA 5. VALORES DOS PARMETROS DE AVALIAO DO IMPACTO.
VARIVELQUALIFICAO VALORA-
O1. Natureza do impacto Benfico +1,0
Prejudicial - 1,0
2. Extenso do impacto
Pontual 1,0
Parcial 2,0
Extenso 4,0
Total 8,0
3. Persistncia do impactoFugaz 1,0
Temporrio 2,0
Permanente 8,0
4. Perodo do impacto Descontnuo 1,0Peridico 2,0
Contnuo 4,0
5. Sinergia do impactoAusente 1,0
Sinrgico 2,0
Muito sinrgico 4,0
6. Intensidade do impactoBaixa 1,0
Mdia 2,0
Alta 4,0
7. Momento do impactoLongo prazo 1,0
Mdio prazo 2,0
Imediato 4,0
8. Reversibilidade do im-
pacto
Curto prazo 1,0
Mdio prazo 2,0
Irreversvel 4,0
9. Recuperao do impacto
Imediata (< 1 ano) 1,0
Mdio prazo (1-3 anos) 2,0
Longo prazo (310 a-nos)
4,0
Permanente 8,0
[AUTOR]
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O resultado da equao de avaliao dos impactos define as
classes do impacto ou do dano ambiental, a saber:
Zero < IP < 25impacto irrelevante;
25 < IP < 50impacto moderado;
50 < IP < 75impacto severo;
IP > 75impacto crtico.
COMPARAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DOS ACIDENTES
Tendo sido definidos os parmetros de avaliao dos impactos
ambientais oriundos dos derrames de asfalto e do HCl, os resultados
que se encontram descritos na TABELA 6 podem ser comparados.
Incialmente verifica-se que razo dos somatrios dos valores de
qualificao dos impactos provocados pelos derrames dos resduos
de asfalto e do cido clordrico da ordem de 2,83.
Isto significa que, os impactos ambientais provocados pelo va-
zamento do cido clordrico so praticamente trs vezes maiores
que os impactos provocados pelo acidente do asfalto.
Logo, os danos ambientais provocados pelo derrame do cido
clordrico so mais importantes do que aqueles decorrentes do aci-
dente com o asfalto.
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TABELA 6. COMPARAO DOS RESULTADOS DA AVALIAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DOS VAZAMENTOS DO LEO E HClVARIVEL QUALIFICAO VALOR ASFALTO OBSERVAO HCL OBSERVAO
NaturezaBenfico 1
-1 Impacto negativo -1 Impacto negativoPrejudicial -1
Extenso
Pontual 1
-2Atingiu o asfalto, o solo, as aguassuperficiais e os sedimentos sus-pensos
-4Atingiu o solo, o subsolo e ofretico
Parcial 2Extenso 4
Total 8
Persistncia
Fugaz 1
-2Rpido espalhamento do resduona gua e alterao das mar-
gens e sedimentos
-8
Lenta movimentao do -cido no solo e contamina-
o da gua livre e dos sedi-mentos do subsolo
Temporrio 2
Permanente 8
PerodoDescontnuo 1
-1 Descontinuo -1 DescontnuoPeridico 2Contnuo 4
Sinergia
Ausente 1
-2A contaminao da gua e sedi-mentos afeta a rede trfica aqu-tica
-2
Contaminao do freticopode provocar danos sa-de de usurios de cacim-bas
Sinrgico 2
Muito sinrgico 4
Intensidade
Baixa 1
-2
Parte dos resduos contaminadosfoi recuperada. A mancha de -leo na gua originou resduosclasse 1 e 2.
-4Grande quantidade de soloe de gua foram contami-nados. O solo se manter a-fetado se no for remediado
Mdia 2
Alta 4
MomentoLongo prazo 1
-1 Curto prazo -7Imediato, de mdio e longoprazo
Mdio prazo 2Imediato 4
Reversibili-dade
Curto prazo 1-1 Imediata (< 1 ano) -4 Irreversvel se no for remedi-
adoMdio prazo 2Irreversvel 4
Recuperao
Imediata (< 1 ano) 1
-1 Imediata -4 PermanenteMdio prazo (1-3 anos) 2Longo prazo (310 anos) 4
Permanente 8Somatrio -12 -34 (-34/-12 = 2,83)
[AUTOR]
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Com base na escala de valorao dos impactos, pode-se veri-
ficar que os impactos do derrame do cido clordrico foram conside-
rados como moderados e que os impactos derrame do asfalto tam-
bm foram considerado como moderados. Isto significa que a escala
de valorao dos impactos no capaz de representar a realidade
dos acontecimentos investigados.
