Post on 17-Dec-2018
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE COLÉGIO ESTADUAL GELVIRA CORRÊA PACHÊCO
ARTIGO CIENTÍFICO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR
ZULEIDE MARIA VALLE CIFFRO
2
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE COLÉGIO ESTADUAL GELVIRA CORRÊA PACHÊCO
ARTIGO CIENTÍFICO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR
Artigo científico apresentado ao PDE da Secretaria Estadual de Educação sob orientação da Professora Doutora Liane Maria Vargas Barboza
ZULEIDE MARIA VALLE CIFFRO CURITIBA 2012
3
RESUMO
Este é o trabalho da conclusão das atividades do PDE (Programa de
Desenvolvido Educacional) promovido pelo Governo do Estado do Paraná. Este artigo é
composto de introdução, fundamentação teórica, metodologia, resultados e discussão e
considerações finais.
Um dos focos principais do trabalho foi o estudo dos principais conceitos e
funções da Educação Ambiental, assim como seu histórico e desenvolvimento. Foram
formuladas e aplicadas atividades práticas para alunos do Ensino Fundamental e os
resultados dessas atividades foram analisados e discutidos para servir como parâmetros
para outros trabalhos que enfoquem temas relativos à Educação Ambiental no ambiente
escolar.
4
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo é parte integrante do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), funcionando como trabalho de conclusão e relatório dos resultados
obtidos na aplicação das atividades detalhadas no caderno pedagógico. Essa mesmas
atividas foram aplicadas em sala de aula e seus resultados foram compilados e
analisados, dando sustentação e propósito aos objetivos iniciais do trabalho de
intervenção escolar.
Uma das grandes qualidades do PDE é, sem dúvida, a possibilidade da
formação continuada do professor sem que ele precise se afastar de suas atividades
diárias em sala de aula. Além disso, o programa permite que o professor aplique os
conhecimentos adquiridos ao longo do curso em suas aulas, com seus próprios alunos.
Desta forma, busca-se uma integração entre teoria e prática, academia e sala de aula,
universidade e escola.
Inserido nesse contexto, este artigo tem como objetivo principal auxiliar o
professor de ciências nas aulas de Educação Ambiental (EA). Esse tema tem se tornado
cada vez mais importante e necessário, a tal ponto que não se trata mais meramente de
um tema e sim do estabelecimento de um novo paradigma, de novos conceitos e de uma
nova postura diante da vida e da natureza que nos cerca. Ciente dessa situação e do
desafio que se apresenta ao professor de ciências, este trabalho pretende funcionar como
ponto de partida para que o educador se oriente em relação ao novo contexto da
Educação Ambiental (EA), que engloba diversas áreas do conhecimento, como as
ciências propriamente ditas, a política, a economia, a cultura e o direito.
Um dos maiores desafios que se apresentam ao educador é o de conseguir
despertar o interesse e a participação de seus alunos. Esse desafio acontece em todas as
disciplinas de todas as séries escolares. Quando o tema de estudo é a EA, essa questão
torna-se ainda mais crucial, pois, no modelo proposto de EA, a participação de todos é
fundamental para atingirmos algum resultado.
5
Para tornar as aulas de EA mais atrativas, dinâmicas e interessantes é preciso
utilizar todos os recursos didático-pedagógicos disponíveis. Para envolver o aluno é
necessário desenvolver atividades que promovam sua participação, seja nos nos espaços
formais como também nos não formais de ensino e aprendizagem. Para acompanhar o
desenvolvimento das atividades é pertinente que o professor estude os métodos de
avaliação existentes, buscando selecionar o mais adequado.
Além disso, o professor de ciências precisa promover a formação de cidadãos
solidários, preocupados e motivados a interferir, a buscar soluções para os problemas do
dia a dia. Nesse sentido, é necessário estimular o desenvolvimento de valores éticos,
sustentáveis e de acordo com as necessidades do mundo atual.
Todo cidadão precisa ser capaz de diagnosticar os problemas ambientais e
propor soluções que possibilitem reverter ou minimizar os processos de deterioração do
meio ambiente. Para tanto, é necessário que a sociedade esteja comprometida para
refletir e propor ações eficazes e eficientes que promovam a construção da cidadania e
da sustentabilidade.
Diante desse contexto, o objetivo geral deste trabalho é propor a aplicação de
atividades didático-pedagógicas para auxiliar o professor nas aulas de EA no Ensino
Fundamental.
