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Semiologia da Dor
Clínica Médica IClínica Médica I
20152015
Evolução do Conceito
Egito, Índia e China:Egito, Índia e China: Deuses, demônios e espíritos dos mortos
Hipócrates:Hipócrates: Desequilíbrio na proporção dos 4 humores
Platão:Platão: Experiência emocional da alma
Harvey (1628):Harvey (1628): O local de percepção da dor seria o coração
Von Frey:Von Frey:Especificidade das estruturas terminais
Erb (1874):Erb (1874):A soma da intensidade capaz de provocar dor, por meio das fibras normais que transportam a sensação de tato,pressão e temperatura.
Goldscheider (1894):Goldscheider (1894):A dor seria o resultado da intensidade da esti - mulação periférica, causando um somatório de influxos sensoriais no corno dorsal da medula.
Evolução do Conceito
Livingston (1943):Livingston (1943): As fibras nervosas se projetariam nos neurônios internunciais da medula espinhal, bombardeariam as células de transmissão e daí transmitidos, após decussação, ao cérebro.
Noordenbos (1959):Noordenbos (1959):Dois sistemas de transmissão:mielinizado e não.
Melzack e Wall (1963):Melzack e Wall (1963):Teoria do portão.
Conceitos Neuroanatômico e Neurofisiológico atuais.Conceitos Neuroanatômico e Neurofisiológico atuais.Teorias psicológicas comportamentais da dorTeorias psicológicas comportamentais da dor
O que é a Dor ?
� A dor é mais que uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais.
� A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal (definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor - IASP).
Brena e Merskey
� “Experiência subjetiva, aversiva, a um estímulo nocivo,externo ou interno, relacionada a uma lesão tecidual real ou potencial, e caracterizada por respostas voluntárias, reflexas e psicológicas” (subjetividade e parte psicológica)
Categorias de dor
� Distinguem-se básicamente duas categorias: A dor nociceptiva e a dor neuropática.
� A)Nociceptiva:é a dor causada pela estimulação dos receptores de dor (como as terminações nervosas da pele).
� B)Neuropática:que ocorre por problema na via de transmissão da dor, causando uma sensação de dor em um local correspondente a esta via sem a estimulação do receptor.
Estímulos para dor nociceptiva
� 1-Variações mecânicas ou térmicas que ativam diretamente as terminações nervosas ou receptores.
� 2-Fatores químicos libertados na área da terminação nervosa. Estes incluem compostos presentes apenas em células íntegras, e que são libertados para o meio extra-celular quando de lesões como os íons Potássio, ácidos.
� 3-Fatores libertados pelas células inflamatórias como a bradicinina, a serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas.
Visão Neurofisiológica
Visão Neuroquímica
Visão Clínica
VISÃO NEUROFISIOLÓGICA
� Estímulos nociceptivos estimulam neurônios de dor.
� Um sinal nociceptivo se inicia com a força mecânica do estímulo e continua com a irritação química resultante do processo inflamatório.
� As fibras de dor terminam na medula espinal.
� Na medula espinal é acionado um circuito de reflexo local que ativa músculos necessários para afastar o braço ou dedo do estímulo.
� Além disso, o sinal é transmitido ao cérebro e percebido como uma sensação de dor.
VISÃO NEUROFISIOLÓGICA
VIAS DA DOR: NEURÔNIOS E RECEPTORES FIBRAS NERVOSAS TÁLAMO
MECANISMOS DE CONTROLE DA DOR
VIAS DA DOR
Estímulo sensitivo: Elétrico,Mecânico,Térmico e Químico Nocirreceptores: Mecanonocirreceptores,Termonocirreceptores, Quimionocireceptores, polimodais.Fibras nervosas: a)FIBRAS MIELINIZADAS OU TIPO A: Sub-tipos: alfa,beta,gama e delta. b)FIBRAS NÃO MIELINIZADAS OU TIPO CSistemas de condução: a) Sistema Lemniscal:A alfa+ Abeta Via rápida,sens.tátil e via proprioceptiva b) Sistema extra-lemniscal (A delta + C) Sistema de condução da dor Tálamo
.
VISÃO NEUROFISIOLÓGICA
� Neurônios tipo A-delta – associados a pressão mecânica e altas temperaturas
� Largos, mielinizados, velocidade de 4-30m/seg
� Breves, agudos, de curta duração, localizados
VISÃO NEUROFISIOLÓGICA
� Neurônios tipo A-beta – associados a toques leves.– Não transmitem dor, mas podem influenciar
� Neurônios tipo C – associados estímulos químicos, mecânicos e térmicos
� Estreitos, não mielinizados, velocidade de transmissão 0,5-2,0m/seg
� Início demorado, difuso, pulsante
VISÃO NEUROFISIOLÓGICA
Para o tálamo Do tálamo
Via lenta
Transmissão da DorVia Rápida e Lenta
� As duas vias transmitem para o tálamo (diferentes núcleos).