EXERCCIO PROPOSTO
Visando a assimilao dos contedos descritos adote a sistemtica
da avaliao da importncia dos impactos adotado a hiptese que
o derrame do cido clordrico atingiu as guas superficiais e do res-
duo de asfalto ocorre no solo. Devido maior viscosidade do asfalto,
se comparado ao cido, adote factvel que o resduo de asfalto der-
ramado contaminou apenas 50% da gua e do solo atingidos pelo
acidente do cido clordrico.
AVALIAO DETALHADA DA IMPORTNCIA DOS IMPACTOS
Uma vez que o resultado da anlise preliminar dos impacto no
foi de capaz de fornecer a completa realidade dos fatos necess-
rio avanar o estudo da importncia dos impactos decorrentes dos
acidentes investigados. Levando em conta que os impactos do der-
rame do cido clordrico so mais importantes que do asfalto deve-
ro ser analisados apenas aqueles do primeiro acidente.
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A descrio da sistemtica detalhada de avaliao da impor-
tncia dos danos ser realizada utilizando o presente estudo de caso.
Os passos a serem executados visando a avaliao detalhada dos
danos provocados pelo derrame do HCl so apresentados, a seguir.
1 Passo: Identificao dos componentes ambientais alterados:
A)Componentes fsico-qumicos
i. Alterao da qualidade do solo e Subsolo;
ii. Alterao da qualidade da gua do subterrneo;
iii. Alterao da qualidade do ambiente de trabalho;
iv. Alterao da qualidade do ar atmosfrico;
v. Alterao da qualidade da gua superficial;
vi. Alterao da qualidade dos sedimentos;
B)Componentes biticos
vii. Eliminao da microfauna do solo, da gua e do ar
viii. Reduo das funes e dos servios ecossistmicos;
C)Componentes socioambientais
ix. Perturbao rotina de vida da populao;
x. Perturbao da rotina de trabalho da empresa;
xi. Desgaste da imagem da empresa junto a clientes;
xii. Queda do moral e da confiana dos trabalhadores;
xiii. Desconfiana da populao e clientes;
D)Componentes operacionais
xiv. Perca de equipamentos e matrias da produo;
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xv. Perca de produo em virtude do vazamento;
xvi. Aumento dos riscos sade dos trabalhadores;
xvii. Gerao de resduos contaminados classe 1 e 2;
E)Componentes econmicos
xviii. Custos de atendimento da emergncia acidente;
xix. Custos de remediao dos componentes afetados;
xx. Custos de multas administrativas e processos legais;
xxi. Custos de servios jurdicos e de engenharia;
xxii. Custos de monitoramento da contaminao;
xxiii. Custos de materiais e mo-de-obra de remediao;
xxiv. Queda da receita financeira da empresa;
xxv. Desvalorizao do empreendimento e do terreno;
xxvi. Perca de oportunidade de investimento financeiro;
xxvii. Aumento da taxa de captao de financiamento;
xxviii. Aumento da taxa de cobertura e seguros
xxix. Gerao de estigma em virtude do acidente.
Posto acima, verifica-se que em razo do derrame acidental do
cido clordrico originaram-se impactos em cinco grupos de compo-
nentes ambientais. Os componentes destes grupos sofreram 29 (vinte
nove) alteraes. Dos vinte e nove danos identificados, 6 (seis) esto
associados ao grupo de componentes fsico-qumicos; 2 (dois) im-
pactos esto relacionados com o grupos dos componentes biticos;
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5 (cinco) impactos atingiram o grupo dos componentes socioambi-
ental; 4 (quatro) impactos afetaram os componentes do grupo ope-
racional e 12 (doze) impactos ou danos provocaram a alterao dos
componentes dos grupo econmico.
2 Passo: Anlise detalhada da importncia dos impactos
Uma vez identificados os impactos adversos, a prxima tarefa
realizar a anlise detalhadas das peculiaridades dos impactos. Justi-
fica-se a execuo desta atividade considerando que os parmetros
da equao de avaliao do impacto determinam sua importncia,
tanto em relao aos impactos de componentes do grupo ao qual
est associado, como no mbito global da avalio, isto , em rela-
o a todos os impactos identificados no processo de valorao.
A avaliao detalhada da importncia dos impactos deve ser
executada por uma equipe multidisciplinar de analistas, devendo ser
tambm realizada a contnua reviso dos resultados obtidos, devido
complexidade envolvida nesta atividade. Adotando os parme-
tros da equao de clculo da importncia do impacto, determina-
ram-se as unidades de impacto dos componentes individuais e dos
grupos. Na TABELA 7 encontram-se indicadas as unidades de impor-
tncia dos impactos relativas as alteraes provocadas aos compo-
nentes e grupos considerados. Alm disso foram calculados os soma-
trios das unidades de importncia dos impactos de cada grupo.