6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA)
A EA pode ser definida como sendo o estudo das relações físicas, químicas,
biológicas, econômicas, políticas e culturais entre a humanidade e a natureza. Assim, a
EA trata de todos os aspectos que mediam nossa vida com o ambiente em que nos
encontramos. Por isso, ela não deve ser confundida com a ecologia ou o ecologismo,
que são restritos aos aspectos científicos na relação dos seres vivos com o ambiente.
Por ter uma grande abrangência, a EA adquire grande importância e tem ganho
destaque nas últimas décadas como uma das ferramentas fundamentais para a solução
dos desafios ambientais que afetam nosso planeta. Para ser eficaz, a EA deve estar
comprometida com valores democráticos e igualitários para todos os cidadãos do
planeta. O enfoque principal deve ser o homem, mas sem perder de vista a natureza
como um todo. Afinal, para garantir a sobrevivência de nossa espécie, precisamos
manter nosso meio ambiente em condições adequadas para tal.
A vida cotidiana também deve ser um aspecto basilar da EA. A abordagem deve
sempre privilegiar o dia a dia das pessoas, enfatizando as possibilidades de intervenção
de cada um e os reflexos dessas intervenções no quadro geral. A avaliação de nossas
relações cotidianas com todos os outros elementos que compõem a natureza vai servir
de base para que possamos ampliar os aspectos positivos e minimizar os negativos,
procurando garantir uma vida digna a todos.
Três componentes devem ser enfatizados na EA:
- Reflexão: é o estudo e a análise dos conceitos e conteúdos estruturantes, que
formam a base do conhecimento humano.
- Participação: são as ações concretas, a contribuição individual de cada um e a
coletiva da comunidade.
- Comportamento: é o estímulo para o desenvolvimento de atitudes,
pensamentos e práticas em relação ao mundo e à natureza. Precisam ser priorizados
valores como respeito, conhecimento intelectual, ética, solidariedade, desapego e
sinceridade.
7
Devemos salientar a importância dos valores e atitudes necessários para a
construção de um mundo mais justo, equilibrado e mais saudável. Esses valores devem
revelar uma postura mais ativa e positiva em relação à vida. Precisamos abandonar o
antropocentrismo, pois não somos o centro do universo. Temos também que abandonar
o egoísmo. Cada pessoa, por mais direitos que possa ter, não pode pensar só em si.
Somos partes integrantes de um todo muito maior. Somos a única espécie com
capacidade de análise racional da vida, a única que pode não se preocupar somente com
sua sobreviência a qualquer custo. Enfim, somos a única espécie que pode superar a
condição puramente animal da luta pela existência. É imprescindível que adotemos uma
visão mais desapegada do mundo, com o foco e o pensamento no todo, no universo que
nos rodeia.
Para ajudar a conseguir construir uma nova relação entre o homem e o meio
ambiente, a educação ambiental deve questionar os dogmas e as verdades estabelecidas
e também ser criativa e inovadora, buscando novas soluções baseadas nos
conhecimentos científicos e nas experiências pessoais. A educação ambiental é uma
ferramenta essencial na busca de uma melhor qualidade de vida para todos, não nos
esquecendo que qualidade de vida não é simplesmente conforto material, o acesso a
equipamentos de alta tecnologia ou a posse dos mais variados bens de consumo.
Qualidade de vida é algo muito mais amplo e inclui saúde, liberdade, justiça, educação,
meio ambiente limpo, níveis de estresse baixos.
A EA tornou-se fundamental porque, para enfrentarmos as grandes questões do
mundo globalizado, precisamos da participação de todos. Somente vamos conseguir
avanços em questões como poluição, preservação, exploração racional de recursos
naturais, se todos estiverem em condições de colaborar e ajudar. Para adquirir essas
condições, faz-se necessária a educação ambiental, pois, como escreve Reigota: "A educação ambiental deve procurar estabelecer uma 'nova aliança' entre a humanidade e a natureza, uma 'nova razão' que não seja sinônimo de autodestruição e estimular a ética nas relações econômicas, políticas e sociais" (REIGOTA, 2007, p. 11)
A EA tem que contribuir para a formação de uma visão global do planeta, sem
esquecer que a situação global é o resultado da soma de todas as situações locais.