� A via rápida é ainda projetada para o córtex somatossensorial.
� Quando chega um sinal de dor, o sistema límbico, tálamo, formação reticular e córtex produzem reações de medo, ansiedade e choro.
Lemnisco medial
Lemnisco lateral
Trato espinotalâmico
Tálamo
Tálamo
Tálamo
Visão neurofisiológica
Mecanismos de contrôle da dor
1. Modulação Supra-segmentar: Neurônios da área periacductal do mesencéfalo e células do núcleo da Raphe Magna no bulbo-Sistema Inibitório Descendente.
2. Modulação Segmentar Inibitória: Teoria da Com- porta de Melzack e Wall- 1965
Modulação Supra-segmentar:
Neurônios da área periductal do mesencéfalo e células do núcleo da Raphe Magna no bulbo-Sistema Inibitório Descendente.
Transmissão da DorVias Descendentes
� Mecanismos cognitivos podem inibir reflexos e outras reações de dor.
� Maior dor requer maior reforço inibitório.
� Podemos ter modulação da dor através de um controle central.
Transmissão de impulsos Transmissão de impulsos do cérebro para a medula do cérebro para a medula espinal.espinal.
Área cinzenta periaquedual Área cinzenta periaquedual (PAG) libera encefalina.(PAG) libera encefalina.
Núcleo magno de rafe Núcleo magno de rafe (NRM) – libera serotonina(NRM) – libera serotonina
A liberação destes A liberação destes neurotransmissores inibe neurotransmissores inibe neurônios de vias neurônios de vias ascendentes.ascendentes.
Transmissão da DorVias Descendentes
Raphe
Modulação Segmentar Inibitória
Teoria da Comporta de Melzack e Wall 1965
Teoria da Comporta
Teoria da Comporta
� Há uma comporta.
� Atividade das fibras rápidas e lentas de dor abrem a comporta.
� Atividade das fibras de toque (A-beta) fecham a comporta.
� Mensagens do cérebro abrem ou fecham a comporta.
Teoria da Comporta
� As fibras rápidas e lentas transmitem o sinal para os neurônios na medula espinal (que por sua vez sobem ao tálamo).
� As fibras lentas utilizam substância P e glutamato.
� Esta transmissão de informação pode ser inibida por interneurônios, que liberam endorfina, bloqueando a liberação de substância P.
� Quando isso ocorre, é o fechamento da “comporta”.
Teoria da comporta
� Fibras rápidas e lentas abrem (inibem) a comporta.
� Fibras de tato fecham (excitam) a comporta� Estímulos não nocivos podem bloquear dor.
� O cérebro pode abrir ou fechar a comporta� Estimulação da PAG (substância cinzenta
periquedutal, no mesencéfalo) fecham a comporta.
Teoria da Comporta
Teoria da Comporta-Exemplo
� Bater a cabeça� O trauma inicial ativa as fibras A-delta e C.
� A pessoa sente primeiro a mensagem das fibras rápidas e depois das fibras lentas.
� Uma massagem da área traumatizada estimula as fibras A-beta, que ativam e fecham a comporta.
� A pessoa sente um alívio da dor.
Visão Bioquímica da Dor
� 1. SUBSTÂNCIA P :Liberada pelas terminações nervosas periféricas produz hiperalgesia.
� 2. ENDORFINAS: BETA-ENDORFINA->Neurotransmissão e Neuromodulação. ENCEFALINAS->analgesia.DINORFINAS->analg.
� 3. SEROTONINA: Algógena na periferia.
� 4. PROSTAGLANDINAS E LEUCOTRIENOS: Sensibilizam os nocirreceptores.
� 5. BRADICININA:Potente algógeno.Permeabilidade capilar aum.
� 6. IONS POTÁSSIO E HIDROGÊNIO:Promovem dor.
� 7. HISTAMINA: Pruriginosa e dolorosa.
VISÃO CLÍNICA DA DOR
COMPONENTE SENSORIAL DISCRIMINATIVO-. Tipo de estímulo, intensidade do mesmo,qualidade,tempo,localização
COMPONENTE AFETIVO-MOTIVACIONAL-Exprime o desagradável- Angústia,Depressão
COMPONENTE COGNITIVO-Modulação da dor. Ex. sugestão, fenômenos de atenção-distração.
COMPONENTE COMPORTAMENTALDados objetivos- aumento da FC, suores,palidez,gemidos,gritos etc..
Características clínico-propedêuticas Características clínico-propedêuticas dada dordor
� Sede� Extensão� Intensidade� Duração� Irradiação
� Fatores que melhoram� Fatores que pioram� Fatores que
acompanham� Períodos de
semelhança e dissemelhança
� Horário