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TABELA 7. MATRIZ DE AVALIAO DA IMPORTNCIA DOS IMPACTOS ORIUNDOS DO DERRAME ACIDENTAL DA SOLUO DE CIDO CLORDRICO.NATUREZA EXTENS O PERSISTENCIA PERIODO SINERGIA INTENSIDADE MOMENTO REVERSIBILIDADE RECUPERA O Soma IP_REL (%) IP_ABS (%)
Componentes fsico-qumicosAlterao da qualidade do solo e Subsolo; 1 4 8 1 2 2 4 4 8 34 30.6% 5.82%Alterao da qualidade da gua do subterrneo; 1 4 2 2 2 2 4 2 4 23 20.7% 3.94%Alterao da qualidade do ambiente de trabalho; 1 1 1 1 1 1 2 1 2 11 9.9% 1.88%Alterao da qualidade do ar atmosfrico; 1 1 1 1 1 1 4 1 1 12 10.8% 2.05%Alterao da qualidade da gua superficial; 1 2 2 2 2 1 2 1 1 14 12.6% 2.40%Alterao da qualidade dos sedimentos; 1 2 2 2 2 2 2 2 2 17 15.3% 2.91%
Subtotal 1 6 14 16 9 10 9 18 11 18 111 100.0% 19.01%1.00 2.33 2.67 1.50 1.67 1.50 3.00 1.83 3.00
Componentes biticosEliminao da microfauna do solo, da gua e do ar 1 4 8 2 1 4 4 4 8 36 63.2% 6.16%Reduo das funes e dos servios ecossistmicos; 1 2 2 2 4 2 4 2 2 21 36.8% 3.60%
Subtotal 2 2 6 10 4 5 6 8 6 10 57 100.0% 9.76%1.00 3.00 5.00 2.00 2.50 3.00 4.00 3.00 5.00
Componentes socioambientaisPerturbao rotina de vida da populao; 1 2 2 1 1 1 2 1 1 12 19.4% 2.05%Perturbao da rotina de trabalho da empresa; 1 2 1 1 1 1 2 1 1 11 17.7% 1.88%Desgaste da imagem da empresa junto a clientes; 1 2 2 1 1 1 2 1 1 12 19.4% 2.05%Queda do moral e da confiana dos trabalhadores; 1 2 2 1 1 1 4 1 2 15 24.2% 2.57%Desconfiana da populao e clientes; 1 2 2 1 1 1 2 1 1 12 19.4% 2.05%
Subtotal 3 5 10 9 5 5 5 12 5 6 62 100.0% 10.62%1.00 2.00 1.80 1.00 1.00 1.00 2.40 1.00 1.20
Componentes operacionaisPerca de equipamentos e matrias da produo; 1 8 8 1 1 2 4 4 8 37 38.1% 6.34%Perca de produo em virtude do vazamento; 1 2 8 1 1 1 4 4 8 30 30.9% 5.14%
Aumento dos riscos sade dos trabalhadores; 1 1 2 1 1 1 2 2 2 13 13.4% 2.23%Gerao de resduos contaminados classe 1 e 2; 1 2 1 1 1 1 4 4 2 17 17.5% 2.91%
Subtotal 4 4 13 19 4 4 5 14 14 20 97 100.0% 16.61%1.00 3.25 4.75 1.00 1.00 1.25 3.50 3.50 5.00
Componentes econmicosCustos de atendimento da emergncia acidente; 1 4 8 1 1 2 4 4 8 33 12.8% 5.65%Custos de remediao dos componentes afetados; 1 4 2 1 1 2 2 4 8 25 9.7% 4.28%Custos de multas administrativas e processos legais; 1 4 8 1 1 2 2 2 4 25 9.7% 4.28%Custos de servios jurdicos e de engenharia; 1 4 2 1 1 2 2 2 8 23 8.9% 3.94%Custos de monitoramento da contaminao; 1 2 2 2 1 1 1 2 2 14 5.4% 2.40%Custos de materiais e mo-de-obra de remediao; 1 4 8 1 1 2 4 4 8 33 12.8% 5.65%Queda da receita financeira da empresa; 1 2 2 1 1 1 2 2 2 14 5.4% 2.40%Desvalorizao do empreendimento e do terreno; 1 2 2 1 1 1 1 4 8 21 8.2% 3.60%Perca de oportunidade de investimento financeiro; 1 2 1 1 1 1 2 2 2 13 5.1% 2.23%
Aumento das taxas de captao de financiamento; 1 1 1 1 1 1 2 2 2 12 4.7% 2.05%Aumento da taxa de cobertura e seguro do negcio 1 4 1 1 1 1 2 2 2 15 5.8% 2.57%Gerao de estigma em virtude do acidente. 1 4 8 1 1 1 1 4 8 29 11.3% 4.97%
Subtotal 5 12 37 45 13 12 17 25 34 62 257 100.0% 44.01%1.00 3.08 3.75 1.08 1.00 1.42 2.08 2.83 5.17
Total Absoluto 29 80 99 35 36 42 77 70 116 584Total Relativo 2.4 2.2 2.2 2.7 3.0 2.5 3.1 2.1 1.9 22
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Os resultados da matriz de avaliao detalhada da importncia
do impacto indicaram que das 29 alteraes: 6 aconteceram no gru-
pos de componentes fsico-qumicos; 2 atingiram os componentes do
grupo bitico; 5 impactos atingiram componentes socioambientais;
4 impactos afetaram os componentes operacionais e doze impactos
alteraram os componentes do grupo econmico.