Nenhuma comunidade consegue viver isolada hoje em dia. Toda e qualquer ação local
8
tem um reflexo no grande ecossistema chamado planeta Terra. Por isso, precisamos
formar cidadãos conscientes dos problemas globais e locais e preparados para agir de
forma criativa, justa e eficaz. Como já foi dito inúmeras vezes, "os problemas
ambientais que foram criados pelo homem podem ser resolvidos por ele também"
2.2 HISTÓRICO E ANTECEDENTES
A relação do homem com o meio ambiente existe desde o aparecimento de nossa
espécie no planeta. Na época do homem pré-histórico, essa relação era mais natural e
até mesmo inofensiva já que o homem não tinha meios nem capacidade de tentar
controlar ou transformar os elementos naturais. Assim, ele apenas se submetia a eles. O
homem era coletor e caçador. Nada mais que isso. Talvez o primeiro fato marcante que
começou a alterar esse panorama foi o domínio do fogo. A partir desse momento, o
homem passou a controlar um elemento natural que lhe permitiu o início de sua
caminhada rumo à "conquista do planeta".
Numa época mais recente, o homem aprendeu os rudimentos da agricultura, da
criação de animais e deixou de ser nômade para se fixar em lugares específicos,
surgindo, daí, os primeiros povoados e as tribos. O homem foi modificando as
paisagens naturais, se aglomerando em cidades, principalmente em torno de lugares
férteis e com grandes quantidades de água.
Depois da chamada "revolução agrícola" veio a "revolução industrial", as
grandes extrações de minerais, de carvão, de petróleo, as metrópoles, as megalópoles e a
energia atômica. Também vieram os primeiros acidentes, as primeiras grandes tragédias
ambientais, os diferentes tipos de poluição, a escassez de recursos. Enfim, encontramos
os limites naturais. A relação do homem com o meio ambiente tornou-se agressiva e
desequilibrada. Começamos a exigir mais do que o ambiente poderia oferecer.
Quando o desequilíbrio começou a ser a tônica da relação entre o homem e o
meio ambiente, surgiram reações como o movimento ambientalista e, posteriormente, os
primórdios da EA.
9
Uma das primeiras catástrofes ambientais cuja causa pode ser imputada à ação
do homem ocorreu em Londres, entre 4 e 13 de dezembro de 1952. Nessa época, a
maior parte das indústrias e residências usavam o carvão como matriz energética. A
queima do carvão, sem receber nenhum tipo de tratamento ou filtragem, produzia um
material chamado "smog", que consiste em grandes quantidades de enxofre e material
particulado. Esse "smog" era continuamente lançado na atmosfera. Em torno de 8 mil
pessoas morreram como consequência dessa poluição atmosférica. As causa das mortes
foram, principalmente, bronquite, enfisema, pneumonia, ataque do coração e gripe.
Esse acontecimento em particular desencadeou uma série de reações pelo mundo
e influenciou de forma determinante as ideias de defesa do meio ambiente. Ideias essas
que foram ainda mais estimuladas em 1962, quando foi lançado, nos Estados Unidos, o
livro "Silent Spring" (Primavera Silenciosa) da bióloga Rachel Carlson. Tratando dos
efeitos do uso em grande escala de pesticidas e agrotóxicos, a obra teve grande
repercussão mundial por ser uma das primeiras que mostrava as consequências nefastas
da interferência do ser humano na natureza.
A partir das décadas de 60 e 70 o movimento ambientalista ganhou muito mais
força e sua história pode ser contada através da sequência de conferências, simpósios e
congressos ambientais promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O
desenvolvimento da EA também veio na esteira desses encontros internacionais. Os
principais eventos foram:
1968 - Clube de Roma
Foi uma grande reunião de cientistas de diversos países para discussão, análise e
mapeamento dos impactos ambientais causados pelo homem. Tratou principalmente de
dois aspectos: a finitude dos recursos naturais não renováveis e o crescimento
populacional. Em relação aos dois temas, concluiu-se que havia uma necessidade clara
de controle tanto do uso dos recursos naturais como do crescimento da população. Para
que isso ocorresse era preciso uma mudança profunda nos hábitos de consumo e na
procriação humana. No encontro foram analisadas cinco grandes tendências mundiais: a
industrialização acelerada, o rápido crescimento demográfico, a subnutrição
generalizada, o esgotamento dos recursos não renováveis e a destruição do meio
10
ambiente. Os resultados foram editados em uma obra intitulada "The Limits to Growth"
(Os Limites do Crescimento).
1972 - 1ª Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano
realizada pela ONU em Estocolmo, na Suécia
Contando com a participação de 113 países, o principal tema discutido foi a
poluição industrial. Alguns países subdesenvolvidos, como o Brasil e a Índia,
defendiam que a poluição fazia parte do desenvolvimento econômico e tecnológico e
que era inevitável que convivêssemos com ela. Nessa época, começou o processo de
migração de diversos parques industriais dos países do chamado primeiro mundo para
os países mais pobres. Isso aconteceu porque muitas dessas indústrias sofriam grandes
restrições em seus países de origem, o que já não ocorria em locais como, por exemplo,
o Brasil e a Índia, que estavam ansiosos por aumentar seus parques industriais, mesmo
com o risco de desastres ambientais, o que efetivamente acabou acontecendo.
