Post on 11-Jul-2015
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de Bibliotecas Escolares Sessão 7
Síntese da Sessão:
O Modelo de Auto‐‐‐‐Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias
de operacionalização (Conclusão)
A actividade desta sessão incidiu na fase de transferência e comunicação para o exterior dos
resultados de avaliação apurados no processo de auto-avaliação da BE e incorporados na auto-
avaliação de cada escola.
Foram pedidas duas tarefas aos formandos:
1. Elabore um quadro que permita cruzar o tipo de informação resultante da auto-avaliação
da BE nos seus diferentes Domínios com os Campos e Tópicos estabelecidos pela IGE, nos
quais aquela informação deve ser enquadrada.
2. Tendo por base a amostra de Relatórios de avaliação externa que elegeu, faça uma análise
e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE, nesses Relatórios.
Nesta sessão, cinco, dos actuais 32 formandos, não apresentaram o trabalho proposto dentro do
prazo estipulado para esta sessão ( Ana Paula Dias, Graça Caldeira, Lurdes Silva, Mª Cristina Rosa e
Rita Fernandes). Mas recordamos que se o trabalho ainda for colocado na plataforma, mesmo
com atrasos, ele será tido em consideração na classificação do trabalho final. Duas colegas
entregaram a 2ª tarefa com um ligeiro atraso (Filipa Neves e Teresa Villas Boas) mas este ainda foi
aceite porque foi colocado no fórum antes da abertura da nova sessão. Dos que participaram na
sessão com trabalhos, apenas uma formanda não realizou a 2ª tarefa dentro do prazo ( Paula
Ferraz)
Esta actividade revelou-se extremamente importante por ter constituído uma oportunidade dos
formandos reflectirem sobre o modo como a Biblioteca Escolar pode ser incorporada no processo
de auto-avaliação da própria escola e de se aperceberem da menor ou maior visibilidade que as
bibliotecas escolares têm nos relatórios de avaliação externa do IGE, com vista a alterar
procedimentos que conduzam a uma melhoria. O modelo de auto-avaliação das Bibliotecas
Escolares implica o desenvolvimento de práticas organizacionais de avaliação interna, numa
perspectiva de auto-regulação, que permite uma análise crítica do desempenho e impulsiona
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práticas que fomentam a mudança e melhoram o funcionamento das bibliotecas. Neste sentido, o
modelo de auto-avaliação é um instrumento precioso para ajudar a biblioteca a preparar-se para
incorporar o processo de avaliação da escola porque o que a IGE pretende mesmo é que as escolas
aprendam a construir e utilizar mecanismos de auto-regulação e dispositivos de auto-avaliação de
modo a reforçar a sua autonomia.
Com a primeira tarefa, pretendia-se que os formandos elaborassem uma tabela/documento que
os ajude, no futuro, a seleccionar a informação relevante, relativa aos resultados da Biblioteca (e
que consta dos relatórios de auto-avaliação da sua Biblioteca), para integrar no relatório de auto-
avaliação da escola. Esta grelha pretende ser um documento claro e objectivo, que seja
orientador, e que demonstre onde é que a informação dos dois documentos se cruza. Na verdade,
constatou-se que todos os domínios do modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares se
articulam com os campos de análise da IGE e que o conhecimento prévio dessa articulação, por
parte dos professores bibliotecários, será muito importante para que este possa demonstrar a
importância da Biblioteca e o seu impacto positivo nas aprendizagens dos alunos e no sucesso da
própria escola.
Pela primeira vez, demos orientações específicas para a realização deste trabalho, apresentando
um exemplo para vos facilitar a interpretação da tarefa. Nunca o tínhamos feito propositadamente
porque as orientações e exemplos dados vos condicionam, de certo modo, levando-vos todos a
seguir a mesma linha de raciocínio e a apresentar o mesmo tipo de trabalho, o que nem sempre é
o melhor. No entanto, conscientes da complexidade das tarefas e do natural cansaço que todos
sentem, optamos por apresentar orientações específicas e, daí, que as grelhas apresentadas pelos
formandos sejam todas muito idênticas e correspondam, em linhas gerais, ao que era solicitado.
Não se destacando nenhuma em particular.
A 2ª tarefa exigia um trabalho de análise e reflexão crítica. Pedia-se que seleccionassem uma
amostra de relatórios de avaliação externa de escolas e que comentassem a presença, ou não, das
referências à BE nesses relatórios. Para evitar grandes discrepâncias no número de relatórios
analisados, indicámos como limite o número de quatro relatórios. No entanto, alguns formandos
só se debruçaram sobre um ou dois relatórios o que não é suficiente como amostra, para que se
faça uma análise comparativa das realidades. O que interessava nesta actividade é que tivessem
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consciência do que se diz nos relatórios de avaliação externa sobre as Bibliotecas Escolares e para
construir essa consciência há que ler vários relatórios e perceber as suas diferenças e
semelhanças. A maior parte dos formandos retirou dos relatórios as referências às bibliotecas e
apresentou-as, comentando-as. E era isso mesmo que se pretendia: que a partir da análise dessas
referências se fizesse um comentário crítico, não chegava apresentar apenas as referências.
Deviam também justificar a escolha da vossa amostra (uma vez que ficou ao vosso critério) e
apresentar conclusões. Consideramos que os trabalhos das formandas (entre outros) Zelinda Cruz
e Teresa Vilas-Boas (apesar de entregue com um ligeiro atraso) são bons exemplos do que se
pretendia com esta segunda tarefa.
Esta formação está quase a chegar ao fim e parece-nos que os formandos que chegaram até aqui
fizeram um longo percurso e se empenharam muito, apesar de todas as dificuldades sentidas.
Tentámos que o trabalho fosse colaborativo e procurámos não intervir muito e não dar muitas
pistas para que tivessem espaço para interpretar os enunciados à vossa maneira e apresentar
trabalhos originais. Estamos certos que aprenderam muito e que quando estiverem a trabalhar
nas vossas bibliotecas terão oportunidade de reflectirem sobre o que aqui foi sendo debatido e,
talvez nessa altura, alguns dos aspectos que aqui se trabalharam fiquem mais claros. O trabalho
nesta plataforma de aprendizagem foi, para muitos, uma novidade, mas adaptaram-se bem e,
depois da primeira sessão, começaram a sentir-se mais à vontade. Por tudo isto, e por muito mais,
Parabéns!
Os formadores
Carlos Pinheiro
Helena Araújo
Dezembro de 2009