O grupo dos componentes econmicos foi aquele que sofreu o
maior nmero de alteraes, tendo sido atingido por 41,38% dos im-
pactos provocados pelo vazamento do cido clordrico.
No grupo dos componentes fsico-qumicos o derrame acidental
do cido causou 6 (seis) alteraes, os quais representam 20,69% dos
danos oriundos do acidente. As unidades de impacto deste grupo
de componentes totalizou 111, contribuindo com 19,01% dos impac-
tos do acidente. O dano mais importante neste grupo foi a alterao
da qualidade do solo e o dano menos importante foi a alterao do
ambiente de trabalho. Os aspectos dos impactos mais relevantes fo-
ram o momento e a recuperao e os aspectos de menor relevncia
dos impactos deste grupo foram a persistncia e a intensidade.
No grupo dos componentes bitico identificaram-se impactos,
os quais, somados, representam 6,9% de todos os danos do acidente.
A eliminao da micro fauna do solo e a perda dos servios ambien-
tais foram os dois impactos identificados no grupos dos componentes
biticos.
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O valor total de unidades de impacto neste grupo foi 57, o que
representa, cerca de, 9,76% do valor global de unidades de impacto
do acidente cujo valor 584. Os impactos de maior e de menor im-
portncia deste grupo foram a eliminao da micro fauna do solo e
a perda dos servios ambientais, respectivamente. Os aspectos de
maior relevncia dos impactos foram a recuperao e persistncia
e o aspecto de menor relevncia dos impactos foi a periodicidade.
No grupo dos componentes socioambientais foram observados
5 (cinco)alteraes, o que representa 17,24% de todas as alteraes.
O total nmero de unidades de impacto atribudas aos componentes
deste grupo foi 62, significando que os danos ambientais deste grupo
de componentes correspondem a 10,62% dos danos. O impacto de
maior relevncia deste grupo foi a queda do moral e da confiana
dos funcionrios e o impacto de menor relevncia foi a perturbao
da rotina de trabalho, respectivamente. Quanto aos aspectos do im-
pacto, o momento foi o mais relevante, enquanto, a persistncia, a
intensidade e a reversibilidade foram os aspectos de menor relevn-
cia dos impactos provocados aos componentes deste grupo.
No grupo dos componentes operacionais foram identificados 4
alteraes, as quais, juntas, representam 13,79% dos danos provoca-
dos pelo derrame. O nmero de unidades de impacto atribudo para
os componentes operacional foi 97 o que representa 16,61% do total.
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A alterao de maior importncia foi a destruio de equipamentos
e perda das matria-prima; o aspecto do impacto menos importante
foi a aumento dos riscos sade dos trabalhadores. Quanto a rele-
vncia dos aspectos dos impactos, os resultados da matriz indicaram
que a recuperao dos impactos foi o mais relevante, enquanto, os
aspectos de menor relevncia foram a sinergia e periodicidade.
O nmero de alteraes identificadas no grupo dos componen-
tes econmicos atingidos pelo acidente foi doze, o que representa
41,37% de todas as alteraes.
Das 584 unidades de impacto, 44% (257) correspondem aos da-
nos originados nos componentes deste grupo. Os impactos mais im-
portantes foram os custos do atendimento a emergncia e os custos
de aquisio dos materiais e pagamento da mo-de-obra necess-
ria para recuperar os componentes alterados. O impacto de menor
importncia foi o aumento das taxas captao de financiamento. E,
os aspectos dos impactos de maior e de menor relevncia foram res-
pectivamente a recuperao dos danos e a sinergia.
Assim, pode-se verificar que os grupos de componentes biticos
e econmicos foram aqueles que, respectivamente sofreram os da-
nos ambientais de menor e de maior importncia. A partir da anlise
global dos impactos do derrame de HCl. Das 29 alteraes dos com-
ponentes ambientais sete foram considerados como moderados e os
vinte e duas como irrelevantes.