Deve ser destacado também que na conferência de Estocolmo iniciou-se a
discussão a respeito da EA. Foi colocado como prioridade o aperfeiçoamento de
professores e a criação de novos métodos de implementação para a EA. A Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) assumiu a
organização dos eventos relativos à EA, realizando, em seguida, eventos em Belgrado e
Tblisi.
1975 - Seminário Internacional sobre EA, realizado pela Unesco em Belgrado
(ex-Iugoslávia)
Este seminário reuniu especialistas em educação de 65 países. O objetivo
principal foi o de definir os rumos da EA. Todos os países membros da ONU se
comprometeram a desenvolver programas de EA. Esses programas deveriam ter
abrangência regional e internacional, mas o foco principal seriam as ações regionais.
Foram definidos os princípios básicos da EA, que já era considerada fundamental para
combater a crise ambiental diagnosticada pelo Clube de Roma em 1968.
1977 - 1 º Congresso Internacional de Educação Ambiental da Unesco em
Tbilisi, na Geórgia (ex-integrante da União Soviética)
11
Dando continuidade ao que foi estabelecido em Estocolmo e Belgrado, este
congresso é considerado como um marco fundamental na questão da EA. Através da
"Declaração da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental",
estimulou-se a criação de uma consciência ambiental, buscando a participação de todos
na solução dos problemas globais. Foi defendida a importância da EA no atingimento
do bem-estar da humanidade. Foram estabelecidos os princípios, objetivos e estratégias
para a implementação da EA em todo o mundo. O foco principal foi o da busca de
soluções práticas e coletivas para os problemas ambientais. Uma das definições mais
conhecidas e importantes de educação ambiental é oriunda deste congresso: "A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida." (SATO, 1997, p. 86)
1987 - 2 º Congresso Internacional de EA da Unesco em Moscou, Rússia
Com o intuito de fazer uma avaliação dos avanços da EA desde Tblisi, foi
realizado este congresso em Moscou. Ele teve um caráter mais político pois, na época,
estava acontecendo a perestroika, ou seja, a reestruturação do modelo soviético, que
culminaria com o fim do império comunista. Neste evento foi dada ênfase à necessidade
do entendimento intergovernamental para a solução dos problemas ambientais.
Começou-se a falar em conceitos como harmonia com a natureza e manejo adequado
dos ecossistemas e dos recursos naturais.
1992 - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento - Rio 92, no Rio de Janeiro (Brasil)
Foi um dos maiores eventos da história da EA, tendo reunido representantes de
182 países. Muitos dos subsídios para a Rio 92 foram retirados do "Relatório
Brundtland". Alguns dos principais destaques foram a participação aberta à sociedade
civil e difusão generalizada da EA como instrumento indispensável para o
desenvolvimento sustentável. Entre os cinco acordos oficiais firmados na Rio 92
podemos salientar o "Tratado Sobre Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis", a "Declaração do Rio" e a "Agenda 21".
12
A Declaração do Rio afirma que a única maneira de se conseguir
desenvolvimento a longo prazo é aliando produção à proteção ambiental. Dessa forma,
os países deveriam estabelecer parcerias entre si para integrar o meio ambiente global.
A Agenda 21 é um detalhado programa de ação sobre meio ambiente e
desenvolvimento, tratando de temas como mudança climática, diversidade biológica,
desmatamento e desertificação.
1997 - Conferência Internacional da Unesco sobre Meio Ambiente, Sociedade e
Educação: Consciência Pública para a Sustentabilidade. Tessalônica, na Grécia
Essa conferência foi também chamada de Rio + 5 e serviu mais como um
balanço do que havia ocorrido nos últimos anos em relação aos problemas ambientais e
em relação à EA.
2002 - Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável,
também conhecida como Rio + 10, realizada em Johannesburgo, África do Sul
Foi realizada com o objetivo de avaliar o progresso das diretrizes estabelecidas
no Rio em 1992. Infelizmente, não houve grandes avanços ao que já se havia discutido.
O documento resultante da conferência foi a "Carta de Johannesburgo", que trata de
diversos temas como fome, desnutrição, conflitos armados, tráfico de drogas, crime
organizado, corrupção, desastres naturais, tráfico de armas, terrorismo, racismo,
doenças crônicas e intolerância. Admitiu-se que os objetivos traçados na Rio 92 não
foram atingidos e que era fundamental combater a pobreza para se conseguir proteger
melhor o meio ambiente.