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Quanto classe dos impactos, com base nos somatrios das uni-
dades de impacto contata-se que os impactos do primeiro grupo fo-
ram crticos, do segundo e terceiro grupo foram severos e do quarto
e quinto grupo foram crticos. Quando os impactos so analisados de
modo isolado, eles so classificados como de moderada importn-
cia e como irrelevantes, mas, quando so analisados em conjunto os
impactos so classificados como severos e crticos.
A questo, agora, a ser considerada e escolher qual resultados
deve ser considerado, a soma das unidades de impacto dos grupos
ou as unidades de impacto dos componentes individuais?
3 Passo. Testes estatsticos
Para investigar a possibilidade do empregar dos somatrios das
unidades de impacto, inicialmente as unidades de impacto dos gru-
pos foram organizadas, tendo sido obtida a amostra indicada na TA-
BELA 7. Em seguida, executaram-se os testes de normalidade de Pe-
arson e de Kolmogorov-Smirnov, tendo sido obtidos os resultados ilus-
trados na FIGURA 6. Inspecionando os resultados do teste de Kolmo-
gorov-Smirnov indicados na FIGURA 6 se pode notar que os somat-
rios das unidades de impactos dos grupos de componentes atendem
a curva de distribuio normal de frequncias, pois os valores-p das
distribuies so maiores que os valores tabelados (da distribuio)
correspondentes.
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TABELA 8. ORGANIZAO DOS DADOS PARA REALIZAR OS TESTES ESTATSTICOS.GRUPO 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo
NATUREZA 6 2 5 4 12EXTENSO 14 6 10 13 37PERSISTENCIA 16 10 9 19 45
PERIODO 9 4 5 4 13SINERGIA 10 5 5 4 12INTENSIDADE 9 6 5 5 17MOMENTO 18 8 12 14 25REVERSIBILIDADE 11 6 5 14 34RECUPERAO 18 10 6 20 62SOMA 111 57 62 97 257CLASSE CR SE SE CR CR
FIGURA 6. RESULTADOS DO TESTE DE KOLMOGOROV-SMIRNOV.
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Na FIGURA 7, apresenta-se o resultado do teste de Pearson. Ob-
servado os resultados apresentados na figura acima se pode verificar
que os aspectos dos impactos esto praticamente todos relaciona-
dos um com o outro, apresentando correlao estatstica significa-
tiva. Das 64 combinaes pareadas somente 6 (seis) no apresentam
correlao significativa (9,38%).
FIGURA 7. RESULTADO DO TESTE DE PEARSON O QUAL INDICA A EXISTNCIA
DE CORRELAO ENTRE OS DADOS DO CONJUNTO ANALISADO
Posto acima, com base nos resultados apresentados constata-
se que os impactos ou danos ambientais provocados pelo derrame
do HCl nos componentes dos grupos afetados foram os seguintes:
Grupo de componentes fsico-qumicos: crtico (111 unidades);
Grupo de componentes biolgicos: severo (57 unidades);
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Grupo de componentes socioambientais: severo (62 unidades);
Grupo de componentes operacionais: crtico (97 unidades);
Grupo de componentes econmicos: crtico (257 unidades).
As ordem decrescente dos danos causados pelo acidente aos
componentes analisados com base nos somatrios das unidades de
impacto pode ser definida como:
GEC (257 UN.) > GFQ (111 UN.) > GOP (97 UN.) > GSA (62 UN.) > GBI (57 UN.)
FIGURA 8. DISTRIBUIO DAS UNIDADES DE IMPACTO NOS GRUPOS DE COM-PONENTES AFETADOS PELO VAZAMENTO DO CIDO CLORDRICO.
4 Passo. Anlise dos resultados dos testes estatsticos
Com base nos resultados dos testes estatsticos verificou-se que,
os valores das unidades de impacto dos grupos de componentes es-
to relacionados um com ou outro, portanto, estes valores podem ser
adotados para categorizar os danos ambientais oriundos do derrame.
0
20
40
60
80
100
120
140
Unidadedeimpacto
1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo
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EXERCCIO PROPOSTO
Utilizando os valores descritos na TABELA 8 determine as relaes de
dependncia funcional que foram identificadas nos grupos de com-
ponentes alterados pelo vazamento do cido clordrico.
MATRIZ DE AVALIAO DE IMPACTOS DE PASTAKIA
A segunda metodologia de avaliao de impactos ambientais
que pode ser empregada no processo da valorao monetria de
danos denomina-se como Matriz de Pastkia (Referncia).
A matriz de Pastkia inclui quatro grupos de componentes. Os
grupos considerados pela metodologia so: o grupo de componen-
tes fsico-qumicos; o grupo de componentes biolgicos-ecolgicos;
o grupo de componentes socioculturais; o grupo dos componentes
econmicos-operacionais.