2012 - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável - Rio + 20, no Rio de Janeiro (Brasil)
Vinte anos depois da histórica Rio 92, foi realizada outra conferência no mesmo
local. Apesar de contar com a presença de mais de 100 chefes de estado e com ampla
cobertura da imprensa mundial, a Rio + 20 não foi considerada um sucesso por não ter
conseguido avanços significativos em relação às conferências anteriores. Um fator que
prejudicou bastante as discussões foi a crise econômica mundial, que acabou por tirar
um pouco o foco das discussões ambientais. Mas, a conferência trouxe novamente à
pauta assuntos importantes, como a economia verde e a EA e estabeleceu novos
parâmetros em relação ao estado do nosso planeta.
13
2.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL HOJE
Pela primeira vez enfrentamos a possibilidade concreta de extinção da vida
humana no planeta, não por uma guerra ou pelo uso de armas, e sim pela constante
degradação das condições ambientais. Se quisermos realmente interromper esse
processo que está em curso, temos que eleger a educação como uma de nossas
prioridades inquestionáveis. Para a preservação das propriedades vitais de nosso planeta
temos que educar as próximas gerações. Como concluiu o II Fórum da Unesco sobre
Ciência e Cultura, em setembro de 1989, "a sobrevivência do planeta tornou-se uma
preocupação imediata e exige medidas urgentes em todos os setores da vida humana".
O movimento ambientalista, com todos os seus desdobramentos nas últimas
décadas, criou as condições necessárias para o surgimento da EA, que vem assumindo
papel importante na consolidação no estudo e na tomada de posição nas questões
ambientais. A EA deve apresentar três características básicas:
- Permitir que o homem compreenda a natureza complexa do meio ambiente, em
seus aspectos físicos, biológicos, econômicos e culturais.
- Mostrar as interdependências econômicas, políticas e ecológicas do mundo
moderno.
- Promover a cooperação e o diálogo entre indivíduos e instituições, buscando
criar novos paradigmas para a vida humana.
A preparação para as mudanças necessárias depende da compreensão da
natureza sistêmica das crises que ameaçam nosso futuro. Pobreza, degradação
ambiental, superprodução, superconsumo, violência e desigualdade são questões
urgentes. A EA deve tratar dessas questões utilizando-se também de valores éticos.
Valores éticos são o principal fator de coesão social e um grande agente de mudanças e
transformações sociais.
A EA deve buscar estabelecer um novo conjunto de comportamentos
individuais e coletivos. Para isso é preciso partir de nossas próprias casas, continuar em
nossas ruas, depois nos bairros, nas cidades, até chegarmos nas questões nacionais e
globais.
14
Para superarmos as complexidades e contradições do mundo moderno, há a
necessidade de um ensino que contemple toda a diversidade do mundo real, com suas
ligações, interações, implicações e multidimensionalidades. Assim, a educação deve ser
tão ampla quanto a própria vida. Os conteúdos a serem estudados devem ser
significativos e devem nos preparar para o mundo.
Para a EA ser realmente eficaz, o aluno deve ser curioso, motivado e interessado
em querer aprender múltiplos conhecimentos. Os parâmetros de avaliação também
devem obedecer a critérios como a participação em atividades coletivas, a realização de
estágios e trabalhos sociais, a prestação de serviços voluntários, a capacidade de
adaptação a novas situações, o espírito crítico e o trabalho em equipe.
Na prática, porém, estamos apenas no início de um processo árduo e demorado.
A educação ambiental ainda "engatinha" em nossas escolas. Como relata a professora
de metodologia de ensino ambiental, a bióloga Cláudia Ferreira, em uma pesquisa
realizada em escolas públicas da cidade de São Paulo: "Minha constatação foi de que no papel é tudo bonito, mas, na da sala de aula, o material é deixado de lado. Seja pela falta de habilidade e conhecimento do professor, seja pela infraestrutura do sistema. A criança e o adolescente são muito interessados, mas querem atividades que façam sentido. (...) Em uma das escolas que visitei, um pai me disse: "Meu filho aprendeu na aula e me ensinou como economizar energia no banho". É isso. Quando faz bem feito, a escola afeta a comunidade, contamina todo mundo" (BALMANT, 2012)
15
3 METODOLOGIA
Para a realização do presente trabalho foram percorridas algumas etapas, todas
planejadas previamente e importantes para o atingimento dos objetivos propostos.
3.1 PESQUISA E REDAÇÃO
A etapa inicial foi a pesquisa bibliográfica sobre dois eixos básicos. O primeiro
estruturou-se em torno dos assuntos relacionados com as principais questões ambientais
que afetam o mundo atual. O segundo foi feito sobre a educação ambiental, seus
princípios, fundamentos e sua história.
3.2 ELABORAÇÃO DE CADERNO PEDAGÓGICO
Uma etapa fundamental foi a elaboração do caderno pedagógico, produzido para
apoiar o professor de ciências nas aulas de EA. Neste material estão incluídas algumas
atividades que podem ser aplicadas em aulas para os alunos do Ensino Fundamental.
3.3 APLICAÇÃO DE ATIVIDADES E ANÁLISES DOS RESULTADOS
Entre as atividades propostas no caderno pedagógico, algumas foram
selecionadas e aplicadas em duas turmas do 6º ano, do período da tarde, nos meses de
agosto e setembro de 2011, do Colégio Estadual Gelvira Correa Pacheco. As atividades
aplicadas foram: exibição de um filme documentário, realização de diagnóstico
ambiental no espaço escolar e elaboração de um mural com trabalhos dos alunos.
Também foi feito um levantamento sociocultural dos alunos através de um questionário.
Tanto os resultados do questionário como os das atividades foram devidamente
analisados, fornecendo parâmetros para o aprimoramento de futuras aplicações desses
instrumentos pedagógicos.
3.3.1 Questionário
A primeira atividade foi a aplicação do questionário, que tinha como objetivos
principais:
- Levantar o perfil sociocultural dos alunos e suas famílias;
- Levantar o grau de conhecimento e comprometimento dos alunos com práticas
ambientais sustentáveis;
16
- Estabelecer um contato inicial entre o aluno e alguns temas ambientais que
seriam abordados com maior detalhamento posteriormente.
3.3.2 Exibição de filme documentário e debate
Entre os diversos filmes documentários indicados no caderno pedagógico, foi
escolhido o filme Terra (Earth), documentário inglês produzido em 2007 a partir da
série de televisão Planeta Terra (Planet Earth), que consiste em 11 episódios de 50
minutos cada. O longa-metragem Terra tem 96 minutos de duração e mostra a vida nos
ambientes mais diversos: deserto, neve, mar, floresta, planície. Abstendo-se de mostrar
a espécie humana ou qualquer reflexo de sua interferência (não são mostradas áreas
urbanas, edificações ou construções), o filme é um excelente retrato da vida selvagem,
funcionando como uma idéia do que seria nosso planeta sem a presença do homem.
3.3.3 Diagnóstico ambiental do espaço escolar
Outra atividade desenvolvida entre os alunos foi o diagnóstico ambiental do
espaço escolar. Depois de uma breve explicação, os estudantes foram orientados a
fiscalizar os diversos espaços físicos existentes na escola: sala de aula, pátios, horta,
banheiros, quadras, biblioteca e jardins. Eles tiveram como tarefa observar as condições
de cada um desses locais e fazer um relatório a respeito, com ênfase em questões
ambientais e de sustentabilidade. Na aula seguinte, houve a leitura e discussão desses
relatórios.
3.3.4 Elaboração de mural com cartazes
Para esta atividade os alunos foram solicitados a fazer um desenho que
contivesse dois tipos de ambientes, um que eles considerassem limpo e saudável e outro
que fosse sujo e degradado. O intuito era fazer com cada um utilizasse o que havia sido
discutido nas outras atividades e fizesse uma espécie de síntese em forma de um
desenho que pudesse representar o que eles haviam aprendido.
17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as atividades propostas no caderno pedagógico relativo a este artigo,
foram aplicadas e discutidas quatro: questionário, filme documentário, diagnóstico
ambiental e elaboração de mural.
4.1 QUESTIONÁRIO
De acordo com as respostas do questionário, o ambiente familiar da maioria dos
alunos não estimula a leitura e o estudo. pesar disso, eles se mostraram familiarizados e
preocupados com questões ambientais básicas, como o consumo de água e energia, a
separação do lixo e o desperdício dos recursos naturais. Essa preocupação quase que
hegemônica na sociedade atual pode ser, em grande parte, explicada pelo espaço que as
questões ambientais conquistaram nos últimos anos, seja na mídia ou no próprio
ambiente escolar. Outro aspecto relevante foi o interesse que o tema do meio ambiente
gerou na sala de aula. Várias perguntas foram feitas e discussões iniciadas durante a
aplicação do questionário.