Os critrios de avaliao dos impactos util izados na matriz de Pas-
tkia comtemplam a importncia da mudanas provocadas pelo
impactos nos componentes dos grupos e a magnitude. Alm destes,
a matriz de Pastkia inclui tambm os aspectos do impactos, tais
como: reversibilidade; a permanncia e o acmulo dos impactos.
A partir dos parmetros do modelo de Pastkia determina-se o
chamado ndice de impacto adversos aos componentes e os grupos
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de componentes citados. Adotando os valores dos ndices de impac-
tos determinam-se as classes de impactos considerados na matriz.
A equao de clculo do valor do ndice de impacto (IS) de-
finida como:
IS = (A A) (B + B + B) eq. (2)
Sendo: ISo ndice dos impactos; A1e A2os critrios de avaliao
dos impactos do primeiro grupo; B1 ... B3os critrios de avaliao
dos impactos do segundo grupo.
Os critrios de avaliao do primeiro grupo contemplam a im-
portncia da mudana provocada pelo impacto (A1) em relao as
fronteiras da rea afetada pelos impactos ou em relao ao interes-
ses da comunidades.
Os valores do critrio de avaliao da importncia da condio
estabelecida pelo impacto se encontram descritos na TABELA 9.
TABELA 9. VALORES ATRIBUDOS AO CRITRIO DE AVALIAO DA IMPORTN-CIA DA NOVA CONDIO DETERMINADA PELOS IMAPACTOS ORIGINADOS.
IMPORTNCIA DA CONDIO (A1) VALOR
Importante a nvel internacional e nacional 4
Importante a nvel nacional e regional 3
Importante as reas limtrofes a regio afetada 2
Importante apenas para a condio local 1
Sem importncia 0
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O segundo critrio (A2) do primeiro grupo de avaliao dos im-
pactos representa a magnitude da mudana ou do efeito benfico
ou prejudicial provocado pelos impactos. Os valores de qualificao
deste critrio se encontram descritos na TABELA 10.
Os valores de qualificao dos critrios do segundo grupo se en-
contram apresentados na TABELA 12 contemplam as caractersticas
dos impactos, a saber: permanncia da condio ou do efeito pro-
vocado pelo impacto (B1); reversibilidade da condio ou do efeito
estabelecido pelo impacto (B2); acmulo ou sinergia da condio ou
do efeito decorrente do impacto (B3).
As categorias do impacto ambiental da metodologia de Past-
kia so de dois tipos: alfabtica e numrica. Os valores das catego-
rias do impacto se encontram apresentadas na TABELA 11.
TABELA 10. VALORES DE QUALIFICAO DO SEGUNDO CRITRIO DO PRI-MEIRO GRUPO DE AVALIAO DOS IMPACTOS DA MATRIZ DE PASTKIA.
MAGNITUDE DA CONDIO OU DO EFEITO (A2) VALOR
Grande melhoria ou piora da condio inicial 3
Significativa melhoria ou piora da condio inicial 2
Importante melhoria ou piora na rea limtrofe 1
Nenhuma modificao da condio inicial 0
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TABELA 11. ESCALAS ALFABTICA E NUMRICA DE CLASSIFICAO DOS IM-PACTOS DA METODOLOGIA DE PASTAKIA
Intervalo do valor do IS Categoria alfa Categoria numrica108 a 72 E 5
71 a 36 D 4
35 a 19 C 310 a 18 B 2
1 a 9 A 1
0 N 0
-1 a -9 - A -1
-10 a -18 - B -2
-19 a35 - C -3
-36 a -71 - D -4
-71 a - 108 - E - 5
TABELA 12. VALORES DOS CRITRIOS DO SEGUNDO GRUPO DE AVALI-AO DOS IMPACTOS DA METODOLOGIA DE PASTKIA.
CRITRIO VALOR DO PARAMETRO
(B1) Permanncia
Sem mudana / no aplicvel 1
Temporrio 2
Permanente 3
(B2) Reversibilidade
Sem mudana / no aplicvel 1
Reversvel 2
Irreversvel 3
(B3) Acmulo ou sinergia
Sem mudana / no aplicvel 1
No acumulativo / individual 2
Acumulativo / sinrgico 3
ESTUDO DE CASO
A descrio da sistemtica de avaliao dos impactos com a
matriz de Pastkia ser realizada empregando o estudo de caso do
vazamento da soluo concentrada de cido clordrico.
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1 PassoIdentificao dos impactos decorrentes do evento
A identificao dos impactos decorrentes do acidente com o
cido clordrico foi realizada do mesmo modo como descrito no caso
da matriz de avaliao da importncia dos impactos.
TABELA 13. IMPACTOS DO VAZAMENTO DE CIDO CLORDRICO.IMPACTOS FSICOS E QUMICOS (PC) PC
Alterao da qualidade do solo e do subsolo PC1
Alterao da gua subterrnea PC2
Alterao da qualidade do ambiente de trabalho PC3
Alterao da qualidade do ar atmosfrico PC4
Alterao da qualidade da gua superficial PC5
Alterao da qualidade dos sedimentos PC6
IMPACTOS BIOLGICOS E ECOLGICOS (BE) BEEliminao da micro fauna do solo, da gua e do ar BE1
Diminuio do fornecimento de servios ambientais BE2
IMPACTOS SOCIO-CULTURAIS (SC) SCPerturbao da rotina de vida da populao SC1
Perturbao da rotina de trabalho SC2
Desgaste da imagem da empresa SC3
Queda do moral e da confiana dos trabalhadores SC4
Aumento da desconfiana da populao SC5
Aumento dos riscos sade dos trabalhadores SC6
Aparecimento de "estigma" SC7
IMPACTOS ECONOMICOS-OPERACIONAIS (EO) EOPerca de equipamentos e matrias-primas EO1
Perca de produtos finais EO2
Gerao de resduos contaminados EO3
Custos de atendimento da emergncia EO4Custos de recuperao dos meios afetados EO5
Multas administrativas EO6
Custos dos servios jurdicos e de engenharia EO7
Custos do monitoramento da contaminao EO8
Custos dos materiais e da mo-de-obra de remediao EO9
Queda da receita financeira da empresa EO10
Desvalorizao do empreendimento e do terreno EO11
Perca de oportunidade de investimento no mercado financeiro EO12
Aumento das taxa de captao de financiamento no mercado EO13
Aumento das taxas de cobertura e seguros EO14
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Observando a TABELA 13, verifica-se que, neste caso, identifica-
ram-se 6 (seis) impactos no grupo dos componentes fsico-qumicos;
2 (dois) impactos no grupo dos componentes biolgicos- ecolgicos;
7 (sete) impactos no grupo dos componentes socioculturais; 14 (qua-
torze) impactos no grupo dos componentes econmicos-operacio-
nais, totalizando, desse modo, 29 (vinte e nove) impactos ambientais.
2 Passo: Valorao dos componentes e dos grupos
Tendo sido identificados os principais impactos do derrame do
HCl, os componentes de cada um dos grupos foram valorados ado-
tando a escala de valores indicados nas TABELAS 9, 10 e 12. Os resul-
tados dessa etapa da valorao dos impactos se encontra indicada
na TABELA 14 e nas FIGURAS 9 - 10.
FIGURA 9. DISTRIBUIO DOS VALORES DOS NDICES DE IMPACTO DOS GRU-
POS DE COMPONENTES AFETADOS PELO DERRAME
23%
13%
16%48%
64%
FSICOS E QUMICOS (PC) BIOLGICOS E ECOLGICOS (BE)
SOCIO-CULTURAIS (SC) ECONOMICOS-OPERACIONAIS (EO)
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TABELA 14. MATRIZ DE AVALIAO DOS IMPACTOS DECORRENTES DO VAZAMENTO DE CIDO CLORDRICOIMPACTOS F SICOS E QU MICOS (PC) PC ES RB A1 A2 B1 B2 B3
Alterao da qualidade do solo e do subsolo PC1 -36 - D 2 -2 3 3 3Alterao da gua subterrnea PC2 -24 - C 2 -2 2 2 2Alterao da qualidade do ambiente de trabalho PC3 -7 - A 1 -1 2 2 3Alterao da qualidade do ar atmosfrico PC4 -6 - A 1 -1 2 2 1Alterao da qualidade da gua superficial PC5 -12 - B 2 -1 2 2 2Alterao da qualidade dos sedimentos PC6 -12 - B 2 -1 2 2 2
IMPACTOS BIOLGICOS E ECOLGICOS (BE) BE ES RB A1 A2 B1 B2 B3Eliminao da micro fauna do solo, da gua e do ar BE1 -48 - D 3 -2 3 3 2
Diminuio do fornecimento de servios ambientais BE2 -7 - A 1 -1 2 2 3IMPACTOS SOCIO-CULTURAIS (SC) SC ES RB A1 A2 B1 B2 B3Perturbao da rotina de vida da populao SC1 -5 - A 1 -1 2 2 1Perturbao da rotina de trabalho SC2 -6 - A 1 -1 2 2 2Desgaste da imagem da empresa SC3 -18 - B 3 -1 2 2 2Queda do moral e da confiana dos trabalhadores SC4 -6 - A 1 -1 2 2 2Aumento da desconfiana da populao SC5 -12 - B 1 -2 2 2 2Aumento dos riscos sade dos trabalhadores SC6 -6 - A 1 -1 2 2 2Aparecimento de "estigma" SC7 -16 - B 2 -1 3 3 2