4.2 EXIBIÇÃO DE FILME DOCUMENTÁRIO E DEBATE
O filme exibido para os alunos foi o dumentário Terra (Earth), produção inglesa
de 2007. Por ter uma edição rápida e envolvente e apresentar imagens de grande
qualidade plástica, o filme conseguiu prender a atenção dos alunos, que fizeram
comentários e indagações durante a projeção. Os debates também foram proveitosos,
possibilitando a discussão de vários assuntos, como a cadeia alimentar, a evolução,
adaptação e extinção das espécies, o aquecimento global e os efeitos da ação humana no
planeta.
Como foi demonstrado mais uma vez, a utilização de um filme para transmitir
conceitos, debater idéias, visualizar situações pode trazer bons resultados. A imagem
tem o poder de transmitir, de forma clara e rápida, o que, de outro modo, seria bem mais
trabalhoso e demorado. Além disso, as crianças e os adolescentes de hoje estão mais
adaptados a ver uma imagem do que a ler um texto.
4.3 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO ESPAÇO ESCOLAR
Essa atividade propiciou um debate em torno de conceitos ligados à atividade
humana na Terra. Conversou-se sobre consumo de recursos naturais, fontes de energia,
18
produção e destinação de lixo, uso da água, entre outros assuntos. Outro fator
importante foi o estímulo à participação dos alunos, que fizeram seu diagnóstico sobre
as condições da escola e propuseram soluções, o que vai de encontro aos princípios
básicos da educação ambiental, de promover a integração de toda a sociedade na
solução dos problemas existentes.
Alguns comentários foram bastante interessantes e merecem ser citados. Um
aluno disse "A escola está suja porque nós mesmos jogamos lixo no chão. A gente não
cuida da nossa escola, como vamos esperar que ela fique limpa?". Outro aluno
comentou: "Se cada um colaborasse, teríamos um ambiente muito mais limpo e
saudável. Cada um faz um pouco e, no final, todos ganham. Temos que trabalhar em
equipe e não isoladamente."
FIGURA 1 - Diagnóstico ambiental no lavatório do colégio
19
FIGURA 2 - Diagnóstico ambiental na horta do colégio
FIGURA 3 - Diagnóstico ambiental na horta do colégio
4.4 ELABORAÇÃO DE MURAL COM CARTAZES
Foi elaborado um mural com cartazes representando ambientes limpos e
ambientes degradados. Naturalmente, houve trabalhos de qualidades diferentes, mas, de
uma forma geral, a grande maioria conseguiu diferenciar os tipos de ambientes de forma
20
clara, o que prova que, pelo menos, alguns conceitos básicos foram assimilados. Além
disso, alguns trabalhos apresentaram desenhos criativos, que até superaram o nível de
expectativa inicial.
FIGURA 4 - Cartaz elaborado por aluno para mural
FIGURA 5 - Cartaz elaborado por aluno para mural
21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo inicial deste trabalho foi o de desenvolver atividades para aulas de
EA. Esse objetivo foi alcançado através da elaboração e aplicação de quatro atividades
para alunos de duas turmas do 6º ano do Colégio Estadual Gelvira Correa Pacheco.
Neste processo foram utilizados tanto os espaços formais com os não formais,
procurando explorar todas as possibilidades que o ambiente escolar oferece. Também
buscou-se enfatizar vários recursos didático-pedagógicos, como a leitura, a pesquisa de
campo, a memória visual, a problematização de assuntos cotidianos e a busca por
soluções e alternativas eficientes e viáveis. Foram priorizados alguns valores como a
solidariedade, a cooperação, o trabalho em equipe, a participação ativa, a busca pelo
conhecimento científico objetivo e claro.
A primeira das atividades foi a aplicação de um questionário para estabelecer um
perfil sociocultural dos alunos e de suas famílias. Na segunda etapa foi exibido um
filme documentário seguido de debates na sala de aula. Depois os alunos foram
orientados a fazer um diagnóstico ambiental do espaço escolar e, por fim, eles
montaram um mural com cartazes com desenhos relacionados a exemplos de meio
ambientes degradados e limpos. Como consequências principais dessas atividades, os
alunos puderam aprender alguns conceitos relativos ao meio ambiente, desenvolveram
espírito de grupo, capacidade de argumentação e debate e tiveram a experiência de
serem protagonistas de decisões acerca de questões que afetam diretamente seu
cotidiano.