IMPACTOS ECONOMICOS-OPERACIONAIS (EO) EO ES RB A1 A2 B1 B2 B3Perca de equipamentos e matrias-primas EO1 -16 -B 1 -2 3 3 2Perca de produtos finais EO2 -8 -A 1 -1 3 3 2Gerao de resduos contaminados EO3 -6 -A 1 -1 2 2 2Custos de atendimento da emergncia EO4 -32 -C 2 -2 3 3 2Custos de recuperao dos meios afetados EO5 -32 -C 2 -2 3 3 2Multas administrativas EO6 -32 -C 2 -2 3 3 2Custos dos servios jurdicos e de engenharia EO7 -12 -B 2 -1 2 2 2Custos do monitoramento da contaminao EO8 -6 -A 1 -1 2 2 2
Custos dos materiais e da mo-de-obra de remediao EO9 -24 -C 2 -2 2 2 2Queda da receita financeira da empresa EO10 -12 -B 2 -1 2 2 2Desvalorizao do empreendimento e do terreno EO11 -8 -A 1 -1 3 3 2Perca de oportunidade de investimento no mercado financeiro EO12 -6 -A 1 -1 2 2 2Aumento das taxa de captao de financiamento no mercado EO13 -6 -A 1 -1 2 2 2Aumento das taxas de cobertura e seguros EO14 -6 -A 1 -1 2 2 2
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FIGURA 10. GRFICOS DE BARRAS DOS VALORES ALFABTICOS E NUMRICOSDAS CATEGORIAS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ORIGINADOS PELO DERRAMEACIDENTAL DA SOLUO AQUOSA DE CIDO CLORDIRICO.
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3 Passo: Anlise dos resultados da valorao dos impactos
Inspecionando os resultados da matriz de Pastkia, os quais se
encontram descritos na TABELAS 1314 e nas FIGURAS 910, cons-
tata-se que dos 29 (vinte nove) impactos identificados, 14 (quatorze)
so da categoria - A (pouco negativos); 8 (oito) impactos so da ca-
tegoria - B (negativos); 5 (cinco) impactos so da categoriaC (mo-
deradamente negativos) e 2 (dois) impactos so da categoria D
(significativamente negativos). Observa-se que nenhum dos impac-
tos foram categorizado como extremamente negativos (-E).
Quantos aos ndices de impactos do grupos dos componentes,
os resultados obtidos indicaram que o grupo econmico operacional
aquele que apresentou o maior valor do ndice de impacto (IS = -
206), em segundo lugar se encontra o grupo dos componentes fsico-
qumicos (IS = - 97), na terceira posio se encontra o grupo dos com-
ponentes socioculturais (IS = - 69), o grupo que apresentou o menor
valor do ndice de impactos foi o biolgico-ecolgico (IS = - 59).
Assim, a ordem decrescente dos valores dos danos provocados
aos componentes ambientais atingidos pelo derrame do cido clor-
drico pode ser definida como:
GEOP (IS = - 206) > GFQ (IS = - 97) > GSC (IS = - 69) > GBE (IS = - 59)
Comparando os resultados determinados com a matriz de ava-
liao da importncia dos impactos com os resultados determinados
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como a matriz de Pastkia constata-se que so correspondentes, sig-
nificando que o mtodo de Pastkia e da avaliao da importncia
fornecem o mesmo resultados apesar destes apresentarem distintos
procedimentos de avaliao dos impactos ambientais.
Considerando que o resultado fornecido pelos primeiro mtodo
de avaliao de impactos determinado com nove parmetros e
que o resultado fornecido pelo segundo mtodo de avaliao dos
impactos obtido com apenas cinco parmetros, pode-se concluir
que o segundo mtodo de avaliao dos impactos mais eficiente
que o primeiro, pois fornece o mesmo resultado com menor esforo.
Observa-se que esta descoberta foi obtida com base na com-
parao dos valores das unidades de impacto e dos ndices de im-
pacto dos grupos de componentes.
EXERCCIO PROPOSTO
Adotado factvel correspondncia biunvoca dos resultados for-
necidos pela matriz de avaliao detalhada de impactos e pela ma-
triz de Pastkia, compare os valores dos indicadores de impacto dos
componentes operacionais e econmicos determinados com pri-
meira matriz com os valores dos ndices de impacto dos componen-
tes econmico-operacionais determinados com a segunda matriz de
avaliao dos impactos, apresentando as ordens decrescentes dos
dois conjuntos de valores analisados. Discuta o resultado, com base