Um fator que foi preponderante para o sucesso das atividades aplicadas foi a
interação entre professor e alunos. Houve troca de ideias e experiências e não apenas a
relação entre um agente detentor de todo o conhecimento e, do outro lado, meros
"absorvedores" do conhecimento alheio. Os alunos têm, sim, a obrigação de estudar e
aprender mas também devem ter a autonomia para discutir, questionar e tomar decisões
por conta própria.
22
6 REFERÊNCIAS
ANGELO, C. O aquecimento global. São Paulo: Publifolha, 2007
BALMANT, O. Educação ambiental é falha no Brasil. O Estado de São Paulo.
25/06/2012
BARCELOS, V. Educação ambiental - sobre princípios, metodologias e atitudes.
Petrópolis, Vozes, 2008.
BODZIN, A.; KLEIN, B.; WEAVER, S. (Ed.) The inclusion of environmental
education in science teacher education. New York: Springer, 2010.
BURNE, D. Fique por dentro da ecologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
CAMARGO, A.; CAPOBIANCO, J. P. R.; OLIVEIRA, J. A. P. (Org.) Meio ambiente
Brasil - avanços e obstáculos pós Rio 92. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.
CASCINO, F. Educação ambiental - princípios, história, formação de professores.
São Paulo: SENAC, 1999.
DAUVERGNE, P. The a to z of environmentalism. Lanham: Scarecrow Press, 2009.
DEMILLO, R. Como funciona o clima. São Paulo: Quark, 1998.
DOUROJEANNI, M. J.; PÁDUA, M. T. J. Biodiversidade - a hora devisiva. Curitiba:
Editora UFPR, 2001.
FOREST HISTORY SOCIETY. Gifford Pinchot. Disponível em:
<http://www.foresthistory.org/ASPNET/People/Pinchot/Pinchot.aspx>. Acesso em:
25/09/2010.
GADOTTI, M. Educar para a sustentabilidade. São Paulo: EdL, 2008.
23
GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. 4 ed. São Paulo: Peirópolis, 2000.
GALLI, A. Educação ambiental como instrumento para o desenvolvimento
sustentável. Curitiba: Juruá, 2008.
GIANSANTI, R. O desafio do desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atual, 2003.
GRALLA, P. Como funciona o meio ambiente. São Paulo: Quark, 1998.
GRUN, M. Ética e educação ambiental. 10 ed. Campinas: Papirus, 2006.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas: Papirus, 1995.
HUTCHINSON, D. Educação ecológica - ideias sobre consciência ambiental. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
LERNER, K. L.; LERNER, B. W. (Ed.) The Gale encyclopedia of science. 3 ed.
Detroit: Gale Thomson, 2004.
MINC, C. Ecologia e cidadania. São Paulo: Moderna, 2002.
NARDI, R. (Org.) Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 2001.
OLIVEIRA, E. M. Educação ambiental - uma possível abordagem. Brasília:
IBAMA, 2000.
OLSON, R. Logo mais seremos 7 bilhões de pessoas no mundo. National Geographic
Brasil. São Paulo, Janeiro de 2011. Ano 11, nº 130, págs 48-81.
PEARCE, F. O aquecimento global - causas e efeitos de um mundo mais quente.
São Paulo: Publifolha, 2002.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
básica - Ciências. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
24
POPULATION REFERENCE BUREAU. Datafinder. Disponível em:
<http://www.prb.org/DataFinder.aspx>. Acesso em: 15/09/2010.
REIGOTA, M. O que é educação ambiental. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 2009.
REIGOTA,M. Meio ambiente e representação social. 7 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
SÃO PAULO, Secretaria do Meio Ambiente/Coordenadoria de Planejamento
Ambiental Estratégico e Educação Ambiental. Educação ambiental - o que se pensa e
o que se faz. São Paulo: Imprensa Oficial, 2003.
SARIEGO, J. C. Educação Ambiental - as ameaças ao planeta azul. São Paulo:
Scipione, 1994.
SATO, M. Educação ambiental. São Carlos: RiMa, 2003.
SILVA, N. Ciência e educação como agentes transformadores. Correio Braziliense.
Brasília, 18/06/2012.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Org.)
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de textos, 2001.
TOZONI-REIS, M. F. C. Educação ambiental - natureza, razão e história.
Campinas: Autores associados, 2004.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL. Ecopedagogia - educação e meio
ambiente. Curitiba: Ulbra - IBPEX, 2008.
URBAN, T. Em outras palavras - meio ambiente para jornalistas. Paraná: Edição do
autor, 2002.
25
YARROW, J. 1001 maneiras de salvar o planeta. São Paulo: Publifolha, 2007.
ZEE, B. V. D. Empresas ecológicas. São Paulo: Publifolha, 2009.